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ANO I -NUM.

7 J l S a iü o t a JULHO
0 SONO D U M ANJO
P or Lu iz Guimarães.

Quando ela dorm e com o dorm e a estrela


Nos vapores da tím ida alvorada,
E a sua doce fro n te extasiada
Mais perfeita que um lírio , e tão singela,

Tão serena, tão lúcida, tão bela


C om o dos anjos a cabeça amada,
Repoisa na cambrais perfum ada,
Eu vejo absorto o p u ro sono dela.

E rogo a Deus, enquanto a estrela brilha.


Deus que protege a planta e a flô r obscura
E nos indica do fu tu ro a trilha ,

Deus, por quem toda a Creação se hum ilha,


Que tenha pena d ’essa creatura,
Desse botão de flô r que é m inh a filha.
Ano I — N.° 7 Julho de 1948

“A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)
Órgão O ficial da Missão Brasileira da Ig re ja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias

Registrado sob N .° 66, conforme Decreto N .° 4857, de 9-11-1939.

Assinatura Anual no Brasil . Cr$ 30,00


D ir e to r :. . .Cláudio M artins dos Santos
Assinatura anual do Exterior Cr$ 40,00
R e d á to r:...................................João Serra
Exemplar Individual ............ Cr$ 3,00
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviadoe a
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil

Í N D I C E

E d ito r ia l... Proteção D ivina .........................................Pres. Harold M. Rex 146

A R T IG O S E S P E C IA IS
E zra T. Benson do Conselho dos D oze.................................W arren J. W ilson 147
Depois Da Tempestade vem a bonança.............................Johannes A . A lius 148
Lembrança Do Monte Conrlorah ........................................................ (6.a parte) 151

. A U X IL IA R E S
Escola Dom inical:
Ensaio de Canto para Julho & Agosto ............................. B. Orson Tew 153
Prim ária:
O Empate — História de Um Menino de coração de ouro. .Sara O. Moss 155
Sociedade de Socorro:
A Vida de Uma Recem-Casada
Entre os Pioneiros ............................................................R. C. Atwood 157

SAC E R D Ó C IO
Instruções ................................................................................. W affeu J. Wilson 160
Carta da Presidencia da Missão
Aos membros do Sacerdócio Aaronico ............................................................... 161
Referências para “ A Palavra de Sabedoria” .................................................... 163

V Á R IO S
A Capa .................................................................................................. W. J. W. 164
O Rumo dos Ramos ............................................................................................ ... 168
Poesia ............................................................................................ Lu iz Guimarães capa
iFtipip EDITORIAL * $ * ♦ * * * * ❖ * * * ♦ * ?
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Proteção Divina . . . *
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H á cem anos os Santos dos Ú ltim os dias re g o s ija v a m - *
se no va le do L a g o S algad o en qu an to o tra b a lh o qu otid ian o
p ro gred ia cada vez m ais: Suas casas fo ra m construídas; m ais
m em bros estavam ch egan d o no vale, depois de lo n g a via gem ;
ir
e a p la n ta çã o estava crescendo lin d a e verde. ir
Os p ion eiros tin h a m arado o árido solo do va le e tin h a m *
sem eiado cin co m il cen to e trin ta e tres acres de terra. Quasi *
n ovecentos destes acres fo ra m p lan tad os de trig o .
Os p ion eiros d ep en d iam desta p la n ta çã o p a ra a lim en ta r-se
ir
*
e tam bém os m em bros em cam in h o p ara “ O Cum e dos M ontes ”
Se a colh eita falh asse n ã o sob reviveriam ao in vern o vindouro. *
D u ran te estes lin d os dias de verã o os p ioneiros descobri­ *
ram que sua p rovação ain d a estava por term in a r. . E nxam es de 1p
g a fa n h o to s desceram das m on tan h as e com eçaram a d evora r a
colh eita. V iera m com o nuvens escuras, aos m ilhões, arrasan do os
cam pos verdes até fic a re m com o cinzas. Os Santos p e le ja ra m
de tôdas as m an eiras possíveis m as os m ilh ares de insetos ia m t
gan h a n d o a lu ta.
O Senhor fo i ch am ado em oração com um e p articu lar. F i­ *
nalm en te, quando em p rofu n d o desespero pela colh eita, o céu
encheu-se de nuvens de aves, que desceram sobre os cam pos de
trigo. Os pion eiros pensaram que isto fosse o fim — mas logo
*
descobriram que estas aves lin das e brancas de azas cin zen tas
estavam com endo os gafan h otos. C om eram -n os até ficarem *
cheios e en tão voaram ao la g o para vo m itá -lo s, vo lta n d o a r e ­ 1p
p etir o mesmo. Is to continuou a té que as ga ivo ta s destruíram *
com p letam en te os ga fa n h o to s.
A colh eita fo i bôa aquele p rim eiro ano no vale, e com
ir
gran d e fé e m u ito tra b a lh o os p ion eiros to rn a ra m -se um p ovo
*
poderoso n o cum e das m on tan h as rochosas. ir
N este ano de 1948 as “ G a iv o ta s ”' estão fa zen d o uma bôa

ir
obra no B rasil. A g o ra ela é um a lin d a e im p o rta n te revista em *
vez de um a lin d a ave bran ca e cin za. Ela está trazen d o a
m ensagem a legre do eva n g elh o restaurado. V am os a p recia r e

usar estas m ensagens em nossas vid as diárias.
*
Presidente Harold M. Rex. *
•*
EZRA T. BENSON
DO C O N S E L H O DOS DOZE
i
Por W arren J. Wilson

coragem de grande homens. Seu bis­


avô, para quem fo i nomeado, viajou as
planícies com os primeiros pioneiros na
companhia do Presidente Brigham
Young.
Este grande homem um apostolo do
Senhor, voltou a W in ter Quarters no
outono de 1847 com Brigham Young e
foi designado para presidir sobre os san­
tos em Pottawattam ie County. Em 1849
ele voltou à cidade do Lago Salgado e
serviu no governo do T erritorio de Utah.
Mais íãrde ele presidiu, temporanea-
mente, sobre a missão Havaiana. V er­
dadeiramente um grande homem que
sempre trabalhou pela construção do
Reino de Deus aqui na terra .
E zra T . Benson nasceu no dia 4 de
A gosto de 1899. Foi uma prece do pai
e dos avós que o salvou quando o médi­
co disse “ a situação é muito grave.”
Seus pais, George T . J r. e Sarah
B a llif Benson moravam numa fazenda
em W hitney, Idaho e seus avos. George
T . e Louisa Dunkley Benson, estiveram
Apóstolo E Z R A T. BENSO N entre os primeiros povoadores daquela
reg iã o .
, Recentemente um homem muito apto Mesmo como os fazendeiros das qua­
foi chamado e designado para ser mem­ tro gerações antes dele, “ T .” - como fo i
bro do Comitê Regional Executivo da apelidado pela fam ília, cresceu fo rte e
Região Doze. Escoteiros da Am érica. sadio, trabalhando com seu pai nos cam­
O Elder Ezra T . Benson fo i eleito a pos. Aos cinco anos ele sabia montar à
esta posição na reunião em Los A n ge­ cavalo e arrebanhar o gado. E le quer
les no dia 28 de A b r il. muito bem aos cavalos e ainda hoje diz:
Esta é uma posição importante, não "p re firo andar a cavalo mais do que
somente para Elder Benson mas tam­ guiar o melhor automovel do mundo.”
bém para a mocidade do oeste — os Elder Benson trabalhou diligentemen­
escoteiros e os demais rapazes que se­ te na fazenda e quando seu pai aceitou
rão os homens e os líderes de amanhã. um chamado para sev missionário, ele e
Elder Benson possue as qualificações ne­ seus irmãos tiveram uma bôa porção da
cessárias para ser um líder da mocida­ responsabilidade da fazenda e gado.
de — para guiar os jovens nos caminhos Aqueles anos eram dificeis para uma
da felicidade na vida. mãe e oito filhos, mas os princípios fun­
E le tem uma herança nobre, porque damentais de cooperação e fé religiosa
seus antepassados possuíram a fib ra e a (Continua na pág. 152)

— 147 —
DEPOIS DA TEMPEST7
Línguas de chamas, altas e brilhantes, Brigham Young, Presidente dos Doze
lamberam o ceu da noite, e na cidade Apostolos, à quem, juntamente com os
de Nauvoo, reinou terror e confusão. A outros, foi conferido os poderes de guia
cidade maior e mais linda, do novo esta­ da Igreja com todas as chaves, sob as
do de Illinois, construída com trabalho, mãos de José Smith fo i escolhido como
suor, e lágrim as dos Santos dos Ú lti­ presidente da Ig re ja pelo Senhor e pe­
mos Dias, fo i devastada outra vez. los membros.
E nos Estados Unidos da Am érica do Diversos tributos e apelações foram
Norte, onde a constituição inspirada g a ­ doados a Brigham Young. “ Am erica
rante a liberdade religiosa, zombando nunca produziu um homem m aior,”
dela, surgiram homens aos milhares para disse o secretario do estado do Gabi­
expulsar de suas casas os acompanhan­ nete do Presidente Abraham Lincoln. . .
tes do P rofeta José Smith. Com armas, "U m Moisés Moderno,” diziam outros. . .
caeetête. i, e 'tochas, procuravam os San­ “ Sem ele, o ‘ Mormonismo’ teria fa lh a ­
tos, e estes, não querendo resistir aos do.” Mas nada talvez, fo i mais conve­
ataques, fugiram , d’esta vez pará ficar niente do que; “ O Leão Mórmon.”
fora dos seus lares com os poucos bens A té mesmo sua fisionomia falava de
que puderam salvar. coragem e destemor. Sua testa alta
dava indicação de sua inteligencia.
A travez do Rio Mississippi — gelado,
Este, então, aos 46 anos de idade, era
como se o Senhor tivesse preparado uma
o homem que iria livrar os Santos do
ponte para eles, como fê z para os Israe­
cativeiro do odio e do ciume, dizendo
litas fu gitivos há milhares de anos —
calmamente as suas palavras de conse-,
eles se apressaram procurando uma se­
gurança temporaria no Estado de Iowa. lho, ou bramando como fa z o leão, caso
fosse necessário, em palavras inspiradas
E, das margens, cheias de neve, onde
eles se juntaram aos milhares, cansa­ — “ Não cuide do corpo, nem da vida do
corpo, mas cuida da alma e da vida da
dos, de corações quebrados, mas corajo­
alm a” — encorajados, os Santos tom a­
sos e fieis, olharam o seu antigo ceu
ram os seus bens, arrumaram-nos em
tom ar-se um verdadeiro inferno por ho­
mens ignorantes e barbaros, que não carroças puxadas à mão ou por bois, e
souberam porque destruíram, nem por­ deixaram as margens do Mississippi.
que pilharam. E assim começou a mais longa, e a
mais histórica peregrinação jamais vis­
Isso fo i no dia quatro de Fevereiro,
ta pelo mundo desde que os Israelitas
]846. Naquela noite; em abrigos ru­
deixaram o Egito.
des, tendas, ou carroças, nove crianças
Deus era o lider; Brigham Young o
nasceram. Ninguém sabe exatamente
pilar.
quantas pessoas morreram.
Cristo dissera aos Santos pelo pri­
Claramente, o tempo chegára em qutí meiro profeta dos últimos dias, que Ele,
a profecia feito por José Smith deve­ o Senhor abençôá-los-ia quando tivesse
ria ter o seu principio. Ele tinha pro­ fe ito o que Ele dissera. Disse também
fetizado que os Santos deveriam ir ao há muitos anos:
(um e dos montes para refugio. “ Bemaventurados sois vós, quando vos
Mas o Líder José, já tinha sido raai ■ injuriarem e perseguirem, e mentindo,
tirizado; matado à sangue frio em Car- disseram todo o mal contra vós por
thage, Illinois, algum tempo atraz. minha causa.”

— 148 —
>E VEM A BONANÇA
■ ............. por Johannes A. Alius

Eles obedeceram os seus mandamen­ uma carroça rangia suavemente dei­


tos, e sabiam que o Senhor não esque­ xando uma pequena sepultura que mar­
ceria suas palavras. cou o ultimo repouso mortal de um
Porem, os sonhos dum futuro bem- amado marido, filho ou esposa. Não
estar parecia dificil de gozar enquanto havia cruz nem marco, — a pressa era
um homem peregrinava L numa nuvem grande demais. Nada, só um reparo
de pó, ao lado duma carroça, a qual de pedras, para que os lobos não pu­
carregava sua esposa, com seu filhinho dessem mexer no c o rp o ...
ainda por nascer. Ele sabia que ela A peregrinação levou mais ou me­
mordia os labios de dor, cada vez que nos tres ou quatro meses — muitos dos
uma roda encontrava-se com as muitas pioneiros tocaram para a frente com
pedras do caminho. apenas um quarto de kilo de farinha e
Breve, o filho nasceria. O trem de um pouco de toucinho para lhes susten­
carroças pararia, e uma das irmãs v i­ tar. Uma vez, ao chegar numa povoa-
riam ajudar o nascimento. Talvez, cho­ ção, uma mulher que trouxera suas joias,
vesse, e assim, mais pessoas entrariam vendeu-as por toucinho e 300 kilos de
na pequena carroça com panelas para farinha. E dividiu tudo com os outros.
pegar a agua ao cair pela lona estra­ Sonhos do futuro são verdadeiros,
gada a fim de que não pudesse molhar quando você sacrifica o bem-estar de
a mãe e o filhinho. E poucos dias de­ hoje.
pois, a mulher corajosamente sairia da E sendo assim é claro que as visões
carroça para andar ao lado do marido, de grandes recompensas não eram a
fazendo assim mais leve a lotação para força que movia a histórica peregrina­
os bois fa tig a d o s ... ção, mas sim um verdadeiro e poderoso
Os sonhos dum futuro bem-estar tam­ desejo de adorar a Deus em paz, e uma
bém parecia dificil de gozar enquanto fé ardente no Evangelho de Jesus Cristo.

149 —
E fieis eles eram com um fe rv o r não Chegando a morte, tudo irá bem,
sobrepujado na historia: Vamos paz, todos ter;
T e r fé quando para continuar a v ia ­ Livres das lutas e dores também,
gem depois que a fu ga geral de um re­ Com os Justos viver.
banho de búfalos quasi destruiu um trem Mas se a vida, Deus nos guardar,
de carroças puxadas à mão. . . T er fé Bem alto poderemos cantar,
para continuar, depois que os indioí E numa só voz entoar:
roubaram o gado duma companhia. . Tudo bem! Tudo bem!
T e r fé para descer uma carroça pelas
Milhares e milhares de Santos sobre­
encostas duma montanha, ou guiá-la
viveram à peregrinação, mas muitos
atravez de um rio turbulento.
morreram antes do termino da viagem .
Foi dito que o Senhor form a os seus
Dezesete de uma só companhia foram
servos na fo rja da adversidade. As fa ­
tristemente enterrados num sepulcro nu­
digas que os Santos passaram nas pe­
ma noite. E um dos mortos ajudara a
regrinações queimou toda a escoria que
escavá-lo na noite anterior.
talvez existisse antes nas suas almas,
Estiveram eles numa companhia que
e deixaram só o que havia de melhor
atravessou o deserto com carroças pu­
pelas; tornou-os mais capazes nos seus
xadas ã mão. E desde aquele tempo,
oficios, quer fossem cozinheiros, fe rre i­
os lideres da expedição foram criticados
ros, ou poetas. Um homem, W illiam
por terem deixado os membros atra­
Clayton, escreveu durante a viagem , sem
vessar as planícies assim.
duvida, o hino mais tocante dos Santos
Uma vez, um velho homem, que este­
dos Últimos Dias:
ve naquela mesma turma, disse a um
critico:
Vinde, ó! Santos, sem medo e temor
“ Peço-te çjue pares _ com estas criti­
Mas alegres, andai;
cas. Palas de uma coisa sobre a qual
Duro é o caminho ao triste viajor,
não sabes nada. Fatos historicos e frios
Mas com fé caminhai.
nada querem dizer, porque não dão uma
É bem melhor encorajar
interpretação real das questões envolvi­
E o sofrimento eliminar;
das. Foi erro mandar aquela companhia
Em paz podereis entoar:
atravez do territorio, tão tarde naquela
Tudo bem! Tuao bem!
estação do ano? Sim. Mas, eu e m i­
nha esposa nela estivemos. Sofremos
P o r que dizeis: é dura a porção?
mais do que podes imaginar, e muitos
Tudo é bom, não temais;
P or que pensais em grande galardão, morreram de fom e e sofrimento, jam ais
Se a luta evitais? nuviste um dos que ficaram vivos dizer
N ão deveis desanimar; uma palavra de critica? Nenhuma da­
Se tendes Deus para vos amar, quelas pessoas da companhia, deixou a
Bem alto podereis cantar: Igreja, porque cada um de nos ganhou
Tudo bem! Tudo bem! um testemunho absoluto que Deus vive,
porque O conhecemos em nossos sofri­
Sem aflição, em paz e aem temor mentos.
Encontrámos um lar; “ Puxei meu carro quando estava tão
Já libertos do pezar e dor, cansado e fraco de doença e fom e que
Vamos todos cantar, quasi não podia colocar um pé a frente
Partindo de nosso coração do outro. Tinha olhado para a frente,
Bem alto e com emoção, e visto um muro ou mancha de areia, e
O nosso glorioso refrão: tinha dito, eu só poderei ir até lá, e en-
Tudo bem! Tudo bem! (Continua na pág. 163)

— 150 —
Lembrança do Monte Cumorah
(6.a PARTE)

E M B LE M A S DOS T E M P L O S M AYAS P A R E C E M -S E COM OS DO T E M P L O


DO R E I S A LO M Ã O

Os habitantes tinham conhecimento da dental por algum sacerdote que estava


cruz e do Salvador muito tempo antes fam iliarisado com eles e intitulado a
dos Hespanhóis invadirem a terra. Nas construir templos e continuar este tra­
paredes do Templo do Sol há cruzei» de balho no novo mundo. No livro de M ór­
5 pés de altura por 3 de largura escul­ mon, 2o Nephi, 5:16 diz:
pida sobre pedras. Aqui. em uma das “ E eu, Nephi, construi um templo; e
paredes há uma bússola tão clara como construi-o segundo o modêlo do templo
uma moderna, 17 polegadas de ponta de Salomão, só não tendo como esse
a ponta. Há tambem gravações de es­ tantas cousas preciosas. . . mas o plano
quadros e no centro da côrte do templo de sua construção era igual ao do tem ­
há uma prancha de pedra para sacrifí­ plo de Salomão.”
cios, de 9x7 pés, encaixada de tal ma­ Esta é mais uma evidência de que a
neira que o sangue dos animais sacri­ historia do Livro de Mórmon, quanto
ficados cairia numa grande bacia de à origem dos antigos deste continente,
pedra nretejada por anos de fogo. é verdadeira e que o profeta judeu, Lehi,
Quem já viu as ruinas destes templos veio e pelo seu filho Nephi estabeleceu
tem que concluir que seus edificadores templos segundo a maneira do Rei Sa­
tinham conhecimento do Templo de Sa­ lomão.
lomão, pois, todo ele é símbolos, m ai- Em fa v o r da ligação dos Israelitas
cas e desenhos semelhantes aos descri­ com os achados arqueologicos na A m eri­
tos naquele templo de Jerusalem, tanto ca Central e do Sul, particularmente nas
quanto a evidência de que os antigos iuinas de Chi-Chen-Itza em Yucatan, T.
habitantes da Am erica conheciam a lei A . W illard em sua descrição do traba­
do sacrifício. lho de Edwardo H erbert Thompson,
O livro de Mórmon, impresso muito ( “ Cidade da Fonte Sagrada” ) descreve
antes destas descobertas serem conheci­ na pagina 36, um baixo relevo em um
das conta que quando o povo chegou a dos templos mostrando uma fo to g ra fia
este continente americano, construiu de uma d.as figuras com acentuado
templos à maneira do Templo de Sa­ tipo de rosto Judeu e M r. Edward
lomão. Huntington, no Semanario Harper re fe ­
re ao tipo característico de Judeu doa
Certos emblemas como: colmeia;
modernos Mayas.
bassola e esquadro, mãos postas, etc.,
eram. estranho relatar, encontrados em T R A D IÇ Ã O À R E S P E IT O DA A P A R I­
ambos os templos no antigo do Rei Sa­ ÇÃO D E G R A N D E S M E STR E S DO
lomão e nos templos dos antigos habi­ T IP O DO M E S S IA S . . .
tantes da Am erica do Sul, particular­ Tradições dos nativos da America Cen­
mente nos associados com as antigui­ tral e mexicanos à respeito da repen­
dades Mayas. Portanto a conclusão é tina aparição e repentino desapareci­
que, se estes emblemas eram associa­ mento de grandes reformadores e civi­
dos ao Templo de Salomão, foram , evi­ lizadores que mais tarde foram conside­
dentemente, trazidos ao hemisfério oci­ rados deuses ou herois cultuados, tem

— 151 —
sido sempre e continuam sendo enigmas. tudo que um homem podia carregar;
Quetzacoatl entre os Mexicanos, Votan melões mediam tanto quanto 4 pés o
entre os Usumancitas, Cukulcan e tinta era desnecessaria pois a côr era
Itzanna entre os Mayas de Yucatan e dada pela própria natureza.
Gucumatz com as tribus de Guatemala, De acordo com as lendas, todo o povo
(apoiam o L ivro de M órmon). era rico, era a idade dourada. Enquan­
É relatado no L ivro de Mórmon como to o país estava no cume de sua pros­
quando Cristo falou à grandes massas peridade eles declararam que E le par­
populares, Sua voz fo i ouvida por todo?. tira para outro reino a mandado de
Os que fizeram criticas antecipadas de­ um Deus mais alto, porem, prom ete­
clararam ser uma coisa impossivel, pois ra que no futuro voltaria. Com o
os que estavam perto ficariam surdes correr dos anos e de uma tribu para
caso Sua voz fosse tão alta a ponto de outra, a historia transformou-se um tan­
ser ouvida pelos que estavam bem lon­ to e misturou-se com outras tradições,
ge (d ’E le ). porem é inegável que Ele creou uma
De acordo com as lendas nativas, religião baseada em jejum, penitência e
quando Quetzacoatl desejava promulgar virtude, e que Ele pertencia à uma outra
uma lei, ele mandava um heroi, cuja raça que E le visitou e civilizou.
voz podia ser ouvida a 100 léguas de N ão há de que se admirar que os
distanciu, proclamá-lo do cume de Hespanhóis tenham conquistado os
Tzatzitepetl (montanha dos clam ores). Aztecas, pois que estes estavam espe­
Isto hoje nos lembra os amplificadores rando a volta do “ Deus branco” e to­
usados nas modernas transmissões de um maram os invasores como representan­
discurso para uma enorme massa popu­ tes desse Deus, quando estes produ zi-'
lar, em amplos salões e reuniões ao ar ram fo g o e raios com suas espingardas*
livre. e apareceram montados à cavalo como
Sob os ensinamentos e sabedoria de homem e animal combinados.
Quetzacoatl, o milho indiano atingiu tal
tamanho que uma simples espiga era (Continua no proximo numero)

Ezra T. Benson
criou um lar que venceu todas as d ifi­ prim ária, escola dominical,
culdades . Sacerdocio, etc. E le tinha um grande
As raízes de sua carreira religiosa e desejo de ser um líder entre os moços
sua carreira profissional entrelaçaram- e enquanto ainda jovem começou a en­
se nos primeiros anos da sua vida, e sinar na escola dominical, A . M . M . , e
enquanto ainda no colégio “ T ” resolveu escoteiros. “ Minha maior satisfação e
ganhar não somente uma educação cien­ gozo daqueles anos” , — disse ele, “ veiu
tific a da plantação mas tambem um a mim quando meu coro de vinte e qua­
chamado para ser missionário. Seus de­ tro escoteiros da paróquia de W hitnçy
sejos religiosos predominaram e ele ganhou primeiro lugar na competição da
procurou e trabalhou com todas as suas estaca e mais tarde cantou no taber-
forças para se tornar digno de um cha­ naculo de Logan, ganhando prim eiro lu­
mado. ga r outra vez.”
Elder Benson recorda muito bem sua Ainda que Elder Benson tenha tra­
juventude — assistindo as reuniões da balhado diligentemente e tenha se es-

( Continua na páp. 165)

— 152 —
ESCOLA OMINICAL
Por Kldw It. Oraon T f »

Todos os Domingos na Escola Domi­ quer outra canção ou hino que jamais
nical há dez minutos designados para o foram escr.ios, e a sua missão nâo ter­
ensaio dos hinos da Igreja. Nesta colu­ minou com o período das “ Carroças Co­
na da Gaivota designaremos os ninos bertos” . A popularidade dele parece au­
para ensaiar e queremos publicar tam­ mentar com o tempo.
bém uma pequena historia sobre o hino
escolhido. Damos-Te Graças

Para o més de Agosto temos para en­


Ensaio de Canto para Julho saio de canto um Hino em memória es­
Vinde O ! Santos pecial do P rofeta Joseph Smith. As suas
Ensaio de Canto para Agosto palavras aplicam-se a todos os profetas,
Dam os-Tc Graças videntes e reveladores ia Ig r e ja daqu e­
le tempo, mas foi escrito por W illiam
V i n d e O ! Sa nt o s Fov/ler, tendo em mente o profeta Jo­
seph.
De tcdos os Hir.os da coligação e v ia ­ Frequentemente este hino é usado pela
gem para Sion, provavelmente o mais cong'egação no tabernaculo em Salt
conhecido e talvez o mais amado de to Lake para começar ou terminar as
dos é o hino que fo i escrito à pedido grandes reuniões das cor.ferencias se­
especial do profeta Brigham Young. mestrais . Imaginem uma congregação
de dez mil pessoas cantando louvores a
Os santos, rejeitados pela “ C iviliza­
Deus nas seguintes palavras:
ção” com muito pouco o que comer e o *
que v e s tir; com poucas expressões de
Damos graças a Ti, Senhor nosso
aympatia e menos ainda de auxilio ex-
Por nos mandares com sua luz,
tendido em sua direção, era natural que
Um profeta com Teu Evangelho
eles no deserto as vezes estivessem des­
Que ao céu, nossas mentes conduz!
contentes. I^ n tro do prazo de duas ho­
E graças por todas as bênçãos
ras, em resposta ao pedido do profeta
Que recebemos de Tuas mãos,
feito a ele pessoalmente, W illiam Clay-
Nós temos prazer em servir-Te
ton, um homem de grandes conhecimen­
E queremos cumprir Tuas leis.
tos de música, deu aos Santos este Hino
animado e cheio de alma.
Quandos nos sobrevier perigo
Que a nossa paz ameaçar
Vinde, OJ Santos, sem medo e temor
Em Ti, nós temos confiança
Mas alegres, andai; (V id e página 150) Pois do mal, poderás nos livrar.
Conhecemos Teu grande amor
E bem verdade dizer-se que este Hino Ajuda-nos sempre, Senhor.
tem trazido mais alegria aos corações Certamente serão punidos
dos Santos dos Últimos Dias do que qual­ Todos que renegaram Sião.

— 153 —
De Deus cantaremos a glória 2.°— Não cremos em ditadores musi­
E o louvaremos com amor cais. Um bom maestro d irigirá branda­
Gozamos do Seu Evangelho mente como um bom pastor. Nunca usa­
Que nos dá vida, com seu calor. rá a força da sua batuta arbitrariam en­
Os justos e fieis terão, te. Uma vez que o povo começou a can­
A glória da Salvação, tar, nunca deve pedir para mudar o
Mas aos que negarem a mensagem, ritmo e para cantar mais depressa. Isto
Tambem será negada a paz. simplesmente não é feito pelos melho­
.. . C A N T O C O N G R E G A T IV O res diretores. Simplesmente deverá con­
servar o compasso um pouco adiante dos
Como modo de adorar a Deus. . .
cantores para que o tempo do hino não
Por Alexander Schreiner
se retarde demais.
Organista do Órgão do Tabernaculo
O Doutor Hamilton C. MacDougall
Canto congregativo é um modo de ado­ de W ellesley College, uma autoridade
ra r. A importancia deste modo é bem nacional escreve: “ N ão é incomum para
grande para o membro ordinário da con­ um organista ou maestro acossar e im­
gregação. Pa ra extrangeiros e visitan­ pelir uma congregação. N ão é isso uma
tes o ato de cantarmos juntos deve pa­ demonstração nociva, destruidora da bôa
recer a parte mais efetiva do serviço in­ interpretação de um hino? P o r esta ra ­
teiro. A s emoções excitam-se; os cora­ zão acho-me muitas vezes incapaz de
ções estão tocados e a coragem renovada cantar os hinos na Ig r e ja . Quando era
pelo canto dos hinos. jovem tive a idéia de que o canto dos
O canto1 é a unica oportunidade per­ hinos era uma execução musical, mas
mitida à congregação para participar ati­ agora quando me julgo mais sabido no
vamente na adoração. Consequentemen­ assunto, sou fortem ente da opinião de
te os músicos devem fazer todo o pos­ que o hino cantado é em prim eiro lugar
sível para fa zer disto uma inspiração e’ um modo e parte da adoração.
uma parte do programa agradavel à Os nossos melhores diretores profissio­
todos. Como isto pode ser feito? Consi­ nais quando dirigem a congregação nos
deremos somente tres itens. hinos dirigem brandamente de acordo
1.°— Vamos diferenciar claramente os com os ensinamentos do Bom Pastor cujo
dois tipos da canção liderança — recrea­ exemplo estamos tentando seguir.
tiva e devota. A prim eira é quando o
3.°— Ainda precisamos dar alguma
grupo canta só para divertimento. Can­
atenção à seleção das canções. Há cer­
tando para divertimento, os olhos do
tas canções designadas especialmente
diretor brilharão. U sará a personalida­
para as crianças. Estas não deveriam
de dele e atrairá a atenção dos seus
ser usadas para criar um espírito de
cantores a si. O diretor fa la rá muito
adoração para os adultos. ,
com esse proposito, mas nenhuma des­
Líderes as vezes escolhem canções de
tas técnicas é boa para um grupo que
grande efeito sonoro, evitando as de
está reunido para adoração no domingo.
poder espiritu al. Muitas pessoas concor­
Os melhores diretores nada dirão e
darão que aquilo que toca o coração é
não desejarão a atenção dos cantores,
de mais influencia do que aquilo que
pois a atenção deles deve ser dirigida
aos hinos pelos quais estão adorando. produz um som estrondoso. Não negli­
Quando a congregação dirige-se a D i­ genciamos os hinos de significado es­
vindade cantando “ O Meu P a i” , “ Re­ piritual.
dentor de Israel” , ou “ Suave é o T ra ­ Esperemos que a aplicação destes tres
balho” , então o diretor fa rá bem em di­ princípios aumente o gozo, a qualidade
rig ir com tal modéstia que as ações dele espiritual, e força do nosso canto con­
não perturbem a devoção. gregativo .

— 154 —
P R I M Á R I A
O E M PA T E — História de um menino
de* coração de ouro

Por Sara O. Moss.

Dick e Jack arrastaram seu car­ em sua bolsa. “Não, eu acho que
rinho para o gram ado da frente da não, mas do geito que vamos, levarei
Fazenda Taylor. Era um grande todo o verão p ara ju n tar bastante
carro “Expresso”, pintado de verde, e para poder com prar um a bicicleta”.
nele estavam os restos de um carre­ Jack olhou parçi as nuvens com um
gamento de verdura. H avia maços ar preocupado. “Eu acho que tam ­
de rabanetes, alguns nabos, umas bém continuarei andando a pé no
poucas ervilhas e uma caixa de mo­ próximo verão, Dick. Eu não consi­
rangos, que já agora pareciam um go ju n tar dinheiro como você.
tanto murchos.
“O ra Jack”, disse Dick, e ele pare­
“Bem, hoje quasi vendemos tudo” cia muito aborrecido. “Você nem
disse Jack, jogan do-se na gram a h ú ­ tenta e ainda por cima você dá para
mida, à sombra, e deitando-se com os outros metade da verdura. Eu não
prazer. vejo porque você não cobra do velho
“Sim ”, continuou Dick. sem entu­ Sr. Perkins o que ele recebe” .
siasmo, “mas eu gostaria que tives-
Jack sorriu, quando se lem brou do
semos vendido o resto. G a n h a ría ­
pobre velho solitário. “Ora, eu não
mos pelo menos uns dez cruzeiros
posso Dick”, disse ele. “Eu sei que o
mais para cada um ” .
pouco dinheiro que ele tem só dá
“Ora, que é que tem”, riu-se Jack, para com prar mantimentos, e além
“nossas mães poderão usar tudo o disso, as sementes para o jardim não
que ficou no carro para o almoço. são caras e nós não sentimos falta
Nada ficará perdido. das verduras que eu dou ao Sr. Per­
M as Dick parecia desconsolado. kins. A m am ãe diz que ela também
“Sim, é verdade, mas isso não fa rá sente pena dele, e de vez em quando
com que minhas economias p ara com­ até lhe m anda pão fresco e biscou-
prar a bicicleta aumentem. A m a ­ tos. Eu acho que ele é mesmo m ui­
mãe não vai com prar verdura de seu to pobre” .
próprio jard im ” .
“Pois eu não”, disse Dick secamen­
“Esta é boa”, riu-se Jack. “E é te. “Eu acho que ele não é nada po­
claro que você não pode esperar que bre. A m inha m ãe disse que ele tem
ela faça isso, quando nós mesmos é um filho na cidade que tem um óti­
que vamos com e-las” . mo emprego e um a filha que também
Dick começou a contar os tostões mora na cid ad e.”

— 155 —
“Talvez, mas o Sr. Perkins é m ui­ Jack levantou-se decidido, dizendo:
to orgulhoso e eu creio que ele não “A ndarei depressa e encontrar-m e-ei
corta aos filhos tôdas as suas d ifi­ com você dentro de uma hora, tam ­
culdades. Ele é form idável”, conti­ bém, Dick”.
nuou Jack com entusiasmo. M as na bôca de Dick desenharam -
Os dois meninos ficaram em silên­ se sinais de obstinação. “Eu não vou,
cio por alguns minutos, até que fo ­ disse ele com finalidade. “Não vou
ram despertados de seu son h ar-de- pagar dois cruzeiros de passagem, e
olhos-abertos pelo barulho de alguem portanto, nada feito”.
coirendo. M ais um instante e Lee Jack abriu muito os olhos e disse
Grayson deixou-se cair ao lado deles, desapontado: “M as Dick, você não
trazendo no rosto sinais evidentes de pode deixar de ir. Você é quem m e­
grandes novidades. Jack ficou logo lhor “salta-carn iça”. Você precisa
alerca. “Você descobriu se a L iga vai ir”, terminou, querendo convence-lo.
hoje ao vale, Lee?” “Talvez, mas eu é que não vou g a s­
Os olhos de Lee brilharam . “Sim, tar meu dinheiro em passagens”.
vão sair a um quarto para as três,
Jack começou a falar, mas mudou
mas cada um menino precisa pagar
de idéia, levantando-se e pondo seu
dois cruzeiros de passagem. O Sr. chapéu de abas largas. “Sinto m ui­
Crebbs não pode levar os meninos no
to você não ir”, foi somente o que
caminhão, por isso a L iga alugou um
disse, ao dirigir-se p ara casa.
cam inhão” .
Foi uma tarde comprida para Dick,
“.Você vai?” perguntou Jack sozinho em casa. Ele tentou ler, mas
“N ão”, disse Lee, muito triste. “A seu pensamento dirigia-se sempre
m amãe não pode mè dar os dois cru­ para o parque do vale onde os ra p a ­
zeiros para a passagem ”. A mãe de zes da Liga estavam se divertindo,
Lee era viuva e havia pouco dinhei­ nadando, pulando e jogando bola. Ao
ro em casa. anoitecer, eles sentar-so-iam ao redor
Jack levantou-se e apalpou seus da fogueira, comendo e contando
bolsos. “Olhe aqui Lee, disse ele, en­ histórias engraçadas, e seu chefe, o
tregando-lhe dois crueziros. Deixe- Sr. Holden, encantá-los-ia com suas
me p agar-lh e a passagem h oje”. M as histórias de aventuras. Em todo o
Lee recusou-se sacudindo a cabeça. vaie não havia lugar melhor que esse
“N ão posso, Jack. Você passou a m a ­ parque e nenhum a com panhia podia
nhã toda vendendo verduras e as duas se com parar a dos rapazes da Liga.
passagens farão com que você fique “M as eu estou decidido a com prar
sem dinheiro algum . Não faz mal. aquela bicicleta”, tornou a dizer Dick,
Irei na próxim a vez”, disse ele espe­ mas desta vez p ara sua mãe, “e se
rançoso . • Jack não deixar de gastar como ele
Jack pensou por um momento. faz, nunca conseguirá com prar a su a”,
'“Vamos fazer uma cousa, insistiu elé. terminou ele implacavel.
pondo o dinheiro no bolso de Lee. Eu A Sra. Taylor sorriu pacientem en­
pago sua passagem hoj*' e am anhã te, enquanto batia o bolo qué esta­
cedo você vem me aju d ar a tirar o va fazendo. “Você acha que Jack gas­
m ato do jardim . Está bem? Agora ta seu dinheiro em bobagens, Dick”?
corrc se aprontar, que nós vamos nos “Ora, não sei o que você poderia
encontrar dentro de uma h ora”. cham ar o que ele faz; pelo menos ele
“M uito obrigado, disse Lee, você é não economisa muito, apesar de
um em igão” , e saiu correndo, conten­ que eu suponho que eu diria que
tíssimo, levantando uma nuvem de
poeira à sua passagem. (Continua na pág. 166)

— 156 — «
SOCIEDADE DE SOCORRO
A V ID A DE U M A R E C E M -C A S A D A
E N T R E OS P IO N E IR O S

Por R. C. Atwood.

Entre os pioneiros que vieram para


esta região em 1847, e voltaram para
W inter Quarters no Councill Bluffs No dia 23 de Dezembro mudamo-
nesse mesmo ano, achava-se o h o­ nos para nossa humilde residência,
mem que logo depois .tornou-se meu cheios de gratidão para com o nosso
marido. Nós nos vimos pela prim ei­ Pae Celeste, que nos permitiu termos
ra vez no começo da prim avera de uma habitação que nos protegeria
184ÍÍ, e pouco depois nos casamos. contra o frio penetrante e as tempes­
Dentro de um mês achavaino-nos a tades de inverno. Enquanto isso vi­
caminho do vale da Com panhia do vemos em nossa carroça. A neve já
Presidente Brigham Young. No dia havia começado a cair e cobria toda
19 de Setembro fazia exatamente 4 a terra numa profundidade de trinta
mezes que levamos p ara chegar até centímetros ou mais, e os esfaimados
aqui. Tinham os uma pequena reser­ lobos podiam ser ouvidos uivando à
va de provisões, algum a roupa, nosso noite à procura de alimento. Um a
equipamento e nossas mãos com as noite eles chegaram tão perto que p u ­
quais contamos para nos ajudar. F a ­ deram roubar uma galinha da p a r­
zendo uma exceção surgiam alguns te posterior do carro, enquanto esta-
retalhos de gram a .que os pioneiros vamos dormindo. Os índios selva­
haviam conseguido plantar, e ra ra ­ gens também vagavam pedindo co­
mente aparecia à nossa vista uma á r ­ mida. Nosso estoque de provisões co­
vore ou arbusto. Apenas um a ou duas meçou a se tornar escasso, e tivemos
casas encontravam -se fora da forti­ que nos impõr uma severa dieta de
ficação. pequenas rações. De algum a m anei­
M eu marido fez os tijolos suficien­ ra sempre obtivemos um pouco de f a ­
tes p ara levantar uma casa de dois rinha de milho moída, que serviu
compartimentos, e com m uita dificul­ para poupar nossa farin h a de trigo.
dade conseguiu obter a m adeira para O combustível era madeira do desfi­
fazer o telhado, cobrir o chão e fa ­ ladeiro; nossa parelha começou a de­
zer as portas. N a construção desse finhar, havia pouca comida p ara eles,
trabalho foram empregados exclusi­ e era com dificuldade que conseguía­
vamente cravos de m adeiia em vez mos até a m adeira.
de pregos, pois estes eram dificílimos Davamos graças à Deus de termos
de ser conseguidos. A claridade pe­ velas de sebo como iluminação.
netrava através de seis vidros de j a ­ Quando a prim avera chegou, en­
nela quebrados, que ele obteve de um controu-nos inteiramente sem m an­
vizinho, rebocando para este a luz de timentos e tivemos que nos alimen­
vela. tar por algum tempo, exclusivamen­
Nossa mobília consistia num a ca­ te de hervas e raízes.’ Achavam o-
deira com assento de couro crú, uma nos no coração do deserto, a mil m i­
cama feita à machado, um g u a rd a - lhas da civilização, sem . alimento ou
lor^a com tres grosseiras prateleiras coisa parecida, o solo arido e proibi­
à um canto da sala, e uma mesa. tivo. Nessa época de necessidade e

— 167 —
falta de alimentos e vestuário, Heber Antes curvam o-nos perante o
C. K im ball ergueu-se no meio do Senhor e imploramos sua bênção.
povo e profetizou que dentro de seis Seu Espírito desceu até nós prodigio­
mezes, roupas e provisões seriam ven­ samente, na dádiva da linguagem e
didos em Salt Lake City tão baratos interpretação da mesma. Meu m ari­
quanto em St. Louis. Nós nos m ara­ do começara a rezar n a sua m aneira
vilhamos e ficamos admirados de que habitual, e de repente ele começou
isso fosse possivel a fa la r num a linguagem desconheci­
Por mais estranho que pareça, em da . Eu entendi o que ele dizia. A
menos de seis mezes vieram os im i­ princípio foi um a repreenção do
grantes dos estados que iam à cam i­ Senhor pela nossa incredulidade. Foi
nho das regiões ouríferas da C alifór­ exatamente isto: “N ão vos trouxe Eu
nia, carregando apetrechos de lavou­ através desse lo n g o . caminho, da ter­
ra, utensílios de cozinha e outros arti­ ra de vossos inimigos para esta bõa re­
gos de utilidade doméstica, não ne­ gião? E Eu abençoarei esta terra
cessários num a jornada. para o bem do meu povo, se eles ti­
Suas parelhas estavam exaustas e verem fé em Mim, e ela trará um
assim eles foram obrigados p ara a li­ futuro de grande abundância, de p as­
viá-las, a vender sua carga por b a i­ to, cereais, e vegetais de toda a es­
xo preço. pécie, frutos também da melhor qua­
lidade, e suas mesas serão servidas
Alguns venderam seus carros e reu­
dos melhores frutos que existem
niram seus anim ais para a continua­
Apenas confiem em Mim. Plantai e
ção da jornada.
colhereis. ”
A esse tempo a profecia do Irm ão
K im ball havia sido cum prida plena­ Erguem o-nos e retiram o-nos para
mente . descansar, mas não para dormir. O
sono fu gira de nossos olhos. E sta-
Aqui relato um incidente do nosso
vamos cheios de espanto, am or e a d ­
tempo de plantio: Meu m arido havia
miração. N ão mais podíamos duvi­
ficado com um lote de terra perto do
dar. Voltamos ao trabalho com re ­
local cham ado atualmente “paróquia
novada coragem. A terra produzia
de Sugar House. Ele aprestou sua
cada vez mais, e no ano de 1850, meu
parelha e foi arar e prepará-lo para
m arido colheu quarenta sacos de tri­
a sementeira. N a devida época foi
go por acre. Nessa horta também p ro ­
plantar o milho e encontrou a terra
duziu vegetais escolhidos. M as qu an ­
seca como cinza até uma grande pro­
do o solo começou a vicejar, desco­
fundidade. Pareceu-lhe impossível
brimos que nossa provação ainda es­
que um a sementeira germinasse em
tava por terminar. Os gafanhotos
semelhante solo. Ele plantou as se­
apareceram em número alarm ante e
mentes apezar disso, lem brando-se
arrasaram nossa colheita. Um cam ­
de “quem não planta não colhe”. Re­
po de trigo que surgia fresco e p ro ­
gressou à casa esfomeado, abatido e
missor, ficou em poucas horas des­
exausto. Eu também estava cansa­
pido como um a rua.
díssima pelo trabalho do dia. H avía­
mos plantado uma horta perto da M eu m arido foi cham ado p a ra um a *
casa e eu havia baldeado águ a do missão na Inglaterra em 1852, e dei­
riacho da cidade durante todo o dia xou-m e em casa com uma pequenina
para regá-lo (o regato descia à leste de dois anos. O mais velho de nos­
d a rua M ain e) e a água tornara a sos filhos falecera devido à gravida­
terra, d u ra como um tijolo. R eparti­ de de um a queimadura, quatro mezes
mos nossa exigua ração e nos retira­ antes. Meu m arido e mais tres E l-
mos p a ra descansar. ders apresentaram seus anim ais para

— 158 — •
atravessarem as planícies. D epois de agrad ecid os. As irm ãs ao m esm o
bem p rovid o de víveres e roupas, so­ tem po m in istra ra m -n os p alavras de
brou-lhes oito cen tavos que ele me co n fo rto e bênçãos, e p rofetiza ra m
deu, seguindo via g em de bolsos v a ­ que aquele dia seria o in ício de m e ­
zios. lh ores tem pos; e verd ad eiram en te
No outro verã o eu m a n tive uma p e­ assim fo i para m im , pois no m eu r e ­
quena escola em m in h a casa p a ra m e gresso pa ra casa, en con trei um saco
a u xiliar a v iv e r. T a m b ém tin h a o de fa rin h a de m ilho, ou tro de b a ta ­
meu lote sem eado de trig o que já p ro ­ tas, e a m in h a vaca que h a via desa­
m etia m u ito. M as um belo dia, os p arecid o h á algu m tem po, esperava-
ga fa n h o to s a p arecera m e se in s ta la ­ m e no quinta?
ram no m eu trig a l. Eu sabia que a l­ Q uando já tin h am os as nossas ca ­
gum a coisa tin h a que ser fe ita , se­ sas construídas, costum avam os reu ­
não eles tudo d evora ria m . A cu diu - n ir-n os nas n oites fria s de in vern o
m e um pen sam en to; o de reu n ir as p ara ca n ta r e rezar, e às vêzes nos
crian ças da escola e fo rm a n d o uma d ivertirm o s dançando. Im a g in a v a -
fila , de m ãos dadas, fiz com que c a ­ m o-n os bem vestidas, em m odestos
m inhassem a tra vés do trigo. Os v o ­ vestidos de p ercal e chapéus de sol.
razes insetos fo rm a ra m com o que um
A n tes que os irm ãos pudessem
só corpo, e segu iram n a d ireção do
con stru ir um lu ga r p a ra o culto, f a ­
nordeste, desaparecendo a tra z das
zíam os as reuniões do d ia do Senhor
m ontanhas p a ra não m ais v o lta r.
ao ar liv re quando o tem p o p erm itia.
O trig o cresceu e am adureceu, e N a p rim avera, depois que as colh eitas
quando fo i segado sem pre tiv e algum term in a ra m , os hom ens saíram com
p ara em p restar aos m eus vizin h os. suas p arelh as e a rra sta ra m troncos
A té essa época h a v ia en con tra d o e verdes galhos do d esfilaiero. Com
m u ita d ificu ld a d e em ob ter in g re ­ isso um carram an ch ão fo i fe ito para
dientes p a ra fa z e r pão. Subsisti m u i­ p ro teger-n o s co n tra os abrazan tes
tos dias sucessivos com apenas uma raios do sol. Isso era tudo que se
colher de m in gau de fa rin h a de m i­ tin h a a fa z e r e m a n teve a todos ocu ­
lho por dia. T in h a algu m a fa rin h a pados. N ão existia m parasitas, e r e a l­
de trig o que gu ard ava para m inha m en te o lu g a r p od eria ser cham ado
fi l h a .
“ a colm eia do d eseret” (1 ). T u d o fo i
Nessa ocasião algum as boas irm ãs realizad o sob a direção do nosso n o ­
o rga n iza ra m um p ic-n ic para as se­ bre e m ui am ado presiden te e lid er
nhoras dos m issionários. Eu fu i uma B righ a m Y o u n g .
das fa vo recid a s convidadas. Este
fo i um dia de que nunca m e esque­ T ra d . por Dulce Aguirre.
cerei. A m esa estava cob erta das
mais variad as e m elhores igu arias
(1) D eseret: P alavra Jaredita — (V eja
Nós tudo rep artim os com corações L iv ro de M ormon. d;i ■ 5.'H, verso 3)

"S e cada homem fosse obrigado pela


sociedade á aprender um ofício lucrati­
vo, não haveria pobres, nem ladrões, nem
descontentes.”

— 169 —
SACERDOCIO
. Iniciamos neste numero da “ G aivota” 7. Instruções sobre os deveres e sobre
o program a do Sacerdocio que os diver­ o cumprimento das designações
sos grupos sacerdotais na missão devem 8. Atividades sociais e fraternais
seguir para o progresso coletivo e pes­
soal . (B ) P E R ÍO D O DA L IÇ Ã O :
Apresentaremos instruções, sugestões
e auxilios cada mês nesta coluna para Lição Sacerdotal da semana — Ins­
que os grupos possam crescer e se de­ truções por um membro da presidencia
senvolver no trabalho do Senhor. do Ramo sobre hábitos e virtudes.
“ . . . E é expediente que a igreja se
reuna freq u en tem en te...” foram as pa­ M A IS IN S T R U Ç Õ E S E D ETALH ES
lavras do Senhor ao profeta José Smith...
“ E agora, eis que Eu vos dou um manda­ (A ) P E R ÍO D O DE A T IV ID A D E :
mento, que quando estejais reunidos,
instruireis e edificareis uns aos outros, 1. Hino — Para entrar no espírito
que possais saber d irigir minha Ig re ja da reunião e partilhar na irmandade do
e saber como se age nos pontos dos meus Sacerdocio, é sempre bom começar a
mandamentos e leis, os quais vos tenho reunião com um hino da Ig r e ja . Que
dado. E assim tornar-vos-eis instruídos lugar triste seria este mundo sem musica.
na lei da minha Igreja, e estareis san­ 2. Oração — pelos membros do g ru ­
tificados por aquilo que tendes recebido, po em rotação de semana em semana.
e obrigar-vos-eis a a gir em toda San­ E ’ muito importante que todos os mem­
tidade diante de mim.” bros do grupo saibam a orar em publicu
As reuniões do Sacerdocio deviam ser tanto como na intimidade.
realizadas uma vez por semana durante 3. O propósito de uma Chamada é
o ano inteiro. Nestas reuniões deve se chamar a atenção de todos os membros
tonsiderar os problemas do Ramo e re­ do grupo para aqueles que estão e àque­
solver a solução delas. les que não estão presentes à reunião..
A reunião está dividida em duas par­ Um esforço devia ser empregado para
tes como segue: termos todos os membros do grupo pre­
sentes, porque a reunião Sacerdotal é
(A ) PE R ÍO D O DE A T IV ID A D E : uma das mais importantes da Ig r e ja .
Aqueles que não podem assistir na reu­
1. Hino nião devem mandar um recado para o
2. Oração Presidente do Ramo ou os Elders pre­
3. (Jhamada sidindo, explicando as razões por sua
4. Relato scbre as designações execu­ ausência. A reunião Sacerdotal deve
tadas durante a semana tomar o prim eiro lugar em nossas vidas,
5. Consideração das maneiras para porque o Sacerdocio é o alicerce da Ig r e ­
a tra ir os membros ausentes ja -— o governo do ramo, distrito, pa­
6. Designação dos deveres para todos roquia ou estaca.
os membros* 4. Relato sobre as Designações — N a

— 160 — i
Escritório ‘da Missão.
1 de Julho de 1948.

Carta da Presidência da Missão


Aos membros do Sacerdócio Aaronico.

Caros Irm ãos:

P a ra o melhor desenvolvimento de vossos talentos e poder do


Santo Sacerdócio, desejamos iniciar junto com o curso das reuniões
Sacerdotais, um program a cham ado “A Nossa Saúde e a P alavra de
Sabedoria” .
Neste program a queremos que todos vós tenhais a oportunidade
de fa la r diversas vêzes sobre saúde e a "P a la v ra da Sabebdoria” nas
reuniões Sacram entais.
Todos os domingos, começando dia 18 de Julho vindouro, de­
sejamos que um dos membros do Sacerdócio Aaronico. em rotação,
dirija um discurso de 5 a 8 minutos sôbre o assunto acima m en­
cionado. É o dever do professor ou presidente do grupo fazer d e ­
signações cada sem ana. Naturalm ente esta oportunidade é volun­
tária dé vossa parte. As designações devem estar prontas com uma
sem ana de antecedência e escritas no livro ou registro do grupo:
tanto a designação quanto o cumprimento da mesma.
Sairão na Gaivota de cada mez, uns artigos, referências e ins­
truções para a ju d ar nesta e as demais funções do Sacerdócio.
Vam os aproveitar este grande privilégio e oportunidade de de­
senvolver os nossos talentos e a ju d ar no trabalho do Senhor. V a ­
mos mostrar ao mundo que somos dignos de possuir o Sacerdócio —
O poder de Deus que significa lideran ça!!!
Que Deus vos abençoe neste programa.

Sinceramente,

H arold M. Rex.
W ayne Beck.
Thayle Nielsen.

Chamada, cada membro, ao responder, do grupo como missionários para vsitar


deve tambem relatar em poucas pala­ os ausentes durante a semana; convites
vras as designações executadas duran­ especiais da presidencia do ramo: conta­
te a semana: Ou uma reportagem das to com os pais; e outras maneiras bôas,
•designações executadas pode seguir a mostrando sempre o amor e carinho que
Chamada. A coisa importante é obter vêm no evangelho de Jesus Cristo.
um relato das designações realizadas
cada semana por todos os membros. 6. Designação dos deveres para to­
5. Consideração das maneiras para dos os membros — Usando o livro de
conseguirmos que os membros ausentes chamada como guia, os varios deveres
assistam as reuniões regularmente. M a­ devem ser designados para todos os
neiras efetivas incluem; enviar membros membros do grupo em rotação.

— 161 —
Designações para os Diaconos grupos ou graus do Sacerdocio. V isi­
tando os doentes, ajudando os membros
A ) Distribuir o Sacramento e compadecendo-se em tempo de contra­
B ) F a la r numa reunião Sacramental riedades^ desenvolvem o espírito fra te r­
C ) Porteiro nal .
D ) Lim par a sala ou Ig re ja — os copos
e bandejas do Sacramento— recolher (B ) P E R ÍO D O DA L IÇ Ã O :
os hinarios
E ) A ju dar o Presidente do Ramo 9. Rever a Lição do Sacerdocio para
F ) A visar os membros sobre as reuniões a Semana: Cada lição deve ser designa­
da para ler, pelo menos uma vez em
Designações para os Mestres casa. O professor, depois de preparação
meticulosa, deve rever a lição na aula
G) Preparar o Sacramento para desenvolver as mensagens impor­
tantes da lição. O tempo limitado na
H.i V I S I T A R OS M E M B R O S COMO aula fa z necessário e importante que
P R O F E S S O R V IS IT A N T E os membros leiam a lição em casa e o
professor prepara-a intensivamente
Designações pata os Sacerdotes para obter os melhores resultados.
10. Instruções sobre hábitos e virtu ­
I) Adm inistrar e abençoar o Sacra­ des por um membro da presidencia do
mento ramo. Cada membro da presidencia deve
J ) A ju dar os missionários numa "reu ­ preparar algumas sugestões e instruções
nião eni casa" a respeito dos hábitos pessoais, padrões
K ) Batizar •:1a Ig r e ja de Jesus Cristo dos Santos dos
L ) Trazer um membro novo à reunião Últimos dias, etc. Uma palestra breve,
M ) Reativar um membro inativo . dada cada semana estimulará pensamen-,
N ) Fazer ordenações rio Sacerdocio tos e atos bons e ajudará os membros a
Aaronico evitar as tentações.
(vid e “ A G aivota” Num. 4, página
93, “ Deveres dos Sacerdotes) Lições para os Grupos Sacerdotais
Deve se lembrar que ds Sacerdotes e
os Mestres podem e devem, quando fo r Terceira Semana de Julho:
necessário, fa zer as designações dos " A fundação da Ig re ja no Tem po do
oficios mais baixos. Rei Mosiah”
7. Instruções sobre os deveres e so­ Capítulo 25 de Mosiah — L ivro de
bre o cumprimento das designações: Mórmon
Uma das obrigações principais dos o fi­ Quarta Semana de Julho:
ciais do grupo sacerdotal é ensinar a "Instruções do Senhor sôbre os
cada membro os seus deveres e encorajá- Incrédulos e M alfeitores”
lo a cumpri-los. Os membros novos, par­ Capítulo 26 de Mosiah — L ivro de
ticularmente, devem receber instruções Mórmon
meticulosas sobre seus deveres e res­ Prim eira Semana de A g o s to :
ponsabilidades e devem ser iniciados nos “ Perseguição no Tempo dos Nephitas
métodos melhores para realizar as coi­ e H oje em D ia”
sas a eles designadas. Capítulo 27 de Mosiah, versículos 1 a
8. Atividades Sociais e fratern ais: A 7 — L ivro de Mórmon
unidade e o moral podem ser estimula­ Segunda Semana de Agosto:
dos por um program a social e fratern al “ Conversão M ilagrosa”
definido — excursões ou diversões de­ Capítulo 27 de Mosiah, versículos 8 a
vem ser realizadas frequentemente pelos 19 — L iv ro de Mórmon

— 162 —
Depois da Tempestade Ele o conheceu quando o viu. A
carroça parou alguns momentos, e de­
tão devo desistir, pois não posso puxar pois de olhar fix o o vale lá e'm baixo,
mais. E quando alcancei este ponto, o Brigham disse as palavras agora tãi
carro começou a puxar-me. Tendo olha­ memoráveis:
do para traz muitas vezes, para ver
“ É bastante. Este é o lugar certo.
quem empurrava o carro, meus olhos
Continuem. ”
nunca viram ninguém. Sabia que os
anjos de Deus estavam lá. Sua esposa, Clara, ouvindo as pala­
vras, chorou, pois pareceu-lhe que o lu­
“ Estave eu triste porque escolhi para
gar era o lugar mais desolado em todo
v ir assim ? Não. Nem naquele tempo,
o mundo.
nem em qualquer momento da minha
vidii desde então. O preço que paga­ Mas com estas lágrimas vieram tam ­
mos para nos tornar mais proximos de bém lágrimas de a le g ria . . . lágrimas
Deus fo i um privilegio pagar, e estou que brotaram pela realização da profe­
grato porque tive o privilegio de v ir.” cia de que finalmente, depois de sema­
nas cansativas de viagem e queimadu­
Porem, tudo não foi morte, traba­
ras do sol, fom e e sede, Jeová tinha
lho, e lágrim as.
guiado o seu povo ao seu destino. Ao
Havia noites em que, apezar de bra­ novo lar deles. E, não há lugar como
ços e pernas inchados, eles dansavam, o lar.
cantando o lindo hino do Irm ão Clayton Ligeiram ente as palavras passaram
e outros cantos. Tinham declamações pelo trem de carroças. E daquele trem
historias e poesias.
para um outro e assim por deante.
E houve o dia 24 de Julho, 1847!! ‘‘ Este é o lu ga r!” . . . “ Chegamos” . . .
"H osanna” . . . “ Este é o lu g a r!!” . . .
Naquele dia, a carroça trazendo o Pro­ “ Os primeiros Santos chegaram nos
feta Brigham Young — que estava de cumes dos montes” .. “ Hosanna!”
cama com febre — chegou ao cume dum Homens e mulheres cairam de joelhos
pequeno monte e parou Embaixo jazia em agradecimentos alegres, e oração.
o que parecia ser um vale árido, onde
se divisava um espelho de agua — o “ Este é o lu g a r.”
grande Lago Salgado. Foi uma cena Naquela noite, o corpo principal do
de desolação; um lugar onde, pelos pou­ primeiro trem dos pioneiros reuniu-se
cos exploradores que o viram, nada cres­ junto àqueles poucos que chegaram no
ceria. E Brigham disse: “ Si há um lu ­ vale o dia anterior, e descansaram, to­
gar tão pobre que ninguém quer, aque­ caram, e cantaram como não faziam há
le é o lugar para n ós.” anos.

Referencias para " A P a la vra de Sabedoria”

Genesis 1:29 L ivro de Mórmon " A G aivota” : »


Genesis 3:18 Mosiah, capitulo 22 Ano I Num. 3 — página 54
página 58
Oeitt. 14:3-20 Num. 4 — página 78
Juizes, 13:13-14 Doc. & Conv. Num. 5 — página 98 página 100
página 113
/ C oríntios 3:16-17 Sec. 89 Num. 6 — página 124 . página 142

— 163 —
Mas não foi um Eden, e no dia se­ templo lindo, com suas espirais, fo i de­
guinte o trabalho para tom ar o lugar dicado ao Criador.
assim, còmeçou. Um rio fo i represado, * Mas com o fim da viagem não term i­
a terra regada e arada. Porem, a épo­ naram as provações. Veio a praga dos
ca da plantação já havia passado; e as gafanhotos, da qual os Santos foram sal­
batatas que cresceram não eram maiores vos pelo m ilagre moderno das Gaivotas.
do que nozes. N o dia 24 de Julho, 1947, no mesmo
Para os milhares de Santos que passa­ lugar em que Brigham Young e seus
ram aquele prim eiro inverno no vale do conselheiros fieis, Heber C. Kim ball e
Grande Lago Salgado — chamado por W ilford W oodruff, tinham visto o vale
exploradores a terra que Deus esqueceu do Lago Salgado cem anos atraz, fo i
— a vida era dura. E muitos comeram erigido um monumento. N a sua coluna
raizes das plantas que lá havia. mais alta, estão as figuras daqueles tres
homens.
“ Não somente de pão vive o homem,”
eram as palavras inspiradas do P ro fe ­ N a sua base e lados estão outros ho­
ta Brigham Young e seus conselheiros mens, mulheres e filhos, exploradores e
que falaram frequentemente em nome de pioneiros. E em letras grandes se lê:
Deus, e festas espirituais existiram em E S TE É O L U G A R .
abundancia. Escolas, em tendas, em
barracas, em carroças, levantaram-se O monumento tem a fren te não para
como cogumelos. um vale deserto, mas um deserto que
Na primavera seguinte, os pioneiros tem florescido como uma rosa.
viraram o curso dos riachos, construí­
Naquele vale fica uma das mais belas
ram represas e começaram o sistema de
cidades da Am erica, rodeada por mui­
irrigação da terra seca. No outono a
tas outras igualmente convidativas,
colheita fo i bôa.
igualmente industriosas e igualmente
A terra que Deus esqueceu? Não. conhecidas por sua manutenção da lei e
A terra que Deus reservou para os seus da ordem, e de um povo divino.
filh o s. * O lugar tornou-se um Im pério inte­
rior sem comparação.
“ Este é o lu g a r. *’
Verdadeiramente, os humildes — os
Em fim , milhares de Santos chega­
maltratados — e ainda os fortes e co­
ram no vale, e extenderam-se para os
rajosos tem herdado a terra.
vales vizinhos. A Cidade do Lago Sal­
gado fo i planejada, e o trabalho, num TU D O BEM! TU D O BEM!

Apresentamos na capa deste mês um retrato das figuras


:a p a do monumento erigido em Julho do ano passado. Esquerda à
direita: — H E B E R C. K IM B A L L , B R IG H A M Y O U N G e
W IL F O R D W O O D R U FF.

O que és é dádiva divina, o que fazes


de ti mesmo é tua dádiva a Deus.

— *64 —
Ezra T. Benson Desde aquele tempo ele tem recebido
varias designações importantes na ig re­
ja . Em Janeiro de 1946 fo i designado
forçado para ganhar uma bôa educa­ para presidir na missão Européia. Foi
ção, sempre tem achado tempo para ser grande sua responsabilidade naqueles
alegre — rindo com seus amigos — d i­ dias de sofrimento de após guerra, para
vertindo-se num baile ou festa. Um ho­ re-organizar os distritos e paróquias c
mem alegre é sempre amigo e líder da colocar os Santos, organizando auxilios
mocidade. e planejando alivio para o sofrimento
O chamado tão desejado para servir — comida, roupas, roupa da cama, se­
como missionário veiu quando Elder mentes, etc. — tudo fdrnecido pelo ar­
Benson estava na Universidade A gríco ­ mazém do “ Plano do Bem estar” (W el-
la do Estado de Utah, e deixou a esco­ fa re P la n ) que tinha sido instalado des­
la para servir na Grã-Bretanha de 1921 de o ano de 1936, preparando-se para
a 1923. Suas qualidades espirituais e tais acontecimentos.
sua habilidade de liderança desenvolve­ Elder Benson fo i escolhido para rea­
ram-se logo na missão e foi escolhido lizar esta grande ta refa e sob sua di­
como presidente da conferencia (d istri­ reção o trabalho avançou e muito foi
to) de Newcastle. feito para os membros de lá.
Em Junho de 1946 mais de 500 santos
Depois de cumprir a missão na In g la ­
reuniram-se em Hamburgo onde fo i rea-
terra ele voltou a escola, mas jam ais es­
zada uma conferência. H avia cinco mis­
queceu seu trabalho na ig reja . Serviu
sionários trabalhando ali e espalhando
na diretoria da escola dominical da esta­
o Evangelho Restaurado. Elder Benson
ca, tambem na diretoria da A . M . M . e
disse que muitos daqueles que assistiram
na superintendencia da estaca progres­
a conferencia eram magros, fracos e pas­
sivamente .
sando fome, mas nos seus olhos brilhava
No Templo de Salt Lake, no dia 1# a luz da verdade e de suas bocas saiu
de Setembro de 1926, Elder Benson ca­
um testemunho de fé e devoção que devia
sou-se com Flora Smith Amussen, filh a
ser um exemplo para toda a igreja. Não
mais jovem de Carl Christian Amussen,
havia nenhuma expressão de desalento
joalheiro proeminente da Cidade do Lago
nem am argor: Somente um sentimento
Salgado. Depois do casamento eles en­ de amor e gratidão pelo evangelho de
traram na Universidade A grícola do Es­
Jesus Cristo e para seus irmãos e ir ­
tado de Iowa, numa bolsa de estudos,
mãs que nas suas vidas mostram o es­
onde Elder Benson ganhou um diploma
pirito verdadeiro do “ Mormonismo.”
em ciência e fo i eleito à sociedade Gama
E lder Benson viajou pelos países da
Sigma Delta, a sociedade de honra na
Europa visitando os Santos em Cope-
agricultura.
nhagen, E sbjerg, K iel, Hamburgo, Bre-
Elder Benson teve muitas outras posi­ men, Hanover, Berlin e muitos outros
ções e honrarias, tanto na vida civil lugares do continente.
como na ig reja — trabalho que o levou Verdadeiramente ele fez muito para
para todas as partes do oeste e a W as­ aliviar um pouquinho o sofrimento nes­
hington D . C . ses países, e o mundo está sempre me­
Em Outubro de 1943 Ezra T . Benson lhorado por homens como E zra T . Ben­
recebeu o chamado da prirtieira presi­ son. Afortunado é o povo que o tem es­
dencia para ser um apostolo e membro colhido como líder. A vida do Elder
do conselho dos doze. Sua vida ativa e Benson tem sido e sempre será uma luz
justa qualifica-o para esta grande po­ aos santos dos últimos dias e ao mundo
sição na Ig re ja do Senhor. in teiro.

— 165 —
0 Empate cicleta de D ick — a b icicleta pela
qual ele h a ta n to tem p o v in h a t r a ­
ele "d á ” seu dinheiro. H o je ele deu b alh an do e eco n om isa n d o. E Jack
dois cruzeiros a L e e G rayson p a ra p a ­ desejou, tam bém , arden tem en te, es­
g a r a passagem e on tem deu dez c e n ­ ta r com p ran d o um a bicicleta.
tavos à m en in in h a dos N olan d, para “ M as não a d ia n ta n ad a suspirar”
c o m p ra r sorvete, porque ela estava tin h a ele d ito a Dick, quando se d i­
ch oran d o. E depois, o ou tro dia, ele rig ia m para a lo ja . “ Eu não guardei
com prou um a v a ra de pescar para o bastanto d in h eiro e ach o que se pas­
B arton , p a ra ele poder nos seguir e sará m uito tem p o antes que eu pos­
fin g ir que pescâva, e eu já lh e c o n ­ sa” m as assim m esm o ele entrou na
te i sobre o velh o Sr. Perkin s, m a ­ loja, com Dick, excitadíssim o com a
m ãe, com o o Jack o enche de v erd u ­ persp ectiva da com pra.
ras e fru tas, fin g in d o que n ão podo Os m en in os exa m in a ra m tôdas as
ven d e-las, e diz ao velh o que de q u a l­ b icicletas e fin a lm e n te D ick d ecidiu -
quer m odo elas vão se p erder. se por um a. E ra um a b icicleta lin ­
Este fo i um discurso m u ito c o m p ri­ da, lon ga, de lin h as aero-d in am icas,
do p a ra D ick, e ele sentou-se espe­ com todos os instru m entos n ecessá­
ran d o p ara ou vir o que sua m ãe d i­ rios para fa z e r de um passeio um a
ria a le g r ia .
A S ra. T a y lo r continu ou a bater “ É fo rm id á v e l” , disse Jack com e n ­
o b olo por um m om en to; depois v i- tusiasmo, e e n tã o - um a expressão de
rou-se para D ick e disse p e n s a tiv a ­ surpresa a g ra d á vel espalhou-se por
m en te: “ Jack é um m en in o m uito suas feições ao v e r en tra r n a lo ja o
bom Dick, e sua m a n eira de dar Sr. Perk in s.
quando ap arecem ocasiões que m e ­ “ Com o vai. S r. P erk in s ” , disse ele,
recem , m ostra um m a g n ífic o traço de “ ven h a ver a b icicleta que o D ick está
seu c a ra te r” . com p ran d o” .
D ick pensou por um m om ento. “ Sim , O velh o senhor veio ex a m in a r a
m am ãe, quando é que você pensa que bicicleta, sua nobre cabeça m an tid a
ele v a i poder com p rar a bicicleta, se orgu lh osam en te ereta em seus om bros
ele dá tudo quanto g a n h a ? " um pouco curvos. Ele p a recia m u i­
“ Eu sem pre d igo Dick, que “ d ar sa­ to dign o e a ristocrá tico em suas rou ­
b iam en te é um a ou tra m a n eira de pas novas e bem cortadas, e os m e ­
econ om isar” , respondeu sua m ãe e ninos n ota ra m que seus sapatos esta ­
term in ou da cob rir o bolo, g u a rd a n ­ vam en graxad os e que seu n ovo c h a ­
d o-o para o ja n ta r. péu cin za com p leta va sua ap a rên cia
D u ran te o verão todo, os m eninos distin ta .
con tin u aram a ven d er suas verduras P o r ex tra n h o acaso, eles sen tiram
e fru tas. Eles tra b a lh a ra m d ilig e n ­ m ais fo rte m e n te nesse dia, a p erso­
tem en te, leva n ta n d o -se cedo nos dias n alid ad e fo rte do S r. Perkins.
quentes para colh er verduras, fa z e n ­ “ Bem , m eu filh o , é rea lm en te um a
do m aços e la va n d o -a s antes que o ó tim a b icicleta a que você escolheu.
sol torn a -se dem asiado quente. Eles Eu só d eseja ria estar aqui p a ra ver
m a n tiv e ra m seus clien tes supridos e você usá-la” .
satisfeitos, com a lfa c e fresca e verdi- Os m eninos fic a ra m adm irados.
nha, b eterrabas tenras, ervilh a s e m i­ “ M as o Sen h or não v a i em bora, va i
lh o e as m ais gostosas fru tas. Sr. P erk in s ? ” , disseram juntos.
F o i em fin s de S etem bro e num sá ­ “ Sim , vou -m e em bora esta t a r d e .
bado de m a n h ã que os dois m eninos Eu alu gu ei m in h a casa por todo o in ­
se d irig ira m à lo ja para escolher a b i­ verno. ven d i m in h a va ca e agora vou

— 166 —
voltar para a cidade m orar com meu vou fazer com o meu cavalinho. Será
filho e m inha filha. Eles estão es­ que você gostaria de tomar conta dele
perando que eu acabe meus negócios. durante este inverno? Tenho feno lá
Vocês sabem, continuou ele rinao. eles em casa, que você pode ir buscar".
acham que eu não tomo bem conta “G ostaria muito, disse Jack, e eu
de mim, aqui. tomarei muito bem conta dele”.
Os meninos riram -se também com “Tenho certeza de que você tomará.
êle, mas não puderam deixar de pen­ E eu quero recom pensá-lo pelo favor
sar que seus filhos tinham razão, ao que me presta. Que acha você disto?
lem brarem -se da m aneira engraçada disse ele, com brilho travasso nos
com que o Sr. Perkins tomava con olhos, mostrando a bicicleta que Dick
ta da casa e do geito com que êle co­ ia comprar.
zinhava. M as de repente, Jack sen­ “M as Sr. Perkins, eu — nem sei
tiu-se muito orgulhoso de sua am iza­ o que dizer, exclamou Jack, mas o
de com o Sr. Perkins, e olhou-o com Sr. Perkins já tinha dado ordem ao
muita pena de perder tão bom am i­ vendedor p ara dobrar o pedido de
go . E Dick sentiu também uma pena Dick.
apertar seu coração, pena porque ele Q uando disseram adeus ao Sr.
desejava agora, ardentemente, ter Perkins, ficaram na esquina, cada um
sido um pouco menos egoísta para com sua bicicleta, olhando para o ve­
com o Sr. Perkins, e que também lho senhor que se distanciava.
pudesse ter a seu crédito alguns atos “É engraçado, disse Dick, dm ante
de bondade junto ao velho senhor, de todo o verão, eu guardei dinneiro
que ele pudesse se recordar quando como um louco, e fiquei em casa, para
estivesse de volta à cidade. poder com prar esta bicicleta, e você
“Sinto muito que o senhor vá em ­ deu quasi todo o seu dinheiro, diver­
bora, disse Jack, sério. Vam os sentir tiu-se a valer e a fin ar acabam os g a ­
muito a sua fa lta ” . nhando a mesma cousa”, ele riu-se
“Vamos mesmo, acrescentou Dick de bom humor. “Acho. que é como
com honestidade. N ada parecera di­ a mam ãe diz: “dar sabiamente é uma
reito sem a sua presença aqui.” outra m aneira de economisar”.
“E eu vou sentir falta de vocês tam ­ Jack não disse n ada por um m o­
bém, meninos. Vou sentir falta de mento, mas enquanto olhàva para a
vocês como se fossem meus proprios figura do Sr. Perkins que se desva­
netos. E vocês foram tão bons para necia ao longe, e que era um de seus
mim, disse ele olhando firm e para melhores amigos, as unicas palavras
Jack, mas voltarei na prim avera, ter­ que achou para dizer foram : — "Ele
minou alegremente, e vocês vão me é um velho form idável”.
ensinar a plantar de novo. E Jack,
há ainda uma cousa. Não sei o que Trad. por Silvia Courrege.

“ Não há, quasi, desgraças na terra ; há principalmente, obstáculos; a vonta­


de sempre os vence.”

— J67 —
Joinville Depois de um dia em São Paulo Elder
Lee fo i a Campinas. Está atualmente
N o dia 15 de maio de 1948, precisa­ trabalhando com os Elders em C uritiba.
mente 119 anos depois da restauração do Sede Bemvindo ao Brasil, Elder L e e !!!
Sacerdocio Aaronico por João Batista,
realizou-se em Joinville, o maior batis­
mo de um ramo na historia da Missão Curitiba
Brasileira. Naquele dia maravilhoso 12
pessòas entraram nas aguas do rio Os frutos do trabalho estão se mos­
Cubatão e foram batisadas — aumentan­ trando em Curitiba. No dia 27 de maio
do assim o numero de membros em Join­ pp. realizou-se um grande baile naque­
ville a quasi 110. Mais de 50 pessOaò le Ramo. Dizem-se que foi um grande
assistiram o batismo e ficaram assom­ sucesso com mais de 250 pessòas pre­
bradas pela beleza e simplicidade da ce sentes. A s senhoras da Sociedade do
rimonia. Logo após a cerimonia tiv e ­ Socorro forneceram e serviram sanduí­
ram um “ pic-nic” . Fez-se uma fogue> ches, doces e refrescos.
ra e todos assaram “ cachorros quentes” Muitos moços e moças assistiram —
e beberam refrescos. O grupo fo i e mostrando que a mocidade Brasileira
voltou de càminhão, cantando e gozan­ está interessada em divertimento de um
do o trajeto. Foi um dia inesquecível alto nivel.
para todos os assistentes. — C. E . T . Os nossos parabéns, Curitiba.

Novo Missionário
SSo Miguel
Elder Boyd H . Lee, de Salt Lake City,
desceu do N avio “ SS A rgen tin a” em Houve dois batismos em São Paulo no
Santos no dia 4 de Junho pp. Chegou mês passado. No dia ã foi realizado o
aqui na Casa da Missão à tarde do mes­ batismo de três pessòas na piscina do
mo dia. Muito contente de estar na bôa Club Floresta. Foi um lindo dia e um
terra novamente, depois de 13 dias no lindo batismo.
alto mar, ele disse que está gostando do Mais seis pessòas foram batisadas no
Brasil mas quer conhecer mais deste dia 12 de junho na lagoa do Bairro do
grande País. Limoeiro. Tiveram um pequeno progra­
Elder Lee é sobrinho do Apostolo Ha ma de hinos e orações antes de entrar
rold B. Lee. (G aivota de M aio). N as­ na agua. Depois da cerimonia, foram
ceu em Salt Lake City e foi educado todos para a casa do irmão Conto e foi
ali também. servido um pequeno e delicioso lanche.

— 168 —
A MENSAGEM
DA PRIMEIRA -PRESIDENCIA
AOS MEMBROS DA IGREJA
“ O LAR”

O lar é considerado a residencia do As forças do mal estão trabalhando


homem. É de origem divina e é, por­ agora para destruir o santuario do lar.
tanto, uma instituição sagrada. O lar Com o pensamento que o lar pode fo r ­
é, há muito tempo, reconhecido como o tificar-se dentro de si mesmo, a Ig reja
alicerce da sociedade e da nação. “ No está recomendando a adoção de uma
amor do la r nasce o amor à patria.” “ noite do lar” , uma vez por semana.
A civilização atual é um produto A s instruções da Prim eira Presidenr
do lar, da escola e da igreja. O cia são as seguintes:
lar é o mais importante desses fa- Para esse fim aconselhamos a inau­
toies. McCullock em seu livro, O Lar, guração da “ N oite do L a r” atravez de
O Salvador da Civilização, diz: De todos toda a Igreja , ocasião essa em que os
os fatores que entram no ambiente da pais e as mães podem reunir seus f i ­
criança, ou de qualquer outra pessôa, o lhos e filhas com eles no lar, e ensi­
lar é o mais poderoso, tanto assim que ná-los a palavra do S en h or... “ Noite
se pode dizer que o lar faz ou põe a do L a r” deve ser devotada a oração,
perder o caráter. A criança desde o hinos, canções, musica instrumental, ‘l e i­
dia de seu nascimento, durante pelo me­ tura das escrituras, temas fam iliares, e
nos doze anos, é tão dominada pelas in­ instruções específicos nos princípios do
fluencias do lar, bôas ou más, que ela evangelho, e sobre os problemas éticos
é absolutamente impossibilitada de r e ­ da vida, tão bem como os deveres e as
sisti-las. obrigações dos filhos para com os pais,
Uma responsabilidade definitiva calx o lar, a igreja, a sociedade e a nação.
aos pais em prover um lar ideal. Uma promessa é feita às fam ilias que
A tra vez das facilidades do lar desen­ desejam adotar este plano:
volvem-se todos os virtudes de uma so­ Si os Santos obedecerem este conce­
ciedade nobre; perpetua-se a raça hu­ lho, prometemos que serão grandemen­
mana; constroem-se as bases do caráter; te abençoados. O amor no lar e obe-
promove-se a diligencia; acumula-se a diencia aos pais crescerão. A fé se
riqueza; cultiva-se a arte e mantem-se desenvolverá nos corações da juventude
a religião. O ensino no lar é o fa tor de Israel, e ganharão poder para com­
que determina praticamente o futuro de bater as más influencias e tentações que
quas. toda a humanidade. Nos lares os rodeiam .
onde mantem-se ideais elevados, os pais Deve-se lembrar que se o ensino que
e não os professores construirão o a li­ uma criança deve receber no lar fo r ne­
cerce do caráter, os princípios da eco­ gligenciado, a Ig re ja e a escola não pode
nomia, e fé em Deus nos corações de de modo algum compensar pela perda.
seus filh os. Os pais devem viver de acordo a
Desde o inicio, a edificação do lar tem admoestação divina, “ E eles tambem en­
sido um dos principais objetivos desta sinarão seus filhos a orar e andar em
Ig re ja . É considerado tão vital que tor­ retidão perante o Senhor.” (D&C
na-se uma instituição permanente, espe­ 6 8 : 28 ).
rado durar para a eternidade. Trad. José Camargo
Você Sabia Que ?

1. O prim eiro discurso em publico so­ ses depois, no dia 24 de Julho. Cento e
bre o evangelho por um Elder nesta dis- quarenta e oito pessòas formaram esta
pensação fo i proferido 110 dia 11 de abril pequena e corajosa companhia. <145
de 1830 por Oliver Cowdery, que falou homens, 3 mulheres e 2 meninos);
numa reunião na casa de Pedro W hit-
mer, em Fayette, N ova York, cinco dias 5. E zra T. Benson, apostolo do Se­
depois da fundação da Ig re ja . nhor e bisavô do apostolo Ezra T . Ben­
son de nossos dias, foi um dos homens
2. Está escrito em Isaías: " E acon­ da prim eira companhia dos pioneiros.
tecerá nos últimos dias que o monte da (V e ja página 147).
casa de Jeová será estabelecido no cume
dos montes, e será exaltado sobre os 6. Os pioneiros viajaram 3.367 kilo­
outeiros; e concorrerão a ele todas as metros sobre as planícies, desertos, mon­
nações. tanhas, e atravessaram muitos rios e
ribeiros para chegarem ao vale do Lago
E virão muitos povos, e dirão: Vinde,
Salgado, no “ cume dos Montes.”
e subamos ao Monte do Senhor, à casa
de Deus de Jacó, para que nos ensine o 7. A maior parte dos pioneiro? via ­
que concerne aos seus caminhos, e ande­ jaram a pé e havia as companhias de
mos nas suas veredas; porque de Sião carroças de mão (hand-eart companies)
sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do que caminharam toda a distancia pu­
Senhor!” xando suas próprias carroças. Em duas
destas companhias formadas de 1026 pes­
3. Edward P artrid ge fo i designado,
soas, 220 morreram no caminho por cau­
pela imposição das mãos, como o pri­
sa dos sofrimentos e tempo frio .
meiro bispo presidindo a Ig re ja em 4
de fevereiro de 1831. 8. A palavra "U ta h ” é uma palavra
da língua dos indios e ela significa “ O
4. A prim eira companhia dos pionei­
Cume dos Montes.”
ros partiu de W in ter Quarters em abril
de 1847 e chegou ao cume dos mon­ 9. O preço da 11G aivota” aumentou
tes” (o vale do Lago Salgado) três me­ ao começar este mês.

D IT A M E S

Quando retribues injúrias por injúria, "Quasi todos os males não tem fun­
pôe-te abaixo do teu inimigo, quando damento senão na nossa imaginação.
dele te vingas, a ele te assemelhas, quan­
São os nossos temores do futuro que os
do, porém, perdoa-lhes, colocas-te acima
dele. — Benjcunht Franklin. aguçam . O sofrimento presente, geral­
* j mente bem leve, não nos basta. Quere­
Quando vires o mai, combate-o — mos sofrei-, além disso, no passado e no
Lincoln f u t u r o . — Lam enrtais. •

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