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Fé para encontrar os eleitos

Seminário para a Liderança da Missão — 2018

Presidente M. Russell Ballard


Do Quórum dos Doze Apóstolos
Terça-feira, 26 de junho de 2018

Irmãos e irmãs, sinto-me honrado por estar com vocês nesta manhã. Cumprimento o
Conselho Executivo Missionário e todos os que participaram deste extraordinário
Seminário para a Liderança da Missão.

Já se passaram 44 anos desde que Barbara e eu participamos de um seminário para


presidentes de missão, antes de nossa designação de presidir a Missão Canadá
Toronto. O seminário, naquela época, nem de longe se parecia com os maravilhosos
preparativos e apresentações que vocês, irmãos e irmãs, vivenciaram aqui este ano.
Tudo o que foi ensinado por nós foi pautado pelo poder do céu.

Este é meu 43º Seminário para a Liderança da Missão — que costumava ser
conhecido como Seminário para Novos Presidentes de Missão. Ao longo desses anos
aprendi muitas coisas ao ter tido o privilégio de reunir-me com missionários do
mundo inteiro. Confirmo o fato de que vocês terão uma grande aventura. Vocês
seguem com nossas orações por seu sucesso. Apreciem o momento que vocês têm
juntos. Isso vai sustê-los anos mais tarde, assim como aconteceu com minha querida
Barbara e eu.

Minha designação é falar-lhes sobre “a fé para encontrar os eleitos”. Repetirei com


frequência o que já disse antes, reconhecendo que, de vez em quando, alguém presta
atenção em mim! Vocês farão a mesma coisa em sua missão.

O capítulo 9 do manual Pregar Meu Evangelho está repleto de excelentes instruções e


ideias eficazes que vão ajudar seus missionários a encontrar os eleitos. Por favor,
leiam, estudem e entendam os princípios de como encontrar de modo eficaz filhos de
Deus para ensinar. Usem todos os recursos que tiverem para ensinar esses princípios
muitas e muitas vezes para seus missionários.

Nesta manhã, vou concentrar-me em alguns princípios do manual Pregar Meu


Evangelho que eu sei que se forem compreendidas pelos missionários e aplicadas
repetidas vezes, vão ajudá-los a encontrar os “eleitos”.
Primeiro: Os missionários precisam saber como ensinar as doutrinas, os
princípios e os mandamentos essenciais, conforme se encontram no capítulo 3 do
manual Pregar Meu Evangelho. Conhecimento é poder. A confiança edifica a
coragem.

Os missionários precisam conhecer todas as lições do evangelho para que se tornem


missionários zelosos e destemidos que encontram eleitos. Caso conheçam, acreditem,
amem e vivam os princípios e mandamentos do evangelho, eles vão “encontrar” os
eleitos e saberão que princípios do evangelho devem ensinar nesse processo.

Segundo: Façam o simples! Por exemplo, se os missionários querem ensinar,


converter e batizar mais pessoas, eles precisam conversar com mais pessoas.

Depois de eu ter servido em Toronto por aproximadamente três ou quatro meses, o


élder Franklin D. Richards, um assistente do Quórum dos Doze, foi à conferência de
estaca de Toronto. Perguntei se ele poderia fazer-nos a gentileza de reunir-se com os
nossos missionários bem cedo no domingo pela manhã. Ele concordou, e depois do
primeiro hino e da primeira oração, o élder Richards perguntou a nossos missionários
o seguinte: “Ontem [sábado] foi um dia de proselitismo?” Os missionários fizeram
que sim com a cabeça. Ele então perguntou: “Quantos de vocês falaram com pelo
menos 10 pessoas ontem?” Levantem a mão”. Ninguém ergueu a mão. Ele repetiu a
pergunta até chegar a 3 pessoas, então finalmente várias mãos se ergueram.

Podem imaginar o quanto fiquei chocado ao perceber que meus missionários não
estavam conversando com as pessoas, onde quer que as encontrassem? O élder
Richards prometeu que, se todos os dias, todos os missionários conversassem com pelo
menos 10 pessoas, eles encontrariam e ensinariam mais pessoas. Colocamos em prática
seu conselho, e dentro de um período curto de tempo, nossos batismos de conversos
aumentaram, de cerca de 20 por mês para cerca de 60, 70, 80 e finalmente 90.

Proselitismo é conversar com as pessoas, onde quer que os missionários as encontrem.


Observei que, quando nossos missionários faziam isso, eles se mantinham mental,
emocionale espiritualmente no trabalho do Senhor o dia inteiro, ao se revezarem na
tarefa de encontrar aqueles que dariam ouvidos a sua mensagem. À medida que
nossos missionários agiram assim, referências foram enviadas para duplas por toda a
missão.

Em uma carta enviada há apenas duas semanas, um presidente de missão que está
atualmente servindo nos Estados Unidos compartilhou o seguinte comigo:
“Em janeiro de 2017 você visitou nossa missão e nos ensinou que a força espiritual e
o desejo de um missionário vêm à medida que alinhamos nossa vontade com a do Pai
Celestial e de Seu Filho Jesus Cristo. Você nos incentivou a orar com plena energia de
coração pedindo força espiritual como um dom do Espírito Santo para nos purificar de
modo que nos tornássemos os melhores missionários que encontram e ensinam que a
missão já teve.

Você pediu-nos que fizéssemos algo que abençoasse nossa missão com muitos e
muitos milagres. Você nos pediu o seguinte:

• Elevar-nos a um novo nível de comprometimento.


• Conversar com pessoas onde quer que as encontremos — 20 novas pessoas por
dia, por dupla.

Decidimos que daquele dia em diante estabeleceríamos como meta que cada
missionários conversaria com 10 novas pessoas todos os dias.

Nos primeiros seis meses, nossos batismos dobraram em relação ao ano anterior, e os
batismos deste ano aumentaram um pouco, porém os batismos de maio mais do que
dobraram, de 22 no ano passado para 46 neste ano. Nosso melhor mês em alguns
anos. Todos os missionários disseram que nossa meta de contatar 10 pessoas por dia
foi a principal força motivadora desse aumento”.1

Tenham em mente que, com frequência, os eleitos são encontrados quando servimos
às pessoas — e isso também abençoa e enriquece a vida dos missionários. Estudos e
pesquisas recentes mostram que o serviço prestado a desconhecidos geralmente
melhoram o bem-estar físico, mental e emocional dos missionários.

Quando disponível, o JustServe é um excelente recurso para que os missionários


encontrem oportunidades de serviço em sua comunidade. Se o JustServe ainda não
estiver disponível, os missionários são incentivados a encontrar suas próprias
oportunidades de servir, conforme explicado nos manuais da missão e no
manual Pregar Meu Evangelho.

Terceiro: Ensine quando encontrar, encontre quando ensinar. Um de nossos


casais missionários foi designado a um pequeno ramo no Norte de Ontário no inverno.
A história deles comprova o poder desse princípio. No segundo dia após sua chegada,
eles foram até o mercado Dominion. Ao pagarem suas compras, nossa querida síster
sênior falou com a funcionária do caixa. “Somos novos aqui. Viemos de Utah. Temos
uma mensagem especial para compartilhar que nos fez vir até aqui. Será que podemos
ir à sua casa para contar-lhe por que viemos para Ontário?” A funcionária disse “sim”,
e um compromisso foi marcado. Depois da primeira lição, com a ajuda dos líderes de
zona, os missionários perguntaram: “Quem mais vocês gostariam que estivesse aqui
quando voltarmos para ensiná-los?” A funcionária disse para o marido: “Acho que seu
irmão e a mulher dele gostariam de vir”.

Passando rapidamente para o final da história, pelo que sei até agora, 18 membros
daquela família se filiaram à Igreja porque os missionários perguntaram: “Quem mais
vocês gostariam que estivesse aqui quando voltarmos para ensiná-los?” Lembrem-se:
ensine quando encontrar, encontre quando ensinar.

Quarto: Os missionários acompanham e não desistem! Há uma grande lição que


podemos aprender com a missão do élder Parley P. Pratt em Ontário, Canadá. Sua
experiência missionária ali é histórica, a despeito das circunstâncias muito difíceis que
ele enfrentou. O élder Pratt orou pedindo ajuda e foi abençoado quando um
desconhecido lhe deu algum dinheiro para que pudesse atravessar o lago Ontário de
balsa, indo de Hamilton para Toronto. O desconhecido também lhe entregou uma
folha de papel com o nome de alguém que morava em Toronto, que ele deveria
procurar. O nome era o de John Taylor.
A respeito daquele encontro, B. H. Roberts escreveu na biografia de John Taylor: “O
Sr. Taylor tinha ouvido rumores maldosos que eram circulados a respeito [dos
mórmons]. (…) Ele tratou o apóstolo Pratt com educação, como sentiu que tinha
obrigação de fazer, devido à carta de apresentação, mas a recepção que deu não
poderia ser chamada de cordial”.2Estava muito cauteloso. “Por esse motivo, em nada
auxiliou o élder Pratt, até que começou a descobrir que havia bons motivos para
acreditar que ele era um mensageiro enviado por Deus”.3

Depois de pesquisar com seriedade, John Taylor foi batizado em 9 de maio de 1836,
sendo ordenado apóstolo em 18 de dezembro de 1838. Ele se tornou o terceiro
presidente da Igreja no dia 10 de outubro de 1880.

Felizmente, o élder Pratt não deixou de persistir. Por intermédio de John Taylor, o
élder Pratt foi apresentado à família Fielding. Com respeito ao que ocorreu no
Canadá, o irmão Pratt escreveu:

“Minha primeira visita ao interior foi para um local que ficava a quase 15 quilômetros
de Toronto, em um assentamento de fazendeiros. (…) John Taylor me acompanhou —
isso foi antes de ele ser batizado — e fomos a cavalo. Visitamos a casa (…) do Sr.
Joseph Fielding, um conhecido e amigo do Sr. Taylor. Aquele homem tinha duas
irmãs, jovens damas, que, ao nos verem, fugiram correndo para uma das casas
vizinhas. (…) O Sr. Fielding (…) disse que lamentava termos ido visitá-lo, e se opôs a
que realizássemos [uma] reunião na vizinhança. Tão grande era o preconceito, que a
capela metodista tinha sido interditada para nós. (…)

‘Ah’, disse eu, ‘por que você se opõe ao mormonismo?’ ‘Não sei’, disse [o irmão
Fielding], ‘mas o nome soa desprezível. E outra coisa: não queremos uma nova
revelação, ou uma nova religião que seja contrária à Bíblia’. ‘Oh’, disse eu, ‘se isso é
tudo, em breve desfaremos seus preconceitos. Venha, chame suas irmãs de volta, e
vamos jantar’. (…)

(…) Eu preguei, e as pessoas quiseram ouvir mais. (…) Em poucos dias, batizamos o
irmão (…) Fielding e suas amáveis e inteligentes irmãs. (…) Também batizamos
muitas outras pessoas daquela vizinhança, e organizamos um ramo da Igreja, porque
as pessoas dali beberam a verdade como se fosse água, e a amaram como amavam a
vida”.4

Agora um agradecimento pessoal ao élder Pratt por não desistir, mas persistir. Quando
Mary Fielding chegou a Kirtland, foi apresentada a Hyrum Smith, o irmão do profeta
Joseph. A esposa de Hyrum, Jerusha, havia falecido. Algum tempo depois, Hyrum e
Mary se casaram. Eles tiveram dois filhos. Ao filho deram o nome de Joseph Fielding;
à filha, Martha Ann. Joseph F. Smith se tornou o sexto presidente da Igreja, e seu neto
Joseph Fielding Smith se tornou o décimo presidente da Igreja. O pai de minha mãe,
Hyrum Mack Smith, era o filho mais velho de Joseph F. Smith e serviu no Quórum
dos Doze até que, aos 45 anos de idade, faleceu subitamente. Outros membros da
família serviram em muitos chamados na Igreja.

Mas como aconteceu isso? Porque o élder Parley P. Pratt não desistiu. Ele não
permitiu que a rejeição o impedisse de persistir para se certificar de que aqueles que
ele tinha conhecido receberiam a mensagem da Restauração do evangelho de Jesus
Cristo.
Brigham Young relembra sua conversão da seguinte maneira:

“Quando o Livro de Mórmon foi impresso pela primeira vez, ele chegou às minhas
mãos duas ou três semanas depois. Acaso acreditei, na primeira vez em que ele me foi
anunciado (…)? O homem que o trouxe para mim disse as mesmas coisas. Ele disse:
‘Este é o evangelho de salvação, uma revelação que o Senhor deu para a redenção de
Israel. É o evangelho; (…) de acordo com Jesus Cristo, e Seus apóstolos, você precisa
ser batizado para remissão de pecados, ou será condenado’. ‘Espere um pouco’, disse
eu. O manto de minhas tradições estava sobre mim, de modo que os sentimentos que
tinha estavam tão interligados à minha natureza que me era quase impossível ver.
Embora eu tivesse visto, por toda a vida, que as tradições de [todas] as pessoas eram
toda a religião que elas tinham, eu tinha um manto para mim mesmo. Eu disse:
‘Espere um pouco. Qual é a doutrina do livro, e as revelações que o Senhor concedeu?
Deixe-me aplicar meu coração a elas, e depois de fazê-lo, considero meu direito saber
por mim mesmo, assim como qualquer outro homem na face da Terra’.

Examinei a questão minuciosamente por dois anos, antes de decidir-me a aceitar


aquele livro. Eu sabia que era verdadeiro, assim como sabia (…) que podia ver com
meus próprios olhos, ou sentir o toque de meus dedos, ou ser sensível à manifestação
de qualquer sentido. Se não tivesse sido assim, eu jamais o teria aceitado até hoje.
Tudo teria sido sem forma nem beleza para mim. Quis ter tempo suficiente para
comprovar todas as coisas por mim mesmo”.5
Nossa história antiga está repleta de histórias como essa. Eliza R. Snow, seu irmão
Lorenzo Snow, e muitos de nossos fiéis antepassados foram convertidos por
missionários que não desistiram, mas persistiram.

Presidentes, seus missionários também vão persistir e não desistir se contatarem


fielmente todas as referências que receberem, seja de qual fonte elas vierem. Ensinem-
nos a usar constantemente o livro de área para registrar, planejar e acompanhar todas
as oportunidades de encontrar e ensinar.
Uma pesquisa da Igreja indica que um número demasiadamente grande de
pesquisadores se pergunta por que os missionários não persistiram. Os pesquisadores
talvez não tenham cumprido um compromisso que fizeram com os missionários, então
os missionários os riscam da lista sem persistir em espírito de oração no empenho de
ensinar-lhes o evangelho. O manual Pregar Meu Evangelho explica: “Fazer um
convite sem acompanhamento é como começar uma jornada sem concluí-la ou
comprar a entrada para um concerto, sem ir ao teatro. Sem a ação concluída, o
compromisso não tem sentido”.6

Quinto: Encontrar por meio de membros. Os membros, unidos aos missionários,


trabalham juntos para encontrar os eleitos e conduzi-los para A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias. Os capítulos 9 e 13 do manual Pregar Meu
Evangelho ensinam os missionários e os membros a encontrar trabalhando juntos.
Prestem atenção particularmente nas páginas 180 e 181 do manual Pregar Meu
Evangelho.

O profeta Joseph Smith declarou: “Depois de tudo o que foi dito, o maior e mais
importante dever é pregar o evangelho”.7

Em 1974, o presidente Spencer W. Kimball disse: “As escrituras estão repletas de


mandamentos, promessas, chamados e recompensas por ensinar o evangelho.
Empreguei deliberadamente o termo mandamento, pois me parece uma diretiva
insistente da qual não podemos nos eximir, individual e coletivamente”.8
O presidente Thomas S. Monson deu eco exatamente a essa mesma mensagem aos
membros da Igreja. Ele disse: “Agora é o momento de membros e missionários se
unirem (…) [e] trabalharem na vinha do Senhor para trazer almas a Ele. Ele preparou
os meios para nós compartilharmos o evangelho de diversas maneiras e Ele vai nos
ajudar em nossos labores, se agirmos com fé para realizar Sua obra”.9

Sabemos que muitos membros hesitam em realizar o trabalho missionário e


compartilhar o evangelho por dois motivos básicos.

O primeiro é temor. Muitos membros nem sequer oram para ter oportunidades de
compartilhar o evangelho, temendo que recebam inspiração divina de fazer algo que
eles acham que não são capazes de fazer. O segundo motivo é um entendimento
equivocado do que é o trabalho missionário.

Sabemos que ninguém gosta de se sentir culpado quando lhes é pedido que
compartilhem o evangelho com familiares, com amigos ou vizinhos. Ajudem seus
missionários a afastarem quaisquer temores que os membros possam ter ao
compartilhar o evangelho com as pessoas.

Ajudem os membros a fazer o que Jesus Cristo nos pediu que fizéssemos.

Pedi e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei e ser-vos-á aberto.

Porque todo aquele que pede, recebe; e o que busca, encontra; e ao que bate, se
abre”.10
Lembrem-se: essa promessa virá quando os missionários convidarem aqueles a quem
eles ensinam a orar e a perguntar para saber se a mensagem do evangelho é
verdadeira.

Irmãos e irmãs, o temor é substituído pela fé e a confiança quando os membros e os


missionários de tempo integral se ajoelham juntos em oração e pedem que o Senhor os
abençoe com oportunidades missionárias. Depois, serão abertas oportunidades de
apresentar o evangelho de Jesus Cristo aos filhos de nosso Pai Celestial e essas
oportunidades certamente virão. Essas oportunidades jamais exigirão uma resposta
forçada ou obrigada. Elas fluirão como resultado natural do nosso amor por nossos
irmãos e nossas irmãs.

Em termos simples, trabalhar com os membros é uma questão de fé e ação. Os


princípios são simples: incentivem os membros a orar, individualmente e em família,
por oportunidades missionárias. Alguns podem determinar uma data para encontrar os
eleitos. O Senhor disse que muitas pessoas só estão afastadas da verdade “por não
saber onde encontrá-la”.11

O Senhor prometeu que se os membros e os missionários clamarem a este povo;


expressando os pensamentos que Ele lhes puser no coração, não serão confundidos
diante dos homens;

E naquele mesmo momento, ser-lhes-á dado o que dizer.12

Recebi há algum tempo uma carta de uma família de membros missionários muito
bem-sucedida. Eles escreveram:

“Querido élder Ballard, 30 minutos depois da transmissão mundial sobre acelerar o


trabalho de salvação, realizamos nosso conselho missionário da família. Ficamos
entusiasmados ao descobrir que nossos netos adolescentes queriam ser incluídos.
Temos o prazer de relatar que, desde nossa reunião de conselho, expandimos o grupo
de ensino de nossa família em 200%.

Nossos netos trazem amigos para a Igreja, desfrutamos a reunião sacramental com
alguns de nossos amigos menos ativos e fazemos com que alguns de nossos novos
contatos assumam o compromisso de ouvir as lições missionárias. Uma de nossas
irmãs menos ativas não apenas voltou para a Igreja, mas trouxe novos pesquisadores
com ela.

Ninguém recusou o convite de ouvir as lições dos missionários. Que época


emocionante de ser membro desta Igreja”.13
No domingo, ouvimos a seguinte promessa do profeta do Senhor, o presidente Russell
M. Nelson: “Não podemos medir sua capacidade de vincular o entusiasmo dos
missionários com a estabilidade amorosa e os esforços úteis dos membros. (…) Seu
sucesso será multiplicado grandemente ao aproveitarem o poder (…) dos membros
com quem vão servir.14

O trabalho eficaz com os membros exige que os missionários registrem


cuidadosamente no livro de área o seu trabalho com o líder da missão da ala e com os
membros. O presidente e os líderes da missão precisam examinar os livros de área de
tempos em tempos, para certificarem-se de que os missionários estejam cuidando
devidamente de todos os preciosos filhos do Pai Celestial.

Sexto : Encontrar por meio da tecnologia. A Igreja está usando com sucesso a
tecnologia para encontrar pessoas que estão buscando respostas para perguntas
relacionadas ao evangelho na internet. As ferramentas de mídia digital proporcionam
oportunidades para envolver as pessoas que buscam a verdade. De certo modo, as
pessoas é que estão nos encontrando!

Vídeos foram criados para ajudar a responder às perguntas daqueles que estão
buscando. Vocês receberão mais detalhes sobre esse grande recurso nesta tarde. No
entanto, lembrem-se de que a tecnologia nunca substituirá os esforços diários dos
missionários em encontrar pessoas para ensinar.

Sétimo : Encontrar com o Livro de Mórmon — “a pedra fundamental de nossa


religião”.15 O capítulo 5 do manual Pregar Meu Evangelho se concentra no papel do
Livro de Mórmon. Nossos missionários precisam reconhecer e utilizar o poder do
Livro de Mórmon em seu empenho de encontrar.

“O presidente Ezra Taft Benson disse que os missionários ‘precisam mostrar como [o
Livro de Mórmon] responde às grandes perguntas da alma’.”16

O élder e a irmã Holland nos ensinaram ontem tudo o que precisamos saber a respeito
do poder do Livro de Mórmon quando encontramos os eleitos.17

Então, entre outras coisas que aprenderam, esforcem-se para que seus missionários
entendam os ensinamentos espirituais dos apóstolos e de outros líderes neste
seminário. Sempre se lembrem de que “nada acontece no trabalho missionário até que
você encontre alguém para ensinar”.18

Concluindo, há 174 anos, Joseph virou-se para seu companheiro, Hyrum, e disse:
“Irmão Hyrum, você é o mais velho. Hyrum respondeu: “Vamos voltar [para
Nauvoo], nos entregar e ver o que acontece”. Após um momento avaliando a situação,
Joseph respondeu: “Se você voltar, voltarei com você, mas seremos massacrados”. A
resposta de Hyrum demonstrou sua grande fé no Senhor e desejo de morrer por Sua
causa: “Vamos voltar e colocar nossa confiança em Deus e não seremos prejudicados.
O Senhor está conosco. Se vivermos ou tivermos que morrer, aceitaremos nosso
destino”.19
No final da tarde de 27 de junho de 1844 — amanhã fará 174 anos —, uma turba
motivada pelo ódio subiu as escadas e entrou no quarto onde Hyrum, sempre o irmão
mais velho, estava segurando a porta na tentativa de proteger seus companheiros. Ele
tornou-se o primeiro mártir naquele dia sombrio, caindo no chão ao ser baleado,
declarando: “Sou um homem morto!” A atenção de Joseph voltou-se imediatamente
para seu irmão. Ele exclamou: “Oh, querido irmão Hyrum!” John Taylor foi o
próximo prisioneiro a ser baleado, após o que, Joseph pulou para a janela para chamar
a atenção da turba. Assim que o balearam e ele caiu no chão abaixo, a turba correu
para fora, deixando John Taylor ferido e Willard Richards como testemunhas da
horrível cena que havia acontecido no quarto.20

A mãe, Lucy Mack Smith, relatou que mesmo em meio a muito sofrimento e
desespero, havia conforto e até mesmo paz. Ela exclamou em agonia: “Deus meu,
Deus meu, por que desamparaste esta família?” Ela relatou ter ouvido uma voz
responder: “Eu os trouxe para mim, para que pudessem descansar”. Então, ao olhar
para os restos mortais de seus dois filhos, disse: “Quase podia ouvi-los dizer: ‘Mãe,
não chores por nós, vencemos o mundo pelo amor; trouxemos a eles o evangelho, para
que sua alma possa ser salva; eles nos mataram por nosso testemunho, e assim, nos
colocaram além do seu poder; sua vitória é momentânea, mas nosso triunfo é
eterno’”.21

A amada mãe, Lucy, depois perdeu seu filho Samuel, o primeiro missionário desta
dispensação, que morreu em decorrência de sua exaustiva viagem à cavalo à Carthage,
com o intuito de tentar proteger seus amados irmãos.22
Nenhum missionário deve deixar de compreender e apreciar o alto preço que outras
pessoas pagaram para estabelecer novamente a Igreja de Jesus Cristo sobre a Terra.
Nenhuma designação ou desafio de qualquer missionário deve impedi-lo de declarar
corajosamente as verdades do evangelho que é nosso dever compartilhar.

Joseph foi chamado para essa obra pelo Senhor, conforme nos ensinou tão bem o
presidente Oaks ontem.23 Vocês e seus missionários também foram chamados para
essa grande obra pelo Senhor, por meio de Seu profeta.

Joseph e Hyrum, companheiros missionários, verdadeiros e fiéis um para com o outro


e para com Deus, são o exemplo para todo companheirismo missionário nesta Igreja.
Não será requerido de nenhum de seus missionários que passem pelo que Joseph e
Hyrum passaram. Não será requerido que ninguém entregue sua vida voluntariamente
por esta Igreja, mas todos podem aprender com estes dois missionários poderosos
como apoiar e fortalecer um ao outro.

Seus missionários precisam devotar-se a essa grande causa. Eles podem aprender o
poder da mensagem da Restauração. Eles podem aprender os atributos e as
habilidades necessárias para se tornarem discípulos destemidos do Mestre. Eles
podem aprender e praticar os princípios de sucesso encontrados no manual Pregar
Meu Evangelho. Seus missionários podem vir a saber que a Restauração da plenitude
do evangelho de Jesus Cristo é maravilhosa e fornece a todos o caminho que leva à
imortalidade e vida eterna.

Esta é a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Estamos a serviço Dele.
Presto testemunho de que Joseph e Hyrum eram profetas do Deus vivo. Devemos ser
ousados e firmes ao levar o evangelho de Jesus Cristo aos filhos de nosso Pai — onde
quer que os encontremos!

Que Deus os abençoe, queridos presidentes e suas queridas esposas, com todas as
bênçãos para instilar no coração de seus missionários um profundo e duradouro amor
pelo Pai Celestial e por Seu Amado Filho, o Senhor Jesus Cristo. É minha humilde
oração e testemunho, em nome de Jesus Cristo. Amém.

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