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nos autos da Ação penal em epigrafe, inconformado com a sentença monocrática que
julgou procedente o pedido do Ministério Público, vem por meio de seu Procurador, a
presença de Vossa Excelência interpor Apelação para o eg. TJMG pelas razões
anexas.
Requer seja o presente recurso recebido, processado e remetido á instancia superior
para exame e julgamento e ao final seja provido.
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Telefones: (37) 3225-0743/8821-9483/
Apelado: Ministerio Publico
RAZÕES DE RECURSO
DO RELATÓRIO
E foram denunciados por prática do delito de tráfico de drogas (art. 33, caput da Lei
n" 11.343/06), nos termos da exordial acusatória.
Na instrução processual foram ouvidas três testemunhas arroladas pelas partes, através
de carta precatória (fls. 143/145)
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Os acusados foram interrogados (fls. 153 e154)
Registre-se desde o início, que Marco Antônio admite a pratica do crime a ele
imputado, entretanto ressalvas devem ser feitas.
Excelência restou-se claro nos autos a predisposição em elucidar os fatos por partes
dos acusados, conforme presenciado por Vossa Excelência e registrado nos autos,
Marco Antônio admitiu ser proprietário da substancia ilícita apreendida, entretanto
não cuidou a acusação de demonstrar que Marco Antônio se dedicava exclusivamente
a atividade de trafico de drogas ou que ainda integrasse alguma facção criminosa,
muito pelo contrario o processo deixa grande lacuna no esclarecimento desse fato em
especifico.
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EM METADE. REDIMENSIONAMENTO DA PENA. 1.
Afigura-se inviável a pretensão da Defesa de absolvição, com
fulcro no art. 386, inciso VII, do CPP, porquanto a
materialidade e a autoria do delito de tráfico de entorpecentes
estão devidamente comprovadas pelas provas documentais e
orais colhidas, que demonstram que o réu mantinha em
depósito substância entorpecente de uso proscrito no Brasil
para fins de difusão ilícita, como o próprio réu confessou. 2.
Os depoimentos dos policiais adquirem especial relevância,
afinal, trata-se de agentes públicos que, no exercício das suas
funções, praticam atos administrativos que gozam do atributo
da presunção de legitimidade, ou seja, são presumidamente
legítimos, legais e verdadeiros, notadamente, quando firmes,
coesos e reiterados, em consonância com a dinâmica dos
acontecimentos e corroborado por outras provas, e sem
indicação de qualquer atitude dos agentes de segurança no
sentido de prejudicar o réu, mas apenas no de coibir a prática
de infrações penais. 3. Não há falar em afastamento da
causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da
Lei 11.343/06, especialmente tratando-se de agente
primário e de bons antecedentes, em virtude de presunção
de que o acusado fazia da mercancia de entorpecentes meio
de vida - em razão da quantidade de drogas apreendidas -
sendo imperiosa a demonstração, por elementos concretos
extraídos dos autos, de que o agente se dedicava à
atividade criminosa ou integrava organização criminosa. 4.
No tocante à fração aplicável em razão do reconhecimento da
benesse do tráfico privilegiado, optou o legislador por não
definir parâmetros específicos acerca do quantum a ser
aplicado, cabendo ao magistrado, na análise das
circunstâncias, definir o percentual, sendo certo que a
utilização de fração diferente do máximo previsto deve se
encontrar devidamente fundamentada. Na hipótese, a
aplicação da causa de diminuição na fração de 1/2 (metade)
mostra-se consentânea, proporcional e adequada ao caso
concreto e com a quantidade de maconha apreendida na posse
do réu (987,35 g). 5. Recurso da Defesa conhecido e não
provido. Recurso da Acusação conhecido e parcialmente
provido. Redimensionamento da pena.(TJ-DF
20180110147349 DF 0003192-39.2018.8.07.0001, Relator:
CRUZ MACEDO, Data de Julgamento: 10/10/2019, 1ª
TURMA CRIMINAL, Data de Publicação: Publicado no
DJE : 17/10/2019 . Pág.: 175-193)
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DA MINORANTE DO TRÁFICO PRIVILEGIADO.
IMPOSSIBILIDADE. DEDICAÇÃO A ATIVIDADES
CRIMINOSAS NÃO EVIDENCIADA. APLICAÇÃO DA
CAUSA DE DIMINUIÇÃO AO SEGUNDO APELANTE.
REINCIDÊNCIA QUE OBSTA A MEDIDA.
ABRANDAMENTO DO REGIME E SUBSTITUIÇÃO DA
PENA CORPORAL DO TERCEIRO E QUARTO
APELANTES. POSSIBILIDADE. CAUSA DE
DIMINUIÇÃO DE PENA DESCRITA NO ART. 33, § 4º, DA
LEI Nº 11.343/06. INCIDÊNCIA. DELITO HEDIONDO.
ISENÇÃO DAS CUSTAS QUE SE IMPÕE. PRIMEIRO
RECURSO NÃO PROVIDO E SEGUNDO RECURSO
PROVIDO EM PARTE. - Havendo provas robustas a atestar o
envolvimento dos réus na prática da mercancia ilícita,
consubstanciadas em relatos harmônicos dos milicianos e nas
contradições existentes entre suas declarações, não há que se
falar em absolvição - A dedicação a atividades criminosas não
pode se embasar em meras notícias de envolvimento pretérito
com o tráfico. Para tanto, há que se ter condenação transitada
em julgado em desfavor do réu, o que não ocorre no presente
caso - A existência de condenação transitada em julgado em
desfavor do segundo apelante, por si só, é motivo a obstar a
incidência da causa de diminuição do tráfico privilegiado,
ainda que a condenação seja pela prática do delito de uso de
drogas, de menor potencial ofensivo - Consoante precedentes
do Supremo Tribunal Federal, a fixação de regime inicial para
cumprimento de pena corporal, ainda que em casos de crimes
hediondos ou equiparados, deve ser orientada pelos requisitos
do art. 33 do CP, sob pena de afronta ao princípio da
individualização da pena - Na esteira de recente entendimento
sufragado pelo STJ, consubstanciando na Súmula n. 512 do
STJ, a incidência da causa de diminuição de pena descrita no
art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06, não desnatura o caráter
hediondo do delito de tráfico de drogas - Preenchidos os
requisitos objetivos e subjetivos do art. 44 do CP, cabível a
concessão das penas substitutivas - Verificado que os réus
foram patrocinados pela Defensoria Pública, a isenção do
pagamento das custas processuais é medida que se impõe. V.
V - A incidência da minorante do § 4º do art. 33 da Lei de
Tóxicos afasta a hediondez do delito, entendimento este já
sedimentado pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal e pelo
Incidente de Incidente de Uniformização de Jurisprudência nº
1.0145.09.558174-3/003 deste Tribunal.
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DOS CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DA PENA
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3. As penas restritivas de direitos são, em essência, uma alternativa aos efeitos
certamente traumáticos, estigmatizantes e onerosos do cárcere. Não é à toa que todas
elas são comumente chamadas de penas alternativas, pois essa é mesmo a sua
natureza: constituir-se num substitutivo ao encarceramento e suas sequelas. E o fato é
que a pena privativa de liberdade corporal não é a única a cumprir a função
retributivo-ressocializadora ou restritivo-preventiva da sanção penal. As demais penas
também são vocacionadas para esse geminado papel da retribuição-prevenção-
ressocialização, e ninguém melhor do que o juiz natural da causa para saber, no caso
concreto, qual o tipo alternativo de reprimenda é suficiente para castigar e, ao mesmo
tempo, recuperar socialmente o apenado, prevenindo comportamentos do gênero.
(…)
Assim, ao apelante deve ser deferida a conversão da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos, conforme garantida pela lei penal; e ainda, que sua pena seja
fixada no mínimo legal pelas circunstâncias já elencadas.
DO PEDIDO
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1. Seja aplicada a causa especial de diminuição prevista no art. 33, § 4º, fixando
no mínimo legal, convertendo-a em restritiva de direitos, conforme
entendimento pacificado do Supremo Tribunal Federal, e que o denunciado
possa apelar em liberdade nos termos do art. 283 do CPP, por preencher os
requisitos objetivos para tal benefício.
Nesses termos,
Pede deferimento.
OAB/MG 134601
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