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Colisão Inelástica

Phellipe Augusto Alves da Silva

Introdução
Uma colisão entre dois objetos pode ser classificada em três tipos considerando a enérgica cinética
antes e após a colisão. Quando a colisão é classificada como elástica a energia cinética se conserva
durante o processo, caso a energia não se conserva durante o processo ela é classificada como
inelástica. Quando os objetos permanecem associados pós a colisão, esta se denomina colisão
perfeitamente inelástica. Este experimento tem como objetivo determinar o coeficiente de restituição
na colisão de uma bola de borracha com o chão.

Procedimento experimental
Durante processo experimental foi solta uma bola de borracha de uma altura ℎ0 = 1,5𝑚 e anotou-se
as alturas atingida após a colisão com o solo, o processo foi repetido cinco vezes e foram observadas
seis colisões consecutivas com o chão, assim obtendo seis valores de alturas durante o processo, os
dados foram anotados em uma tabela. Em seguida foi feita uma média entre as alturas obtidas, assim
chegando em seis valores de altura média.
Foi observado que em cada colisão da bola com o solo, esta perde parte de sua energia cinética e
consequentemente atinge alturas cada vezes menores (ℎ0 > ℎ1 > ℎ2 > ⋯ ). Com isso torna-se
possível determinar o coeficiente de restituição dado pela seguinte equação:
ℎ𝑛 = ℎ0 𝑟 2𝑛 (1)
Observando essa equação, concluímos que a altura (h) em função de duas vezes número de colisões
(2n) se compota de forma exponencial, assim sendo necessária uma linearização dessa função para
um melhor estudo desse comportamento. Com isso foi obtida a seguinte equação linearizada:
ln ℎ𝑛 = ln ℎ0 + 2𝑛 ln 𝑟 (2)
Com essas informações, foi feita uma tabela relacionando número de colisões (n), altura obtida por
colisões (h), altura média das colisões (ℎ𝑚 ), erro correspondente a altura média (∆ℎ𝑚 ), logaritmo
natural da altura média (ln ℎ𝑚 ) e erro correspondente ao logaritmo natural da altura média (∆ ln ℎ𝑚 ).
n Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Ensaio 4 Ensaio 5 𝐻𝑚 (𝑚) ∆𝐻𝑚 (𝑚) ln 𝐻𝑚 ∆ ln 𝐻𝑚
H (m) H (m) H (m) H (m) H (m) (m) (m)
0 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 0,01 0,41 0,01
1 0,97 0,99 0,94 0,95 0,94 0,96 0,02 -0,04 0,02
2 0,61 0,62 0,63 0,58 0,63 0,61 0,02 -0,49 0,02
3 0,38 0,38 0,39 0,37 0,42 0,39 0,01 -0,94 0,04
4 0,31 0,29 0,28 0,23 0,25 0,27 0,03 -1,31 0,09
5 0,14 0,12 0,15 0,19 0,18 0,16 0,02 -1,83 0,10
6 0,11 0,10 0,09 0,11 0,13 0,11 0,01 -2,21 0,10
Tabela 1: Alturas máximas obtidas em cada ensaio, com suas respectivas médias, logaritmos
naturais da média da altura máxima e erros absolutos.

Resultados e discussão
Com a tabela montada foi plotado o gráfico ln 𝐻𝑚 em função de (2𝑛) e foi comparado o coeficiente
linear (B) e coeficiente angular (A) com a equação (2), assim obtendo a valor da altura inicial da bola,
coeficiente de restituição, incerteza da altura e a incerteza do coeficiente por meio das seguintes
equações:
𝐻0 = 𝑒 𝐵 (3)
∆𝐻0 = 𝑒 𝐵 ∆𝐵 (4)
𝑟 = 𝑒𝐴 (5)
∆𝑟 = 𝑒 𝐴 ∆𝐴 (6)

Gráfico 1: Logaritmo natural médio da altura média em função do dobro de número de colisões
Por meio do gráfico foi obtido os seguintes valores de coeficiente angular (A) e coeficiente linear
(B):
𝐵 = (0,39 ± 0,02)
𝐴 = (−0,219 ± 0,003)
Utilizando as equações (3) e (4) chegamos na seguinte altura inicial (𝐻0 ) e sua respectiva incerteza
(∆𝐻0 ):
𝐻0 = (1,48 ± 0,03)𝑚
Assim, pode-se concluir que a altura inicial calculada se aproxima da real (1,5 ± 0,01).
Por meio das equações (4) e (5) chegamos no seguinte valor de coeficiente de restituição (𝑟) e sua
respectiva incerteza (∆𝑟):
𝑟 = (0,803 ± 0,002)
Por fim, com o coeficiente de restituição obtido pode-se calcular a fração de energia dissipada,
utilizando a equação (7):
∆𝐸
= 1 − 𝑟2 (7)
𝐸

Obtendo o seguinte valor para essa fração:


∆𝐸
= 0,36
𝐸
Conclusão
A fração percentual de energia dissipada em cada colisão da bola com o chão é de 36%, com isso
concluímos que a colisão observada é inelástica. Podemos observar, também, que a altura alcançada
pela bola em cada colisão com o chão é 36% menor em relação a altura inicial do objeto em cada
instante.

Referências
https://www.fisica.ufmg.br/ciclo-basico/wp-content/uploads/sites/4/2020/05/Colisao_Inelastica.pdf

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