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I
PROF.A ELISA RAFAELA
BONADIO BELLUCCI
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
“
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geração, sistematização e disseminação do conhecimento,
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Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria,
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a
emissão de conceitos.
QUÍMICA I
PROF.a ELISA RAFAELA
BONADIO BELLUCCI
SUMÁRIO
AULA 01 INTRODUÇÃO À QUÍMICA 05
INTRODUÇÃO
AULA 1
INTRODUÇÃO À QUÍMICA
Fonte: https://pixabay.com/photos/periodic-system-chemistry-medical-3014163/
As substâncias químicas formam tudo que está à nossa volta, entre elas, nossas
roupas e nosso corpo. O conhecimento sobre as substâncias químicas do corpo humano
nos ajuda a entender suas doenças e procurar suas curas, devido a este conhecimento,
vivemos mais, visto que as doenças passaram a ser geradas a partir do momento
que todo o processo que as envolvia foi compreendido. A química, conhecida como
“ciência central” é importante em todas as frentes do estudo científico e é útil na
compreensão de outras disciplinas como Biologia, Geologia, Ciência dos Materiais, a
própria Medicina, Física e, em especial, para este curso, as Engenharias.
Mas, do que se trata a Química? Química é a ciência que estuda os conceitos da
matéria, entre eles, suas propriedades, estruturas e transformações. Já a matéria é
conhecida como tudo aquilo que ocupa espaço e tem massa. Estamos constantemente
em contato com a matéria. No entanto, há coisas que podemos observar (enxergar)
e que não é matéria, a luz é um exemplo, pois podemos enxergá-la, mas não possui
massa, portanto não é considerada matéria.
A química é estudada através da observação de experimentos de medida de
propriedades de substâncias químicas e suas reações. Através desse experimento é
elaborado um modelo que tenta explicar o que foi observado pela organização dos
dados obtidos, mais conhecido como método científico. Nestes modelos, inicialmente, é
criada uma hipótese sobre um fato baseado em experiência direta que pode ser rejeitada
ou sustentada através da análise dos dados. Quando a hipótese é confirmada, nasce
uma teoria. Entretanto, essa teoria não é uma verdade absoluta, visto que os cientistas
entendem que suas observações podem ser derrubadas por novas explicações. Se
novos fatos são descobertos e se opõem à teoria existente ou a teoria não passa em
novos testes, ela pode ser eliminada ou atualizada. As teorias são constantemente
testadas, algumas foram tão estudadas que se tornaram refinadas ao ponto de serem
denominadas leis.
1.2. A Matéria
A matéria é estudada através de suas mudanças, e essas variações podem ser físicas
ou químicas. As propriedades físicas são aquelas que podemos medir sem alterar
a natureza do material, como por exemplo, massa e densidade. Já as propriedades
químicas referem-se aos tipos de variações químicas que a substância pode sofrer,
como por exemplo, corrosão e combustão.
ANOTE ISSO
Densidade ()g
__
L
=
massa (g)
__________
volume (L)
Figura 1.1 – Representação das partículas da matéria nos estados sólido, líquido e gasoso.
Fonte: Feitosa, Barbosa, Forte (2016).
pelo aspecto, odor, sabor, entre outras propriedades, como ponto de fusão e de ebulição
(temperaturas que na pressão atmosférica, materiais sólidos se tornam líquidos e
líquidos se tornam gases, respectivamente). Uma outra característica da substância
pura é que esta não pode ser separada em duas ou mais espécies diferentes a
temperaturas ordinárias.
As misturas possuem duas ou mais substâncias puras que mantêm suas
propriedades características e que podem ser separadas por técnicas físicas.
Exemplos de misturas: ar, leite, cimento, etc. As misturas podem ser classificadas
como homogênea e heterogênea. Quando duas ou mais substâncias se encontram
na mesma fase, tem-se uma mistura homogênea, também conhecida como solução.
Quando dissolvemos uma colher de açúcar em água e a composição da mistura é
a mesma em toda extensão da solução, então temos uma mistura homogênea. O
mesmo não ocorre quando misturamos limalha de ferro com grãos de areia, pois eles
se mantêm separados, portanto, trata-se de uma mistura heterogênea. As misturas
heterogêneas são aquelas em que a mistura não é uniforme em sua composição. Outro
exemplo de mistura heterogênea, mas que nesse caso parece uniforme aos olhos, é o
leite, pois mesmo parecendo ter uma textura lisa, uma aproximação revelaria glóbulos
de gordura e de proteínas no líquido em composição diferente por sua extensão.
As misturas, como dito anteriormente, podem ser purificadas, ou seja, podemos
separar seus componentes por meio de técnicas físicas como filtragem, no caso de
uma mistura heterogênea de água com areia ou com o uso de ímã, quando se tem uma
mistura de areia com limalhas de ferro. Tratando-se de misturas homogêneas, como
é o caso da solução de água com açúcar, pode-se utilizar técnicas de aquecimento,
evaporação até a secura e condensação do vapor.
crenças. Foi em 1808, que o químico inglês, John Dalton, apresentou a teoria baseada
em evidências de que:
1. a matéria é formada por pequenas partículas indivisíveis (átomos);
2. os átomos de um mesmo elemento são idênticos e possuem as mesmas
propriedades químicas, massa e tamanho;
3. os compostos químicos são formados por átomos de dois ou mais elementos
químicos e em qualquer composto a razão entre os números de átomos de
quaisquer elementos são constantes e quase sempre números inteiros;
4. reações químicas resultam apenas em rearranjo, separação ou combinação de
átomos, estes não aparecem e desaparecem, nem mesmo se transformam em
outro elemento e, por fim,
5. as moléculas são uma combinação de átomos que agem como uma unidade.
Para Dalton, os átomos eram esferas maciças e indivisíveis como bolas de bilhar.
Modelo de Thomson
Modelo de Rutherford
Teoria de Bohr
e que a menor energia possível é o estado fundamental. Ele sugeriu que o elétron
se movesse ao redor do núcleo em órbita circular. No entanto, o elétron só poderia
ocupar determinadas órbitas ou níveis de energia, nos quais ele é estável. Cada nível
de energia passou a ser representado pela letra n e um número inteiro foi utilizado
para enumerá-las (1,2,3...) de dentro para fora. Nas próximas aulas este assunto será
melhor estudado, mas, por hora, tem-se que ter claro que os elétrons estão distribuídos
em diferentes camadas ao redor do núcleo do átomo.
ANOTE ISSO
De que são feitos os átomos? Como vimos no modelo atual sobre os átomos, existem
as partículas subatômicas, portanto, o átomo é constituído de prótons, elétrons e
nêutrons. O átomo é formado por um centro pequeno e compacto denominado núcleo
composto por prótons e nêutrons e por uma nuvem dispersa de elétrons conhecida
como eletrosfera.
O átomo é tão leve que representar seu peso em gramas ou quilogramas não é
conveniente, portanto, muitas vezes ela é expressada em unidade de massa atômica.
ANOTE ISSO
Todos os átomos podem ser identificados pelo número de prótons e nêutrons que
neles contém. O número de prótons em um átomo é chamado de número atômico,
geralmente representado pelo símbolo Z, e identifica o elemento. Atualmente, são
conhecidos 116 elementos com número atômico entre 1 e 116.
ANOTE ISSO
Na natureza, cada elemento tem um número de prótons específico para ele, ou seja,
não existem diferentes elementos com o mesmo número de prótons.
1.4. Íons
ANOTE ISSO
1.5. Moléculas
átomos de mais de um elemento unidos em razão definida e de carga neutra, tal qual
os átomos.
Fonte:https://pixabay.com/illustrations/bistriflimide-anion-molecule-model-910304/
ANOTE ISSO
AULA 2
DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA
E TABELA PERIÓDICA
O físico Niels Bohr concluiu que os elétrons da eletrosfera não se moviam livremente
ao redor do núcleo, e que ao invés disso, ficavam distribuídos em níveis de energia
ou camadas eletrônicas. Essas divisões da eletrosfera foram representadas por letras
maiúsculas K, L, M, N, O, P, Q e são associadas aos números quânticos principais 1,
2, 3, 4, 5, 6 e 7, respectivamente. Em cada nível de energia (n) há um número máximo
de elétrons que pode ser calculado através da fórmula:
2n2
onde n é o número quântico principal que representa a camada, por exemplo, n=3
representa a camada M. A tabela 2.1 mostra a distribuição dos elétrons na camada.
Figura 2.1 – Configuração eletrônica no estado fundamental (mais baixa energia) para um átomo com 7 elétrons (Nitrogênio).
Fonte: Adaptado de Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Regra_de_Hund).
Para melhor ilustrar essa representação, mais exemplos são mostrados a seguir:
Figura 2.2. Diagrama de Linus Pauling e Distribuição eletrônica em ordem crescente de energia.
Fonte: Própria autoria.
1s2 2s2 2p6 3s2 3p64s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d8
Pt (Platina) 78
K = 2, L = 8, M = 18, N = 32, O = 16, P = 2
Tabela 2.4. Distribuição eletrônica de diferentes elementos químicos.
Fonte: Própria autoria.
ANOTE ISSO
É importante lembrar que a soma da distribuição dos elétrons, tanto nos subníveis
como nas camadas, deve resultar no número atômico do átomo ou elemento, como
mostrado no exemplo acima.
Figura 2.3 – Estrutura de Lewis para os átomos dos elementos Bromo, Nitrogênio, Selênio e Cálcio.
Fonte: Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Estrutura_de_Lewis).
ANOTE ISSO
Não se pode encontrar a camada de valência sem que antes seja feita a distribuição
dos elétrons em ordem crescente de energia
Por volta do ano de 1916, Lewis, em conjunto com o cientista Walter Kossel,
perceberem a existência de um grupo de átomos que se encontravam isolados, e
que não participavam de ligações químicas. A esse grupo foi dado o nome de gases
nobres. Mas, o que isso tem a ver com camada de valência? Pois bem, foi descoberto
que na camada de valência desses átomos havia oito elétrons que a preenchiam,
com exceção do Hélio (He), que possui 2 elétrons na última camada. A esse fato foi
relacionada a estabilidade desses átomos e essa teoria ficou conhecida como regra
do octeto.
2.2.1. Origem
Por volta dos anos 1930, teve-se a primeira observação de que haviam elementos
com propriedades iguais e números atômicos semelhantes. Os cientistas procuraram
encontrar um padrão sobre esses comportamentos. Em 1864, um cientista inglês
fez uma nova tentativa de organizar os elementos, onde os elementos químicos
com propriedades similares foram distribuídos em linhas horizontais contendo sete
elementos cada um em ordem crescente de massas, no entanto, essas ideias foram
rejeitadas, mas foram consideradas as precursoras das ideias de Mendeleev, anos
mais tarde.
Mendeleev foi quem, em 1869, desenvolveu a tabela periódica que é utilizada até
hoje (Figura 2.4). Nesta tabela, os elementos foram distribuídos em ordem crescente
de massa atômica, iniciando com o hidrogênio. Observou-se uma periodicidade e uma
regularidade quando os elementos foram organizados, dando o nome de lei periódica.
O mais interessante da tabela de Mendeleev foi sua ideia em deixar espaços vazios na
tabela, como se previsse que novos elementos existentes fossem descobertos, o que
realmente aconteceu. A tabela periódica ajudou e ajuda até hoje o estudo da química.
Tabela periódica
1 18
1 2
H He
hidrogênio hélio
1,008 2 13 14 15 16 17 4,0026
3 4 5 6 7 8 9 10
número atômico
Li Be 3
B C N O F Ne
lítio berílio Li símbolo químico boro carbono nitrogênio oxigênio flúor neônio
6,94 9,0122 lítio nome 10,81 12,011 14,007 15,999 18,998 20,180
6,94 peso atômico (massa atômica relativa)
11 12 13 14 15 16 17 18
Na Mg Al Si P S Cl Ar
sódio magnésio alumínio silício fósforo enxofre cloro argônio
22,990 24,305 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26,982 28,085 30,974 32,06 35,45 39,95
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
potássio cálcio escândio titânio vanádio crômio manganês ferro cobalto níquel cobre zinco gálio germânio arsênio selênio bromo criptônio
39,098 40,078(4) 44,956 47,867 50,942 51,996 54,938 55,845(2) 58,933 58,693 63,546(3) 65,38(2) 69,723 72,630(8) 74,922 78,971(8) 79,904 83,798(2)
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
rubídio estrôncio ítrio zircônio nióbio molibdênio tecnécio rutênio ródio paládio prata cádmio índio estanho antimônio telúrio iodo xenônio
85,468 87,62 88,906 91,224(2) 92,906 95,95 101,07(2) 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60(3) 126,90 131,29
55 56 57 a 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
césio bário háfnio tântalo tungstênio rênio ósmio irídio platina ouro mercúrio tálio chumbo bismuto polônio astato radônio
132,91 137,33 178,486(6) 180,95 183,84 186,21 190,23(3) 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,2 208,98
87 88 89 a 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh Fl Mc Lv Ts Og
frâncio rádio rutherfórdio dúbnio seabórgio bóhrio hássio meitnério darmstádtio roentgênio copernício nihônio fleróvio moscóvio livermório tennesso oganessônio
57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
lantânio cério praseodímio neodímio promécio samário európio gadolínio térbio disprósio hôlmio érbio túlio itérbio lutécio
138,91 140,12 140,91 144,24 150,36(2) 151,96 157,25(3) 158,93 162,50 164,93 167,26 168,93 173,05 174,97
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Figura 2.4 – Tabela Periódica atual. Versão IUPAC/SBQ (pt-br) com 5 algarismos significativos, baseada em DOI:10.1515/pac-2015-0305 - atualizada em 28 de janeiro de 2021
Fonte: https://www.tabelaperiodica.org.
Massa Atômica= (
75,77
_____
100
)(
× 34,97 u +
24,23
_____
100
)
× 36,97 u =35,4527 u
A massa atômica será bastante importante nas próximas aulas, pois é utilizada
para calcular a massa molecular de um composto.
(maleável) e liga com outros metais. Outra similaridade entre os metais é que eles
tendem a doar elétrons formando cátions.
Não metais ou ametais: são menos numerosos que os metais, mas apresentam
significativa importância devido às suas funções na química dos seres vivos, por
exemplo, por formarem as moléculas que constituem o corpo humano. Diferente dos
metais, os ametais não são bons condutores de energia (principal diferença), nem
maleáveis, lustrosos ou dúcteis e, principalmente, formam ânions (tendem a ganhar
elétrons). Alguns amentais são sólidos (como carbono fósforo ou iodo), outros líquidos
(bromo) e dez deles são gases (H, O, N, F, Cl, hélio, neônio, argônio, criptônio e xenônio).
Metalóides ou semimetais: são aqueles elementos difíceis de classificar no grupo
dos metais ou ametais citados acima devido às suas características. Kortz et al.
(2012), em seu livro, definiram os metalóides como elementos que possuíam algumas
características físicas de metal, como o antimônio, que conduz eletricidade como um
metal, no entanto, sua química é similar à de um ametal como o fósforo.
2.2.4. Periodicidade
ANOTE ISSO
Quando a Tabela periódica foi construída, não se sabia o porquê das similaridades
entre os elementos da mesma coluna, não havia como explicar. Mas, quando foi
descoberta a configuração eletrônica é que se descobriu que elementos da mesma
coluna possuem a mesma configuração eletrônica na camada de valência, ou a camada
mais externa. Por exemplo, analisemos o grupo 1A, todos têm um elétron na camada
de valência.
AULA 3
PROPRIEDADES PERIÓDICAS
E LIGAÇÃO QUÍMICA I
Isótopos
3
Figura 3.1 – Ilustração dos isótopos de hidrogênio, conhecidos como A) hidrogênio; B) deutério e C) trítio.
Fonte: Chang (2010).
Isóbaros
Isótonos
A) B)
Figura 3.2 - Representação do A) do raio atômico através da metade da distância entre dois átomos do mesmo elemento; B) do tamanho do átomo de
acordo com a posição do seu elemento na Tabela Periódica.
Fonte: https://www.tabelaperiodicacompleta.com/propriedades-periodicas/.
Energia de ionização
Figura 3.3 – Representação da energia de ionização segundo o local que o elemento se encontra na Tabela Periódica.
Fonte: https://www.tabelaperiodicacompleta.com/propriedades-periodicas/.
resultando em uma força de atração muito maior sofrida pelo elétron na camada de
valência por ação do núcleo, tornado mais difícil sua remoção.
Afinidade eletrônica
Figura 3.4 – Tendência da afinidade eletrônica de acordo com a posição do elemento na Tabela Periódica.
Fonte: https://www.tabelaperiodicacompleta.com/propriedades-periodicas/.
Eletronegatividade
Figura 3.5 – Tendência eletronegatividade de acordo com a posição do elemento na Tabela Periódica.
Fonte: https://www.tabelaperiodicacompleta.com/propriedades-periodicas/.
ANOTE ISSO
ANOTE ISSO
Para facilitar, metais do grupo principal formam cátions com carga numericamente
igual ao número do grupo, por exemplo, o sódio (grupo 1A) forma cátion de carga
+1, enquanto o cálcio (grupo 2A) forma carga +2. Os átomos do grupo 7A e 6A
formam ânions com carga igual à do grupo subtraindo 8.
Lembrando da regra do octeto, podemos afirmar que um átomo com quase oito
elétrons de valência (Grupo 6A e 7A) tende a ganhar elétrons para chegar a oito e assim
atingir certa estabilidade como os gases nobres, formando um ânion. Quando o átomo
possui um ou dois elétrons na camada de valência (Grupo 1A e 2A), ele tende a perder
esses elétrons, também para ficar com configuração eletrônica próxima a de um gás
nobre, formando um cátion.
A exemplo, o cloreto de sódio é formado pelo metal sódio (baixa eletronegatividade)
e o ametal cloro (alta eletronegatividade). Neste composto iônico o único elétron na
camada de valência do sódio (1s2 2s2 2p6 3s1) é transferido para a última camada do
cloro (1s2 2s2 2p6 3s2 3p5). Utilizando a estrutura de Lewis, temos:
ANOTE ISSO
Para saber a fórmula do composto iônico formado por íons, coloque o cátion com
sua específica carga antes do ânion, também com sua carga, e então cruze as
cargas. Como mostrado abaixo:
elétron na formação de um par eletrônico que estabilizará esses dois átomos ao mesmo
tempo. Os elétrons compartilhados ficam dispostos entre dois núcleos, levando a uma
atração entre eles. O compartilhamento de um par de elétrons é conhecido como
ligação simples, representada por uma única linha entre os átomos dos elementos.
H • + • H 🡪 H __ H
A ligação covalente ocorre entre ametal e ametal, ametal e hidrogênio e entre hidrogênio
e hidrogênio devido à diferença de eletronegatividade entre esses elementos. De
acordo com o grau de compartilhamento desses pares de elétrons, a ligação formada
pode ser polar ou apolar, e estas estão relacionadas com a diferença eletronegativa
entre os átomos (Tabela 3.1). No geral, na ligação covalente apolar os elétrons são
compartilhados de modo igual, enquanto na polar, este compartilhamento é desigual.
Diferença de eletronegatividade
Tipo de Ligação Mais provável que ocorra entre
entre os átomos ligados
A) B)
Figura 3.9 – Representação da densidade eletrônica de A) ligação covalente apolar entre átomos de flúor (F2) e B) ligação covalente polar entre átomos de
flúor e hidrogênio (HF).
Fonte: https://docplayer.com.br/110624349-Polaridade-das-moleculas.html
ANOTE ISSO
As ligações iônicas são todas ligações polares. Moléculas formadas por dois
átomos iguais são sempre apolares (F2, H2, O2).
Figura 3.10 – Exemplo de ligação metálica, onde sinais positivos (+) representam cátions e sinais negativos (-) representam elétrons livres flutuando na
nuvem eletrônica.
Fonte: https://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Ligação_metálica.
Os elétrons livres conferem algumas propriedades dos metais, entre elas, boa
condutibilidade elétrica e térmica, maleabilidade, ductilidade, ou seja, podem ser
deformados até que se rompam, pontos de fusão e ebulição elevados, além de
resistência e brilho.
AULA 4
LIGAÇÃO QUÍMICA II -
FORÇA INTERMOLECULAR
Na aula anterior vimos que existem forças de interação entre os átomos que levam
à ligação entre eles e mantêm a molécula unida.
As forças entre as moléculas também são bastante importantes, pois, ainda que mais
fracas que as ligações químicas em uma molécula, são responsáveis pela organização
da estrutura e das propriedades de matérias no estado condensado (sólido ou líquido).
A estrutura de qualquer sólido cristalino ou amorfo é determinado por essas forças
intermoleculares. Antes de estudar sobre as forças intermoleculares, devemos ter
conhecimento dos conceitos de repulsão entre os elétrons da camada de valência,
geometria molecular e também sobre as polaridades da molécula, originada pelos
dipolos das ligações químicas.
1. Quando todos os elétrons do átomo central se ligam apenas por ligações simples
(compartilha apenas um par de elétrons com cada átomo que o cerca) e não
há nenhum elétron livre (não ligante), temos:
• Geometria linear, quando o átomo central está ligado a dois átomos, por
exemplo quando o berílio (Grupo 2A) forma ligações com o flúor formando
o BeF2 (Figura 4.1A);
• Geometria triangular planar, quando o átomo central possui três elétrons
e estes formam pares compartilhados com outros três átomos que se
posicionam a 120° uns dos outros, como quando o boro forma o BF3 (Figura
4.1B);
• Geometria tetraédrica ocorre quando o átomo central está ligado a quatro
átomos, com quatro pares de elétrons compartilhados, formando ângulo de
109,5°. As moléculas formadas pelo átomo de carbono, por exemplo o CH4,
formam geometria tetraédrica (Figura 4.1C).
A) B) C)
ANOTE ISSO
2. Quando o átomo central possui pares de elétrons livres que ocupam um lugar
no espaço e influenciam na geometria molécula. Desta forma, temos:
• Geometria piramidal ou pirâmide trigonal, que ocorre na molécula de amônia
(NH3), por exemplo. O nitrogênio possui um par de elétrons livres e três
elétrons estão ligados a três átomos de nitrogênio, neste caso, o ângulo
formado entre ligações entre N e H é 107,5°, pois o par de elétrons livres
ocupa espaço maior que os elétrons compartilhados (Figura 4.2A).
• Geometria angular ocorre quando o átomo central possui dois pares de
elétrons livres enquanto dois pares estão compartilhados. A molécula de
água é um exemplo, pois o oxigênio possui seis elétrons na camada de
valência e, quando formada a molécula de água, dois pares de elétrons não
se ligam (Figura 4.2B).
A) B)
Figura 4.2 – Geometria A) piramidal da molécula de amônia e B) angular da molécula de água.
Fonte: FEITOSA, BARBOSA, FORTE, 2016.
A) B)
Figura 4.3 – Representação da geometria molecular do A) gás carbônico e do B) dióxido de enxofre, ambos com múltiplas ligações.
Fonte: FEITOSA, BARBOSA, FORTE, 2016.
Por fim, deve-se enfatizar que a geometria molecular é determinada pela distribuição
espacial dos pares de elétrons das ligações existentes e dos pares não ligados ao
redor do átomo central, pois eles exercerão uma força de repulsão nas ligações e
mudarão seus ângulos. A geometria dependerá do número de pares de elétrons do
átomo central.
Figura 4.4 – Representação das polaridades das moléculas de gás carbônico e água.
Fonte: FEITOSA, BARBOSA, FORTE, 2016.
μ = d . |δ|
Molecular apolares
Na ligação covalente diatômica, os elétrons compartilhados são atraídos
simultaneamente pelos dois núcleos atômicos. Quando estas moléculas são formadas
por átomos iguais, a força de atração sofrida será a mesma para ambos e, desta
forma, não haverá formação de dipolo, resultando em uma molécula apolar.
A partir de três átomos, cada ligação com cada átomo deverá ser avaliada e a
soma dos vetores de cada ligação pode gerar um momento dipolar nulo ou não,
mesmo se as ligações entre os átomos forem todas polares. Neste sentido, temos
a molécula BF3, formada por três ligações polares com vetores direcionados para
o flúor, o elemento mais eletronegativo. Como ilustrado na Figura 4.6, a geometria
dessa molécula é triangular e a distribuição dos elétrons ao redor do boro se
mostra de forma simétrica. Desta forma, o momento dipolar resultante é zero,
pois os vetores se cancelam.
Figura 4.6 – Estrutura da molécula apolar BF3 e momentos dipolar e momento dipolar resultante.
Fonte: Própria autoria.
Moléculas polares
Para que uma molécula seja polar, a soma vetorial dos momentos dipolares das
ligações químicas deve ser diferente de zero. Em moléculas diatômicas, se os átomos
que se ligam são de elementos diferentes, o átomo com maior eletronegatividade
ficará carregado negativamente por atrair uma parcela maior de carga do par de
elétrons compartilhado, enquanto o átomo menos eletronegativo fica com carga
positiva, resultando em uma molécula polar. Para saber se moléculas com mais de
dois átomos são polares, o momento dipolar resultante deve ser calculado.
ANOTE ISSO
Agora que vimos que a molécula pode ser polar ou apolar, ou seja, possui ou não
carga, podemos entender melhor como as moléculas interagem entre si, pois a estrutura
da matéria no estado condensado (sólidos ou líquidos) é determinada pelas forças
de atração ou repulsão de átomos e moléculas.
Estudamos, então, as forças intermoleculares, que nada mais são do que as ligações
entre moléculas de substâncias. Essas forças são consideradas mais fracas que
as ligações químicas entre átomos da mesma molécula, no entanto, são de grande
importância para a estabilidade e equilíbrio da estrutura dessas substâncias.
Lembrando que os compostos iônicos e a maioria dos metais em condições ambientes
estão sempre no estado sólido devido à forte força de atração que existe entre suas
moléculas. E as substâncias covalentes podem ser encontradas nos estados sólido, líquido
ou gasoso nas mesmas condições, pois o estado físico dessas substâncias depende
das forças de atração entre suas moléculas.
Em síntese, as forças intermoleculares variam de intensidade dependendo do tipo
da molécula envolvida (polar ou apolar). As ligações intermoleculares ocorrem entre
apenas moléculas polares, entre moléculas polares e apolares e entre apenas moléculas
apolares. Assim, os tipos de ligação intermolecular são:
Interação dipolo-dipolo ou dipolo permanente, que ocorre entre moléculas polares.
Como visto antes, em ligações covalentes, as moléculas polares se formam através
do deslocamento da densidade eletrônica.
A densidade eletrônica fica maior no átomo mais eletronegativo, polarizando a
molécula e criando dipolos positivos e negativos. Como um imã, o dipolo positivo de
uma molécula atrai o negativo da outra molécula, gerando interação dipolo-dipolo
(Figura 4.7).
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ligação_de_hidrogênio
Força íon-dipolo é formada na ligação entre um íon e uma molécula com dipolo.
Esta força intermolecular ocorre quando dipolos da molécula são atraídos por cátions
ou ânions. Quanto maior a carga do íon, a intensidade do dipolo e proximidade entres
eles, mais intensa será a força de atração. Por isso, a força íon-dipolo é considerada
a mais forte entre todas as forças intermoleculares.
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/pingo-d-agua-40784/
Para a matéria ser transformada de sólido para líquido e de líquido para gás é
necessário fornecer uma quantidade de energia suficiente para romper as ligações
intermoleculares. Para isso, deve-se saber que a intensidade de energia necessária
está diretamente relacionada com a força de atração entre as moléculas nas fases
condensadas (líquida e sólida).
Pressão de vapor
Ponto de ebulição
Tensão superficial
AULA 5
INTRODUÇÃO À
QUÍMICA ORGÂNICA
Em 1777, a Química orgânica foi definida como a química dos compostos existentes
nos organismos vivos, tanto animais quanto vegetais, enquanto a Química Inorgânica
foi o nome dado à química dos compostos do reino mineral. Antoine Laurent de
Lavoisier, nesse mesmo período, observou que o elemento carbono estava presente
em todos os compostos orgânicos analisados por ele.
Jöns Jakob Berzelius, em 1807, afirmou que os compostos orgânicos eram produzidos
pelos seres vivos a partir de uma “força vital” que somente eles possuíam. Assim,
compostos orgânicos não poderiam ser sintetizados, ou seja, produzidos artificialmente.
No entanto, anos mais tarde, foi descoberto que compostos orgânicos não eram
sintetizados apenas pelos reinos vegetal e animal. Mas, Friedrich Wöhler sintetizou
um composto orgânico, no caso a amônia, a partir de um composto mineral (cianeto
de amônio), derrubando assim, a teoria da força vital.
Em 1858, Friedrich August Kekulé passou a definir a Química Orgânica como a
parte da Química que estuda os compostos de carbono. Esta definição é utilizada
até os dias de hoje. Consequentemente, a Química inorgânica estuda compostos
que não contenham carbono. Atualmente, são conhecidos da ciência os compostos
orgânicos naturais originados de fontes primárias como petróleo, carvão mineral,
gás natural, produtos agrícolas e os compostos orgânicos sintéticos que são obtidos
artificialmente por processos industriais como plásticos, fibras têxteis, medicamentos,
corantes, inseticidas etc. Outras ciências nasceram a partir da Química orgânica como
a Bioquímica, ciência que estuda mais especificamente substâncias de origem vegetal
e animal, como alimentos, vitaminas, hormônios, etc.
Salienta-se, ainda, que o átomo de carbono pode realizar ligações simples como
no caso do metano, mas também ligações duplas ou triplas com outro átomo, como
mostrado na Figura 5.2.
Figura 5.2 – Tipos de múltiplas ligações que o átomo de carbono pode realizar.
Fonte: Própria autoria.
5.4. Hidrocarbonetos
5.4.1. Alcanos
Compostos com cinco ou mais carbonos possuem prefixos (de origem grega ou
latina) que indicam o número de átomos de carbono na molécula, como mostrado
abaixo:
A cadeia principal sempre será aquela em que houver o maior número de carbono, ou
seja, a cadeia mais longa. Em moléculas de cadeia longa e ramificada, deve-se indicar
o número do carbono em que a ramificação se encontra. A contagem de carbonos na
cadeia principal deve ser feita de tal modo que as ramificações recebam os menores
números possíveis (regra dos menores números). Observe o exemplo abaixo:
A cadeia principal tem sete átomos de carbono, portanto, é um heptano, com uma
ramificação metil no carbono 2, portanto, o nome do composto é dado por:
2-metil-heptano
Se a contagem fosse feita na outra direção, ficaria 6-metil-pentano, o que não atende
à regra do menor número, portanto, é considerada errada. Em geral, para nomear uma
cadeia ramificada, deve-se seguir a sequência abaixo:
• Reconhecer a cadeia principal (maior número de átomos de carbono);
• Numerar a cadeia principal (dar os menores números);
• Dar a localização das ramificações (substituintes).
5.4.2. Alcenos
Os alcenos são hidrocarbonetos acíclicos que possuem uma única ligação dupla
em sua cadeia carbônica. A fórmula geral dos alcenos é dada por CnH2n, onde n é
sempre dado por um número inteiro.
1-buteno 2-buteno
2-metil-5-hexeno 3-propil-1-hepteno
5.4.3. Alcinos
Os alcinos são os hidrocarbonetos que possuem uma única ligação tripla. A fórmula
geral dos alcinos é dada por CnH2n-2, onde n é sempre dado por um número inteiro. A
nomenclatura de alcinos é terminada com o sufixo ino, e as regras são semelhantes
às dos alcenos em relação à cadeia principal (a mais longa é a que contém a tripla
ligação) e a sua numeração (inicia na extremidade mais próxima a tripla ligação).
HC ≡ C − CH2 − CH3 🡪 1-butino
Ciclobutano
Os ciclenos são hidrocarbonetos cíclicos que contém apenas uma ligação dupla
que obedecem à fórmula CnH2n-2.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Benzeno
5.5.1. Álcoois
Os álcoois são compostos orgânicos com um ou mais grupos hidroxila (−OH) ligados
a carbonos saturados. A nomenclatura é o nome do hidrocarboneto correspondente
terminado em ol. A cadeia principal corresponde à cadeia mais longa com a presença
da hidroxila e deve ser numerada a partir da extremidade que contém o OH.
Etanol
5.5.2. Éteres
Aldeídos são compostos orgânicos que possuem o grupo carbonila (C=O) ao final
da cadeia carbônica, portanto, o carbono da carbonila se liga também a um carbono
e um hidrogênio, como mostrado abaixo:
Pentanal Butanona
Ácido propanóico
AULA 6
FUNÇÕES INORGÂNICAS
Como visto, as substâncias orgânicas são classificadas como aquelas que contêm o
elemento carbono em sua estrutura ou derivam do carbono. As substâncias formadas
pelos demais elementos químicos são conhecidas por substâncias inorgânicas. As
substâncias inorgânicas são classificadas em quatro grupos distintos: ácidos, bases,
sais e óxidos. Essa classificação foi feita baseada nas propriedades químicas comuns
entre seus membros. Esses grupos são chamados de funções inorgânicas.
Para falar em ácido e base, temos que entender as teorias que os definem. A Teoria de
Arrhenius foi proposta ao final de 1800, pelo químico Svante Arrhenius, e definiu ácidos
e bases como compostos que se dissolvem em água e formam íons. Como essa teoria
foi proposta antes do conhecimento da estrutura e composição dos átomos, ela não
foi bem aceita. Mas, com os conhecimentos adquiridos posteriormente, ela se tornou
aceita pelos cientistas. Para Arrhenius, os ácidos são substâncias que, dissolvidas
em água, geram íons H+ e as bases quando dissolvidas, liberam OH-, aumentando a
concentração desses íons na solução. Outra observação era a de que a reação entre
ácidos e bases produziam sal e água.
Em 1923, Johannes Brønsted (Dinamarca) e Thomas Lowry (Inglaterra), de maneira
independente, apresentaram um novo conceito para ácidos e bases. A teoria de Brønsted-
Lowry, como a de Arrhenius, define o ácido como um doador de prótons (H+) e a base,
como um receptor de prótons (H+). Além disso, a reações entre essas espécies envolve
a transferência de prótons de um ácido para uma base, formando novos ácidos e bases.
6.1.1. Ácidos
do nosso cotidiano também apresentam essa propriedade ácida, tais como vinagre,
sucos de frutas; no geral, os ácidos possuem sabor azedo.
Outra característica dos ácidos é a condutibilidade elétrica. Quando ácidos reagem
com metais, há a formação de gás hidrogênio (H2) e, ao reagirem com carbonatos, há
formação de gás carbônico (CO2). Outra importante característica dos ácidos é que
todos eles são solúveis em água e, portanto, se ionizam em algum grau. Os ácidos
possuem fórmula geral igual a:
H nA
O ácido é sempre formado por hidrogênio como primeiro elemento. Na fórmula,
A representa o ânion que forma o ácido através de ligações covalentes. O valor de n
(maior ou igual a 1) corresponde ao índice do hidrogênio na molécula. O ácido clorídrico
(HCl), quando em água, reage da seguinte forma:
Primeira ionização:
Segunda ionização:
Equação global:
Quanto maior for o grau de ionização do ácido, maior será sua condutibilidade
elétrica, pois apresentará maior quantidade de íons livres em solução, o que terá
influência direta sobre o pH da solução, visto que o pH reflete a concentração de
cátions H+, resultando no aumento da chamada acidez do meio.
Ânion Ácido
NO - nitrato
3-
HNO3 - ácido nítrico
PO43- - fosfato H3PO4 - ácido fosfórico
NO2- - nitrito HNO2 - ácido nitroso
ClO- - hipoclorito HClO - ácido hipocloroso
Outras formas de nomenclatura de ácidos:
• Se o ácido tiver um oxigênio a mais, em relação àquele com terminação ico
(padrão):
Ácido _____ ico 🡪 Ácido per_____ ico
• Se o ácido tiver um oxigênio a menos, em relação àquele com terminação ico:
Ácido _____ ico 🡪 Ácido _____ oso
• Se o ácido tiver dois oxigênios a menos, em relação àquele com terminação ico
Ácido _____ ico 🡪 Ácido hipo _____ oso
Exemplo:
Oxigênio em relação ao padrão
Nomenclatura Fórmula
(ico)
Ácido perclórico HClO4 +1
Ácido clórico HClO3 Padrão
Ácido cloroso HClO2 -1
Ácido hipocloroso HClO -2
As bases também estão presentes em nosso dia a dia, como o hidróxido de magnésio
(Mg(OH)2), mais conhecido como leite de magnésia é utilizado para reduzir a azia, ou
o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) utilizado para pintar e preparar argamassas e a soda
cáustica, nome popular do hidróxido de sódio (NaOH), usada para desentupir ralos e
pias.
Características comuns às bases são o sabor cáustico ou adstringente (“que amarra
a boca”) e a condutibilidade elétrica quando em solução aquosa. As bases possuem
fórmula geral igual a:
C(OH)n
Onde: C é um cátion e n o número de oxidação do cátion ou índice da hidroxila
(igual ou maior que 1). O último elemento da sua estrutura sempre será a hidroxila.
O hidróxido de amônia, NH4OH, é uma exceção entre as bases, pois se trata de
uma base fraca produto da reação entre amônia anidra gasosa (NH3) e água (H2O).
Essa reação é feita sob pressão e temperatura controlada.
Como mostrado na reação, não existe a substância NH4OH, mas sim, uma solução
de NH3 solubilizada em água, então quando falamos de NH4OH, estamos nos referindo
ao gás amônia dissolvido em água. O NH4OH aquoso é estável em temperatura inferior
a 50 °C. Em temperaturas superiores a 50 °C, o gás NH3 é liberado. O NH3 dissolvido
em água é o componente ativo de muitos produtos de limpeza de uso domésticos e
industriais.
2. Utilizar as terminações oso (para cátion de menor carga) e ico (para cátion de
maior carga).
Fe(OH)2 → Hidróxido ferroso
Fe(OH)3 → Hidróxido férrico
Diferentemente dos ácidos, não são todas as bases que sofrem dissociação em
água ou que se solubilizam. Por definição, as bases formadas por cátions alcalinos
e a maioria dos alcalinos terrosos são totalmente solúveis em água. O hidróxido de
magnésio e o hidróxido de berílio são as exceções entre os alcalinos terrosos devido
ANOTE ISSO
6.2. Sais
CyAx
Onde: Cx+ é o cátion (ao menos um) e Ay- é o ânion.
Os sais, por serem compostos iônicos, sofrem dissociação em água e liberam ao
menos um cátion e um ânion em solução.
Os sais neutros terão sua nomenclatura definida pela seguinte regra geral:
(nome do ânion) de (nome do cátion)
Exemplos:
NaCl → Cloreto de sódio
KNO3 → Nitrato de potássio
(NH4)2CO3 → Carbonato de amônio
Os nomes dos ânions são obtidos a partir das trocas dos sufixos dos nomes dos
ácidos que os originam.
6.3. Óxidos
EyOx
Onde: E é o símbolo do elemento; y é o número de oxidação de E; O é o oxigênio e
x corresponde ao número de oxidação de O;
Os óxidos são classificados em: óxidos básicos, óxidos ácidos, óxidos neutros,
óxidos anfóteros, óxidos salinos ou mistos e os peróxidos.
• Óxidos básicos: de metais alcalinos, alcalinos-terrosos (exceto berílio) e alguns
outros metais com baixo número de oxidação. Reagem com água produzindo
bases e reagem com ácidos formando sal e água.
• Óxidos ácidos: formados por não-metais ou, ainda, por metais de nox alto (+5,
+6, +7). Estes óxidos reagem com água produzindo ácido.
• Óxidos neutros ou indiferentes: são óxidos moleculares de não metais que não
possuem caráter nem alcalino e nem ácido.
Exemplo: CO monóxido de carbono; NO monóxido de nitrogênio (óxido nítrico)
• Óxidos anfóteros: são óxidos que podem ser óxidos básicos ou óxidos ácidos,
dependendo do meio em que estão.
Exemplos de óxidos anfóteros: ZnO, Al2O3 , Cr2O3 , MnO2 , BeO, PbO, PbO2 , SnO e SnO2.
• Óxidos salinos ou mistos: formados a partir de dois outros óxidos do metal.
Apresentam fórmula geral: E3O4
Exemplo: Fe3O4 - óxido salino de ferro ou óxido misto de ferro ou tetraóxido de
triferro ou óxido de ferro (II) e (III).
• Peróxidos são óxidos em que o número de oxidação do oxigênio é –1.
Nomenclatura é dada por: peróxido de nome do elemento.
Exemplo: Na2O2 peróxido de sódio; H2O2 peróxido de hidrogênio; BaO2 peróxido de
bário.
1. Primeira regra:
Se o metal tiver mais de um número de oxidação, este número deve ser indicado
por algarismos romanos, indicar ico/oso, ou (mono, di, tri, tetra) óxido de....ou (mono,
di, tri)...nome do elemento.
óxido de sódio óxido de cálcio óxido de ferro (II)/ óxido de ferro (III)/
AULA 7
TEORIA ATÔMICO-MOLECULAR
E REAÇÕES QUÍMICAS
7.1.1. Definições
Representação do átomo de carbono-12. A parte destacada (em verde) representa 1/12 do átomo de carbono-12, ou seja, 1 u.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_de_massa_atômica.
Como exemplo, novamente trazemos o Cloro (Cl). Seus isótopos, cloro-35 e cloro 37,
possuem massa de 34,97 e 36,97 u e abundância de 75,77 % e 24,33 %, respectivamente.
Portanto, a massa atômica do cloro é calculada da seguinte forma:
Molécula de Glicose.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicose.
No exemplo 2, o número dois fora dos parênteses indica que há dois NH2, portanto,
deve-se multiplicar o 1 do nitrogênio e o 2 do hidrogênio por 2, resultando no total de
2 átomos de nitrogênio e 4 de hidrogênio na molécula.
Mol
x=9,5 gramas
2. 16,5 gramas de carbono equivale a quantos moles, sabendo que a massa molar do
carbono é igual a 12,01 g/mol?
Podemos resolver por regra de três:
1 mol de C
16,5 gramas de C × ___________________ =1,37 mol de C
12,01 gramas de C
1 mol de Aspirina
0,325 g de Aspirina × ___________________ =0,0018 mol de Aspirina
180,15 g de Aspirina
ANOTE ISSO
O valor da massa atômica de um elemento é encontrado na Tabela Periódica.
A massa molecular é calculada através da soma das massas atômicas de todos os
elementos presentes na fórmula molecular.
Mol é a grandeza referente à quantidade de unidades iguais à quantidade de
átomos presentes em exatos 12 gramas de carbono-12.
1 mol = 6,02 x 1023 unidades.
A massa molar de um elemento é numericamente igual a sua massa atômica. A
massa molar de um composto é numericamente igual a sua massa molecular.
as novas substâncias formadas e ficam do lado direito. Uma seta é utilizada entre
reagentes e produtos para mostrar o sentido da reação.
O símbolo Δ é usado para indicar que a reação ocorre em altas temperaturas, pois
é preciso indicar, na equação química, as reais condições em que se dá a reação. Para
indicar essas condições, usa-se símbolos sobre a seta.
Uma equação química é a representação escrita de uma reação química real. Para
escrevê-la, devemos lembrar da lei de conservação das massas que diz que os átomos
não são criados nem destruídos. Ou seja, os átomos dos elementos são rearranjados
formando novos compostos durante as reações químicas. Portanto, em uma equação
química balanceada, ambos os lados da reação deverão conter o mesmo número de
átomos de cada elemento.
Podemos fazer uso de tentativas para balancear uma equação utilizando alguns
passos. Vejamos o exemplo a seguir:
A equação acima está incompleta, pois o número de átomos dos reagentes não é
o mesmo nos produtos, portanto, não está balanceada. Para balanceá-la, devem ser
adicionados coeficientes em frente às fórmulas. Os coeficientes multiplicam o número
de átomos de cada elemento presente no composto e são usados para igualar o
número de átomos dos reagentes e dos produtos.
7.3. Estequiometria
Resolução:
Neste exemplo consideramos apenas o N2 e NH3. Pela equação sabemos que 1 mol de N2
produz 2 mols de NH3. Desta forma, utilizando a massa molar, saberemos essa proporção
em gramas (MA nitrogênio = 14 u; MA hidrogênio = 1 u).
Portanto,
1 mol de N2 ------------ 2 mols NH3;
Convertendo mol para massa (gramas), multiplicamos os coeficientes pela massa molar
de cada molécula. Temos, assim:
1 mol x 28 g/mol N2------ 2 mols x 17 g/mol NH3
28 gramas N2 ------ 34 gramas de NH3
X g ---------------- 9 gramas de NH3
9_____
×28
Serão necessários =7,41 gramas de N2 para produzir 9 gramas de amônia.
34
Outra forma de resolver seria criando a tabela abaixo. Veja que também podemos encontrar
Y, que corresponde à gramas de hidrogênio necessário para produzir 9 gramas de amônia.
1 N2 3 H2 2 NH3
X Y 9 gramas
Exemplo 2: A partir da equação química abaixo, calcular quantos mols de silício (Si)
serão produzidos pela reação de 225 g de SiCl4 com Mg em excesso (mais que o necessário
para a reação).
Resolução:
Primeiro, vamos calcular quantos mols de SiCl4 corresponde a 225 g, sabendo que a massa
molar desse composto é 170 g/mol, temos:
1 mol de SiCl4
__________________ × 225 gramas SiCl4 = 1,32 mol SiCl4
170 gramas SiCl 4
Da equação química podemos ver que 1 mol SiCl4 produz 1 mol de Si, portanto, 1,32 mol
SiCl4 produzirá 1,32 mol de Silício.
1 mol 1 mol O
12 g C × ______ = 1 mol C e 64 g O2× ________2 =2 mols O2
12 g C 32 g O2
De acordo com a reação, 1 mol de C reage com 1 mol de O2, no entanto o O2 está em
excesso (2 mols) e o reagente limitante é o C.
Para calcular a quantidade de CO2 formada em gramas, temos:
Massa molar do CO2 = 44 g/mol
1 mol C 1 mol CO 44 g CO
12 g C × _______ × __________2 × __________2 = 44 g CO2
12 g C 1 mol C 1 mol CO2
C + O2 🡪 CO2
Após a reação 0 32 g 44 g
Rendimento real
Rendimento percentual (%) = ____________________ ×100
Rendimento teórico
Exemplo: 32 g (1 mol) de metanol (CH3OH) reagem com CO para formar ácido acético. O
rendimento obtido foi de 57,8 g de ácido acético. Qual é o rendimento teórico e o rendimento
percentual?
57,8 gramas
Rendimento percentual (%) = ____________ ×100=96,3%
60 gramas
Por fim, o custo é o fator de maior importância para se saber o rendimento percentual
de uma reação química. A indústria, sabendo calcular o rendimento percentual, pode fazer
alterações no processo variando algumas condições a fim de melhorar o rendimento
de produção do produto comercial desejado, reduzindo custos e aumentando o lucro.
AULA 8
REAÇÕES QUÍMICAS
EM SOLUÇÃO AQUOSA
A maioria dos compostos moleculares, unidos por ligações covalentes, não conduzem
eletricidade em solução aquosa e, por isso, são chamadas de não eletrólitos por não
se dissociarem em íons e, sim, permanecerem dissolvidas como moléculas intactas.
Um exemplo é a glicose, como mostrado na equação abaixo:
As exceções são os ácidos fortes, ácidos fracos e bases fracas que, apesar de serem
compostos moleculares, reagem com a água formando íons em solução. Quando o
ácido clorídrico (HCl) reage com água, cada molécula de HCl se quebra em íons, dessa
forma o HCl é um composto molecular caracterizado como um eletrólito forte. Este
fenômeno em que um composto molecular sofre ruptura de uma ou mais ligações
covalentes dando origem a íons (cátion e ânion) é dado o nome de ionização.
Existem também compostos moleculares considerados eletrólitos fracos, por
se dissociarem parcialmente em solução. Quando dissociados parcialmente, ficam
presentes na solução tanto moléculas intactas como íons individuais. Por exemplo,
quando o ácido acético (CH3CO2H) é colocado em água, apenas 0,5% das moléculas
ioniza formando acetato (CH3CO2-) e íons hidrônio (H3O+), as demais moléculas ficam
diluídas na água, porém inteiras. Um resumo do que foi descrito está apresentado
na Figura 8.2.
ANOTE ISSO
Compostos solúveis
Geral
Exceções
Fluoretos de Mg2+,
Haletos de Ag+,
Ca2+, Sr2+, Ba2+,
Hg22+, Pb2+ como, CaSO4, SrSO4, BaSO4,
- Pb2+
por exemplo, AgCl PbSO4 e Ag2SO4
(Exemplo: CaF2,
ou HgCl2 MgF2)
Tabela 8.1 – Regra para compostos iônicos solúveis
Fonte: Adaptado de Kortz et al. (2016).
Compostos insolúveis
Geral
Maioria dos sais de carbonato (CO ), 2-
3
fosfato (PO43 -), oxalato (C2 O42-), A maioria dos óxidos e hidróxidos metálicos
cromato (CrO42-), Sulfeto (S2-)
Exceções
Hidróxidos de metais alcalinos,
Sais de NH4+ e dos cátions de metais alcalinos
Ba(OH)2 e Sr(OH)2
Tabela 8.2 – Regra para compostos iônicos insolúveis
Fonte: Adaptado de Kortz et al. (2016).
Exemplo: Dos compostos listados abaixo, qual é solúvel e quais os íons formados por
ele em solução?
1. KCl;
2. Fe2O3
Resolução: 1) o KCl é um sal formado pelos íons K+ e Cl-, de acordo com a tabela 7.1,
podemos observar que os sais formados por qualquer desses íons são solúveis em água.
Portando KCl é solúvel em água e os íons formados são K+ e Cl-; 2) o Fe2O3 (óxido de ferro
III) é um óxido metálico formado pelo Fe3+ (íon metálico de transição) e o íon O2- que é
solúvel apenas quando combinado com metais alcalinos. Portanto, o sal Fe2O3 é insolúvel.
Figura 8.3 – Formação do cloreto de prata (insolúvel e branco) a partir da reação entre nitrato de prata e cloreto de potássio.
Fonte: http://flexquest.ufrpe.br/projeto/7048/caso/7049.
2. Base forte:
Como a maioria das bases fracas não contém o grupo −OH como as bases fortes, a
reação não fica tão óbvia quanto nas demais situações, mas a dissolução delas em água
produzirá hidróxido. Veja a reação da amônia (base fraca bastante comum) com a água:
Qualquer ácido listado na tabela 8.3, e qualquer base também citada, que tenha a
presença da hidroxila em sua fórmula quando reagem formam sal e água.
Reação de Neutralização
Uma solução nunca poderá ser ácida e básica ao mesmo tempo. A mistura entre
uma solução ácida e uma básica sofre uma reação conhecida como neutralização.
Também conhecidas como reações de salificação, as reações de neutralização terão
sais como produtos ao término da reação.
As reações que produzem gás representam outro tipo de reação química. Neste tipo
de reação, um dos produtos mais comuns é o gás carbônico (CO2) formado quando
os carbonatos metálicos ou os hidrocarbonatos reagem com ácidos.
Para acontecer a formação de gás, a reação acontece em duas etapas. Inicialmente
ocorre uma reação de troca, onde íons de hidrogênio presente no ácido substituem
os cátions metálicos no carbonato, conforme mostrado no exemplo abaixo, no qual
o carbonato de cálcio reage com ácido clorídrico, formando cloreto de cálcio e ácido
carbônico:
A oxirredução é uma das mais importantes reações químicas e a mais comum. Uma
reação de oxirredução é caracterizada pela transferência de elétrons. Para entender
melhor, usa-se o termo oxidação quando há perda de elétrons e o termo redução quando
há ganho de elétrons. Portanto, essa reação, que pode também ser chamada de redox
ou oxirredução, trata-se da transferência de elétrons de uma substância para outra.
Em outras palavras, a substância que ganha elétrons diminui seu número de oxidação
e sofre o processo de redução, já a substância que perde elétrons, aumenta o seu
número de oxidação e sofre o processo de oxidação.
Vejamos o exemplo:
Neste caso, o zinco sofre processo de oxidação pelos íons do cobre que estão em
solução e algumas mudanças ocorrem, como parte do zinco se dissolve e fica na
solução (Zn2+) enquanto o cobre se deposita na superfície do zinco. A solução com
íon cobre dissolvido apresenta a coloração azul e esta vai desaparecendo à medida
que o cobre se deposita na superfície do zinco.
Em síntese, o átomo de zinco é oxidado e o íon cobre é reduzido, como mostrado
abaixo:
O número de oxidação corresponde à carga que um átomo tem ou aparenta ter, isto
é, corresponde a um valor arbitrário atribuído a cada elemento químico, que indica o
• Regra 3: quando combinado com outro elemento, o Nox do flúor (F) é sempre -1;
• Regra 5: em compostos Cl, Br e I tem Nox = -1, exceto quando combinado com
O e F (ClO-, o Nox do Cl é +1 e do O é -2);
• Regra 8: em íons poliatômicos, a soma dos números de oxidação deve ser igual
a carga do íon.
PO 43- (Íon fosfato) 🡪 Nox(fósforo) = +5
Nox(Oxigênio) = -2, existem 4 átomos = 4 x (-2) = - 8.
Carga da molécula = soma dos Nox fósforo e do oxigênio (+5 + -8) = -3.
AULA 9
SOLUÇÕES E SOLUBILIDADE
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/procurar/chemistry%20solution/
ANOTE ISSO
CHUVA ÁCIDA
As gotas de chuva contém os gases CO2, O2 e N2 dissolvidos e o CO2 dissolvido
reage com a água formando ácido carbônico (H2CO3), considerado não nocivo.
No entanto, gases presentes no ar oriundos, por exemplo, da queima de carvão e
combustíveis, podem gerar o que chamamos de chuva ácida. Um dos componentes
desses gases poluentes é o dióxido de enxofre (SO2), um gás altamente solúvel
que reage com moléculas de água formando ácido sulfuroso. O SO2 também sofre
reação de oxidação formando o trióxido de enxofre (SO3) que, em reação com a
água, produz o ácido sulfúrico (Bettelheim et al., 2012).
9.2. Solubilidade
Figura 9.1. Representação da solução insaturada, saturada e solução supersaturada de sal de cozinha.
Fonte: Própria autoria.
Figura 9.2. Representação da solução saturada com corpo de fundo a partir da solução supersaturada.
Fonte: Própria autoria.
Portanto, 350 gramas de água dissolvem 707 g de KNO3, ou seja, a solução é saturada.
Podemos, também, determinar a quantidade de soluto que poderá ser dissolvida
ou a quantidade de solvente necessária para dissolver certa quantidade de soluto,
sabendo o coeficiente de solubilidade do composto.
O coeficiente de solubilidade do KCl em água é de 34 g de KCl / 100 g de H2O
a 20 oC. Quantos gramas de KCl será possível dissolver em 400 g de H2O a 20 oC?
9.4.2. Temperatura
A) B)
9.4.3. Pressão
Figura 9.4 – Ilustração sobre o efeito da pressão sobre um solvente na solubilidade de um gás. Fonte: Brown (2005).
massa
________
volume
( )% =
w
__
v
massa do soluto
____________________
volume da solução
×100%
massa
________
massa
( )
m
__
m
massa do soluto
% = ____________________ ×100%
massa da solução
volume
________
volume
( )% =
v
__
v
volume do soluto
____________________
volume da solução
×100%
9.5.2. Molaridade
9.5.3. Diluição
mol mol
6 ____ x V1 = 3,5 ____ × 0,200 L
L L
mol
3,5 ____ ×0,200 L
L
_________________
V1 = = 0,12 L
mol
6 ____
L
Portanto, 120 ml da solução inicial devem ser diluídos até completar 200 ml para obter
uma solução de ácido acético 3,5 M.
AULA 10
CINETICA E
EQUILIBRIO QUÍMICO
pode ser representada usando colchetes, [ ], e a variação usando a letra grega delta,
Δ, resumindo a equação em:
Vm= |∆[substância]|
______________
∆
Considere a seguinte reação:
A velocidade da reação pode ser dada pela velocidade em que o ozônio se decompõe.
A concentração de oxigênio, nesta reação, aumenta mais rapidamente que a diminuição
de ozônio, pois três moléculas de oxigênio se formam a cada duas de ozônio que se
decompõem. Então, também podemos calcular a velocidade da reação através da
produção de oxigênio. O cálculo da velocidade pode ser feito pela concentração de
formação do produto ou de consumo do reagente, mas temos que levar em consideração
a estequiometria da reação.
Se medirmos o aumento da concentração, a velocidade será naturalmente positiva,
mas a diminuição da concentração do reagente gera uma variação de concentração
negativa, e para que a velocidade fique positiva é incluído um sinal negativo à fórmula.
Desse modo, a velocidade pode ser determinada por:
∆[produto]
Vm= ___________
∆
Ou
∆[reagente]
Vm= ___________
∆
∆[produto] ∆[reagente]
Vm= __________ = - ___________
νprod ∆ νreag ∆
Figura 10.1 – Gráfico da concentração de produto formado em uma reação e ilustração da reta tangente onde sua inclinação fornece a velocidade
instantânea.
A Teoria da colisão prevê que para que reações ocorram existam algumas condições:
• Colisão efetiva
Para que ocorra a reação é necessário que ocorra uma colisão entre íons ou
moléculas através do movimento constante que esses compostos devem exercer.
Em reações afetivas, que ocorrem mais lentamente, as colisões não resultam em
reação, pois as moléculas se ricocheteiam ao se chocarem. Uma vez ou outra, uma
colisão pode resultar em reação e quando isso ocorre é chamado de colisão efetiva.
• Complexo ativado
O complexo ativado é o nome dado a uma espécie intermediária e instável formada no
momento da colisão efetiva (aquela que vai resultar em reação), pois, nesse momento,
há um rearranjo das ligações, tanto das que estão sendo quebradas quanto das que
estão sendo formadas.
• Ângulo de colisão
O ângulo de colisão também é bastante importante, pois moléculas que se colidem
de frente possuem mais energia do que quando colidem em ângulo, ou seja, deve
existir um ângulo favorável para a formação de um complexo ativado.
• Energia de Ativação
Para ocorrer a reação entre dois compostos, ligações químicas devem ser quebradas e,
para isso, é necessário gerar energia através da colisão. Se a energia for suficientemente
alta, ocorrerá a reação, pois as ligações podem ser rompidas. A energia mínima para
que ocorra a reação é chamada de energia de ativação.
Energia de ativação, por analogia, é como se houvesse uma montanha que deve
ser escalada para completar um percurso e chegar ao destino final. Quanto menor a
energia de ativação for necessária, mais rápido ocorrerá a reação. Para romper uma
ligação é preciso energia e para formar, libera-se energia. Quando a energia liberada na
formação de produtos é maior que aquela necessária para romper as ligações iniciais,
tem-se uma reação exotérmica (ΔH < 0), que libera calor. O inverso, provoca uma
reação endotérmica (ΔH > 0), quando a energia liberada é menor do que a necessária
para romper as ligações iniciais.
Na Figura 10.2 está ilustrada a energia de ativação de uma reação e como se
comportam as reações exotérmicas e endotérmicas com relação à energia da reação.
Figura 10.2 – Gráficos referentes à direção da reação em função da energia para reações exotérmicas e endotérmicas.
Fonte: Própria autoria.
Reações que ocorrem entre íons em solução aquosa são muito rápidas e apresentam
baixa energia de ativação pois não há a necessidade de romper ligações covalentes,
chegando a ser instantâneas. Sendo assim, reações que envolvem moléculas covalentes,
em solução ou não, tendem a ser mais lentas e demoram de 15 min a 24 horas para
converter a maioria dos reagentes em produtos.
10.1.3.2. Concentração
10.1.3.3. Temperatura
10.1.3.4. Catalisador
Figura 10.3 – Gráfico do progresso de uma reação sem uso de catalisador e com o uso de catalisador em função da energia.
Fonte: Própria autoria.
O equilíbrio químico pode ser tratado como uma expressão matemática desenvolvida
a partir do conceito de que em um equilíbrio, a velocidade da reação direta é igual
à velocidade da reação inversa. Dada a equação química geral hipoteticamente em
equilíbrio:
[C] c
× [D]d
__________
K=
[A]a × [B]b
[0,76 M] 2
____________________
K= = 55
[0,025 M]×[0,42 M]
ANOTE ISSO
[NH3]
10.2.2. Classificação de equilíbrio
O equilíbrio químico pode ser classificado de acordo com as fases ou estado físico
das substâncias que participam da reação.
Equilíbrio homogêneo
Equilíbrio Heterogêneo
1) Concentração
Um aumento na concentração de qualquer uma das substâncias, desloca o equilíbrio
para o outro lado. A retirada ou redução de alguma substância desloca o equilíbrio
para o seu lado. Durante as modificações, os valores das concentrações são alterados,
mas a constante K mantém-se a mesma.
2) Pressão
Mudança na pressão altera somente a reação em que uma ou mais substâncias
são gases. O aumento da pressão desloca a reação no sentido com menor número
de mols de gás. A diminuição da pressão beneficia a reação com maior número de
mols de gás.
3) Temperatura
É a única alteração que pode modificar o valor da K. O aumento da temperatura
beneficia a reação endotérmica e a diminuição da temperatura beneficia a reação
exotérmica.
Reação endotérmica (ΔH>0): ↑T = ↑K e ↓T = ↓ K, ou seja, um aumento de temperatura
desloca a reação no sentido dos produtos e uma diminuição, desloca no sentido dos
reagentes.
Reação exotérmica (ΔH<0): ↑T =↓ K e ↓T = ↑K, ou seja, um aumento de temperatura
desloca a reação no sentido dos reagentes e uma diminuição, desloca no sentido dos
produtos.
4) Catalisador
A presença do catalisador aumenta a velocidade da reação direta e inversa na
mesma extensão em uma reação reversível, não tendo efeito sobre no sentido do
equilíbrio. No entanto, em reações que ainda não atingiram o equilíbrio, o catalisador
faz com que o equilíbrio seja atingido mais rapidamente.
AULA 11
EQUILÍBRIO QUÍMICO II
Fonte: https://pixabay.com/illustrations/balance-swing-equality-measurement-2108024/
HA + H2O ⇌ A- +H3O+,
A equação de equilíbrio é calculada da seguinte forma:
[A ]×[H3O ]
-
____________
+
K=
[HA]×[H2O]
Agora, podemos explicar o que foi dito na aula anterior: em reações de ionização,
não precisamos considerar a concentração do solvente para realizar os cálculos da
constante de equilíbrio, pois, neste caso, há pouca variação na concentração da água,
sendo então considerada uma constante. Se [H2O] é constante, podemos combiná-la à
constante K e teremos uma nova constante conhecida como constante de ionização
ácida Ka, dada por:
[A ]×[H3O ]
-
____________
+
Kα= K × [H2O] =
[HA]
A constante de acidez indica a força do ácido. Quanto menor o valor do Ka, mais
fraco é o ácido. Menos ionizado é este ácido. Utiliza-se esta constante para os ácidos
fracos. Ácido forte não tem Ka, já que dissocia completamente e não apresenta equilíbrio
(reação direta e inversa).
Como Ka para ácidos fracos é sempre igual a um número muito pequenos com
expoentes negativos, por exemplo, a Ka do ácido acético é igual a 1,8 x 10-5, utilizamos
o logaritmo para torná-lo um número mais fácil de usar.
[B]
A autoionização da água é muito pequena e a reação é bastante deslocada para
a esquerda, portanto, há pouca variação na concentração da água que passa a ser
considerada uma constante. Em 1 L de água, sua massa é próxima de 1 kg e a
concentração é igual a 55,5 mol/L. Visto que a concentração da água não sofre variação.
Se [H2O] é constante, podemos combiná-la à constante K e teremos uma nova constante
conhecida como produto iônico da água. Essa nova constante é representada por Kw
e sua expressão é dada por:
Kw=K×[H2O]2=[H3O+]×[OH-]
Experimentalmente, em temperatura ambiente, o valor de Kw da água pura é igual
a 1,0 x 10-14 e esse valor se altera apenas quando há mudança de temperatura.
Também em água pura, H 3O + e OH - se formam em quantidades iguais e,
consequentemente, suas concentrações são iguais, logo:
[H3O+]=[OH-], calcula-se:
Kw=[H3O+]×[H3O+]=1,0×10-14
[H3O+]×[H3O+]= [H3O+]2=1,0×10-14
x 10-14 em qualquer solução aquosa. Dito isto, quando uma substância é adicionada à
água pura, o equilíbrio pode ser afetado devido a alteração das concentrações, mas
o produto entre [H3O+] e [OH-] será o mesmo.
Por exemplo, se forem adicionados 0,01 mol de ácido clorídrico (HCl) a 1 L de água,
sendo um ácido forte, ele ionizará completamente e íons H3O+ e Cl- serão produzidos.
Nesta situação, a concentração de H3O+ será 0,01 mol/L ou 1, 0 x 10-2 mol/L e se o
produto entre [H3O+] e [OH-] será 1,0 x 10-14, então:
[H3O+]×[H3O+]=1,0×10-14
1,0 x 10-14
____________
[OH ]=
-
=1,0×10-12 mol/L
1,0 x 10 -2
ANOTE ISSO
As concentrações dos íons e H3O+ e OH− para a maioria das soluções são números
com potências de dez e expoentes negativos. Por isso, o químico dinamarquês Peter
Lauritz Sörensen propôs indicar a acidez ou basicidade de uma solução com o uso
de pH (potencial hidrogeniônico) e pOH (potencial hidroxiliônico) através do uso de
logaritmos nas concentrações.
O Potencial hidrogeniônico é calculado através do logaritmo negativo da
concentração molar de H3O+, logo:
Kw=[H3O+]×[OH-]=1,0×10-14
-log[H3O+]×[OH-]=-log1,0×10-14
(-log[H3O+])+(-log[OH-])=-(0-14)
pH+pOH=14
Vimos que, uma solução ácida tem concentração de H3O+ maior que 1,0 x10-7 mol/L
e, caso a concentração seja menor que esse valor, a solução é caracterizada como
uma básica. Assim, podemos utilizar o pH para classificar as soluções em:
• Solução ácida é aquela em que o valor de pH é menor que 7,0;
• Solução neutra é aquela em que o valor de pH é igual a 7,0;
• Solução básica é aquela em que o valor de pH é maior que 7,0.
pKa=-log 1,8×10-5=4,74
Em seguida, calculamos o pH da solução-tampão:
[ácido]
_______
pH=pKa-log
[sal]
[0,7]
_____
pH=4,74-log =4,68
[0,6]
AULA PRÁTICA 1
INTRODUÇÃO À QUÍMICA
EXPERIMENTAL
1. Introdução
Laboratórios de química são lugares onde se deve seguir algumas regras e condutas
para que o trabalho não se torne perigoso. Certas precauções são tomadas a fim de
evitar acidentes, como em qualquer ambiente de trabalho. Acidentes em laboratórios
ocorrem principalmente devido à realização de análises de maneira inadequada na
pressa de obtenção de resultados.
Todo analista, tanto técnico de laboratório quanto professores e alunos, deve realizar
os experimentos em laboratório com responsabilidade para que possíveis danos sejam
evitados. Portanto, o analista em questão deve ser atento em suas atitudes, cuidadoso
e metódico, uma vez que a análise deve ser, além de segura, precisa e exata. Ou seja,
a análise tem que ser feita de maneira que forneça informações as mais próximas
possíveis do que seria o resultado verdadeiro (exatidão) e que apresentem repetibilidade
de seus resultados (precisão), indicando que houve qualidade na medição, minimizando
os erros analíticos.
2. Objetivo
4. Vidrarias e equipamentos
Tubo de ensaio e
tubo de ensaio com Erlenmeyer
rosca e tampa
Agitador magnético
Banho Maria
com aquecimento
Balança
Balança analítica
semianalítica
Medidor de pH ou
Balança digital
phmetro
5.2. Pesagem
Pesagens Propostas:
• Inicialmente, pese o béquer de 50 ml que será utilizado em uma balança menos
precisa, por exemplo, uma balança digital e verifique se a balança semianalítica
ou analítica suporta o peso do béquer (sempre conferir os pesos máximos de
cada balança);
• Em balança semianalítica, pesar 2,5 g de CuSO4.5H20 em um béquer de 50 ml
(tarando o peso do béquer);
• Em balança analítica, pesar 0,0345 g de CuSO4.5H20 em vidro de relógio.
AULA PRÁTICA 2
PROCESSOS DE
SEPARAÇÃO DE MISTURA
1 Introdução
2 Objetivo
3 Materiais e Métodos
Prática 1
Procedimento
a. Prepare um pouco de chá preto bem concentrado, em uma panela com tampa;
b. Durante o preparo do chá, retire a tampa várias vezes e transfira o conteúdo
líquido da tampa para o copo.
c. Anote no caderno as observações.
Perguntas
• Qual o aspecto da mistura que está na panela? Essa mistura é homogênea ou
heterogênea?
• Onde ocorre a ebulição? Qual o aspecto do líquido recolhido e transferido para
o copo? Onde ocorre a condensação e por que ela ocorre?
• Qual é o nome do processo que você utilizou para separar os componentes da
mistura inicial?
• Por que temos de tapar a panela para executar esse processo?
Prática 2
Materiais: Água, areia, funil de vidro, papal filtro, bastão de vidro, béquer de 250 ml
e Erlenmeyer de 250 ml.
Procedimento
a. No béquer, misture 20 g de areia e 150 ml de água e agite com o auxílio de um
bastão de vidro;
b. Monte a estrutura de funil de vidro e papel filtro sobre o Erlenmeyer de 250 ml;
c. Transfira a mistura de areia e água para o funil;
d. Verifique o volume obtido no Erlenmeyer e a aparência do líquido obtido.
Perguntas
• Qual o método de fracionamento de mistura utilizado nesta prática?
• A mistura é homogênea ou heterogênea?
• Qual substância foi recolhida no Erlenmeyer e qual ficou retida no filtro?
• Qual outro método de separação poderia ser utilizado para esta mistura?
Prática 3
Materiais: óleo, água, 1 béquer de 400 ml, 1 béquer de 250 ml e funil de decantação
devidamente preso a seu suporte.
Procedimento
a. Em um béquer, adicione proximadamente 150 ml de água e 150 ml de água
no béquer de 400 ml;
b. Transfira a mistura no funil de separação;
c. Com cuidado, abra a torneira do funil de decantação e feche imediatamente a
torneira assim que toda a substância mais densa for transferida ao béquer de
250 ml;
d. Se possível, verifique o volume obtido no béquer de 250 ml.
Perguntas
• Qual método de separação de misturas foi utilizado?
• Esta mistura é homogênea ou heterogênea?
• Qual das substâncias se manteve no funil de separação e qual foi transferida
para o béquer de 250 ml? Por quê?
AULA PRÁTICA 3
MOLÉCULAS POLARES
E APOLARES
1 Introdução
Os cientistas criaram a Regra de Solubilidade que diz que um solvente polar tende
a dissolver uma substância polar e uma substância apolar tende a se dissolver num
solvente apolar. Assim sendo, entende-se porque muitas substâncias inorgânicas
(ácidos, sais, etc., que são polares) dissolvem-se na água, que é um solvente polar.
Substâncias orgânicas, que normalmente são apolares, dissolvem-se em solventes
orgânicos (também apolares). Dizemos que semelhantes dissolvem semelhantes.
A água dissolve muitas substâncias e é chamada de solvente universal. O álcool
possui parte de sua molécula apolar e parte polar, podendo se dissolver tanto na água,
como na gasolina.
2 Objetivo
3 Materiais e Métodos
Materiais: Béquer de vidro com capacidade de 100 ml; Proveta de vidro com
capacidade de 50,00 ml; Pisseta de plástico; Bastão de vidro.
• Água destilada – H2O
• Gasolina comercial
Procedimento
Teste de Miscibilidade da gasolina:
Perguntas
• A gasolina é considerada uma molécula polar, apolar ou bipolar? Justifique.
• Conceituar sistemas homogêneos e heterogêneos.
• Calcular a % v/v de álcool na gasolina analisada.
• Verificar se o valor da porcentagem de álcool na gasolina está dentro dos limites
especificados pela ANP (Agência Nacional de Petróleo).
AULA PRÁTICA 4
PREPARAÇÃO E
DILUIÇÃO DE SOLUÇÃO
1 Introdução
massa do soluto m
___
Concentração: C= _________________________ ou C =
volume da solução v
2 Objetivo
Esta aula prática tem por objetivo preparar soluções a partir de reagentes sólidos
e líquidos e realizar diluição de soluções e cálculo de concentração.
3 Materiais e Métodos
Materiais:
Procedimento:
Observação: Nunca ponha água sobre o ácido. Verta o ácido sobre a água lentamente
e sob agitação constante.
Perguntas
• O que se entende por “concentração de uma solução”?
• Quando diluímos o NaOH em água, a solução aumenta a temperatura. Por quê?
Por que não se deve completar o volume de solução, em um balão volumétrico,
antes da solução ser resfriada?
AULA PRÁTICA 5
ÁCIDOS, BASES E SAIS
1 Introdução
2 Objetivo
O objetivo desta aula é a visualização dos conceitos sobre íons em solução e suas
propriedades de condutibilidade elétrica.
3 Materiais e Métodos
(de sopa) de açúcar; vinagre; 1 colher (de sopa) de antiácido não-efervescente (tipo
“leite de magnésia”).
Procedimento:
Perguntas
CONCLUSÃO
ELEMENTOS COMPLEMENTARES
LIVRO
Título: A Origem dos Elementos Químicos: uma
Abordagem Inicial
Autor: Antonio Manuel Alves Morais
Editora: LF Editorial
Sinopse: O propósito desta obra não é contar a
História do Átomo, mas a origem dos elementos
químicos. Todos os átomos do nosso corpo foram
forjados nas fornalhas estelares ou no início remoto
do Universo. O livro se inicia num contexto histórico,
mostrando a história da ideia de átomo, o quadro atual
de conhecimento, e passa pela definição de conceitos
importantes e métodos de medição que permitem
corroborar com o que se sabe atualmente sobre o
tema.
FILME
Título: Copenhagen
Ano: 2002
Sinopse: Filme que conta a história do encontro dos
físicos Niels Bohr e Werner Heisenberg em Copenhagen,
logo após a II Guerra Mundial.
ARTIGO EM PERIÓDICO
REFERÊNCIAS
BROWN, L. S.; HOLME, T. A. Química geral aplicada à engenharia. São Paulo: Cengage
Learning, 2010.
KOTZ, J. C.; TREICHEL, P.M.; WEAVER, G. C. Química geral e reações químicas, vol.
2. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
LEWIS, R.; EVANS, W. Química. Rio de Janeiro: LTC, 2014. [Minha Biblioteca].
OLIVEIRA, Ótom Anselmo de; FERNANDES, Joana D’Arc Gomes. Aula 7: Propriedades
periódicas dos elementos. Disciplina: Arquitetura Atômica e Molecular. Natal (RN):
EDUFRN – Editora da UFRN, 2006.