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Tratamento:
A decisão quanto ao tipo de tratamento a implementar num animal com ruptura de
LCCr é influenciado pela idade do animal, tamanho e condição corporal, estilo de vida
(cães activos vs sedentários), problemas médicos e/ou ortopédicos concomitantes
(patologia do menisco, grau de fibrose peri-articular), declive da mesa tibial, resposta a
tratamento não cirúrgico, custos, além da aceitação do proprietário. Outros fatores
adicionais como o equipamento disponível e a experiência do médico veterinário
também devem ser considerados.
Para o tratamento da RLCC, a cirurgia é de eleição, todavia, a terapia conservadora é
citada por alguns autores, principalmente para animais obesos, idosos e aqueles com
doença articular degenerativa em grau avançado. A cirurgia tem como finalidade
restaurar a estabilidade e evitar a deterioração futura da articulação, principalmente do
menisco medial, o qual geralmente está acometido em mais de 50% dos casos.
Os cães pequenos (<15Kg) normalmente recuperam bem sem intervenção cirúrgica. Foi
referida num estudo, uma taxa de sucesso de 90% de recuperação em cães de peso
inferior a 15Kg, sujeitos a tratamento NÃO cirúrgico. Desta forma é prudente esperar 6
a 8 semanas, antes de recomendar tratamento cirúrgico em cães pequenos. Estes animais
são muitas vezes geriátricos e obesos, com problemas médicos concomitantes. Cães
pequenos que 6 semanas após diagnóstico não mostrem melhorias, muitas vezes
apresentam lesões do menisco, sendo posteriormente sujeitos a cirurgia para
menisectomia e estabilização da articulação. Foi também reportado que apenas uma
pequena percentagem dos cães de maior porte recuperou, após tratamento médico.
Estes, normalmente beneficiam de tratamento cirúrgico.
A primeira técnica descrita especificamente para tratamento de LCCr foi em 1952 por
Paatsama, que utilizou um retalho de fáscia lata para reconstituir o ligamento (técnica
intracapsular). O tratamento cirúrgico foi estudado por KNECHT (1976). A partir
dessas técnicas, a reparação cirúrgica sofreu um considerável desenvolvimento nos
últimos 30 anos e numerosas variações têm sido realizadas e comparadas usando
material natural ou sintético, e as pesquisas têm se voltado principalmente para animais
de porte médio a gigante.
Técnicas Cirúrgicas Intracapsulares: baseiam-se na substituição do LCCr rompido por
material sintético ou autógeno como a fáscia lata ou tendão patelar, o qual é disposto em
posição semelhante ao trajeto do ligamento original.
Técnicas Cirúrgicas Extracapsulares: existem várias técnicas descritas. O princípio
básico consiste na tensão lateral dos tecidos periarticulares para restabelecer a
estabilidade articular.
Osteotomia tripla da tíbia (TTO): altera a mecânica da articulação do joelho e melhoram
a estabilidade da articulação durante o apoio do peso, alterando o alinhamento da mesa
tibial em relação ao ligamento patelar para 90º efetuando uma osteotomia parcial da
crista da tíbia.
O prognóstico desse animal deve ser levado em consideração vários fatores que vão
estar ligados a esta patologia, por exemplo o grau de osteoartrite que vai estar presente
no momento da cirurgia, se houve uma lesão no menisco, e se houve qual foi o grau de
lesão, se é uni ou bilateral, se esse animal já sofreu algum tipo de intervenção cirúrgica
prévia na região do joelho, vai depender também se algum outro problema ortopédico
concomitante, leva em conta a experiência do cirurgião, a técnica da estabilização que
foi utilizada o acompanhamento desse animal, Portanto o prognóstico depende
essencialmente da doença degenerativa articular, e da presença do grau das lesões de
menisco, sabendo que pacientes com lesão de menisco associada a ruptura de ligamento
cruzado tem o prognóstico pior.
[12:19, 05/07/2021] Jessica: Prevenção
Manter os animais com peso e a musculatura adequada, ou seja não deixa esses animais
acima do peso, porque quanto mais esse animal for obeso, maior vai ser a gravidade, e
mais rápido vai evoluir essa artrose. Com isso, deve-se fazer uma dieta, calcular ração
para esses animais, não deixar que esses animais se tornem sendentarios, é interessante
também que esses animais tenham uma visita regular anual com médicos veterinários.