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O artigo 2º, inciso IV da lei 9.784 prevê que a Administração Pública deve atuar
segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé 1, inclusive durante a
realização de concursos públicos.
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Art. 2o da Lei 9784: A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência:
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;
Ora, o edital do certame gera dúvidas nesse sentido, uma vez que a
Autora não saberia qual TAF a mesma deveria realizar, haja vista que a
cláusula 12.5.1 prevê somente que o resultado obtido no referido teste
será aproveitado para os dois cargos concorridos.
Portanto, diante de mais uma ilegalidade, não restam dúvidas que a Autora
deve ser reintegrada ao certame para continuar a disputa pelo cargo de
Delegado de Polícia.
Outrossim, o artigo 2º, inciso IV da lei 9.784 prevê que a Administração
Pública deve atuar segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-
fé2, o que na ocorreu no caso em tela , uma vez que o Apelante não agiu com
a boa-fé lhe exigida ao descumprir a lei do certame, segundo entendimento do
Superior Tribunal de Justiça:
Releva ponderar, que o ato do Apelante que convocou o Apelado para a posse
de forma diversa da prevista pelo edital, inegavelmente não obedeceu o
Princípio da Boa-fé previsto no artigo 2º, inciso IV da lei 9784 e necessário
para a prática de todos os atos da Administração Pública, pois descumpriu
norma expressamente obrigatória a ela inerente, praticando inclusive um venire
contra factum proprium, conforme vem se manifestando os Tribunais de Justiça
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