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07/01/2022 17:58 Lei Ordinária Nº 681/1991 - Câmara Municipal de Gravataí

Câmara Municipal de Gravataí


Poder Legislativo do Município de Gravataí

Lei Ordinária Nº 681/1991

Dados do Documento

Data do 26/12/1991
Documento

Ementa Institui o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Municipais e dá outras providências.

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LEI ORDINARIA n° 681/1991 de 26 de Dezembro de 1991

(Mural 26/12/1991)

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ATOS RELACIONADOS:

LEI ORDINARIA n° 955/1995

LEI ORDINARIA n° 1444/1999

LEI ORDINARIA n° 1484/1999

LEI ORDINARIA n° 1545/2000

LEI ORDINARIA n° 3124/2011

LEI ORDINARIA n° 3124/2011

DECRETO LEGISLATIVO n° 14/1996

LEI ORDINARIA n° 3058/2010

LEI ORDINARIA n° 1337/1999

LEI ORDINARIA n° 1103/1997

LEI ORDINARIA n° 1008/1995

LEI ORDINARIA n° 1056/1996

LEI ORDINARIA n° 1066/1996

LEI ORDINARIA n° 1086/1996

LEI ORDINARIA n° 1053/1996

RESOLUÇÃO n° 4/2005

LEI ORDINARIA n° 2743/2007

LEI ORDINARIA n° 2905/2009

LEI ORDINARIA n° 2919/2009

LEI ORDINARIA n° 3086/2011

LEI ORDINARIA n° 2931/2009

LEI ORDINARIA n° 3288/2012

LEI ORDINARIA n° 3018/2010

LEI ORDINARIA n° 3281/2012

LEI ORDINARIA n° 3579/2014

LEI ORDINARIA n° 3587/2015

LEI ORDINARIA n° 3623/2015

DECRETO n° 4024/1999

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LEI ORDINÁRIA nº 4294/2021

LEI ORDINÁRIA nº 4338/2021

LEI ORDINÁRIA nº 4372/2021

LEI ORDINÁRIA nº 4392/2021

Institui o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Municipais


e dá outras providências.
 

JOSÉ MARIANO GARCIA MOTA, Prefeito Municipal de Gravataí.

FAÇO SABER, em cumprimento ao disposto no artigo 58, inciso IV, da Lei Orgânica do Município, que a Câmara
Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei:

TÍTULO I

CAPÍTULO único:

 DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º  Esta Lei instituiu o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos do Município de Gravataí,
das autarquias e fundações públicas municipais, que se regerá segundo os preceitos constitucionais pertinentes
e pelas disposições adiante elencadas, e, subsidiariamente pelos demais preceitos e princípios de Direitos
Públicos aplicáveis, no que couber.

      § único:  Os servidores do Poder Legislativo reger-se-ão pelas normas estabelecidas nesta Lei, ressalvadas o
Plano de Carreira da Câmara, mantendo-se atual equivalência nos seus níveis, padrões e funções.

Art. 2º  O Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Municipais da Administração Direta, das autarquias
e fundações públicas municipais, passa a ser o regime estatutário, em caráter geral e cogente.

Art. 3º  Para os efeitos desta Lei, servidor público municipal é a pessoa natural legalmente investida em
cargo público municipal.

      Parágrafo Único   Cargo Público, como unidade básica da estrutura orgânica funcional, é o conjunto
de atribuições, deveres e responsabilidades cometidas a um servidor, criado por Lei, em número determinado e
com denominação própria, com retribuição pecuniária paga pelo erário.

Art. 4º  Os cargos públicos municipais são acessíveis a todos os brasileiros, para o provimento em caráter
efetivo ou em comissão.

Art. 5º  Os cargos de provimento efetivo são organizados em carreiras funcionais ou de forma isolada.

Art. 6º  As carreiras funcionais são organizadas em categorias de cargos efetivos, dispostas de acordo com
a natureza profissional e a complexidade de suas atribuições e responsabilidades.

Art. 7º  Os cargos de provimento efetivo organizados em carreiras asseguram aos servidores
desenvolvimento funcional com evolução vertical, dentro da respectiva categoria.

Art. 8º  As carreiras poderão compreender categorias de cargos do mesmo grupo profissional, reunidos
em segmentos distintos, de acordo com a habilitação, qualificação ou titulação exigidos para ingresso e acesso
nos níveis correspondentes.

Art. 9º  Categoria é a divisão básica da carreira, agrupando os cargos de mesma denominação e


idêntica natureza, segundo os níveis de atribuições e faixas de vencimentos básicos.

Art. 10º  Os cargos de provimento isolado são os que organizados em categorias, não
possibilitam desenvolvimento funcional com evolução vertical dentro da respectiva categoria.

Art. 11º  Os cargos de provimento em comissão são os que, pela natureza da fidúcia inerente à função,
têm caráter provisório quanto ao exercício e precário quanto ao desempenho, não gerando para o servidor, direito
à efetividade e estabilidade no cargo.

      § 1º  Os cargos de provimento em comissão são de livre nomeação e exoneração.

      § 2º  Os cargos de provimento em comissão são exercidos, primordialmente, para atender encargos de
direção.

      § 3º  Para os fins deste artigo, são equiparadas a cargos de provimento em comissão, as funções gratificadas.

Art. 12º  Para os fins deste artigo, são equiparadas a cargos de provimento em comissão, as funções gratificadas.

Art. 13º  O quadro é o conjunto de cargos, integrantes da estrutura orgânica funcional, distribuído em categorias O
quadro é o conjunto de cargos, integrantes da estrutura orgânica funcional, distribuído em categorias

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      § 1º  Os cargos de provimento efetivo integram o quadro permanente de cargos.

      § 2º  Os cargos de provimento em comissão integram o quadro temporário de cargos e funções.

TÍTULO II

 DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO

CAPÍTULO I

 DO PROVIMENTO

Seção I

 Disposições Gerais

Art. 14º  São requisitos essenciais para investidura em cargo público municipal:

       I-  Aprovação em concurso público de provas ou provas e títulos;

       II-  nacionalidade brasileira ou equiparada;

       III-  gozo dos direitos políticos;

       IV-  quitação com as obrigações eleitorais e militares;

       V-  idade mínima de 18 anos;

       VI-  aptidão física e mental;

       VII-  idade máxima de até 70 anos;

       VIII-  o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo.

      § 1º  As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos, fixados em Lei ou no
regulamento do concurso.

Art. 15º  Às pessoas portadoras de deficiências físicas é assegurado o direito de inscrição em concurso
público municipal para provimento de cargos cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência do que
são portadoras, para as quais serão reservadas até 10 porcento das vagas oferecidas no concurso, as quais
terão classificação distinta dos demais candidatos.

Art. 16º  O provimento dos cargos públicos far-se-á por ato da autoridade competente.

Art. 17º  A investidura em cargo público, cumpridas as cautelas legais, ocorrerá com a posse.

Art. 18º  São formas de provimento em cargo público:

       I-  Nomeação;

       II-  Ascensão;

       III-  Transferência;

       IV-  Readaptação;

       V-  Reversão;

       VI-  Aproveitamento;

       VII-  Reintegração, e

       VIII-  recondução.

Seção II

Art. 19º  A nomeação far-se-á:

       I-  Em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de provimento efetivo, de carreira ou isolado;

       II-  em caráter temporário, quando se tratar de cargo em comissão, função gratificada, de livre nomeação
e exoneração.

Art. 20º  A nomeação para cargo de provimento efetivo far-se-á no plano inicial de carreira, condicionado à
prévia habilitação em concurso público, obedecida a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

      § único:  Os demais requisitos para ingresso e desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção,

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transposição ou ascensão, serão estabelecidas pela legislação que fixar as diretrizes do sistemas de carreiras na
Administração Municipal.

Seção III

 Do Concurso Público

Art. 21º  O concurso público será de provas ou de provas e títulos, realizado em uma ou mais etapas,
conforme dispuser o regulamento geral e o edital, observados os princípios constitucionais.

Art. 22º  O concurso público terá validade de até dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por
igual período.

      § 1º  O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização, serão fixados em edital, que reger-
seão por normas gerais fixadas em regulamento, e por normas especiais exaradas pela autoridade competente,
que serão publicadas por extratos em jornal de grande circulação local, e demais meios que assegurem
ampla publicidade.

      § 2º  Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo
de validade não expirado.

Seção IV

 Da Posse e do Exercício

Art. 23º  Posse é a aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo
público, com o compromisso de bem servir, formalizada com assinatura do respectivo termo pela autoridade
competente e pelo empossando.

      § 1º A posse ocorrerá no prazo de quinze dias contados da formalização do ato de provimento.

      § 2º  A posse será obrigatoriamente pessoal.

      § 3º  Em se tratando de servidor em licença, ou qualquer outro afastamento legal, o prazo será contado
do término do impedimento, assegurada a vaga correspondente.

      § 4º  Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação e ascensão.

      § 5º  No ato da posse o servidor apresentará, obrigatoriamente, declaração sobre exercício de outro
cargo, emprego ou função pública, e, se nomeado para cargo em comissão, declaração de bens e valores
que constituem seu patrimônio.

      § 6º  A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial credenciada.

      § 7º  Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto, física e mentalmente, para o exercício do cargo.

      § 7º  Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto, física e mentalmente, para o exercício do cargo.

Art. 24º  Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.

  

      § 1º É de 05 dias, prorrogáveis por mais 05, contados da data da posse; salvo no caso de a data cair em dia
sem expediente na Prefeitura, situação em que o prazo derradeiro passará a ser o primeiro dia útil subsequente.

      § 2º  Será tornado sem efeito o ato de provimento, senão ocorrerem a posse e/ou exercício, nos
prazos previstos nesta Lei.

      § 3º  A autoridade competente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor, compete dar-
lhe exercício.

      § 4º  O início, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor.

      § 5º  Ao entrar em exercício o servidor apresentará, ao órgão competente, os elementos necessários
ao assentamento individual.

Art. 25º  O servidor que, por prescrição legal, deva prestar caução como garantia, não poderá entrar em
exercício sem prévia satisfação desta exigência.

      § 1º  A caução poderá ser feita por uma das modalidades seguintes:

       I-  depósito em moeda corrente;

       II-  garantia hipotecária;

       III-  título de dívida pública;

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       IV-  seguro fidelidade funcional, emitido por instituição legalmente autorizada.

      § 2º  Na hipótese de seguro, as contribuições referentes ao respectivo prêmio serão descontados do
servidor segurado, em folha de pagamento.

      § 3º  É vedado o levantamento da caução antes da tomada de contas do servidor.

      § 4º  O responsável por desvio patrimonial não ficará isento da ação administrativa ou penal, ainda que o
valor da caução seja superior ao do prejuízo causado, ou que ocorra o correspondente ressarcimento.

      § 5º  Em qualquer caso, o servidor efetivo que em razão de cargo ou função, receba ou pague
valores pecuniários, ou mantenha títulos ou valores sob guarda, perceberá, enquanto no exercício, um adicional
de 10% do respectivo vencimento básico, a título de "quebra-caixa", o qual não se encorpora a remuneração
para qualquer fim ou efeito.

Art. 26º  A transposição ou a ascensão não interrompem o tempo de exercício, para fins de
desenvolvimento funcional, que será adicionado ao novo posicionamento, a partir da formalização do ato que
transpuser ou ascender o servidor.

Art. 27º  O servidor transferido, removido, redistribuído, requisitado ou cedido, que deva ter exercício em
outro órgão ou entidade, ou em outra localidade, quando em virtude de férias, casamento e luto, terá 10 dias a
partir do término do impedimento ou afastamento, para entrar em exercício, acrescido de igual período quando
necessário o deslocamento para nova localidade.

      § 1º  O servidor não poderá ausentar-se do Município para estudo ou missão oficial, sem prévia autorização
do Prefeito Municipal.

      § 2º  A ausência não poderá exceder a 2 anos e, findo o estudo ou missão, somente decorrido igual
período será admitida nova ausência.

      § 3º  Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar
de interesse particular, antes de decorrido período igual da ausência, ressalvada a hipótese de ressarcimento
das despesas havidas com seu afastamento.

Seção V

 Do Estágio Probatório

Art. 28º  Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo submeter-se-á a
estágio probatório por período de 2 anos de efetivo e ininterrupto exercício no cargo, durante o qual sua aptidão
e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes requisitos:

       I-  idoneidade moral;

       II-  assiduidade;

       III-  disciplina;

       IV-  produtividade;

       V-  capacidade de iniciativa.

Art. 29º  Enquanto não adquirir a estabilidade poderá o servidor ser exonerado no interesse do serviço público
nas seguintes hipóteses:

       I-  inassiduidade;

       II-  indisciplina;

       III-  insubordinação;

       IV-  improbidade;

       V-  ineficiência;

       VI-  falta de dedicação ao serviço ou desídia no desempenho das respectivas funções;

       VII-  incontinência de conduta ou mau procedimento;

       VIII-  advocacia administrativa;

       IX-  condenação criminal passada em julgado, com privação total de liberdade;

       X-  embriagues habitual ou em serviço;

       XI-  prática de jogos de azar;

       XII-  ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoal, ou ofensas físicas,
nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

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       XIII-  ato lesivo da honra, boa fama ou ofensas físicas, praticados contra superiores hierárquicos ou os
demais servidores, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; e

       XIV-  atos atentatórios à segurança nacional.

      § 1º  Ocorrendo quaisquer dos casos previstos neste artigo, o superior imediato representará à
autoridade competente, a qual deverá dar vistas ao servidor, a fim de que o mesmo possa apresentar sua defesa,
no prazo de cinco dias.

      § 2º  Decorrido o prazo de defesa, apresentado esta ou não, e atendidas as diligências


eventualmente requeridas e determinadas, a autoridade competente decidirá, no prazo de 15 dias, em ato
motivado e fundamentado, pela exoneração do servidor, ou por sua manutenção no cargo, continuando, neste
caso, sob avaliação probatória.

Art. 30º  Findo o período de estágio probatório, a autoridade competente fica obrigada a pronunciar-se sobre
o atendimento, pelo estagiário, dos requisitos fixados para o estágio pelo artigo 28, dentro do prazo mínimo de
30 dias antecedentes ao término do estágio, sob penas de operar-se a estabilidade do servidor.

      § único:  O servidor não aprovado no estágio será exonerado em ato fundamentado, ou, se estável, será
reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observando o disposto no artigo 40, parágrafo 2º.

Seção VI

 Da Estabilidade

Art. 31º  O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo
adquire estabilidade no serviço público ao completar dois anos de efetivo e ininterrupto exercício do cargo, desde
que aprovado em estágio probatório.

Art. 32º  O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou
de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

Seção VII

 Da Transferência

Art. 33º  A transferência é a passagem do servidor estável de cargo efetivo de carreira, para outro de
igual denominação, categoria e vencimento básico, pertencente a quadro funcional diverso.

      § 1º  A transferência ocorrerá de ofício ou a pedido do servidor, atendido o interesse ao serviço,
mediante preenchimento de vaga.

      § 2º  Será admitida a transferência de servidor ocupante de cargo de quadro em extinção, para igual
situação em quadro de outro órgão ou serviço, segundo dispuser a lei.

Seção VIII

 Da Readaptação

Art. 34º  Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com


a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica
oficial credenciada.

      § 1º  Se julgado incapaz para o serviço público o readaptando será aposentado.

      § 2º  A readaptação será efetivada em cargo de carreira ou isolado de atribuições afins, respeitada a
habilitação exigida para acesso.

      § 3º  Em qualquer hipótese, a readaptação não poderá acarretar aumento ou redução do vencimento básico
do servidor.

      § 4º  Enquanto inexistir vaga, serão cometidos ao readaptando as atribuições do cargo indicado, até
regular provimento.

Seção IX

 Da Reversão

Art. 35º  Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez quando, por decisão
administrativa ou judicial, forem declarados insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria.

      § 1º  A reversão do servidor aposentado por tempo de serviço poderá se dar a pedido, atendido o interesse
do serviço, condicionada sempre a existência de vaga.

      § 2º  Em nenhum caso far-se-á a reversão sem que, mediante inspeção médica oficial credenciada,
fique comprovada a capacidade física e mental do servidor para o exercício do cargo.

Art. 36º  A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

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Art. 37º  Não poderá reverter o aposentado que contar setenta anos de idade.

Art. 38º  A reversão dará direito à contagem do tempo em que o servidor esteve aposentado, exclusivamente
para nova aposentadoria.

Seção X

 Da Reintegração

Art. 39º  Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, quando invalidada
a sua demissão, por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

      § único:  Encontrando-se provido o cargo o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização, ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade remunerada.

Seção XI

 Da Recondução

Art. 40º  Recondução é o retorno do servidor efetivo estável ao cargo anteriormente ocupado.

      § 1º  A recondução decorrerá de:

       a)  inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

       b)  reintegração no anteriormente ocupado.

      § 2º  Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto
ao artigo 42.

Seção XII

 Da Disponibilidade e do Aproveitamento

Art. 41º  Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade,
com remuneração integral.

Art. 42º  O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório
em cargo de atribuições e vencimentos básicos compatíveis com o anteriormente ocupado.

      § único:  Para aproveitamento, observar-se-á a ordem de preferência, primeiro àquele servidor que estiver há
mais tempo em disponibilidade, e após àquele que contar com mais tempo de efetivo serviço público municipal.

Art. 43º  O aproveitamento do servidor que se encontre em disponibilidade há mais de 12 meses, dependerá
de prévia comprovação de sua capacidade física e mental, verificada em inspeção médica oficial credenciada.

      § 1º  Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do cargo no prazo legal, consoante o artigo 24.

      § 2º  Verificada a incapacidade definitiva o servidor em disponibilidade será aposentado.

Art. 44º  Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar
em exercício no prazo legal do artigo 24, salvo doença comprovada por inspeção médica oficial credenciada.

CAPÍTULO III

 DA VACÂNCIA

Art. 45º  A vacância do cargo público decorrerá de:

       I-  exoneração;

       II-  demissão;

       III-  ascensão;

       IV-  transferência;

       V-  readaptação;

       VI-  aposentadoria;

       VII-  posse em outro cargo público inacumulável e,

       VIII-  falecimento.

Art. 46º  A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor ou de ofício.

      § único:  A exoneração de ofício será aplicada:

       a)  quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;

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       b)  quando, por decurso de prazo, ficar extinta a punibilidade para demissão por abandono de cargo; e

       c)  quando não entrar no exercício no prazo estabelecido.

Art. 47º  A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:

       a)  a juízo da autoridade competente;

       b)  a pedido do próprio servidor.

      § único:  O afastamento de servidor efetivo de cargo em comissão, dar-se-á:

       I-  a pedido;

       II-  mediante livre exoneração ou nos casos de:

       a)  promoção;

       b)  cumprimento do prazo de rotatividade na função; ou

       c)  por falta de exação no exercício de sua atribuições ou falta de fidúcia, segundo resultado de
avaliação procedida pela autoridade competente, fundamentadamente.

CAPÍTULO III

 DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO

Seção I

 Da Remoção

Art. 48°  Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, com preenchimento de cargo de


lotação, no âmbito do mesmo quadro funcional.

      § único:  A remoção mediante permuta será precedida de pedido escrito de ambos os
servidores interessados.

Seção II

 Da Redistribuição

Art. 49º  A redistribuição é a movimentação do servidor, com o respetivo cargo, para quadro de pessoal de
outro órgão ou entidade, cujos planos de cargos e vencimentos básicos sejam idênticos, observado sempre o
interesse da Administração.

      § 1º  A redistribuição dar-se-á exclusivamente para ajustamento de quadros de pessoal às necessidades
dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção de órgão ou entidade.

      § 2º  Nos casos de extinção de órgãos ou entidades os servidores que não puderem ser redistribuídos, na
forma deste artigo, serão colocados em disponibilidade, até seu aproveitamento, na forma do artigo 41.

CAPÍTULO IV

 DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 50º  Os ocupantes de cargos em comissão, na condição de Secretários do Município, terão


substitutos indicados na forma do regulamento, designados dentre servidores de livre escolha ou de unidade
administrativa diversa.

      § 1º  O substituto assumirá automaticamente o exercício do cargo nos afastamentos ou impedimentos do
titular.

      § 2º  O substituto fará jus à gratificação pelo exercício de cargo em comissão de que trata o artigo 86 a ser
paga na proporção dos dias de efetiva substituição, desde que por um interstício mínimo de dez dias.

Art. 51º  O disposto no artigo antecedente somente poderá ser aplicado aos demais titulares de
unidades administrativas organizadas sob a forma de direção geral, chefia ou assessoramento superior,
consoante regulamento.

CAPÍTULO V

 DA FUNÇÃO GRATIFICADA

Art. 52º  Função Gratificada é aquela que, instituída por lei para atender encargos de maior responsabilidade
ou de natureza peculiar, será provida mediante nomeação de servidor efetivo para ela designado, consoante o
artigo 19, II, em caráter provisório quanto ao exercício e precário quanto ao desempenho, não gerando para o
servidor, direito de efetividade ou estabilidade.

      § 1º  É livre a designação dentre servidores efetivos para o exercício de funções gratificadas, e sua

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exoneração atenderá ao preconizado pelo artigo 47 e seu parágrafo único.

      § 2º  O servidor fará jus à gratificação de que trata o artigo 85, quando no exercício de função gratificada,
paga até o seu afastamento.

Art. 53º  O exercício de função gratificada é inacumulável com o de cargo em comissão.

      § único:  A designação para função gratificada poderá recair em servidor de outro órgão ou entidade dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cedido ao Município sem prejuízo de seus
estipêndios.

TÍTULO III

 CAPÍTULO ÚNICO - DO SERVIÇO PÚBLICO

Seção I

 Da Jornada Laboral

Art. 54º  O servidor público municipal está sujeito a uma jornada legal de trabalho de até quarenta
horas semanais, na forma que dispuser o regulamento, não podendo ser superior a oito horas diárias.

      § único:  Por necessidade do serviço ou mediante acordo escrito, poderá ser instituído sistema
de compensação de horário, hipótese em que a jornada diária poderá ser superior a oito horas diárias, com
a correspondente diminuição das horas excedentes em outro dia, sempre observada a jornada semanal máxima.

Art. 55º  A frequência e assiduidade do servidor será controlada:

       I-  pelo ponto;

       II-  por forma determinada em regulamento, quanto a servidores não sujeitos aos ponto.

      § 1º  Ponto é o registro, mecânico ou não, que assinala o comparecimento do servidor ao serviço e pelo qual
é verificada sua entrada e saída diárias.

      § 2º  É vedado abonar faltas ao serviço e dispensar o servidor do registro do ponto, salvo nas hipóteses
legais.

Art. 56º  Para assegurar o funcionamento de serviços públicos ininterruptos ou essenciais, ou em razão


de superior interesse público, o servidor poderá restar a disposição da Administração em regime de sobre-aviso
 Revogado por LEI ORDINARIA n° 3583/2015, 05/01/2015

      § 1º  A jornada laboral realizada em regime de sobreaviso , não está limitada às oito horas diárias, não
tipificando jornada extraordinária aquelas horas excedentes a esse limite, e poderá ser prestada tanto em
dependências públicas da municipalidade quanto na residência do servidor, conforme dispuser a autoridade
competente. Revogado por LEI ORDINARIA n° 3583/2015, 05/01/2015

      § 2º  O regime de sobreaviso não excederá de uma jornada ininterrupta de dezoito horas, , não excederá de
uma jornada de vinte e quatro horas em cada quarenta e oito horas. Revogado por LEI ORDINARIA n°
3583/2015, 05/01/2015

Art. 57º  Pelo serviço realizado em regime de sobreaviso  o servidor perceberá o respectivo adicional. Revogado
por LEI ORDINARIA n° 3583/2015, 05/01/2015

      § único:  Ao servidor em regime de sobreaviso  realizados em dependências públicas municipais, serão
fornecidas instalações apropriadas para descanso, higiene e alimentação. Revogado por LEI ORDINARIA n°
3583/2015, 05/01/2015

Seção II

 Da Jornada Laboral Extraordinária

Art. 58º  Por necessidade do serviço, a jornada laboral fixada para o servidor poderá ser ampliada, consoante

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07/01/2022 17:58 Lei Ordinária Nº 681/1991 - Câmara Municipal de Gravataí
o que determinar a autoridade competente.

      § 1º  A jornada extraordinária será remunerada com o respectivo adicional, por cada hora de trabalho
que exceder a jornada legal, salvo as exceções legais.

      § 2º  Salvo casos excepcionais, a jornada extraordinária não poderá exceder de duas horas diárias.

      § 3º  O servidor que realizar jornada laboral pelo sistema de compensação de horário, não fará jus ao
adicional considerado o limite semanal máximo.

Art. 59  A jornada extraordinária pode ser suprimida pela autoridade competente a qualquer tempo, sem direito a
indenização ou qualquer outra vantagem, não sendo incorporada ao vencimento básico para qualquer efeito.
Alterada por LEI ORDINARIA n° 3579/2014, 22/12/2014

      Parágrafo Único   Para fins de pagamento das férias e da gratificação natalina, o adicional por serviço
extraordinário será calculado pela média do valor recebido pelo servidor dentro dos respectivos períodos
aquisitivos. Alterada por LEI ORDINARIA n° 3579/2014, 22/12/2014

Art. 60 O servidor ocupante de cargo em comissão ou designado para o exercício de função gratificada deverá


sujeitar-se ao controle de horário, preferencialmente através de registro de ponto.Alterada por LEI ORDINARIA n°
3891/2017, 18/07/2017

      Parágrafo Único  Os servidores acima nominados, dada a fidúcia do cargo, devem estar à inteira
disposição da Administração Municipal, sendo que não farão jus ao recebimento de serviço extraordinário,
independente da carga horária cumprida. Alterada por LEI ORDINARIA n° 3891/2017, 18/07/2017

Seção III

 Do Repouso Remunerado e Intervalos

Art. 61º  O servidor tem direito a repouso semanal, em um dia de cada semana, preferencialmente aos
domingos, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

Art. 62º  Entre duas jornadas diárias de trabalho deverá haver, sempre, um intervalo mínimo de doze horas
para repouso e alimentação do servidor, salvo as exceções legais.

Art. 63º  No curso de cada jornada diária de trabalho superior a seis horas, deverá haver m intervalo mínimo
de uma hora e máximo de três horas, consoante o regulamento o estabelecer, igualmente para o descanso
e alimentação do servidor.

    

§ 1º O intervalo mínimo poderá ser reduzido para 30 (trinta) minutos, mediante requerimento do servidor. 

§2º Na hipótese do caput, em cada turno de 04 (quatro) horas deverá haver um intervalo de 15 (quinze) minutos
para lanche do servidor, segundo dispuser o regulamento.

§ 3º Os intervalos, com exceção dos destinados ao lanche, não serão considerados como tempo de serviço à
disposição da Administração, ainda que durante os mesmos o servidor permaneça no local de trabalho. Alterado
pela Lei 4294/2021

TÍTULO IV

 DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO I

 DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

Art. 64º  Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em Lei.

Art. 65º  Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes
ou temporárias, estabelecidas em lei.

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      § 1º  A remuneração do servidor efetivo investido em cargo em comissão ou função gratificada, será paga
na forma dos artigos 85 e 86.

      § 2º  O servidor investido em cargo em comissão ou função gratificada de outro órgão ou entidade dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, perceberá sua remuneração de acordo com
o estabelecido pelo artigo 135 e seus parágrafos.

Art. 66º  O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível e
observará o princípio da isonomia, quando couber, e demais preceitos constitucionais.

      § único:  Aplicam-se as normas deste artigo aos servidores estáveis em 05 de outubro de 1988.

Art. 67º  Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, à título de remuneração, importância superior à
soma dos valores fixados como remuneração, para secretários do Município, exceto vantagens pessoais,
ressalvados os direitos adquiridos até a promulgação deste regime jurídico.

      § 1º  Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas pelo artigo 84, inciso III à VII.

      § 2º  Em qualquer hipótese, a soma total de quaisquer valores percebidos como remuneração, em espécie,
a qualquer título, pelo servidor, não poderá ser superior aos valores percebidos como remuneração, em
espécie, pelo Prefeito Municipal, aí considerados inclusive, as vantagens enunciadas pelo artigo 84 e seus
incisos.

Art. 68º  O menor vencimento de cargo público municipal não será inferior a um doze avos do valor fixado
como maior vencimento de cargo público municipal, tipificando aquele, o piso remuneratório no âmbito do
Município.

Art. 69º  O servidor perderá:

       I-  a remuneração dos dias que faltar injustificadamente ao serviço, sem o prejuízo das demais
penalidades disciplinares cabíveis;

       II-  a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências no curso da jornada e
saídas antecipadas, iguais ou superiores a dez minutos, sem prejuízo das demais penalidades disciplinares
cabíveis.

Art. 70º  Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração
do servidor.

      § único:  Mediante autorização expressa e escrita do servidor poderá haver descontos em folha
de pagamento a favor de terceiros, a critério da Administração e com reposição dos custos.

Art. 71º  As reposições e indenizações devidas à Fazenda Municipal serão descontadas em folha de
pagamento, em parcelas mensais, monetariamente corrigidas e acrescidas de juros legais de um porcento ao
mês, não excedentes à décima parte da remuneração mensal do servidor.

Art. 72º  O servidor em débito com o Erário, que for demitido, exonerado ou tiver a sua disponibilidade
cassada, terá o prazo de dez dias para quitá-lo.

      § único:  O não pagamento do débito no prazo determinado implicará em sua inscrição em Dívida Ativa e
subsequente cobrança judicial.

Art. 73º  A remuneração do servidor não será objeto de arresto, sequestro, penhora ou qualquer outro ato
de constrição, exceto nos casos de prestação de alimentos resultantes de homologação judicial.

CAPÍTULO II

 DAS VANTAGENS

Art. 74  Juntamente com o vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: Alterada por LEI
ORDINARIA n° 3579/2014, 22/12/2014

       I-  indenizações; Alterada por LEI ORDINARIA n° 3579/2014, 22/12/2014

       II-  auxílios pecuniários; Alterada por LEI ORDINARIA n° 3579/2014, 22/12/2014

       III-  gratificações e adicionais. Alterada por LEI ORDINARIA n° 3579/2014, 22/12/2014

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      Parágrafo Único   As indenizações, auxílios, gratificações e adicionais não se incorporam ao vencimento para
qualquer efeito e sob qualquer hipótese. Alterada por LEI ORDINARIA n° 3579/2014, 22/12/2014

Art. 75º  As vantagens pecuniárias não serão computadas nem acumuladas para efeito de concessão
de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou igual fundamento.

Seção I

 Das Indenizações

Art. 76º  Constituem indenizações: Alterada por LEI ORDINARIA n° 1545/2000, 13/06/2000

       I-  Diárias; Alterada por LEI ORDINARIA n° 1545/2000, 13/06/2000

       II-  Transporte; e Alterada por LEI ORDINARIA n° 1545/2000, 13/06/2000

       III-  Inscrição e custeio de cursos de aperfeiçoamento, treinamentos ou similares. Incluído por LEI
ORDINARIA n° 1545/2000, 13/06/2000

      § 1º  As indenizações poderão ser pagas previamente. Incluído por LEI ORDINARIA n° 1545/2000,
13/06/2000

      § 2º  As indenizações dependem de prévia e expressa autorização do Prefeito, mediante proposição


justificada do titular do órgão onde o servidor estiver em exercício, acompanhada de comprovantes da ocorrência
do evento ou missão, quando for o caso. Incluído por LEI ORDINARIA n° 1545/2000, 13/06/2000

      § 3º  As indenizações a serem concedidas ao Prefeito serão encaminhadas pelo Secretário Municipal de
Administração. Incluído por LEI ORDINARIA n° 1545/2000, 13/06/2000

Art. 77  Os valores das diárias são os estabelecidos na tabela a seguir:

COEF. VRV por dia de


ITEM CARGO
afastamento
A Prefeito e Vice-Prefeito 1
B Secretários Municipais e Procurador-Geral do Município 0,40
Demais Cargos em Comissão, detentores de Função Gratificada ou de cargos com exigência
C 0,33
de escolaridade correspondente a curso superior 
D Outros 0,25
Alterada por LEI ORDINARIA n° 2905/2009, 14/10/2009

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      Parágrafo Único   O custeio referente aos incisos II e III, do art. 76 serão indenizados respectivamente
conforme a despesa de cada caso e ocasião. Incluído por LEI ORDINARIA n° 1545/2000, 13/06/2000

Subseção I

 Das Diárias

Art. 78º  Os servidores municipais, inclusive os do quadro em extinção, os servidores cedidos ao Município e os
Conselheiros Municipais, que por determinação da autoridade competente, se deslocarem em caráter eventual ou
transitório, em missão oficial, para fora do Município no desempenho de suas atribuições, para indenização das
despesas com estada, alimentação e locomoção urbana, serão concedidas diárias. Alterada por LEI ORDINARIA
n° 1545/2000, 13/06/2000

      § 1º  A diária será concedida integral por dia de afastamento, quando exigir pernoite. Alterada por LEI
ORDINARIA n° 1545/2000, 13/06/2000

       I-  Sendo devida por metade quando o afastamento for por dois turnos, não exigindo pernoite; Incluído por
LEI ORDINARIA n° 1545/2000, 13/06/2000

      § 2º  A concessão de diária não exclui o fornecimento do transporte entre o Município de Gravataí e o local do
evento ou missão. Incluído por LEI ORDINARIA n° 1545/2000, 13/06/2000

      § 3º  Quando o afastamento se der apenas em um turno, ou para os Municípios da Região Metropolitana de


Porto Alegre não serão concedidas diárias, somente as indenizações previstas nos incisos II e/ou III, do art. 76,
conforme for o caso. Incluído por LEI ORDINARIA n° 1545/2000, 13/06/2000

Art. 79º  O servidor que receber diárias e não se afastar do Município por qualquer motivo, fica obrigado a
restituílas integralmente, no prazo de três dias.

      § único:  Na hipótese do servidor retornar ao Município em prazo menor do que o previsto para o
seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso em igual prazo.

Art. 80º  O valor da diária não poderá exceder ao valor equivalente a metade do maior vencimento de
cargo efetivo, em território estrangeiro, observando a regulamentação fixada em Lei.

Seção II

 Dos Auxílios Pecuniários

Art. 81º  Serão concedidos ao servidor ou a sua família, os seguintes auxílios pecuniários:

       I-  Auxílio-transporte; e

       II-  auxílio-família.

Subseção I

 Do Auxílio-Transporte

Art. 82º  Será devido ao servidor ativo auxílio.transporte pela utilização efetiva em despesas com
deslocamentos da residência para o trabalho e do trabalho para a residência, através do sistema de transporte
coletivo público, urbano, ou intermunicipal, excluídos os serviços seletivos e os especiais.

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      § 1º  O valor mensal do auxílio-transporte será equivalente à parcela que exceder a seis porcento do
vencimento percebido pelo servidor, que o mesmo venha a efetivamente dispender com o seu deslocamento.

      § 2º  O auxílio-transporte fica submetido ao regime do vale-transporte instituído pela Lei Federal nº 7.418, de
16 de dezembro de 1985, naquilo que couber, ficando sua concessão condicionada ao implemento das condições
e limites definidos pela citada Lei.

Seção II

 Do Auxílio-Família

Art. 83º  O auxílio-família será devido ao servidor ativo por filho de qualquer condição, enteado, menor, sob
sua guarda ou tutela, menor de catorze anos ou excepcional de qualquer idade, que mantenham relação
de dependência com o servidor conforme dispuser o regulamento.

      § único:  O valor unitário do auxílio-família, que será mensalmente pago por cada dependente, corresponderá
a um porcento do menor vencimento de cargo efetivo.

Seção III

 Das Gratificações e Adicionais

Art. 84º  Além do vencimento e vantagens estabelecidas nesta Lei, serão deferidas aos servidores as
seguintes gratificações e adicionais:

       I-  gratificação pelo exercício de função gratificada;

       II-  gratificação pelo exercício de cargo em comissão;

       III-  gratificação natalina;

       IV-  adicional pelo exercício de atividade em condições penosas, insalubres ou perigosas;

       V-  adicional pela prestação de serviço extraordinário;

       VI-  adicional noturno;

       VII-  adicional por dia de repouso trabalhado;

       VIII-  gratificação por atividade em escola especial para excepcionais.

Subseção I

 Da Gratificação pelo Exercício de Função Gratificada

Art. 85º  Ao servidor efetivo investido em função gratificada, é devida uma gratificação pelo seu exercício,
em percentuais, coeficientes ou valores fixados em Lei própria.

      § Único  Esta gratificação não se incorpora ao vencimento do servidor, em nenhuma hipótese e para
quaisquer fins, podendo ser suprimida quando cessar o exercício da função, a qualquer tempo ou título,
ressalvados os direitos adquiridos até a promulgação deste regime jurídico. 

Subseção II

 Da Gratificação pelo Exercício de Cargo em Comissão

Art. 86º  Ao servidor efetivo investido em Cargo de Comissão, é devida uma gratificação pelo seu exercício,
em percentuais, coeficientes ou valores fixados em Lei própria.

      § 1º  O servidor poderá optar pela remuneração do cargo em comissão, hipótese em que não lhe será
devida esta gratificação, deixando o servidor de perceber o vencimento do cargo efetivo enquanto perdurar a
opção.

      § 2º  Esta gratificação e tampouco a remuneração do Cargo em Comissão, se por ela optar, não se
incorporam ao vencimento do servidor, em nenhuma hipótese e para quaisquer fins, podendo ser suprimidas
quando cessar o exercício do cargo, a qualquer tempo.

Subseção III

 Da Gratificação Natalina


Art. 87º  A gratificação natalina correspondente a um doze avos da remuneração a que o servidor fizer jus no
mês de dezembro de cada ano, proporcional aos meses de efetivo exercício no ano, e objetiva atender
ao mandamento constitucional pertinente.

      § único:  A fração igual ou superior a quinze dias será considerada como mês integral para os efeitos da
gratificação.

Art. 88º  A gratificação prevista neste artigo será paga até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano.

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Art. 89 No mês de junho de cada ano, será paga como adiantamento da gratificação natalina, metade da
remuneração, desde que expressamente solicitado por escrito pelo interessado, previamente, até o último dia útil
do mês de março de cada ano, tomando-se por base o mês de junho. 

      § único: Este valor, pago como adiantamento, será descontado quando for concedida a gratificação
estabelecida no artigo 87. 

Art. 90º  O servidor demitido, exonerado ou aposentado perceberá sua gratificação natalina,
proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, calculada sobre a remuneração do mês da demissão,
exoneração ou inativação.

Art. 91º  A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.

Subseção IV

 Dos Adicionais de Penosidade, Insalubridade e Periculosidade.

Art. 92º  Os servidores que executarem atividades penosas ou que trabalhem com habitualidade em
locais insalubres, ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus
a um adicional calculado na forma enunciada abaixo.

Art. 93º  O servidor que fizer jus aos adicionais de penosidade, insalubridade ou periculosidade, deverá optar
por um deles, quando for o caso, não sendo acumuláveis estas vantagens.

      § único:  O direito ao adicional de penosidade, insalubridade ou periculosidade, cessa a eliminação das


condições ou dos riscos que deram à sua concessão, não se incorporando à remuneração do servidor,
salvo quando o servidor adquirir doença profissional devida a efeitos destes agentes sobre seu organismo.

Art. 94º  O adicional de penosidade somente será concedido quando reconhecida a penosidade da
atividade desenvolvida pelo servidor, em laudo pericial exarado por junta médica oficial credenciada, para o que:

       I-  tem-se por atividade penosa, aquela que causar à quem a desenvolver, fadiga física e mental
considerada incomum e anormal, em face à maioria das demais atividades habitualmente desenvolvidas pelos
trabalhadores em geral.

      § 1º  O adicional será devido à razão de dez porcento do vencimento básico do cargo efetivo, a partir do
laudo que reconhecer a penosidade da atividade desenvolvida pelo servidor.

      § 2º  Enquanto devido, o adicional de penosidade será considerado para cálculo das férias e da
gratificação natalina do servidor.

      § 3º  É vedado à servidora gestante ou lactante desenvolver atividades com substâncias radioativas.

Art. 95º  O adicional de insalubridade somente será concedido quando reconhecida a insalubridade da
atividade desenvolvida pelo servidor, em laudo pericial exarado por junta médica e/ou de engenharia oficial
credenciada, com acompanhamento de assistente técnico indicado por entidade classista representativa dos
municipários, observados os critérios enunciados pelos Anexos da Norma Regulamentadora 15, da Portaria nº
3.214, 08.06.1978, da Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, e suas subsequentes alterações, nos
seus estritos termos, para o que:

       I-  tem-se por atividade insalubre aquela que causar a quem a desenvolve cotidiana e
habitualmente, reconhecido prejuízo à Saúde.

      § 1º  O adicional é devido:

       a)  à razão de um vigésimo de menor vencimento básico de cargo efetivo, a partir do laudo que reconhecer
a insalubridade em grau mínimo da atividade desenvolvida;

       b)  à razão de um décimo do menor vencimento básico de cargo efetivo, a partir do laudo que reconhecer
a insalubridade em grau médio da atividade desenvolvida;

       c)  à razão de um quinto do menor vencimento básico do cargo efetivo, a partir do laudo que reconhecer
a insalubridade em grau máximo da atividade desenvolvida.

      § 2º  Enquanto devido, o adicional de insalubridade será considerado para cálculo das férias e da
gratificação natalina do servidor.

Art. 96º  O adicional de periculosidade somente será concedido quando reconhecida a periculosidade da
atividade desenvolvida pelo servidor, em laudo pericial exarado por junta médica e/ou de engenharia oficial
credenciada, observados os critérios enunciados pelos Anexos da Norma Regulamentadora 16, da Portaria nº
3.214, de 08.06.78, da Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, e pelas disposições da Lei Federal nº
7.369, de 20.09.1985, regulamentada pelo Decreto nº 92.212, de 26.12.85, e suas subsequentes alterações, nos
seus estritos termos, para o que:

       I-  tem-se por atividade perigosa aquela que atenta contra a integridade física por contato permanente
com substâncias tóxicas, ou com risco de vida, de quem a desenvolve cotidiana e habitualmente.

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07/01/2022 17:58 Lei Ordinária Nº 681/1991 - Câmara Municipal de Gravataí
      § 1º  O adicional será devido à razão de trinta porcento do vencimento básico do cargo efetivo, a partir do
laudo que reconhecer a periculosidade da atividade desenvolvida pelo servidor.

      § 2º  Enquanto devido, o adicional de periculosidade será considerado para cálculo das férias e da
gratificação natalina do servidor.

Art. 97 O adicional pela prestação de serviço extraordinário será devido à razão de cinquenta por cento sobre o
valor da hora normal de trabalho, por cada hora extraordinária realizada que exceder a jornada legal,
considerando para cálculo, o vencimento efetivo do servidor. 

      Parágrafo Único   Quando em regime de sobre-aviso, ou sob a forma de plantão, o adicional devido


corresponderá a um terço do vencimento efetivo do servidor, não incidindo nessas hipóteses, o disposto no
"caput" deste artigo.

Subseção V

 Do Adicional por Tempo de Serviço Extraordinário

Art. 98º  Ao servidor que realizar jornada laboriosa noturna para tanto considerada aquela realizada entre as
vinte e duas horas de um dia e as seis do dia seguinte, será devida um adicional noturno à razão de vinte
porcento do valor da respectiva hora normal diurna.

      § 1º  O trabalho noturno, cuja hora é computada com cinquenta e dois minutos e trinta segundos, poderá
ser suprimido pela Administração a qualquer tempo, não sendo incorporado ao vencimento do servidor
para quaisquer efeitos, cessando com a eliminação das condições que lhe deram causa.

      § 2º  Enquanto devido, o adicional noturno será considerado para cálculo das férias e da gratificação natalina.

Subseção VII

 Do Adicional Por Dia de Repouso Trabalhado

Art. 99º  O servidor que exerce atividade laboral em dias destinados ao repouso semanal e nos dias feriados,
caso não compensado com iguais dias de descanso subsequente, fará jus ao adicional de 100% por hora
trabalhada.

CAPÍTULO III

 DAS FÉRIAS

Seção I

 Do Direito a Férias e sua Duração

Art. 100º  O servidor fará jus, anualmente, ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração.

Art. 101º  Após cada período de doze meses de efetivo serviço, o servidor terá direito a férias, observados
os seguintes critérios:

       I-  férias de trinta dias, para o servidor que não contar com mais de cinco faltas injustificadas no serviço
durante o respectivo período aquisitivo;

       II-  férias de vinte e cinco dias, para o servidor que não contar com mais de dez faltas injustificadas no
serviço, durante o respectivo período aquisitivo;

       III-  férias de vinte dias, para o servidor que não contar com mais de quinze faltas injustificadas no
serviço, durante o respectivo período aquisitivo;

       IV-  férias de quinze dias, para o servidor que não contar com mais de vinte faltas injustificadas no
serviço, durante o respectivo período aquisitivo.

      § 1º  Não fará jus a férias o servidor que faltar injustificadamente ao serviço por mais de vinte dias, no
respectivo período aquisitivo.

      § 2º  Igualmente não fará jus a férias o servidor que, no respectivo período aquisitivo, estiver em
disponibilidade por mais de trinta dias, sendo-lhe assegurado, entretanto, a percepção de um terço da sua
remuneração.

      § 3º  É vedado descontar, no período de férias, as faltas do servidor ao serviço.


Art. 102º  Não serão consideradas faltas ao serviço as ausências decorrentes de concessões, licenças
e afastamentos previstos em lei, ocorridos no curso do respectivo período aquisitivo, naquelas hipóteses em que
o servidor continue percebendo a remuneração do cargo ou função normalmente, como se em exercício efetivo.

Art. 103º  Será descontado do período aquisitivo o tempo em que o servidor estiver ausente do serviço, em
razão de concessões, licenças e afastamentos em que o servidor deixar de perceber a remuneração do cargo ou
função exercida.

Art. 104º  Não terá direito a férias o servidor que, no curso do período aquisitivo, tiver gozado de licenças para
tratamento de saúde, por acidentes em serviço ou enfermidades profissional, ou por motivo de doença em pessoa

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da família, por mais de seis meses contínuos ou descontínuos, e de licença para tratar de interesses particulares
por qualquer prazo.

      § único:  Iniciar-se-á a contagem de novo período aquisitivo quando o servidor, cessado o impedimento,
retornar ao serviço efetivo.

Seção II

 Da Concessão e do Gozo das Férias

Art. 105º  As férias serão obrigatoriamente concedidas nos doze meses subsequentes ao decurso do
período aquisitivo e o respectivo período de gozo será único e ininterrupto.

      § 1º  Por motivo de calamidade pública, comoção interna ou superior interesse público, a Administração
poderá interromper o gozo das férias.

      § 2º Desde que haja concordância do servidor, as férias poderão ser usufruídas em  até 3 (três) períodos,
sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 (quatorze) dias corridos e os  demais não poderão ser inferiores
a 5 (cinco) dias corridos, cada um.  Alterado pela Lei Ordinária 4392/2021

Art. 106º  A concessã das férias, com indicação do respectivo período de gozo, será participado ao servidor, por
escrito e com antecedência mínima de quinze dias, mediante protocolo de recebimento.

      § 1º  Cabe à autoridade competente fixar, a seu exclusivo critério e no interesse do serviço, o período de
gozo das férias a que fizer jus o servidor, observando rotatividade anual da escala.

      § 2º  Aos servidores casados entre si ou que entre si vivem maritalmente há mais de cinco anos, será
permitido gozar férias, preferencialmente, conjuntas, desde que atendidos aos demais requisitos aquisitivos desse
direito por cada qual, e de que haja compatibilidade respectiva para tanto, ressalvado o interesse do serviço.

Art. 107º  É vedado à Administração deixar de conceder as férias a que fizer jus o servidor, sob pena de,
decorrido o respectivo período de gozo sem sua concessão, arcar com o correspondente pagamento em dobro,
desde que o requerimento para gozo das férias tenha sido protocolado pelo servidor até 60 dias antes do término
do período concessivo.

Seção III

 Da Remuneração das Férias

Art. 108º  O servidor perceberá durante as férias a remuneração integral a que fizer jus, acrescida em um terço.

      § 1º  Os adicionais e gratificações percebidos no período aquisitivo, serão proporcionalmente computados
à razão de um doze avos para cada mês de efetivo pagamento, pelos respectivos valores vigentes no
mês antecedente ao das férias.

      § 2º  A remuneração a que fizer jus o servidor lhe será paga dentro dos cinco dias anteriores o início
do respectivo gozo, se dentro do mesmo exercício, vedada qualquer outra antecipação.

Art. 109º  A critério da Administração poderá haver a conversão de até um terço do período total de férias a
que fizer jus o servidor, em pagamento em pecúnia, ressalvadas aquelas hipóteses em que o mesmo não
tenha adquirido direito ao seu gozo.

Art. 110º  Ocorrendo revisão de remuneração no curso das férias, a que faça jus o servidor no gozo das
mesmas, o valor da diferença lhe será pago dentro do mês subsequente ao seu retorno ao serviço.

Seção IV

 Dos Efeitos da Exoneração e da Demissão

Art. 111º  No caso de exoneração ou demissão será devida ao servidor a remuneração correspondente ao
período de férias cujo direito tenha adquirido, na proporção de um doze avos por mês de serviço efetivo,
observados os critérios enunciados pelo artigo 101.

CAPÍTULO IV

 DAS LICENÇAS

Seção I

 Disposições Gerais

Art. 112º  Conceder-se-á licença ao servidor:

       I-  em razão de gestação;

       II-  por adoção;

       III-  em razão de paternidade;

       IV- para serviço militar nos termos desta Lei; Alterado pela Lei 4372/2021

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       V-  para atividade política;

       VI-  para desempenho de mandato classista;

       VII-  para tratar de interesse particular;

       VIII-  para tratamento de saúde;

       IX-  prêmio assiduidade; e

       X-  por motivo de doença em pessoa da família.

      § 1º  O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a vinte e
quatro meses, exceção das hipóteses dos incisos IV, V, VI e VIII.

      § 2º  A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie, será
considerada como prorrogação da antecedente, para todos os efeitos.

      § 3º  (Vetado).

      § 4º  (Vetado).

Seção II

 Da Licença à Gestante

Art. 113º  A servidora gestante, sem prejuízo de sua remuneração, será concedida licença de cento e vinte
dias consecutivos, mediante a apresentação de atestado médico probatório da sua gravidez e do tempo de
gestação, a contar do nono mês de gravidez.

      § 1º  Ocorrendo nascimento prematuro, a licença terá início por ocasião do parto.

      § 2º  Por prescrição médica circunstanciada, a licença poderá ser antecipada.

      § 3º  Em caso de aborto não criminoso ou de falecimento do filho por ocasião ou imediatamente após o
parto, será concedida licença de sessenta dias.

Art. 114  Fica assegurado à servidora, após o nascimento do filho e até que este complete seis meses de idade, o
direito de afastar-se do trabalho por uma hora pela manhã e por uma hora à tarde, para amamentação,
sem prejuízo da sua remuneração, mediante prévia convenção junto ao superior hierárquico.

Seção III

 Da Licença Adotante

Art. 115. À servidora que adotar ou judicialmente receber a guarda de criança menor de 02 (dois) anos, será
concedida licença de 90 (noventa) dias consecutivos, sem prejuízo de sua remuneração, mediante apresentação
de documento hábil.

§ 1º A doação ou guarda de criança maior de 02 (dois) anos e menor de 07 (sete) anos, ensejará uma licença de
60 (sessenta) dias consecutivos.

§ 2º Ao servidor solteiro que adotar ou judicialmente receber a guarda de criança, aplicar-se-á o disposto no
“caput” e no § 1º deste artigo.

§ 3º Ao servidor em relacionamento homoafetivo, desde que na condição de casado ou em união estável


legalmente reconhecida, que adotar ou judicialmente receber a guarda de criança, serão aplicadas as regras do
“caput” e do § 1º deste artigo, desde que o mesmo não tenha sido ou venha a ser aplicado a seu(ua) cônjuge ou
companheiro(a). Alterada pela Lei 4338/2021

Seção IV

 Da Licença Paternidade

Art. 116. Ao servidor que se tornar pai será concedida licença de 05 (cinco) dias consecutivos, sem prejuízo de
sua remuneração, mediante prévia ou subsequente apresentação de certidão de nascimento do filho.

§ 1º Igual licença será concedida nos casos de adoção ou guarda judicial de menor de 07 (sete) anos, mediante
apresentação de documento hábil.

§ 2º No caso de não ser possível a concessão de licença adotante ao servidor pelos motivos da segunda parte do
§ 3º do artigo 115, conceder-se-á licença paternidade aos moldes do “caput” e do § 1º deste artigo.

§ 3º No caso de casal homoafetivo, à servidora adotante, cuja cônjuge ou companheira legalmente reconhecida já
tenha obtido a licença maternidade ou adotante, aplicar-se-á as regras do § 2º deste artigo.  Alterada pela Lei
4338/2021

Seção V

 Da Licença para o Serviço Militar

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Art. 117º Ao servidor efetivo convocado para o serviço militar obrigatório ou outros  encargos de segurança
nacional, será concedida licença, sem remuneração. Alterada pela Lei 4372/2021  

      § 1º  A licença será concedida mediante apresentação de documento oficial comprobatório da convocação.

      § 2º  O servidor desincorporado deverá reassumir o exercício efetivo do cargo dentro do prazo de quinze dias
se a desincorporação ocorrer no Estado, e dentro do prazo de trinta dias se a desincorporação ocorrer em
outro Estado da Federação.

      § 3º Eventuais licenças concedidas aos servidores convocados para o serviço militar  voluntário em período
anterior à edição desta Lei restarão mantidas até o limite da convocação e  de eventuais renovações. Adicionado
pela Lei 4372/2021 

      § 4º Consideram-se como “outros encargos de segurança nacional”, para os fins  desta Lei, a convocação, de
servidor que possua vínculo efetivo e vitalício, desde que  constitucionalmente permitido, também com Força
Armada ou Força Auxiliar: Adicionado pela Lei 4372/2021 

      a) para curso de aperfeiçoamento militar;  

      b) para a execução em manobras ou outros exercícios em terreno;

      c) para operação de paz;  

      d) para compor delegação oficial representando a República Federativa do Brasil;  e) para atender outras
situações que não podem ser recusadas pelo servidor  enquanto militar.  

Seção VI

 Da Licença Para Atividade Política

Art. 118º  O servidor efetivo terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre
sua escolha, em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua
candidatura perante a Justiça Eleitoral.

      § 1º  O servidor efetivo candidato a cargo eletivo que exerça cargo em comissão ou função gratificada, cargo
de arrecadação ou fiscalização, dele será afastado a partir do dia imediato ao registro de sua candidatura perante
a Justiça Eleitoral até o dia seguinte ao do pleito.

      § 2º  A partir do registro da candidatura e até o quinto dia subsequente ao da eleição, o servidor efetivo fará
jus à licença remunerada, como se em efetivo exercício estivesse.

      § 3º Não se aplica as disposições deste artigo ao servidor de cargo em comissão de livre nomeação  e
exoneração pelo Prefeito, os quais a partir do Registro da Candidatura serão exonerados de suas funções. 

Seção VII

 Da Licença para Desempenho de Mandato Classista

Art. 119º  É assegurado ao servidor efetivo o direito de licenciar-se, com remuneração, para desempenhar
a direção de associações e/ou sindicato classista representativa de municipários.

      § único:  Somente poderão licenciar-se três servidores eleitos para cargos de direção, indicados
pelo Sindicato e/ou Associação Classista, e a licença terá a duração igual ao mandato, podendo ser prorrogada
em caso de reeleição.

Seção VIII

 Da Licença para tratar de Interesses Particulares

Art. 120º  A pedido do interessado, poderá ser concedida ao servidor efetivo estável licença para tratar
de interesses particulares, pelo prazo de até dois anos consecutivos sem remuneração.

      § único:  A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo a pedido do servidor ou no interesse do serviço.

Art. 121º  Não será concedida nova licença antes de decorridos dois anos do término da anterior.

Seção IX

 Da Licença-Prêmio por Assiduidade

Art. 122º  Após cada decênio de ininterrupto e efetivo exercício no cargo, o servidor efetivo fará jus a três
meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, com a remuneração do cargo efetivo.

Art. 123º  Não se concederá licença-prêmio ao servidor que, no período aquisitivo:

       I-  afastar-se do cargo em virtude de:

       a)  licença para tratar de interesse particular;

       b)  licença para atividade política;

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       c)  licença para desempenho de mandato classista;

       d)  condenação a pena privativa de liberdade, por sentença definitiva.

      § único:  As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença na proporção de um mês para
cada falta, e as suspensões retardarão a concessão da licença na proporção de três meses por cada dia
de suspensão.

Art. 124º  O número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não poderá ser superior a um terço
da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou entidade.

Art. 125º  A licença-prêmio deverá ser gozada dentro do período aquisitivo subsequente, por solicitação
do servidor e com a anuência da Administração, podendo ser fruída juntamente com as férias a que
eventualmente fizer jus o servidor, desde que tal venha a ser postulado por escrito com antecedência de sessenta
dias.

Art. 126º  A licença-prêmio que deixar de ser gozada no período de gozo, restará prejudicada, sendo vedado
ao servidor fruí-la depois de decorrido esse prazo, não lhe sendo gerado qualquer direito ou indenização.

      § único:  A licença-prêmio poderá ser convertida em pecúnia, a pedido do servidor e a critério
da Administração, desde que requerida por escrito no curso do período aquisitivo.

Art. 127º  Para efeito da aposentadoria, é vedado contar o tempo de licença-prêmio que o servidor deixar
de gozar, como tempo de serviço ficto ou em dobro.

Seção X

 Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 128º  Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido e com base em
inspeção médica oficial credenciada, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

Art. 129º  A Licença terá a duração igual ao prazo assinado na inspeção médica referida.

Art. 130º  A remuneração do servidor durante os primeiros quinze dias de licença será suportada às
expensas exclusivas do Município, e, após esse prazo, a remuneração do servidor submeter-se-á aos ditames
de seguridade social mantidos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS, instituído e mantido pela
União.

Art. 131º  No caso de nova licença dentro de sessenta dias da anterior, a remuneração será
devida exclusivamente mediante custeio do referido órgão público federal.

Art. 132º  Aplicam-se as disposições acima nos casos de moléstia profissional ou acidente do trabalho.

Art. 133º  Para assegurar ao servidor licenciado para tratamento de saúde a integralidade da remuneração que
fizer jus, o Município complementará os benefícios concedidos pelas entidades integrantes do Instituto
Nacional de Seguridade Social - INSS, na conformidade do estatuído pelo artigo 233 adiante.

Seção XI

 Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 134  Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais,
dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva as suas expensas e conste do seu
assentamento funcional, devendo a necessidade da licença ser comprovada por perícia médica oficial. Alterada
por LEI ORDINARIA n° 3579/2014, 22/12/2014

      § 1°  A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser
prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário. Alterada por LEI
ORDINARIA n° 3579/2014, 22/12/2014

      § 2°  A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze
meses nas seguintes condições; Alterada por LEI ORDINARIA n° 3579/2014, 22/12/2014

       I-  por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; Incluído por LEI
ORDINARIA n° 3579/2014, 22/12/2014

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       II-  do 61° dia ao 120° dia, consecutivos ou não, mantida 50% da remuneração do servidor Incluído por LEI
ORDINARIA n° 3579/2014, 22/12/2014

      § 3°  O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a partir da data do deferimento da primeira
licença concedida. Alterada por LEI ORDINARIA n° 3579/2014, 22/12/2014

      § 4°  A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as respectivas
prorrogações, concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses, observado o disposto no § 3º, não poderá
ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2°. Alterada por LEI ORDINARIA n° 3579/2014,
22/12/2014

      § 5°  Em caso de cônjuges, irmãos, ou demais parentes que sejam servidores públicos municipais, a licença
por motivo de doença na família para fins de tratamento do mesmo parente ficará limitada ao prazo máximo de
120 dias a cada 12 meses, nos moldes previstos no § 2° deste artigo, aqui considerados ambos os semidores.
Incluído por LEI ORDINARIA n° 3579/2014, 22/12/2014

CAPÍTULO V

 DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO

Art. 135 Os servidores efetivos e os do quadro em extinção, enquanto perdurar esta  situação, poderão ser
cedidos com ou sem remuneração, por ato isolado ou mediante permuta,  para exercício em outro órgão ou
entidade dos poderes da União, dos Estados, da Assembleia  Legislativa, da Câmara de Vereadores, dos
Municípios, das Fundações, das Autarquias, Empresas  Públicas e Entidades Educacionais sem fins lucrativos,
bem como para as Entidades  Assistenciais, Comunitárias ou Filantrópicas, que prestem serviços médicos e 
assistenciais comprovados, extensivos a toda comunidade e nas seguintes hipóteses:  Alterado pela Lei Ordinária
4392/2021

       a)  para exercício de cargo de idêntica natureza ou com atribuições similares; Alterada por LEI ORDINARIA
n° 1477/1999, 27/12/1999

       b)  para implemento de obrigações assumidas em convênios, consórcios ou contratos; Alterada por LEI
ORDINARIA n° 1477/1999, 27/12/1999

       c)  no interesse público ou comunitário; e Alterada por LEI ORDINARIA n° 1477/1999, 27/12/1999

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       d)  em casos previstos em leis especificas: Alterada por LEI ORDINARIA n° 1477/1999, 27/12/1999

      § 1º  A responsabilidade pelo ônus da cedência será estabelecida no ato concessor e o tempo de afastamento
será considerado para todos os fins e efeitos em razão da necessidade da Administração Pública. Alterada por
LEI ORDINARIA n° 1477/1999, 27/12/1999

      § 2º  As cedências, quando ao mais, serão regidas supletivamente pela lei Municipal nº 486, de 22.12.89.

CAPÍTULO VI

 DAS CONCESSÕES

Art. 136º  Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:

       I-  por quatro dias a cada ano, para doação de sangue;

       II-  até dois dias, para alistamento eleitoral;

       III-  até oito dias consecutivos, por motivo de:

       a)  casamento; e

       b)  falecimento de cônjuge ou companheiro, ascendente ou filhos de qualquer condição, ou menor sob
guarda judicial ou tutela, ou de irmãos;

       IV-  por tantos dias quantos forem os de realização de concurso público ou provas seletivas para ingresso
em curso de segundo grau ou curso superior.

Art. 137º  Deverá ser concedido horário de trabalho especial ao servidor efetivo estudante, quando comprovada
a incompatibilidade entre o horário escolar e o da sua jornada normal de trabalho sem prejuízo do exercício
do cargo, desde que não ocorra comprometimento do serviço.

      § 1º  Se houver possibilidade de frequência escolar em horário compatível com a jornada de trabalho, não
se aplicará o benefício deste artigo.

      § 2º  Mediante a devida comprovação, com antecedência de três dias, o servidor efetivo estudante
poderá ausentar-se durante os dias de realização de provas finais, sem prejuízo da remuneração, tudo
condicionado à jornada compensatória.

CAPÍTULO VII

 DO TEMPO DE SERVIÇO


Art. 138º  O tempo de serviço do servidor será contado segundo as normas a seguir enunciadas.

Art. 139º  A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerando o
ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.

Art. 140º  Além das ausências ao serviço previstos nos artigos 136 e 137, são considerados como de
efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

       I-  férias;

       II-  exercício de cargo em comissão ou função gratificada no Município ou em órgão ou entidade dos
Poderes da União, dos Estados e do Distrito Federal;

       III-  participação de programa de treinamento ou aperfeiçoamento regularmente instituído pela Administração;

       IV-  convocação para o serviço militar obrigatório ou outros encargos de segurança  nacional; Alterado pela
Lei 4372/2021

       V-  júri e outros serviços obrigatórios por Lei;

       VI-  missão oficial; e

       VII-  licenças:

       a)  à gestante, à adotante e à paternidade;

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       b)  para tratamento de saúde, inclusive por moléstia profissional ou acidente de trabalho;

       c)  prêmio por assiduidade, quando efetivamente gozada.

       VIII-  exercício de mandato eletivo, exceto para desenvolvimento funcional, mantido o tempo de serviço.

       IX-  licença para desempenho de mandato classista.

Art. 141  Computar-se-á tão somente para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

       I-  o tempo de serviço público prestado a órgãos e entidades dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;

       II-  a licença para atividade política, na hipótese enunciada pelo artigo 118, § 2º

       III-  o tempo em disponibilidade remunerada;

       IV-  o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social, consoante a legislação
federal pertinente dispuser, desde que nos últimos cinco anos o servidor tenha mantido as contribuições
obrigatórias estabelecidas em Lei ante referido órgão federal.

      § 1º  Para os efeitos deste artigo o tempo de serviço não poderá ser contado com quaisquer acréscimos,
ou tempo ficto em dobro.

      § 2º  O tempo em que o servidor esteve aposentado ou em disponibilidade será apenas contado para
nova aposentadoria ou disponibilidade.

      § 3º  É vedada a contagem acumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um
cargo ou função em órgão ou entidade do Município, ou dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal,
e dos Municípios, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

CAPÍTULO VIII

 DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 142º  É assegurado ao servidor o direito de requerer ante a Administração, em defesa de direito ou
de legítimo interesse, observado o que segue:

       I-  o requerimento será escrito e dirigido à autoridade competente para decidir;

       II-  a decisão deverá ser exarada dentro do prazo de trinta dias contados da data do protocolo do
requerimento perante a autoridade superior a que estiver subordinado o requerente;

       a)  em sendo requeridas ou determinadas diligências, esse prazo será prorrogado em igual tempo.

Art. 143º  Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato, prolatado despacho
ou proferido a primeira decisão, que não poderá ser renovado.

      § único:  O pedido de reconsideração observará quanto ao respectivo processamento, as


disposições enunciadas no artigo antecedente.

Art. 144º  Caberá recurso ao Prefeito Municipal ou dirigente superior de entidade, como última instância,
sendo indelegável e definitiva sua decisão:

       I-  do indeferimento do requerimento;

       II-  do indeferimento do pedido de reconsideração.

      § 1º  O recurso será apresentado perante autoridade que houver proferido a decisão recorrida.

      § 2º  Terá efeito de recurso o pedido de reconsideração quando o ato, despacho ou decisão houver
sido exarada pelo Prefeito Municipal ou dirigente superior de entidade.

      § 3º  O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou recurso é de quinze dias, contados
da publicação ou ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

Art. 145º  O pedido de reconsideração e o recurso não terão efeito suspensivo, e, se providos, os efeitos
da decisão retroagirão à data do ato, despacho ou decisão impugnada.

Art. 146º  O direito de requerer prescreve:

       I-  em um ano, quanto aos atos de demissão e cassação de disponibilidade ou que afetem direito patrimonial
ou créditos resultantes das relações estatutárias, e

       II-  em cento e oitenta dias, nos demais casos.

      § 1º  O prazo de prescrição será contado da data da publicação ou ciência do ato impugnado, pelo
interessado.

      § 2º  O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis e tempestivos, interrompem a prescrição.

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      § 3º  Interrompida a prescrição, o prazo começa a correr pelo restante, da data em que cessar a interrupção.

Art. 147º  Para o exercício do direito de petição, é assegurado vista do processo ou documento, ao servidor ou
ao procurador por ele constituído.

Art. 148º  São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste capítulo.

Art. 149º  A prescrição é de ordem público, não podendo ser relevada pela Administração.

Art. 150º  A Administração deverá rever seus atos quando eivados de nulidade.

TÍTULO V

 DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I

 DOS DEVERES

Art. 151º  São deveres do servidor:

       I-  exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo ou função;

       II-  lealdade às instituições a que servir;

       III-  observância das normas legais e regulamentares;

       IV-  cumprimento das ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

       V-  atender com presteza:

       a)  ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

       b)  à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de
interesse pessoal;

       c)  às requisições para a defesa da Fazenda Municipal.

       VI-  levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo
ou função;

       VII-  zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público;

       VIII-  guardar sigilo sobre assuntos do órgão ou entidade;

       IX-  manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

       X-  ser assíduo e pontual ao serviço;

       XI-  tratar com urbanidade as pessoas;

       XII-  representar contra ilegalidade ou abuso de poder;

       XIII- apresentar-se ao serviço convenientemente trajado ou com uniforme regulamentar, e com asseio e
higiene adequados; 

       XIV-  observar as normas de segurança em medicina do trabalho, assim como o uso obrigatório
dos equipamentos de proteção individual (EPI) fornecidos ou postos à disposição;

       XV-  apresentar relatórios de suas atividades nos casos e prazos regulamentares, ou quando determinado
pela autoridade competente; 

       XVI-  frequentar os cursos e treinamentos instituídos pela Administração para treinamento e


aperfeiçoamento; 

       XVII-  sugerir providências tendentes ao aprimoramento e melhoria do serviço, e 

       XVIII-  observar os requisitos enunciados no artigo 28, naquilo que couber.

      Parágrafo Único   As denúncias e representações de que tratam os incisos VI e XII serão apresentados
perante o superior hierárquico, o qual, em caso de omissão ou comissão para com a devida apuração assumirá
a condição de co-autor da irregularidade, ilegalidade, abuso de poder ou falta cometida.

CAPÍTULO II

 DAS PROIBIÇÕES

Art. 152º  Ao servidor é proibido:

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07/01/2022 17:58 Lei Ordinária Nº 681/1991 - Câmara Municipal de Gravataí
       I-  ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização escrita do superior
hierárquico imediato;

       II-  retirar sem prévia autorização escrita da autoridade competente, qualquer documento ou objeto do local
de trabalho;

       III-  recusar fé a documentos públicos;

       IV-  opor resistência injustificada ou retardar indevidamente ao processamento de documentos e andamento


de processos, execução de serviços, cumprimento de prazos legais e regulamentares, atendimento de
ordens superiores ou observância de normas regulamentares;

       V-  promover manifestações de desapreço no local de trabalho;

       VI-  referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos atos do Poder
Público, mediante manifestações escrita ou oral;

       VII-  cometer à pessoa estranha ao serviço, fora dos casos previstos em lei ou regulamento, o desempenho
de encargo que seja de sua competência ou de seu subordinado;

       VIII-  compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação a entidade classista ou a partido político;

       IX-  manter sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau civil, salvo
se decorrente de nomeação através de concurso público;

       X-  valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade
da função pública;

       XI-  atuar, como procurador ou intermediário, junto a órgãos e entidades públicas, salvo quando se tratar
de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até segundo grau civil;

       XII-  receber propina, comissão, honorário, presente ou vantagem de qualquer espécie ou natureza, em
razão de suas atribuições;

       XIII-  aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro, sem licença prévia da
autoridade competente, nos termos da Lei;

       XIV-  praticar usura sob qualquer de suas formas;

       XV-  proceder de forma desidiosa no desempenho das funções;

       XVI-  cometer a outro servidor, subordinado ou não, atribuições estranhas às do cargo ou função que
ocupa, exceto em situações de emergência e eminentemente transitórias;

       XVII- 

       XVIII-  desempenhar qualquer atividade incompatível com o exercício do cargo ou  função, ou, havendo
compatibilidade, que possa gerar confusão de interesses entre os do servidor e  o público.  Alterado pela Lei
Ordinária 4392/2021

       XIX- sendo agente público municipal, celebrar com o Município, por si ou  interposta pessoa, contratos de
natureza comercial, industrial, de prestação de serviços ou civil, ou  sendo agente público das entidades
municipais, celebrar com aquela a que integra, por si ou  interposta pessoa, contratos de natureza comercial,
industrial, de prestação de serviços ou civil;  Alterado pela Lei Ordinária 4392/2021

       XX-  incorrer em quaiquer uma das hipóteses tipificadas pelo artigo 29.

Art. 153º  É licito ao servidor criticar os atos do Poder Público do ponto de vista doutrinário ou da organização
do serviço, em trabalho assinado.

CAPÍTULO III

 DA ACUMULAÇÃO

Art. 154º  Ressalvados os casos previstos na Constituição Federal, é vedada a acumulação de cargos públicos.

      § 1º  A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.

      § 2º  A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade
de horários.

Art. 155º  O servidor não poderá exercer mais de um argo em comissão nem ser remunerado pela
participação em órgão de deliberação coletiva.

Art. 156º  O servidor vinculado ao regime desta lei, que acumula licitamente dois cargos, quando investido em
cargo de provimento em comissão ficará afastado de ambos os cargos efetivos, recebendo sua remuneração nos
termos da legislação referida pela artigo 86.

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07/01/2022 17:58 Lei Ordinária Nº 681/1991 - Câmara Municipal de Gravataí

      § único:  O afastamento previsto neste artigo ocorrerá apenas em relação a um dos cargos, se
houver compatibilidade de horários.

Art. 157º  O servidor aposentado por tempo de serviço poderá, sem prejuízo dos respectivos proventos,
exercer cargo de provimento em comissão, tal não tipificando acumulação remunerada.

CAPÍTULO IV

 DAS RESPONSABILIDADES

Art. 158º  O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 159º  A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em
prejuízo ao Erário, ou patrimônio público ou a terceiros.

      § 1º  A indenização de prejuízo causado ao Município poderá ser liquidada na forma prevista nos artigos 71
e 72.

      § 2º  Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o servidor perante a Fazenda


Municipal, regressivamente.

      § 3º  A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores a qualquer título e contra eles será
executada, até o limite do valor da meação, legítima ou herança recebida.

Art. 160º  A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nesta qualidade.

Art. 161º  A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, praticado
no desempenho ou em razão do cargo ou função.

Art. 162º  As sanções civis, penais e administrativas poderão acumular-se, sendo independentes entre si.

Art. 163º  A responsabilidade administrativa ou civil do servidor será afastada no caso de abolvição criminal.

CAPÍTULO V

 DAS PENALIDADES

Art. 164º  São penalidades disciplinares:

       I-  advertência;

       II-  suspensão;

       III-  demissão;

       IV-  exoneração;

       V-  cassação de disponibilidade ou aposentadoria;

       VI-  destituição de cargo em comissão ou função gratificada.

Art. 165º  Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida,
os danos que dela provieram para o serviço, o patrimônio público ou para o Erário Municipal, as
circunstâncias agravantes ou atenuantes, e os antecedentes funcionais, não podendo ser aplicada mais de uma
pena disciplinar pela mesma infração.

      § único:  Nos casos de infrações simultâneas, a maior absorve a menor, refletindo essa como circunstância
agravante na gradação da penalidade.

Art. 166º  A aplicação de pena disciplinar poderá ser acumulada com a perda parcial ou total de vantagens,
na forma da Lei.

Art. 167º  A advertência ou a suspensão serão aplicadas, a critério da autoridade competente, com
observância das disposições antecedentes, por escrito, quando da inobservância de dever funcional previsto em
Lei, regulamento ou norma interna e nos casos de proibição que não tipifique infração sujeita a penalidade
de demissão.

Art. 168º  A suspensão não poderá exceder de trinta dias, no curso da qual o servidor deixará de
perceber qualquer remuneração proporcional, por dia de suspensão.

Art. 169  Será aplicada ao servidor a pena de demissão nos casos de:

       I-  crime contra a Administração Pública;

       II-  abandono de cargo ou função, por prazo ininterrupto igual ou superior a trinta dias;

       III-  indisciplina ou insubordinação graves ou reiteradas;

       IV-  inassiduidade ou impontualidade habituais;

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       V-  improbidade administrativa;

       VI-  incontinência pública e conduta escandalosa;

       VII-  ofensa física, em serviço, a servidor ou terceiro, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

       VIII-  uso ou aplicação irregular de dinheiro público;

       IX-  revelação de segredo apropriado em razão de cargo ou função;

       X-  lesão aos cofres públicos e delapidação do patrimônio municipal;

       XI-  corrupção ativa ou passiva;

       XII-  acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

       XIII-  transgressão ao artigo 152, incisos X à XX, observadas as disposições antecedentes.

Art. 170º  A acumulação de que trata o inciso XII, do artigo anterior acarreta a demissão dos cargos, empregos
ou funções, concedendo-se ao servidor o prazo de cinco dias para optar e permanecer no exercício de tão
somente um deles.

      § 1º  Se comprovado que a acumulação se deu por má fé o servidor será demitido em todos os
cargos, empregos ou funções, sendo obrigado a restituir o que houver recebido indevidamente dos cofres
públicos.

      § 2º  Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos, empregos ou funções exercido em órgão
ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, e dos Municípios, a demissão será
comunicada ao órgão ou entidade onde ocorrer a acumulação.

Art. 171º  A demissão nos casos dos incisos V, VIII e X, do artigo 169, implica em disponibilidades de bens
e ressarcimento ao Erário municipal sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 172º  Configura abandono de cargo ou função a ausência injustificada ou intencional do servidor ao


serviço, por mais de trinta dias consecutivos, ou noventa dias intercalados.

Art. 173º  A demissão por inassiduidade ou impontualidade somente será aplicada quando caracterizada
a habitualidade de modo a representar falta ao serviço, sem causa justificadas, por sessenta
dias, interpoladamente, durante um período de vinte e quatro meses, ou ainda, quando caracterizar séria violação
dos deveres e obrigações do servidor, após anteriores punições por advertências ou suspensão.

Art. 174º  O ato de imposição de pena disciplinar mencionará sempre o embasamento legal e sua fundamentação.

Art. 175º  A demissão por infringência do artigo 152, incisos X a XII, e a destituição de cargo ou função prevista
no artigo 164, inciso VI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo ou função pública
municipal, pelo prazo mínimo de cinco anos.

      § único:  Não poderá retornar ao serviço público municipal o servidor que for demitido por infringência do
artigo 169, incisos I, V, VIII, X e XI.

Art. 176º  A pena de destituição de cargo em comissão ou função gratificada, implica na impossibilidade de ser
o servidor investido em cargos funções dessa natureza durante o período de dois anos, contados do ato
da punição.

Art. 177º  Será cassada aposentadoria e a disponibilidade se restar comprovado que o inativo:

       I-  que houver praticado na atividade, falta punível com a pena de demissão;

       II-  que houver aceitado ilegalmente cargo ou função pública;

       III-  que houver praticado usura, em qualquer de suas formas, ou corrupção ativa ou passiva, quando
em atividade.

Art. 178º  A pena de destituição de cargo em comissão ou função gratificada, será aplicada ao servidor:

       I-  quando verificada falta de exação no exercício de suas atribuições;

       II-  quando apurado que, por omissão ou comissão, o servidor contribuiu para que não fosse apurado, no
devido tempo, irregularidade no serviço.

      § único:  A aplicação da penalidade deste artigo não implica na perda automática do cargo efetivo.

Art. 179º  As penalidades disciplinares serão aplicadas:

       I-  pelo Prefeito Municipal ou dirigente superior de entidade, as penas de demissão, exoneração ou
destituição, e cassação de aposentadoria e disponibilidade;

       II-  pelos Secretários do Município e demais autoridades com igual competência ou delegação, as
de advertência e suspensão, quando para tanto forem investidas pelo Prefeito Municipal.

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Art. 180º  As penas disciplinares imputados ao servidor serão registradasem seu assentamento funcional.

Art. 181º  A ação disciplinar prescreverá:

       I-  em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, exoneração ou destituição, e cassação
de aposentadoria e disponibilidade;

       II-  em três anos, quanto às infrações puníveis com suspensão;

       III-  em dois anos, quanto às infrações puníveis com advertência.

      § 1º  O prazo de prescrição começa a correr da data em que a autoridade competente tiver ciência
inequívoca da existência da falta.

      § 2º  A abertura de sindicância ou instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição.

      § 3º  Na hipótese do parágrafo anterior, todo o prazo começa a correr novamente, do dia da interrupção.

TÍTULO VI

 DO PROCESSO DISCIPLINAR

CAPÍTULO I

 DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 182º  A autoridade ou superior hierárquico que tiver ciência da irregularidade no serviço público é obrigado
a promover a sua apuração imediata mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada
ao acusado ampla defesa.

Art. 183º  Quando a falta cientificada, de modo evidente, não configurar infração disciplinar ou ilícito penal,
o procedimento será arquivado, por falta de objeto.

Art. 184º  As irregularidades serão apuradas por meio de:

       I-  sindicância, quando não houver elementos suficientes para sua determinação imediata ou para
identificação do servidor faltoso;

       II-  processo administrativo, quando a sua gravidade, decorrente de denúncia ou representação formulada
por escrito, com identificação do subscritor, ou decorrente de prévia sindicância, ensejar a demissão ou cassação
da aposentadoria ou da disponibilidade, do servidor faltoso.

CAPÍTULO II

 DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 185º  Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da
irregularidade imputada, ou torne-se necessário ou recomendável seu afastamento, a autoridade competente
poderá determinar a suspensão preventiva do servidor, fundamentadamente, por até sessenta dias, prorrogáveis
por mais trinta dias, sem prejuízo da remuneração.

      § único:  Findo o prazo para afastamento, ou sua prorrogação, cessarão os efeitos da suspensão preventiva,
retornando o servidor ao serviço, ainda que não concluído o procedimento disciplinar.

CAPÍTULO III

 DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR

Art. 186º  O procedimento disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor


por irregularidade no serviço público, com a subsequente imposição da pena disciplinar cabível.

Art. 187º  O procedimento disciplinar será conduzido por três servidores designados pela autoridade
competente, sendo um deles indicado pela entidade classista dos municipários interessada.

      § 1º  A sindicância será cometida a comissão sindicante de 3 servidores, considerando o fato a ser apurado,
à critério da autoridade competente, os quais poderão ser dispensados de suas atribuições normais ate
a apresentação do relatório conclusivo.

      § 2º  O processo administrativo disciplinar será conduzido por comissão processante, composta de 3
servidores estáveis, de hierarquia superior ou igual à do acusado, um dentre eles designado para presidi-la, os
quais poderão ser dispensados de suas atribuições normais até a apresentação do relatório conclusivo. Alterada
por LEI ORDINARIA n° 1103/1997, 14/04/1997

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      § 3º  O que preside a comissão sindicante e processante, deverá ser formada preferencialmente em Direito.

Art. 188º  A Comissão Sindicante e a Comissão Processante exercerão suas atribuições e responsabilidades
com independência e imparcialidade, assegurando o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo
interesse da Administração.

      § 1º  Não poderá conduzir procedimento disciplinar parente do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta
ou colateral, até o terceiro grau civil.

      § 2º  Poderá ser designado servidor para secretariar as comissões, podendo a designação recair dentre um
de seus membros.

Art. 189º  O procedimento disciplinar se inicia com a publicação do ato que designar a comissão sindicante ou
a comissão processante, e compreenderá:

       I-  Sindicância e/ou processo administrativo disciplinar;

       II-  instrução e relatório conclusivo, e

       III-  decisão.

Seção I

 Da Sindicância

Art. 190º  A sindicância deverá ser instaurada por Portaria do Prefeito Municipal, com observância das cautelas
do artigo 187 e seu parágrafo 1º.

      § 1º  A sindicância será processada de forma sumaríssima, com os depoimentos e diligências necessárias
ao esclarecimento do ocorrido, e à identificação do responsável pela falta quando for o caso.

      § 2º  No curso da sindicância serão ouvidos o denunciante e o acusado, se já identificado.

      § 3º  Dentro do prazo de trinta dias, prorrogáveis por mais trinta dias à critério da autoridade competente, far-
seá o relatório conclusivo da sindicância.

Art. 191º  Concluída a sindicância, seu relatório será apresentado ao Prefeito Municipal, que decidirá com
base nos elementos apurados, por:

       I-  aplicação das penalidades de advertência ou suspensão do acusado;

       II-  instauração de processo administrativo disciplinar;

       III-  arquivamento da sindicância.

      § 1º  O Prefeito Municipal, entendendo que os fatos não se encontram devidamente elucidados, devolverá
a sindicância para novas providências, dentro do prazo máximo de dez dias.

      § 2º  Concluídas as diligências complementares, o Prefeito Municipal decidirá na forma do "caput" deste
artigo.

Art. 192º  Nas hipóteses de aplicação de pena de advertência ou suspensão, o acusado terá assegurada
ampla defesa sendo-lhe facultado exercer esse direito na conformidade do artigo 207.

Seção II

 Do Processo Administrativo Disciplinar

Art. 193º  O processo administrativo disciplinar deverá ser instaurado por Portaria do Prefeito Municipal,
com observância das cautelas do artigo 187 e seu parágrafo 2º.

      § 1º  O processo administrativo disciplinar será sempre contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa,
que poderá ser exercida pelos meios e recursos admitidos na Lei.

      § 2º  A denúncia formulada por escrito, ou o relatório da sindicância, conforme o caso, integrará o
processo administrativo disciplinar, como peça informativa da instrução.

      § 3º  Na hipótese do relatório da sindicância concluir pela prática de crime, a autoridade competente oficiará
à autoridade policial, para instalação de inquérito penal, sem prejuízo ao processamento do processo
administrativo disciplinar.

Art. 194º  O Prazo para conclusão do processo administrativo disciplinar não excederá de sessenta dias,
podendo a critério da autoridade processante, ser prorrogado por mais trinta dias, quando as circunstâncias assim
o exigirem.

Art. 195º  As reuniões e audiências da comissão serão registradas em atas, que deverão transcrever
os depoimentos colhidos e as decisões exaradas.

      § único:  Ao instaurar os trabalhos, o Presidente determinará a autuação da portaria e demais

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peças existentes, e designará dia, hora e local para a primeira audiência, assim como a citação inicial do
acusado.

Art. 196º  O acusado deverá ser citado pessoalmente para comparecer à audiência inicial e nela depor, por
termo de citação do qual constem sua qualificação completa, a falta que lhe é imputada, e as penalidades
cabíveis, acompanhado de cópia de portaria de instauração do processo administrativo disciplinar.

      § 1º  Obrigatoriamente constará do termo de citação o prazo para o acusado exercer sua defesa, sob pena
de revelia, e depor sob penas de confissão.

      § 2º  Caso o acusado recuse o recebimento da citação, deverá a recusa ser certificada, a vista de, pelo
menos duas testemunhas, que acompanharão a leitura do termo de citação perante o mesmo, e subscreverão a
certidão do ocorrido juntamente com o servidor designado para cumprimento do ato.

      § 3º  Encontrando-se o acusado ausente do Município, se conhecido seu paradeiro será citado por via
postal, através de carta registrada com aviso de recebimento, juntando-se ao processo o comprovante do registro
e da recepção.

      § 4º  Sendo desconhecido seu paradeiro, o acusado será citado por edital, com prazo de antecedência de
dez dias, publicado em jornal local que habitualmente veicula os atos oficiais do Município, juntando-se ao
processo exemplar do Edital publicado.

Art. 197º  O acusado poderá constituir advogado  para representá-lo e exercer sua defesa, requerendo provas e o
que mais for admitido em Lei.

      § 1º  O presidente da comissão processante poderá denegar pedidos considerados


impertinentes, procrastinatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

      § 2º  Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de
conhecimento especial de perito.

Art. 198 Na audiência inicial terá tomado o depoimento pessoal do acusado, sendo que, ao final, ser-lhe-á
deferido o prazo de três dias para apresentar sua defesa prévia, na qual poderá requerer provas e arrolar até o
máximo de 5 (cinco) testemunhas.Alterada por LEI ORDINARIA n° 3891/2017, 18/07/2017

      § 1° Não comparecendo o acusado regularmente citado, o Presidente da comissão procedente aplicar-se-á a


pena de confissão, designado defensor dativo para exercer sua defesa. Alterada por LEI ORDINARIA n°
3891/2017, 18/07/2017

      § 2° No prazo para defesa, será assegurada vista do processo em repartição.Alterada por LEI ORDINARIA n°
3891/2017, 18/07/2017

      § 3° A pluralidade de acusados importa no dobro do prazo estabelecido no caput para apresentação da prévia,
comum a todos, contado da audiência para depoimento do último acusado, mantido o limite de 5 (cinco)
testemunhas para cada acusado.Alterada por LEI ORDINARIA n° 3891/2017, 18/07/2017

Art. 199º  A não apresentação de defesa no prazo legal configura revelia, a qual será decretada quando
do decurso do prazo pelo presidente da comissão processante.

      § 1º  Na hipótese de revelia os fatos imputados ao acusado reputar-se-ão verdadeiros.

      § 2º  Contra o acusado revel os prazos correrão independentemente de intimação.

      § 3º  Havendo pluralidade de acusados, a revelia não induzirá ao efeito do parágrafo 1º acima, se pelo
menos um deles apresentar a defesa e a mesma for comum a todos.

Art. 200º  Apresentada defesa pelo acusado a comissão processante determinará as providências e


diligências requeridas ou determinadas de ofício, aprazando audiência para oitiva das testemunhas arroladas.

      § 1º  Da designação de perito habilitado para a realização de perícia deferida ou determinada de ofício,
o acusado será intimado para apresentar quesitos e indicar assistente técnico, no prazo de três dias, devendo
o laudo ser ultimado em quinze dias.

      § 2º  O presidente da comissão designará audiência para oitiva das testemunhas regularmente arroladas,
dela intimando o acusado, observados:

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       I-  as testemunhas serão notificadas mediante mandado ou por via postal;

       II-  se a testemunha for servidor, a expedição de mandado será imediatamente comunicada ao seu
superior hierárquico;

       III-  as testemunhas que deixarem de ser notificadas por insuficiência de elementos quanto à
respectiva qualificação e endereço, somente serão ouvidas caso conduzidas pelo acusado para a audiência
aprazada;

       IV-  a testemunha que, devidamente notificada deixar de comparecer ao ato, se servidor do município
será passível de punição nos termos do artigo 164, incisos I e II, sendo que a hipótese do inciso II é para os casos
de reincidência.

       V-  A punição não desobriga o comparecimento da testemunha que nestes casos, será intimada nos
termos da Lei Adjetiva Penal.

Art. 201º  As testemunhas serão ouvidas separadamente e os respectivos depoimentos serão reduzidos a
termo individual, onde conste a identificação completa do depoente, seu endereço, grau de parentesco, amizade
ou inimizade e relacionamento profissional com o acusado que ao final será subscrito pela comissão
processante, pela testemunha, e pelo acusado e/ou seu procurador, acaso presentes.

      § 1º  Ao acusado ou seu procurador, se presentes é assegurado formular perguntas pertinentes aos fatos
à testemunha, através do presidente da comissão processante.

      § 2º  Exceção aos casos de acareação entre testemunhas ou destas com o acusado, as mesmas serão
ouvidas separadamente.

      § 3º  Encerrada a oitiva das testemunhas, a comissão processante poderá determinar a reinquirição do
acusado, sob pena de confissão, bem assim das testemunhas.

Art. 202º  Vindo ao processo o laudo pericial, dele o acusado será intimado para manifestar-se em três
dias, sendo facultado à comissão processante designar audiência para ouvir o perito sobre pontos obscuros ou
de difícil compreensão, para a qual todos serão previamente intimados.

Art. 203º  Ultimada a instrução do processo e revisada suas peças e documentos, ordenadamente visados,
será encerrada sua fase probatória, sendo o acusado intimado por mandado via postal, edital ou nos próprios
autos, para em dez dias apresentar alegações finais de defesa, por escrito.

      § 1º  No prazo para alegações finais, será assegurada vista do processo, em repartição.

      § 2º  Havendo pluralidade de acusados, o prazo para alegações finais será de vinte dias, comum a todos.

Art. 204º  Decorrido o prazo para alegações finais, com sua apresentação ou não, a comissão
processante apreciará os elementos do processo, exarando relatório final e respectivo parecer, com voto em
separado de todos os seus membros, enunciando as infrações imputadas ao acusado, as provas que instruíram o
processo, a defesa e alegações finais, e a tipificação das irregularidades apuradas, emitindo ao depois, a
conclusão motivada para absolvição ou punição do acusado, indicando as penas disciplinares cominadas às
faltas e respectiva fundamentação legal.

      § único:  O relatório final e respectivo parecer serão remetidos ao Prefeito Municipal para decisão, dentro de
dez dias contado do decurso do prazo para alegações finais.

Art. 205º  Recebido o processo contendo o relatório final e respectivo parecer, o Prefeito Municipal:

       I-  dentro de cinco dia pedirá esclarecimentos ou providências que entender necessárias, à
comissão processante, que as ultimará no prazo de cinco dias;

       II-  dentro de dez dias decidirá, acolhendo ou não o parecer da comissão processante, fundamentando
sua decisão, se diversa desse parecer.

      § único:  No caso do inciso I deste artigo o prazo para decisão final será contado do retorno do processo ao
Prefeito Municipal.

Art. 206º  O acusado será intimado da decisão final por mandado, via postal ou edital, com observância
das formalidades pertinentes enunciadas pelo artigo 196 e seus parágrafos.

Seção III

 Do Recurso e da Revisão

Art. 207  Da decisão que cominar ao acusado penalidade disciplinar, poderá ser interposto recurso dentro
do prazo de dez dias, contado da ciência que tiver o acusado da mesma pleiteando a respectiva reforma.

      § 1º  O recurso de que trata este artigo não terá efeito suspensivo, e deverá constar de peça escrita
e fundamentada, somente sendo admissível nos seguintes casos:

       a)  a decisão recorrida ser contrária à expressa disposição de Lei;

       b)  a decisão recorrida ser frontalmente contrária à evidência dos autos;

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       c)  a pena ser desconforme com a infração tipificada.

      § 2º  Recebido o recurso, o Prefeito Municipal terá o prazo de dez dias para exarar decisão definitiva,
mantendo ou reformando a anterior, em caráter irrevogável.

Art. 208º  A revisão do processo administrativo disciplinar poderá ser requerida ou determinada de ofício
a qualquer tempo, dentro do prazo de cinco anos, uma única vez, quando:

       I-  a decisão se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos ou viciados;

       II-  depois da decisão, o acusado obtiver documento novo cuja existência ignorava ou não pôde fazer
uso, capaz de por si só, lhe assegurar pronunciamento favorável;

       III-  vier a ser proferida sentença criminal absolutória do acusado, na hipótese do artigo 193, parágrafo 3º.

      § único:  A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para revisão do processo.

Art. 209º  O processo revisional será realizado por comissão processante designada na forma do artigo 187, e
seu parágrafo 2º, e correrá em apenso aos autos do processo originário, não podendo participar da
comissão revisional membro que tenha participado de comissões anteriores do mesmo processo.

      § 1º  No processo revisional, o ônus da prova cabe exclusivamente ao acusado.

      § 2º  As conclusões da comissão processante serão encaminhadas ao Prefeito Municipal, dentro de trinta
dias do recebimento do pedido de revisão, que proferirá decisão fundamentada no prazo de dez dia.

Art. 210º  A decisão que julgar procedente o pedido de revisão tornará insubsistente ou atenuada a
penalidade cominada, restabelecendo-se os direitos decorrentes dessa revisão, se for o caso.

Seção IV

 Normas Procedimentais Complementares

Art. 211º  Das citações e intimações, juntar-se-ão exemplares depois de cumpridas.

      § 1º  As intimações do acusado poderão ser realizadas na pessoa de seu procurador, acaso constituído,
para todos os efeitos.

      § 2º  Na formação material dos procedimentos observar-se-ão:

       I-  todos os termos e mandados terão forma padronizada, só valendo se subscritos pelo Presidente
da Comissão ou pelo Secretário;

       II-  de todas as reuniões e audiências realizadas, deverão ser lavradas atas circunstanciadas, subscritas
por todos os presentes;

       III-  os documentos juntados o serão no original ou via de igual teor e forma por certidão ou translado, ou
por cópia autenticada;

       IV-  a juntada de documentos, termos e atas, e demais peças dos autos, far-se-á sempre em
ordem cronológica de ocorrência, mediante despacho deferitório do Presidente da Comissão;

       V-  Todas as folhas ou peças que compõe o procedimento serão numeradas ordenadamente e
rubricadas pelo secretário da comissão.

TÍTULO VII

 DA SEGURIDADE SOCIAL

CAPÍTULO único:

 DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 212 A seguridade social do servidor municipal será proporcionada preferentemente por sistema próprio de
previdência e assistência social, que assegure pelo menos os benefícios básicos da aposentadoria e da pensão,
instituído ou conveniado pelo Município nos termos e nas condições preceituadas pela legislação federal
pertinente, em consonância com a Constituição Federal. Alterada por LEI ORDINARIA n° 1008/1995, 28/12/1995

      Parágrafo Único  Na falta de um sistema próprio de previdência social - direto por órgão do Município
ou indireto por órgão oficial de Previdência com ele conveniado - o servidor municipal ficará sujeito,

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como segurado obrigatório, ao Regime Geral de Previdência Social instituído e mantido pela União, através
do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS ou de entidades que venham a substituí-lo. Alterada por LEI
ORDINARIA n° 1008/1995, 28/12/1995

Seção único:

 Do Custeio

Art. 213 Todos os servidores sujeitar-se-ão, obrigatoriamente, às contribuições instituídas em lei pelo Município e


deles cobradas pelo desconto automático em folha de pagamento, para o custeio, em benefício destes, do
sistema de previdência e assistência social próprio municipal. Alterada por LEI ORDINARIA n° 1008/1995,
28/12/1995

      Parágrafo Único  Somente na falta de um sistema próprio de previdência social e nos casos em que a
lei estabelecer, deixará o servidor de contribuir conforme o caput deste artigo, casos em que será
contribuinte obrigatório do Regime geral de Previdência Social da União. Alterada por LEI ORDINARIA n°
1008/1995, 28/12/1995

Art. 214 A participação do Município no custeio do sistema próprio de previdência e assistência social
será estabelecida em lei específica. Alterada por LEI ORDINARIA n° 1008/1995, 28/12/1995

      Parágrafo Único  A integralidade dos proventos conferida constitucionalmente aos servidores municipais,
se não abrangida pelo sistema de previdência social, será proporcionada por fundo custeado por
Contribuição Previdenciária Complementar suportada paritariamente pelo Município e pelos servidores. Alterada
por LEI ORDINARIA n° 1008/1995, 28/12/1995

TÍTULO VIII

 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO único:

 NORMAS GERAIS

Art. 215º  As disposições desta Lei aplicam-se aos servidores dos Poderes Executivo e Legislativo do Município,
e suas autarquias e fundações públicas.

Art. 216º  Os prazos enunciados nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo
e incluindo-se o dia do vencimento, os quais serão automaticamente considerados prorrogados, para o primeiro
dia útil seguinte, quando o início ou término cair em dia em que não haja expediente nos serviços
públicos municipais.

Art. 217º  São assegurados aos servidores os direitos de associação profissional ou sindical e o de greve.

      § único:  O direito de greve poderá ser exercido nos termos e nos limites definidos na Lei, sob pena de
tipificar falta disciplinar passível das sanções administrativas, civis e penais que, nos termos da Lei,
forem cabíveis e aplicáveis.

Art. 218º  Ao servidor efetivo investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes normas:

       I-  tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo, sem remuneração;

       II-  investido no mandato de Prefeito Municipal do Município, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração do cargo efetivo;

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       III-  investido no mandato de Vereador:

       a)  havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo efetivo, sem prejuízo
da remuneração do cargo eletivo;

       b)  não havendo compatibilidade de horários, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar
pela remuneração do cargo efetivo.

      § único:  No caso de afastamento do cargo, o servidor efetivo contribuirá para a seguridade social como se
em exercício estivesse, na conformidade do estabelecido no Título VII, da presente Lei.

Art. 219º  A competência atribuída por esta Lei ao Prefeito Municipal será exercida, no âmbito das autarquias
e das fundações públicas, pelo seu dirigente superior, e, no âmbito da Câmara de Vereadores, por seu
Presidente.

Art. 220º  O Dia do Servidor Público Municipal será comemorado a 28 de outubro de cada ano.

TÍTULO IX

 DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

CAPÍTULO único:

Art. 221  Os servidores efetivos regularmente investidos no serviço público municipal sob a égide da Lei Municipal
nº 193, de 14 de setembro de 1954, com suas subsequentes alterações, passam a ser regidos exclusivamente
pelo Regime Jurídico Único instituído pela presente Lei, ficando submetidos aos seus preceitos e disposições, em
toda a sua extensão e para todos os efeitos.

      § único:  Fica assegurado aos referidos servidores a continuidade da contagem do tempo de efetivo serviço
público municipal, para os fins de concessão, a partir da vigência da presente Lei, sem efeito retroativo, dos
direitos e vantagens por ela elencados, bem assim para os fins de desenvolvimento funcional.

Art. 222º  São extintos na data da publicação desta Lei, todos e quaisquer direitos e demais vantagens
anteriores que não tenham sido pela mesma expressamente assegurados, ressalvados a irredutibilidade salarial e
os direitos adquiridos e respeitadas as situações jurídicas regularmente perfectibilizadas a essa data.

      § único:  Para os fins e efeitos das disposições acima enunciadas, observaPara os fins e efeitos das
disposições acima enunciadas, observar-se-á o seguinte:r-se-á o seguinte:

       I-  reclassificação com correspondência entre os atuais cargos e a nova situação funcional em que
se enquadrem citados servidores;

       II-  conversão dos triênios, adicionais, avanços e demais gratificações e vantagens pecuniárias em
promoções e progressões, a partir da vigência desta Lei e sem qualquer paga retroativa, considerando o tempo
de efetivo serviço público municipal anterior como desenvolvimento funcional presumido;

       III-  contagem do tempo de serviço público municipal anterior para fins de licença-prêmio assiduidade,
bem assim para fins de aposentadoria, observadas as normas constitucionais e desta Lei que forem pertinentes a
tais direitos e vantagens.

Art. 223º  Os empregados celetistas admitidos no Município sob a égide da Consolidação das Leis do Trabalho
- CLT, mediante prévio concurso público de provas ou de provas e títulos, ficam submetidos ao Regime
Jurídico Único da presente Lei, em toda a sua extensão e para todos os fins e efeitos, por ela investidos na
qualidade de servidores públicos estatutários, de ofício.

      § 1º  Fica assegurado aos referidos empregados a continuidade de contagem do tempo de efetivo
serviço público municipal, para fins de concessão, a partir desta Lei sem efeito retroativo, dos direitos e vantagens
por ela enunciadas, bem assim para os fins de desenvolvimento funcional, consoante os planos de carreiras em
que se enquadrarem.

      § 2º  A investidura desses empregados celetistas na qualidade de servidores estatutários importará
na aplicabilidade de quaisquer das normas, princípios e dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
a partir do correspondente termo de posse, submetendo-se esses servidores exclusivamente ao Regime Jurídico
e aos ditames desta Lei.

      § 3º  Quando da posse do cargo público, além do respectivo termo o empregado formalizará instrumento
de rescisão contratual do seu contrato de trabalho, extinguindo em toda a extensão e para todos os efeitos, todos
os direitos e obrigações emergentes do vínculo celetista anterior, ficando a posse e investidura condicionadas
a essas cautelas e formalidades.

Art. 224º  Para fins e efeitos dos preceitos acima elencados, observar-se-á o seguinte:

       I-  reenquadramento com correspondência entre os atuais empregos e a nova situação funcional em que
se enquadrarem referidos empregados:

       II-  conversão dos triênios, adicionais, avanços e demais gratificações e vantagens pecuniárias em
promoções e progressões, a partir da vigência desta Lei e sem qualquer paga retroativa, considerando o tempo

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de efetivo serviço público municipal anterior como desenvolvimento funcional presumido;

       III-  contagem do tempo de efetivo serviço público municipal anterior para fins de licença-prêmio
assiduidade, bem assim para fins de aposentadoria, observadas as normas constitucionais e desta Lei que forem
pertinentes a tais direitos e vantagens.

      § único:  O empregado celetista regularmente investido em cargo público efetivo pela forma retro elencada,
terá considerado o tempo de serviço anterior na contagem de respectivo estágio probatório, e, na hipótese de já
ter decorrido o lapso temporal atinente na data da posse, terá operada a correspondente estabilidade funcional,
como servidor público municipal estável e efetivo.

Art. 225º  Ficam assegurados a esses empregados celetistas admitidos mediante prévio concurso público,
o direito de, dentro do prazo de noventa dias contados da publicação desta Lei manifestar expressamente e
por escrito sua opção em permanecer submetido exclusivamente ao regime celetista anterior, hipótese em que
os optantes continuarão regidos tão somente pelas normas e disposições da Consolidação das Leis do Trabalho
- CLT, não se lhes aplicando quaisquer preceitos, direitos e vantagens elencados pela presente Lei.

Art. 226º  Os empregados celetistas admitidos no Município sob a égide da Consolidação das Leis do Trabalho
- CLT, e que preencherem os pressupostos e requisitos estabelecidos pelo artigo 19 e seus parágrafos
das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal, são pela presente Lei declarados estáveis
nos respectivos empregos.

      § 1º  Esses empregados, acaso não enquadrados nas situações enunciadas pelos artigos
antecedentes, permanecerão e serão regidos exclusivamente pelas normas e disposições da referida legislação
celetista, resguardado o direito de reajustes de seus vencimentos nas mesmas épocas e índices atribuídos aos
demais servidores efetivos.

      § 2º  A declaração de estabilidade constitucional será procedida caso a caso, pela autoridade competente, e
não ensejará efetividade do empregado celetista em qualquer cargo ou função pública, para qualquer fim ou
efeito, e tampouco lhe dará direito a desenvolvimento funcional, segundo os planos de carreiras no serviço
público municipal, cuja legislação pertinente não lhe será aplicável em hipótese alguma.

Art. 227º  Esses empregados celetistas com estabilidade constitucional têm assegurado o direito de inscrição
nos concursos públicos realizados pelo Município, para provimento em cargos correspondentes no serviço
público municipal.

      § 1º  O tempo de serviço anterior efetivamente prestado ao Município por esse empregado será contado
como título na pontuação geral do Concurso Público Municipal de que participar, atribuindo-se-lhe 8% (oito
porcento) na contagem de títulos por cada ano de serviço, até o máximo de 80% (oitenta porcento).

      § 2º  Uma vez aprovados em concurso público municipal, esses empregados passarão a submeter-
se exclusivamente ao regime jurídico único da presente Lei, em toda a sua extensão e para todos os fins e
efeitos, investidos por esta forma da qualidade de servidores estatutários, e, desde que aprovados para cargos
similares aos respectivos empregos anteriormente exercidos, terão operada a correspondente estabilidade
funcional, salvo se concursados para cargos distintos do emprego anterior, hipótese em que sujeitar-se-ão a
regular estágio probatório.

      § 3º  A investidura e posse desses empregados no serviço público municipal ficam condicionadas a
observação, além do retro enunciado, às cautelas e formalidades elencadas pelo artigo 223, parágrafos 2º e 3º
acima.

      § 4º  Aqueles empregados celetistas com estabilidade constitucional que não lograrem aprovação nos
concursos públicos municipais de que participarem, permanecerão regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, mantidos inalterados os respectivos vínculos de emprego, em face a esta estabilidade
constitucional celetista.

Art. 228º  A investidura desses empregados no serviço publico municipal efetivo, uma vez regularmente aprovados
em prévio concurso público, dar-se-á com observância das disposições e condições contidas nos artigos 223 e
seus parágrafos e 224 e seus incisos.

Art. 229º  As disposições e normas enunciadas no Título VI desta Lei, atinentes ao regime disciplinar,
configuram regulamento geral no serviço público municipal, sendo a este título aplicáveis a todos os empregados
celetistas que permanecerem regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, de observância obrigatória,
sem prejuízo dos demais preceitos emergentes dessa legislação celetista no pertinente.

TÍTULO X

 DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

CAPÍTULO único:

 NORMAS FINAIS

Art. 230º  Fica vedado a partir da publicação desta Lei, admitir ou cometer a empregados celetistas, o exercício
de cargos ou quaisquer outras funções gratificadas, privativos de servidores públicos estatutários, bem assim
de conferir-lhes quaisquer direitos e vantagens instituídas pela presente Lei, em observância às
normas constitucionais aplicáveis.

      Parágrafo Único   Poderão, entretanto, ser atribuídas a esses empregados até um quarto das
funções gratificadas instituídas em Lei.

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Art. 231º  A remuneração dos atuais servidores estatutários e empregados celetistas que vierem a ser
submetidos ao regime Jurídico Único instituído por esta Lei, regularmente incorporada da data desse ingresso,
será mantida inalterada, sendo eventual excesso considerado vantagem pessoal, tipificando antecipação
remuneratória, a ser compensada e absorvida quando de revisões gerais de vencimentos dos servidores públicos
municipais efetivos, em atendimento aos preceitos e princípios constitucionais pertinentes à isonomia e
equiparação.

      § único:  Na aplicação das disposições acima, observar-se-ão os preceitos emergentes do artigo 17 das
Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal.

Art. 232º  É vedada qualquer antecipação remuneratória, a todo agente municipal a qualquer título, forma
ou natureza.

Art. 233º  O Município assegurará, consoante o estabelecer Lei específica para constituição de um
fundo municipal a complementação de todos os benefícios concedidos pelas entidades integrantes do Instituto
Nacional de Seguridade Social - INSS, a que fizerem jus os servidores públicos do município, ou seus
eventuais beneficiários, pelo regime de seguridade social preconizado pelo artigo 212, retro, para atender a
integralidade de proventos aos mesmos conferida constitucionalmente.

      § 1º  Para este fim será instituído um sistema de custeio paritário a ser suportado mediante
contribuições obrigatórias e desconto automático em folha de pagamento, por todos os servidores municipais.

      § 2º  Para fazer jus à complementação acima referida, todo e qualquer servidor regido por esta Lei
deverá atender os prazos de carências e demais preceitos legais que regem o Instituto Nacional de Seguridade
Social - INSS, especialmente quanto à obtenção e gozo dos benefícios passíveis de serem concedidos nos
termos e segundo legislação federal.

      § 3º Os servidores municipais estatutários regidos e admitidos na vigência da Lei nº 193, de 14 de
setembro de 1954, continuam sob a égide desta para todos os efeitos, inclusive quanto à seguridade social que
vem sendo proporcionada pelo Município, até a criação e funcionamento do sistema próprio de previdência
social preconizado pelo artigo 212, retro.Alterada por LEI ORDINARIA n° 1008/1995, 28/12/1995

      § 4º  Os servidores municipais, inclusive os enquadrados nas disposições da Lei Municipal nº 144/83,
ficam contemplados pelos benefícios deste artigo.

Art. 234º  O tempo de serviço público efetivamente prestado ao Município por empregado celetista
sem estabilidade constitucional, que venha a se submeter ao regime jurídico único instituído por esta Lei,
será considerado para fins dos artigos 223 e seus parágrafos, 224 e seus incisos, desde que previamente
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos.

      § 1º  Esse tempo de serviço contará como título em concurso público de que participar esse empregado
celetista sem estabilidade constitucional será definido nos editais, assegurando pontuação a todos os servidores
públicos de órgãos ou entidades dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sendo
sempre a maior para os servidores deste Município.

Art. 235º  As disposições e preceitos instituídos pela presente Lei consubstanciam o Estatuto do Servidor
Público do Município de Gravataí.

Art. 236º  Dentro do prazo de cento e oitenta dias, a Administração regulamentará a presente Lei através
de Decreto do que couber.

Art. 237º  As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias.

Art. 238  São expressamente revogadas enunciadamente, a Lei nº 193, de 14 de setembro de 1954, e todas
as suas subsequentes, e demais legislação municipal que disponha de matéria de que trata a presente Lei.

Gabinete do Prefeito Municipal de Gravataí, 26 de dezembro de 1991.

José Mariano Garcia Mota

Prefeito Municipal

Luiz Fernando Medeiros dos Santos

Secretário da Administração Municipal

Este texto não substitui o publicado no Mural 26/12/1991

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