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Diogo Furlan
1885 – Conferência de Berlim
Introdução
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significava mais colônias. Historiadores definirão de modo sublime a nova
filosofia econômica européia no século XIX:
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como a situação norte americana a respeito dos interesses capitalistas sobre o
continente africano por volta de 1880, algumas nações serão explicadas com
maior destaque devido a importância dessas; por fim serão apresentados os
tópicos fundamentais desta reunião, a Conferencia de Berlim.
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Colonização Africana
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objetivos de lucrar. Essas expedições foram feitas, principalmente, por ingleses
e franceses, que buscavam novos produtos. Isso estimulou outras expedições
para o centro da África, como a do escocês Mungo Park, que passou mais de um
ano longe de sua terra natal pesquisando a bacia do rio Niger.
Acreditamos que as expedições mais recentes ao vasto continente
africano foram feitas pelo português Serpa Pinto. Elas ocorreram entre
novembro de 1877 e março de 1879, e ajudaram no mapeamento de muitas
regiões, antes desconhecidas, entre Angola e Moçambique.
Atualmente, fim do século XIX, o continente africano se encontra
recortado e dividido por diversas nações diferentes de modo aleatório, ou seja,
uma completa bagunça. Esse é mais um motivo para que essa conferência
ocorra e refaça essa divisão de modo mais organizado, criando fronteiras bem
delineadas entre as colônias.
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Geografia Africana
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No que diz respeito à fauna, a África apresenta duas zonas diferenciadas.
A do norte e noroeste, que inclui o Saara e carateriza-se por uma fauna parecida
com a da Eurásia. A outra zona é a subsaariana, com uma grande variedade de
animais, entre os quais estão os antílopes, as girafas, os elefantes africanos, os
leões e os leopardos.
Além do Nilo, outros rios importantes para a África são o Congo, o Niger
e o Zambeze. No que se refere aos lagos, a África possui alguns muitos extensos
e profundos, a maioria situada no leste do continente, como o Vitória, o Niassa,
o Rodolfo e o Tanganica.
A maior parte da população africana constituída por diferentes povos
negros:
*sudaneses: em sua maior parte habitam as savanas que se
estendem do Atlântico ao vale superior do Rio Nilo. Vivem basicamente do
agricultura ;
*bantos: habitam a metade do sul do continente e têm como
atividades principais a criação gado e a caça;
*nilóticos: são encontrados na região do Alto do Nilo e
caracterizam-se pela estatura elevada;
*pigmeus: de pequena estatura vivem, vivem principalmente na selva
do Congo e em seus arredores, onde baseiam sua subsistência na caça e na
coleta de raízes;
*bosquimanos e hotentotes: habitam a região do Deserto
de Calaari, distinguem-se como grandes caçadores de antílopes e avestruzes.
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Situação Européia
A Europa, em 1880, passava por uma fase próspera, na qual muitas
nações começavam sua industrialização e outras progrediam ainda mais no
desenvolvimento. Detinha o controle do mundo, pois, quase todos os paises
europeus, possuíam colônias intercontinentais, consequentemente dominando e
influenciando boa parte do mundo. O mundo sentia o começo da globalização,
as distâncias começavam a se encurtar, diversas evoluções aconteciam em
diversos setores tecnológicos.
A invenção do telégrafo elétrico permitiu que as informações fossem
compartilhadas mais rapidamente. Em questão de horas informações poderiam
rodar todo o globo terrestre. As estradas de ferro e a melhoria no rendimento
dos motores permitiram que viagens, antes inviáveis ou até mesmo impossíveis,
fossem realizadas em um período de tempo muito menor.
De 1780 a 1880, a população mundial aumentou incrivelmente. Isso é
apenas uma aproximação, pois os dados dos censos não são muito precisos. Na
Europa, o aumento populacional foi ainda maior, proporcionalmente. Isso
ocorreu, por ser o continente europeu o que mais se desenvolvia como um todo,
devido à industrialização crescente em diversos países.
Pelo que indicam as estatísticas, a renda per capta européia continuará
aumentando exponencialmente. O PNB europeu também é incrivelmente
superior ao de outras nações (cerca de duas vezes maior em 1830) e, pelo
fantástico desenvolvimento do continente europeu, continuará crescendo
rapidamente. Estatísticas mostram que, se continuar do jeito que está, em 30
anos, por volta de 1913, o PNB europeu será sete vezes maior do que o do resto
do mundo. Isso nos mostra que a economia européia, além de estar em
transformação, está em crescimento.
Todos esse dados nos mostram que o continente europeu é o mais
desenvolvido dentre os todos os outros e que a África é um dos mais atrasados,
não só em termos tecnológicos, mais em termos socioeconômicos.
Por ter se desenvolvido tanto, a Europa saturou seu mercado
consumidor. Diante da possibilidade de produzir cada vez mais e não ter para
onde vender, surge a necessidade de descobrir novas fontes de matéria-prima e
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mercado consumidor para os produtos industrializados. Isso pode ser resolvido
com a conquista de novas colônias, que geram lucro para a metrópole de
diversas maneiras e suprem a necessidade atual. Dessa forma, iniciam-se atritos
dentro do próprio continente europeu, uma vez que há uma constante disputa
por colônias na África, extensa e inexplorada.
É importante ressaltar que o mundo da década de 1880 presencia uma
grande corrida armamentista, na qual diversos países investem grandes
quantias na indústria bélica, visando a proteção de suas colônias e suas nações.
Como exemplo de nações que investem quantias absurdas na indústria bélica
podemos citar Inglaterra, a Alemanha, o Império austro-húngaro, a Rússia, a
Itália e a França, todas gastam em média 132 milhões de libras esterlinas.
A Europa é o centro do mundo na década atual e, por passar por uma era
de progresso e avanços tecnológicos, cada vez mais precisa obter um controle
maior sobre a África.
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Situação Lusitana
Portugal foi pioneiro na colonização africana. Isso é devido às melhores
condições para começar a expansão ultramarina em 1415. São elas:
Centralização do poder político nas mãos do rei;
Mudança do sistema econômico para o mercantilismo, após a
Revolução de Avis;
Saída para o mar;
Inovações em tecnologia marítima na Escola de Sagres.
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Situação Francesa
Apenas quatorze anos após a derrota para a Alemanha na Guerra
Franco-prussiana, a França carrega um profundo sentimento revanchista em
relação aos alemães.
Seu processo de industrialização foi afetado pela ausência de jazidas de
carvão no país e prejudicado pela derrota, visto que a França foi obrigada a
ceder à Alemanha a região da Alsácia-Lorena, rica em jazida de ferro.
O país possui terras no continente africano, principalmente no norte e no
centro-oeste.
Situação Inglesa
A Inglaterra foi pioneira na industrialização pelos seguintes fatores:
Acúmulo de riquezas pela Revolução Comercial;
Disponibilidade de mão-de-obra;
Supremacia naval e domínio do comércio marítimo, o que lhe permite
organizar um imenso império colonial
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Situação Alemã
A Alemanha é uma nação jovem que com grandes pretensões desponta
no cenário internacional. Há apenas quinze anos, o sentimento nacionalista
despertado pela vitória sobre a França fomentou a unificação planejada pelo
Chanceler Otto Von Bismarck, anfitrião da Conferência.
O país tem notável avanço tecnológico e já é considerado o segundo mais
industrializado da Europa. No entanto, devido à sua unificação tardia, não
possui colônias, problema que pode estar prestes a se solucionar.
Situação Norte-americana
“Seja qual for a forma que escolhemos para analisar a transformação dos
EUA, se o final de um sonho revolucionário, ou início de uma era”
Eric J. Hobsbawm
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unidade territorial atual em 1867 quando compraram o Alasca do Império
Russo.
Outro ponto importante para se levantar é a influencia norte americana
sobre os paises sul-americanos, ou seja, a América do Sul e América central. Isso
porque os Estados Unidos da América exerciam a política da boa-vizinhança e
pregavam as idéias da doutrina Monroe – a qual tinha como base a seguinte
mensagem: “A América para os Americanos”.
Na década de 1880, acabam de sair de uma conturbada e sangrenta
guerra civil e ainda estão definindo sua unidade territorial nacional.
Vale ressaltar que boa parte do mundo, especialmente a Europa, está
atenta aos Estados Unidos da América porque, no atual período, alguns milhões
emigraram em direção à potência emergente.
Portanto os Estados Unidos da América no final do século XIX
demonstram ter grandes condições de superar a Europa (fato que, na opinião de
poucos, já até ocorreu) no que se diz respeito a condições econômicas sociais, na
melhoria da qualidade de vida local, tanto para moradores de longa data quanto
para imigrantes. Uma potência em ascensão.
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