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Aula 06

Administração p/ TRF 2ª Região - Analista Judiciário


Professores: Rodrigo Rennó, Tulio Gomes
Noções de Administração p/ TRF 2º Região
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Aula 6: Contratos Administrativos

Olá pessoal, tudo bem?


Na aula de hoje iremos cobrir os seguintes itens do curso:

 Características do contrato administrativo. Formalização e


fiscalização do contrato. Aspectos orçamentários e financeiros
da execução do contrato. Sanção administrativa. Equilíbrio
econômico-financeiro. Garantia contratual. Alteração do objeto.
Prorrogação do prazo de vigência e de execução.
Irei trabalhar com muitas questões da FCC, mas incluirei algumas
questões de outras bancas quando tiver questão da FCC sobre o tema
trabalhado, ok? Espero que gostem da aula.

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Sumário
Contratos Administrativos ........................................................................ 3
Conceito de Contratos .......................................................................... 3
Características dos Contratos Administrativos ................................................ 7
Obrigatoriedade de licitação prévia à celebração dos contratos. ........................... 7
Formalismo. .................................................................................. 8
Desigualdade entre as partes. .............................................................. 10
Bilateralidade. .............................................................................. 11
Intuitu Personae. ........................................................................... 11
Contrato de Adesão......................................................................... 14
Cláusulas Exorbitantes. .................................................................... 14
Cláusulas Necessárias ...................................................................... 23
Reajustes de preços e Aplicação de índices econômicos ................................... 27
Garantia Contratual ........................................................................... 33
Recebimento do Objeto do Contrato ......................................................... 34
Prorrogação, Renovação ou Extinção do Contrato Administrativo ........................ 36
Alteração Contratual ....................................................................... 41
Rescisão. .................................................................................... 47
Teoria da Imprevisão ......................................................................... 49
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 64
Gabarito .......................................................................................... 82
Bibliografia ...................................................................................... 83

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Contratos Administrativos

Conceito de Contratos

Na aula de hoje, vamos falar sobre os Contratos Administrativos.


Este é um tópico que tem relação direta com as compras públicas.
A primeira coisa que devemos ter em mente é a diferença entre
Contratos Administrativos e Contratos da Administração.
Os contratos da administração são aqueles em que a Administração
Pública realiza com o particular em posição de “quase” igualdade, sem
chamar para si a prerrogativa da supremacia do interesse público.
Dessa forma, a Administração não atua na perspectiva de “poder
público”. Portanto, são contratos regidos pelas normas do direito privado.
O art. 62, parágrafo 3o, inciso I, da Lei 8.666/93 exemplifica os contratos
da administração:

Contratos de
Contratos de Contratos de locação em que a
seguros financiamento administração seja
a locatária

Figura 1. Exemplos de contratos da administração.

No entanto, a Lei das Licitações, no mesmo dispositivo, faz uma


observação sobre a existência de algumas prerrogativas na celebração
dos contratos administrativos. Tais prerrogativas garantem certa
supremacia ao poder público. Dentre elas, temos:

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Possibilidade de modificação unilateral do


contrato;

Poder de rescindi-lo unilateralmente;

Fiscalização de sua execução;

Aplicação de sanções;

Ocupação provisória.

Figura 2 - Prerrogativas nos contratos administrativos

Por tudo isso, observa-se que a Lei informa a possibilidade de se usar


as prerrogativas do poder público, em prol da Administração, em contratos
regidos predominantemente de direito privado.
Os contratos administrativos, em comparação com os contratos
privados, apresentam várias distinções que permitem com que a
Administração Pública fique em certa posição de superioridade
frente à outra parte do contrato firmado. Vejamos algumas dessas
distinções rapidamente agora.
Nos contratos administrativos, aplicam-se as normas e princípios de
Direito Público e estes devem observar às regras da Lei 8.666/93; já nos
contratos privados, aplicam-se as normas do Direito Privado, normas,
estas, apresentadas no Código Civil.
Nos primeiros contratos, nota-se a Administração em posição de
superioridade frente ao contratado, com suas prerrogativas; já no segundo,
deve haver uma horizontalidade, isto é, as partes devem ficar em posição
de igualdade.
Só um detalhe importante que pode ser pegadinha de provas: o
artigo 54 da Lei dispõe que, aos contratos administrativos, aplicam-se,
supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as
disposições de direito privado, ok?
Também nunca é demais lembrar que, como qualquer outro contrato,
o contrato administrativo deve expressar cláusulas de forma clara e
precisa, observando o que estava disposto nos termos da licitação e da
proposta apresentada.

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Nos contratos administrativos, a Administração pode mudar, de modo


unilateral, as cláusulas firmadas no contrato em busca de se alcançar o
interesse público; enquanto que, nos contratos privados, as cláusulas são
imutáveis (pacta sunt servanda) para poder defender os interesses
privados de cada parte contratante, gerando segurança jurídica.
Como exemplos dos contratos administrativos têm-se: concessão de
serviço público, parcerias público-privada, consórcio público. Enquanto
que, nos contratos privados, temos com exemplo: contratos de compra e
venda simples.
Vejamos, por fim, os conceitos de contrato administrativo e contrato
da administração1:

 Contrato administrativo: “Ajuste entre a Administração


Pública, quando na qualidade de poder público, e particulares,
firmado nos termos estipulados pela própria
administração contratante, em conformidade com o
interesse público, e sob regência predominante do direito
público”.
 Contrato da Administração: “Ajuste firmado entre a
Administração Pública e particulares, no qual a administração
não figura na qualidade de poder público, sendo tal ajuste,
por isso, regido predominantemente pelo direito privado”.
Segue um quadro resumo das principais diferenças entre contratos
administrativos e contratos da administração:

Contratos Administrativos: Contratos da Administração:

Supremacia do interesse Igualdade/Horizontalidade;


público; Direito Privado;
Direito Público; Cláusulas Immutáveis (pacta
Cláusulas mutáveis pela sunt servanda);
Administração Pública; Ex:Contrato de aluguel, compra
Ex: Contratos de concessão de e venda simples.
serviço público, PPP.

Figura 3. Diferenças básicas entre contratos administrativos e contratos da administração

Segundo Alexandrino e Paulo, o objeto dos contratos administrativos


consiste em:

1
(Alexandrino & Paulo, Direito Administrativo Descomplicado, 2014)

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“Uma relação jurídica (ou diversas relações


jurídicas) concernente a qualquer bem, direito ou
serviço que seja do interesse da Administração
Pública, ou necessária ao desempenho de suas
atividades – obras, compras, fornecimentos,
locações, alienações, serviços, concessões2”.

Conforme o descrito acima, podemos ter em mente que o objeto dos


contratos administrativos deve ter a finalidade sempre de satisfazer ao
interesse público.
Vamos ver questões em que se cobraram estes tópicos?

1 – (FCC - TJ-AP - ANALISTA – 2009) Os contratos administrativos,


regidos pela Lei no 8.666/93, regulam-se pelas suas cláusulas e
pelos preceitos de direito público,
a) aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral
dos contratos, mas não as disposições de direito privado.
b) aplicando-se-lhes, supletivamente, as disposições de direito
privado, mas não os princípios da teoria geral dos contratos.
c) aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral
dos contratos e as disposições de direito privado.
d) não se lhes aplicando, supletivamente, nem os princípios da
teoria geral dos contratos, nem as disposições de direito privado.
e) aplicando-se-lhes, também, em pé de igualdade, os princípios
da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

Nesta questão, a FCC também copiou e colou o artigo 54 da Lei


8.666/93. O item que está de acordo com esse artigo é a letra C.
Vale lembra que deve haver clareza e precisão nas condições que
definam os direitos, as obrigações e as responsabilidades das partes
expressas em cláusulas nos contratos. Gabarito, portanto, letra C.

2 - (CESPE - IBAMA - TÉCNICO – 2012) Todo contrato celebrado


pela administração pública será considerado um contrato
administrativo.

2
(Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009)

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Pessoal, nem todo contrato celebrado pela Administração é


considerado contrato administrativo. Ela também celebra contratos regidos
predominantemente de direito privado, denominados de contrato da
administração, como um contrato de locação, cuja administração figure
como locatária.
Só não se esqueçam de que no contrato administrativo, há uma busca
pelo interesse público. No contrato da administração, há plena igualdade
entre as partes. Dessa forma, o gabarito é questão errada.

3 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO – 2014) Aos contratos


administrativos aplicam-se, supletivamente, as disposições de
direito privado.

Para responder esta questão, basta atentar para o comando do artigo


54 da Lei nº 8.666, de 1993, senão vejamos:
“Art. 54. Os contratos administrativos de que trata
esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos
preceitos de direito público, aplicando-se-lhes,
supletivamente, os princípios da teoria geral dos
contratos e as disposições de direito privado”.

Dessa forma, o gabarito é questão correta, pois as disposições do


direito privado são aplicadas de forma supletiva aos contratos
administrativos.

Características dos Contratos Administrativos

Diversos doutrinadores apresentam características variadas


aplicadas aos Contratos Administrativos. Vamos, aqui, tentar listar as mais
citadas pelas bancas de concurso.

Obrigatoriedade de licitação prévia à celebração dos contratos.

De regra, é necessário executar previamente um processo licitatório


antes de podermos firmar um contrato administrativo. Entretanto, há
exceções previstas em lei, como nos casos de licitação dispensada,
dispensável ou inexigível.
Vejamos uma questão sobre o tema?

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4 - (CESPE - MTE – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2014) Em razão da


submissão ao regime jurídico administrativo, a administração
pública não dispõe da mesma liberdade para contratar que é
conferida a particular.

Questão correta, pois a administração realmente não possui a mesma


liberdade para contratar que um particular possui, pois além da
obrigatoriedade de realizar o procedimento de licitação, a Administração
poderá fazer só o que a lei autorizar, como a dispensa de alguns casos de
licitação. Dessa forma, o gabarito é mesmo questão correta.

Formalismo.

Na maioria dos casos, os contratos são escritos e formais. Constam


nos contratos os nomes das partes e os de seus representantes, a
finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da
licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às
normas desta Lei e às cláusulas contratuais.
O contrato, como instrumento, é exigível nos casos de concorrência
e de tomada de preços, além dos casos de inexigibilidade e dispensa com
preços englobados por essas modalidades de licitação. Nos demais casos,
é facultado o uso de carta-contrato, nota de empenho de despesa, entre
outros.
Vimos que na maioria dos casos, os contratos são escritos. Essa é a
regra. No entanto, o parágrafo único do artigo 60 da Lei nº 8.666/93 traz
exceção, senão vejamos:
“Art. 60
(...)
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento,
assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do
limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em
regime de adiantamento”.
Dessa forma, o contrato administrativo verbal pode ter efeito se for
para pequenas compras de pronto pagamento.
Vamos a uma questão relativa ao tema?
5 – (FCC - TCM-GO – AUDITOR – 2015) O Município de Itumbiara,
por intermédio de sua Secretaria da Saúde, precisa adquirir um lote
de vacinas que será utilizado na campanha de prevenção da gripe
“A”. Para tanto, a Secretaria está autorizada a:

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a) celebrar contrato em nome do Município de Itumbiara, ao qual


referido órgão público se vincula.
b) celebrar contrato em nome do Secretário, autoridade máxima do
referido órgão público, não havendo necessidade de participação
do Município, porque o órgão dispõe de personalidade judiciária, a
despeito de não possuir personalidade jurídica própria.
c) celebrar contrato em nome próprio, porque o ordenamento
jurídico confere ao referido órgão autonomia em relação ao
Município.
d) adquirir o medicamento sem a formalização de contrato, de
forma verbal, em nome do Secretário, porquanto a exigência de
formalização de ajuste por contrato escrito só se aplica às pessoas
jurídicas.
e) celebrar contrato em nome próprio, porque o ordenamento
jurídico confere a referido ente público personalidade jurídica
própria, a despeito de não conferir autonomia em relação ao
Município ao qual pertence.

Pessoal, órgão não tem personalidade jurídica própria, não é


verdade? Então o contrato deverá ser celebrado em nome do município, no
qual constarão os nomes das partes e os de seus representantes, a
finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da
licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às
normas desta Lei e às cláusulas contratuais. Gabarito, portanto, letra A.

6 – (CESPE - DPE-PE – DEFENSOR PÚBLICO – 2015) De acordo com


a Lei n.º 8.666/1993, o contrato administrativo deve ser escrito,
sendo nulo e de nenhum efeito todo contrato verbal celebrado com
a administração pública.

Realmente, a regra é que o contrato seja escrito, entretanto, o a Lei


das Licitações admite exceções, como o caso de pequenas compras de
pronto pagamento, em que é permitido contrato verbal. Gabarito, questão
errada.

7 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO – 2014) Em decorrência do princípio


do formalismo, todas as contratações celebradas pela
administração pública devem ser formalizadas por meio de
instrumento de contrato, não sendo possível a sua substituição por
outros instrumentos, como a nota de empenho de despesa.

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Questão errada, pois “o instrumento de contrato é obrigatório nos


casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e
inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas
duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a
Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como
carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou
ordem de execução de serviço”.
Dessa forma, a Lei autoriza que se formalizem contratações por
outros instrumentos hábeis. Gabarito, portanto, questão errada.

8 - (CESPE - TJ-SE – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2014) Os contratos


administrativos submetem-se ao princípio do formalismo, razão
pela qual é obrigatório que sejam formalizados mediante
instrumento de contrato, sendo vedada a formalização por meio de
qualquer outro instrumento.

Vejam o que dispõe o artigo 62 da Lei 8.666, de 1993:


“Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório
nos casos de concorrência e de tomada de preços,
bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos
preços estejam compreendidos nos limites destas
duas modalidades de licitação, e facultativo nos
demais em que a Administração puder substituí-lo
por outros instrumentos hábeis, tais como carta-
contrato, nota de empenho de despesa, autorização
de compra ou ordem de execução de serviço”.
Gabarito, portanto, questão errada, pois há outras possibilidades de
se utilizar instrumentos para formalizar os acordos realizados pela
Administração Pública.

Desigualdade entre as partes.

Nos Contratos Administrativos, observa-se a Administração Pública


em posição de superioridade frente à outra parte contratante. Tal
superioridade decorre do fato da prerrogativa de supremacia de interesse
público.
Pode-se observar, portanto, uma verticalidade na relação entre o
poder público e o particular.

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Bilateralidade.

O que se nota nas cláusulas de um contrato administrativo é a


previsão de obrigação para as duas partes envolvidas. No geral, as
obrigações são semelhantes, a denominada comutatividade.
Entretanto, existem as denominadas cláusulas exorbitantes que
geram certa assimetria nessa relação. Veremos com maior detalhe daqui a
pouco.
9 – (FCC - TRE-RR – TÉCNICO – 2015) Uma das características dos
contratos administrativos denomina-se comutatividade, segundo a
qual o contrato administrativo:
a) se reveste de obrigações recíprocas e equivalentes para as
partes.
b) deve ser executado pelo próprio contratado.
c) se expressa por escrito e com requisitos especiais.
d) é remunerado na forma convencionada.
e) pressupõe anterior licitação.

Questão bem tranquila, não é verdade? A descrição da


comutatividade está descrita na letra A.
A letra B refere-se a intuito personae, que veremos a seguir. A letra
C remete à “formalidade”. A letra D relaciona-se com a “onerosidade”. A
letra E não é característica do contrato, como pede o comando da questão.
Dessa forma, o gabarito é a letra A.

Intuitu Personae.

Normalmente, os contratos administrativos seguem a regra da


pessoalidade. Isto significa que, em geral, não se pode trocar o licitante
vencedor, já que este foi selecionado devido a sua proposta ser a mais
vantajosa, além de garantir uma execução conforme o previsto no contrato.
Isso se denomina como intuitu personae.
O que se deve atentar aqui é pelo fato dessa pessoalidade não ser
absoluta, isto é, há previsão, na Lei de Licitações, de a Administração
autorizar limites para a subcontratação parcial, desde que previsto no
edital e no contrato.
Portanto, desde que o edital tenha expressado, assim como o
contrato, tal previsão de subcontratação, a administração terá a

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prerrogativa de avaliar o caso, autorizando ou não a subcontratação, com


limites a serem observados.
Só mais dois detalhes acerca da subcontratação. O primeiro é que ela
não transfere as responsabilidades da empresa contratada para a que foi
subcontratada. E o segundo é um exemplo em que a Lei não autoriza a
subcontratação, como no disposto no §3º do artigo 13º da Lei.
Logo, nos casos em que a empresa de prestação de serviços
técnicos especializados apresente relação de integrantes de seu
corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de
justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, fica obrigado
a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente
os serviços objeto do contrato.
Vejamos como a FCC já cobrou esse assunto.
10– (FCC - TCE-GO – ACE – 2014) Nos termos da Lei no 8.666/1993,
o contratado, na execução do contrato administrativo, sem prejuízo
das responsabilidades contratuais e legais:
a) poderá subcontratar apenas partes de serviço ou de
fornecimento, mas não de obra, desde que respeite o limite
estabelecido mediante acordo entre as partes.
b) não poderá subcontratar partes de obra, serviço ou
fornecimento, sob pena de burla ao procedimento licitatório.
c) poderá subcontratar apenas partes da obra, mas não de serviço
ou de fornecimento, desde que respeite o limite estabelecido
mediante acordo entre as partes.
d) poderá subcontratar apenas partes da obra, mas não de serviço
ou de fornecimento, desde que respeite o limite imposto pela
Administração.
e) poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até
o limite admitido, em cada caso, pela Administração.

Conforme o artigo 72 da Lei nº 8.666/93, “o contratado, na execução


do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais,
poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite
admitido, em cada caso, pela Administração.”
Isso está descrito exatamente na letra E, sendo, portanto, o gabarito
da nossa questão.

Pessoal, atenção para a banca Cespe que costuma não considerar


essa exceção e diz que todo contrato para os quais a lei exige licitação são
firmados intuitu personae.
Vejamos uma questão sobre o tema:

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11 - (CESPE - MTE – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2014) Todos os


contratos para os quais a lei exige licitação são firmados intuitu
personae, ou seja, em razão de condições pessoais do contratado,
apuradas no procedimento da licitação.

Pessoal, essa questão tem pegadinha, pois a banca Cespe considera


que todos os contratos que a lei exige licitação são firmados intuitu
personae, considerando questão correta. Ela não considerou a exceção.
Entretanto, lembrem-se de que essa regra admite exceção para
muitos doutrinadores, como no caso de subcontratação parcial, desde que
previsto no edital e no contrato e que a Administração a autorize. Dessa
forma, o gabarito da banca foi questão correta.
Conforme vimos, a banca Cespe costuma não considerar essa
exceção e diz que todo contrato para os quais a lei exige licitação são
firmados intuitu personae.
No entanto, ela já cobrou diferente, senão vejamos:
12 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO – 2014) Considerando que a
Secretaria de Cultura do DF pretenda contratar empresa de
publicidade para realizar campanha de divulgação de um festival de
música que ocorrerá em Brasília, julgue o item que se segue.
Em razão do caráter personalíssimo dos contratos administrativos,
a administração não poderá admitir a subcontratação do referido
serviço.

De acordo com a Lei das Licitações e dos Contratos, “o contratado,


na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e
legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento,
até o limite admitido, em cada caso, pela Administração”.
Dessa forma, desde que haja previsão no edital, assim como no
contrato, a Administração avaliará o caso e decidirá pela autorização ou
não da subcontratação, estabelecendo os limites a serem subcontratados
de obras, serviços ou fornecimentos. Gabarito, portanto, questão errada.

Logo, fica difícil entender a banca, não é verdade? Então, se na prova,


vier bem detalhado o caso de subcontratação, como da questão anterior, o
Cespe considera que se permite a subcontratação.

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Contrato de Adesão.

Na Lei 8.666/93, em seu artigo 55, encontram-se diversas obrigações


que devem estar presentes nos contratos administrativos. Com isso, o que
se observa é a existência de regras que podem ser apreciadas pelos
prováveis licitantes antes de se habilitarem para a licitação, já que a minuta
do futuro contrato estará presente no edital.
Evita-se, portanto a tentativa de o particular tentar alterar
alguma cláusula do contrato que poderá vir a assinar caso ganhe o
procedimento licitatório. Logo, no contrato de adesão, nota-se que a
vontade da parte oposta à Administração apresenta limites.

Cláusulas Exorbitantes.

Falamos anteriormente que a Administração Pública está em posição


se superioridade sobre a outra parte contratada, não é verdade? Falamos
também que tal posição se deve ao fato de a Administração possuir a
prerrogativa de supremacia do interesse público, não foi isso?
Pois bem, alguns autores associam essa prerrogativa às cláusulas
exorbitantes que são nada mais que cláusulas presentes nos contratos que
conferem certos poderes à Administração.
Citaremos aqui as cláusulas exorbitantes listadas na Lei 8.666/93,
art. 58:
“Art. 58. O regime jurídico dos contratos
administrativos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa
de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor
adequação às finalidades de interesse público,
respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos
especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução
total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar
provisoriamente bens móveis, imóveis,
pessoal e serviços vinculados ao objeto do
contrato, na hipótese da necessidade de acautelar
apuração administrativa de faltas contratuais pelo

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contratado, bem como na hipótese de rescisão do


contrato administrativo.
§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e
monetárias dos contratos administrativos não
poderão ser alteradas sem prévia concordância do
contratado.
§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as
cláusulas econômico-financeiras do contrato
deverão ser revistas para que se mantenha o
equilíbrio contratual.”
O inciso III desse artigo dispõe sobre a fiscalização da execução
contratual. Essa prerrogativa que o poder público possui é um poder-dever
e permite que um representante da Administração fiscalize o “andamento”
do contrato, autorizando, inclusive, a contratação de terceiros para se fazer
assistido e subsidiado de informações pertinentes.
Vale ressaltar que essa fiscalização não exclui ou reduz o
responsável pela execução do contrato pelos danos, por culpa ou dolo,
causados diretamente à Administração ou a terceiros.
Na hipótese de o particular promover irregularidades durante a
execução contratual, a Lei das Licitações prevê sanções administrativas,
como por exemplo:

Suspensão temporária de
participar de novas licitações,
Advertência impedindo-se, portanto, de
ser contratado pela
Administração

Declaração de inidoneidade
Multas: de mora, por atraso;
perante à Administração
e conforme a previsão no
Pública, ficando
instrumento convocatório ou
impossibilitada de licitar ou
contrato por inexecução total
de contratar com o poder
ou parcial do contrato
público

Figura 4 - Sanções Administrativas

Também se observa, durante a execução contratual, a possibilidade


de ocupar temporariamente os bens e serviços relacionados ao objeto
do contrato. Isso acontece na medida em que se nota que devem ser
apuradas faltas do particular sobre possíveis irregularidades, assim como
em casos de rescisão contratual.

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Tudo decorre da premissa de se manter em perfeita continuidade a


prestação dos serviços públicos.
Cabe ressaltar que, conforme o art. 71 da Lei 8.666/93, os encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais, devidos por causa
da execução do contrato, são de responsabilidade do contratado e não da
Administração.
Dessa forma, a inadimplência do contratado, com referência aos
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração
Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto
do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações,
inclusive perante o Registro de Imóveis.
Apenas nos encargos previdenciários, a Administração Pública
responde solidariamente com o contratado, ficando livre da
responsabilidade sobre os demais encargos devidos no contrato.
Atenção para um detalhe que pode ser pegadinha em provas. O TST
editou a Súmula 331. Nela, o Tribunal declarou que em relação a contratos
de prestação de serviços, “o inadimplemento das obrigações trabalhistas,
por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do
tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja
participado da relação processual e conste também do título executivo
judicial”.
Percebem a diferença? Os encargos previdenciários repercutem na
responsabilidade solidária. Já os trabalhistas, de acordo com o TST, na
responsabilidade subsidiária.
Desta forma, os entes integrantes da Administração Pública direta
e indireta respondem subsidiariamente, caso evidenciada a sua conduta
culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 1993.
Especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações
contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.
Dessa forma, a aludida responsabilidade subsidiária não decorre de
mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela
empresa regularmente contratada, devendo haver conduta culposa no
cumprimento das obrigações.
Por isso, atenção, pois se a banca pedir a letra da Lei das Licitações,
não existirá tal responsabilidade subsidiária, ok?
Vamos ver como estes temas podem ser cobrados em provas?

13 – (FCC – MANAUSPREV – TÉCNICO – 2015) O regime jurídico de


direito público confere à Administração pública um conjunto de
prerrogativas que se expressam nas atividades por ela
desenvolvidas. No âmbito dos contratos administrativos, podem-se

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identificar algumas cláusulas exorbitantes que representam essas


prerrogativas da Administração pública, tal como:
a) a possibilidade de interromper o pagamento pelos serviços
executados, por motivos de interesse público, por tempo
indeterminado, sem que à contratada assista direito à rescisão.
b) a faculdade de editar decreto para enquadramento do contrato
em hipótese de dispensa ou inexigibilidade de licitação.
c) o poder de decidir quando determinado contrato deve se
submeter à prévia licitação.
d) a possibilidade de substituir o contratado para a prestação de
determinado serviço por outro licitante, caso comprove que a
medida será mais econômica para a Administração.
e) a faculdade de promover alterações unilaterais no contrato,
independentemente de anuência da contratada, assegurado o
equilíbrio econômico-financeiro do contrato.

Questão tirada do artigo 58 da Lei nº 8.666/93. As cláusulas


exorbitantes nos contratos administrativos conferem alguns poderem à
Administração, como o poder de modificá-los, unilateralmente, para melhor
adequação às finalidades de interesse público, sempre respeitando os
direitos do contratado.
No §2º desse artigo, há a previsão de as cláusulas econômico-
financeiras do contrato serem revistas para que se mantenha o equilíbrio
contratual. Dessa forma, a letra E está correta e é o nosso gabarito.

14 – (FCC - TCM-GO – AUDITOR – 2015) Os contratos


administrativos e os de direito privado se distinguem entre si, a
despeito de ambos integrarem a categoria dos negócios jurídicos.
Contudo, apenas os contratos administrativos:
a) podem ser unilateralmente modificados ou rescindidos pelo
Poder Público, para atendimento de um fim de interesse público,
respeitado o seu equilíbrio econômico-financeiro.
b) são mutáveis, possibilitando a instabilização da relação jurídica,
desde que tenham sido firmados por meio de procedimento
licitatório, o que se denomina comutatividade.
c) são regidos predominantemente por normas de direito privado,
em razão do princípio da autonomia da vontade.
d) obrigam terceiros estranhos à relação jurídica, o que se
denomina força obrigatória do vínculo.

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e) podem ser ajustados de forma verbal e por prazo indeterminado,


em razão do princípio da indisponibilidade do interesse público
sobre o privado.

Conforme já foi dito, uma das cláusulas exorbitantes de um contrato


administrativo é poder modificá-los, unilateralmente, para melhor
adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do
contratado e o equilíbrio econômico-financeiro. Dessa forma, a letra A está
correta, sendo o gabarito da questão.
A letra B está totalmente sem lógica. A comutatividade é uma
característica do contrato administrativo no qual dispõe que o contrato se
revestirá de obrigações recíprocas e equivalentes para as partes.
A letra C está errada, pois os contratos administrativos regulam-se
pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público. Os princípios da
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado são aplicados
de forma supletiva.
A letra D está errada, pois nos contratos dever estar definidos os
direitos, as obrigações e as responsabilidades das partes, em
conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.
A letra E está errada, pois, conforme o §3º do artigo 57 da Lei nº
8.666/93, é proibido prazo de vigência indeterminado para os contratos
administrativos. Quanto à possibilidade de firmar contrato verbal, é
possível para de pequenas compras de pronto pagamento. Gabarito,
portanto, letra A.

15 – (CESPE – ANTAQ – ANALISTA – 2014) Determinado órgão da


administração indireta celebrou contrato administrativo cujo
objeto era o fornecimento de serviços terceirizados de mão de obra
para limpeza e conservação do seu edifício-sede.
Conforme expresso na Lei n.º 8.666/1993, caso haja inadimplência
do contratado em relação a encargo trabalhista, a responsabilidade
pelo pagamento desse encargo não será transferida à
administração.

De acordo com o artigo 71 da Lei das Licitações, “o contratado é


responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e
comerciais resultantes da execução do contrato”
Dessa forma, a inadimplência do contratado, com referência aos
encargos trabalhistas não transfere à Administração Pública a
responsabilidade por seu pagamento. Gabarito, portanto, questão correta.

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16 - (FGV - MPE-MS - ANALISTA – 2013) As alternativas a seguir


apresentam cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos,
à exceção de uma. Assinale- a.
a) Rescisão unilateral do contrato.
b) Fiscalização unilateral da obra.
c) Alteração unilateral do preço.
d) Aplicação de sanções administrativas.
e) Inoponibilidade relativa da exceção do contrato não cumprido.

Relembrando as cláusulas exorbitantes previstas no artigo 58 da Lei


nº 8.666/93:
“Art. 58. O regime jurídico dos contratos
administrativos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa
de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor
adequação às finalidades de interesse público,
respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos
casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela
inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar
provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato, na
hipótese da necessidade de acautelar apuração
administrativa de faltas contratuais pelo
contratado, bem como na hipótese de rescisão do
contrato administrativo”.
Quanto à inoponibilidade relativa da exceção do contrato não
cumprido não é absoluta, conforme a doutrina e a jurisprudência. Dessa
forma, ela é relativa, devendo-se manter um mínimo necessário para a
continuidade do serviço público. Logo, o gabarito é letra C.

17 - (FGV - TCE-BA - AGENTE – 2013) No que tange às cláusulas


exorbitantes aplicáveis aos contratos administrativos, analise as
afirmativas a seguir.
I. Essas cláusulas não viabilizam a aplicação de sanções de forma
unilateral, em âmbito administrativo.

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II. É possível haver a rescisão unilateral do contrato por parte da


Administração, em âmbito administrativo.
III. A ocupação provisória de bens imóveis apenas poderá ocorrer
nos casos de rescisão do contrato administrativo.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas a afirmativa II estiver correta.
c) se apenas a afirmativa III estiver correta.
d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

Vamos lembrar as cláusulas exorbitantes aplicáveis em contratos


administrativos, conforme artigo 58 da Lei das Licitações?
De acordo com o referido artigo, a administração pública poderá
proceder das seguintes formas frente ao contrato administrativo:

 modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às


finalidades de interesse público, respeitados os direitos do
contratado;
 rescindi-los, unilateralmente, nos casos específicos
 fiscalizar-lhes a execução;
 aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou
parcial do ajuste;
 nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente
bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto
do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar
apuração administrativa de faltas contratuais pelo
contratado, bem como na hipótese de rescisão do
contrato administrativo.
Dessa forma, pode-se concluir que apenas a afirmativa II está
correta, e o gabarito da questão, portanto, e a letra B.

18 – (FCC - TRE-TO - TÉCNICO – 2011) Dentre outras, são


características dos contratos administrativos:
a) comutatividade e formalidade.
b) informalidade e natureza intuitu personae.
c) onerosidade e inexistência de obrigações recíprocas para as
partes.

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d) presença de cláusulas exorbitantes e unilateralidade.


e) consensualidade e informalidade.

A letra A está correta e é o gabarito da questão. O erro da letra B


está na informalidade. Na verdade, é a formalidade que caracteriza o
contrato administrativo.
A letra C está incorreta, pois existem, sim, obrigações recíprocas para
as partes. O erro na letra D está na “unilateralidade”. Na verdade, vimos
que o contrato administrativo é bilateral e não unilateral.
Finalmente, a letra E está errada, pois o contrato é consensual e
formal. O gabarito é, portanto, a letra A.

19 - (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – AGENTE - 2014) Como o contrato


administrativo é um contrato de adesão, todo o seu conteúdo será
definido unilateralmente pela própria administração.

Olha só a “pegadinha”! O contrato administrativo é sim um contrato


de adesão, mas nem todo o seu conteúdo é definido pela Administração
Pública. Afinal de contas, o preço é fornecido pela empresa contratada. O
gabarito é questão errada.

20 - (CESPE - TELEBRAS – ESPECIALISTA – 2013) O contrato


administrativo é sempre consensual e, em regra, formal, oneroso e
comutativo, mas não é intuitu personae ou personalíssimo.

O contrato administrativo é consensual, pois demonstra uma


vontade comum entre duas partes. Essa característica deve estar presente
sempre, pois esse contrato não é imposto pela Administração.
O contrato administrativo é formal, pois se manifesta na forma
escrita. É oneroso, pois, como o próprio nome já diz, deverá ser
remunerado. É comutativo uma vez que as partes devem manter
compensações recíprocas e semelhantes.
Agora, o examinador põe um erro na questão ao dispor que o contrato
administrativo não é “intuito personae”, isto é, não teria a obrigação de ser
executado por quem fora contratado. Ora pessoal, sabemos que isso não é
verdade, pois é o próprio particular, que assinou o contrato com a
Administração Pública, que deverá executar o contrato.
Há, portanto, a possibilidade de se realizar a subcontratação parcial,
desde que haja previsão no edital de licitação, assim como no contrato

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assinado, dentro dos limites legais, claro. O gabarito, portanto, é questão


errada.

21 - (CESPE - TELEBRAS – ESPECIALISTA – 2013) O contratado é


responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e
comerciais decorrentes da execução do contrato, porém sua
inadimplência transfere a responsabilidade relativa a esses
encargos para a administração pública.

Vejamos o que dispõe o §1º do artigo 71 da Lei 8.666/93:


Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais
resultantes da execução do contrato.

§ 1º A inadimplência do contratado, com referência


aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não
transfere à Administração Pública a
responsabilidade por seu pagamento, nem
poderá onerar o objeto do contrato ou
restringir a regularização e o uso das obras e
edificações, inclusive perante o Registro de
Imóveis

Percebam que a Administração não tem responsabilidade sobre os


encargos trabalhistas, fiscais e comerciais. Entretanto, quanto aos
encargos previdenciários, a Administração responderá solidariamente.
Pessoal, só atenção para mais um detalhe: o STF já decidiu, em uma
Medida Cautelar de uma Reclamação, no Rio Grande do Sul, que a “Justiça
do Trabalho poderia resultar na responsabilização subsidiária da
Administração Pública, tomadora dos serviços, se constatada a
omissão ou negligência de seus agentes na fiscalização do contrato
administrativo (culpa in vigilando, in eligendo ou in omittendo)”.
Desse modo, o gabarito é questão errada.

22 – (FCC - TRT - TÉCNICO – 2010) Os contratos administrativos


típicos diferenciam-se dos contratos privados, dentre outras
características, pela:
a) finalidade pública como seu pressuposto.
b) presença de pessoas jurídicas como contratantes.
c) natureza do objeto.

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d) imposição de cláusulas exorbitantes.


e) presença do Poder Público como parte contratante.

A característica que diferencia um contrato administrativo de um


contrato privado é a presença de cláusulas exorbitantes. Essas cláusulas
são consideradas prerrogativas da Administração Pública, deixando-a em
posição de superioridade frente ao particular contratado e tendo como
finalidade a garantia da supremacia do interesse público.
Nos contratos privados não se observam essa supremacia. O que
existe é exatamente uma horizontalidade, deixando as partes na posição
de igualdade. Dessa forma, o gabarito da questão é a letra D.

Cláusulas Necessárias

As cláusulas necessárias são aquelas que obrigatoriamente devem


estar presentes nos contratos administrativos e se faltar uma deles
qualquer, o contrato encontrar-se-á nulo.
Dessa forma, elas devem vir explícitas no ato convocatório,
vinculando as condições à licitação e à contratação. Vamos listar no quadro
abaixo algumas cláusulas necessárias nos contratos administrativos, ok?

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Cláusulas Necessárias
o objeto;
o regime de execução ou a forma de fornecimento;
o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de
preços, atualização monetária
os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de
recebimento definitivo;
o crédito pelo qual correrá a despesa;
as garantias oferecidas, quando exigidas;
os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;
os casos de rescisão;
o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão;
as condições de importação, a data e a taxa de câmbio, quando for o caso;
a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à
proposta do licitante vencedor;
a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;
a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, todas as condições de
habilitação e qualificação exigidas na licitação.

Figura 5. Cláusulas necessárias nos contratos administrativos.

Uma das pegadinhas de prova de concurso é perguntar quando se


inicia o prazo de execução de um contrato administrativo. Pessoal, isto está
previsto como cláusula necessária do contrato administrativo.
Dessa forma, os prazos de início de etapas de execução, de
conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo
(conforme o caso) devem vir previstos no próprio contrato. Logo, não existe
tempo certo determinado, pois deve vir previsto no contrato.
Vamos a mais uma questão de prova?
23 – (FCC - MPE-AP – TÉCNICO – 2012) Nos termos da Lei nº
8.666/1993, é INCORRETO afirmar que os contratos
administrativos:
a) regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito
público, não lhes aplicando, nem mesmo supletivamente,
disposições de direito privado.
b) devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua
execução, expressas em cláusulas que definam os direitos,
obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com
os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.
c) têm como cláusula necessária, dentre outras, a que estabeleça a
legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos
casos omissos.

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d) podem ser modificados, unilateralmente, pela Administração


Pública para melhor adequação às finalidades de interesse público,
respeitados os direitos do contratado.
e) quando decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de
licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da
respectiva proposta.

O item A dessa questão está incorreto e, portanto, é o gabarito. O


erro do item está em dizer que não se aplicam, nem mesmo
supletivamente, disposições de direito privado.
Ora, conforme o art. 54 da Lei 8.666/93, aplicam-se, aos contratos
administrativos, supletivamente, tanto os princípios da teoria geral dos
contratos, quanto as disposições de direito privado.
O item B está correto. É o texto exato do §1° do artigo 54 da Lei. A
banca apenas copiou o texto desse parágrafo.
O item C também está correto. Esse texto foi extraído do inciso XII
do art. 55 da Lei 8.666/93.
Também podemos citar como cláusulas necessárias aquelas que
impõem no contrato: o objeto, o regime de execução, os preços, as
condições de pagamento, os prazos de início, execução, conclusão e
entrega do objeto. Ainda são exemplos de cláusulas necessárias: garantias
oferecidas, direitos e responsabilidades das partes, penalidades cabíveis,
casos de rescisão, entre outras.
O item D está correto. A FCC copiou a letra do inciso I, artigo 58 da
Lei 8.666/93. Nesse inciso I, pode-se notar essa prerrogativa da
Administração de modificar o contrato unilateralmente com a finalidade de
adequar ao interesse público, sempre que não desrespeite o direito do
contratado.
No item E, a FCC também copiou o conteúdo do §2° do artigo 54 da
Lei. Portanto, o item também está correto.
Dessa forma, o gabarito da questão é o a letra A.

24 – (CESPE – FUB – ENGENHEIRO CIVIL – 2015) O prazo de


execução de um contrato administrativo é iniciado na data de
assinatura do contrato.

O prazo de execução de um contrato administrativo não é iniciado na


data da assinatura do contrato. Esse prazo vem estabelecido no próprio
contrato, como cláusula necessária.
Dessa forma, o gabarito é questão errada.

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25 – (FCC - TJ-AP - ANALISTA – 2009) NÃO integra o rol legal de


cláusulas necessárias em todo contrato administrativo, regido pela
Lei no 8.666/93,
a) o objeto e seus elementos característicos.
b) o regime de execução ou a forma de fornecimento.
c) o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da
classificação funcional programática e da categoria econômica.
d) as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução,
quando exigidas.
e) a obrigação ou a dispensa de o contratado de manter, durante
toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações
por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação
exigidas na licitação.

A questão trata das cláusulas necessárias em um contrato.


O artigo 55 da Lei 8.666/96 relata todas as cláusulas necessárias que
um contrato deva estabelecer.
“Art. 55. São cláusulas necessárias em todo
contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regime de execução ou a forma de
fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os
critérios, data-base e periodicidade do
reajustamento de preços, os critérios de atualização
monetária entre a data do adimplemento das
obrigações e a do efetivo pagamento;
IV - os prazos de início de etapas de
execução, de conclusão, de entrega, de observação
e de recebimento definitivo, conforme o caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com
a indicação da classificação funcional programática
e da categoria econômica;
VI - as garantias oferecidas para assegurar
sua plena execução, quando exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das
partes, as penalidades cabíveis e os valores das
multas;

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VIII - os casos de rescisão;


IX - o reconhecimento dos direitos da
Administração, em caso de rescisão administrativa
prevista no art. 77 desta Lei;
X - as condições de importação, a data e a
taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao
termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à
proposta do licitante vencedor;
XII - a legislação aplicável à execução do
contrato e especialmente aos casos omissos;
XIII - a obrigação do contratado de manter,
durante toda a execução do contrato, em
compatibilidade com as obrigações por ele
assumidas, todas as condições de habilitação e
qualificação exigidas na licitação”.
Todos os itens referem-se a esse artigo 55. Apenas o item E está
incorreto. A banca escreveu “a obrigação ou a dispensa (...)”. Conforme
inciso XIII, o erro do item está na palavra dispensa. Gabarito, portanto,
letra E.

Reajustes de preços e Aplicação de índices econômicos

Vimos, anteriormente, que o artigo 58 da Lei nº 8.666/93 traz as


principais cláusulas exorbitantes. Vamos focar no inciso I, que dispõe que
a Administração possui a prerrogativa de modificar os contratos firmados
“unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse
público, respeitados os direitos do contratado”.
Entretanto, essa modificação unilateral não alcança as cláusulas
econômico-financeiras dos contratos, ou seja, a administração, sozinha não
poderá alterá-las. De acordo com o parágrafo segundo daquele artigo,
deverá haver revisão contratual para poder manter o equilíbrio do
contrato.
Vale lembrar de que os acréscimos ou supressões que se fizerem nas
obras, serviços ou compras, deverão obedecer ao limite de até 25% (vinte
e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso
particular de reforma de edifício ou de equipamento, o limite é de até 50%
(cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
Exemplificando, imaginem que, em um contrato firmado, uma
empresa contratada deva entregar a construção de uma rodovia de 300
quilômetros a um valor de R$ 200.000,00. Se a Administração decidir

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aumentar o tamanho da construção, por perceber que seria mais benéfico


para a população local, ela poderá promover a revisão contratual desde
que o valor não ultrapasse 25% de R$ 200.000,00. Dessa forma, o limite
permitido seria de R$ 250.000,00.
Agora, uma coisa é a revisão contratual, outra coisa é o reajuste de
preços e tarifas, previsto no inciso III do artigo 55 da Lei nº 8.666/93.
Vamos ver o que dispõe o referido inciso:
“Art. 55. São cláusulas necessárias em todo
contrato as que estabeleçam:
(...)
III - o preço e as condições de pagamento, os
critérios, data-base e periodicidade do
reajustamento de preços, os critérios de atualização
monetária entre a data do adimplemento das
obrigações e a do efetivo pagamento.”

O reajuste de preços, também já exposto anteriormente quando


falamos sobre as cláusulas necessárias, previsto no próprio contrato, não
caracteriza alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples
apostila, dispensando a celebração de aditamento.
Vejamos, no gráfico abaixo, as principais diferenças entre revisão e
reajuste de preço dos contratos, conforme a doutrina3:

Revisão
Quando a administração procede à alteração unilateral de
suas cláusulas de execução, afetando a equação econômica
original, ou quando algum evento, mesmo que externo ao
contrato, modifica extraordinariamente os custos de sua
execução. Não ocorre periodicamente.

Reajuste
Ocorre periodicamente, estando relacionado à inflação
ordinária ou à perda ordinária de poder aquisitivo da
moeda, seguindo os índices determinados, conforme
estabelecido no contrato.

3
(Alexandrino & Paulo, Direito Administrativo Descomplicado, 2014)

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Vejam, ainda, como Justen Filho4 conceitua reajuste:


“Reajuste consiste na previsão contratual da indexação do valor
da remuneração devida ao particular a um índice de variação de custos. No
reajuste, apenas se produz a incidência de um incide de variação de preços;
Na revisão, produz-se uma análise da efetiva variação dos custos”.
Dessa forma, se o índice de reajuste não for suficiente para garantir
a manutenção da equação econômico-financeira original, caberá, a
qualquer das partes, promover a revisão de preços.
O edital conterá, obrigatoriamente, o critério de reajuste, que deverá
retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de
índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para
apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir,
até a data do adimplemento de cada parcela.
O reajuste de preços, muito utilizado na época inflacionária, ocorre
por meio da aplicação automática de um índice oficial sobre o valor do
contrato, com a finalidade de haver compensação da elevação dos custos
devido à inflação.
A Lei nº 10.192/2001 dispõe que ”os contratos em que seja parte
órgão ou entidade da Administração Pública direta ou indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, serão reajustados ou
corrigidos monetariamente de acordo com as disposições desta Lei, e,
no que com ela não conflitarem, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993”.
A periodicidade será anual, contada a partir da data limite para
apresentação da proposta constante do instrumento convocatório ou da
data do orçamento a que essa proposta se referir, e não a partir da
assinatura do contrato, ok?
A Instrução Normativa do MPOG nº 02, de 2008, disciplina a matéria.
De acordo com essa IN, será admitida a repactuação dos preços dos
serviços continuados contratados com prazo de vigência igual ou
superior a doze meses, desde que seja observado o interregno mínimo de
um ano.
A repactuação é uma espécie de reajuste do contrato, conforme
dispõe o artigo 37 da Instrução Normativa do MPOG nº 3, de 2009, que
deverá ser utilizada nas contratações de serviços continuados com
dedicação exclusiva de mão de obra.
Dessa forma, após a primeira repactuação, as seguintes ocorrerão
um ano depois de ocorrida a primeira.
A busca do equilíbrio entre os encargos do contratado e a sua
contraprestação financeira, devido à inflação sobre os valores dos
equipamentos, uniforme, mão-de-obra, recai na repactuação, quando o

4
(Justen Filho, 2008)

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meio se dá por pela comprovação do aumento de gastos. Se o meio for


por aplicação automática de índices ao valor contratada, denomina-se
de reajuste.
O TCU recomenda que se dê preferência à repactuação em frente ao
reajuste para alcançar uma efetiva variação dos custos. A repactuação
configura a melhor alternativa para os contratantes, uma vez que retrata a
equiparação dos encargos de forma mais realista e previne-se, portanto,
que haja enriquecimento ilícito dos envolvidos, pois se abstém de aplicar
índices automaticamente.
Vamos resolver algumas questões sobre o tema?
26 – (CESPE – ANATEL – ANALISTA – 2014) Determinada autarquia
fez publicar edital de licitação para a construção de nova sede, no
qual estavam previstas todas as cláusulas obrigatórias de
contratação, mas não a de prestação de garantia. Decorridas todas
as fases legalmente previstas, foi firmado contrato com a empresa
vencedora, entretanto, faltando cinco dias para o início da execução
da obra, os trabalhadores da construção civil entraram em greve.
A empresa vencedora da licitação poderá exigir o reajuste dos
preços do contrato após o decurso de um ano da data da assinatura
do contrato.

Vimos que o reajuste será feito um ano após a data limite para
apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir.
Dessa forma, o gabarito é questão errada, pois não conta a partir da
assinatura do contrato, como afirma o examinador.

27 – (CESPE - TC-DF – TÉCNICO – 2014) Considerando que a


Secretaria de Educação do DF tenha celebrado contrato de
prestação de serviços de vigilância armada com a empresa X. Caso
seja celebrada convenção coletiva de trabalho que conceda
aumento de salário aos empregados das empresas de vigilância
armada, a empresa X terá direito à repactuação do valor do
contrato, respeitado o interregno de um ano.

Conforme vimos, a repactuação do valor do contrato ocorrerá um ano


a partir da data limite para apresentação das propostas constante do
instrumento convocatório; ou da data do orçamento a que a proposta se
referir.
De acordo com o STJ, em análise ao Recurso Especial 554375 RS, “a
correção monetária não pode ser considerada um plus, mas apenas uma
atualização para que seja respeitado o valor real da moeda face à inflação
ocorrida no período.” Dessa forma, a repactuação não vem para “cobrir

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aumento de salário”, apenas recupera a perda decorrida da inflação após o


período de um ano.
A repactuação tem o intuito de preservar o valor do contrato em razão
da inflação. Gabarito, portanto, questão correta.

28 – (CESPE - PG-DF – PROCURADOR – 2013) Desde que haja


previsão editalícia e contratual, e depois de demonstrada
analiticamente a variação dos custos, a eventual contratada no
processo licitatório poderá solicitar a repactuação dos preços
ajustados.

A repactuação é uma espécie de reajuste de contrato. O reajuste


contratual ocorre periodicamente, estando relacionado à inflação ordinária
ou à perda ordinária de poder aquisitivo da moeda, seguindo os índices
determinados, conforme estabelecido no contrato.
A variação de custos ocorre quando a administração procede à
alteração unilateral de suas cláusulas de execução, afetando a equação
econômica original, ou quando algum evento, mesmo que externo ao
contrato, modifica extraordinariamente os custos de sua execução. Isso
descrito pede a revisão do contrato e não a repactuação. Gabarito,
portanto, questão errada.

29 – (CESPE – ANCINE – ANALISTA – 2013) Em que pese não ser


obrigatório nos contratos administrativos, o reajuste periódico de
preços é uma prática de mercado que também deve ser seguida
pela administração pública, de modo a trazer equilíbrio econômico-
financeiro ao contrato.

De acordo com Justen Filho5: “reajuste consiste na previsão


contratual da indexação do valor da remuneração devida ao particular a
um índice de variação de custos. No reajuste, apenas se produz a incidência
de um incide de variação de preços”.
Dessa forma, é obrigatório estar previsto o reajuste nos contratos
administrativos como cláusula necessária, ok? Gabarito, portanto, questão
errada.

30 – (FCC - TRT - 13ª REGIÃO – TÉCNICO - 2014) O Tribunal


contratou, mediante prévio procedimento licitatório, serviço de

5
(Justen Filho, 2008)

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fornecimento de refeição a seus funcionários. No curso do contrato,


a empresa contratada solicitou o reajustamento dos preços
praticados, em função do aumento dos insumos e da sua folha de
pessoal em razão de dissídio coletivo da categoria. De acordo com
as disposições aplicáveis da Lei n° 8.666/93,
a) o reajuste será devido, independentemente de previsão
contratual, de acordo com o índice de inflação aplicável ao setor.
b) é vedada a previsão contratual de reajuste de preço, em face do
princípio da vinculação ao instrumento convocatório.
c) admite-se a alteração do preço contratado, observado o limite de
25% (vinte e cinco por cento) do valor nominal original.
d) o reequilíbrio do contrato com reajuste do preço somente é
possível se decorridos no mínimo 12 meses do termo inicial do
contrato.
e) admite-se o reajustamento do preço, de acordo com índice e
periodicidade previstos no contrato, bem como reequilíbrio
econômico-financeiro desde que configurada álea econômica
extraordinária e extracontratual.

A letra A está errada, pois reajuste deve está previsto no contrato e


é admitida a adoção de índices específicos ou setoriais.
A letra B está errada, pois o reajuste deve está previsto nas
chamadas cláusulas necessárias do contrato.
A letra C está errada, pois os limite são: de até 25% (vinte e cinco
por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular
de reforma de edifício ou de equipamento, o limite é de até 50% (cinquenta
por cento) para os seus acréscimos.
A letra D está errada, pois o reajuste se dá após um ano, contado a
partir da data limite para apresentação da proposta constante do
instrumento convocatório ou da data do orçamento a que essa proposta se
referir, e não a partir do termo inicial do contrato.
Por fim, a letra E está correta, tratando-se de reajuste e revisão
respectivamente. Gabarito, portanto, letra E.

31 – (FJG – RIO – ADVOGADO – 2014) Caso, no decurso de um


contrato administrativo, ocorra uma hipótese de alteração
unilateral do contrato, imposta pelo Poder Público, por um fato
superveniente, o valor inicialmente firmado pode ser objeto do
seguinte instituto legal:
a) revisão
b) reajuste

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c) recomposição
d) atualização monetária

A questão trata de Revisão que ocorre quando a Administração altera


o contrato quando algum evento modifica os custos de sua execução para
estabelecimento o seu equilíbrio econômico-financeiro. Gabarito, portanto,
letra A.

32 – (ESAF – CGU – AFC – 2006) O instituto previsto na legislação


sobre contrato administrativo, referente à formalização da variação
do valor contratual, decorrente de reajuste de preços, previsto no
contrato, que não caracteriza a sua alteração, denomina-se:
a) aditivo.
b) termo de ajustamento.
c) apostila.
d) nota de aditamento.
e) termo de variação monetária.

O reajuste de preços, previsto no próprio contrato, pode ser


registrado por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.
Gabarito, portanto, letra C.

Garantia Contratual

Vamos falar um pouco sobre o instituto da garantia dentro dos


Contratos Administrativos. A primeira informação que devemos ter em
mente é a de que a existência de garantia e, consequentemente, a sua
obrigatoriedade deve ser prevista expressamente no edital de
convocação para licitação.
Isto não quer dizer que seja obrigado haver a previsão de uma
garantia em todos os casos, mas se houver, ela será devida na fase inicial,
isto é, durante a habilitação do procedimento licitatório.
Como já fora dito no parágrafo anterior, exigir ou não a garantia cabe
discricionariamente à Administração decidir. Exceto em contratos de
concessão para se executar obras públicas com prestação de serviço
público precedente e em contratos de Parceria Público-Privada, as famosas
PPPs.
Nesses dois exemplos citados, a exigência de garantia é obrigatória.
Os tipos de garantias previstos pela legislação são:

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 Caução em dinheiro ou títulos de dívida pública;


 Seguro-garantia;
 Fiança bancária
Cabe ao contratado escolher por qual desses tipos ele irá
prestar a garantia exigida no instrumento convocatório.
As garantias possuem um teto, limitando valores desproporcionais
nessa exigência. O limite máximo será de cinco por cento do valor do
contrato, atualizado.
No entanto, tal limite sobe para dez por cento do valor nos
contratos de grande vulto, com alta complexidade técnica e com riscos
financeiros elevados.
A garantia prestada fica retida até o fim do contrato, quando será
devolvida com as devidas atualizações monetárias.
Vamos ver como este tema já foi cobrado?
33 - (CESPE - MI – TODOS OS CARGOS – 2013) A prestação de
garantia pelo particular é obrigatória para a execução de contratos
administrativos, por constituir exigência expressa em lei.

A garantia poderá ser exigida a critério da autoridade competente,


em cada caso. Logo, não é em todo contrato administrativo que deverá
haver prestação de garantia. No entanto, se vier a ter, ela deverá ser
prevista no instrumento convocatório.
Dessa forma, o gabarito é questão errada, pois a prestação de
garantia pelo particular não é obrigatória na execução de contratos
administrativos.

Recebimento do Objeto do Contrato

Após a execução do contrato administrativo, o objeto será recebido


de duas formas, a depender do seu tipo: obras e serviços ou compras e
locação de equipamentos.
No caso de obras e serviços:

 Provisoriamente – mediante termo circunstanciado assinado


pelas partes em até 15 dias da comunicação escrita do
contratado;
 Definitivamente - por servidor ou comissão designada pela
autoridade competente, mediante termo circunstanciado,
assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação,
ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos
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contratuais. Aqui, o prazo não poderá superar 90 (noventa


dias), exceto em casos excepcionais justificados e previstos no
edital.
No caso de compras ou de locação de equipamentos:

 Provisoriamente - para posterior verificação da conformidade


do material com a especificação;
 Definitivamente - após a verificação da qualidade e
quantidade do material e consequente aceitação.
Há uma possibilidade de dispensa do recebimento provisório que
seria quando o objeto tratar de gêneros perecíveis e alimentação
preparada; serviços profissionais; obras e serviços de valor até R$
80.000,00 (oitenta mil reais). Neste último caso, também, não podem estar
sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade de aparelhos,
equipamentos e instalações para ser concedida a licença.

34 – (FCC - TCE-GO – ACE – 2014) A empresa MM Engenharia Ltda.,


contratada pela Administração Pública para a execução de
importante obra pública, executou fielmente o contrato, sendo o
objeto recebido definitivamente pela autoridade competente,
mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o
decurso do prazo de vistoria que comprovou a adequação do objeto
aos termos contratuais, observados os demais requisitos dispostos
na Lei nº 8.666/1993.
O prazo a que alude o enunciado, salvo em casos excepcionais,
devidamente justificados e previstos no edital, NÃO poderá ser
superior a:
a) 90 dias.
b) 100 dias.
c) 120 dias.
d) 150 dias.
e) 180 dias.

Questão simples e decoreba. De acordo com a Lei nº 8.666/93, o


prazo para recebimento definitivo de obras e serviços não poderá superar
90 (noventa dias), exceto em casos excepcionais devidamente justificados
e previstos no edital. Gabarito, portanto, letra A.

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Prorrogação, Renovação ou Extinção do Contrato Administrativo

Antes de qualquer coisa, vocês devem levar pra prova que a vigência
dos contratos regidos pela Lei nº 8.666/93 deve observar os respectivos
créditos orçamentários. Logo, deve haver previsão no orçamento a cada
ano. Essa regra comporta algumas exceções, dispostas no artigo 57:

“Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta


Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos
créditos orçamentários, exceto quanto aos
relativos:

I - aos projetos cujos produtos estejam


contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se
houver interesse da Administração e desde que isso
tenha sido previsto no ato convocatório;

II - à prestação de serviços a serem executados de


forma contínua, que poderão ter a sua duração
prorrogada por iguais e sucessivos períodos com
vistas à obtenção de preços e condições mais
vantajosas para a administração, limitada a
sessenta meses;

III - (Vetado)

IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de


programas de informática, podendo a duração
estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e
oito) meses após o início da vigência do contrato”.

No caso da prestação de serviços a serem executados de forma


contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos
períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para
a administração, limitada a sessenta meses, o prazo ainda poderá ser
prorrogado por até doze meses, em caráter excepcional, devidamente
justificado e mediante autorização da autoridade superior.
Vejamos como esse tema já foi cobrado em provas:
35 - (CESPE - TC-DF - ANALISTA – 2014) É imprescindível que haja
previsão orçamentária no plano plurianual para que sejam
realizados contratos de longo prazo, ou seja, contratos com prazo
superior ao prazo de vigência do crédito orçamentário.

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Realmente, é imprescindível que haja previsão orçamentária no PPA


para que sejam realizados contratos de longo prazo, exceto quanto aos
contratos relativos, por exemplo:

 aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas


estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser
prorrogados se houver interesse da Administração e desde que
isso tenha sido previsto no ato convocatório;
 à prestação de serviços a serem executados de forma contínua,
que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos.
Dessa forma, o gabarito é questão correta.

36 - (CESPE - TC-DF - ANALISTA – 2014) A regra de


prorrogabilidade dos contratos poderá ser usada para assegurar
compras de bens de uso contínuo destinados a atender a
necessidades públicas permanentes.

Conforme já vimos, a duração dos contratos administrativos não


obedece à vigência dos créditos orçamentários em alguns casos e um deles
é o relativo à prestação de serviço executado de forma contínua. Logo, o
gabarito é questão correta.

37 – (CESPE – ANTAQ – ANALISTA – 2014) A duração do contrato


administrativo ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários, sendo exceção a contratação de serviços a serem
executados de forma contínua.

O artigo 57 da Lei nº 8.666/93 traz as exceções da duração dos


contratos adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, como
por exemplo:
 Projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas
estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser
prorrogados se houver interesse da Administração e desde que
isso tenha sido previsto no ato convocatório;
 Prestação de serviços a serem executados de forma
contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais
e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e
condições mais vantajosas para a administração, limitada a
sessenta meses;

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 Aluguel de equipamentos e à utilização de programas de


informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até
48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do
contrato.

Dessa forma, gabarito, questão correta.

38 – (CESPE – ANTAQ – ANALISTA – 2014) Nos casos de prestação


de serviços a serem executados de forma contínua, a duração dos
contratos poderá ser prorrogada ordinariamente por períodos
iguais e sucessivos, até o prazo máximo de 60 meses.

A questão está correta de acordo com o inciso II do artigo 57 da Lei


nº 8.666/93, senão vejamos:

“Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta


Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos
créditos orçamentários, exceto quanto aos
relativos:

(...)

II - à prestação de serviços a serem executados de


forma contínua, que poderão ter a sua duração
prorrogada por iguais e sucessivos períodos com
vistas à obtenção de preços e condições mais
vantajosas para a administração, limitada a
sessenta meses”.

Gabarito, portanto, questão correta.

39 – (FCC - MPE-PE – TÉCNICO – 2012) Nos termos da Lei no


8.666/1993, a prestação de serviços a serem executados de forma
contínua poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições
mais vantajosas para a Administração, limitada a sessenta meses.
No entanto, em caráter excepcional, devidamente justificado e
mediante autorização da autoridade superior, o prazo de sessenta
meses poderá ser prorrogado em até
a) sessenta meses.
b) vinte e quatro meses.
c) seis meses.
d) doze meses.
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e) trinta e seis meses.

Em regra, conforme o artigo 57 da Lei 8666/93, a duração dos


contratos administrativos ficará limitada à vigência dos respectivos créditos
orçamentários, exceto quanto aos relativos aos projetos cujos produtos
estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, quanto
à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, quanto ao
aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática.
No entanto, o §1º desse mesmo artigo informa que os prazos
admitem prorrogação, desde que mantidas as demais cláusulas do contrato
e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, além
de justificados por escritos e de autorizados pela autoridade competente.
Mais uma coisa que se deve levar pra hora da prova é que é vedado
contrato com prazo indeterminado.
A questão trata da prorrogação de contratos relativos à prestação de
serviços executada de forma contínua e limitada a sessenta meses. O §4°
do artigo 57 da Lei dispõe que em caráter excepcional, devidamente
justificado e mediante autorização da autoridade superior, o prazo poderá
ser prorrogado em até doze meses. Desse modo, o gabarito da questão é
a letra D.

Continuando, um contrato administrativo pode ser prorrogado ou


renovado. Primeiramente, destacamos que, conforme parágrafo terceiro
do art. 57 da Lei 8.666/93, é vedado o contrato com prazo
indeterminado. No entanto, na legislação, encontram-se algumas
exceções ao parágrafo de Lei.
Dentre as exceções tem-se a possibilidade de celebrar contratos de
concessão de direito real de uso de bem público sem prazo certo (Decreto-
Lei 271 de 1967, art. 7o).
A diferença entre prorrogação e renovação de um contrato
está na existência de modificação de uma ou mais cláusulas
contratuais. Se houver alguma cláusula modificada, como, por exemplo,
o modo de se executar o contrato referente, estaremos diante de uma
renovação contratual.
No entanto, se houver modificação no prazo de execução do contrato,
por exemplo, desde que devidamente fundamentada por escrito, a
Administração competente poderá autorizar a prorrogação do prazo.
Conforme o parágrafo 1o do art. 57 da Lei 8.666/93, a prorrogação
pode se dar no início das etapas de execução, de conclusão e de entrega,
desde que mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a
manutenção do seu equilíbrio econômico-financeiro.

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Já a extinção do contrato administrativo, isto é, o fim do vínculo


entre o particular e a Administração, pode se dar por três motivos:

 Conclusão do objeto;
 Término do prazo;
 Anulação;
O art. 59 da Lei 8.666 dispõe o seguinte sobre esse motivo de
extinção contratual:
“Art. 59. A declaração de nulidade do contrato
administrativo opera retroativamente impedindo os
efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria
produzir, além de desconstituir os já produzidos.
Parágrafo único. A nulidade não exonera a
Administração do dever de indenizar o
contratado pelo que este houver executado
até a data em que ela for declarada e por
outros prejuízos regularmente comprovados,
contanto que não lhe seja imputável, promovendo-
se a responsabilidade de quem lhe deu causa.”

Vamos ver como isto já foi cobrado?


40 - (CESPE – TELEBRAS – ESPECIALISTA – 2013) A conclusão do
objeto contratual determina a extinção do contrato pela cessação
do vínculo obrigacional entre as partes, dado o integral
cumprimento de suas cláusulas.

Questão tranquila, pois ela cita um dos motivos de extinção de


contrato administrativo, que determina a conclusão do vínculo obrigacional
entre as partes.
Além da conclusão do objeto contratual, forma natural de extinção,
as outras formas de extinção do contrato são:
 Término do prazo;

 Anulação;

 Rescisão.

O gabarito, dessa forma, é questão correta.

41 - (FGV - OAB – EXAME DE ORDEM – 2013) Determinada


construtora sagra-se vencedora numa licitação para a reforma do
hall de acesso de uma autarquia estadual. O contrato foi assinado

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no dia 30 de abril, com duração até 30 de outubro daquele mesmo


ano. Iniciada a execução do contrato, a Administração constata a
necessidade de alteração no projeto original, a fim de incluir uma
rampa de acesso para deficientes físicos.
Com base na hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta.
a) A alteração do projeto, pela Administração, autoriza a
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, mas não a
prorrogação do prazo de entrega da obra.
b) A alteração do projeto, pela Administração, autoriza a
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro e também a
prorrogação do prazo de entrega da obra.
c) Os concorrentes que perderam a licitação podem questionar a
validade da alteração, exigindo a realização de novo procedimento
licitatório para a totalidade da obra.
d) Os concorrentes que perderam a licitação podem questionar a
validade da alteração, exigindo a realização de novo procedimento
licitatório para a construção da rampa de acesso para deficientes
físicos.

Conforme a Lei, “para restabelecer a relação que as partes pactuaram


inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da
administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento,
objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro
inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou
previsíveis, porém de consequências incalculáveis, retardadores ou
impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior,
caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica
extraordinária e extracontratual”.
Só um detalhe: as cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos
contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia
concordância do contratado.
Por fim, a prorrogação do prazo de entrega da obra é permitida, assim
como se admite a prorrogação dos prazos de início de etapas de execução
e de conclusão. Dessa forma, o gabarito é letra B.

Alteração Contratual

O artigo 65 da Lei 8.666/93 permite a alteração contratual desde que


devidamente justificado e nos seguintes casos:
“I - unilateralmente pela Administração:

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a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para


melhor adequação técnica aos seus objetivos; considerada, pela
doutrina, alteração QUALITATIVA.
b) quando necessária a modificação do valor contratual em
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos
limites permitidos por esta Lei; considerada, pela doutrina, alteração
QUANTITATIVA.
II - por acordo das partes:
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra
ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação
técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por
imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial
atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao
cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de
fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente
entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a
justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na
hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis, porém de
consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do
ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do
príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual”.
Pessoal, quando a alteração se der de forma unilateral, o contratado
deve aceitar tanto os acréscimos quando as supressões realizadas nos
contratos da seguinte forma:
Obras, serviços ou compras – até 25% do valor inicial atualizado do
contrato para acréscimos ou supressões;
Reformas de edifício ou equipamento – até 50%, mas só para os
acréscimos.
Vamos ver como esse tema já foi cobrado?

42 – (FCC – TRF – ANALISTA – 2012) A Administração contratou a


reforma de edifício público e, no curso da execução do contrato,
constatou a necessidade de acréscimos nas obras inicialmente
contratadas. De acordo com a Lei no 8.666/1993, a Administração
a) não poderá aditar o contrato para introduzir acréscimos sob pena
de violação ao procedimento licitatório.

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b) somente poderá aditar o contrato para introduzir acréscimo em


seu objeto até o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor
inicial atualizado do contrato.
c) poderá alterar o contrato, unilateralmente, até o limite de 50%
(cinquenta por cento) do valor inicial atualizado do contrato.
d) somente poderá alterar o contrato com a concordância do
contratado, até o limite de 50% (cinquenta por cento) do seu valor
inicial, cabendo o reequilíbrio econômico-financeiro de acordo com
as condições vigentes no momento da alteração.
e) somente poderá alterar o contrato na hipótese de comprovar a
ocorrência de eventos supervenientes e sempre até o limite de 25%
(vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato.

Essa é uma questão interessante, pois podemos ter em mente uma


prerrogativa da Administração no que diz respeito à continuidade da
execução de um contrato após detectar a necessidade de acréscimos ou
supressões nas obras, nos serviços ou nas compras.
O item A está incorreto, pois a Administração pode sim aditar o
contrato com a finalidade de impor acréscimos. Conforme o parágrafo 1°
do artigo 65 da Lei das Licitações, o contratado deve aceitar, nas mesmas
condições contratuais, isto é, com iguais objetos, materiais, equipamentos
etc., acréscimos ou supressões.
O item B está incorreto. Conforme o mesmo parágrafo 1° do artigo
65 da Lei, o limite não é de 25% do valor inicial atualizado do contrato em
qualquer caso. O que se observa é um limite de 25% (para acréscimos
ou supressões) nas obras, serviços ou compras; porém, tal limite sobe para
50% (para acréscimos apenas) nos casos de reformas de edifício ou de
equipamento.
O item C está correto, pois ele diz que “poderá” alterar o contrato,
unilateralmente, até o limite de 50% (cinquenta por cento) do valor inicial
atualizado do contrato. Realmente, ele poderá acrescentar até o limite de
50% nos casos de reformas de edifício ou de equipamento.
O item D está incorreto, pois ele limita a alteração contratual a
apenas 50% e apenas para acréscimos e não supressões. Como já vimos,
os acréscimos ou supressões serão de 25% nas obras, serviços ou compras.
Porém, nos casos de reformas de edifício ou de equipamentos, os
acréscimos, apenas, poderão chegar a 50%.
Quanto ao equilíbrio econômico-financeiro, o §6° do artigo 65 impõe
que a Administração deve restabelecê-lo por aditamento nos casos em que
a alteração unilateral do contrato resultar em aumento dos encargos do
contratado.

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O item E está incorreto. Por tudo que vimos nos itens anteriores,
podemos perceber claramente que este item não é verdadeiro.
Gabarito é, portanto, a letra C.

43 – (FCC - TRT – ANALISTA - 2012) No curso da execução de


contrato administrativo regido pela Lei no 8.666/1993 para a
construção de uma rodovia, identificou-se a necessidade de
alteração do projeto inicial para melhor adequação técnica. A
alteração importou majoração dos encargos do contratado, em
relação àqueles tomados por base para o oferecimento de sua
proposta na fase de licitação. Diante dessa situação, a
Administração contratante:
a) poderá alterar unilateralmente o contrato, desde que a alteração
do projeto não importe acréscimo de mais de 50% do objeto.
b) poderá alterar o contrato de forma consensual com o contratado,
assegurado o reequilíbrio econômico-financeiro, que não poderá
superar 25% do valor do contrato.
c) poderá alterar unilateralmente o contrato, sem necessidade de
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, que somente é
devido nas hipóteses de álea econômica extraordinária.
d) poderá alterar unilateralmente o contrato, reestabelecendo o
seu equilíbrio econômico-financeiro por aditamento contratual.
e) somente poderá alterar o contrato se contar com a concordância
do contratado e assegurado o seu reequilíbrio econômico-
financeiro.

Como vocês perceberão, ao longo dos estudos, que a FCC gosta muito
de cobrar esse assunto em suas questões relacionadas a contratos
administrativos. É um tema recorrente nas provas de concursos. Então
vamos lá respondê-la.
O item A está incorreto, pois conforme §1° do artigo 65 da Lei de
Licitações, a Administração pode sim alterar o contrato. Já o contratado fica
obrigado a aceitar, desde que seja nas mesmas condições contratuais, os
acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras
em até 25% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de
reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% para os seus
acréscimos. Logo, pode haver acréscimos ou supressões.
O item B está incorreto, pois não precisa ser consensual com o
contratado. Este deve aceitar os acréscimos e/ou supressões desde que
sejam nas condições contratuais antes estabelecidas.

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Outro erro no item é o limite de 25%. Já vimos que esse limite pode
chegar a 50% nos acréscimos para reformas de edifício ou de equipamento.
O terceiro item também está errado. Conforme o §6° do artigo 65 da
Lei, em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos
do contratado, a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o
equilíbrio econômico-financeiro inicial. Dessa forma, o equilíbrio
econômico-financeiro deve ser sempre observado.
O item D está correto, já que realmente pode superar os 25%,
chegando até 50% nos casos de reforma de edifício ou equipamento.
O item E está incorreto, pois a Administração pode alterar
unilateralmente o contrato sem a concordância do contratado desde que
respeite os limites impostos na Lei. O gabarito da questão é o item D.

44 – (FCC - MRE - Oficial de Chancelaria – 2009) Os contratos


regidos pela Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93), no
âmbito da Administração Pública, podem ser alterados, com a
devida justificativa,
a) unilateralmente, pela Administração ou por acordo das partes.
b) pelos Tribunais de Contas, a pedido da parte interessada.
c) pela Justiça Federal ex officio.
d) por terceiros, em quaisquer hipóteses.
e) pelo Legislativo, em caso de interesse público.

Questão tranquila. Como já vimos, os contratos regidos pela Lei de


Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93) podem ser alterados, desde que
justificados unilateralmente pela Administração, para: melhor adequação
técnica de um projeto, acréscimo ou diminuição quantitativa do objeto.
Também podem ser alterados por acordo entre as partes para, entre
outros motivos: substituição da garantia de execução, modificação do
regime de execução da obra ou serviço quando for impossível de se aplicar
os termos contratuais iniciais. O gabarito, portanto, é a letra A.

45 - (FGV - AL-MT - PROCURADOR – 2013) A União celebrou


contrato de obra pública com a empresa X, vencedora de
concorrência, para a construção de uma rodovia de 140 (cento e
quarenta) km de extensão. O contrato foi celebrado pelo prazo de
24 (vinte e quatro) meses. No decorrer da obra, entretanto, a
Administração verificou a necessidade de alteração no projeto
contratado, com o acréscimo de serviços e a prorrogação do prazo
contratual por mais 12 meses.

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Diante do exposto, é correto afirmar que:


a) não é possível a alteração do objeto contratado, embora a
prorrogação do prazo, em tese, seja possível.
b) é possível o acréscimo, na obra, até o limite de 25 % (vinte e
cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, mas, por se
tratar de contrato com prazo superior a 12 (doze) meses, é
impossível a sua prorrogação.
c) é possível o acréscimo, na obra, até o limite de 25 % (vinte e
cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, bem como
a prorrogação do contrato.
d) a alteração unilateral do contrato é permitida, mas não por razão
de alteração no projeto contratado.
e) desde que haja expressa concordância do contratado, é possível
o acréscimo na obra, qualquer que seja o valor, bem como a
prorrogação do contrato.

Quanto à alteração contratual, a Lei prevê como um dos casos


possíveis seja por ato unilateral da administração, desde que haja
modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação
técnica aos seus objetivos ou quando necessária a modificação do valor
contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu
objeto.
E quanto aos contratados em questão? Bom, a Lei dispôs que ele
deverá aceitar as alterações, nas mesmas condições contratuais. O limite
de acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou
compras, deverá ser de até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato.
Se o contrato for relativo a reforma de edifício ou de equipamento,
o limite será de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
Dessa forma, o gabarito é letra C.

46 - (CESPE - MEC – TODOS OS CARGOS – 2014) O contrato


administrativo poderá ser modificado unilateralmente pela
administração caso haja modificação do projeto ou das
especificações para adequação técnica aos objetivos do contrato ou
caso se julgue necessário modificar o valor contratual em
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa do objeto do
contrato.

Questão correta, pois as causas de modificação unilateral do contrato


feita pela Administração é exatamente as dispostas no enunciado da

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questão. Ou seja, quando houver modificação do projeto, ou das


especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos OU
quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de
acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos
por esta Lei. Gabarito, portanto, questão correta.

47 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO – 2014) A administração pública


possui a prerrogativa de alterar unilateralmente o objeto do
contrato, desde que a alteração seja apenas quantitativa,
mantendo-se a qualidade do objeto.

Para responder essa questão, vejamos o que diz o inciso I doa artigo
65 da Lei das Licitações e dos Contratos:
“Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão
ser alterados, com as devidas justificativas, nos
seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das
especificações, para melhor adequação técnica aos
seus objetivos; (Alteração Qualitativa)
b) quando necessária a modificação do valor
contratual em decorrência de acréscimo ou
diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites
permitidos por esta Lei. (Alteração Quantitativa)”.
Gabarito, portanto, questão errada.

Rescisão.

A rescisão poderá ser unilateral, pela Administração. Isto pode


ocorrer por interesse da Administração ou também pela via judicial, com
a intervenção do Poder Judiciário, por inadimplência do contratado ou da
Administração.
Deste modo, a rescisão de um contrato administrativo pode ser feita
de três maneiras: por acordo entre as partes; unilateralmente pela
Administração; ou judicialmente.
No caso de rescisão unilateral após o início da execução do objeto do
contrato, a Administração deve indenizar o contratado no que couber. De
qualquer modo, a Administração deverá justificar a motivação da
situação que levou a rescisão do contrato. A rescisão pode também ser
amigável, por acordo entre as partes.

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Se um contrato não for executado ou for executado apenas em


partes, ele poderá ser rescindido. Dentre os principais motivos para que
isso ocorra, têm-se:

 o não cumprimento ou irregular cumprimento de cláusulas


contratuais, especificações, projetos ou prazos;
 a lentidão do seu cumprimento, impossibilitado a Administração
em concluir a obra, o serviço ou o fornecimento, nos prazos
estipulados;
 o atraso injustificado no início da obra, serviço ou
fornecimento;
 a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa
causa e prévia comunicação à Administração;
 a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação
do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou
parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não
admitidas no edital e no contrato;
 a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil,
assim como a dissolução da sociedade ou o falecimento do
contratado;
 a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura
da empresa, que prejudique a execução do contrato;
 a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente
comprovada, impeditiva da execução do contrato;
 a suspensão de sua execução, por ordem escrita da
Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias,
salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da
ordem interna ou guerra;
 o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos
pela Administração decorrentes de obras, serviços ou
fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados,
salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da
ordem interna ou guerra;
 a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou
objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos
prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais
especificadas no projeto.
Vamos ver como isto já foi cobrado?
48 – (FCC – TRF - TÉCNICO - 2012) Sob o aspecto da inexecução e
da rescisão dos contratos, NÃO constitui motivo, dentre outros,
para a rescisão contratual:

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a) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura


da empresa, que prejudique a execução do contrato.
b) a paralisação da obra, serviço ou fornecimento, sem justa causa
e prévia comunicação à Administração.
c) o cumprimento irregular de cláusulas contratuais,
especificações, projetos e prazos.
d) a dissolução da sociedade ou do falecimento do contratado.
e) o atraso justificado no início da obra, serviço ou fornecimento.

A questão pede que se diga qual dos itens não é motivo para rescisão
do contrato. O único item que não constitui motivo para tal é o item E. O
inciso IV do artigo 78 da Lei 8.666/93 diz que o atraso, para ser motivo de
rescisão contratual, deverá ser injustificado. O item E fala de atraso
justificado, o que não é causa para rescisão.
Os demais itens são casos em que se pode rescindir um contrato
administrativo, conforme a Lei de Licitações. O gabarito da questão é o
item E.

49 - (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – AGENTE - 2014) A rescisão


unilateral do contrato poderá ocorrer tanto por inadimplência do
contratado quanto por interesse público, exigindo-se, em ambos os
casos, da administração justa motivação para a rescisão.

Perfeito. A rescisão unilateral do contrato pode ocorrer pela


inadimplência do contratado e também por interesse público. Entretanto, a
Administração deverá justificar a motivação da situação que levou a
rescisão do contrato. O gabarito é questão certa.

Teoria da Imprevisão

Fatos imprevisíveis ou previsíveis, porém, de consequências


incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado são
motivos que justificam a inadimplência do contrato, tanto pelo particular,
quanto pela Administração.
Essa inadimplência contratual libera de responsabilidade às partes do
contrato. É o que pressupõe a Teoria da Imprevisão.
Exemplo de causas que justificam essa teoria:

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Força maior e Fato do Fato da


caso fortuito príncipe administração

Diante de eventos imprevisíveis, os quais acarretam onerosidade


(ou seja, causam despesas maiores do que o previsto) à parte contratada
ou impossibilidade de execução do contrato, poderá haver rescisão
contratual quando não for possível revisá-lo.
Tais eventos são denominados de Força maior quando forem
desligados de qualquer ação da Administração ou do particular, além de
imprevisíveis e inevitáveis. Por exemplo: furacão, guerra, revolta da
população de um local.
Agora, se os eventos forem de natureza interna, isto é, ocasionada
por atitudes do particular ou da Administração, de modo imprevisível e
tecnicamente inexplicável, estaremos diante de um caso fortuito.
O fato do príncipe decorre de uma ordem geral do Estado que não
podia ser prevista e que impede a execução do contrato ou aumenta
significativamente seu custo.
Nestas situações, o contrato poderá ser revisado ou rescindido. Por
exemplo: aumento de um imposto sobre os bens fornecidos pelo particular
à Administração para a execução do contrato.
Finalmente, o fato da administração resulta em rescisão do
contrato devido a uma atuação da Administração que afeta diretamente o
contrato, impedindo ou atrasando a execução contratual.
Por exemplo: atraso de mais de 90 (noventa) dias dos pagamentos
devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou
fornecimentos já recebidos ou executados, salvo em casos de calamidade
pública grave perturbação da ordem interna ou greve.
Vamos ver como estes temas já foram cobrados em provas?

50 - (CESPE - TELEBRAS – ESPECIALISTA – 2013) Segundo o


entendimento firmado no âmbito do STJ, rescisão de contrato
administrativo por ato unilateral da administração pública, sob a
justificativa de interesse público, impõe ao contratante a obrigação
de indenizar o contratado pelos prejuízos daí decorrentes,
considerando-se não apenas os danos emergentes, mas também os
lucros cessantes.

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Essa questão foi tirada do julgamento do recurso especial da Embratel


na segunda turma do STJ.
Normalmente, seguindo os comandos legais, quando a Administração
rescinde um contrato unilateralmente, sob a justificativa de interesse
público, ela deverá indenizar o contratado pelos prejuízos regularmente
comprovados decorrentes da rescisão, tendo ainda que devolver a garantia,
que pagar pela execução do contrato até a data da rescisão e ainda que
pagar os custos da desmobilização.
O STJ, entretanto, firmou entendimento, no julgado acima, que
caberia inclusive o ressarcimento pelos danos emergentes e pelos lucros
cessantes.
Os danos emergentes são aqueles que se conseguem mensurar, isto
é, aquele que efetivamente ocorreu e se consegue provar. Já os lucros
cessantes seriam os ganhos que se deixaram de obter por inexecução do
contrato. O gabarito, portanto, é questão correta.

51 - (ESAF – SUSEP – AGENTE – 2006) O que, conceitualmente,


pode distinguir o contrato administrativo de um convênio, firmado
pela Administração, é que quanto a este os seus objetivos são
a) de interesses comuns às partes.
b) de interesses divergentes para as partes.
c) permitidos por lei.
d) presumivelmente legais.
e) de interesse público.

Ao contrário de um contrato administrativo, um convênio conta com


partícipes, não partes. Desse modo, em um convênio, os interesses são
convergentes, não divergentes.
Em um contrato administrativo, as partes desejam “coisas”
diferentes. A empresa contratada, por exemplo, deseja ter lucro no
contrato, ao passo que a Administração Pública desejaria atender melhor a
população, ampliar os serviços, etc.
Em um convênio, por sua vez, os interesses são convergentes, não
“contrários”. Por isso mesmo, na celebração de convênios não é exigida
uma licitação prévia. Portanto, o gabarito é mesmo a letra A.

52 - (CESPE – TCDF – ACE – 2012) A administração pública não pode


celebrar contratos regidos pelas regras do direito privado. Assim,
em um hipotético contrato de manutenção de elevadores, celebrado

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entre uma empresa e o TCDF, valerá somente em favor do órgão


público a exceção de contrato não-cumprido.

Aqui nesta questão temos de diferenciar os contratos administrativos


e os contratos da administração. Nos contratos da administração a
Administração Pública realiza com o particular um contrato em posição de
“quase” igualdade, sem chamar para si a prerrogativa da supremacia do
interesse público.
Assim, a Administração não atua na perspectiva de “poder público”.
Portanto, são contratos regidos primordialmente pelas normas do direito
privado. Dentre alguns exemplos destes contratos, temos: os contratos de
seguros, os contratos de financiamento e os contratos de locação em que
a administração seja a locatária.
Dessa maneira, o gabarito é questão errada.

53 - (CESPE – TCU – TÉCNICO – 2012) A celebração de um contrato


de abertura de conta corrente entre um banco público e um
particular pessoa física é exemplo de ato administrativo.

Antes de qualquer coisa, a celebração de um contrato de abertura de


conta corrente é um contrato, não um ato administrativo. Este é um
contrato regido pelo Direito Privado, que pode ser firmado pela
Administração. Assim sendo, o gabarito é questão errada.

Continuando a aula, vamos resolver mais algumas questões?


54 – (FCC – TRF - TÉCNICO– 2012) Analise, sob o tema dos
contratos administrativos, as prerrogativas conferidas à
Administração em relação a esses contratos:
I. Modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às
finalidades de interesse público, respeitado os direitos do
contratado.
II. Rescindi-los unilateralmente, em qualquer hipótese, desde que
necessário.
III. Ocupar provisoriamente, em determinadas hipóteses, bens
móveis e imóveis e serviços vinculados ao objeto do contrato nos
casos de serviços essenciais.
IV. Aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do
ajuste.
Nesses casos, está correto o que consta APENAS em :
a) I, III e IV.

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b) II e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.

Essa questão da FCC foi tirada toda do artigo 58 da Lei 8.666 de


1993. Vejamos!
O item I é cópia do inciso I do artigo 58, portanto está correto.
O item II está incorreto, pois não é em qualquer hipótese que a
Administração pode rescindir um contrato administrativo unilateralmente.
Conforme o inciso II do art. 58 da Lei, a rescisão ocorre em casos
especificados nos incisos de I a XII e inciso XVII do artigo 78 da mesma
Lei. Como exemplo, temos: o não cumprimento ou o cumprimento irregular
de cláusulas contratuais; lentidão do cumprimento do contrato nos prazos
estipulados; atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e
prévia comunicação à Administração.
O item III está correto. Ele pode ser encontrado no inciso V do artigo
58 da Lei.
Finalmente o inciso IV está correto. A aplicação de sanções motivadas
pela inexecução total ou parcial do ajuste está previsto no inciso IV do
artigo 58 da Lei 8.666/93. O gabarito da questão, portanto, é a letra A.

55 –(FCC - TCE-SP – AGENTE - 2012) Determinado órgão da


Administração estadual celebrou, após regular procedimento
licitatório, contrato de prestação de serviços de vigilância.
Aproximando-se do prazo final do contrato, com base na Lei no
8.666/93, o órgão:
a) está obrigado a instaurar novo procedimento licitatório, eis que
os contratos administrativos não admitem prorrogação, limitando-
se ao prazo compatível com a dotação orçamentária que lhes dá
suporte.
b) poderá prorrogar o contrato, eis que os contratos
administrativos admitem prorrogação, independentemente da
natureza do serviço, até o máximo de 12 meses e desde que
assegurada dotação orçamentária.
c) está obrigado a instaurar novo procedimento licitatório, exceto
se comprovar que a interrupção do serviço causará prejuízo ao
serviço público, situação em que, assegurado o suporte
orçamentário, poderá prorrogar o contrato pelo prazo máximo de
12 meses.

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d) poderá prorrogar o contrato, excepcionalmente, até o limite de


6 meses, se comprovar que o preço contratado situa-se abaixo dos
praticados no mercado e que não haverá tempo hábil para
realização de nova licitação.
e) poderá prorrogar o contrato, desde que caracterizado que se
trata de serviços a serem executados de forma contínua, até o
máximo de 60 meses e, excepcionalmente, por mais 12 meses.

A FCC frequentemente repete esse tipo de questionamento sobre


prorrogação de contratos administrativos. Portanto, devemos prestar
atenção nesse assunto da questão, ok?
Conforme o artigo 57 da Lei 8.666/93, o contrato administrativo
ficará adstrito à vigência dos créditos orçamentários. No entanto, tal regra
possui algumas exceções, conforme veremos a seguir.
Uma das exceções ocorre nos casos de serviços a serem executados
de forma contínua, o contrato poderá ter duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos, dentro de um limite de sessenta meses. No entanto,
o §4° do mesmo artigo dispõe que, devidamente justificado e mediante
autorização da autoridade superior, esse prazo poderá ser prorrogado por
até doze meses.
Vale lembrar que é vedado contrato com prazo de vigência
indeterminado.
O item A está errado, pois não é obrigada a instauração de novo
procedimento licitatório nos contratos administrativos que admitem
prorrogação. E também, mesmo que haja limitação à vigência dos créditos
orçamentários, vimos que essa regra constante no artigo 57 da Lei possui
exceções. Outra exceção seria o caso de projetos constantes no Plano
Plurianual.
O item B está incorreto, pois os contratos poderão ser prorrogados
de acordo com a natureza dos serviços que deverão ser de forma contínua.
Outro erro está no prazo máximo que deve ser de sessenta meses e não
de doze meses.
Os itens C e D estão incorretos, pois fogem do que dispõe o artigo 57
da Lei e seus parágrafos, conforme já vimos nas justificativas dos outros
itens. O gabarito é a letra E.

56 – (FCC - TRE-CE –ANALISTA – 2012) A empresa "Y" sagrou-se


vencedora de determinado procedimento licitatório. Em razão
disso, a Administração Pública convocou-a regularmente para
assinar o termo de contrato, dentro do prazo e condições
estabelecidos. No entanto, a empresa "Y", injustificadamente, não
compareceu para a assinatura do termo de contrato.

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Diante do fato narrado e nos termos da Lei de Licitações (Lei no


8.666/1993),
a) é facultado à Administração convocar os licitantes
remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual
prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro
classificado.
b) a Administração está obrigada a revogar a licitação.
c) o prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez.
d) a Administração deverá anular a licitação.
e) o fato narrado caracteriza descumprimento parcial da obrigação
assumida, ficando a empresa "Y" proibida de participar de novo
certame pelo prazo de dois anos.

O item A está correto. Conforme o §2º do artigo 64 da Lei 8.666/93,


após a Administração convocar o interessado para assinar o termo de
contrato ou aceitar ou retirar o instrumento equivalente, e esse não o fizer
dentro do prazo, fica facultado convocar os licitantes remanescentes, na
ordem de classificação. Tal convocação deverá ser em igual prazo e nas
mesmas condições propostas pelo primeiro classificado.
O item B está incorreto, pois a Administração não é obrigada a
revogar a licitação. Ela pode convocar os licitantes remanescentes,
conforme item A, ou pode revogar a licitação.
O item C foi considerado incorreto pela banca porque, conforme o §1°
desse mesmo artigo 64, o prazo de convocação poderá ser prorrogado uma
vez, por igual período, quando solicitado pela parte durante o seu
transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela
Administração. Portanto, se não for solicitado com as devidas justificativas
e aceito pela Administração, o prazo não será prorrogado.
O item D está errado, pois a Administração não deve anular a
licitação. O enunciado da questão não retrata nenhum fato ilegal que venha
a exigir a anulação. Portanto, a Administração pode revogar, se oportuno
e conveniente for.
O item E está incorreto, pois não existe essa penalidade de afastar a
empresa de um novo procedimento licitatório por um prazo de 2 (dois)
anos. O gabarito, portanto, é a letra A.

57 –(FCC - TCE-PR –ANALISTA - 2011) No curso de contrato de


concessão de serviços públicos, sobreveio a majoração de imposto
incidente sobre o faturamento da concessionária em relação à
alíquota vigente no momento da licitação. Diante desse cenário, a
concessionária:

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a) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato,


em face da ocorrência de fato do príncipe.
b) não possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro do
contrato, dado que a concessão pressupõe a exploração do serviço
por conta e risco da concessionária.
c) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato
apenas se comprovar que a majoração afeta a taxa interna de
retorno (TIR) do projeto, caracterizando álea econômica
extraordinária.
d) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro apenas se a
majoração decorrer de ato do poder concedente, caracterizando
fato da administração.
e) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro apenas se
houver expressa previsão no edital e contrato de concessão,
exonerando a concessionária do risco fiscal.

Conforme vimos em nossa aula, o Fato do Príncipe decorre de uma


ordem geral do Estado que não podia ser prevista e que impede a execução
do contrato. Como exemplo, temos majoração de imposto incidente sobre
o faturamento da concessionária em relação à alíquota vigente no momento
da licitação. Esse aumento do imposto foi geral, sem relação com o contrato
firmado entre a Administração e o particular. Mesmo assim, o contrato foi
atingido, onerando a sua execução, podendo torná-la inviável.
Dessa forma, o item A da questão está correto, pois diante do Fato
do Príncipe ocorrido, o contratado tem o direito de ter o contrato revisto de
modo a reestabelecer o equilíbrio econômico-financeiro.
O item B está incorreto, pois a concessionário possui o direito ao
reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, já que a concessão não
pressupõe a exploração do serviço por conta e risco APENAS da
concessionária.
O item C está errado. O erro está no fato que a questão falar em álea
econômica extraordinária. O fato do príncipe tem relação com a álea
extraordinária ADMINISTRATIVA. Nesta situação, observam-se os atos
gerais da Administração afetando indiretamente um contrato
administrativo, como o caso da questão. A álea extraordinária econômica
diz respeito a fatos globais que causariam a indisponibilidade de
continuidade da execução do contrato, como em casos de crises
econômicas.
O item D está errado. Não é Fato da Administração, e sim, Fato do
Príncipe.

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O item é está incorreto. Conforme já vimos, o equilíbrio econômico-


financeiro é direito do contratado em casos como o da questão. O gabarito
da questão é a letra A.

58 –(FCC - TCM-BA –PROCURADOR - 2011) Os contratos


administrativos submetem-se a um regime jurídico diferenciado,
que inclui a:
a) natureza intuitu personae, o que impede a previsão de
subcontratação ou cessão do objeto.
b) impossibilidade de rescisão por iniciativa do contratado ou por
consenso, em função da preservação da continuidade do serviço
público.
c) possibilidade de alteração do objeto, unilateralmente pela
Administração, independentemente da recomposição do equilíbrio
econômico-financeiro.
d) presença de cláusulas exorbitantes, inclusive prevendo a
possibilidade de aplicação de sanções administrativas como multa,
advertência e impedimento de contratar com a Administração.
e) vinculação ao instrumento convocatório, vedando-se
aditamentos quantitativos ou qualitativos.

O item A está incorreto. Conforme o artigo 72 da Lei 8.666/93, o


contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades
contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou
fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração.
O item B está incorreto, pois, no artigo 79 da Lei, a rescisão poderá
se dar por ato unilateral e escrito da Administração; de forma amigável,
por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo de licitação; e,
por fim, de forma judicial, nos termos da legislação.
O erro do item C refere-se ao fato de afirmarem que independe a
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro. As cláusulas econômico-
financeiras e monetárias dos contratos administrativos deverão ser revistas
para que se mantenha o equilíbrio contratual e não poderão ser alteradas
sem prévia concordância do contratado.
O item D está perfeito. As cláusulas exorbitantes estão incluídas no
regime jurídico diferenciado e submetem os contratos administrativos.
O item E está errado, pois não é vedado aditamentos pela
Administração. O gabarito é, portanto, a letra D.

59 – (FCC - TRT –TÉCNICO - 2011) Analise a seguinte característica


concernente ao contrato administrativo: "prerrogativa especial

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conferida à Administração Pública na relação do contrato


administrativo em virtude de sua posição de supremacia em relação
à parte contratada". Trata-se
a) do direito ao equilíbrio econômico-financeiro do contrato
administrativo.
b) da cláusula exorbitante.
c) da exigência legal de formalização por escrito e com requisitos
especiais do contrato administrativo.
d) da comutatividade do contrato administrativo.
e) da consensualidade do contrato administrativo, exigindo o
acordo entre as partes para a formalização da avença.

O enunciado da questão faz referência às cláusulas exorbitantes. Que


nada mais são que as prerrogativas da Administração Pública de impor
alterações contratuais sem a concordância do particular contratado, de
fiscalizar a execução do contrato, de aplicar multas, entre outras. Claro,
pessoal, que dentro dos limites legais. Não se esqueçam disso.
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra B.

60 – (FCC – AUDITOR MUNICIPAL SP – ANALISTA - 2007) Em


matéria de contratos administrativos, NÃO é uma das chamadas
cláusulas exorbitantes a que preveja a
a) exclusão da regra do equilíbrio econômico-financeiro.
b) revogação unilateral do contrato pela Administração.
c) alteração unilateral do contrato pela Administração.
d) aplicação de sanções ao contratado diretamente pela
Administração.
e) ocupação provisória, em certos casos, de bens, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato.

Questão não tão recente, porém não menos importante devido à


frequência com que aparece nas provas.
A banca pede o item que não se refere a uma cláusula exorbitante.
Apenas o item A não tem relação, pois não se deve excluir a regra do
equilíbrio econômico-financeiro. Esta regra deve ser observada durante
todo o cumprimento do contrato.
Todos os demais itens são exemplos de cláusulas exorbitantes. O
gabarito é a letra A.

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61 – (FCC - TRE-AP – ANALISTA - 2011) Uma das causas


justificadoras da inexecução do contrato administrativo denomina-
se fato do príncipe. Dentre os exemplos a seguir, constitui fato do
príncipe
a) a criação de tributo que incida sobre matérias-primas
necessárias ao cumprimento do contrato.
b) a omissão da Administração Pública em providenciar a
desapropriação necessária para a realização de obra pelo
contratado.
c) o atraso superior a noventa dias de pagamento devido pela
Administração decorrente de serviço já executado.
d) a inundação imprevisível que cubra o local da obra.
e) a greve que paralise a fabricação de um produto de que dependa
a execução do contrato.

O item A é um exemplo de Fato do Príncipe, já que é uma atuação do


Estado geral e imprevisível. Portanto, está correto.
Os itens B e C referem-se ao Fato da Administração, por ser uma
atuação ou omissão de quem está contratando, afetando diretamente na
execução do contrato de modo a impedir sua execução ou até mesmo
atrasá-la.
O item D refere-se a um Caso Fortuito, por ser uma ocorrência não
previsível e não evitável da natureza.
Finalmente o item E diz respeito à Força Maior, pois a greve
paralisando a fabricação de produto de que dependa a execução do contrato
é um evento humano, também imprevisível e inevitável. Gabarito,
portanto, é a letra A.

62 – (FCC - TRE-AP – ANALISTA - 2011) Uma das características


dos contratos administrativos denomina-se comutatividade, que
consiste em:
a) presença de cláusulas exorbitantes.
b) equivalência entre as obrigações ajustadas pelas partes.
c) sinônimo de bilateralidade, isto é, o contrato sempre há de
traduzir obrigações para ambas as partes.
d) obrigação intuitu personae, ou seja, que deve ser executada pelo
próprio contratado.
e) sinônimo de consensualidade, pois o contrato administrativo
consubstancia um acordo de vontades e não um ato impositivo da
Administração.

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A comutatividade é uma das características presentes nos contratos


administrativos. Ela nada mais é que uma equivalência entre as obrigações
ajustadas entre as partes. Isto significa que tanto uma parte quanto outra
tem prestações e contraprestações a seguir durante a vigência do contrato.
Como exemplo, temos os contratos de compra e venda ou os de
locação. Dessa forma, o gabarito da questão é a letra B.

63 – (FCC - TRE-RN - TÉCNICO – 2011) Nos contratos


administrativos:
a) o contratado é responsável pelos danos causados diretamente à
Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na
execução do contrato; no entanto, essa responsabilidade é excluída
ou reduzida pela fiscalização ou acompanhamento pelo órgão
interessado.
b) a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada
por um representante da Administração especialmente designado,
não sendo permitida a contratação de terceiros para subsidiá-lo de
informações pertinentes a essa atribuição.
c) o contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir
ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do
contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções
resultantes da execução ou de materiais empregados.
d) a inadimplência do contratado, com referência aos encargos
trabalhistas, fiscais e comerciais transfere à Administração Pública
a responsabilidade por seu pagamento, além de poder onerar o
objeto do contrato e restringir a regularização e o uso das obras e
edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.
e) o contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das
responsabilidades contratuais e legais, não poderá, em qualquer
hipótese, subcontratar partes da obra, do serviço ou do
fornecimento.

O item A está incorreto. Conforme o Art. 70 da Lei 8.666/93,


realmente o contratado responde em casos de culpa ou dolo pelos danos
causados tanto à Administração quanto a terceiro. No entanto, não se
exclui, nem se reduz sua responsabilidade caso o órgão interessado
fiscalize ou acompanhe.
O item B também está errado. De acordo com o artigo 67 da Lei, um
representante da Administração deve acompanhar e fiscalizar a execução
do contrato. Até aí, a questão está certa, porém, ela falha quando diz que
não é permitida a contratação de terceiros para subsidiá-lo de informações

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pertinentes à atribuição. É exatamente o contrário o que diz o final do artigo


67. Logo, pode, sim, contratar terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de
informações pertinentes a essa atribuição.
O item C está perfeito. É exatamente o que está escrito no artigo 69
da Lei das Licitações.
O item D está todo incorreto. De acordo com o §1° do artigo 71 da
Lei, a inadimplência do contratado, com referência aos encargos
trabalhistas, fiscais e comerciais, não transfere à Administração Pública a
responsabilidade por seu pagamento, nem pode onerar o objeto do
contrato, nem restringir a regularização e o uso das obras e edificações,
inclusive perante o Registro de Imóveis.
Por fim, o item E está errado. O artigo 72 da Lei dispõe que: “O
contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades
contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou
fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração”.
Desse modo, o gabarito da questão é a letra C.

64 - (FGV - CGE-MA – AUDITOR - 2014) Após regular processo


administrativo, com observância do contraditório e da ampla
defesa, a União concluiu que a sociedade empresária Construtec,
contratada para a construção de uma ferrovia, além dos atrasos,
utilizou materiais de qualidade inferior, alterou o projeto e fraudou
as notas fiscais apresentadas.
Com base nisso, a União aplicou as penalidades de declaração de
inidoneidade e multa, além de ter rescindido o contrato com a
referida sociedade empresária. Tendo em vista o cenário descrito,
assinale a afirmativa correta.
a) Não se admite a aplicação de mais de uma sanção administrativa
pelo mesmo fato apurado.
b) Somente se admite a cumulação das penas de advertência e
multa.
c) A rescisão unilateral do contrato autoriza a retenção dos créditos
decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à
Administração.
d) A inexecução parcial ou total do contrato dá ensejo à aplicação
de advertência, multa, declaração de inidoneidade e
desconstituição da pessoa jurídica.
e) A União não pode, concomitantemente, rescindir o contrato e
aplicar as referidas sanções administrativas.

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A letra A está errada, pois as sanções administrativas previstas no


artigo 87 da Lei são: advertência; multa; suspensão temporária de
participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração,
por prazo não superior a 2 (dois) anos e declaração de inidoneidade para
licitar ou contratar com a Administração Pública.
A sanção de multa poderá ser aplicada juntamente com
qualquer uma das outras previstas, sem esquecer de que o interessado
poderá realizar defesa prévia dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis.
A letra B está errada, conforme explicado no parágrafo anterior.
A rescisão de contrato pode ocorrer por ato unilateral da
Administração, por acordo entre as parte, ou por decisão judicial.
Nos casos em que a rescisão ocorra por ato unilateral, algumas
consequências são previstas na Lei, como: a tomada do objeto no estado e
local em que se encontrar, por ato próprio da Administração; assim como
a ocupação e utilização do local, instalações, equipamentos, material e
pessoal empregados na execução do contrato.
Também está previsto que se execute a garantia contratual, para
ressarcimento da Administração, e dos valores das multas e indenizações
a ela devidos, além da retenção dos créditos decorrentes do contrato
até o limite dos prejuízos causados à Administração. Logo, a letra C
está correta.
A letra D está errada, pois vimos que, em caso de inexecução total
ou parcial do contrato, caberá a Administração aplicar sanções. E dentre
essas sanções não se encontra a de desconstituição da pessoa jurídica,
como afirma o examinador.
A letra E está errada, pois claro que é possível rescindir o contrato e
aplicar as referidas sanções administrativas. Dessa forma, o gabarito é letra
C.

65 - (FGV - PC-MA – DELEGADO DE POLÍCIA – 2012) A respeito dos


contratos administrativos, tendo em vista as disposições da Lei nº
8.666/93, assinale a afirmativa correta.
a) Os contratos administrativos podem ser alterados
unilateralmente pela Administração Pública em casos específicos,
situações em que esta deverá restabelecer o equilíbrio econômico-
financeiro inicial, caso haja aumento dos encargos do contratado.
b) Nos contratos administrativos, fica facultado à Administração
inserir cláusula de reconhecimento dos direitos da Administração,
em caso de rescisão administrativa decorrente de inexecução total
ou parcial do contrato.
c) O instrumento de contrato, em regra, é obrigatório apenas nos
casos de concorrência, bem como nas dispensas e inexigibilidades

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cujos preços estejam compreendidos no limite desta modalidade de


licitação.
d) A Administração poderá, pela inexecução total ou parcial do
contrato, aplicar as sanções de advertência, multa, suspensão
temporária ou declaração de inidoneidade, independentemente de
prévia oitiva da parte contratada.
e) Os contratos relativos a direitos reais sobre imóveis deverão ser
lavrados nas repartições interessadas, as quais deverão manter
arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do
seu extrato.

A letra B está errada, pois não é facultada à Administração a inserção


desse tipo de cláusula, é obrigatório.
A letra C também está errada, pois conforme o artigo 62 da Lei, o
instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de
tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos
preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de
licitação.
A letra D está errada, pois, pela inexecução total ou parcial do
contrato, a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao
contratado as seguintes sanções: advertência; multa; suspensão
temporária ou declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
Administração.
O erro da letra E é que a banco colocou a exceção e não a regra. O
correto seria que os “contratos e seus aditamentos serão lavrados nas
repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus
autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a
direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado
em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu
origem”.
Como a questão pede a afirmativa correta. Dessa forma, o gabarito
é a letra A.

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Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1 – (FCC - TJ-AP - ANALISTA – 2009) Os contratos administrativos, regidos


pela Lei no 8.666/93, regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de
direito público,
a) aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos
contratos, mas não as disposições de direito privado.
b) aplicando-se-lhes, supletivamente, as disposições de direito privado,
mas não os princípios da teoria geral dos contratos.
c) aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos
contratos e as disposições de direito privado.
d) não se lhes aplicando, supletivamente, nem os princípios da teoria geral
dos contratos, nem as disposições de direito privado.
e) aplicando-se-lhes, também, em pé de igualdade, os princípios da teoria
geral dos contratos e as disposições de direito privado.

2 - (CESPE - IBAMA - TÉCNICO – 2012) Todo contrato celebrado pela


administração pública será considerado um contrato administrativo.

3 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO – 2014) Aos contratos administrativos


aplicam-se, supletivamente, as disposições de direito privado.

4 - (CESPE - MTE – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2014) Em razão da


submissão ao regime jurídico administrativo, a administração pública não
dispõe da mesma liberdade para contratar que é conferida a particular.

5 – (FCC - TCM-GO – AUDITOR – 2015) O Município de Itumbiara, por


intermédio de sua Secretaria da Saúde, precisa adquirir um lote de vacinas
que será utilizado na campanha de prevenção da gripe “A”. Para tanto, a
Secretaria está autorizada a:
a) celebrar contrato em nome do Município de Itumbiara, ao qual referido
órgão público se vincula.
b) celebrar contrato em nome do Secretário, autoridade máxima do referido
órgão público, não havendo necessidade de participação do Município,
porque o órgão dispõe de personalidade judiciária, a despeito de não
possuir personalidade jurídica própria.
c) celebrar contrato em nome próprio, porque o ordenamento jurídico
confere ao referido órgão autonomia em relação ao Município.

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d) adquirir o medicamento sem a formalização de contrato, de forma


verbal, em nome do Secretário, porquanto a exigência de formalização de
ajuste por contrato escrito só se aplica às pessoas jurídicas.
e) celebrar contrato em nome próprio, porque o ordenamento jurídico
confere a referido ente público personalidade jurídica própria, a despeito
de não conferir autonomia em relação ao Município ao qual pertence.

6 – (CESPE - DPE-PE – DEFENSOR PÚBLICO – 2015) De acordo com a Lei


n.º 8.666/1993, o contrato administrativo deve ser escrito, sendo nulo e
de nenhum efeito todo contrato verbal celebrado com a administração
pública.

7 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO – 2014) Em decorrência do princípio do


formalismo, todas as contratações celebradas pela administração pública
devem ser formalizadas por meio de instrumento de contrato, não sendo
possível a sua substituição por outros instrumentos, como a nota de
empenho de despesa.

8 - (CESPE - TJ-SE – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2014) Os contratos


administrativos submetem-se ao princípio do formalismo, razão pela qual
é obrigatório que sejam formalizados mediante instrumento de contrato,
sendo vedada a formalização por meio de qualquer outro instrumento.

9 – (FCC - TRE-RR – TÉCNICO – 2015) Uma das características dos


contratos administrativos denomina-se comutatividade, segundo a qual o
contrato administrativo:
a) se reveste de obrigações recíprocas e equivalentes para as partes.
b) deve ser executado pelo próprio contratado.
c) se expressa por escrito e com requisitos especiais.
d) é remunerado na forma convencionada.
e) pressupõe anterior licitação.

10– (FCC - TCE-GO – ACE – 2014) Nos termos da Lei no 8.666/1993, o


contratado, na execução do contrato administrativo, sem prejuízo das
responsabilidades contratuais e legais:
a) poderá subcontratar apenas partes de serviço ou de fornecimento, mas
não de obra, desde que respeite o limite estabelecido mediante acordo
entre as partes.

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b) não poderá subcontratar partes de obra, serviço ou fornecimento, sob


pena de burla ao procedimento licitatório.
c) poderá subcontratar apenas partes da obra, mas não de serviço ou de
fornecimento, desde que respeite o limite estabelecido mediante acordo
entre as partes.
d) poderá subcontratar apenas partes da obra, mas não de serviço ou de
fornecimento, desde que respeite o limite imposto pela Administração.
e) poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite
admitido, em cada caso, pela Administração.

11 - (CESPE - MTE – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2014) Todos os contratos


para os quais a lei exige licitação são firmados intuitu personae, ou seja,
em razão de condições pessoais do contratado, apuradas no procedimento
da licitação.

12 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO – 2014) Considerando que a Secretaria de


Cultura do DF pretenda contratar empresa de publicidade para realizar
campanha de divulgação de um festival de música que ocorrerá em Brasília,
julgue o item que se segue.
Em razão do caráter personalíssimo dos contratos administrativos, a
administração não poderá admitir a subcontratação do referido serviço.

13 – (FCC – MANAUSPREV – TÉCNICO – 2015) O regime jurídico de direito


público confere à Administração pública um conjunto de prerrogativas que
se expressam nas atividades por ela desenvolvidas. No âmbito dos
contratos administrativos, podem-se identificar algumas cláusulas
exorbitantes que representam essas prerrogativas da Administração
pública, tal como:
a) a possibilidade de interromper o pagamento pelos serviços executados,
por motivos de interesse público, por tempo indeterminado, sem que à
contratada assista direito à rescisão.
b) a faculdade de editar decreto para enquadramento do contrato em
hipótese de dispensa ou inexigibilidade de licitação.
c) o poder de decidir quando determinado contrato deve se submeter à
prévia licitação.
d) a possibilidade de substituir o contratado para a prestação de
determinado serviço por outro licitante, caso comprove que a medida será
mais econômica para a Administração.
e) a faculdade de promover alterações unilaterais no contrato,
independentemente de anuência da contratada, assegurado o equilíbrio
econômico-financeiro do contrato.

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14 – (FCC - TCM-GO – AUDITOR – 2015) Os contratos administrativos e os


de direito privado se distinguem entre si, a despeito de ambos integrarem
a categoria dos negócios jurídicos. Contudo, apenas os contratos
administrativos:
a) podem ser unilateralmente modificados ou rescindidos pelo Poder
Público, para atendimento de um fim de interesse público, respeitado o seu
equilíbrio econômico-financeiro.
b) são mutáveis, possibilitando a instabilização da relação jurídica, desde
que tenham sido firmados por meio de procedimento licitatório, o que se
denomina comutatividade.
c) são regidos predominantemente por normas de direito privado, em razão
do princípio da autonomia da vontade.
d) obrigam terceiros estranhos à relação jurídica, o que se denomina força
obrigatória do vínculo.
e) podem ser ajustados de forma verbal e por prazo indeterminado, em
razão do princípio da indisponibilidade do interesse público sobre o privado.

15 – (CESPE – ANTAQ – ANALISTA – 2014) Determinado órgão da


administração indireta celebrou contrato administrativo cujo objeto era o
fornecimento de serviços terceirizados de mão de obra para limpeza e
conservação do seu edifício-sede.
Conforme expresso na Lei n.º 8.666/1993, caso haja inadimplência do
contratado em relação a encargo trabalhista, a responsabilidade pelo
pagamento desse encargo não será transferida à administração.

16 - (FGV - MPE-MS - ANALISTA – 2013) As alternativas a seguir


apresentam cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos, à
exceção de uma. Assinale- a.
a) Rescisão unilateral do contrato.
b) Fiscalização unilateral da obra.
c) Alteração unilateral do preço.
d) Aplicação de sanções administrativas.
e) Inoponibilidade relativa da exceção do contrato não cumprido.

17 - (FGV - TCE-BA - AGENTE – 2013) No que tange às cláusulas


exorbitantes aplicáveis aos contratos administrativos, analise as
afirmativas a seguir.

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I. Essas cláusulas não viabilizam a aplicação de sanções de forma


unilateral, em âmbito administrativo.
II. É possível haver a rescisão unilateral do contrato por parte da
Administração, em âmbito administrativo.
III. A ocupação provisória de bens imóveis apenas poderá ocorrer nos
casos de rescisão do contrato administrativo.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas a afirmativa II estiver correta.
c) se apenas a afirmativa III estiver correta.
d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

18 – (FCC - TRE-TO - TÉCNICO – 2011) Dentre outras, são características


dos contratos administrativos:
a) comutatividade e formalidade.
b) informalidade e natureza intuitu personae.
c) onerosidade e inexistência de obrigações recíprocas para as partes.
d) presença de cláusulas exorbitantes e unilateralidade.
e) consensualidade e informalidade.

19 - (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – AGENTE - 2014) Como o contrato


administrativo é um contrato de adesão, todo o seu conteúdo será definido
unilateralmente pela própria administração.

20 - (CESPE - TELEBRAS – ESPECIALISTA – 2013) O contrato


administrativo é sempre consensual e, em regra, formal, oneroso e
comutativo, mas não é intuitu personae ou personalíssimo.

21 - (CESPE - TELEBRAS – ESPECIALISTA – 2013) O contratado é


responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e
comerciais decorrentes da execução do contrato, porém sua inadimplência
transfere a responsabilidade relativa a esses encargos para a administração
pública.

22 – (FCC - TRT - TÉCNICO – 2010) Os contratos administrativos típicos


diferenciam-se dos contratos privados, dentre outras características, pela:

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a) finalidade pública como seu pressuposto.


b) presença de pessoas jurídicas como contratantes.
c) natureza do objeto.
d) imposição de cláusulas exorbitantes.
e) presença do Poder Público como parte contratante.

23 – (FCC - MPE-AP – TÉCNICO – 2012) Nos termos da Lei nº 8.666/1993,


é INCORRETO afirmar que os contratos administrativos:
a) regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, não
lhes aplicando, nem mesmo supletivamente, disposições de direito privado.
b) devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua
execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e
responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação
e da proposta a que se vinculam.
c) têm como cláusula necessária, dentre outras, a que estabeleça a
legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos
omissos.
d) podem ser modificados, unilateralmente, pela Administração Pública
para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os
direitos do contratado.
e) quando decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem
atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta.

24 – (CESPE – FUB – ENGENHEIRO CIVIL – 2015) O prazo de execução de


um contrato administrativo é iniciado na data de assinatura do contrato.

25 – (FCC - TJ-AP - ANALISTA – 2009) NÃO integra o rol legal de cláusulas


necessárias em todo contrato administrativo, regido pela Lei no 8.666/93,
a) o objeto e seus elementos característicos.
b) o regime de execução ou a forma de fornecimento.
c) o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação
funcional programática e da categoria econômica.
d) as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando
exigidas.
e) a obrigação ou a dispensa de o contratado de manter, durante toda a
execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele
assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na
licitação.

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26 – (CESPE – ANATEL – ANALISTA – 2014) Determinada autarquia fez


publicar edital de licitação para a construção de nova sede, no qual estavam
previstas todas as cláusulas obrigatórias de contratação, mas não a de
prestação de garantia. Decorridas todas as fases legalmente previstas, foi
firmado contrato com a empresa vencedora, entretanto, faltando cinco dias
para o início da execução da obra, os trabalhadores da construção civil
entraram em greve.
A empresa vencedora da licitação poderá exigir o reajuste dos preços do
contrato após o decurso de um ano da data da assinatura do contrato.

27 – (CESPE - TC-DF – TÉCNICO – 2014) Considerando que a Secretaria


de Educação do DF tenha celebrado contrato de prestação de serviços de
vigilância armada com a empresa X. Caso seja celebrada convenção
coletiva de trabalho que conceda aumento de salário aos empregados das
empresas de vigilância armada, a empresa X terá direito à repactuação do
valor do contrato, respeitado o interregno de um ano.

28 – (CESPE - PG-DF – PROCURADOR – 2013) Desde que haja previsão


editalícia e contratual, e depois de demonstrada analiticamente a variação
dos custos, a eventual contratada no processo licitatório poderá solicitar a
repactuação dos preços ajustados.

29 – (CESPE – ANCINE – ANALISTA – 2013) Em que pese não ser


obrigatório nos contratos administrativos, o reajuste periódico de preços é
uma prática de mercado que também deve ser seguida pela administração
pública, de modo a trazer equilíbrio econômico-financeiro ao contrato.

30 – (FCC - TRT - 13ª REGIÃO – TÉCNICO - 2014) O Tribunal contratou,


mediante prévio procedimento licitatório, serviço de fornecimento de
refeição a seus funcionários. No curso do contrato, a empresa contratada
solicitou o reajustamento dos preços praticados, em função do aumento
dos insumos e da sua folha de pessoal em razão de dissídio coletivo da
categoria. De acordo com as disposições aplicáveis da Lei n° 8.666/93,
a) o reajuste será devido, independentemente de previsão contratual, de
acordo com o índice de inflação aplicável ao setor.
b) é vedada a previsão contratual de reajuste de preço, em face do princípio
da vinculação ao instrumento convocatório.
c) admite-se a alteração do preço contratado, observado o limite de 25%
(vinte e cinco por cento) do valor nominal original.

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d) o reequilíbrio do contrato com reajuste do preço somente é possível se


decorridos no mínimo 12 meses do termo inicial do contrato.
e) admite-se o reajustamento do preço, de acordo com índice e
periodicidade previstos no contrato, bem como reequilíbrio econômico-
financeiro desde que configurada álea econômica extraordinária e
extracontratual.

31 – (FJG – RIO – ADVOGADO – 2014) Caso, no decurso de um contrato


administrativo, ocorra uma hipótese de alteração unilateral do contrato,
imposta pelo Poder Público, por um fato superveniente, o valor inicialmente
firmado pode ser objeto do seguinte instituto legal:
a) revisão
b) reajuste
c) recomposição
d) atualização monetária

32 – (ESAF – CGU – AFC – 2006) O instituto previsto na legislação sobre


contrato administrativo, referente à formalização da variação do valor
contratual, decorrente de reajuste de preços, previsto no contrato, que não
caracteriza a sua alteração, denomina-se:
a) aditivo.
b) termo de ajustamento.
c) apostila.
d) nota de aditamento.
e) termo de variação monetária.

33 - (CESPE - MI – TODOS OS CARGOS – 2013) A prestação de garantia


pelo particular é obrigatória para a execução de contratos administrativos,
por constituir exigência expressa em lei.

34 – (FCC - TCE-GO – ACE – 2014) A empresa MM Engenharia Ltda.,


contratada pela Administração Pública para a execução de importante obra
pública, executou fielmente o contrato, sendo o objeto recebido
definitivamente pela autoridade competente, mediante termo
circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de vistoria
que comprovou a adequação do objeto aos termos contratuais, observados
os demais requisitos dispostos na Lei nº 8.666/1993.
O prazo a que alude o enunciado, salvo em casos excepcionais,
devidamente justificados e previstos no edital, NÃO poderá ser superior a:

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a) 90 dias.
b) 100 dias.
c) 120 dias.
d) 150 dias.
e) 180 dias.

35 - (CESPE - TC-DF - ANALISTA – 2014) É imprescindível que haja


previsão orçamentária no plano plurianual para que sejam realizados
contratos de longo prazo, ou seja, contratos com prazo superior ao prazo
de vigência do crédito orçamentário.

36 - (CESPE - TC-DF - ANALISTA – 2014) A regra de prorrogabilidade dos


contratos poderá ser usada para assegurar compras de bens de uso
contínuo destinados a atender a necessidades públicas permanentes.

37 – (CESPE – ANTAQ – ANALISTA – 2014) A duração do contrato


administrativo ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários, sendo exceção a contratação de serviços a serem
executados de forma contínua.

38 – (CESPE – ANTAQ – ANALISTA – 2014) Nos casos de prestação de


serviços a serem executados de forma contínua, a duração dos contratos
poderá ser prorrogada ordinariamente por períodos iguais e sucessivos, até
o prazo máximo de 60 meses.

39 – (FCC - MPE-PE – TÉCNICO – 2012) Nos termos da Lei no 8.666/1993,


a prestação de serviços a serem executados de forma contínua poderão ter
a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à
obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração,
limitada a sessenta meses. No entanto, em caráter excepcional,
devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o
prazo de sessenta meses poderá ser prorrogado em até
a) sessenta meses.
b) vinte e quatro meses.
c) seis meses.
d) doze meses.
e) trinta e seis meses.

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40 - (CESPE – TELEBRAS – ESPECIALISTA – 2013) A conclusão do objeto


contratual determina a extinção do contrato pela cessação do vínculo
obrigacional entre as partes, dado o integral cumprimento de suas
cláusulas.

41 - (FGV - OAB – EXAME DE ORDEM – 2013) Determinada construtora


sagra-se vencedora numa licitação para a reforma do hall de acesso de
uma autarquia estadual. O contrato foi assinado no dia 30 de abril, com
duração até 30 de outubro daquele mesmo ano. Iniciada a execução do
contrato, a Administração constata a necessidade de alteração no projeto
original, a fim de incluir uma rampa de acesso para deficientes físicos.
Com base na hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta.
a) A alteração do projeto, pela Administração, autoriza a recomposição do
equilíbrio econômico-financeiro, mas não a prorrogação do prazo de
entrega da obra.
b) A alteração do projeto, pela Administração, autoriza a recomposição do
equilíbrio econômico-financeiro e também a prorrogação do prazo de
entrega da obra.
c) Os concorrentes que perderam a licitação podem questionar a validade
da alteração, exigindo a realização de novo procedimento licitatório para a
totalidade da obra.
d) Os concorrentes que perderam a licitação podem questionar a validade
da alteração, exigindo a realização de novo procedimento licitatório para a
construção da rampa de acesso para deficientes físicos.

42 – (FCC – TRF – ANALISTA – 2012) A Administração contratou a reforma


de edifício público e, no curso da execução do contrato, constatou a
necessidade de acréscimos nas obras inicialmente contratadas. De acordo
com a Lei no 8.666/1993, a Administração
a) não poderá aditar o contrato para introduzir acréscimos sob pena de
violação ao procedimento licitatório.
b) somente poderá aditar o contrato para introduzir acréscimo em seu
objeto até o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato.
c) poderá alterar o contrato, unilateralmente, até o limite de 50%
(cinquenta por cento) do valor inicial atualizado do contrato.
d) somente poderá alterar o contrato com a concordância do contratado,
até o limite de 50% (cinquenta por cento) do seu valor inicial, cabendo o
reequilíbrio econômico-financeiro de acordo com as condições vigentes no
momento da alteração.

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e) somente poderá alterar o contrato na hipótese de comprovar a


ocorrência de eventos supervenientes e sempre até o limite de 25% (vinte
e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato.

43 – (FCC - TRT – ANALISTA - 2012) No curso da execução de contrato


administrativo regido pela Lei no 8.666/1993 para a construção de uma
rodovia, identificou-se a necessidade de alteração do projeto inicial para
melhor adequação técnica. A alteração importou majoração dos encargos
do contratado, em relação àqueles tomados por base para o oferecimento
de sua proposta na fase de licitação. Diante dessa situação, a Administração
contratante:
a) poderá alterar unilateralmente o contrato, desde que a alteração do
projeto não importe acréscimo de mais de 50% do objeto.
b) poderá alterar o contrato de forma consensual com o contratado,
assegurado o reequilíbrio econômico-financeiro, que não poderá superar
25% do valor do contrato.
c) poderá alterar unilateralmente o contrato, sem necessidade de
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, que somente é devido
nas hipóteses de álea econômica extraordinária.
d) poderá alterar unilateralmente o contrato, reestabelecendo o seu
equilíbrio econômico-financeiro por aditamento contratual.
e) somente poderá alterar o contrato se contar com a concordância do
contratado e assegurado o seu reequilíbrio econômico-financeiro.

44 – (FCC - MRE - Oficial de Chancelaria – 2009) Os contratos regidos pela


Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93), no âmbito da Administração
Pública, podem ser alterados, com a devida justificativa,
a) unilateralmente, pela Administração ou por acordo das partes.
b) pelos Tribunais de Contas, a pedido da parte interessada.
c) pela Justiça Federal ex officio.
d) por terceiros, em quaisquer hipóteses.
e) pelo Legislativo, em caso de interesse público.

45 - (FGV - AL-MT - PROCURADOR – 2013) A União celebrou contrato de


obra pública com a empresa X, vencedora de concorrência, para a
construção de uma rodovia de 140 (cento e quarenta) km de extensão. O
contrato foi celebrado pelo prazo de 24 (vinte e quatro) meses. No decorrer
da obra, entretanto, a Administração verificou a necessidade de alteração
no projeto contratado, com o acréscimo de serviços e a prorrogação do
prazo contratual por mais 12 meses.

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Diante do exposto, é correto afirmar que:


a) não é possível a alteração do objeto contratado, embora a prorrogação
do prazo, em tese, seja possível.
b) é possível o acréscimo, na obra, até o limite de 25 % (vinte e cinco por
cento) do valor inicial atualizado do contrato, mas, por se tratar de contrato
com prazo superior a 12 (doze) meses, é impossível a sua prorrogação.
c) é possível o acréscimo, na obra, até o limite de 25 % (vinte e cinco por
cento) do valor inicial atualizado do contrato, bem como a prorrogação do
contrato.
d) a alteração unilateral do contrato é permitida, mas não por razão de
alteração no projeto contratado.
e) desde que haja expressa concordância do contratado, é possível o
acréscimo na obra, qualquer que seja o valor, bem como a prorrogação do
contrato.

46 - (CESPE - MEC – TODOS OS CARGOS – 2014) O contrato administrativo


poderá ser modificado unilateralmente pela administração caso haja
modificação do projeto ou das especificações para adequação técnica aos
objetivos do contrato ou caso se julgue necessário modificar o valor
contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa do
objeto do contrato.

47 - (CESPE - TC-DF - TÉCNICO – 2014) A administração pública possui a


prerrogativa de alterar unilateralmente o objeto do contrato, desde que a
alteração seja apenas quantitativa, mantendo-se a qualidade do objeto.

48 – (FCC – TRF - TÉCNICO - 2012) Sob o aspecto da inexecução e da


rescisão dos contratos, NÃO constitui motivo, dentre outros, para a rescisão
contratual:
a) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da
empresa, que prejudique a execução do contrato.
b) a paralisação da obra, serviço ou fornecimento, sem justa causa e prévia
comunicação à Administração.
c) o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações,
projetos e prazos.
d) a dissolução da sociedade ou do falecimento do contratado.
e) o atraso justificado no início da obra, serviço ou fornecimento.

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49 - (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – AGENTE - 2014) A rescisão unilateral


do contrato poderá ocorrer tanto por inadimplência do contratado quanto
por interesse público, exigindo-se, em ambos os casos, da administração
justa motivação para a rescisão.

50 - (CESPE - TELEBRAS – ESPECIALISTA – 2013) Segundo o entendimento


firmado no âmbito do STJ, rescisão de contrato administrativo por ato
unilateral da administração pública, sob a justificativa de interesse público,
impõe ao contratante a obrigação de indenizar o contratado pelos prejuízos
daí decorrentes, considerando-se não apenas os danos emergentes, mas
também os lucros cessantes.

51 - (ESAF – SUSEP – AGENTE – 2006) O que, conceitualmente, pode


distinguir o contrato administrativo de um convênio, firmado pela
Administração, é que quanto a este os seus objetivos são
a) de interesses comuns às partes.
b) de interesses divergentes para as partes.
c) permitidos por lei.
d) presumivelmente legais.
e) de interesse público.

52 - (CESPE – TCDF – ACE – 2012) A administração pública não pode


celebrar contratos regidos pelas regras do direito privado. Assim, em um
hipotético contrato de manutenção de elevadores, celebrado entre uma
empresa e o TCDF, valerá somente em favor do órgão público a exceção
de contrato não-cumprido.

53 - (CESPE – TCU – TÉCNICO – 2012) A celebração de um contrato de


abertura de conta corrente entre um banco público e um particular pessoa
física é exemplo de ato administrativo.

54 – (FCC – TRF - TÉCNICO– 2012) Analise, sob o tema dos contratos


administrativos, as prerrogativas conferidas à Administração em relação a
esses contratos:
I. Modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de
interesse público, respeitado os direitos do contratado.
II. Rescindi-los unilateralmente, em qualquer hipótese, desde que
necessário.

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III. Ocupar provisoriamente, em determinadas hipóteses, bens móveis e


imóveis e serviços vinculados ao objeto do contrato nos casos de serviços
essenciais.
IV. Aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste.
Nesses casos, está correto o que consta APENAS em :
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.

55 –(FCC - TCE-SP – AGENTE - 2012) Determinado órgão da Administração


estadual celebrou, após regular procedimento licitatório, contrato de
prestação de serviços de vigilância. Aproximando-se do prazo final do
contrato, com base na Lei no 8.666/93, o órgão:
a) está obrigado a instaurar novo procedimento licitatório, eis que os
contratos administrativos não admitem prorrogação, limitando-se ao prazo
compatível com a dotação orçamentária que lhes dá suporte.
b) poderá prorrogar o contrato, eis que os contratos administrativos
admitem prorrogação, independentemente da natureza do serviço, até o
máximo de 12 meses e desde que assegurada dotação orçamentária.
c) está obrigado a instaurar novo procedimento licitatório, exceto se
comprovar que a interrupção do serviço causará prejuízo ao serviço público,
situação em que, assegurado o suporte orçamentário, poderá prorrogar o
contrato pelo prazo máximo de 12 meses.
d) poderá prorrogar o contrato, excepcionalmente, até o limite de 6 meses,
se comprovar que o preço contratado situa-se abaixo dos praticados no
mercado e que não haverá tempo hábil para realização de nova licitação.
e) poderá prorrogar o contrato, desde que caracterizado que se trata de
serviços a serem executados de forma contínua, até o máximo de 60 meses
e, excepcionalmente, por mais 12 meses.

56 – (FCC - TRE-CE –ANALISTA – 2012) A empresa "Y" sagrou-se


vencedora de determinado procedimento licitatório. Em razão disso, a
Administração Pública convocou-a regularmente para assinar o termo de
contrato, dentro do prazo e condições estabelecidos. No entanto, a empresa
"Y", injustificadamente, não compareceu para a assinatura do termo de
contrato.
Diante do fato narrado e nos termos da Lei de Licitações (Lei no
8.666/1993),

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a) é facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na


ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas
condições propostas pelo primeiro classificado.
b) a Administração está obrigada a revogar a licitação.
c) o prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez.
d) a Administração deverá anular a licitação.
e) o fato narrado caracteriza descumprimento parcial da obrigação
assumida, ficando a empresa "Y" proibida de participar de novo certame
pelo prazo de dois anos.

57 –(FCC - TCE-PR –ANALISTA - 2011) No curso de contrato de concessão


de serviços públicos, sobreveio a majoração de imposto incidente sobre o
faturamento da concessionária em relação à alíquota vigente no momento
da licitação. Diante desse cenário, a concessionária:
a) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, em face
da ocorrência de fato do príncipe.
b) não possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato,
dado que a concessão pressupõe a exploração do serviço por conta e risco
da concessionária.
c) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato apenas
se comprovar que a majoração afeta a taxa interna de retorno (TIR) do
projeto, caracterizando álea econômica extraordinária.
d) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro apenas se a
majoração decorrer de ato do poder concedente, caracterizando fato da
administração.
e) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro apenas se houver
expressa previsão no edital e contrato de concessão, exonerando a
concessionária do risco fiscal.

58 –(FCC - TCM-BA –PROCURADOR - 2011) Os contratos administrativos


submetem-se a um regime jurídico diferenciado, que inclui a:
a) natureza intuitu personae, o que impede a previsão de subcontratação
ou cessão do objeto.
b) impossibilidade de rescisão por iniciativa do contratado ou por
consenso, em função da preservação da continuidade do serviço público.
c) possibilidade de alteração do objeto, unilateralmente pela
Administração, independentemente da recomposição do equilíbrio
econômico-financeiro.

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d) presença de cláusulas exorbitantes, inclusive prevendo a possibilidade


de aplicação de sanções administrativas como multa, advertência e
impedimento de contratar com a Administração.
e) vinculação ao instrumento convocatório, vedando-se aditamentos
quantitativos ou qualitativos.

59 – (FCC - TRT –TÉCNICO - 2011) Analise a seguinte característica


concernente ao contrato administrativo: "prerrogativa especial conferida à
Administração Pública na relação do contrato administrativo em virtude de
sua posição de supremacia em relação à parte contratada". Trata-se
a) do direito ao equilíbrio econômico-financeiro do contrato administrativo.
b) da cláusula exorbitante.
c) da exigência legal de formalização por escrito e com requisitos especiais
do contrato administrativo.
d) da comutatividade do contrato administrativo.
e) da consensualidade do contrato administrativo, exigindo o acordo entre
as partes para a formalização da avença.

60 – (FCC – AUDITOR MUNICIPAL SP – ANALISTA - 2007) Em matéria de


contratos administrativos, NÃO é uma das chamadas cláusulas exorbitantes
a que preveja a
a) exclusão da regra do equilíbrio econômico-financeiro.
b) revogação unilateral do contrato pela Administração.
c) alteração unilateral do contrato pela Administração.
d) aplicação de sanções ao contratado diretamente pela Administração.
e) ocupação provisória, em certos casos, de bens, pessoal e serviços
vinculados ao objeto do contrato.

61 – (FCC - TRE-AP – ANALISTA - 2011) Uma das causas justificadoras da


inexecução do contrato administrativo denomina-se fato do príncipe.
Dentre os exemplos a seguir, constitui fato do príncipe
a) a criação de tributo que incida sobre matérias-primas necessárias ao
cumprimento do contrato.
b) a omissão da Administração Pública em providenciar a desapropriação
necessária para a realização de obra pelo contratado.
c) o atraso superior a noventa dias de pagamento devido pela
Administração decorrente de serviço já executado.
d) a inundação imprevisível que cubra o local da obra.

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e) a greve que paralise a fabricação de um produto de que dependa a


execução do contrato.

62 – (FCC - TRE-AP – ANALISTA - 2011) Uma das características dos


contratos administrativos denomina-se comutatividade, que consiste em:
a) presença de cláusulas exorbitantes.
b) equivalência entre as obrigações ajustadas pelas partes.
c) sinônimo de bilateralidade, isto é, o contrato sempre há de traduzir
obrigações para ambas as partes.
d) obrigação intuitu personae, ou seja, que deve ser executada pelo próprio
contratado.
e) sinônimo de consensualidade, pois o contrato administrativo
consubstancia um acordo de vontades e não um ato impositivo da
Administração.

63 – (FCC - TRE-RN - TÉCNICO – 2011) Nos contratos administrativos:


a) o contratado é responsável pelos danos causados diretamente à
Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução
do contrato; no entanto, essa responsabilidade é excluída ou reduzida pela
fiscalização ou acompanhamento pelo órgão interessado.
b) a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um
representante da Administração especialmente designado, não sendo
permitida a contratação de terceiros para subsidiá-lo de informações
pertinentes a essa atribuição.
c) o contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou
substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em
que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução
ou de materiais empregados.
d) a inadimplência do contratado, com referência aos encargos
trabalhistas, fiscais e comerciais transfere à Administração Pública a
responsabilidade por seu pagamento, além de poder onerar o objeto do
contrato e restringir a regularização e o uso das obras e edificações,
inclusive perante o Registro de Imóveis.
e) o contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das
responsabilidades contratuais e legais, não poderá, em qualquer hipótese,
subcontratar partes da obra, do serviço ou do fornecimento.

64 - (FGV - CGE-MA – AUDITOR - 2014) Após regular processo


administrativo, com observância do contraditório e da ampla defesa, a
União concluiu que a sociedade empresária Construtec, contratada para a

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construção de uma ferrovia, além dos atrasos, utilizou materiais de


qualidade inferior, alterou o projeto e fraudou as notas fiscais
apresentadas.
Com base nisso, a União aplicou as penalidades de declaração de
inidoneidade e multa, além de ter rescindido o contrato com a referida
sociedade empresária. Tendo em vista o cenário descrito, assinale a
afirmativa correta.
a) Não se admite a aplicação de mais de uma sanção administrativa pelo
mesmo fato apurado.
b) Somente se admite a cumulação das penas de advertência e multa.
c) A rescisão unilateral do contrato autoriza a retenção dos créditos
decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à
Administração.
d) A inexecução parcial ou total do contrato dá ensejo à aplicação de
advertência, multa, declaração de inidoneidade e desconstituição da pessoa
jurídica.
e) A União não pode, concomitantemente, rescindir o contrato e aplicar as
referidas sanções administrativas.

65 - (FGV - PC-MA – DELEGADO DE POLÍCIA – 2012) A respeito dos


contratos administrativos, tendo em vista as disposições da Lei nº
8.666/93, assinale a afirmativa correta.
a) Os contratos administrativos podem ser alterados unilateralmente pela
Administração Pública em casos específicos, situações em que esta deverá
restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro inicial, caso haja aumento
dos encargos do contratado.
b) Nos contratos administrativos, fica facultado à Administração inserir
cláusula de reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de
rescisão administrativa decorrente de inexecução total ou parcial do
contrato.
c) O instrumento de contrato, em regra, é obrigatório apenas nos casos de
concorrência, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços
estejam compreendidos no limite desta modalidade de licitação.
d) A Administração poderá, pela inexecução total ou parcial do contrato,
aplicar as sanções de advertência, multa, suspensão temporária ou
declaração de inidoneidade, independentemente de prévia oitiva da parte
contratada.
e) Os contratos relativos a direitos reais sobre imóveis deverão ser lavrados
nas repartições interessadas, as quais deverão manter arquivo cronológico
dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato.

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Gabarito

1. C 23. A 45. C
2. E 24. E 46. C
3. C 25. E 47. E
4. C 26. E 48. E
5. A 27. C 49. C
6. E 28. E 50. C
7. E 29. E 51. A
8. E 30. E 52. E
9. A 31. A 53. E
10. E 32. C 54. A
11. C 33. E 55. E
12. E 34. A 56. A
13. E 35. C 57. A
14. A 36. C 58. D
15. C 37. C 59. B
16. C 38. C 60. A
17. B 39. D 61. A
18. A 40. C 62. B
19. E 41. B 63. C
20. E 42. C 64. C
21. E 43. D 65. A
22. D 44. A

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Bibliografia
Alexandrino, M., & Paulo, V. (2009). Direito administrativo descomplicado.
São Paulo: Forense.
Alexandrino, M., & Paulo, V. (2014). Direito Administrativo Descomplicado.
Rio de Janeiro : Forense; São Paulo: Método.
Justen Filho, M. (2008). Repactuação e reajuste nos contratos de serviços
contínuos da Administração Indireta.

Por hoje é só pessoal! Estarei disponível no e-mail abaixo para qualquer


dúvida.
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Rodrigo Rennó
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