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Artes

Ensino Fundamental
6ºano
Apostila de Arte - 6º ano

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O QUE A BAHIA TEM?

Neste capítulo você vai conhecer um pouco sobre Cores do Olodum


o carnaval da Bahia, o Bloco Afro Olodum e o trio
elétrico. Você vai aprender características da As cores do Olodum são compostas pelo verde,
Bahia, cantadas na música “Você já foi á Bahia?” vermelho, amarelo, preto e branco. Cada cor
do compositor e músico: Dorival Caymmi. possui uma simbologia:

O carnaval é uma das manifestações importantes • Verde: representa as florestas


da nossa cultura popular. Você sabia que o equatoriais africanas;
carnaval de rua em Salvador, a capital do estado • Vermelho: simboliza o sangue da raça
da Bahia, é diferente dos carnavais carioca e negra;
paulista? • Amarelo: reproduz o ouro da África;
• Preto: simboliza o orgulho da raça
Na Bahia é comum o uso de trio elétrico. Trata-se negra;
de um caminhão repleto de equipamentos de som • Branco: a paz mundial.
potentes, criando uma espécie de palco
ambulante em que os artistas se apresentam e o O bairro Pelourinho é um dos mais conhecidos de
povo os acompanha, dançando e cantando junto. Salvador e fica localizado no centro histórico da
Do alto dos trios elétricos muitos artistas e cidade. Ele conta com um conjunto arquitetônico
grupos se projetaram em Toto o Brasil, como colonial do barroco português e é tombado pelo
Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Chiclete com Patrimônio Histórico da Organização das Nações
Banana, Asa de Águia e outros. Unidas para a Educação, Ciência e Cultura
(Unesco).

Antes, o bairro era apenas uma coluna de pedra


que ficava ao centro de uma praça pública, de
onde os criminosos recebiam castigos e eram
exibidos. Também foi um lugar usado no período
colonial para castigar os escravos. A partir de
1980, o bairro foi reconhecido como patrimônio
da humanidade pela Unesco. Com toda a
estrutura que recebeu, transformou-se em um
centro de movimento cultural, em 1990.

Desfile de trios elétricos, seguidos pelos foliões a pé e


assistido das arquibancadas.

Você já ouviu falar do Bloco Afro Olodum?


Bloco Olodum em frente ao Pelourinho, em Salvador,
Em 1979, nos dias de carnaval, os moradores dos capital da Bahia.
bairros Pelourinho e Maciel, da cidade de
Salvador, criaram o Bloco Afro Olodum com o
propósito de se divertirem organizadamente.
Hoje o bloco é tido como uma ONG do movimento
negro brasileiro reconhecido como parte do
patrimônio histórico brasileiro.

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Você já foi à Bahia? ele canta as belezas de sua terra. Compôs muitas
outras canções que falam da Bahia, sua culinária e
suas igrejas.

Bairro Pelourinho, conhecido em Salvador como “Pelô”.


Igreja do Bonfim, em Salvador, capital da Bahia.
Dorival Caymmi (1914 – 2008) foi um dos
cantores e compositores mais importantes da
música popular brasileira. Você já foi à Bahia? é
uma das composições de Dorival Caymmi em que

Você Já Foi a Bahia?


Dorival Caymmi

Você já foi à Bahia, nêga?


Não?
Então vá!
Quem vai ao "Bonfim", minha nêga,
Nunca mais quer voltar.
Muita sorte teve,
Muita sorte tem,
Muita sorte terá
Você já foi à Bahia, nêga?
Não?
Então vá!

Lá tem vatapá
Então vá!
Lá tem caruru,
Então vá!
Lá tem munguzá,
Então vá!
Se "quiser sambar"
Então vá!

Nas sacadas dos sobrados


Da velha São Salvador
Há lembranças de donzelas,
Do tempo do Imperador.
Tudo, tudo na Bahia
Faz a gente querer bem
A Bahia tem um jeito,
Que nenhuma terra tem!

Lá tem vatapá,
Então vá!
Lá tem caruru,
Então vá!
Lá tem munguzá,
Então vá!
Se "quiser sambar"
Então vá! (3x)
Então vá...!

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ORIGEM DO TEATRO

É comum ouvirmos dizer que o teatro começou na Grécia, há muitos séculos atrás. No entanto,
existem outros exemplos de manifestações teatrais anteriores aos gregos. Por exemplo, na China antiga, o
budismo usava o teatro como forma de expressão religiosa. No Egito, um grande espetáculo popular contava a
história da ressurreição de Osíris e da morte de Hórus. Na Índia, se acreditava que o teatro tenha surgido com
Brama. É fácil perceber através destes poucos exemplos, uma origem religiosa para as manifestações teatrais.

A arte teatral na Grécia Antiga

O teatro grego surge dos ‘coros trágicos’, em que indivíduos se reuniam, em períodos determinados,
para cantar os feitos e sofrimentos de um herói dos grandes ciclos de lendas. Essas reuniões festivas, regadas a
muito vinho, davam em homenagem ao deus Dionísio, deus da colheita, da fatura e do vinho.
Consideravam-se esses rituais dionisíacos como os primórdios das manifestações dramáticas, já que
os participantes entoavam em coro canções que narravam as façanhas de seus heróis lendários.
Não é difícil compreender porque Dionísio se tornou um deus tão popular, tão querido e com o qual
os gregos se identificaram tão fortemente:
Dos ‘grandes deuses’, ele foi um os primeiros a nascer de uma mortal e a habitar junto aos humanos e
não o Olimpo e a preferir o vinho ao néctar.

Dionísio

Deus da colheita, do vinho e da fartura, era homenageado pelos gregos antigos, através de procissões
que procuravam relembrar a sua vida. Estes cortejos reuniam toda a população e eram realizados na época da
colheita da uva, como uma forma de agradecimento pela abundância da vegetação. Os homens daquela época
creditavam que esta homenagem ao deus garantia
sempre uma colheita abundante.
Nestas procissões dionisíacas contava-se a
história de Dionísio, de uma forma análoga ás procissões
da Semana Santa Cristã, onde a vida, paixão, morte e
ressurreição de Jesus Cristo são relembradas.
Estas procissões fazem parte de uma tradição
muito antiga dos povos primitivos gregos, e aos poucos,
ao longo de centenas de anos, vão se organizando melhor,
e adquirindo contornos mais definidos. Então, o que
inicialmente era um bando de gente cantando e dançando,
com o passar do tempo vai se transformando em
grandiosas representações da vida do deus, que reunia
toda a comunidade.
Porém, mesmo com todas as inovações, a história do deus continuava sendo narrada sempre na
terceira pessoa, com muito respeito e distanciamento. Até que em 534 a.C., um homem chamado Téspis,
resolveu encarnar o personagem Dionísio,e transforma a narração em um discurso proferido na primeira
pessoa:
- Eu sou Dionísio – diz Tespis, considerado historicamente como o primeiro ator.

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PANTOMIMA

Pantomima é um teatro gestual que faz o menor uso possível de palavras e o maior uso de
gestos através da mímica, portanto, podemos dizer que a pantomima é um gênero dentro da Arte da
Mímica. É a arte de narrar com o corpo!
É um excelente artifício para comediantes, palhaços, atores, bailarinos, enfim, os
intérpretes.
A pessoa que faz teatro com o uso da pantomima é chamado de pantomímico. Nesta
modalidade, os pantomímicos precisam buscar a forma perfeita, pois através do gesto tudo será
dito. Uma boa pantomima está na habilidade adquirida pelo pantomímico em se transfigurar no ato
da interpretação, passando para a platéia todas as ações e mensagens pelos gestos. É uma das artes
que exige o máximo do artista para que este receba o máximo de retorno do público, ou seja, a
atenção da platéia para que a mensagem seja passada devidamente. Na pantomima, o ator é
silencioso, com rosto pintado de branco, luvas, executando ilusões no espaço, normalmente com
caráter cômico. Mãos e rosto são os pontos centrais da expressão.
A pantomima costuma impressionar e chamar a atenção da platéia; por ser de fácil
assimilação, por chamar a atenção, por ser praticamente universal, ela é bastante utilizada.
Na época do cinema mudo a comunicação entre os atores e o público era feita inteiramente
com mímica. Um dentre muitos talentos que fizeram sucesso nessa época foi Charles Chaplin com o
inesquecível Carlitos, que estrelou no filme “Tempos modernos”.

Charles Chaplin
Chaplin nasceu em Londres, Inglaterra, no ano de 1889 e iniciou sua carreira como mímico,
fazendo excursões para apresentar sua arte. Em 1913, durante uma de suas viagens pelo mundo,
este grande ator conheceu o cineasta Mack Sennett, em Nova York (Estados Unidos), que o
contratou para estrelar seus filmes.
Seu personagem mais famoso foi o vagabundo Carlitos, oprimido e engraçado, este personagem
denunciava as injustiças sociais. De forma inteligente e engraçada, este grande artista sabia como
fazer rir e também chorar.
Em 1918, no auge de seu sucesso, ele abriu sua própria empresa cinematográfica, e, a partir
daí, fazia seus próprios roteiros e dirigia seus filmes. Crítico ferrenho da sociedade, ele não se
cansava de denunciar os grandes problemas sociais, tais como a miséria e o desemprego. Produziu
grandes obras como: O Circo, Rua de Paz e Luzes da Cidade. Pelo filme O Circo, Chaplin ganhou em
1929 seu primeiro Oscar Honorário.
Adepto ao cinema mudo, o também cineasta, era contra o surgimento do cinema sonoro,
mas como grande artista que era, logo se adaptou e voltou a produzir verdadeiras obras primas: O
Grande Ditador (crítica ao fascismo), Tempos Modernos e Luzes da Ribalta.
Na década de 1930 seus filmes foram proibidos na Alemanha nazista, pois foram
considerados subversivos e contrários a moral e aos bons costumes. Porém, na verdade,
representavam uma crítica ao sistema capitalista, à repressão, à ditadura e ao sistema autoritário
que vigorava na Alemanha no período. Mas o sucesso dos filmes foi grande em outros países, sendo
traduzido para diversos idiomas (francês, alemão, espanhol, português).
Em 1977, o mundo perdeu um dos grandes representantes da história do cinema.

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Sobre o Filme...
“Tempos Modernos” é um filme de 1936 do cineasta britânico Charles Chaplin, em que o
seu famoso personagem "O Vagabundo" tenta sobreviver em meio ao mundo moderno e
industrializado. É considerado uma forte crítica ao capitalismo, militarismo, fascismo e nazismo,
bem como uma crítica aos maus tratos que os empregados passaram a receber depois da Revolução
Industrial.
Nesse filme Chaplin quis passar uma mensagem social. Cada cena é trabalhada para que a
mensagem chegue verdadeiramente tal qual seja. E nada parece escapar: máquina tomando o lugar
dos homens, as facilidades que levam a criminalidade, a escravidão.

Pantomima nos dias de hoje...

Hoje, essa técnica é identificável como uma linguagem de acessório nos trabalhos de vários
artistas. Por exemplo, nas coreografias de Michael Jackson com seus passos de dança sem sair do
lugar. Nas performances dos shows de ilusionismo dos mágicos, como David Cooperfield ou nas
performances cinematográficas do clown inglês Mr. Bean. Essa é a pantomima moderna, a
pantomima como se conhece atualmente. Até em Chaplin, a pantomima era apenas o pantomímico
e o palco vazio, tudo dependia da expressão, mas graças a ele hoje se pode utilizar cenário, objetos
e figurino, pois era impossível fazer uma pantomima cinematográfica sem recursos cênicos.

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