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OAB/SP. vcsellos@aol.com
Introdução
sabemos. Vida humana não, esta aconteceu mais tarde, estima-se que por volta
iniciem apenas aos nove mil anos antes de Cristo (Atlas Histórico da Folha de
humana, e assim o foi... A Bíblia Sagrada relembra que primeiro foram criados o
cap. 1, 1-31).
Paraíso pelo Criador de toda a vida, que à sua imagem e semelhança dá origem
livremente. (Livro do Gênesis, Bíblia Sagrada, Ed. Ave Maria, cap. 2, 1-25).
usar da liberdade incondicional que nos foi dada pelo Criador de tudo, e não
semelhante dizer que o inferno é aqui. Se isto acontece a culpa é toda nossa, e
também nossa a obrigação de nos unirmos para exterminar o mal que nós
assumamos nossa ganância pelo poder, egoísmo e culpa. Se alguém tem culpa
Celso Antônio Pacheco FIORILLO e Marcelo ABELHA RODRIGUES, op. cit., p. 89,
anotam que, embora seja, em rápida análise, possível imaginar ser desconexo o binômio
meio ambiente - consumo, pensar dessa maneira é recair em erro, já que os temas são atados
Tutela jurisdicional do meio ambiente, “in” Revista do Advogado, vol. 37, AASP,
São Paulo, 1992, p.09), de que as necessidades humanas são ilimitadas, mas, os
bens da natureza, não. Estes são limitados, e é por isso que existe, na
bens.
dos demais direitos do homem, vez que, sendo o direito à vida “o objeto do
direito ambiental”, somente aqueles que possuírem vida, e mais ainda, vida com
Édis MILARÉ, op. cit., p.11; e Celso Antônio Pacheco FIORILLO e Marcelo ABELHA
RODRIGUES, op. cit., pp. 93, 94 e 95, onde colocam que “a reação mundial par aeste
salvar o meio ambiente degradado em todas as suas formas, mas, sim, salvar o próprio
econômico.”
aquisitivo.
Nesse sentido vale observar a colocação da professora Teresa ARRUDA ALVIM, a qual
entende que “pode-se dizer que as sociedades contemporâneas têm como meta fazer com
que cada vez mais e mais pessoas possam usufruir dos bons frutos da civilização: conforto,
bons médicos, hospitais, vacinas, viagens, acesso à justiça. Penso que na verdade nunca
houve época em que tantos puderam usufruir dos bens da civilização, pois quando se
estuda, por exemplo, a história de Roma, deve-se ter em mente que se está falando de um
número diminuto de pessoas que, de fato, souberam o que foi a civilização romana, que
estavam cercados de uma grande massa de outras pessoas que viviam em meio à fome, à
Afonso da Silva.
55/6 , e n. 53, ( citando José Afonso da Silva, em Direito Constitucional Ambiental, p. 54),
salientam que “na CF/88 já estavam protegidos o Meio Ambiente Natural, do Trabalho,
Artificial e Cultural. Isto porque, ao usar a expressão sadia qualidade de vida, o legislador
constituinte optou por estabelecer dois objetos de tutela ambiental: ” um imediato, que é a
digno de tratamento distinto. Tanto que a CF/88 o menciona no art. 200, VIII. Isto
by standards.
A respeito, veja-se Celso FIORILLO e Marcelo ABELHA, op. cit., p. 125, e ainda Celso
quando observa que “vinculado a uma realidade do Terceiro Mundo, constatamos que o
Estado, muitas vezes, é tido como um dos principais predadores, quando lidamos com o
chamado meio ambiente natural ( água, ar, flora e fauna). Por outro lado, pouca importância
deu o legislador ao chamado meio ambiente artificial, nele compreendido o meio ambiente
do trabalho.” E ainda que “tão ou mais importantes que as questões propaladas pelo
Primeiro Mundo em matéria ambiental, são as questões que envolvem o saneamento básico
pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado. (art. 3º, VI). O usuário de
(3º, VI).
Note-se ainda que, como nos diz Celso Fiorillo, “trinta séculos antes de
Cristo, os egípcios que dependiam basicamente das duas grandes dádivas do rio
Nilo - a água e o humus trazido anualmente pelas cheias que fertilizavam as terras
ribeirinhas - bem como os sumérios, quarenta séculos antes de Cristo, que viviam
para impedir que o meio ambiente fosse apenas uma questão de sobrevivência.
é ela com saúde e qualidade. Dessa maneira, não há como fugir da insofismável
conclusão de que a tutela do meio ambiente, nos moldes explicitados, faz parte
Bibliografia