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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos

Licenciatura em Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos 2o ano

Trabalho Individual

Cadeira: Ecologia

Tema: Dispersão Populacional

Discente:
Manuel Paulo
Docente:
Dr. Dércio Victor

Lichinga, Junho de 2021


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos

Licenciatura em Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos 2o ano

Trabalho Individual

Cadeira: Ecologia

Tema: Dispersão Populacional


Discente:
Manuel Paulo

Trabalho a ser apresentado na


Universidade Católica de Moçambique –
Faculdade de Gestão de Recursos
Florestais e Faunísticos (FAGREFF),
referente a cadeira de Ecologia, orientado
pelo Dr. Dércio Victor

Lichinga, Junho de 2021


ÍNDICE

I. Introdução.....................................................................................................................................4
1.1. Objectivos.............................................................................................................................4
1.1.1. Geral...............................................................................................................................4
1.1.2. Específicos......................................................................................................................4
II. Revisão da Literatura..................................................................................................................5
2.1. Principais conceitos...............................................................................................................5
2.1.1. População em ecologia...................................................................................................5
2.1.2. Demografia.........................................................................................................................5
2.1.3. Tamanho e densidade populacional...................................................................................6
3. Medição do tamanho da população..........................................................................................6
3.1. Método quadrante..............................................................................................................6
3.1.2. Método da marcação e recaptura....................................................................................7
4. Distribuição das espécies.........................................................................................................7
4.1. Dispersão uniforme...........................................................................................................7
4.1.1. Dispersão aleatória.........................................................................................................8
4.1.2. Dispersão aglutinada......................................................................................................8
V. Conclusão....................................................................................................................................9
VI. Referências Bibliográficas.......................................................................................................10
I. Introdução

Na Natureza, determinados indivíduos deslocam-se de uns locais para outros, modificando


constantemente a distribuição da população. Esta mobilidade constitui a dispersão, sendo as suas
possibilidades numerosas. Assim, nas plantas a dispersão tem um carácter geralmente passivo,
sendo unicamente uma parte do indivíduo disseminada pelo vento, pela água, etc. Nos animais a
dispersão é geralmente activa, deslocando-se os indivíduos colectivamente pela marcha, pelo voo
e pela natação. Para que aconteça uma verdadeira mudança na distribuição da população, é
preciso que depois da dispersão ou disseminação se forme uma colónia. A formação de colónias
por uma população começa, geralmente, pela instalação de um indivíduo ou de alguns
indivíduos, que em seguida se multiplicam, o que leva à formação de agregados coloniais. Assim
ocorre uma extensão da população que se pode processar de uma maneira indefinida e gradual e
que se denomina propagação. Pode também ocorrer de uma maneira precisa, entre dois ou mais
pontos geograficamente bem definidos e mais ou menos afastados.

Neste contexto, o presente trabalho pretende abordar aspectos relacionados com a dispersão
populacional.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

Abordar sobre a dispersão populacional.

1.1.2. Específicos

Identificar os tipos de dispersão populacional;

Descrever os tipos de dispersão populacional.

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II. Revisão da Literatura

2.1. Principais conceitos

Uma população consiste em todos os organismos de uma dada espécie que vivem em uma área
em particular.

O estudo estatístico de populações e de como elas mudam ao longo do tempo é chamado de


demografia.

Duas medidas importantes de uma população são o tamanho populacional, o número de


indivíduos, e densidade populacional, o número de indivíduos por unidade de área ou volume.

Ecologistas estimam o tamanho e densidade de populações usando quadrantes e o método de


marcação e recaptura.

Os organismos numa população podem estar distribuídos em um padrão uniforme, aleatório, ou


agrupado. Uniforme significa que a população está espaçada igualmente, aleatório indica um
espaçamento aleatório, e agrupado significa que a população está distribuída em grupos.

2.1.1. População em ecologia

Na ecologia, uma população consiste de todos os organismos de uma espécie em particular


morando numa dada área. Por exemplo, poderíamos dizer que uma população de humanos mora
em Nova York, e que outra população de humanos mora em Gross. Podemos descrever essas
populações pelo seu tamanho — o que normalmente queremos dizer por população quando
estamos falando de cidades e municípios — assim como pela sua densidade — quantas pessoas
por unidade de área — e distribuição — o quão agrupado ou espalhadas as pessoas estão.

2.1.2. Demografia

Em muitos casos, ecologistas não estão estudando pessoas em cidades e municípios, ele estão
estudando vários tipos populações de plantas, animais, fungos, e até de bactérias. O estudo
estatístico de qualquer população, humana ou não, é conhecida como demografia.

Rastreando populações através do tempo, ecologistas podem ver como essas populações
mudaram e podem ser capazes de prever como elas provavelmente irão mudar no futuro. O

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monitoramento do tamanho e estrutura de populações também ajuda os ecologistas a manejar
essas populações — por exemplo, mostrando se esforços de conservação estão ajudando uma
espécie ameaçada de extinção a aumentar seus números.

2.1.3. Tamanho e densidade populacional

Para estudar a demografia de uma população, vamos querer começar com algumas medidas de
referência. Uma é simplesmente o número de indivíduos numa população, ou seu tamanho —
NNN. Outra é a densidade populacional, o número de indivíduos por área ou volume do habitat.

Tamanho e densidade são ambas importantes na descrição da corrente situação de uma


população e, potencialmente, para fazer predições sobre como ela pode mudar no futuro:

Populações maiores podem ser mais estáveis que populações menores porque são mais propensas
a ter maior variabilidade genética e assim maior potencial para se adaptar às mudanças no
ambiente por meio da seleção natural.

Um membro de uma população de baixa densidade — onde os organismos são escassamente


espalhados — pode ter mais dificuldade em encontrar um companheiro para reproduzir do que
um indivíduo em uma população de alta densidade.

3. Medição do tamanho da população

Os cientistas muitas vezes estimam o tamanho de uma população ao pegar uma ou mais amostras
da população e usar estas amostras para fazer inferências sobre a população como um todo. Uma
variedade de métodos podem ser usados para determinar amostras de populações e determinar
seu tamanho e densidade. Aqui, vamos ver dois dos mais importantes: os métodos quadrante e
marcação e recaptura.

3.1. Método quadrante

Para organismos imóveis, como plantas—ou para organismos muito pequenos e lentos—parcelas
chamadas quadrantes podem ser usadas para determinar o tamanho e densidade de uma
população. Cada quadrante marca uma área do mesmo tamanho—tipicamente uma área quadrada
—dentro do habitat. Um quadrante pode ser determinado ao cercar uma área com palitos e

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cordões ou usando um quadrado de madeira, plástico ou metal colocado no chão, como mostra a
figura abaixo.

Após determinar os quadrantes, os pesquisadores contam o número de indivíduos existentes nos


limites de cada um. Amostras múltiplas de quadrantes são dispostas em todo o habitat em vários
locais aleatórios, o que garante que os números registados são representativos para todo o
habitat. Ao final, os dados podem ser usados para estimar o tamanho e densidade da população
em todo o habitat.

3.1.2. Método da marcação e recaptura

Para organismos que se movimentam, como mamíferos, aves ou peixes, uma técnica chamada de
método de marcação e recaptura é frequentemente usada para determinar o tamanho da
população. Este método envolve a captura de amostras de animais e a marcação deles de alguma
forma — por exemplo, usando etiquetas, faixas, pinturas ou outras marcações no corpo, como
apresentado abaixo. Em seguida, os animais marcados são devolvidos ao ambiente podendo se
misturar ao restante da população.

4. Distribuição das espécies

Muitas vezes, além de saber o número e a densidade de indivíduos em uma área, os ecologistas
também querem saber a sua distribuição. Os padrões de dispersão das espécies — ou padrões de
distribuição — referem-se a como os indivíduos de uma população estão distribuídos no espaço
em um determinado momento.

Os organismos individuais que compõem uma população podem estar espaçados mais ou menos
igualitariamente, dispersos aleatoriamente sem nenhum padrão previsível ou aglomerados em
grupos. Estes padrões são conhecidos como padrão de dispersão uniforme, aleatório e agrupado,
respectivamente.

4.1. Dispersão uniforme

Na dispersão uniforme, os indivíduos de uma população estão distribuídos mais ou menos


uniformemente. Um exemplo de dispersão uniforme são as plantas que secretam toxinas para
inibir o crescimento de indivíduos nas proximidades — um fenómeno chamado alelopatia.

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Também podemos encontrar a dispersão uniforme na espécie animal onde os indivíduos vigiam e
defendem seus territórios.

4.1.1. Dispersão aleatória

Na dispersão aleatória, os indivíduos estão distribuídos aleatoriamente, sem um padrão


previsível. Um exemplo de dispersão aleatória s são as flores e outras plantas que têm suas
sementes dispersadas pelo vento. As sementes se espalham amplamente e brotam onde caem,
desde que o ambiente seja favorável — com solo, água, nutrientes e luz suficientes.

4.1.2. Dispersão aglutinada

Numa dispersão aglutinada, indivíduos são aglomerados em grupos. Uma dispersão aglutinada
pode ser vista em plantas que dispersam suas sementes directamente no solo — como árvores de
carvalho — ou animais que vivem em grupos — cardumes de peixes ou manadas de elefantes.
Dispersões aglutinadas também acontecem em habitats que são desiguais, com apenas algumas
manchas adequadas para viver.

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V. Conclusão

Concluiu-se no presente trabalho que a dispersão de uma população é limitada por numerosos
factores, como a água, a temperatura, a humidade, etc. A acção dos factores limitantes pode
manifestar-se numa determinada região pelo fraccionamento da população inicial em
subpopulações ou pequenas populações elementares. É no seio destas populações que se verifica
a seleção natural entre os indivíduos melhor adaptados e os piores adaptados. A competição com
as populações de outras espécies constitui também um travão e uma limitação importante à
distribuição espacial das populações.

Em ecologia, uma população consiste de todos os organismos de dada espécie que vivem em
uma área específica. O estudo estatístico das populações e como elas se alteram ao longo do
tempo é denominado demografia.

Duas medidas importantes de uma população são tamanho da população, o número de


indivíduos, e densidade populacional, o número de indivíduos por unidade de área ou volume.
Os ecólogos frequentemente estimam o tamanho e densidade das populações usando quadrantes
e o método marcação e recaptura.

Uma população também pode ser descrita em termos de distribuição, ou dispersão dos indivíduos
que a constituem. Os indivíduos podem ser distribuídos em um padrão uniforme, aleatório, ou
agrupado. Uniforme significa que a população está igualmente distribuída, aleatório significa que
está distribuída aleatoriamente e agrupado significa que a população está distribuída em grupos.

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VI. Referências Bibliográficas

Purves, W. K., D. Sadava, G. H. Orians, and H. C. Heller. "Populations in space and time." Em
Life: The science of biology, 1038-1040. 7th ed. Sunderland, MA: Sinauer Associates, Inc, 2003.

Raven, P. H., G. B. Johnson, K. A. Mason, J. B. Losos, and S. R. Singer. "Population


demography and dynamics." Em Biology, 1168-1171. 10th ed., AP ed. New York, NY:
McGraw-Hill, 2014.

Ricklefs, R. E. "The estimation of population size is critical to the study of population


dynamics." Em Ecology, 287-289. 3rd ed. New York, NY: W. H. Freeman, 1990.

Wilkin, D. and B. Akre. "Patterns of populations." CK-12 biology advanced concepts. March 23,
2016. http://www.ck12.org/book/CK-12-Biology-Advanced-Concepts/section/18.26/.

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