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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO TECNOLÓGICO
ELEMENTOS FINITOS – 2019/2

CLEYTON CORREIA MENDONÇA


GABRIEL FRAGOSO FERREIRA DA COSTA

RELATÓRIO - ANÁLISE DE CONDUÇÃO DE


CALOR

VITÓRIA
2019
1 Objetivo
O objetivo deste relatório é analisar a condução de calor unidimensional, e com
isto verificar o comportamento da velocidade de acordo com a variação do número
de elemento e nós aplicado.

2 Introdução
As equações diferenciais que governam os problemas físicos de transferência de
calor em regime transiente ou não, têm soluções analíticas, caso existam, em geral
muito complicadas.[1]
Uma forma de contornar essa dificuldade consiste na utilização de métodos nu-
méricos que procuram representar a equação diferencial que descreve o problema
por meio de um conjunto de equações algébricas. Essas representações são ampla-
mente adotadas em uma grande variedade de problemas de engenharia.[2]
O Método dos Elementos Finitos (MEF) é um procedimento numérico para deter-
minar soluções aproximadas de problemas de valores sobre o contorno de equações
diferenciais, este metodo subdivide o domínio de um problema em partes menores,
denominadas elementos finitos.[3]
O método das diferenças finitas (MDF) é um método de resolução de equações
diferenciais que se baseia na aproximação de derivadas por diferenças finitas. A
fórmula de aproximação obtém-se da série de Taylor da função derivada.[4]
As equações de governo são normalmente equações diferenciais parciais, mas no
caso unidimensional elas tornam-se equações diferenciais ordinárias. A formula-
ção fraca é uma forma integral dessas equações, que é necessária para formular o
método de elementos finitos.[5]
O caminho para as equações diferenciais de governo é substancialmente mais
complicado do que aquele para os métodos de diferenças finitas. No método de
diferenças finitas, não existe necessidade de uma formulação fraca, isto torma o
método dos elementos finitos intelectualmente mais desafiador.[5]

3 Metodologia Matemática
A formulação forte é apresentada pela seguinte equação:
d du d
− (ρV u) = 0 (1)
dx dx dx
Adota-se as seguintes condições de contorno

x = 0; x = 1; u = 1; u = 0; (2)

O Método do Residuos Ponderados são obtidos através da seguinte integral:


Z
(w)(R)(dΩ) = 0 (3)
Z 1
du du
(u − ρV )(w)(dx) = 0 (4)
0 dx dx

1
1 1
d2 u
Z Z
du
wµ − wρu =0 (5)
0 dx 0 dx
Z 1 Z 1
d du du
(µ )w(x)dx − ρV w (dx) = 0 (6)
0 dx dx 0 dx
Logo:
Z 1 Z 1
du du dw du
u(x)µ − (w )dx − ρV w (dx) = 0 (7)
dx 0 dx dx 0 dx
Seguindo o método de Galerkin, o campo aproximado é escrito como combinação
linear das funções φ:

u = Uj φj ; w = φi (8)
Z 1
dφ dφ dQi
Uj [(µ )dx − ρV Qi (dx)] = 0 (9)
0 dx dx dx
Z 1
dφ dφ dξ dφ
Uj [µ dξ − ρV φ dξ] = 0 (10)
−1 dξ dξ dx dξ
Com isto é possivel verificar que:
npc
X dφk dφi k dφi
Uj [ µ Jo w(k) − ρV φi w(k)] = 0 (11)
n=1
dξ dξ dξ

2
4 RESULTADOS

Figura 1: Análise comparativa da solução numérica com a analítica(V=0.1; as fi-


guras a esquerda são para valores nl=2, enquanto as da direita nl=3; Da região
superior para inferior numel= 5;10;20.

De acordo com a figura 1, é demostrado que para as imagens que há uma precisão
aparentemente adequada, pois ambas as curvas estão próximas de tal forma que
quase não é perceptivel a visualização da variação.

3
Figura 2: Análise comparativa da solução numérica com a analítica(V=1; as figuras
a esquerda são para valores nl=2, enquanto as da direita nl=3; Da região superior
para inferior numel= 5;10;20

Na figura 2 a solução numérica começa a se distânciar da analítica, o processo


de discretização para tal mudança de velocidade da figura 1 para a 2, não está
adequada e isto influencia na adaptatividade do sistema.

4
Figura 3: Análise comparativa da solução numérica com a analítica(V=2; as figuras
a esquerda são para valores nl=2, enquanto as da direita nl=3; Da região superior
para inferior numel= 5;10;20

Na figura 3 a solução numérica apresenta um pico, isto é visível nas imagens supe-
riores. Com o aumento da velocidade das figuras 1, 2 para a 3 o sistema começa a
não atender a condições para baixo números de nós.

5
Figura 4: Análise comparativa da solução numérica com a analítica(V=2.5; as fi-
guras a esquerda são para valores nl=2, enquanto as da direita nl=3; Da região
superior para inferior numel= 5;10;20

Na figura 4 o efeitos do aumento da velocidade no sistema estão mais adequados a


visualização, e este fator está influenciando a solução númerica.

6
Figura 5: V=5; as figuras a esquerda são para valores nl=2, enquanto as da direita
nl=3; Da região superior para inferior numel= 5;10;20

Na figura 5 os efeitos do aumento da velocidade faz a soluções tanto analítica quanto


a numérica se afastarem no sistema, o que torna a adaptatividade dele baixa.

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Figura 6: V=10; as figuras a esquerda são para valores nl=2, enquanto as da direita
nl=3; Da região superior para inferior numel= 5;10;20)

Na figura 6 a soluções estão afastadas, o sistema tende a instabilidade numérica se


continuar aumentando a velocidade.Tendo em vista esse problema faz-se necssario
um refinamento do sistema, com relação a nós e numero de elementos, isto para
tornar o sistema adptável as condiões impostas.

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5 REFERÊNCIAS

[1] C. R. MALISKA, Transferência de Calor e Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e


Coordenadas Generalizadas. 1985.

[2] J. SILVA NETO, A. J.; VASCONCELLOS, Uma introdução aos Métodos de Diferen-
ças Finitas e Volumes Finitos com Aplicações em Transferência de Calor e Massa.
2002.

[3] J. Reddy, An Introduction to the Finite Element Method Third ed. 2006.

[4] R. L. B. J. D. F., Análise Numérica. 2008.

[5] J. FISH and T. BELYTSCHKO, A First Course in Finite Elements. 2009.

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