Você está na página 1de 71

CICLO HIDROLÓGICO, USOS DO SOLO

E DA ÁGUA

1
Como ocorre o surgimento das cidades?
Surgimento das cidades

Ocupação e domínio da natureza

Plantações – obras de irrigação proximidade


de rios

Construções de templos

Excedente de produção – comercialização

Organização da política – hierarquização da


sociedade
Surgimento das cidades e população

Fixação perto
Nômades Organização
de rios e mares

10 milhões

-9000 -8000 -7000


Sources: Biraben 1980; McEvedy & Jones 1978; UN World Pop. Prosp. 2012; combined by Gapminder.
www.gapminder.org/teach Free teaching material for a fact-based worldview Version: 12
Surgimento das cidades e população

Cidades com formas


mais amadurecidas

Intensa urbanização
e grande
prosperidade

250 milhões

-1000 ano 0 1000


Sources: Biraben 1980; McEvedy & Jones 1978; UN World Pop. Prosp. 2012; combined by Gapminder.
www.gapminder.org/teach Free teaching material for a fact-based worldview Version: 12
Surgimento das cidades e população

Roma: infraestrutura
e planejamento das
cidades

-1000 ano 0 1000


Sources: Biraben 1980; McEvedy & Jones 1978; UN World Pop. Prosp. 2012; combined by Gapminder.
www.gapminder.org/teach Free teaching material for a fact-based worldview Version: 12
Surgimento das cidades e população

Problemas de
Crescimento serviços urbanos,
Urbano higiene e
saneamento

-1000 ano 0 1000


Sources: Biraben 1980; McEvedy & Jones 1978; UN World Pop. Prosp. 2012; combined by Gapminder.
www.gapminder.org/teach Free teaching material for a fact-based worldview Version: 12
Surgimento das cidades e população

Peste Negra:
Fruto da urbanização e seus problemas de
infraestrutura
25 a 75 milhões de mortes

Não havia consciência sobre o mal que o lixo e os


esgotos poderiam fazer

1400 1600 1800 2000


Sources: Biraben 1980; McEvedy & Jones 1978; UN World Pop. Prosp. 2012; combined by Gapminder.
www.gapminder.org/teach Free teaching material for a fact-based worldview Version: 12
Surgimento das cidades e população

Necessidade de
abastecimento de água!!!

1400 1600 1800 2000


Sources: Biraben 1980; McEvedy & Jones 1978; UN World Pop. Prosp. 2012; combined by Gapminder.
www.gapminder.org/teach Free teaching material for a fact-based worldview Version: 12
Surgimento das cidades e população

12 milhões de mortes no século XIX

Esforços de equipes sanitárias

Revolução industrial

1 bilhão

1400 1600 1800 2000


Sources: Biraben 1980; McEvedy & Jones 1978; UN World Pop. Prosp. 2012; combined by Gapminder.
www.gapminder.org/teach Free teaching material for a fact-based worldview Version: 12
Surgimento das cidades e população

Desenvolvimento
tecnológico: Crescimento
• 1837: telégrafo
• 1850: energia elétrica acelerado dos
• 1857: elevador
• 1859: oleoduto
centros urbanos
• 1880: iluminação
elétrica
• 1883: motor à explosão
• 1896: rádio
2 bilhões

1400 1600 1800 2000


Sources: Biraben 1980; McEvedy & Jones 1978; UN World Pop. Prosp. 2012; combined by Gapminder.
www.gapminder.org/teach Free teaching material for a fact-based worldview Version: 12
Surgimento das cidades e população

1960

3 bilhões
Inundação em São Paulo

1400 1600 1800 2000


Sources: Biraben 1980; McEvedy & Jones 1978; UN World Pop. Prosp. 2012; combined by Gapminder.
Version: 12
www.gapminder.org/teach Free teaching material for a fact-based worldview
Surgimento das cidades e população

1974

4 bilhões

Inundação em São Paulo

1400 1600 1800 2000


Sources: Biraben 1980; McEvedy & Jones 1978; UN World Pop. Prosp. 2012; combined by Gapminder.
Version: 12
www.gapminder.org/teach Free teaching material for a fact-based worldview
Surgimento das cidades e população

1987
5 bilhões

1400 1600 1800 2000


Sources: Biraben 1980; McEvedy & Jones 1978; UN World Pop. Prosp. 2012; combined by Gapminder.
www.gapminder.org/teach Free teaching material for a fact-based worldview Version: 12
Surgimento das cidades e população

1999
6 bilhões

1400 1600 1800 2000


Sources: Biraben 1980; McEvedy & Jones 1978; UN World Pop. Prosp. 2012; combined by Gapminder.
www.gapminder.org/teach Free teaching material for a fact-based worldview Version: 12
Surgimento das cidades e população

2011
7 bilhões

1400 1600 1800 2000


Sources: Biraben 1980; McEvedy & Jones 1978; UN World Pop. Prosp. 2012; combined by Gapminder.
www.gapminder.org/teach Free teaching material for a fact-based worldview Version: 12
Por quê uma cidade se torna insustentável?
Níveis
elevados de
uso de Desperdício Poluição Pobreza
recursos
Como as cidades podem se tornar mais
sustentáveis e habitáveis?
Balanço
saudável
Conservação Economia
Estilo de vida entre
do meio eficiente e
saudável ambiente
ambiente dinâmica
natural e
construído
Surgimento das cidades

Planejamento
Conflitos de uso

Crescimento desordenado

Problemas de infraestrutura

Cidades insustentáveis
Planejar para:

Acelerar a
Otimizar o uso
implantação
dos recursos dos processos

Reduzir riscos,
Evitar trabalho
conflitos e
e gastos
impactos
desnecessários
ambientais
Como definir os limites geográficos do
planejamento urbano?
BACIAS HIDROGRÁFICAS

Bacia hidrográfica é a área drenada por um rio principal e seus


afluentes, que pode ser delimitada a partir das cotas
altimétricas estabelecidas pelos divisores de água.

É uma região em que a chuva ocorrida em qualquer ponto


drena para a mesma seção transversal do curso d’água
Seção
transversal
de
referência
(exutória) Informações
Para definir uma Curso
bacia: de
d’água
topografia
BACIAS HIDROGRÁFICAS
BACIAS HIDROGRÁFICAS COMO UNIDADE DE
PLANEJAMENTO

Uma bacia hidrográfica pode ser dividida em sub-bacias

É possível setorizar a bacia hidrográfica:


potencialidades, fragilidades e conflitos

Bacias hidrográficas menores facilitam o


planejamento:
• Torna simples e mais objetiva a espacialização dos dados;
• Maior facilidade em garantir a participação popular e individualizar
problemas (estratégias);
BACIAS HIDROGRÁFICAS COMO UNIDADE DE
PLANEJAMENTO
Geológicos

Geomorfológicos

Climatológicos
Critérios para
Aspectos da Área da Bacia ci
Hidrográfica ocupação de
Pedológicos
áreas

Hidrografia

Fauna e Flora
BACIAS HIDROGRÁFICAS COMO UNIDADE DE
PLANEJAMENTO

Geomorfológicos Climatológicos
• Unidades de Relevo • Precipitação,
• Critérios para a temperatura, direção
ocupação de áreas dos ventos

Pedológicos Hidrografia
• Identificação dos • Áreas de inundação
grupos de solos • Áreas de recarga de
• Aptidão agrícola aquíferos
Condomínio de luxo em Aracaju
Vossoroca na região de Bauru, SP
Rio Iguaçu – Inundações nas cidades de
Porto União e União da Vitória

32
Ano: 2014 (Considerada a 3º maior cheia já registrada)
Nível na régua: 8,01 m.
Partes atingidas: 40% da cidade de União da Vitória debaixo d’água, 15 mil
pessoas afetadas diretamente e uma morte
Ano: 1983 (Considerada a 1º maior cheia já registrada)
Nível na régua: 10.42 m
Partes atingidas: 80% da cidade de União da Vitória debaixo d’água
CICLO HIDROLÓGICO E PLANEJAMENTO URBANO
CICLO HIDROLÓGICO

5
CICLO HIDROLÓGICO
Ciclo Global: Evaporação = Precipitação
• Ciclo fechado
• Recirculação de toda a água

Ciclo Regional: Fluxo = Evaporação - Precipitação


• Ciclo aberto
• Parte da água retorna, fechando parte do ciclo
• Parte da água é retirada pela atmosfera
• Parte da água é trazida de fora pela atmosfera
• Equacionamento: Balanço hídrico (entradas e saídas de um sistema)
BACIA HIDROGRÁFICA: VOLUME DE CONTROLE

Área de drenagem

Área da bacia X lâmina


precipitada em um
certo tempo =
volume de água recebido ao
longo desse intervalo de tempo
BALANÇO HÍDRICO EM UMA BACIA

Balanço entre as entradas e saídas de água em uma bacia hidrográfica

Principal entrada = Precipitação


Saídas: Evapotranspiração e Escoamento
P EVT

𝑷 − 𝑬𝑽𝑻 = 𝑸

P é a precipitação (mm/ano), Q
Q é o escoamento (mm/ano), e
EVT é a evapotranspiração (mm/ano)

1 mm de chuva = 1L em 1 m²
VARIABILIDADE SAZONAL DA CHUVA MÉDIA MENSAL EM
DIVERSAS REGIÕES DO BRASIL
O CICLO HIDROLÓGICO: SISTEMA DE MEDIÇÕES

Evaporação
O CICLO HIDROLÓGICO: SISTEMA DE MEDIÇÕES

Infiltração
O CICLO HIDROLÓGICO: SISTEMA DE MEDIÇÕES

Escoamento/ Evapotranspiração
O CICLO HIDROLÓGICO: SISTEMA DE MEDIÇÕES

Precipitação
O CICLO HIDROLÓGICO: SISTEMA DE MEDIÇÕES

Medição de vazão com sistema de ADCP


O CICLO HIDROLÓGICO: SISTEMA DE MEDIÇÕES

Medição de vazão com sistema de molinete


O CICLO HIDROLÓGICO: SISTEMA DE MEDIÇÕES

Medição de vazão com réguas linimétricas/curva de nível


Como é a resposta de uma bacia
hidrográfica a um evento de chuva?
RESPOSTA DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA A UM
EVENTO DE CHUVA DE CURTA DURAÇÃO
HIDROGRAMA DE UM RIO COMO RESPOSTA A UM
EVENTO DE CHUVA
Quais fatores influenciam a quantidade,
velocidade e a qualidade da água que circula em
uma bacia hidrográfica?
Fatores que influenciam a quantidade e a velocidade de circulação
da água:

Cobertura vegetal e impermeabilização

Evaporação
Escoamento superficial
Impermeabilização
Infiltração
Recarga aquíferos
Erosão da galeria de drenagem no rio Belém, Curitiba
Fatores que influenciam a quantidade e a velocidade de circulação
da água:

Topografia

Escoamento superficial
Declive
Infiltração
Recarga aquíferos
Erosão e deslizamento em área de loteamento
Fatores que influenciam a quantidade e a velocidade de circulação
da água:

Tipo de solo e geologia

Escoamento superficial
Granulometria
Infiltração
Recarga aquíferos
Vossorocas na cidade de Buriticupu, MA
Fatores que influenciam a qualidade da água:

Uso do solo

Aumento do transporte de sedimentos e poluição pontual e difusa


E se houver um desequilíbrio nesse ciclo em
termos globais, que consequências teremos em
termos de planejamento urbano?
CICLO HIDROLÓGICO E PLANEJAMENTO URBANO:

Falta de água, Brasil


SECA NA CALIFÓRNIA, EUA
CONTROLE DE EVAPORAÇÃO EM RESERVATÓRIOS -
CALIFÓRNIA
CONTROLE DE EVAPORAÇÃO EM RESERVATÓRIOS -
CALIFÓRNIA
• Medida para prevenção da evaporação e proteção da qualidade da água

• Estimativa de água economizada que seria evaporada em um ano:

• 1 milhão de m³ (capacidade para abastecer 8,1 mil habitantes

durante 1 ano) – redução de 85 a 90% da evaporação

• Investimento: > 32 milhões

• Duração: 10 anos

• Área coberta: 0,71 km² (Iraí = 14 km², Itaipu = 1350 km²)

• Quantidade: 91 milhões de bolas plásticas (custo de $ 0,36 cada)

• Economia de $ 250 milhões em outras obras emergenciais


É possível ter uma gestão eficiente
no uso do solo e da água?

Você também pode gostar