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QUAIS SÃO AS CAMADAS DA TERRA?

CROSTA, MANTO E NÚCLEO

Quais são as Camadas da Terra?

O que é a Crosta Terrestre?

A Crosta Terrestre é a parte mais externa da Terra e envolve toda a parte em


que vivemos. É a menor das estruturas do planeta, porém é a mais importante
para as atividades humanas. Essa camada é composta fundamentalmente por
rochas leves. Essas rochas têm como minerais predominantes o silício, o alumínio e
o magnésio.
Essa camada pode ter até 40 km de espessura, variando entre as partes
continentais e oceânicas. Além disso, a Crosta é formada por grandes porções
sólidas chamadas placas tectônicas, que se movem lentamente sobre o Manto
Terrestre.
É importante ressaltar que Crosta Terrestre e as placas tectônicas não são a mesma
coisa. Existem 12 placas tectônicas na formação continental atual da Terra. As
placas flutuam sobre o magma pastoso e devido ao formato geóide do planeta, se
encontram muitas vezes. O deslocamento resulta das forças que provêm do núcleo
terrestre.
A parte oceânica da Crosta Terrestre recobre cerca de 60% da superfície de
nosso planeta e possui pelo menos 180 milhões de anos. É a parte mais jovem das
camadas da Terra. A sua espessura não ultrapassa 20 km em direção ao núcleo,
sendo formada, principalmente por basalto.
Já a parte continental é formada principalmente por granito. A Crosta
continental tem pelo menos 2 bilhões de anos e recobre 40% da superfície
terrestre. Sua espessura chega a pelo menos 50 km em direção ao núcleo.
Abaixo da Crosta Terrestre encontra-se a Descontinuidade de Mohorovicic ou,
simplesmente Moho. Nessa parte, as variações sísmicas costumam ser mais
rápidas e mais fluidas em relação à sua composição externa. Essa parte separa a
Crosta do Manto Terrestre.

O que é o Manto?

O Manto é a camada mais extensa da Terra, localizado abaixo da Crosta


Terrestre. Essa camada é formada por diferentes tipos de rocha, como silício e
magnésio, que permanecem em estado pastoso, quase líquido devido ao calor
emanado pelo Núcleo.
O Manto apresenta profundidades que vão dos 30 km abaixo da superfície da Terra
até 2900 km, ocupando 80% do volume total do planeta. As temperaturas
internas podem alcançar os 2000 °C e é por isso que as rochas possuem liquidez
e se transformam em magma.
O Manto Terrestre é composto por silicatos de ferro e de magnésio. No Manto
Interno o material é mais líquido devido ao fato de estar mais próximo ao Núcleo.
Já no Manto Externo, o material magmático é mais pastoso.

Abaixo do Manto encontra-se outra descontinuidade. A Descontinuidade de


Wiechert-Gutenberg, também conhecida somente como Descontinuidade de
Gutenberg, encontra-se totalmente em estado líquido e apresenta temperaturas
maiores que as do Manto.

O que é o Núcleo?

A terceira e última camada da Terra é o Núcleo. O Núcleo corresponde à quase


um terço de toda a massa terrestre. Não se sabe ao certo qual a composição
dessa camada, mas há fortes indícios de que ele seja composto por uma liga de
ferro e níquel. Por isso, o núcleo também pode ser chamado de NIFE devido à essa
combinação.
Essa camada é dividida entre Núcleo Interno e Núcleo Externo. O Núcleo
Externo apresenta entre 2900 e 5100 km, suas temperaturas variam entre 3000°C
e 3800°C. Ele se encontra no estado líquido.
Já o Núcleo Interno possui entre 5100 e 6370 km. Apesar da parte interna do
núcleo possuir temperaturas mais elevadas, ele é sólido devido à influência da
pressão interna do planeta sobre ele.
Apenas em 2013 os cientistas foram capazes de medir com precisão a temperatura
da parte interna do Núcleo da Terra. Essa temperatura pode chegar até a 6000°C, a
mesma temperatura do Sol.
Segundo os cientistas, a temperatura do núcleo terrestre é tão alta que o ferro
pode ser levado ao estado líquido. Porém, o material volta para o estado sólido em
decorrência da pressão, que o faz se agrupar novamente.

Atualmente também é possível saber que o Núcleo terrestre gira a uma velocidade
maior do que o próprio movimento de rotação do planeta. Isso ocorre pois, como o
Núcleo Externo é líquido, o Núcleo Interno fica imerso nessa verdadeira “câmara”
de magma derretido, que o isola das camadas restantes. O fato de ele girar em
grandes velocidades indica que o planeta também girava mais rápido em tempos
remotos.

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