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PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL.

NÃO HÁ NOS AUTOS


PROVAS ESSENCIAIS PARA COMPROVAR A ALEGAÇÃO DE PRESCRIÇÃO E A COMPENSAÇÃO.
AUSÊNCIA DA DATA DE CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. CONVERSÃO DO
JULGAMENTO EM DILIGÊNCIA. O JUIZ NÃO ESTÁ OBRIGADO SE NÃO TIVER DÚVIDAS. NÃO FOI
ELIDIDA A PRESUNÇÃO JURIS TANTUM DE CERTEZA E LIQUIDEZ DA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA
MEDIANTE PROVA INEQUÍVOCA. CONTEXTO FÁTICO E PROBATÓRIO DOS AUTOS. REVISÃO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ 1. O acórdão recURA, SEXTA TURMA, julgado em
17/06/2010, DJe 16/08/2010), o que vai de encontro ao que supõe o ora embargante. (...) Bem
por isso já averbou o STJ que 'a produção de provas no processo civil, sobretudo quando
envolvidos interesses disponíveis, tal qual se dá no caso em concreto, incumbe essencialmente
às partes, restando ao juiz campo de atuação residual a ser exercido apenas em caso de grave
dúvida sobre o estado das coisas, com repercussão em interesses maiores, de ordem pública.
Impossível, assim, exigir - se a anulação da sentença de primeira instância, mediante a pueril
alegação de que ao juízo incumbia determinar a realização de provas ex officio. Tal ônus
compete exclusivamente à parte interessada na diligência" (destaquei - AgRg no REsp
1105509/RN, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 04/12/2012, DJe
18/12/2012). E, como constou da decisão ora agravada, 'a Certidão de Divida Ativa goza de
presunção juris tantum de certeza e liquidez que só pode ser elidida mediante prova
inequívoca a cargo do embargante, nos termos do artigo 3° da Lei n° 6.830/80' e 'a
embargante deveria ter demonstrando cabalmente o fato constitutivo de seu direito, sendo
dela o onus probandi, consoante preceituava o artigo 333, I, do Código de Processo Civil,
vigente na época'. Consta da decisão agravada ainda que a 'apelante-embargante claudicou no
seu ônus processual de demonstrar a causa eficaz do direito invocado nos embargos' pois 'os
recolhimentos efetuados pela ora apelante, ao que parece, não puderam ser atrelados ao
débito em cobro pois, além de terem sido recolhidos em valores discrepantes dos constantes
da DCTF original, foram efetuados em código diverso', 'nenhum documento foi apresentado
pela embargante demonstrativo da ocorrência de compensação regular, de que tenha
participado como autoridade homologatória ou aceitante o Fisco Federal' bem como que 'os
embargos à execução fiscal não são sede de postulação e deferimento de compensação
tributária'. Assim, não é verdade o entendimento exarado pela agravante em seu recurso de
que o Poder Judiciário atuou em prol dos interesses da União; o que ocorreu nos autos, em
síntese, é que a embargante-apelante não elidiu a presunção juris tantum de certeza e liquidez
da Certidão de Dívida Ativa mediante prova inequívoca" (fls. 416-417, e-STJ,
grifosONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DESTINADA AO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DOS
SERVIDORES ESTADUAIS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA. INAPLICABILIDADE DO
ART. 1º-F DA LEI 9.494/1997. PRECEDENTE DO STJ. 1. Trata-se, na origem, de Ação Declaratória
cumulada com repetição de indébito, pedindo a inexigibilidade da alíquota de 14%, prevista no
art. 78 da Lei estadual 12.398/1998, para determinar sua redução para 10% e, após o advento
da Lei 17.435/2012, a aplicação da alíquota de 11%. A ação foi julgada procedente nas
instâncias ordinárias, e a matéria ainda em questão é sobre os índices de correção monetária e
juros de mora. 2. Ao decidir a controvérsia, em juízo de retratação, o Tribunal de origem
consignou (fls. 296-300, e-STJ): "Por todo exposto, em sede de juízo de retratação e
conformidade, adoto a orientação emanada de leading case, considerando, assim, que: a) a
partir do entendimento do Recurso Repetitivo nº 1.495.146/MG, tornou-se inaplicável o artigo
1º-F da Lei 9.494/1997, sendo que a correção monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública de natureza tributária deve observar aquelas utilizadas na cobrança de tributo pago
em atraso, e, b) quanto aos juros de mora, considerando que o presente feito versa sobre
cobrança de contribuições previdenciárias indevidas, e, portanto, a parcela em questão tendo
natureza tributária, deve ser aplicado o disposto no artigo 161, §1º do Código Tributário
Nacional." 3. Ao contrário do que alega o recorrente, a relação jurídica de direito material
posta em questão tem inegável natureza tributária. O simples fato de a contribuição
previdenciária destinar-se ao regime próprio de Superior Tribunal de Justiça previdência
estadual não transmuta a natureza da condenação, que tem origem na cobrança indevida de
tributo estadual. Precedente: AgInt no REsp 1894935/PR, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 22/03/2021, DJe 26/03/2021. 4. No mais, em relação à
aplicação do art. 1º-F da Lei 9.494/1997, consoante entendimento da Primeira Seção desta
Corte, firmada sob a sistemática dos recursos repetitivos, "em se tratando de dívida de
natureza tributária, não é possível a incidência do art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada
pela Lei 11.960/2009) - nem para atualização monetária nem para compensação da mora"
(REsp 1.495.146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe de
2/3/2018). 5. Como se observa, o Tribunal paranaense decidiu conforme a jurisprudência do
STJ, oque atrai a aplicação da Súmula 83 do STJ: “Não se conhece do recurso especial pela
divergência, quando a orientação do tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão
recorrida.” Cumpre ressaltar que a referida orientação é aplicável também aos recursos
interpostos pela alínea "a" do inciso III do art. 105 da Constituição Federal de 1988. Nesse
sentido: REsp 1.186.889/DF, Segunda Turma, Relator Ministro Castro Meira, DJe de 2.6.2010.
6. Agravo Interno não provido. ACÓRDÃO Vistos e relatados estes autos em que são partes as
acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, por
unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os
Srs. Ministros Francisco Falcão, Og Fernandes, Mauro Campbell Marques e Assusete
Magalhães votaraceu do Recurso Especial, com o seguinte fundamento: Conforme decidido
sob o rito dos recursos repetitivos: "condenações judiciais de natureza tributária. A correção
monetária e a taxa de juros de mora incidentes na repetição de indébitos tributários devem
corresponder às utilizadas na cobrança de tributo pago em atraso. Não havendo disposição
legal específica, os juros de mora são calculados à taxa de 1% ao mês (art. 161, § 1º, do CTN).
Observada a regra isonômica e havendo previsão na legislação da entidade tributante, é
legítima a utilização da taxa Selic, sendo vedada sua cumulação com quaisquer outros índices."
Não há se falar em violação ao art. 535, I e II, do CPC/1973, como alegado. pelo recorrente,
pois, em juízo de retratação, a Corte local entendeu pela aplicação do art. 161, § 1º, do CTN
para os juros de mora (tal como pedido nas razões do Recurso Especial), bem como pela
aplicação do índice utilizado nas cobranças de tributo pago em atraso para a correção
monetária. Como se observa, o Tribunal paranaense decidiu conforme a jurisprudência do STJ,
atraindo a aplicação da Súmula 83 do STJ: “Não se conhece do recurso especial pela
divergência, quando a orientação do tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão
recorrida.” Cumpre ressaltar que a referida orientação é aplicável também aos recursos
interpostos pela alínea "a" do inciso III do art. 105 da Constituição Federal de 1988. Nesse
sentido: REsp 1.186.889/DF, Segunda Turma, Relator Ministro Castro Meira, DJe de 2.6.2010.
Consubstanciado o que previsto no Enunciado Administrativo 7/STJ, condena-se o recorrente
ao pagamento de honorários advocatícios em 10% (dez por cento) sobre o valor total da verba
sucumbencial fixada nas instâncias ordinárias, com base no § 11 do art. 85 do CPC/2015.
HB561 REsp 1912911 Petição : 174808/2021 2020/0339304-0 Página 1 de 12 Superior Tribunal
de Justiça Diante do exposto, não conheço do Recurso Especial. O Recurso Especial (art. 105,
III, “a”, da Constituição Federal) foi interposto pela Fazenda do Estado do Paraná contra
acórdão proferido pelo TJPR assim ementado: APELAÇÃO CIVEL E REEXAME NECESSÁRIO.
AÇÃO DECLARATÓRIA C/C RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
SERVIDORES APELAÇÃO DO PÚBLICOS DO ESTADUAIS. ESTADO PARANÁ (1). INEPCIA DA
PETIÇÃO INICIAL. DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS À PROPOSITURA DA AÇÃO. PRESENTES.
ALÍQUOTA PROGRESSIVA. INCONSTITUCIONALIDADE.PRINCÍPIO DA ISONOMIA TRIBUTÁRIA.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REDUÇÃO. NECESSIDADE. CUSTAS PROCESSUAIS. NATUREZA
TRIBUTÁRIA. TAXA. INEXISTÊNCIA DE ISENÇÃO OU DISPENSA LEGAL DO PAGAMENTO.
PAGAMENTO DA CONDENAÇÃO IMPOSTA CONHECIDO APELAÇÃO NA E DA SENTENÇA.
PARCIALMENTE RECURSO PROVIDO. PARANÁPREVIDÊNCIA (2). PARTE LEGÍTIMA PARA
FIGURAR NO POLO PASSIVO DA DEMANDA. INEXISTÊNCIA DE SOLIDARIEDADE ENTRE O
PARANÁPREVIDÊNCIA E O ESTADO DO PARANÁ. RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DESTE.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. REEXAME NECESSÁRIO. ÍNDICES DE JUR

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