Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CWM: Para tentarmos resolver este desafio, o IBCO está adotando o termo
“Consultor de Organização Profissional”. Trata-se do Consultor de Organização
que assume a sua atividade como uma profissão, que procura seu
autodesenvolvimento tanto nas técnicas mais modernas de gestão e
administração, quanto nas técnicas e competências em consultoria de
organização e que adota o Código de Ética e de Conduta da associação
profissional que reúne Os Consultores de Organização. Este conceito é
reforçado pelo de Consultor de Organização Certificado (CMC – Certified
Management Consultant), que é o Consultor de Organização Profissional que
atende os requisitos de caráter, qualificações, experiência, competência e
independência de critérios estabelecidos pela associação profissional que
entrega a certificação.
Gauss: Segundo dados do IBCO (Instituto Brasileiro dos Consultores de
Organização), o Brasil responde por cerca de 0,4% do mercado mundial de
consultoria. A América Latina toda responde por 2% (dados de 2000). Em
relação ao mercado mundial, esse número representa muito pouco em nosso
país. Os cursos de capacitação específicos a esta especialidade são incipientes
e pouco valorizados pelo mercado. O que as consultorias, alinhadas ao IBCO,
podem fazer para trazer melhorias nesse setor?
Gauss: O IBCO também aponta que 3,6% dos clientes de consultoria utilizam o
critério “formação dos consultores” como requisito de contratação. Já estão
disponíveis no Brasil os primeiros MBAs de Consultoria. O que as empresas
que buscam bons projetos precisam pesquisar nas consultorias antes de
contratar?
CWM: A questão fundamental é saber se o cliente fez tudo para tentar resolver
internamente pesquisando se tem efetivamente os recursos e os
conhecimentos necessários para tanto, dentro da companhia. Só então é que
deve procurar um consultor ou consultoria. Então o problema é como contratar
o consultor, qual a percepção do trabalho que ele executará e qual o papel que
cabe a cada um, cliente e consultor, no processo. Falta em geral a consciência
que o cliente deve participar constantemente do processo e que ele é quem
toma as decisões. Cabe ao consultor aconselhar e acompanhar. Deixar tudo nas
mãos do consultor leva a situações indesejáveis e que em última análise, em
geral, geram a insatisfação com o seu trabalho. Os clientes também devem
aprender a contratar consultoria.
CWM: O IBCO pesquisa cada candidato antes de sua filiação efetiva por meio de
consulta aos seus clientes mais recentes e analisando toda a documentação
pessoal e eventualmente da empresa de consultoria (curriculum, certificado de
curso universitário, contrato social, artigos escritos etc.). Na certificação CMC, o
processo inclui examinar pessoalmente o candidato e a sua atuação profissional
por uma banca examinadora composta por dois ou três Consultores CMC’s. Ou
seja, o IBCO referencia para o mercado a atuação dos consultores em termos de
experiência, competências e conduta ética. Cabe lembrar que o IBCO possui um
Conselho de Ética que pode ser acionado por clientes que se considerem
prejudicados pelo comportamento ético do Consultor filiado, sendo mais uma
ferramenta de apoio e garantia ao exercício responsável e profissional desta
atividade.
Gauss: Em suma, uma organização não pode ter desempenho inferior ao que
podemos chamar de excelente pelas lacunas em sua gestão. Qual dica você,
como especialista nessa área, deixa para as organizações que realmente
buscam, incessantemente, além do ROI, a qualidade na prestação de seus
serviços aos clientes?