Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE IBMEC SP
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
Criciúma - SC
2021
INSTITUTO DAMÁSIO DE DIREITO - IDD
FACULDADE IBMEC SP
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
Criciúma – SC
2021
JOÃO RAFAEL DE FAVERI LEACINA
TERMO DE APROVAÇÃO
Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo
aporte ideológico e autoral conferido ao presente Trabalho de Conclusão de Curso –
TCC, intitulado (preencher com o tema do TCC), isentando a Faculdade IBMEC São
Paulo, a coordenação do curso e o orientador (preencher com nome do orientador) de
toda e qualquer responsabilidade acerca deste trabalho.
Political parties can join organizations and debate forums at the international level. In
Brazil, this practice is usually recurrent, especially with regard to party groups from the
left field, that is, the socialist, social-democratic, labor, green and environmentalist
parties. In recent years, international affiliations have become part of the public debate,
and it is therefore necessary to analyze the size of their influence on the country's
internal politics and on the behavior of Brazilian political parties. On the other hand,
the reciprocal is also valid, to what extent are leftist political parties able to influence
such organizations? Well, the objective of the work is to analyze the various
international affiliations of left-wing political parties in Brazil, discussing the
classification of left and right through concepts developed in political science and
covering the historical context of the national party system to, finally, present an
extensive catalog of international organizations that have Brazilian leftist parties as
members or affiliates.
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14
CAPÍTULO I – OS PARTIDOS POLÍTICOS BRASILEIROS .................................... 19
1.1 BRASIL IMPÉRIO .............................................................................................. 20
1.2 BRASIL OLIGARQUICO .................................................................................... 21
1.3 BRASIL LIBERAL .............................................................................................. 22
1.4 BRASIL DITATORIAL ........................................................................................ 24
1.5 BRASIL CONTEMPORÂNEO ........................................................................... 25
CAPÍTULO II – O SISTEMA PARTIDÁRIO BRASILEIRO ....................................... 31
2.1 DEFINIÇÃO IDEOLÓGICA: CLASSIFICAÇÃO ENTRE ESQUERDA E DE
DIREITA .................................................................................................................... 32
2.2 DEFINIÇÃO IDEOLÓGICA: PARTIDOS BRASILEIROS DO CAMPO DE
ESQUERDA .............................................................................................................. 33
CAPÍTULO III – AS AFILIAÇÕES INTERNACIONAIS DOS PARTIDOS POLÍTICOS
DA ESQUERDA BRASILEIRA ................................................................................. 37
3.1 INTERNACIONAL SOCIALISTA ....................................................................... 38
3.2 LIGA INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES – QUARTA
INTERNACIONAL. .................................................................................................... 39
3.3 CONFERÊNCIA PERMANENTE DE PARTIDOS POLÍTICOS DA AMÉRICA
LATINA E DO CARIBE .............................................................................................. 40
3.4 FORO DE SÃO PAULO..................................................................................... 41
3.5 ENCONTRO INTERNACIONAL DE PARTIDOS COMUNISTAS E
OPERÁRIOS... .......................................................................................................... 45
3.6 FÓRUM SOCIAL MUNDIAL .............................................................................. 46
3.7 GLOBAL VERDE ............................................................................................... 49
3.8 ALIANÇA PROGRESSISTA .............................................................................. 52
3.9 GRUPO DE MONTEVIDÉU ............................................................................... 55
3.10 GRUPO DE PUEBLA ........................................................................................ 56
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 60
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 65
14
INTRODUÇÃO
partidos políticos, quais sejam: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido que
dava sustentação política ao regime autoritário; e o Movimento Democrático Brasileiro
(MDB), que era o partido composto pela oposição com autorização para discordar do
regime.
O ciclo político que vai do golpe de 1964 à posse de José Sarney na
Presidência da República, em 1985, foi um período de sucessivas operações
de engenharia política visando a legitimação e a permanência no poder do
regime autoritário e de seus partidários. Em nenhum outro momento da
história política brasileira assistiu-se a tantas alterações casuísticas nas
regras eleitorais e partidárias.
[...] Como a determinação do AC-4 era no sentido de que se constituíssem
organizações provisórias com atribuições de partidos, e não partidos políticos
propriamente ditos, nenhuma das novas legendas criadas pela reforma
partidária de 65-66 continha a palavra “partido” em sua denominação. Os
grupos parlamentares de situação reuniram-se na Aliança Renovadora
Nacional (ARENA), enquanto que a oposição ao regime (aquela que
sobrevivera às cassações) fundou o Movimento Democrático
Brasileiro (MDB) (SCHMITT, 2000).
Pois bem, para uma melhor definição será necessário entender o contexto
histórico em que surgem os partidos políticos do Brasil Contemporâneo.
essencialmente regional, baseada no Rio Grande do Sul (SCHMITT, 2000, pág. 12-
13).
Por fim, existiam partidos menores que abrigavam figuras importantes da
política nacional, tais como o Partido Social Trabalhista (PST) do Governador Miguel
Arraes e o Partido Socialista Brasileiro (PSB) do Senador Aurélio Viana, além de
outros pequenos partidos políticos como o Partido Rural Trabalhista (PRT) e o
Movimento Trabalhista Renovador (MTR), este nascido de uma dissidência do PTB
(SCHMITT, 2000, pág. 13-14).
Com o Golpe de 1964 o Brasil passa por uma nova ditadura que perdura até a
posse de um presidente civil em 1985.
A princípio, o Governo Golpista instaurado, aparentemente, procurou conviver
com as instituições partidárias existentes, entretanto, este comportamento seria
modificado em decorrência da derrota dos partidários do governo no processo eleitoral
de 1965 (VIEIRA, 2010, pág. 91) e, por conta desta situação de derrota foi decretado
o Ato Complementar n. 4 de 1966, que exigiu a constituição de novos partidos pelo
Congresso Nacional:
Art. 1º Aos membros efetivos do Congresso Nacional, em número não inferior
a 120 deputados e 20 senadores, caberá a iniciativa de promover a criação,
dentro do prazo de 45 dias, de organizações que terão, nos termos do
presente Ato, atribuições de partidos políticos enquanto estes não se
constituírem. (BRASIL, 1966).
Como alerta Schmitt (2000, pág. 20), a Câmara dos Deputados e o Senado
Federal possuíam 409 e 66 membros, respectivamente, e do ponto de vista
matemático, no máximo três novos partidos poderiam ser organizados.
O propósito, claramente, era a extinção dos partidos políticos independentes
do regime ao passo em que se criava um ar de normalidade política com a existência
de uma oposição.
Se, por um lado, o regime autoritário queria evitar a criação de um sistema
de partido único, por outro também não queria reproduzir a alegada
fragmentação partidária do período precedente. Restava então a alternativa
do bipartidarismo, característico das democracias anglo-saxãs (Estados
Unidos e Inglaterra, por exemplo). (SCHMITT, 2000, pág. 20).
25
O ARENA foi substituído pelo Partido Democrata Social (PDS) que passou a
ser o partido governista, em contrapartida, dissidentes daquele partido em conjunto
com dissidentes do MDB formaram o Partido Popular e, por fim, o MDB acrescentou
ao seu nome a expressão Partido e virou o PMDB (VIEIRA, 2010, pág. 96-97).
Conforme explica Schmitt (2000, pág. 33), o Partido Popular, curiosamente, não
chegou a participar de nenhuma eleição, sendo incorporado ao PMDB em 1982.
Durante a Assembleia Constituinte de 1988, devido a uma divergência no que
se referia a adoção do sistema parlamentarista, o PMDB se dividiu e a ala liderada
por Mario Covas fundou o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), de acordo
com Schmitt (2000, pág. 42).
26
No fim, o único caso real de refundação efetiva foi o do PSB, nos termos de
Schmitt (2000, pág. 44), no entanto, agora contava com a militância do ex-governador
Miguel Arraes que se tornou membro do partido.
Representando uma novidade, nascia o Partido dos Trabalhadores (PT)
representando uma ruptura com a concepção tradicional dominante na história política
brasileira, pois, primordialmente, era um partido construído de baixo para cima, com
ampla participação dos movimentos sociais e sindicais (VIEIRA, 2010, pág. 98).
O PT foi formado, inicialmente, por sindicalistas – em especial, aqueles do
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista, grupos revolucionários trotskistas e
militantes da esquerda católica (REIS, 2007).
Em 2002, o PT consegue eleger Lula da Silva como Presidente da República
(em sua quarta tentativa), que se reelege e elege sua sucessora Dilma Rousseff em
2010 (reeleita em 2014), entretanto a sua trajetória também é marcada por cisões: em
1992, com a expulsão de duas correntes internas do partido foram fundados o Partido
Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU) e o Partido da Causa Operária
(PCO); já no poder e após a expulsão de parlamentares que votaram contra a reforma
da previdência encabeçada pelo Governo Lula, surgiu o Partido Socialismo e
Liberdade (PSOL).
Do movimento sindical, surgiu em 2013 o Solidariedade (SD), nascido de
sindicalistas descontentes com a condução dos Governos Petistas e capitaneados por
Paulo da Silva, dirigente da Força Sindical (SOLIDARIEDADE, 2017), cabendo nota
no sentindo que boa parte dos parlamentares integrantes na fundação da legenda
29
Por esta lógica, Bobbio (1995, pág. 119) classifica os movimentos políticos em
quatro eixos:
a) na extrema-esquerda estão os movimentos simultaneamente igualitários e
autoritários, dos quais o jacobinismo é o exemplo histórico mais importante,
a ponto de se ter tornado uma abstrata categoria aplicável, e efetivamente
aplicada, a períodos e situações históricas diversas;
b) no centro-esquerda, doutrinas e movimentos simultaneamente igualitários
e libertários, para os quais podemos empregar hoje a expressão “socialismo
liberal”, nela compreendendo todos os partidos social-democratas, em que
pesem suas diferentes práxis políticas;
c) o centro-direita, doutrinas e movimentos simultaneamente libertários e
inigualitários, entre os quais se inserem os partidos conservadores, que se
distinguem das direitas reacionárias por sua fidelidade ao método
democrático, mas que, com respeito ao ideal da igualdade, se prendem à
igualdade diante da lei, que implica unicamente o dever por parte do juiz de
aplicar imparcialmente as leis, e à liberdade idêntica, que caracteriza aquilo
que chamei de igualitarismo mínimo;
d) na extrema-direita, doutrinas e movimentos antiliberais e antiigualitários,
dos quais creio supérfluo indicar exemplos históricos bem conhecidos como
o fascismo e o nazismo.
grandes desafios com os que se deparam hoje nossos povos e nossos ideais
de esquerda, socialistas, democráticos, populares e anti-imperialistas.
(FORO DE SÃO PAULO, 1990).
esta crise – é governada por um partido membro do Foro, qual seja a organização
partidária, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
O ponto de ebulição pode ser considerado quando Juan Guaidó – filiado ao
Vontade Popular (VP), Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, declara
ilegítima a posse de Nicolás Maduro (do PSUV) como Presidente da República e se
autoproclama ao cargo em janeiro de 2019.
Coincidentemente o Vontade Popular (VP) é afiliado à Internacional Socialista,
liga de partidos trabalhistas, socialdemocratas e socialistas.
Voltando ao ponto chave da discórdia, o Foro de São Paulo manteve sempre
um apoio incondicional ao Governo Maduro, destacando na Declaração Final do XX
Encontro do Foro de São Paulo em La Paz que “As forças da direita na Venezuela
tentam, por meio da violência, provocar uma guerra civil e desmentir a questão da
legitimidade do governo do presidente Nicolás Maduro” (FORO DE SÃO PAULO,
2016).
Nesta lógica, o Foro, por meio de seu Grupo de Trabalho reunido por
videoconferência em janeiro de 2021, expressou o seu apoio aos “governos liderados
por forças populares e progressistas, comprometidos com o bem-estar dos povos, em
Cuba, Venezuela, Nicarágua, Bolívia, México e Argentina” (FORO DE SÃO PAULO,
2021).
Nesta lógica, o Foro, por meio de seu Grupo de Trabalho reunido por
videoconferência em janeiro de 2021, expressou o seu apoio aos “governos liderados
por forças populares e progressistas, comprometidos com o bem-estar dos povos, em
Cuba, Venezuela, Nicarágua, Bolívia, México e Argentina” (FORO DE SÃO PAULO,
2021).
De outro turno, no cenário interno, cabe destacar a influência da organização
nos Governos de Lula e Dilma.
Em suas diretrizes internacionais, o PT demonstrava a influência de seus
posicionamentos nas declarações advindas do Foro de São Paulo, portanto havia uma
sobreposição entre as declarações de cada uma das organizações:
Em sua primeira reunião, em 1990, a declaração saída do encontro já dizia:
“definimos [...] as bases de um novo conceito de unidade e integração
continental. Nossa proposta passa [...] pelo impulso à solidariedade
internacionalista dos nossos povos”, o que se repetiu, em 1996, no encontro
de Porto Alegre, quando se afirma que “[...] estamos desenhando programas
amplos [...] que realizem uma transformação política e econômica [...] que
avance em direção a uma nova sociedade mais justa e igualitária”, e, também,
em 2002, na reunião de Antígua, ao afirmar que “é preciso [...] contribuir
45
Neste toar, Ruivo, Almeida e Toledo (2016, pág. 20) apontam que é evidente a
inspiração dos Governos Petista no Foro – ao menos no discurso, a importância ao
processo de integração regional como condicionante para o combate às
desigualdades socioeconômicas e a defesa de políticas públicas que refutem o
modelo neoliberal são alguns dos pontos de simbiose entre o partido político e a sua
afiliação internacional.
Neste sentido, Côrrea (2013, pág. 126) alerta que FSM seria um espaço e não
uma organização propriamente dita.
47
O primeiro evento foi pensado para ter, segundo Côrrea (2003, pág. 71), três
tipos de atividades: a) sessões diárias com palestras e exposições de personalidades
convidadas; b) a realização do maior número possível de encontros para
apresentação de iniciativas e trocas de experiências; e c) reuniões de articulação entre
organizações sociais que desenvolvem o mesmo tipo de luta.
Com o sucesso do primeiro evento, foi estabelecido uma carta de princípios,
visando consolidar os resultados dos debates e garantir a continuidade. Seus
primeiros tópicos cria as bases dos futuros encontros:
1. O Fórum Social Mundial é um espaço aberto de encontro para o
aprofundamento da reflexão, o debate democrático de idéias, a formulação
de propostas, a troca livre de experiências e a articulação para ações
eficazes, de entidades e movimentos da sociedade civil que se opõem ao
neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de
imperialismo, e estão empenhadas na construção de uma sociedade
planetária orientada a uma relação fecunda entre os seres humanos e destes
com a Terra.
2. O Fórum Social Mundial de Porto Alegre foi um evento localizado no tempo
e no espaço. A partir de agora, na certeza proclamada em Porto Alegre de
que “um outro mundo é possível”, ele se torna um processo permanente de
busca e construção de alternativas, que não se reduz aos eventos em que se
apoie.
3. O Fórum Social Mundial é um processo de caráter mundial. Todos os
encontros que se realizem como parte desse processo têm dimensão
internacional.
4. As alternativas propostas no Fórum Social Mundial contrapõem-se a um
processo de globalização comandado pelas grandes corporações
multinacionais e pelos governos e instituições internacionais a serviço de
seus interesses, com a cumplicidade de governos nacionais. Elas visam fazer
prevalecer, como uma nova etapa da história do mundo, uma globalização
solidária que respeite os direitos humanos universais, bem como os de todos
os cidadãos e cidadãs em todas as nações e o meio ambiente, apoiada em
sistemas e instituições internacionais democráticos a serviço da justiça social,
da igualdade e da soberania dos povos.
5. O Fórum Social Mundial reúne e articula somente entidades e movimentos
da sociedade civil de todos os países do mundo, mas não pretende ser uma
instância representativa da sociedade civil mundial. (FÓRUM SOCIAL
MUNDIAL, 2000).
48
Em sua carta inaugural, os fundadores entenderam por bem deixar claro que
estavam decididos a defender ativamente o progresso contra inimigos autoritários e
reacionários, questionadores dos valores comuns e que representam, nos termos do
documento, o perigoso neoautoritarismo e o populismo de direita (ALIANÇA
PROGRESSISTA, 2013).
Acerca de seus princípios, a organização é fundada – conforme seu documento
fundador – na defesa: da democracia e suas instituições; dos direitos humanos e da
proibição da tortura; da justiça social; da globalização justa e com regras claras; da
tolerância e da diversidade; da igualdade de gênero; da divisão dos poderes e da
separação entre os interesses públicos e privados; da liberdade de imprensa; da
53
igualdade de oportunidades por meio da educação; pela luta aos grandes riscos atuais
da humanidade, em especial as catástrofes climáticas e as epidemias (ALIANÇA
PROGRESSISTA, 2013).
Estamos convencidos de que el siglo XXI será un siglo de progreso y
cooperación. La política internacional debe servir para prevenir conflictos y
conseguir la paz a partir del entendimiento, la solidaridad internacional y la
seguridad común, basada en la cooperación.
Nuestro objetivo es un mundo progresista y justo. Juntos perseguiremos este
objetivo como una fuerte alianza con amigos y socios en todo el mundo.
Nuestra idea de una sociedad libre, abierta, inclusiva y justa es sumamente
fuerte. (ALIANÇA PROGRESSISTA, 2013).
Como pode ser observado, a Aliança Progressista, desde sua fundação, aposta
na política internacional como forma de prevenir conflitos e alcançar a paz por meio
da solidariedade internacional e da segurança comum.
Sobre a sua atuação, a organização visa converter o Século XXI em um ciclo
de progresso democrático, social e ecológico e para alcançar tal objetivo a Aliança
estabeleceu uma série de passos:
Asegurar el intercambio de buenas prácticas con respecto al desarrollo del
partido, la organización, las campañas electorales, la realización de las
elecciones, el compromiso y el desarrollo político
Fortalecer la capacidad de partidos progresistas para realizar las campañas
electorales para que alrededor del mundo las fuerzas progresistas y nuestra
agenda ganen en las elecciones
Reforzar nuestras redes de líderes jóvenes y parlamentarios con el fin de que
las sucesivas generaciones de fuerzas progresistas contribuyan a la labor
actual de la red
Asegurar una mayor cooperación entre los líderes de los partidos políticos
progresistas del mundo de manera que para decisiones importantes se pueda
contar con un enfoque común y un pensamiento común por parte de la
dirección política de nuestra red
Establecer una red de partidos progresistas verdaderamente global, incluidos
partidos políticos en Norteamérica, América Latina, Europa, África, Asia,
Medio Oriente y el Pacífico para que nuestra red sea verdaderamente global
y refleje las necesidades de los países en desarrollo y lo países desarrollados,
y trabajando también con grupos de expertos e instituciones que ya ofrezcan
un nivel de coordinación global. (ALIANÇA PROGRESSISTA, 2013).
Por fim, em 2019, a Aliança Progressista aduziu que todo este cenário de
violação dos princípios democráticos, somados a divulgação de notícias falsas, ajudou
a eleger Jair Bolsonaro como Presidente do Brasil (ALIANÇA PROGRESSISTA,
2019).
Neste sentido, a organização internacional teceu inúmeras críticas ao Governo
Bolsonaro, dentre elas, o seu afã de atacar as instituições democráticas
estabelecidas, a aplicação de políticas de austeridade fiscal, a reforma das leis
trabalhistas com redução de direitos e garantias dos trabalhadores e da sua política
ambiental para com a Floresta Amazônica (ALIANÇA PROGRESSISTA, 2019).
O Grupo de Puebla, por sua vez, é um fórum/espaço – que visa ter um alcance
global – de discussão e articulação política surgida em 2019 na cidade mexicana de
Puebla.
Como o Grupo de Montevidéu, não reúne agremiações partidárias e sim atores
políticos da América Ibérica e da Espanha, são membros fundadores e participam
deste espaço de discussão alguns brasileiros integrantes do PT, sendo eles: Lula da
Silva e Dilma Rousseff (ex-Presidentes da República); Aloizio Mercadante, Celso
Amorim e Fernando Haddad (ex- Ministros de Estado).
57
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Tiago João José. A política do PCB no início da Guerra Fria. ANPUH–XXV
Simpósio Nacional de História. Fortaleza, 2009.
CARVALHO, Eder Aparecido. PSD, UDN e PTB, os três grandes partidos da terceira
república. CSOnline-REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS, n. 1, 2007.
FRANCO, Yuri Soares. A influência do foro de São Paulo nas estratégias políticas
das esquerdas latino-americanas (1990-2019). 2020.
FORO DE SÃO PAULO. Declaración final - São Paulo - 1990. 1990. Disponível
em: https://forodesaopaulo.org/declaracion-final-sao-paulo-1990/. Acesso em: 01 jul.
2021.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2002.
______. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2020.
LEITE, José Côrrea. Fórum Social Mundial: a história de uma invenção política.
São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003. Disponível em:
https://bibliotecadigital.fpabramo.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/279/forum
_social_mundial.pdf?sequence=1. Acesso em: 01 jul. 2021.
MAZIEIRO, Guilherme. PSB critica Venezuela e sai do Foro de São Paulo. 2019.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2019/08/30/psb-
critica-venezuela-e-sai-do-foro-de-sao-paulo.htm. Acesso em: 01 jul. 2021.
POMPEU, Lauriberto. Gleisi Hoffmann quer PSB de volta ao Foro de São Paulo.
2019. Disponível em: https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/gleisi-
hoffmann-quer-psb-de-volta-foro-ao-de-sao-paulo/. Acesso em: 01 jul. 2021.
SANCHES, Mariana. Por que o Foro de São Paulo é mais importante para a
direita do que para a esquerda. 2019. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-49093277. Acesso em: 01 jul. 2021.
70
SILVA, Antonio Marcelo Jackson F. da. Crise Partidária e labirinto político no Brasil
Império. Histórica–Revista eletrônica do Arquivo Público do Estado de São
Paulo, n. 30, 2008.