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Racionalimo de Descartes já exite uma intuição a priori que será aprovada aposteriori.

Para Kant a única forma de intuição era a intuição sensível; ele negava possibilidade de
uma intuição intelectual ou racional. "Intuição designa de uma maneira geral um modo de
conhecimento imediato e direto que coloca no mesmo momento o espírito em presença de
seu objeto" (Durozoi e Roussel, 1993; p. 251). A intuição "refere-se imediatamente ao
objeto e é singular" (Kant, 1988; p. 377).

Compreenderam que a razão só discerne o que ela produz segundo


o seu projeto, que ela tem de ir à frente com princípios
(...) pois do contrário observações casuais, feitas sem um plano
previamente projetado, não se interconectariam numa lei necessária,
coisa que a razão procura e necessita. A razão tem que ir
à natureza tendo numa das mãos os princípios unicamente segundo
os quais fenômenos concordantes entre si podem valer
como leis, e na outra o experimento que ela imaginou segundo
aqueles princípios, na verdade para ser instruída pela natureza,
não porém na qualidade de aluno que se deixa ditar tudo o que
o professor quer, mas na de juiz nomeado que obriga as testemunhas
a responder às perguntas que lhes propõe (Kant, 1987;
p. XIII do prefácio).

O necessário qualifica o que não poderia não ser, ou ser diferente do que é" (Durozoi e
Roussel, 1993; p. 338). Slaide 12

"O realismo metafísico afirma que as coisas existem fora e independente da consciência
ou do sujeito" (Mora, 1982; p. 346). O realismo é a "concepção segundo a qual o mundo
externo existe por si mesmo, independentemente de que alguém o perceba ou pense nele"
(Bunge, 1986; p. 165).

As coisas em si permaneceriam para sempre em uma zona de sombra


cognitiva e, apesar disso, existia conhecimento verdadeiro, válido 'objetivamente'
(intersubjetivamente) das coisas para nós. Slaide :n. 17

1) O espaço não é um conceito empírico abstraído de experiências externas. Pois a representação de


espaço já tem que estar subjacente para certas sensações se referirem a algo fora de mim (isto é, a algo
num lugar do espaço diverso daquele em que me encontro), e igualmente para eu poder representá-las
como fora de mim e uma ao lado da outra e por conseguinte não simplesmente como diferentes, mas
como situadas em lugares diferentes. Logo, a representação do espaço não pode ser tomada emprestada,
mediante a experiência, das relações do fenômeno externo, mas esta própria experiência externa é
primeiramente possível só mediante referida representação.

Qualquer tentativa de atribuir o espaço e o tempo às coisas em si foi impugnada


pelo idealismo transcendental, o que vai de encontro à interpretação de
Newton. Para Newton, o espaço e o tempo tinham realidade no mundo externo
(não se constituíam apenas em formas da nossa sensibilidade), existindo objetivamente,
fora do sujeito, sendo inclusive independentes dos corpos, da matéria16.

16 IO tempo absoluto, verdadeiro e matemático, por si mesmo e da sua própria natureza,


flui uniformemente sem relação com qualquer coisa (...). II O espaço absoluto, em sua
própria natureza, sem relação com qualquer coisa externa, permanece sempre similar e
imóvel (Newton, 1990; p. 7).

Como "o entendimento em geral pode ser representado como uma faculdade
de julgar" (Kant, 1987; p. 94. Grifo no original), isto é, de emitir juízos, de
estabelecer relações entre representações, os conceitos constituíam-se nos predicados
de juízos possíveis.

Criando este aparato explicativo, Kant procurava determinar as


circunstâncias nas quais as categorias podem encontrar emprego
concreto. Um esquema serve como uma representação mediadora
que é intelectual em um sentido, e sensível em outro. Assim,
um esquema é diretamente ativado em termos da experiência
sensorial, e no entanto pode-se pensar plausivelmente que
ele fornece uma interpretação dessa experiência. (...) Os esquemas
são em parte regras e neste sentido estão ligados à compreensão
pura; mas eles também são em parte imagens, e assim estão
ligados à percepção empírica. O esquema de cada categoria
determina a condição pela qual ela é aplicável aos objetos da
experiência em geral (Gardner, 1995; p. 72. Grifo no original).

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