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Exercícios – Classes Gramaticais

1 – (FGV-2004) Observe a seguinte oração: “...os portugueses não haviam sido por
uma tempestade empurrados para a terra de Santa Cruz.”

a) Nessa oração, há uma locução verbal. Identifique-a.


b) Em que voz ela está?
c) Qual é o verbo principal dessa oração?

2 – (FGV-2001) O tratamento utilizado no diálogo abaixo corresponde à segunda


pessoa do plural. As marcas desse tratamento aparecem destacadas em negrito.
- Vosso passado vos condena. Saí daqui antes que eu vos mate.
- Esperai, que já vos mostro. Não tenteis amedrontar-me!…

Se utilizarmos o tratamento correspondente à segunda pessoa do singular,


obteremos, respectivamente:

a) Seu passado o condena. Saia daqui antes que eu o mate. / Espere, que já lhe
mostro. Não tente amedrontar-me!…
b) Teu passado te condena. Sai daqui antes que eu te mate. / Espera, que já te
mostro. Não tenta amedrontar-me!…
c) Teu passado te condena. Sai daqui antes que eu te mate. / Espera, que já te
mostro. Não tentes amedrontar-me!…
d) Seu passado lhe condena. Saia daqui antes que eu o mate. / Espere, que já te
mostro. Não tente amedrontar-me!…
e) Teu passado o condena. Saí daqui antes que eu te mate. / Espera, que já te
mostro. Não tentes amedrontar-me!…

3 – (UFPR-2002) Considerando os provérbios abaixo, assinale a(s) alternativa(s) em


que os termos destacados são pronomes relativos, ou seja, que retomam um termo
antecedente.

( ) É de pequenino que se torce o pepino.


( ) A vingança é um prato que se serve frio.
( ) Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
( ) Isso é do tempo em que se amarrava cachorro com linguiça.
( ) Ele(a) não é flor que se cheire.

4 – (FGV-2004) Assinale a alternativa em que a palavra NÃO tem valor de adjetivo.

a) A malha azul estava molhada.


b) O sol desbotou o verde da bandeira.
c) Tinha os cabelos branco-amarelados.
d) As nuvens tornavam-se cinzentas.
e) O mendigo carregava um fardo amarelado.

5 – (Enem-MEC / PPL)

MORUMBI próxima ao Col. PIO XII


Linda residência rodeada por maravilhoso jardim com piscina e amplo espaço
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tranquila: David Pimentel. Cód. 480067 Morumbi Palácio Tel.: 3740-5000
Folha de S.Paulo. Classificados, 27 fev. 2012 (adaptado).

Os gêneros textuais nascem emparelhados a necessidades e atividades da vida


sociocultural. Por isso, caracterizam-se por uma função social específica, um
contexto de uso, um objetivo comunicativo e por peculiaridades linguísticas e
estruturais que lhes conferem determinado formato. Esse classificado procura
convencer o leitor a comprar um imóvel e, para isso, utiliza-se:

a) da predominância das formas imperativas dos verbos e de abundância de


substantivos.
b) de uma riqueza de adjetivos que modificam os substantivos, revelando as
qualidades do produto.
c) de uma enumeração de vocábulos, que visam conferir ao texto um efeito de
certeza.
d) do emprego de numerais, quantificando as características e aspectos positivos do
produto.
e) da exposição de opiniões de corretores de imóveis no que se refere à qualidade do
produto.

6 – (Mack-1996) Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta para


preencher as lacunas. ______ estivesse adoentado, compareceu a todas as
reuniões, ______ não pôde prestar grande colaboração, ______ estava sem energia
______ participar dos debates.

a) todavia – porque – mas – a fim de


b) mesmo que – pois – mas – para
c) ainda que – logo – embora – para
d) embora – mas – pois – para
e) apesar de que – pois – porque – para

7 - (UFV-2005) O tabaco consome dinheiro público. Bilhões de reais saem do bolso


do contribuinte para tratar a dependência do tabaco e as graves doenças que ela
causa. A dependência do tabaco também aumenta as desigualdades sociais porque
muitos trabalhadores fumantes, além de perderem a saúde, gastam com cigarros o
que poderia ser usado em alimentação e educação. Em muitos casos, com o dinheiro
de um maço de cigarros pode-se comprar, por exemplo, um litro de leite e sete pães.
Para romper com esse perverso círculo de pobreza, países no mundo inteiro estão se
unindo através da Convenção-Quadro de Controle do Tabaco para conter a
expansão do tabagismo e os graves danos que causa, sobretudo nos países em
desenvolvimento. Incluir o Brasil nesse grupo interessa a todos os brasileiros. É um
passo importante para criar uma sociedade mais justa. (Propaganda do Ministério da
Saúde. Brasil um país de todos. Governo Federal, 2004.)

“A dependência do tabaco também aumenta as desigualdades sociais porque muitos


trabalhadores fumantes, além de perderem a saúde [...].” O termo “além de”, neste
fragmento, estabelece relação lógico-semântica de:

a) condição.
b) concessão.
c) adição.
d) conformidade.
e) consecução.

8 – (FJPF) – A conjunção destacada no período “E como a produção era feita em


massa, havia a necessidade de se formar também uma massa de consumidores”
pode ser substituída, sem alteração de sentido, por:

a) ainda que;
b) à proporção que;
c) visto que;
d) desde que;
e) de modo que.

9 - (FCC) – Pertencem à mesma categoria gramatical os termos sublinhados na


frase:

a) Daí a necessidade de criar emprego nas pequenas cidades.


b) A reforma agrária não poderá ser executada de maneira uniforme.
c) Não se trata, contudo, de “engessar” a população rural no campo.
d) Ela não será a mesma nas terras férteis.
e) A reforma agrária contribuirá para reduzir o ritmo da migração campo-cidade.

10 – (FJPF) – Considerando-se o emprego do pronome sublinhado no trecho “e os


mais atentos ganham terreno repetindo consigo mesmos”, pode-se afirmar que está
gramaticalmente incorreta a frase:

a) O professor dirigiu-se ao aluno e disse: “Carlos, quero falar consigo”.


b) Reprovado, o aluno pensava consigo como daria a notícia aos pais.
c) O professor levava consigo para as aulas sempre o mesmo livro.
d) O universitário portava consigo a carteira de estudante.
e) Contar consigo mesmo para resolver os problemas era o que convinha ao
universitário.

11 – (NCE – UFRJ) – A alternativa abaixo em que o termo destacado não é


classificado como conjunção é:

a) O aluno contou a piada, mas a professora não riu.


b) O aluno contou um caso para a professora rir.
c) A professora ensinou corretamente as conjunções e as preposições.
d) A professora não queria que ninguém risse.
e) Juquinha não sabia se sua piada iria agradar.

12 – (Covest-1997) Preencha os espaços com os substantivos correspondentes aos


verbos indicados entre parênteses:
I. A ________(PERSUADIR) é necessária no jogo argumentativo.
II. O cinema é uma das mais populares formas de___________ (ENTRETER).
III. A________ (DENUNCIAR) do Procurador foi acatada.
IV. O sequestrador conseguiu o resgate mediante___________ (EXTORQUIR)
V. A_________(DELINQUIR) infanto-juvenil é um dos problemas das grandes
cidades.

13 – (ITA-2003) A questão a seguir refere-se ao texto abaixo.


(…) As angústias dos brasileiros em relação ao português são de duas ordens. Para
uma parte da população, a que não teve acesso a uma boa escola e, mesmo assim,
conseguiu galgar posições, o problema é sobretudo com a gramática. É esse o
público que consome avidamente os fascículos e livros do professor Pasquale, em
que as regras básicas do idioma são apresentadas de forma clara e bem-humorada.
Para o segmento que teve oportunidade de estudar em bons colégios, a principal
dificuldade é com clareza. É para satisfazer a essa demanda que um novo tipo de
profissional surgiu: o professor de português especializado em adestrar funcionários
de empresas. Antigamente, os cursos dados no escritório eram de gramática básica e
se destinavam principalmente a secretárias. De uns tempos para cá, eles passaram a
atender primordialmente gente de nível superior. Em geral, os professores que atuam
em firmas são acadêmicos que fazem esse tipo de trabalho esporadicamente para
ganhar um dinheiro extra. “É fascinante, porque deixamos de viver a teoria para
enfrentar a língua do mundo real”, diz Antônio Suárez Abreu, livre-docente pela
Universidade de São Paulo (…)
(JOÃO GABRIEL DE LIMA. Falar e escrever, eis a questão. Veja, 7/11/2001, n. 1725)
O adjetivo “principal” (em a principal dificuldade é com clareza) permite inferir que a
clareza é apenas um elemento dentro de um conjunto de dificuldades, talvez o mais
significativo. Semelhante inferência pode ser realizada pelos advérbios:

a) avidamente, principalmente, primordialmente.


b) sobretudo, avidamente, principalmente.
c) avidamente, antigamente, principalmente.
d) sobretudo, principalmente, primordialmente.
e) principalmente, primordialmente, esporadicamente.

Gabarito com justificativas, tendo em vista as gramáticas de Bechara


(2015) e Cunha e Cintra (2017)

1–
a) A locução verbal é haviam sido empurrados. b) A oração está na voz passiva
analítica. c) O verbo principal é empurrar.

Uma locução verbal é a combinação das diversas formas de um verbo auxiliar com o
infinitivo, gerúndio ou particípio de outro verbo que chama principal.
Na locução verbal, é somente o auxiliar que recebe as flexões de pessoa, número,
tempo e modo: haveremos de fazer, estavam por sair.

Sendo assim, na questão 1- a temos haviam sido empurrados como locução verbal,
já que há uma combinação dos verbos auxiliares haver e ser (que recebem as
flexões verbais) e o verbo empurrados que está na forma nominal do particípio,
portanto, empurrar é o verbo principal, o responde a letra c. Nesse caso temos a
ocorrência de um tempo composto da voz passiva formado pelos auxiliares haver e
ser, seguidos pelo particípio do verbo principal. Portanto, os tempos compostos da
voz passiva são formados por três verbos.

Em relação a letra b, a voz passiva do verbo indica que a pessoa é objeto da ação
verbal. A pessoa, nesse caso, “os portugueses”, é paciente da ação verbal. A passiva
analítica é formada com um dos verbos ser, estar, ficar seguido de particípio, o que
justifica então a resposta da letra b.

2–C
O texto da questão está na 2ª pessoa do plural que é vós e o que se pede é a
passagem desse texto para a 2ª pessoa do singular que é tu.

“- Vosso passado vos condena. Saí daqui antes que eu vos mate.
- Esperai, que já vos mostro. Não tenteis amedrontar-me!…”

O pronome vosso é pronome possessivo da 2ª pessoa do plural e seu


correspondente na 2ª pessoa do singular é teu. Como é possível ver abaixo:

Pronomes possessivos
Singular 2ª pessoa: teu tua teus tuas
Plural 2ª pessoa: vosso vossa vossos
vossas

Vos é pronome pessoal do caso oblíquo na 2ª pessoa do plural e seu correspondente


na 2ª pessoa do singular é te.

Pronomes pessoais oblíquos


Singular 2ª pessoa: te ti
Plural 2ª pessoa: vos vós

As conjugações verbais saí, do verbo irregular sair, e esperai, do verbo regular


esperar, estão na 2ª pessoa do plural conjugadas no modo imperativo afirmativo suas
conjugações correspondentes na 2ª pessoa do singular são sai e espera. Já a
conjugação verbal tenteis, do verbo regular tentar, está conjugada no modo
imperativo negativo e sua conjugação correspondente na 2ª pessoa do singular é
tentes.
A formação do modo imperativo pode ser vista na tabela abaixo, tomando como
exemplo o verbo esperar:
Presente do Imperativo Presente do Imperativo
indicativo afirmativo subjuntivo negativo
Eu espero - Que eu espere -
Tu esperas - Espera (tu) Que tu esperes Não esperes (tu)
- “s”
Ele espera Espere (você) Que ele espere Não espere (você)
Nós esperamos Esperemos (nós) Que nós esperemos Não esperemos (nós)
Vós esperais Esperai (vós) Que vós espereis Não espereis (vós)
- “s”
Eles esperam Esperem (vocês) Que eles esperem Não esperem (vocês)

3–F–V–F–V–V

Pronomes relativos são os que normalmente se referem a um termo anterior


chamado antecedente:
Eu sou o freguês que por último compra o jornal.
O que se refere a palavra freguês.

Portanto, na questão as únicas frases em que o pronome que tem função de


pronome relativo são as frases 2, 4 e 5.
Na frase 2 o que se refere a palavra prato.
Na frase 4 o que se refere a tempo.
Na frase 5 o que se refere a flor.

Na frase 1, temos o “é...que” como partícula expletiva, de realce. Note que é possível
retirá-lo, perdendo o sentido enfático: De pequenino se torce o pepino.
Na frase 3, o que estabelece comparação: mais vale ISSO DO QUE AQUILO.

4–B
A resposta é a alternativa b porque verde, nesse caso, tem função de substantivo e
não de adjetivo.
O adjetivo pode substantivar-se e uma característica gramatical desse fato é a
anteposição de um determinativo (em geral, do artigo) ao adjetivo.
Ex:
O céu cinzento indica chuva.
O cinzento do céu indica chuva.

Nas alternativas a, c, d e e as palavras em destaque estão desempenhando função


de adjetivo, é possível perceber isso, já que tais palavras modificam os substantivos
que as precedem, concordam em número e gênero com o substantivo a que se refere
e não são precedidas de artigos ou outros determinativos.

5–B
O adjetivo é um modificador do substantivo.
Os adjetivos linda, maravilhoso, amplo e gourmet modificam, caracterizam,
qualificam o substantivo e garantem no texto várias qualidades ao imóvel, visto que o
objetivo é convencer o leitor a comprar o imóvel.

6–D
A conjunção embora é uma conjunção subordinativa concessiva, essa conjunção
inicia uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação principal.
No texto do exercício proposto é justamente por isso que tal conjunção ocupa a
primeira lacuna a ser preenchida, porque aconteceu o contrário aquilo que seria
esperado, caso esteja doente, é esperado que falte aos seus compromissos.
A conjunção coordenativa adversativa mas ocupa essa posição porque acresce a
essa oração uma ideia de contraste (estar na reunião MAS não poder colaborar).
Poderia ser substituída por porém, todavia, contudo...
A conjunção pois é uma conjunção coordenativa explicativa está ligando duas
orações e a segunda justifica a ideia contida na primeira.
A última lacuna é preenchida corretamente pela conjunção para. Nesse caso o para
é conjunção porque conecta duas orações estar PARA participar. Tal conjunção
denota o valor de FIM/FINALIDADE.

7–C
O termo estabelece relação de adição porque une orações e semanticamente
acrescenta uma ideia a algo já posto.
Além disso – além do que já foi mencionado, uma informação a mais.

8–C
A conjunção como nesse período é uma conjunção causal, inicia uma oração que
exprime a causa, o motivo, a razão do pensamento da oração principal. O motivo de
haver necessidade de formar também uma massa de consumidores é que a
produção era feita em massa. Por isso, a conjunção como pode ser substituída sem
mudar seu sentido pela conjunção visto que.

Algumas expressões causais:


Causais (iniciam uma oração subordinada denotadora de causa): porque, pois,
porquanto, com o [= porque ], pois que ,por isso que, já que, uma vez que ,
visto que, visto com o, que etc.:

9–A
A resposta a essa questão é a alternativa a, já que as palavras destacadas
necessidade e emprego, são substantivos abstratos, pertencem à mesma classe
gramatical.
Em b, agrária é adjetivo e executada é verbo, pertencem, portanto, a classes
gramaticais diferentes. Em c, não é advérbio e de preposição. Em d, mesma é
pronome demonstrativo e terras é substantivo e em e, contribuirá é verbo e
migração substantivo.
Convém destacar, porém, que o verbo no particípio pode funcionar por vezes como
adjetivo, como no exemplo: As punições executadas. Já no exercício, executada é
verbo principal no particípio, participando da locução verbal “poderá ser executada”.
10 – A
As alternativas b, c, d e e correspondem a mesma ideia que o pronome estabelece
na frase de início do exercício, “e os mais atentos ganham terreno repetindo consigo
mesmos”, trata-se aqui de algo que está relacionado com a própria pessoa. O que
não acontece com a alternativa a. No português brasileiro, o correto seria “Carlos,
quero falar contigo.” ou “Carlos, quero falar como você”.

11 – B
Alternativa b é a correta. Para é uma preposição que aparece entre as preposições
ditas como essenciais e nesse caso está entre duas orações, sendo a segunda uma
oração reduzida por infinitivo. Se fosse “O aluno contou um caso para que a
professora risse” teríamos “para que” como locução conjuntiva.
Nas demais alternativas, mas é conjunção coordenativa adversativa. E é conjunção
coordenativa aditiva, que e se são conjunções integrantes.

12 – I. Persuasão II. Entretenimento III. Denúncia IV. Extorsão V. Delinquência.


O recurso da nominalização garante a mudança de foco semântico. Observe que em
“A persuasão é necessária no jogo argumentativo”, o termo persuasão aparece em
primeira posição e fica em destaque. Já em “No jogo argumentativo é necessário
persuadir”, o foco semântico está em “jogo argumentativo”.

13 – D
A resposta é a alternativa d, pois os advérbios, sobretudo, principalmente e
primordialmente destacam semanticamente um elemento que está acima dos
demais.
Nas demais alternativas, os seguintes advérbios não têm essa mesma ideia:
avidamente (com ardor, em ansiosa expectativa), antigamente (no passado) e
esporadicamente (ocasionalmente).

Referências:
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática do português. 38. ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2015.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 7. ed.
Rio de Janeiro: Lexikon, 2017.

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