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A Teoria Geral de Sistemas (também conhecida pela sigla, T.G.S.) surgiu com os trabalhos do biólogo
alemão Karl Ludwig von Bertalanffy, publicados entre 1950 e 1968.
Karl Ludwig von Bertalanffy (Viena, 19 de setembro de 1901 — Buffalo, Nova Iorque, 12 de junho de
1972) foi o criador da Teoria Geral dos Sistemas. Cidadão austríaco desenvolveu a maior parte do seu
trabalho científico nos Estados Unidos.
Bertalanffy fez os seus estudos em biologia e interessou-se desde cedo pelos organismos e pelos problemas do
crescimento.
Os seus trabalhos iniciais datam dos anos 20 e são sobre a abordagem orgânica. Com efeito, Bertalanffy não
concordava com a visão cartesiana do universo. Colocou então uma abordagem orgânica da biologia e tentou
fazer aceitar a ideia de que o organismo é um todo maior que a soma das suas partes.
Criticou a visão de que o mundo é dividido em diferentes áreas, como física, química, biologia, psicologia,
etc. Ao contrário, sugeria que deve se estudar sistemas globalmente, de forma a envolver todas as suas
interdependências, pois cada um dos elementos, ao serem reunidos para constituir uma unidade funcional
maior, desenvolvem qualidades que não se encontram em seus componentes isolados.
A T.G.S. não busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas sim produzir teorias e formulações
conceituais que possam criar condições de aplicação na realidade empírica. Os pressupostos básicos da
T.G.S. são:
Existe uma nítida tendência para a integração nas várias ciências naturais e sociais;
Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas;
Essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente de estudar os campos não físicos do
conhecimento científico, especialmente as ciências sociais;
Essa teoria de sistemas, ao desenvolver princípios unificadores que atravessam verticalmente os
universos particulares das diversas ciências envolvidas, aproxima-nos do objetivo da unidade da
ciência;
Isso pode levar a uma integração muito necessária da educação científica.
Teoria dos sistemas começou a ser aplicada na administração principalmente em função da necessidade de
uma síntese e uma maior integração das teorias anteriores (Científicas e Relações Humanas, Estruturalista e
Comportamental oriundas das Ciências Sociais) e da intensificação do uso da cibernética e da tecnologia da
informação nas empresas.
Os sistemas vivos, sejam indivíduos ou organizações, são analisados como “sistema abertos”, mantendo um
continuo intercâmbio de matéria/energia/informação com o ambiente. A Teoria de Sistema permite
reconceituar os fenômenos em uma abordagem global, permitindo a inter-relação e integração de assuntos que
são, na maioria das vezes, de natureza completamente diferentes.
2 – O conceito de sistema.
2. Sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interdependentes que interagem com objetivos
comuns formando um todo, e onde cada um dos elementos componentes comporta-se, por sua vez, como um
sistema cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem
independentemente. Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que
as relações entre as partes e o comportamento do todo sejam o foco de atenção (ALVAREZ, 1990, p. 17).
3. Sistema é um conjunto de partes coordenadas e não relacionadas, formando um todo complexo ou unitário.
Em síntese, o Sistema Aberto é o que sofre influências do meio e que, com suas ações, influencia o meio; o
Sistema Fechado não sofre influências do meio nem o altera com suas ações internas.
Todo sistema apresenta as entradas de dados (inputs), processamento e saída das informações (output) e
retroalimentação (feedback).
3.1 – Objetivos:
Que se referem tanto aos objetivos dos usuários do sistema quanto aos do próprio sistema. É a razão de
existência do sistema.
A esta altura, no entanto, devemos chamar a atenção para certas concepções errôneas que surgem, tanto na
teoria como na prática, quando as organizações sociais são consideradas como sistemas fechados e não
abertos.
Um erro que tem origem nesta concepção é a falha em reconhecer que existe mais de um modo de
produzir um determinado resultado. Entretanto, é verdade que, sob certas condições, existe um melhor modo,
porém é necessário que essas condições sejam primeiramente estabelecidas. O princípio geral que caracteriza
todos os sistemas abertos é que não é preciso haver um único método para a consecução de um objetivo.
Assim, pensar na organização como um sistema fechado resulta na falha em desenvolver a inteligência ou
a função de feedback para obter informação adequada sobre as mudanças nas forças do meio.
5 – Hierarquias de sistemas
Hierarquia: é o conceito de dividir um problema grande e complexo (sistema) em problemas menores
(subsistemas).
Há uma grande variedade de sistemas e uma ampla gama de tipologias para classificá-los, de acordo com
certas características básicas.
Na realidade, há uma complementaridade entre sistemas físicos e abstratos: os sistemas físicos precisam de
um sistema abstrato para funcionar, e os sistemas abstratos somente se realizam quando aplicados a algum
sistema físico.
Os sistemas abertos trocam matéria, energia e informação regularmente com o meio ambiente. São
eminentemente adaptativos, isto é, para sobreviver devem reajustar-se constantemente as condições do meio.
Todos estes princípios são bastante comuns a todos os sistemas, sejam da natureza ou humanos, e
independente do contexto e do momento histórico do sistema dado. Agora me diga uma coisa: sistemas de
informação são naturais ou humanos (humanos no sentido de ser produto do intelecto humano, do
conhecimento humano, no trato das informações necessárias à vida)?
Perceba que o 5º princípio não é tão absoluto como os outros. Existe uma dupla opção: Aberto ou Fechado.
Mas como só existe uma dessas duas opções, e nenhuma mais, podemos considerar como princípio geral.
Dividimos o conceito de sistemas em 3 partes. Para cada uma destas partes, vamos encaixar um dos princípios
da T.G.S. Veja o quadro abaixo:
A Totalidade é a característica sistêmica onde as entidades se encontram relacionadas de tal forma que
qualquer alteração numa delas influenciará as funções de outra. Num sistema, nenhuma parte está isolada, e
qualquer elemento introduzido numa dessas partes alterará significativamente as outras partes e o sistema
como um todo. Na verdade, a divisão do sistema em partes, é um artifício de análise que em si mesmo
empobrece a compreensão da realidade, uma vez que a parte não existe sem as outras partes. Mais do que isso,
sua existência é determinada grandemente pelas funções das outras partes, de tal forma que a separação do
todo só pode dar conta de "parte" da realidade.
Se você, por outro lado, considerar o contexto e a história do sistema, sempre estará reconstruindo a totalidade
do sistema. Se você considera a parte, e cada parte, na sua forma e função como produto de múltiplas
determinações, então fica mais fácil compreender que a separação da parte só pode ser aceite como parte da
análise mais completa e consistente. O fato é este: só uma visão holística, contextual, histórica, pode dar conta
de fenômenos sistêmicos, isto é, onde não existe partes isoladas, mas relacionadas de tal forma que suprem
suas necessidades de vida trabalhando para a subsistência de todas. Por isso a característica da Totalidade.
Gostaria agora lhe falar da característica que diz que todo sistema tem os mesmos Objetivos. Algumas linhas
acima, usei a palavra sinergia. Sinergia é uma daquelas palavrinhas mágicas que sintetizam muita coisa.
Sinergia: conseguir mais com menos! Simples, mas de uma dificuldade imensa. Todos os sistemas da natureza
têm sinergia. Quando nos aprofundamos no desvendamento da essência da natureza, descobrimos
maravilhados duas características básicas: a simplicidade e a capacidade de produzir tanto com tão pouco. Na
verdade, a simplicidade do funcionamento do universo só é possível porque todas as partes, por mais
pequenas e ínfimas que sejam, se unem de tal forma que a colaboração produz resultados inimagináveis em
tão pouco espaço, com tão pouco gasto de energia, consumindo tão poucos recursos.
No mundo empresarial deste século, percebeu-se que a sobrevivência só é possível se produzir-se mais com
menos recursos, menos desperdício, menos conflitos. Mas sistemas construídos pelos homens têm outras
características "semelhantes" aos sistemas da natureza: a tendência ao desgaste e à morte, de um lado -
Entropia, e a condição de se adaptarem constantemente ao meio ambiente que os cercam - Homeostasia.
Claro que um sistema natural, orgânico, não pode fugir da Entropia, por mais que se adapte ao meio externo.
Mas sistemas humanos, como os Sistemas de Informação Gerenciais - SIG, podem se adaptar infinitamente e
assim sobreviverem sempre reagindo ao ambiente que os cerca. Neste caso, a Homeostasia pode prevalecer
de alguma forma sobre a Entropia. E esta é a grande função da Análise de Sistemas.
No entanto, para que um Sistema possa se adaptar ao ambiente externo de forma mais eficiente, fugindo da
tendência para a "morte", ele precisa ser um Sistema Aberto. Sistemas Abertos são permeáveis e reagem
com rapidez aos estímulos do ambiente exterior, enquanto Sistemas Fechados não recebem esses estímulos
exteriores e portanto não se adaptam. Uma das funções fundamentais de Sistemas de Informação Gerenciais -
SIG é exatamente colocar as organizações em contato com o ambiente externo de forma que sejam receptivas
e possam se ajustar rapidamente às mudanças externas. Por outro lado, um Sistema Aberto também
influencia o meio externo que o circunda, diferentemente dos Sistemas Fechados que não têm influência
sobre o meio externo.
Resta dizer que sinergia está na base de um mundo com sistemas mais produtivos, mas ela carece de objetivos
claros e transparentes para todas as partes do sistema. Todo sistema precisa saber o que se espera dele, para
onde deve ir. Com base nessa informação, as partes podem se organizar e planejar as funções de cada uma. Se
o pescador não sabe a que porto chegar, nenhum vento lhe será favorável! Muitas empresas exigem sinergia,
mas se esquecem de dar a seus funcionários o mais fundamental: para onde ir. Missão, objetivos e metas
claras e transparentes para todos são o pontapé inicial do jogo da produtividade, e da excelência de qualquer
sistema.
A empresa deve ser vista como um sistema. Ela é composta de diversos elementos – dados, tecnologia,
pessoas, equipamentos, máquinas, clientes, funcionários – que, interagindo entre si, procuram atingir objetivos
comuns (lucro financeiro, bem-estar social, liderança no mercado, qualidade dos produtos). Ainda, existe uma
interação entre as partes, de acordo com as diretrizes da empresa, para alcançar os objetivos propostos
(ROSINI, 2003).
Dessa forma, a empresa como sistema, pode ser decomposta em partes menores, denominadas subsistemas,
cada um com objetivos claros e, eventualmente particulares que contribuem para o objetivo maior.
Ainda, uma característica do pensamento sistêmico é abordar o problema, seja ele um problema de biologia,
de administração ou de qualquer outra área de conhecimento, pensando em seu todo.
Lembramos que em todo sistema existe uma hierarquia e que a manutenção dessa hierarquia acarretará em
conjunto de processos de troca de informações (comunicações) com a finalidade de regular o sistema
(controle). Da mesma forma, vale para uma organização (empresa) ou um sistema de informação, o projetista
de um Sistema de Informação é forçado a ser um “pensador sistêmico”. O pensamento sistêmico pode ser
chamado de TGS aplicada e pode ser descrito como:
A abordagem sistêmica preocupa-se com a organização como um todo e com a integração do sistema
empresa e seus elos, os subsistemas, muito mais do que com estes últimos. Esse assunto é bastante
conhecido dentro da área de Desenvolvimento de Sistemas.
A tendência da mudança do perfil do trabalhador tem ampliado o escopo da área de sistemas de informação,
conforme apresenta o quadro abaixo. Observa-se que com a evolução do tempo, os sistemas de informação
passaram a ter um papel de maior apoio nas organizações, expandindo-se de um papel mais técnico,
inicialmente, para afetarem o controle e o comportamento administrativo, impactando mudanças sobre os
usuários finais e gerentes de uma organização.
Atualmente, os sistemas ocupam um papel de intensa participação e influência nas atividades institucionais
relativas a produtos, mercados, fornecedores e clientes. Isso, respaldado, principalmente, pelo rápido
crescimento das tecnologias de Internet, como suporte na construção de redes globais interconectadas.
A partir desse entendimento da evolução dos sistemas de informação, começamos a introduzir os conceitos
básicos sobre o tema e justifica-se o porquê entendê-los.
De acordo com Rodrigues (1996), a partir de 1985, a informação passou a ser utilizada como recurso
estratégico. Dessa forma, os Sistemas de Informação começaram a ser vistos como essenciais, em função do
sentido e do papel a eles atribuídos pelas organizações. Isso se tornou necessário, pois muitos executivos
precisavam ter uma visão do que sua empresa estava representando no mercado.
Para serem efetivos, os SI precisam: atender às reais necessidades dos usuários; estar centrados no usuário
(quem necessita da informação para tomada de decisão) e não no profissional que o criou; atender ao usuário
com presteza; apresentar custos compatíveis; adaptar-se às novas tecnologias de informação; estar alinhado
com as estratégias de negócios da empresa (requisito fundamental quando se estuda o tipo de sistema de
suporte às decisões).
Em resumo, pode-se sintetizar o conceito de sistema de informação como um conjunto de componentes inter-
relacionados que coleta (ou recupera), processa, armazena, e distribui informações para suportar o controle e
tomada de decisões nas organizações.
Além de suportar tomada de decisões, coordenação e controle, os sistemas de informações podem também
ajudar os administradores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos, e criar novos produtos
(LAUDON; LAUDON, 2001).
Os sistemas de informação são combinações das formas de trabalho, informações, pessoas e TI dispostas a
alcançar metas em uma organização: