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Pato Branco
2016
Sumário
1 Método das malhas com apenas fontes independentes de tensão 2
1
1 Método das malhas com apenas fontes independen-
tes de tensão
Exemplo 1: Resolver o circuito da Figura 1, utilizando o método das malhas.
Solução:
1o Passo: O circuito da Figura 1 apresenta duas malhas. Para aplicar o método
define-se uma corrente para cada uma das malhas. Na Figura 2 apresentam-se as correntes
assumidas em cada malha no sentido horário.
2o Passo: É aplicada para cada malha a 2a Lei de Kirchhoff, para obter a equação
que representa o comportamento do circuito.
Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff na malha 1,
2
Figura 3: Resolvendo a malha 1
−15 + v1 + v2 = 0
−15 + 5I1 + 10(I1 − I2 ) = 0
−15 + 5I1 + 10I1 − 10I2 = 0
−15 + 15I1 − 10I2 = 0
v3 + v4 + 45 = 0
10(I2 − I1 ) + 10I2 + 45 = 0
10I2 − 10I1 + 10I2 + 45 = 0
20I2 − 10I1 + 45 = 0
3
As Equações (1) e (2) também podem ser expressas na forma matricial.
15 −10 I1 15
= (3)
10 −20 I2 45
4o Passo: Resolução do sistema de equações para obtenção das correntes nas malhas.
Para resolver o sistema de equações, podem ser utilizados os seguintes métodos: Redução,
substituição, eliminação de Gauss, regra de Cramer, matriz inversa, métodos numéricos
e diversos programas computacionais, como o Matlab, PSpice, MatCad, Maple, entre ou-
tros. Na continuação será apresentada duas formas de solução para o sistema de equações
obtido para o circuito da Figura 1.
1o Método de solução: Método da redução. A partir das Equações (1) e (2):
(
15I1 − 10I2 = 15
10I1 − 20I2 = 45
−20I1 = 15
15
I1 = −
20
3
I1 = − A (5)
4
A Equação (5) fornece o valor da corrente na malha 1. Para obter a corrente na malha
2 deve-se substituir a Equação (5) na Equação (1) ou na Equação (2). Substituindo (5)
em (2):
3
10 − − 20I2 = 45
4
15
− − 20I2 = 45
2
−15 − 40I2 = 90
40I2 = −105
105
I2 = −
40
4
21
I2 = − A (6)
8
Que fornece o valor da corrente na malha 2.
2o Método de solução: Regra de Cramer. A partir da Equação (3):
15 −10 I1 15
=
10 −20 I2 45
∆1
I1 = (7)
∆
∆2
I2 = (8)
∆
Os valores dos determinantes ∆, ∆1 e ∆2 são obtidos de:
15 −10
∆ = = (15)(−20) − (10)(−10) = −200 (9)
10 −20
15 −10
∆1 = = (15)(−20) − (45)(−10) = 150 (10)
45 −20
15 15
∆2 = = (15)(45) − (10)(15) = 525 (11)
10 45
Substituindo (9) e (10) em (7):
150
I1 = −
200
3
I1 = − A (12)
4
Substituindo (9) e (12) em (8):
525
I2 = −
200
21
I2 = − A (13)
8
As Equações (12) e (13) mostram as correntes nas malhas 1 e 2.
5o Passo: Com as correntes de malhas calculadas, retorna-se ao circuito original para
determinar a corrente e tensão em cada elemento do circuito, como mostra a Figura 5.
5
Figura 5: Correntes determinadas
Para determinar a tensão em cada elemento, utiliza-se a Lei de Ohm: V = RI. Para
encontrar a corrente no resistor central, deve ser feita uma diferença entre as correntes de
malhas. Caso seja feito I2 − I1 , estamos assumindo o sentido da corrente para baixo no
resistor, ou seja, a corrente maior é I2 . Caso contrário, I1 − I2 , está sendo suposto que o
sentido da corrente no resistor está para cima (a corrente maior é I1 ) e será encontrado
um resultado negativo, implicando que o sentido real da corrente é para baixo.
6o Passo: Comprovação dos resultados.
6
1o Método de comprovação: Leis de Kirchhoff. Para garantir que os resultados
estão corretos, pode ser feita uma análise através da 2a Lei de Kirchhoff nas malhas do
circuito da Figura 1. Para isto, considera-se o circuito da Figura 7, o qual demonstra as
correntes e tensões encontradas.
Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff para a malha 1, obtêm-se a seguinte equação:
X
V =0
15 75
−15 − + =0
4 4
75 75
− + =0
4 4
Agora, aplicando a 2a Lei de Kirchhoff a malha 2, monta-se a equação abaixo:
X
V =0
75 105
− − + 45 = 0
4 4
−45 + 45 = 0
Assim, pode-se afirmar que o sistema foi resolvido corretamente. Também é possı́vel
verificar se as correntes obtidas estão corretas pela 1a Lei de Kirchhoff: A somatória das
correntes em um nó devem ser zero, ou seja, as correntes que entram em um nó, devem
ser as mesmas que saem do mesmo nó1 :
X
I=0
Ou
IEntrada + ISaida = 0
Ou
7
PGerada + PConsumida = 0
[1] Por convenção, correntes que entram em um nó são positivas e correntes que saem de um nó são
negativas.
[2] A convenção utilizada será potência positiva para consumidores e potência negativa para geradores.
Segundo as referências adotadas, a potência será positiva quando a corrente entra pelo terminal de maior
potencial (+). A potência será negativa quando a corrente entra pelo terminal de menor potencial (-).
Pode se notar que no circuito da Figura 7 que a fonte de 45V atua como um gerador e a fonte de 15V
atua como um consumidor, neste caso pode se dizer que a fonte de 45V está carregando a fonte de 15V.
[3] P = V I para as fontes e P = RI 2 para os resistores.
Solução:
1o Passo: O circuito da Figura 8 possui duas malhas. Define-se uma corrente para
cada malha. A Figura 9 representa o circuito com as correntes definidas no sentido horário,
mas as correntes podem também ser definidas no sentido anti-horário:
8
Figura 9: Correntes definidas do Exemplo 2
2o Passo: Aplica-se a 2a Lei de Kirchhoff nas malhas do circuito para obter o sistema
resultante.
Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff na malha 1:
−15 + v1 + v2 + 10 = 0
−15 + 5i1 + 10(i1 − i2 ) + 10 = 0
−15 + 5i1 + 10i1 − 10i2 + 10 = 0
−5 + 15i1 − 10i2 = 0
15i1 − 10i2 = 5
A equação resultante pode ser dividida por 5 para simplificação dos cálculos:
9
Figura 11: Resolvendo a segunda malha
−10 + v3 + v4 + v5 = 0
−10 + 10(i2 − i1 ) + 6i2 + 4i2 = 0
−10 + 10i2 − 10i1 + 6i2 + 4i2 = 0
−10 + 20i2 − 10i1 = 0
−10i1 + 20i2 = 10
−i1 + 2i2 = 1
−i1 = 1 − 2i2
i1 = 2i2 − 1 (16)
Substituindo (16) em (14), obtêm-se:
10
3(2i2 − 1) − 2i2 = 1
6i2 − 3 − 2i2 = 1
4i2 = 4
i2 = 1A (17)
Com o valor de i2 encontrado, substitui-se o resultado na Equação (16) para encontrar
i1 :
i1 = 2(1) − 1
i1 = 1A (18)
2o Método de solução: Regra de Cramer. A partir da matriz que representa o
modelo matemático do circuito da Figura 8 calcula-se i1 e i2 pelas razões:
∆1
i1 = (19)
∆
∆2
i2 = (20)
∆
Onde ∆, ∆1 e ∆2 são calculados pelos determinantes:
3 −2
∆= = (3)(2) − (−2)(−1) = 4 (21)
−1 2
1 −2
∆1 = = (1)(2) − (−2)(1) = 4 (22)
1 2
3 1
∆2 = = (3)(1) − (1)(−1) = 4 (23)
−1 1
Substituindo (21) e (22) em (19):
i1 = 1A (24)
De (21) e (23) em (20):
i2 = 1A (25)
Analisando a Figura 9, percebe-se que I1 = i1 e I2 = i2 pois as correntes compartilham
os mesmos ramos. Já, I3 é uma soma de I1 e I2 . Pela 1a Lei de Kirchhoff:
I1 = I2 + I3
I3 = I1 − I2 (26)
Aplicando os valores encontrados de I1 e I2 em (26):
I3 = 0A (27)
5o Passo: Com as correntes determinadas, retorna-se ao circuito original para encon-
trar as correntes e tensões em cada elemento para poder comprovar os resultados obtidos.
O circuito equivalente é visto na Figura 12.
11
Figura 12: Correntes encontradas
Como I3 = 0A, não há tensão no resistor de 10Ω e não há corrente na fonte de 10V,
então, este ramo do circuito pode ser representado por um circuito aberto.
6o Passo: Comprovação dos resultados.
1o Método de comprovação: Leis de Kirchhoff. Através do valores encontrados
de tensões, monta-se a equação da malha 1 e malha 2 do circuito para verificar se o circuito
respeita a 2a Lei de Kirchhoff com os valores obtidos.
Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff na malha 1:
X
V =0
−15 + 5 + 0 + 10 = 0
−10 + 10 = 0
12
X
V =0
−10 − 0 + 6 + 4 = 0
−10 + 10 = 0
As duas equações obedecem a lei das tensões de Kirchhoff, indicando que o circuito
foi resolvido corretamente. Pode-se também verificar se as correntes nos nós obedecem a
1a Lei de Kirchhoff:
X
I=0
Ou
IEntrada + ISaida = 0
1−1−0=0
Ou
PGerada + PConsumida = 0
Solução:
1o Passo: Define-se para cada malha do circuito uma corrente em qualquer sentido,
de acordo com a Figura 15.
13
Figura 15: Correntes definidas do Exemplo 3
−5 + v1 + v2 − 2 = 0
−7 + 4I1 + 2(I1 − I2 ) = 0
−7 + 4I1 + 2I1 − 2I2 = 0
−7 + 6I1 − 2I2 = 0
14
Figura 17: Resolvendo a segunda malha
2 + v3 + v4 + 1 = 0
3 + 2(I2 − I1 ) + 5I2 = 0
3 + 2I2 − 2I1 + 5I2 = 0
3 − 2I1 + 7I2 = 0
−2I1 + 7I2 = −3 (29)
3o Passo: Monta-se o sistema de equações do circuito proposto.
(
6I1 − 2I2 = 7
−2I1 + 7I2 = −3
Ou na forma matricial:
6 −2 I1 7
=
−2 7 I2 −3
4o Passo: Resolver o sistema linear utilizando os vários métodos apresentados.
1o Método de solução: Método da substituição. Partindo de (28), isola-se uma
das correntes:
6I1 − 2I2 = 7
6I1
= 2I2 + 7
2 7
I1 = I2 +
6 6
1 7
I1 = I2 + (30)
3 6
Substituindo (30) em (29):
−2I1 + 7I 2 = −3
1 7
−2 I2 + + 7I2 = −3
3 6
2 14
− I2 − + 7I2 = −3
3 6
2 7
− I2 + 7I2 = − 3
3 3
19 2
I2 = −
3 3
15
2
I2 = − A (31)
19
Aplicando este valor obtido na Equação (30):
1 7
I1 = I2 +
3 6
1 2 7
I1 = − +
3 19 6
2 7
I1 = − +
57 6
43
I1 = A (32)
38
2o Método de solução: Regra de Cramer. A partir do modelo matricial do
sistema, encontra-se I1 e I2 pelas fórmulas:
∆1
I1 = (33)
∆
∆2
I2 = (34)
∆
Onde ∆, ∆1 e ∆2 são calculados pelos determinantes:
6 −2
∆= = (6)(7) − (−2)(−2) = 38 (35)
−2 7
7 −2
∆1 = = (7)(7) − (−2)(−3) = 43 (36)
−3 7
6 7
∆2 = = (6)(−3) − (7)(−2) = −4 (37)
−2 −3
Substituindo (35) e (36) em (33):
43
I1 = A (38)
38
De (35) e (37) em (34):
4 2
I2 = − =− A (39)
38 19
O circuito equivalente com as correntes determinadas é mostrado na Figura 18.
16
Figura 18: Circuito equivalente
86 47
−5 + + −2=0
19 19
−7 + 7 = 0
47 10
2− − +1=0
19 19
3−3=0
17
Montando a equação de correntes (1a Lei de Kirchhoff):
X
I=0
43 2 47
+ − =0
38 19 38
47 47
− =0
38 38
2o Método de comprovação: Teorema de Tellegen. Nota-se na Figura 19 que
todas as fontes estão operando como geradoras, ou seja, todas terão potências negativas.
X
P =0
2 2 2
43 47 2 43 47 2
−5 −2 −1 +4 +2 +5 =0
38 38 19 38 38 19
313 313
− + =0
38 38
Para encontrar a potência fornecida pela fonte de 2V, é necessário saber qual a corrente
que circula no ramo central do circuito, que é dada pela diferença entre I1 e I2 :
43 2 47
I2V = I1 − I2 ⇒ I2V = − − ⇒ I2V = A
38 19 38
Calcula-se a potência da fonte através de:
47 47
P =VI ⇒P =2 ⇒ P = W
38 19
Exemplo 4: Utilize o método das malhas para encontrar Vo no circuito da Figura
20.
Solução:
1o Passo: A tensão Vo é a tensão no resistor de 6kΩ. Para encontrá-la, é preciso
calcular a corrente que circula por ele. Então, a partir do método das malhas, define-se
duas correntes, como mostra a Figura 21.
18
Figura 21: Circuito do Exemplo 4
2o Passo: Aplica-se a 2a Lei de Kirchhoff nas duas malhas para montar seu modelo
matemático.
A partir da primeira malha:
3 + v1 + v2 + v3 = 0
3 + 2kI1 + 4kI1 + 2k(I1 − I2 ) = 0
3 + 6kI1 + 2kI1 − 2kI2 = 0
3 + 8kI1 − 2kI2 = 0
19
Figura 23: Resolvendo a malha 2
−3 + v4 − 6 + v5 = 0
−9 + 2k(I2 − I1 ) + 6kI2 = 0
−9 + 2kI2 − 2kI1 + 6kI2 = 0
−9 − 2kI1 + 8kI2 = 0
Ou na forma matricial:
8k −2k I1 −3
=
−2k 8k I2 9
8kI1 − 2kI2 = −3
8kI1 = 2kI2 − 3
1 3
I1 = I2 − (42)
4 8k
Substituindo (42) em (41):
−2kI1 + 8kI2=9
1 3
−2k I2 − + 8kI2 = 9
4 8k
3
−500I2 + + 8kI2 = 9
4
33
7, 5kI2 =
4
20
11
I2 = = 1, 1mA (43)
10000
Obs: Neste ponto, o problema já está resolvido, visto que Vo = 6kI2 . Porém, todos
os exercı́cios seguirão o mesmo padrão de resolver por completo o circuito e comprovar os
resultados obtidos.
Utilizando o valor de I2 na Equação (42):
1 3
I1 = I2 −
4 8k
1 11 3
I1 = −
4 10000 8k
11 3
I1 = −
40000 8k
1
I1 = − = −0, 1mA (44)
10k
2o Método de solução: Regra de Cramer. A partir da matriz do sistema linear,
calcula-se I1 e I2 pelas seguinte equações:
∆1
I1 = (45)
∆
∆2
I2 = (46)
∆
Onde ∆, ∆1 e ∆2 são calculados a partir dos seguintes determinantes:
8k −2k
∆ = = (8k)(8k) − (−2k)(−2k) = 60M (47)
−2k 8k
−3 −2k
∆1 = = (−3)(8k) − (9)(−2k) = −6k (48)
9 8k
8k −3
∆2 = = (8k)(9) − (−3)(−2k) = −66k (49)
−2k 9
Substituindo (47) e (48) em (45):
6k
I1 = − = −0, 1mA (50)
60M
De (47) e (49) em (46):
66k
I2 = = 1, 1mA (51)
60M
5o Passo: Calcular a tensão e corrente em cada elemento do circuito. O circuito
equivalente é dado pela Figura 24.
21
Figura 24: Circuito equivalente
Aplica-se agora a Lei de Ohm para encontrar a tensão equivalente em cada resistor.
Nota-se que a corrente no resistor central é dada pela soma das duas correntes, até que
elas chegam em um nó e separam-se. Então, o circuito resolvido será:
−3 + 2, 4 + 0, 4 + 0, 2 = 0
−3 + 3 = 0
Na segunda malha:
X
V =0
−3 + 2, 4 − 6 + 6, 6 = 0
−0, 6 + 0, 6 = 0
22
X
I=0
1, 2m − 0, 1m − 1, 1m = 0
1, 2m − 1, 2m = 0
−3(1, 2m) − 6(1, 1m) + 2k(0, 1m)2 + 4k(0, 1m)2 + 2k(1, 2m)2 + 6k(1, 1m)2 = 0
−10, 2m + 10, 2m = 0
Vo = 6kI2 ⇒ Vo = 6k1, 1m ⇒ Vo = 6, 6V
Solução:
Define-se em qualquer sentido uma corrente para cada malha, como pode ser visto na
Figura 27.
23
Figura 27: Correntes definidas
−40 + v1 + v2 = 0
−40 + 2I1 + 8(I1 − I2 ) = 0
−40 + 2I1 + 8I1 − 8I2 = 0
−40 + 10I1 − 8I2 = 0
24
Figura 29: Resolvendo a segunda malha
v3 + v4 + v5 = 0
8(I2 − I1 ) + 6I2 + 6(I2 − I3 ) = 0
8I2 − 8I1 + 6I2 + 6I2 − 6I3 = 0
20 + v6 + v7 = 0
20 + 6(I3 − I2 ) + 4I3 = 0
20 + 6I3 − 6I2 + 4I3 = 0
−6I2 + 10I3 + 20 = 0
Ou na forma de matriz:
25
10 −8 0 I1 40
−8 20 −6 I2 = 0
0 −6 10 I3 −20
Agora aplica-se os métodos vistos até agora para resolver o sistema de equações.
1o Método de solução: Método da substituição. Este método também pode
ser utilizado em sistemas maiores, pois é uma forma relativamente rápida de encontrar os
valores desejados. Para aplicar corretamente esta forma de resolução, todas as equações
devem estar em função de uma incógnita. Então, partindo da Equação (52), isola-se I1 :
10I1 − 8I2 = 40
10I1 = 8I2 + 40
4
I1 = I2 + 4 (55)
5
Agora, isolando I3 a Equação (54):
I2 = 2A (57)
Para encontrar as outras correntes, aplica-se (57) em (55)
4
I1 = I2 + 4
5
4
I1 = 2+4
5
8
I1 = + 4
5
I1 = 5, 6A (58)
E em (56):
26
3
I3 = I2 − 2
5
3
I3 = 2−2
5
6
I3 = − 2
5
I3 = −0, 8A (59)
2o Método de solução: Regra de Cramer. A partir da matriz do sistema,
encontra-se I1 , I2 e I3 pelas fórmulas:
∆1
I1 = (60)
∆
∆2
I2 = (61)
∆
∆3
I3 = (62)
∆
Onde ∆, ∆1 , ∆2 e ∆3 são calculados pelos determinantes:
10 −8 0
∆ = −8 20 −6 = 2000 − 360 − 640 = 1000 (63)
0 −6 10
40 −8 0
∆1 = 0 20 −6 = 8000 − 1440 − 960 = 5600 (64)
−20 −6 10
10 40 0
∆2 = −8 0 −6 = 3200 − 1200 = 2000 (65)
0 −20 10
10 −8 40
∆3 = −8 20 0 = 1280 + 1920 − 4000 = −800 (66)
0 −6 −20
Então, substituindo (63) e (64) em (60):
I1 = 5, 6A (67)
De (63) e (65) em (61), obtêm-se:
I2 = 2A (68)
E a partir de (63) e (66) em (62):
I3 = −0, 8A (69)
A Figura 31 mostra o circuito com as correntes encontradas.
27
Figura 31: Correntes encontradas
a) Ambas as fontes estão gerando energia, pois a corrente está entrando no terminal
negativo, então:
Daqui em diante, a comprovação dos resultados poderá ser feita pelo leitor como
exercı́cio.
Exemplo 6: Utilize o método das malhas no circuito da Figura 32 para encontrar:
a) A potência fornecida pela fonte.
b) A potência dissipada no resistor de 8Ω
28
Figura 33: Correntes definidas
Montam-se as equações das malhas dos circuitos a partir da lei das tensões de Kir-
chhoff.
Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff na primeira malha:
−80 + v1 + v2 = 0
−80 + 5(I1 − I3 ) + 26(I1 − I2 ) = 0
−80 + 5I1 − 5I3 + 26I1 − 26I2 = 0
−80 + 31I1 − 26I2 − 5I3 = 0
29
Figura 35: Resolvendo a segunda malha
v3 + v4 + v5 = 0
26(I2 − I1 ) + 90(I2 − I3 ) + 8I2 = 0
26I2 − 26I1 + 90I2 − 90I3 + 8I2 = 0
v6 + v7 + v8 = 0
5(I3 − I1 ) + 30I3 + 90(I3 − I2 ) = 0
5I3 − 5I1 + 30I3 + 90I3 − 90I2 = 0
Ou:
30
31 −26 −5 I1 80
−26 124 −90 I2 = 0
−5 −90 125 I3 0
I3 = 2A (73)
Na segunda linha da matriz escalonada tem-se:
3168 2920
I2 − I3 = 0 (74)
31 31
Substituindo (73) em (74):
3168 2920
I2 = 2
99 31
I2 = 2, 5A (75)
Na primeira linha da matriz resolvida, observa-se que:
31
I1 = 5A (77)
2o Método de solução: Regra de Cramer. A partir da matriz original do sistema,
encontra-se I1 , I2 e I3 pelas fórmulas:
∆1
I1 = (78)
∆
∆2
I2 = (79)
∆
∆3
I3 = (80)
∆
Onde ∆, ∆1 , ∆2 e ∆3 são calculados pelos determinantes:
31 −26 −5
∆ = −26 124 −90 = 480500−11700−11700−84500−251100−3100 = 118400 (81)
−5 −90 125
80 −26 −5
∆1 = 0 124 −90 = 1240000 − 648000 = 592000 (82)
0 −90 125
31 80 −5
∆2 = −26 0 −90 = 260000 + 36000 = 296000 (83)
−5 0 125
31 −26 80
∆3 = −26 124 0 = 187200 + 49600 = 236800 (84)
−5 −90 0
Então, substituindo (81) e (82) em (78):
I1 = 5A (85)
De (81) e (83) em (79), obtêm-se:
I2 = 2, 5A (86)
E a partir de (81) e (84) em (80):
I3 = 2A (87)
a) A potência da fonte é dada por:
P = V I ⇒ P = 80(5) ⇒ P = 400W
32
Exemplo 7: Determinar, pelo método das malhas, as correntes no circuito da Figura
37.
−7 + 1(i1 − i2 ) + 6 + 2(i1 − i2 ) = 0
−1 + i1 − i2 + 2i1 − 2i2 = 0
3i1 − i2 − 2i3 = 1
i1 = 3A
i2 = 2A
i3 = 3A
33
Figura 38: Circuito do Exemplo 8
34
Exemplo 9: Calcule a diferença de potencial entre os nós A e B do circuito da Figura
40 pelo método das correntes nas malhas.
Equacionando a 1a malha:
−2 + 2(I1 − I3 ) − 5 + 1(I1 − I2 ) = 0
−7 + 2I1 − 2I3 + I1 − I2 = 0
3I1 − I2 − 2I3 = 7
Na segunda malha:
10 + 1(I2 − I1 ) + 8 + 3(I2 − I3 ) = 0
18 + I2 − I1 + 3I2 − 3I3 = 0
35
−8 + 5 + 2(I3 − I1 ) + 4I3 − 20 + 3(I3 − I2 ) = 0
−23 + 2I3 − 2I1 + 4I3 + 3I3 − 3I2 = 0
4 + 2(I1 − I3 ) + 3I1 = 0
4 + 2I1 − 2I3 + 3I1 = 0
5I1 − 2I3 = −4
36
−4 + 2I2 + 1(I2 − I3 ) = 0
−4 + 2I2 + I2 − I3 = 0
3I2 − I3 = 4
10 + 2(I3 − I1 ) + 1(I3 − I2 ) = 0
10 + 2I3 − 2I1 + I3 − I2 = 0
Solução:
Primeiramente define-se as correntes de malhas no circuito, como mostra a Figura 45.
Para i ser zero, o resistor de 3Ω não deve possuir queda de tensão. Também monta-se
uma equação de restrição para o circuito, dada por:
37
i − I3 + I2 = 0 ⇒ i = I3 − I2 = 0
Agora, monta-se as equações de malhas com base nestas premissas. Para a malha 1:
−12 + 2I1 + 4(I1 − I2 ) + R(I1 − I3 ) = 0
−12 + 2I1 + 4I1 − 4I2 + RI1 − RI3 = 0
(R + 6)I1 − 4I2 − RI3 = 12
Para a malha 2:
2 + 4(I2 − I1 ) + 6I2 + 3(I2 − I3 ) = 0
2 + 4I2 − 4I1 + 6I2 + 3I2 − 3I3 = 0
−4I1 + 13I2 − 3I3 = −2
Na malha 3:
−2 + 3(I3 − I2 ) + 8I3 + R(I3 − I1 ) = 0
−2 + +3I3 − 3I2 + 8I3 + RI3 − RI1 = 0
−RI1 − 3I2 + (R + 11)I3 = 2
Solução:
Antes de definir as correntes em um circuito, é sempre importante verificar se é possı́vel
reduzi-lo para que possa simplificar os cálculos posteriores. Neste caso, é possı́vel fazer
duas reduções:
1) A fonte de corrente com seu resistor em paralelo pode ser transformada em uma
fonte de tensão com o resistor agora em série através de:
38
V = RI ⇒ V = 0, 5(1) ⇒ V = 0, 5V
4I1 − I2 − I3 = 0
2 − 0, 5 + 0, 5(I3 − I2 ) + 1(I3 − I1 ) = 0
1, 5 + 0, 5I3 − 0, 5I2 + I3 − I1 = 0
A resolução do sistema linear e obtenção da equação que descreve i devem ser feitas
pelo leitor para fixação.
15
Resposta: i = = 0, 577A
26
39
Exemplo 13: Determinar o valor de Eo no circuito da Figura 48.
Solução:
É possı́vel planificar o circuito para uma análise mais fácil. Observando a partir da
referência Topo, pode-se rotacionar o circuito para uma visão superior, como mostra a
Figura 49.
Com uma visão mais clara, foram definidas as correntes de malhas e agora aplica-se a
a
2 Lei de Kirchhoff. Resolvendo a malha 1:
Equacionando a malha 2:
−2I1 + 6I2 = E
40
−E + 2I3 − 3E + 2I3 + 2(I3 − I1 ) = 0
−4E + 4I3 + 2I3 − 2I1 = 0
−2I1 + 6I3 = 4E
Solução:
Circuitos com fontes dependentes, ou controladas, dependem de algum parâmetro do
circuito: a tensão em um nó ou elemento; ou a corrente em um ramo. Esse parâmetro
sempre será apontado no circuito quando se trabalha com fontes dependentes. Neste caso,
a fonte depende do parâmetro corrente i1 e irá quadruplicar seu valor. O resultado obtido
será o valor de tensão de saı́da da fonte.
Para resolver o circuito, define-se como nos exemplos anteriores, as correntes de malha:
41
Figura 51: Definidas as correntes do Exemplo 14
Solução:
Agora a fonte controlada depende de um valor de tensão de um resistor, o que muda a
resolução do sistema. Agora é necessário obter uma equação de restrição. Pois ao resolver
o circuito pelo método das malhas, será obtida três variáveis: i1 , i2 e vx mas apenas duas
equações. É preciso encontrar um modo de representar vx em função das correntes do
circuito.
Então, definindo as correntes de malhas:
42
Figura 53: Correntes definidas no Exemplo 15
3 + 4(i1 − i2 ) + 2i1 = 0
3 + 4i1 − 4i2 + 2i1 = 0
6i1 − 4i2 = −3
vx = 4(i2 − i1 )
4i1 = 5
A resposta já pode ser obtida a partir da segunda equação. Não foi necessária a
equação da primeira malha, mas sem a equação de restrição, seria impossı́vel resolver este
sistema.
Resposta: i1 = 1, 25A
43
Figura 54: Circuito do Exemplo 16
7i1 − 7i2 = 2
−5i1 + 12i2 = 6
66
Resposta: i1 = A
49
b) Neste caso, a fonte dependerá de um valor de tensão. Já sabemos que a tensão deve
ser escrita em função das correntes de malha para que o sistema seja possı́vel determinado.
Então:
44
Figura 56: Exemplo 16 caso B
vx = 5(i1 − i2 )
−3i1 + 5i2 = 2
−5i1 + 12i2 = 6
6
Resposta: i1 = A
11
45
Figura 57: Circuito do Exemplo 17
−V1 + Vi + R1 (I1 − I2 ) = 0
−V1 + Ri I1 + R1 I1 − R1 I2 = 0
V1 = (Ri + R1 )I1 − R1 I2
−AVi + R1 (I2 − I1 ) + R2 I2 + Ro I2 = 0
−ARi I1 + R1 I2 − R1 I1 + R2 I2 + Ro I2 = 0
−ARi I1 = (R1 + R2 + Ro )I2 − R1 I1
V1
Dica: A impedância de entrada é dada por
I1
V1 (ARi + R2 + Ro )R1
Resposta: = Ri + Ω
I1 R1 + R2 + Ro
46
Figura 58: Circuito do Exemplo 18
A corrente Io deve ser escrita em função das outras correntes do sistema, já que estas
são as variáveis que deseja-se encontrar. A equação de restrição de Io é dada por:
Io = i1 − i2
Resposta: Io = 1, 5A
Exemplo 19: Encontre Io pelo método das malhas no circuito da Figura 59.
47
Figura 59: Circuito do Exemplo 19
Na primeira malha:
Na malha 2:
Io = i3
48
Figura 60: Circuito do Exemplo 20
Resolvendo a malha 1:
6 + 6k(I1 − I2 ) + 12k(I1 − I3 ) = 0
6 + 6kI1 − 6kI2 + 12kI1 − 12kI3 = 0
Resolvendo a malha 2:
Novamente, a fonte controlada exigirá uma equação de restrição para tornar o sistema
linear determinado. A equação que determina vx é dada por:
vx = 6k(I2 − I1 )
−18kI1 + 30kI2 = 0
Para a malha 3:
Esta equação também requer que a restrição seja aplicada para que possa ser resolvida.
Então:
−12kI2 + 18kI3 = 0
Resposta: Io = 0, 375mA
49
Exemplo 21: Utilize o método das correntes nas malhas para encontrar a potência
dissipada pelo resistor de 4Ω no circuito da Figura 61.
Na primeira malha:
Agora deve-se buscar a equação que define io em termos das incógnitas que modelam
o circuito. Analisando o parâmetro no circuito, nota-se que:
io = 11 − i3
Resposta: P = 16W
50
Exemplo 22: Considere o circuito da Figura 62.
a) Quantas equações de correntes nas malhas são necessárias para resolver o circuito?
b) Utilize a análise de malhas para encontrar a potência entregue à fonte dependente
de tensão.
a) Por possuir três malhas, haverá três correntes desconhecidas, que implicam na
necessidade de três equações para solucionar o sistema.
b) Equacionando a primeira malha:
Agora, na malha 2:
Na terceira malha:
Neste momento deve ser definida a equação de restrição da tensão vo , que será dada
por:
vo = 3(I2 − I3 )
51
−2I1 + 6I2 + 10I3 = 0
Dica: O fato do multiplicador da fonte controlada ser negativo implica que a polari-
dade da fonte está invertida. E caso o valor vo < 0, a polaridade será invertida outra vez,
voltando a polaridade original.
Resposta: P = −36W .
52
Figura 65: Circuito transformado
Nota-se que a transformação para estrela reduziu uma malha no circuito, o que reduz
a ordem do sistema linear resultante. Ao invés de três malhas como circuito original,
tem-se agora duas malhas, o que torna a análise mais fácil e rápida.
Agora, modelando a primeira malha do circuito:
I1 = i1 − i2
3i2 = 0
Na segunda malha:
53
−10 + 3i2 + 3(i2 − i1 ) = 0
−10 + 3i2 + 3i2 − 3i1 = 0
−3i1 + 6i2 = 10
A resolução do sistema fica como exercı́cio ao estudante.
b) Exercı́cio para o leitor.
54
Exemplo 25: Determine v e i no circuito da Figura XX. Considere E1 = 5V ; E2 =
−3V ; R1 = 1kΩ; R2 = 2kΩ; R3 = 5kΩ; R4 = 2kΩ; r = 10Ω; β = 5.
O circuito possui duas fontes controladas. Isto significa que será necessário duas
equações de restrição (uma para cada fonte dependente) para poder resolver o sistema
linear. Então, começando pela primeira malha:
−E1 + R1 i1 + rix + R2 (i1 − i2 ) = 0
Nota-se no circuito que a corrente ix coincide com a corrente i3 , ou seja:
ix = i3
Retornando à equação:
−E1 + R1 i1 + ri3 + R2 i1 − R2 i2 = 0
(R1 + R2 )i1 − R2 i2 − ri3 = E1
Na segunda malha:
βvx + R3 (i2 − i3 ) + R2 (i2 − i1 ) = 0
A tensão vx depende de i1 e a resistência R1 ; olhando para a primeira malha:
vx = R1 i1
Esta é a segunda equação de restrição do circuito, que agora poderá ser resolvido em
função das correntes i1 , i2 e i3 . Voltando a equação da segunda malha:
βR1 i1 + R3 i2 − R3 i3 + R2 i2
Agora, substitui-se os valores fornecidos pelo exercı́cio para resolver o sistema linear
resultante.
Resposta: i = 0, 64mA; v = −1, 2V
55
Exemplo 26: Pelo método das malhas, determine I1 e I2 no circuito da Figura 69.
Primeiramente, percebe-se que não foi montada uma resistência equivalente entre os
resistores em paralelo da malha 4. A fonte controlada depende de um parâmetro que está
dentro da quarta malha (I1 ). Ao fazer a resistência equivalente, perde-se o valor original
de I1 . Não se deve fazer transformações em ramos que possuem parâmetros de fontes
controladas.
Sabendo isso, monta-se agora as equações de malhas. Na primeira malha:
−7I1 + 6 + 1i1 = 0
I1 = i3 − i4
Caso tivesse sido feita a resistência equivalente, seria perdida esta equação de restrição,
pois a corrente I1 iria ser diferente. Voltando a equação da malha 1:
−7(i3 − i4 ) + 6 + i1 = 0
−7i3 + 7i4 + 6 + i1 = 0
i1 − 7i3 + 7i4 = 6
Na segunda malha:
7(i3 − i4 ) + i2 + i2 − i4 = 0
7i3 − 7i4 + i2 + i2 − i4 = 0
56
Para a terceira malha:
10 − 6 + 2(i3 − i4 ) + 3i3
4 + 2i3 − 2i4 + 3i3 = 0
5i3 − 2i4 = −4
Na última malha:
1(i4 − i2 ) + 2(i4 − i3 ) = 0
i4 − i2 + 2i4 − 2i3 = 0
−i2 − 2i3 + 3i4 = 0
Dica: Monte a matriz ampliada do sistema para visualizar o melhor método para
resolver o sistema.
22
Resposta: I1 = 0A; I2 = A
3
Antes de resolver o circuito, como qualquer outro deve-se primeira verificar se é possı́vel
fazer uma transformação que reduza a complexidade do circuito, mas que também não
interfira com parâmetros importantes; sejam eles de fontes controladas ou incógnitas
pedidas pelo exercı́cio. Neste caso, é possı́vel realizar uma transformação de fonte com
a fonte de corrente de 3A e seu resistor em paralelo. Esta fonte irá se tornar uma fonte
de tensão em série com o resistor e o terminal positivo da fonte coincide com a ponta da
flecha da fonte de corrente. O resistor manterá seu valor original, mas a tensão da nova
fonte é dada por:
57
V = RI ⇒ V = 3(3) ⇒ V = 9V
i3 = 4A
Desse modo, o circuito é reduzido para apenas duas malhas, pois uma das incógnitas
já foi obtida. Não se pode percorrer uma malha contendo uma fonte de corrente, pois há
uma tensão associada à ela que não é possı́vel determinar. Então, resolvendo a primeira
malha:
15i1 − 4i2 = 10
Mas sabe-se que o valor de i3 é o mesmo da fonte de corrente de 4A, então, substituindo
este valor na equação da segunda malha:
−4i1 + 9i2 = 17
58
Exemplo 28: Realizar a análise do circuito da Figura 72, determinando as tensões
e correntes em cada elemento, a potência absorvida por cada resistência e a potência
fornecida pelas fontes.
Primeiramente percebe-se que há um resistor em paralelo com a fonte de 14V. Este
resistor pode ser removido do circuito para facilitar a análise, pois ele já está com uma
corrente e tensão fixas. O resistor em série com a fonte de corrente do lado direito também
pode ser removido, visto que está com tensão e corrente fixas. Então, o novo circuito com
as correntes definidas:
O circuito possui quatro malhas, mas duas dessas malhas fornecem equações de res-
trição e as outras duas fornecem equações para montar o sistema linear. Começando na
malha 3:
i3 = −2A
i4 = −1A
Agora, parte-se para as equações que definem o circuito. Para a primeira malha:
59
−14 + 2i1 + 10(i1 − i2 ) = 0
−14 + 2i1 + 10i1 − 10i2 = 0
12i1 − 10i2 = 14
−10i1 + 14i2 = −6
2(i4 − i2 ) = v1A
2i4 − 2i2 = v1A
2(−1) − 2(1) = v1A
v1A = −4V
Implicando que o terminal positivo coincide com a ponta da flecha. Aplica-se o mesmo
princı́pio para encontrar a tensão na fonte de 2A:
v2A = 2(i3 − i2 )
v2A = 2(−2 − 1)
v2A = −6V
Novamente, o sentido real é com o terminal positivo na ponta da flecha. Agora resta
encontrar as tensões e correntes nos elementos, que fica como atividade para o leitor.
Dica: So sinal positivo coincidir com a ponta da flecha indica a fonte de corrente ser
uma geradora. Isto também pode ser visto pelo sentido da corrente, que está entrando no
terminal negativo.
60
Exemplo 29: Realizar a análise de malhas e o balanço de potências do circuito da
Figura 74, se os parâmetros são: R1 = 4Ω, R2 = 2Ω, R3 = 2Ω, R4 = 2Ω, R5 = 1Ω, R6 =
1Ω, Eg1 = 6V, Eg2 = 12V, Ig = 2A, α = 10.
A fonte de corrente está em paralelo com R3 , então, é possı́vel realizar uma trans-
formação de fonte para facilitar a análise. A nova fonte terá uma tensão de:
V = RI ⇒ V = R3 Ig
Agora tem-se duas fontes de tensão em série, que por sua vez podem ser somadas.
Lembrando que o terminal positivo acompanha a ponta da flecha. O novo circuito será:
61
−Eg1 + R1 i1 + R2 (i1 − i2 ) = 0
−Eg1 + R1 i1 + R2 i1 − R2 i2 = 0
αuc + R5 i3 + R4 (i3 − i2 ) + R6 i3 = 0
uc = −R5 i3
−αR5 i3 + R5 i3 + R4 i3 − R4 i2 + R6 i3 = 0
Agora aplicam-se os valores dados pelo exercı́cio nas equações para resolver o sistema
linear. Resolvendo o sistema, obtêm-se: i1 = 2A, i2 = 3A, i3 = −1A.
Volta-se ao circuito original para encontrar a tensão na fonte de corrente e montar
o balanço de potências. O cálculo das potências sempre deve ser realizado no circuito
original, caso contrário, haverá desequilı́brio de potências no circuito.
A tensão na fonte Ig é igual a tensão de R3 , pois estão em paralelo. Então:
vf = R3 (Ig − i2 )
vf = 2(2 − 3)
vf = −2V
No começo da equação foi definido que a corrente que predominava, e que determinaria
o sentido da corrente resultante, era Ig . Mas o sinal resultante é negativo, implicando que
a corrente predominante é i2 e o terminal positivo encontra-se na parte superior da fonte
(e do resistor). Isto a torna uma consumidora, portanto terá potência negativa.
62
Exemplo 30: Encontre Vo no circuito da Figura 76.
Vo = 6ki2
Então, na primeira malha, como há uma fonte de corrente, apenas abstrai-se uma
equação de restrição, dada por:
i1 = 2mA
−2 + 6ki2 + 2k(i2 − i1 ) = 0
8ki2 = 6
8k
6ki2 = 6
6k
8
Vo = 6
6
Vo = 4, 5V
63
Exemplo 31: Utilize o método das malhas para encontrar ia no circuito abaixo.
Das três malhas do circuito, duas possuem fontes de corrente, que não podem ser
equacionando convencionalmente. Destas malhas, obtêm-se equações de restrição para o
circuito. Para a segunda malha:
2
i2 = vo
5
Esta solução está incompleta, pois não se sabe quem é vo . Analisando o elemento de
controle (resistor de 5Ω):
vo = 5(i1 − i2 )
3i2 = 2i1
i3 = −10A
Sabe-se que i3 = −10A e que ia = i1 . A princı́pio há uma equação e duas variáveis,
mas graças a combinação das duas primeiras equações, sabe-se quem é i2 em função de
i1 :
64
2
i2 = i1
3
i1 = ia = 15A
I1 = 4mA
Para a malha 2:
I2 = −2mA
E para a malha 3:
Resposta: Vo = −1, 5V
65
Exemplo 33: Encontre Vo no circuito a seguir.
Vx
I1 =
2000
E a segunda malha:
I2 = 2mA
−3 + 2k(I3 − I1 ) + 6kI3 = 0
−3 + 2kI3 − 2kI1 + 6kI3 = 0
−2kI1 + 8kI3 = 3
Vx = 4k(I1 − I2 )
4k
I1 = (I1 − I2 )
2k
I1 = 2(I1 − I2 )
I1 = 2I2
33
Resposta: Vo = V = 8, 25V
4
66
Exemplo 34: Encontre as correntes de malhas utilizando o MATLAB no circuito da
Figura 80.
Este circuito gera ao total seis equações. Quatro equações de malhas com seis variáveis
ao total e duas equações de restrição das fontes controladas que permitem a redução para
quatro variáveis. A resolução do sistema será feit em MATLAB e demonstrada aqui. As
equações serão montadas aqui; na malha 1:
I1 = 4mA
Na segunda malha:
Vx
I2 =
2000
Vx = 2k(I3 − I1 )
2k
I2 = (I3 − I1 )
2k
I2 = I3 − I1
I1 + I2 − I3 = 0
Para a malha 3:
Ix = I4 − I2
67
Voltando para a terceira malha:
12 + 1k(I4 − I3 ) + 1k(I4 − I2 )
12 + 1kI4 − 1kI3 + 1kI4 − 1kI2 = 0
Para resolver o sistema no MATLAB, deve-se organizar estas equações numa matriz:
1 0 0 0 I1 4m
1 1 −1 0 I2 0
0 1k 3k −2k I3 = 8
0 1k 1k −2k I4 12
68
Exemplo 35: Determine Io no circuito da Figura 82. Utilize o MATLAB.
Este circuito gera ao total oito equações: seis de malhas, porém com oito variáveis, e
duas equações de restrição para reduzir a ordem do sistema de 6x8 para 6x6. Na malha
1:
3I1 − I2 − I4 = 0
Para a malha 2:
−6 + 1k(I2 − I5 ) + 1k(I2 − I1 ) = 0
−6 + 1kI2 − 1kI5 + 1kI2 − 1kI1 = 0
−I1 + 2I2 − I5 = 6m
Na malha 3:
I3 = 2Ix
Ix = I5 − I6
I3 = 2(I5 − I6 )
I3 = 2I5 − 2I6
I3 − 2I5 + 2I6 = 0
69
Partindo para a malha 4:
Vx = −1kI1
O sentido negativo indica que a corrente está entrando no terminal negativo do resistor.
A polaridade/sentido da variável de controle não deve ser alterada. Então, retornando a
equação da malha 4:
−3I1 + I4 = 12m
2I1 − I2 + 2I5 − I6 = 0
−I3 − I5 + 3I6 = 0
I3 pode ser escrito como uma combinação de I5 e I6 , como mostra a equação da terceira
malha.
−3I5 + 5I6 = 0
70
Figura 83: Solução no MATLAB
Este é mais um exemplo de circuito não-planar que precisa ser modificado de modo
que não seja mais tridimensional. Mas antes disto, há uma simplificação que pode ser
feita entre os nós C e D. Primeiramente, pode ser feita uma transformação para fonte de
corrente e teremos dois resistores em paralelo que podem ser unidos. Após isto, haverá
uma fonte de corrente em paralelo com um resistor, que poderá ser transformada em uma
71
fonte de tensão em série com o resistor, reduzindo uma malha do circuito. Este processo
é visto na Figura 84.
Após esta simplificação, o resistor de 1Ω entre os nós A e C pode ser redesenhado para
que o circuito se torne planar. A rede reconstruı́da é dada pela Figura 86.
3i1 − i2 − i3 = 3
2 − 8 + 1(i2 − i3 ) + 1(i2 − i1 ) = 0
−6 + i2 − i3 + i2 − i1 = 0
72
−i1 + 2i2 − i3 = 6
i3 = 1A
Para resolver a questão b é necessário saber a tensão na fonte de corrente, por isso,
vamos percorrer a malha 3:
−i1 − i2 + 4i3 + 1 = vf
Exemplo 37: Na Figura 87, a fonte de corrente fornece 54W de potência ao circuito.
Calcular:
a) O valor de E entre os nós A e B.
b) Potências produzidas pelos geradores.
c) Potências dissipadas pelos resistores. Comprovar pelo balanço de potências.
Pf = vf If ⇒ 54 = vf (3) ⇒ vf = 18V
Esta tensão ajudará a obter mais uma equação no circuito. A primeira malha, que
a princı́pio determinava uma das incógnitas, pode ser percorrida, pois a tensão na fonte
não é mais desconhecida. Esta nova equação será necessária, devido a incógnita E no
circuito. Agora temos o seguinte:
73
Figura 88: Circuito pré-determinado
E = 2V
b) Resposta: P3A = 54W, PE = −4W, P7V = 14W .
c) Resposta: P1Ω = 1W, P2Ω = 2W, P3Ω = 12W, P4Ω = 4W, P5Ω = 45W .
74
Exemplo 38: No circuito da Figura 89, encontrar o valor de R se a fonte controlada
fornece 168W ao circuito.
(R + 2)ia − 6ic = 6
Pela segunda malha já vemos que ib = 2A. Voltando a conclusão inicial de ia > ib ,
sabemos agora que ia > 2. Esta informação será relevante na resolução do sistema. Por
fim, na malha 3:
−5 + 2(ic − ia ) + 1ic = 0
−5 + 2ic − 2ia + ic = 0
−2ia + 3ic = 5
Bom, temos duas equações, mas três incógnitas (ia , ic e R). Ainda não é possı́vel
resolver o sistema sem uma equação auxiliar. Esta equação é remetida a potência gerada
pela fonte controlada, é a única informação que ainda não foi inserida no nosso sistema.
Então:
75
P = V i ⇒ 168 = 4i3 (ia − ib )
Substituindo i3 por ic :
4(ic )(ia − ib ) = 168
4ic (ia − 2) = 168
ic (ia − 2) = 42
Para descobrir R, precisamos saber o valor de ia e ib , para substitui-los na equação da
malha 1. Isolando ic na equação da terceira malha:
2ia + 5
ic =
3
Substituindo está igualdade na equação auxiliar, obtemos o seguinte:
2ia + 5
(ia − 2) = 42
3
(2ia + 5)(ia − 2) = 126
2i2a − 4ia + 5ia − 10 = 126
2i2a + ia = 136
2i2a + ia − 136 = 0
Esta equação irá fornecer duas soluções:
ia1 = 8A
e
ia2 = −8, 5A
Para saber qual é o valor correto, devemos analisar a dedução inicial.
ia > ib ⇒ ia > 2A
ia = 8A
Com o valor de ia , encontra-se agora o valor de ic :
2ia + 5
ic =
3
2(8) + 5
ic =
3
21
ic =
3
ic = 7A
Agora encontramos R pela primeira equação montada.
(R + 2)ia − 6ic = 6
(R + 2)(8) − 6(7) = 6
(R + 2)(8) = 48
R+2=6
R = 4Ω
76
Exemplo 39: Calcular o valor de Ug se a corrente ib = 1A.
ia = I1 − I3
Sabemos também que ib = 1A, mas quem exatamente é ib em termos das incógnitas
que queremos obter?
ib = 1 = I2 − I3
I2 − I3 = 1
Para a malha 2:
I2 = −2ia
I2 = −2(I1 − I3 )
I2 = −2I1 + 2I3
−2I1 − I2 + 2I3 = 0
77
Para a malha 3:
4I1 − I2 − 2I3 = 0
I2 + 2I3
I1 =
4
3
I3 = I2
2
− I3 =
I2 1
3
I2 − I2 = 1
2
I2 = −2A
3
I3 = I2
2
3
I3 = (−2)
2
I3 = −3A
Para encontrar I2 :
I2 + 2I3
I1 =
4
78
−2 + 2(−3)
I1 =
4
I1 = −2A
Ug = 15V
É interessante começar pela quarta malha, para que possamos substituir o valor de i4
nas equações que dependem do mesmo.
i4 = 7A
79
−9i1 + 17i2 − 2i3 = 15
Exemplo 41: Considere o circuito da Figura 92. Utilize a análise de malhas para
obter uma expressão para as tensões v1 , v2 e v3 .
Nota-se que na parte inferior do circuito foi adicionado um novo elemento, um terra,
também conhecido como ref erencia. Ele serve para indicar que naquele nó o potencial é
zero e as medidas de tensão no circuito devem ser feitas com relação a ele. A referência
geralmente é ilustrada em circuitos para se resolver pelo método dos nós, que será visto
mais adiante. Mas a referência não nos impede de modelar o circuito pelo método das
malhas. Assim, na malha de i1 :
R1 (i1 − io ) + R2 i1 + R3 (i1 − i2 ) = 0
R1 i1 − R1 io + R2 i1 + R3 i1 − R3 i2 = 0
(R1 + R2 + R3 )i1 − R3 i2 = R1 io
RA = R1 + R2 + R3
RA i1 − R3 i2 = R1 io
80
Na segunda malha:
Novamente podemos refinar a equação para uma resolução mais fácil e rápida.
RB = R3 + R4 + R5
−R3 i1 + RB i2 = −3R4 io
Dica: As correntes podem ser obtidas de um modo mais fácil pela HP utilizando a
opção MTRW e designar cada resistência a uma letra.
RA RB − R32 − RB R1 − 3R4 R3
Resposta: v1 = R1 io
RA RB − R32
RB R1 + 3R3 R4 − R1 R3 − 3RA R4
v2 = R3 io
RA RB − R32
R1 R3 + 3RA R4
v3 = R5 io
RA RB − R32
−vo + R1 ia + R2 (ia − ib ) = 0
−vo + R1 ia + R2 ia − R2 ib = 0
81
(R1 + R2 )ia − R2 ib = vo
I2
Exemplo 43: Encontre a razão no circuito da Figura 94.
Is
V = R1 (Is − I1 )
−αV + R2 I2 + R1 (I2 − Is ) = 0
−α[R1 (Is − I2 )] + R2 I2 + R1 I2 − R1 Is = 0
−αR1 Is + αR1 I2 + R2 I2 + R1 I2 − R1 Is = 0
(αR1 + R1 )Is = (R1 + R2 + αR1 )I2
I2 (α + 1)R1
=
Is (α + 1)R1 + R2
82
Exemplo 44: Determine a potência total dissipada nos resistores da Figura 95.
VR = 5I
I = 1, 25A
Com a corrente determinada, calcula-se as potências nos resistores, que fica como
exercı́cio para o leitor.
Exemplo 45: Calcule a potência fornecida (ou absorvida) pela fonte controlada no
circuito abaixo.
83
Figura 96: Circuito do Exemplo 45
VR = 2(−2 − I)
I = 12A
a) Já temos a corrente de malha, apenas precisamos percorrer a malha mais externa
para determinar a tensão Vab . Observe primeiramente que há um resistor entre os termi-
nais em aberto. Ele será descartado da análise pois não há corrente em circuito aberto,
portanto não há queda de potencial no mesmo.
84
−Vab − 4(3) + 20 = 0
−Vab + 8 = 0
Vab = 8V
b) Utilizando o valor de Vab obtido em (a), calcula-se a tensão na fonte a partir de:
−Vab + 8(3) − vf = 0
−8 + 24 = vf
vf = 16V
c) Para este caso, o circuito toma uma geometria diferente, como mostra a Figura 98.
Nota-se uma fonte de corrente que compartilha as duas malhas do circuito. Quando
isto acontece, temos o que chama-se de supermalha, que será vista na próxima seção.
Neste exemplo veremos o que pode ser feito quando não se conhece uma supermalha e o
que a supermalha permitirá. Então, equacionando a primeira malha:
20 + vf = 12I1 − 8I2
vf + 8(I2 − I1 ) + 6I2 = 0
vf + 8I2 − 8I1 + 6I2 = 0
8I1 − 14I2 = vf
Temos agora duas equações, porém três incógnitas. Ao analisar as equações, vemos
que a tensão vf é comum em ambas. Desse modo, podemos substituir vf na primeira
equação pela expressão obtida da segunda malha e obteremos a seguinte equação:
85
4I1 + 6I2 = 20
Agora temos apenas uma equação e duas incógnitas. Necessitamos de uma equação
auxiliar. Esta equação pode ser obtida analisando o ramo central do circuito e aplicar a
Lei das Correntes de Kirchhoff. Precisamos de algo que relacione I1 com I2 . O nó superior
do circuito nos dá a relação que procuramos, que relaciona I1 com I2 e a fonte de corrente:
A corrente I1 está entrando no nó, enquanto que I2 e 3A estão saindo do nó.
I1 = I2 + 3
4(I2 + 3) + 6I2 = 20
4I2 + 12 + 6I2 = 20
I2 = 0, 8A
O conceito de supermalha irá nos permitir pular o passo intermediário que envolve
a substituição de vf para que esta variável desapareça. Nota-se que o circuito de duas
malhas gerou, no fim das contas, apenas uma equação de malha e tivemos que obter uma
equação auxiliar para resolver o circuito. A supermalha faz com que uma malha saia do
circuito, mas a custo de uma nova equação, que é determinada olhando para a fonte de
corrente e as correntes que circulam entre suas malhas.
Em primeiro lugar, devemos saber quais são as condições que garantem que não haja
uma potência superior a 50W:
86
P = Ri2 ⇒ P2Ω 6 50W
Ri2 6 50
2I12 6
r50
50
I1 6
2
I1 6 5A
Este valor representa a máxima amplitude possı́vel para I1 , que será utilizado nos
cálculos posteriores. Agora, podemos simplificar o circuito; o resistor de 8Ω em paralelo
com a fonte pode ser removido, pois está numa tensão fixa.
Agora, montamos a equação da malha a, com cuidado, pois a polo positivo do resistor
de 2Ω está na parte superior, implicando que Ia < 6A. Então:
Temos um problema agora, pois não sabemos quem é Ia e apenas temos uma equação.
O que sabemos é que há uma corrente de 6A descendo e precisamos de um número para
Ia de modo que a corrente resultante seja 5A no resistor, também descendo, obedecendo
o sentido do parâmetro I1 . A única possibilidade para isso é que Ia seja 1A, pois haverá
6A descendo e 1A subindo. Caso não tenha ficado claro, analise pela Lei das Correntes
de Kirchhoff no nó superior do circuito. Temos que:
6 − I1 − Ia = 0
Ia = 6 − I1
Ia = 1A
k=2
87
As questões b e c ficam como exercı́cio.
Para este circuito há dois elementos com uma tensão fixa, mas eles não poderão ser
removidos da análise, pois o balanço de potência será afetado, já que haverá, neste caso,
dois resistores que não serão contabilizados. A remoção dos elementos só pode ser feita
para cálculos de tensão e corrente, não sendo válido para cálculos que envolvem potência
em um certo ramo. No exercı́cio anterior foi possı́vel remover o resistor, pois já sabı́amos a
potência no elemento de estudo e necessitávamos apenas de condições de tensão e corrente
no sistema. Com isto em mente, podemos modelar matematicamente o circuito. Primeiro
vamos analisar as variáveis de controle I1 e I2 . Para I1 :
I1 = i1 − i2
E para I2 :
I2 = −αI2 − i4
1
I2 = − i4
α+1
88
Com as variáveis de controle determinadas, começamos a equacionar as malhas do
circuito. Equacionando a primeira malha:
−Vo + R1 (i1 − i2 ) = 0
−Vo + R1 i1 − R1 i2 = 0
R1 i1 − R1 i2 = Vo
Na terceira malha:
−rI1 + R5 (i3 − i4 ) = 0
−r(i1 − i2 ) + R5 i3 − R5 i4 = 0
−ri1 + ri2 + R5 i3 − R5 i4 = 0
Na malha 4 obtemos:
89
Figura 102: Circuito do Exemplo 49
Para calcular a tensão nos pontos indicados, precisamos primeiro saber quem é a
corrente Ix :
Ix = I
I = 3, 4mA
−VAB + 1kI + 8 = 0
VAB = 11, 4V
90
Exemplo 50: Sem fazer modificações no circuito da Figura 103, determine Ix e Vx ,
utilizando o método das malhas.
Aqui entra novamente o conceito de supermalha, pois a fonte de 2A está entre duas
malhas. Este circuito vai gerar uma equação de malha, uma equação de supermalha
(após combinar as duas equações das malhas individuais) e uma equação de restrição da
supermalha. Primeiramente obtemos a equação da variável de controle:
vx = −i4
3i1 − 4i4 = 2
Da malha 3:
vf + 3 = 2i3 − 3i4
E da malha 4:
vf + 1i4 + 1(i4 − i1 ) = 0
vf + i4 + i4 − i1 = 0
vf = i1 − 2i4
−i1 + 2i3 − i4 = 3
91
Esta é a equação da supermalha, que será vista em detalhes na próxima seção. Temos
agora duas equações e três incógnitas. A última equação que será extraı́da do circuito
é a equação de restrição da supermalha, que relaciona as incógnitas do sistema com a
magnitude da fonte.
i3 = i4 + 2
O sistema agora é possı́vel determinado e pode ser feito analiticamente pelos métodos
apresentados e verificar na HP ou no MATLAB.
Aqui temos duas fontes controladas, então temos duas variáveis de controle que devem
ser equacionadas em função das variáveis do sistema linear. A variável vd é dada por:
vd = I2 − I4
ix = I2 − I3
Escrevemos agora as equações das quatro malhas; para a malha 1 obtemos a seguinte
equação:
20 + 15I1 + 2(I1 − I4 ) = 0
20 + 15I1 + 2I1 − 2I4 = 0
Para a malha 2:
92
−20 + 1(I2 − I4 ) + 15(I2 − I3 ) = 0
−20 + I2 − I4 + 15I2 − 15I3 = 0
16I2 − 15I3 − I4 = 20
Para a malha 3:
Para a malha 4:
O sistema 4x4 pode ser trabalhoso para resolver analiticamente. Baseado nos exemplos
que envolviam scripts em MATLAB, resolva o sistema pelo software.
93
Figura 106: Circuito com supermalha
A supermalha deve ser montada nestes casos pois não sabemos qual é a tensão na fonte
de corrente. Apesar deste fato, uma supermalha obedece a 2a Lei de Kirchhoff. Então,
montando e equação da supermalha obtemos:
15i1 + 10i2 = −5
Precisamos de mais uma equação para resolver o sistema, então, aplica-se a lei dos nós
no circuito original aonde a fonte de corrente se encontra com i1 e i2 .
i2 = i1 + 2
15i1 + 10(i1 + 2) = −5
15i1 + 10i1 + 20 = −5
i1 − 1A
Apenas uma das correntes é necessária para encontrar a tensão na fonte de corrente.
Retornando ao circuito original e equacionando a malha 1:
−20 + 15i1 + vf = 0
−20 + 15(−1) + vf = 0
vf = 35V
P = V i ⇒ P = 35(2) ⇒ P = 70W
94
Exemplo 53: Encontre as correntes i1 e i2 no circuito.
6i1 + 14i2 = 20
i2 = i1 + 6
6i1 + 14(i1 + 6) = 20
6i1 + 14i1 + 84 = 20
95
i1 = −3, 2A ⇒ i2 = 2, 8A
Temos aqui uma malha e uma supermalha, resultando em duas equações. Para com-
pletar o sistema, montamos a equação de restrição da supermalha. Teremos três equações
e três incógnitas e o sistema linear pode ser resolvido. Equacionando a supermalha:
96
−7 + 1(i1 − i2 ) + 3(i3 − i2 ) + 1i3 = 0
−7 + i1 − i2 + 3i3 − 3i2 + i3 = 0
i1 − 4i2 + 4i3 = 7
Agora, obtemos a equação nodal da malha com a fonte de corrente, analisando o nó
inferior:
i1 − i3 = 7
i1 = i3 + 7
97
Figura 112: Circuito com a supermalha exposta
Temos uma supermalha e uma malha, nos fornecendo duas equações, mais a equação
nodal da fonte de corrente que permite a resolução do sistema resultante. Então, montado
a equação da supermalha:
Equacionando a malha 2:
i3 = i1 + 3
29
Resposta: i1 = − A
15
98
Exemplo 56: Determine as correntes de malha do circuito da Figura 113.
i1 = 15A
Temos agora três variáveis. Podemos também montar a equação de restrição da su-
permalha, que resulta na seguinte expressão:
1
i3 = vx + 15
9
vx = 3(i3 − i2 )
1
i3 = 3(i3 − i2 ) + 15
9
i3 i2
i3 = − + 15
3 3
i2
i3 = 22, 5 −
2
Agora temos uma equação, porém duas incógnitas. Vamos analisar a malha 2 do
circuito:
99
1(i2 − 15) + 2i2 + 3(i2 − i3 ) = 0
i2 − 15 + 2i2 + 3i2 − 3i3 = 0
6i2 − 3i3 = 15
Resta agora um sistema de segunda ordem que pode ser resolvido por substituição ou
qualquer outro método desejado.
I1 = i1
A supermalha nos fornece uma equação necessária para a resolução do sistema linear
resultante, a equação de restrição. Podemos escrever 15i1 em função das correntes de
malha definidas:
I3 = 15i1 + I2
15I1 + I2 − I3 = 0
Temos uma equação apenas e três variáveis. Resta agora montar a equação da malha
1 e da supermalha. A malha 1 é representada como:
100
60I1 − 20I1 − 20I2 − 30I3
A equação da supermalha é escrita como:
−30 + 40I3 + 30(I3 − I1 ) + 20(I2 − I1 ) = 0
−30 + 40I3 + 30I3 − 30I1 + 20I2 − 20I1 = 0
−50I1 + 20I2 + 70I3 = 30
Temos um sistema de três equações e três incógnitas, sendo um sistema possı́vel de-
terminado. Aplica-se o método desejado para encontrar as correntes resultantes.
Resposta: v3 = 104, 2V
4
Resposta: Io = − mA
3
101
Exemplo 59: Determine as correntes de malhas do circuito da Figura 116.
Vx = 1k(2m − I2 )
Vx = 2 − 1kI2
Temos três incógnitas, porém duas equações. Resta ainda determinar a equação de
restrição da supermalha:
I3 = 2m + I2
102
Exemplo 60: Obtenha as correntes de malha do circuito da Figura 117.
Este circuito possui duas supermalhas juntas. Para resolver este tipo de topologia,
remove-se ambas as fontes de corrente, resultando em uma supermalha como as anteriores.
Teremos duas equações de restrição, uma para cada seção da supermalha, a equação da
supermalha e a equação da malha 4. Devemos ver como podemos escrever o parâmetro
da fonte controlada em função das correntes de malhas, que neste caso será:
Io = i4
Equacionando a supermalha:
10 + 8(i4 − i3 ) + 2i4 = 0
10 + 8i4 − 8i3 + 2i4 = 0
Olhando agora para a fonte de 5A, ela nos dá a seguinte equação:
i1 + 5 = i2
i3 + 3io = i2
Substituindo o valor de Io :
103
i3 − 3i4 = i2
Apesar das equações de restrição apresentarem i2 em comum, elas não podem ser
substituı́das, pois haverá apenas três equações e quatro incógnitas. Não é recomendado
utilizar o método da substituição neste caso devido a estas limitações. Para resolver
sistemas com três ou mais equações deve-se utilizar métodos matriciais.
O circuito é composto por uma malha e uma supermalha. Primeiro vamos descobrir
quem é o parâmetro i.
i = I2
I2 = 1, 5i + I1
I1 + 0, 5I2 = 0
I1 + 2I2 − 2I3 = 10
104
A equação da malha 3 é escrita como:
−I1 − I2 + 4I3 = 0
O sistema pode ser resolvido agora pelo MATLAB, HP, ou qualquer método analı́tico
apresentado e a partir das correntes determina-se a tensão Ug .
Resposta: Ug = 15V
Exemplo 62: No circuito da Figura 119, a potência gerada pela fonte de 2V é nula.
Calcule:
a) A corrente Ig .
b) A tensão UAC .
a) A primeira parte da análise deve ser entender a condição imposta pelo exercı́cio.
Se a potência na fonte é nula, então:
P = V I1 = 0
2I1 = 0
I1 = 0A
Se a corrente é nula, então esta malha está aberta, resultando no circuito da Figura
120.
105
Figura 120: Circuito simplificado
I2 = Ig
Ig = 3A
UAC = 2 − 1Ig
UAC = −1V
106
1 + 1(I1 − 3) + 1I1 = 0
1 + I1 − 3 + I1 = 0
I1 = 1A
Da malha 2, obtemos:
−1 + 1I2 + 1(I2 − I3 ) = 0
−1 + I2 + I2 − I3 = 0
2I2 − I3 = 1
−I2 + I3 + I4 = 1, 5
I4 + 1 = I3
107
P = V I1
875 = 25I1
I1 = 35A
25 − 5 − 10 + 2I3 + 20 = 0
I3 = −15A
i + I3 = −Ig
i − 15 = −Ig
Precisamos de mais uma equação para resolver o sistema. A malha 2 não fornece
informações pertinentes para esta situação; resta apenas a equação de restrição:
10i + I3 = I1
10i − 15 = 35
i = 5A ⇒ Ig = 10A
Exemplo 65: A potência gerada pela fonte controlada do circuito da Figura 123 é
230W. Calcule a tensão Ug .
i = I2
108
A condição nos diz que a fonte gera uma potência de 230W. Aplicando esta condição
na fonte, a corrente I3 deve ser maior que I1 . Deste modo, a corrente resultante entra
pelo terminal negativo, caracterizando um gerador. Então:
5i(I3 − I1 ) = 230
5I2 (I3 − I1 )
I2 + 3 = I3
10 + 1(I1 − I2 ) + 5i = 0
10 + I1 − I2 + 5I2 = 0
I1 + 4I2 = −10
Ug = −I1 + 6I2
109
Figura 124: Circuito do Exemplo 66
u = −2I4
I3 + i = I2 ⇒ i = I2 − I3
ig + I4 = I1 e
2u + I2 = I1
Podemos combinar as duas equações que possuem u em uma só para obter apenas
uma equação dependente apenas das correntes de malhas:
−4I4 + I2 = I1
I1 − I2 + 4I4 = 0
Ainda, o circuito é composto de uma malha (3) e uma supermalha dupla (1, 2 e 4). A
equação da malha 3 é dada por:
−2 + 1I3 + 2(I3 − I2 ) = 0
−2 + I3 + 2I3 − I2 = 0
−2I2 + 3I3 = 2
110
Temos um total de três equações, porém quatro correntes. É necessário mais uma
equação, que pode ser montado pela condição dada pelo exercı́cio, onde a fonte ig gera
18W. Então:
ug ig = 18
Já sabemos quem é ig em função das correntes das malhas, então, resta determinar
quem é a tensão na fonte. Para isso, escrevemos a equação da malha 4:
2 + ug + 2I4 = 0
ug = −(2I4 + 2)
−(2I4 + 2)(I1 − I4 ) = 18
Temos agora todas as equações para encontrar ig , porém, o sistema não é linear.
Haverá diferentes valores de I4 que gerarão valores diferentes de I1 , I2 e I3 , ou seja, a
solução para I4 não é única. Para resolver este problema, vamos encontrar I4 primeiro, já
que esta corrente possui duas soluções e é por ela que determinaremos as outras correntes.
A equação da supermalha apresenta todas as correntes, então, a partir das outras equações
montamos uma dependência de I4 e I1 e as substituı́mos na equação da supermalha.
Então, isolando I1 na condição estabelecida pelo exercı́cio:
I42 + I4 − 9
I1 =
I4 + 1
2I2 + 2
I3 =
3
Isolando I2 na equação final, temos:
I2 = I1 + 4I4
10 10
I1 + 5I2 − − I2 + 2I4 = −2
3 3
5 4
I1 + I2 + 2I4 − = 0
3 3
111
5 4
I1 + (I1 + 4I4 ) − = 0
4 3
8 26 4
I1 + I4 − = 0
3 3 3
2
8 I4 + I4 − 9 26 4
+ I4 − f = 0
3 I4 + 1 3 3
34I42 + 30I4 − 76 = 0
I4 = −2A ou I4 = 1, 1176A
O exercı́cio disse para considerarmos um valor inteiro, então I4 = −2A. Além disso,
para encontrar ig necessitamos apenas o valor da corrente I1 , que é obtida por:
I42 + I4 − 9
I1 =
I4 + 1
I1 = 7A
Agora, determinamos ig :
ig = I1 − I4
ig = 9A
Exemplo 67: Calcule a tensão nos elementos através do método das correntes de
malhas.
Circuito composto por apenas uma malha e uma supermalha, a equação da supermalha
é dada por:
112
I1 + 4I2 − 2I3 = 3
−2I2 + 8I3 = 4
I2 + 1 = I1
6[I1 − (−6)] = 48 ⇒ I1 = 2A ⇒ i = 2A
6 + R(2 − I2 ) + 2 = 0
6 + 2R − RI2 + 2 = 0
2R + 8
I2 =
R
113
−4(2) + 1[I3 − (−6)] + 2I3 + R(I2 − 2) = 0
−8 + I3 + 6 + 2I3 + RI2 − 2R = 0
RI2 + 3I3 − 2R = 2
1, 5v + I2 = I3
v = 1, 5(−6 − I3 )
1, 5(−6 − I3 ) + I2 = I3
−9 − 1, 5I3 + I2 = I3
I2 − 9
I3 =
2, 5
R 3
(2R + 8) + (I2 − 9) − 2R = 2
R 2, 5
2R + 8 + 1, 2(I2 − 9) − 2R = 2
2R + 8
1, 2 − 9 = −6
R
−7R + 8
1, 2 = −6
R
−5R = −7R + 8 ⇒ R = 4Ω
Exemplo 69: Na Figura 127, a fonte de corrente tem uma intensidade proporcional
a tensão v. Se a potência fornecida ao circuito por esta fonte é 4W, determine o valor da
constante de proporcionalidade k, sabendo que é um número inteiro.
114
Figura 127: Circuito do Exemplo 69
v = I2 − I3
1 + 1(I3 − I2 ) + 1(I3 − I1 ) = 0
1 + I3 − I2 + I3 − I1 = 0
−I1 − I2 + 2I3 = −1
kv + I1 = I2
k(I2 − I3 ) + I1 = I2
kI2 − kI3 + I1 = I2
I1 + (k − 1)I2 − kI3 = 0
Precisamos ainda de outra equação para poder encontrar o valor de k. Sabemos que
a fonte gera 4W, então:
u(kv) = 4
−u + 1(I2 − I3 ) + 1I2 = 0
−u + I2 − I3 + I2 = 0
115
u = 2I2 − I3
Retornando para a equação da potência:
k(2I2 − I3 )(I2 − I3 ) = 4
Temos agora quatro equações que relacionam as quatro variáveis. Nossa equação
principal é esta da potência, pois envolve k e as correntes ao quadrado. Outra equação
que relaciona k é a equação de restrição, mas possui I1 . Podemos eliminar esta variável
se isolarmos I1 na equação da supermalha e substituirmos na equação de restrição do
circuito:
2I1 = −2I2 + 2I3
I1 = −I2 + I3
Aplicando este resultado na restrição da supermalha:
−I2 + I3 + (k − 1)I2 − kI3 = 0
(k − 2)I2 + (1 − k)I3 = 0
k−1
I2 = I3
k−2
116
Exemplo 70: Determinar a tensão e corrente em cada resistência do circuito da
Figura 128 e a tensão nas fontes de corrente.
E sua restrição:
I1 + 3 = I2
I3 + 2 = 1
117
I3 = −1A
3I1 + 7I2 = 3
3I1 + 7(I1 + 3) = 3
3I1 + 7I1 + 21 = 3
I1 = −1, 8A ⇒ I2 = 1, 2A
−e + R1 (i1 − guo ) = 0
−e + R1 i1 − R1 guo = 0
R1 i1 − R1 guo = e
uo = R2 io
Temos também uma supermalha que nos dá a seguinte equação de restrição:
io + αi1 = guo
io + αi1 = gR2 io
gR2 − 1
i1 = io
α
118
Mas ainda não temos equações suficientes para resolver o sistema. Analisando o nó A,
podemos obter a última equação que precisamos:
guo = αi1 + io
R1 i1 − R1 (αi1 + io ) = e
R1 i1 − αR1 i1 − R1 io = e
(1 − α)R1 i1 − R1 io = e
αe αR2 e
io = ⇒ uo =
R1 [gR2 (1 − α) − 1] R1 [gR2 (1 − α) − 1]
Exemplo 72: Calcular a tensão e corrente em cada elemento pelo método das malhas.
119
3I1 + 4I2 − 2I3 = 9
I2 + 1 = I1
Precisamos saber ainda quem é I3 para poder resolver o circuito. A segunda super-
malha nos dá uma equação de restrição que envolve a corrente da terceira malha:
2 + 3 = I3 ⇒ I3 = 5A
16
3(I2 + 1) + 4I2 − 2(5) = 9 ⇒ I2 = A
7
23
I1 = A
7
Exemplo 73: Resolva pelo método das malhas o circuito da Figura 132.
Para facilitar a análise do circuito, olhamos o mesmo por uma outra perspectiva de
modo a colocá-lo em duas dimensões. Olhando o circuito por cima:
120
Figura 133: Circuito do Exemplo 73 em nova perspectiva
Para facilitar ainda mais a análise, a fonte de corrente em paralelo com a fonte de
8V pode ser removida, pois está presa numa tensão constante e não afetará o restante do
circuito. E também, a fonte de 1A em paralelo com o resistor de 1Ω pode ser transformada
em uma fonte de tensão de 1V em série com o resistor de 1Ω. O circuito final pode ser
visto na figura seguinte.
Temos apenas uma malha para resolver o circuito e duas supermalhas que fornecem
apenas suas equações de restrições. A restrição entre a malha 1 e a fonte de 2A nos diz
que:
I1 + 1 = 2 ⇒ I1 = 1A
Entre a malha 3 a fonte de 1A, temos que:
I3 + 1 = −1 ⇒ I3 = −2A
121
A corrente I2 é obtida equacionando a malha 2 do circuito:
−8 + 1I2 − 2 + 1(I2 − 1) = 0
−10 + I2 + I2 − 1 = 0
I2 = 5, 5A
Exemplo 74: Sabendo que o amperı́metro indica 3A, determine o valor da fonte I
no circuito abaixo.
Uma consideração que deve ser feita é sobre o amperı́metro. Este instrumento de
medida é caracterizado por uma impedância interna extremamente baixa. Isso garante que
a corrente do circuito não seja atenuada pelo aparelho. Então, quanto menor a impedância
interna de um amperı́metro, maior será sua exatidão. No exercı́cio consideraremos o
amperı́metro como ideal, ou seja, sua impedância interna é nula.
Observa-se também uma fonte de corrente com um valor X não-numérico. Se de-
finı́ssemos as correntes de malha no circuito como está agora, virı́amos que a corrente
X não provocará quedas de tensão opostas, nem entrará nos cálculos de modelagem do
circuito. Então, podemos retirar esta fonte e o seu resistor do circuito. O novo circuito
será:
122
Figura 136: Circuito do Exemplo 74 reconfigurado
0
i= ⇒ i = 0A
20
Isso quer dizer que a corrente na fonte de controlada é 0A, ou seja, a fonte está
desativada. Uma fonte de corrente desativada (desligada, zerada,...) é equivalente a um
circuito aberto. Então, abrindo a fonte de corrente, a malha irá desaparecer:
123
Figura 138: Circuito do Exemplo 74 final
Com uma análise cuidadosa e interpretação do circuito, ele pôde ser reduzido para
apenas uma supermalha.
I + 3 = I1
10
−49 + 1, 5 + 7, 5(I + 3) = 0 ⇒ I = A
3
124
Ao fecharmos a chave, haverá uma nova corrente de malha no circuito, já que teremos
um novo caminho fechado. Antes de proceder para a análise, consideramos o amperı́metro
como ideal novamente e associamos os resistores de 2Ω, 3Ω e 4Ω para obter o seguinte
circuito:
Temos um circuito composto por três supermalhas e uma malha (6). Vamos primeiro
equacionar os parâmetros importantes do circuito. A tensão e é escrita como:
e − 30I5 − 4, 5I6 = 0
e = 30I5 + 4, 5I6
0, 1e + I5 = I4
0, 1(30I5 + 4, 5I6 ) + I5 = I4
3I5 + 0, 45I6 + I5 = I4
I4 − 4I5 − 0, 45I6 = 0
i + I6 = I2
i = I2 − I6
0, 5i + I7 = I3
0, 5(I2 − I6 ) + I7 = I3
0, 5I2 − 0, 5I6 + I7 = I3
0, 5I2 − 0, 5I6 − I3 + I7 = 0
125
Temos outra equação de restrição supermalha, entre as malhas 1 e 2, dada por:
I1 + 7 = I2
I1 − I2 = −7
−9I2 + 18I6 = 0
Agora equacionamos as três supermalhas restantes e teremos um sistema 7x7 que pode
ser resolvido em softwares matemáticos ou na HP. Então, equacionando a supermalha 1-2:
26
2(I1 − I3 ) + 9(I2 − I6 ) +(I1 − I7 ) = 0
7
26 26
2I1 − 2I3 + 9I2 − 9I6 + I1 − I7 = 0
7 7
40 26
I1 + 9I2 − 2I3 − 9I6 − I7 = 0
7 7
26
10(I3 − I5 ) + 1(I3 − I4 ) + 2(I3 − I1 ) +
(I7 − I1 ) = 0
7
26 26
10I3 − 10I5 + I3 − I4 + 2I3 − 2I1 + I7 − I1 = 0
7 7
40 26
− I1 + 13I3 − I4 − 10I5 + I7 = 0
7 7
Resposta: IA = 2A
126
5 Método nodal com apenas fontes independentes de
corrente
Exemplo 76: Encontre as tensões nodais no circuito abaixo.
Solução: A resolução pelo método nodal consiste na determinação de tensões nos nós
do circuito. Para isso, definimos em cada nó (ponto onde convergem/divergem correntes)
um tensão en e separamos um nó como referência, ou seja, 0V. A referência pode ser
colocada em qualquer nó de circuito e uma escolha correta pode ate simplificar os cálculos.
Após definir as tensões dos nós, convencionamos as correntes que entram e saem do nó
respectivo e pela 1a Lei de Kirchhoff montamos as equações de corrente nos nós do circuito.
Para este caso temos:
I2 + 5 = I1
10 = I2 + I3 + 5
e2 − e1 e2 − 0
5= +
4 6
e2 e1 e2
5= − +
4 4 6
e1 5
+ 5 = e2
4 12
Temos um sistema que inicialmente era de três variáveis, que foi reduzido para duas.
Resolvemos agora o sistema de equações e encontramos a tensão nos nós em relação a
nossa referência:
40
e2 = 20V ⇒ e1 = V
3
E a partir destas tensões, podemos determinar as correntes nos resistores:
e1 − 0 20
I1 = ⇒ I1 = A
2 3
e2 − e1 5
I2 = ⇒ I2 = A
4 3
e2 − 0 10
I3 = ⇒ I3 = A
6 3
128
Figura 144: Tensões e correntes definidas
I1 + I2 = 3
e1 − 0 e1 − e2
+ =3
2 6
e1 e1 e2
+ − =3
2 6 6
2 e2
e1 − =3
3 6
I2 = I3 + 12
e1 − e2 e2 − 0
= + 12
6 7
e1 e2 e2
− = + 12
6 6 7
e1 13
= e2 + 12
6 42
e1 = −6V e e2 = −42V
129
Exemplo 78: Determinar as tensões nos nós e as correntes nos resistores do circuito
da figura abaixo.
1m = I1 + I2
e1 − 0 e1 − e2
1m = +
12k 6k
e2 e1
+ 1m =
6k 4k
I2 = 4m + I3
e1 − e2 e2 − 0
= 4m +
6k 6k
e1 e2
= 4m +
6k 3k
e1 = 24 + 2e2
130
E substituindo na primeira equação, obtemos:
e2 24 + 2e2
+ 1m =
6k 4k
e2 + 6 24 + 2e2
=
6k 4k
e2 + 6 = 36 + 3e2 ⇒ e2 = −15V
e1 = 24 + 2(−15) ⇒ e1 = −6V
Para encontrar as correntes, devemos saber quem são elas em função das tensões no
nós.
e1 − 0
I1 = ⇒ I1 = −0, 5mA
12k
e1 − e2
I2 = ⇒ I2 = 1, 5mA
6k
e2 − 0
I3 = ⇒ I3 = −2, 5mA
6k
131
Figura 148: Variáveis destacadas
e1 − 0
v1 =
12
e2 − 0
v2 =
2
e1 − e2
I1 =
5
Sabendo isso, equacionamos agora o circuito, começando pelo nó 1:
15 = I1 + I2
e1 − e2 e1 − 0
15 = +
5 12
e2 17
15 + = e1
5 60
I1 = I3 + 5
e1 − e2 e2 − 0
= +5
5 2
e1 7
= e2 + 5
5 10
35
e1 = e2 + 25
10
Substituindo esta expressão na equação do nó 1:
e2 17 35
15 + = e2 + 25
5 60 10
132
85 119 e2
15 − = e2 − ⇒ e2 = v2 = 10V
12 120 5
Encontramos e1 agora:
35
e1 = (10) + 25 ⇒ e1 = v1 = 60V
10
E I1 :
60 − 10
I1 = ⇒ I1 = 10A
5
b) A fonte de 15A possui a mesma tensão v1 , então, sua potência é:
Primeiro devemos transformar a fonte de tensão em uma fonte de corrente para que
possamos equacionar o circuito.
133
Figura 151: Variáveis definidas
Nota-se que o nó 2 possui apenas uma corrente, então a equação que ele nos fornece
é:
I2 = I2
4, 5 = I1 + I2
e1 − 0 e1 − e2
4, 5 = +
1 6
e2 7
4, 5 + = e1
6 6
E
I2 + 7, 5 = I3
e2 − e3 e3 − 0
+ 7, 5 =
2 3
e2 5
+ 7, 5 = e3
2 6
Este sistema pode ser resolvido por escalonamento, Eliminação de Gauss, Regra de
Kramer ou MATLAB. Resolvendo o mesmo, obtemos:
e1 = 6V , e2 = 15V , e3 = 18V
v = e2 = 15V
134
Exemplo 81: a) Calcule as correntes ia , ib e ic pelo método nodal.
b) Determine a potência associada a cada fonte e diga se ela está fornecendo ou
consumindo.
13 = ix + ib + ic
e e e
13 = + + ⇒ e = 40V
5 10 40
Da equação nodal, temos que:
e−0
ib = ⇒ ib = 4A
10
e−0
ic = ⇒ ic = 1A
40
Para determinar ia , retornamos ao circuito original com o nosso valor de tensão e
vemos que a corrente ia é expressa como:
e − 5ia + 50 = 0 ⇒ ia = 2A
135
b) Como a corrente está entrando no terminal negativo da fonte de tensão, a mesma
está fornecendo potência ao circuito e seu módulo é dado por:
P = V I ⇒ P = 50(2) ⇒ P = 100W
A fonte de corrente possui uma tensão de 40V em seus terminais, com o positivo no
sentido da corrente, ou seja, esta fonte também fornece potência ao circuito, que é dada
por:
P = V I ⇒ P = (40)3 ⇒ P = 120W
a) Determine R e Is ;
b) Determine a potência fornecida pela fonte de 3A.
e1 = −10V ; e2 = 6V
136
Figura 155: Circuito do Exemplo 82 parte (a)
Equacionando o nó 1:
Is = 3 + i ⇒ i = −1A
P = V I ⇒ P = 10(3) ⇒ P = 30W
1
As unidades dos resistores estão em Siemens, sendo que S = . Com isso em mente,
R
podemos prosseguir em associar os resistores de 4S e 1S e teremos:
137
Figura 157: Circuito do Exemplo 83 reorganizado
Temos três nós no circuito mais a referência, então teremos três variáveis para deter-
minar antes de calcular o valor de i. Então, a equação do nó 1:
7 = 5 + I1 + I2
2 = 3(e1 − 0) + 1(e1 − e2 )
e2 + 2 = 4e1
I2 + 5 = I3 + i
1(e1 − e2 ) + 5 = 3(e2 − 0) + 2(e2 − e3 )
e1 + 2e3 + 5 = 6e2
E do nó 3:
i + 17 = I4
2(e2 − e3 ) + 17 = 5(e3 − 0)
2e2 + 17 = 7e3
e1 = 1V ; e2 = 2V ; e3 = 3V
i = 2(e2 − e3 ) ⇒ i = −2A
138
Exemplo 84: Calcule v1 , v2 e v3 .
v1 = e1 − e2
v2 = e2
v3 = e1
5 + 6 = I1 + I3
e1 − e2 e1 − 0
11 = +
4 4
e2 e1
11 + =
4 2
E o nó 2:
139
I1 = 5 + 3 + I2
e1 − e2 e2 − 0
=8+
4 2
e1 3
= 8 + e2
4 4
140
e1
Ia =
5
e2 − e3
Ic =
6
e3
Id = −
7
A corrente Ib é um caso a parte, pois perdemos esta variável no momento que fizemos
a transformação de fonte. Mas ela pode ser recuperada analisando os nós definidos no
circuito da Figura 160. A corrente Ib é:
x − e1
Ib =
4
Onde x é a tensão de e2 após passar pela fonte de 27V, ou seja:
(e2 + 27) − e1
x = e2 + 27 ⇒ Ib =
4
Voltando ao problema original, equacionamos agora os três nós do circuito. O nó 1:
3, 75 + 1 + Ix = Ia
e2 − e1 e1 − 0
4, 75 + =
4 5
e2 9
4, 75 + = e1
4 20
O nó 2:
2 = 3, 75 + Ix + Ic
e2 − e1 e2 − e3
0 = 1, 75 + +
4 6
e1 e3 5
+ = e2 + 1, 75
4 6 12
O nó 3:
Ic + Id = 2
e2 − e3 0 − e3
+ =2
6 7
e2 13
= 2 + e3
6 42
Resolvendo o sistema, obtemos:
Ia = 2A ; Ib = 4A ; Ic = 1A ; Id = 1A
141
Exemplo 86: Encontre as tensões nos nós do circuito abaixo.
4m = I1 + I2
e1 − e3 e1 − e2
4m = +
1k 2k
e2 e3 3
+ + 4m = e1
2k 1k 2k
O segundo nó:
I2 = I3 + I4
e1 − e2 e2 − 0 e2 − e3
= +
2k 1k 4k
e1 e3 7
+ = e2
2k 4k 4k
E o terceiro nó:
I1 + I4 = 2m
e1 − e3 e2 − e3
+ = 2m
1k 4k
e1 e2 e3
+ = 2m +
1k 4k 800
5, 42V ; e2 = 2V ; e3 = 3, 14V
142
Exemplo 87: Determine a partir do método nodal o valor de Vo .
V o = e3
8m = I1 + I2 + 2m
e1 − 0 e1 − e2
6m = +
3k 6k
e2 e1
6m + =
6k 2k
143
I2 = I3 + I4
e1 − e2 e2 − 0 e2 − e3
= +
6k 6k 2k
e1 e3 e2
+ =
6k 2k 1, 2k
E o nó 3:
I4 + 2m = I5
e2 − e3 e3 − 0
+ 2m =
2k 1k
e2 3
+ 2m = e3
2k 2k
Vo = e3 = 2, 78V
I1 + I2 + 4m = 0
e1 − 0 e1 − e3
+ + 4m = 0
2k 2k
e1 e3
+ 4m =
1k 2k
144
4m = I3 + 2m + I4
e2 − 0 e2 − e3
2m = +
4k 4k
e3 e2
+ 2m =
4k 2k
I2 = I4 + I5
e1 − e3 e2 − e3 e3 − 0
+ =
2k 4k 1k
e1 e2 7
+ = e3
2k 4k 4k
O exercı́cio já forneceu as tensões e correntes, apenas definimos quem são v3A e v7A :
v3A = e1
v7A = e3
3 + I1 + I2 = 0
e1 − e3 e1 − e2
3+ + =0
2 1
145
3 + 1, 5e1 = e2 + 0, 5e3
I2 = I3 + I4
e1 − e2 e2 − 0 e2 − e3
= +
1 3 4
19
e1 + 0, 25e3 = e2
12
I1 + I4 + 7 = I5
e1 − e3 e2 − e3 e3 − 0
+ +7=
2 4 5
19
0, 5e1 + 0, 25e2 + 7 = e3
20
Exemplo 90: Pelo método nodal, calcular a potência fornecida pela fonte de corrente
do circuito da Figura 167.
Devemos descobrir qual é a tensão na fonte de 4A, mas primeiro precisamos transfor-
mar as duas fontes de tensão em fontes de corrente:
146
Figura 168: Transformação das fontes
v4A = e2
10 = I1 + I2
e1 − 0 e1 − e2
10 = 2 +
3
2
0, 5e2 + 10 = 2e1
E do nó 2:
I2 + 4 = I3
e1 − e2 e2 − 0
+4=
2 6
147
2
0, 5e1 + 4 = e2
3
Note que a fonte de 15A está em paralelo com a fonte de 5A. Assim, elas podem ser
associadas em uma única fonte de corrente de 10A apontando para baixo:
148
Figura 172: Circuito do Exemplo 91 rearranjado
a) A ddp UBD é a mesma que e2 , pois o nó B coincide com o nó 2 e o nó D coincide
com a nossa referência. Então montamos e resolvemos o modelo matemático do circuito,
que será de segunda ordem, já que o circuito possui dois nós. A equação do primeiro nó:
40 = I1 + I2
e1 − 0 e1 − e2
40 = +
2 2
40 + 0, 5e2 = e1
I2 + 10 = 10 + I3
I2 = I3
Veja que a corrente de 10A está ”confinada”em uma malha. Ela se junta com I2 e logo
depois se subtrai dela formando I3 . Esta seria uma interpretação lógica para I2 = I3 .
e1 − e2 e2 − 0
=
2 4
e1 = 1, 5e2
b) Para resolvermos esta parte, devemos voltar ao circuito original da Figura 170,
considerando nossa referência e tensões nodais.
149
Figura 173: Circuito do Exemplo 91 parte (b)
Entre a fonte e o resistor temos um nó que possui 60V em relação a nossa referência.
A corrente i é calculada pela fórmula:
60 − 40
i= ⇒ i = 5A
4
c) Aqui podemos utilizar interpretação dos resultados para resolver o problema. Sa-
bemos que o resistor de 1Ω está recebendo 10A de corrente, o que implica numa queda de
tensão de 10V entre E e D. Também sabemos que a tensão Entre B e D é 40V. Então temos
40V ao total, com 10V já definidos. Precisamos de 30V para obter o nosso resultado.
UBE = 30V
Primeiro vamos passar para fora o resistor de 4Ω que está sobreposto no circuito; o
fato das fontes possuı́rem correntes negativas significa que o sentido real delas é invertido
do representado no circuito. Levando tudo isso em consideração e definindo os nós e
correntes do circuito, obtemos:
150
Figura 175: Circuito do Exemplo 92 reorganizado
3 + 8 + I1 = I2
e1 − e3 e2 − e1
11 + =
4 3
7 e2 e3
11 + e1 = +
12 3 4
Equacionando o segundo nó:
I4 + 3 = I2 + I3
e3 − e2 e2 − e1 e2 − 0
+3= +
7 3 1
e1 e3 31
+ + 3 = e2
3 7 21
E o nó 3:
I1 + 25 = I4 + I5
e1 − e3 e3 − e2 e3 − 0
+ 25 = +
4 7 5
e1 e2 83
+ + 25 = e3
4 7 140
Resolvendo este sistema de terceira ordem, obtemos as seguintes tensões:
151
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
152
Exemplo 95: Encontre a corrente que passa no resistor de 2Ω.
153
Exemplo 97: Utilizando o método de análise nodal, resolva o circuito da Figura 180.
Exemplo 98: Calcular pelo método nodal, a corrente em cada resistor e a tensão em
cada fonte, considerando a referência apresentada.
154
Exemplo 99: Montar as equações nodais do circuito em ponte.
155
6 Referências bibliográficas
1. Hayt, W.H., Kemmerly, J.E., Durbin, S.M.: Análise de Circuitos em Engenharia,
a
8 ed, AMGH, Porto Alegre, 2014.
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