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Aprendendo a perguntar

para interver com eficácia


na Clínica Analítico
Comportamental
CONTRIBUIÇÕES DA PSICOTERAPIA
COMPORTAMENTAL PRAGMÁTICA
DR. CARLOS AUGUSTO DE MEDEIROS
Justificativa – Contextualização
A importância das interações entre terapeuta e cliente
Exemplos de possibilidades de interação:
◦ Silêncio
◦ Encenações
◦ Afirmações sobre o comportamento do cliente na sessão
◦ Aplicações de técnicas
◦ Prescrições
◦ Diálogo
Por que dialogar?
Quem precisa ser ouvido?
Objetivos
Discutir a importância do uso de perguntas como forma de interação
Apresentar brevemente a Psicoterapia Comportamental Pragmática
e discutir o papel das perguntas nesse modelo de TAC
Demonstrar as diversas funções do perguntar
Apresentar e discutir o efeito de diferentes tipos de perguntas
Refletir acerca do modo de elaborar perguntas
Simular o perguntar com diferentes funções
Organização do Minicurso
Psicoterapia Comportamental Pragmática – Principais características

O papel das perguntas na PCP

As função das perguntas

Diferentes tipos de perguntas e seus efeitos prováveis sobre o comportamento

Simulações
Psicoterapia Comportamental
Pragmática
Modelo de Terapia Analítica Comportamental que visa maior
independência do cliente
Ênfase no comportamento verbal
Uso da relação terapêutica como instrumento de mudança
Uso de consequências sociais naturais
Oposição ao uso de controle aversivo e ao uso preponderante de regras
como forma de intervenção
Análises funcionais individuais: Ênfase no papel das consequências
condicionadas generalizadas
Comportamentos Alvo
A fortalecer – a intervenção objetiva aumentar a sua frequência
A enfraquecer – a intervenção objetiva diminuir a sua frequência
Emitidos – diretamente observados na interação entre o terapeuta e
o cliente
Relatados – Acesso ao relato verbal do cliente
◦ Tatos puros e distorcidos
◦ Intraverbais
◦ Mandos disfarçados de tatos
PCP – Um modelo baseado em
perguntas
Por que perguntar? Ou melhor: O que te leva a perguntar?

Foco no cliente

Privação de reforçamento de comportamento de ouvinte

A importância de dados para a Análise do Comportamento

Psicoterapeuta vs. professor


A Funções das Perguntas na PCP
Coleta de dados

Consequenciação de comportamentos alvo relatados ou emitidos

Criando Sds para abordar algum tema específico

Teste de hipóteses de análises

Participação em outros procedimentos


Coleta de Dados – Topografia
Transformando a queixa em comportamentos – topografia
Como é...?
O que você faz...?
O que você não faz...?
De que modo...?
Descreva...?
A importância de pedir exemplos concretos
Coleta de Dados – Frequência
Principal dado da Análise do Comportamento
Número de ocorrências no tempo
Quantas vezes na semana (mês ou ano)...?

Com que frequência...?

Quantas vezes hoje na sessão você disse...?

Me conte a última vez que você...

Cuidado com as respostas vagas do cliente: muito, pouco, sempre, nunca...


Coleta de Dados – História de
Condicionamento
Variáveis históricas responsáveis pelo estabelecimento do
padrão comportamental
Há quanto tempo você...

Como começou...
O que você fazia nessa época?

Com quem você andava nessa época?


Me conte uma história dessa época:
Coleta de Dados – Antecedentes
Estímulos discriminativos, estímulos delta e operações
motivadoras
Para quem você diz...?

Com quem você costuma...?


Quem você convida...?

Em que situações você se sente mais tentado a...?


Em que momento você quis...?
Coleta de Dados – Estímulos
Consequentes
Principais determinantes do comportamento operante
Como... reagiu?
O que aconteceu quando você...?
Como as pessoas lidam quando você...?
O que você sentiu quando... reagiu assim?
Qual a reação que você esperava de... ao que você...?
Que reação você gostaria que ... Tivesse?
Consequenciação de Comportamentos
Alvo Relatados ou Emitidos
Reforçamento arbitrário vs. Natural
Generalização
Sensação de liberdade
Contracontrole
Punição – os subprodutos do controle aversivo
Respostas emocionais
Supressão de outros comportamentos
Respostas incompatíveis
Contracontrole
Consequenciação de Comportamentos
Alvo Relatados ou Emitidos
As perguntas e o controle de estímulo
◦ Comportamentos a fortalecer:
◦ Aumentando o controle discriminativo de reforçadores naturais
◦ Diminuindo o controle discriminativo dos estímulos aversivos
◦ Comportamentos a enfraquecer:
◦ Extinção – perguntas conduzindo a outros temas
◦ Aumentando o controle discriminativo de estímulos aversivos naturais
◦ Diminuindo o controle discriminativo reforçadores positivos
Criando Sds para novas perguntas
Reforçamento de comportamento de ouvinte e o controle
discriminativo pela fala do cliente
Mudança abrupta de assunto
Extinção
Punição negativa
Manutenção de temas
Relatos repetitivos
Respostas de esquiva
Criando Sds para novas perguntas
O comportamento de perguntar em sequência mantido pelas
respostas do cliente que sirvam de Sd para novos assuntos
Respostas presumidas
Respostas às perguntas similares no passado
Análise Funcional

Histórico de relações pessoais do próprio terapeuta


Teste de Hipóteses de Análises
Funcionais
Análises funcionais:
Formulação de hipóteses
Teste de hipóteses
Devoluções de análises vs. Testes de hipóteses
Testes de hipóteses indutivos e não indutivos
Terapeuta como falante
Generalização quanto aos demais falantes
Correspondência
Participação em outros
procedimentos
Reforçamento diferencial
Reforçamento de classes de respostas
Extinção ou menos reforçamento para outra(s) classe(s)
Questionamento reflexivo
Procedimento que visa a formulação de autorregras
Autorregras analíticas e de modificação de comportamento
Aumento do controle discriminativo verbal pelas contingências
Cadeias de perguntas e respostas presumidas
Tipos de Perguntas: Abertas vs.
Fechadas
Fechadas Abertas
Começam geralmente por “você...?” Começam por: como, qual, narre, descreva,
relate, o que, em que etc.
Ex. Ex.
Você já experimentou fazer caminhadas? O que você já tentou para perder peso?
Você ficou chateada com a reação dele? O que você sentiu com a reação dele?
Você já enviou o seu currículo para eles? O que você já fez para conseguir o
emprego?
Indutivas – regras Menos indutivas - autorregras
Menor correspondência verbal Maior correspondência verbal
Tipos de Perguntas
Perguntas padrão de terapeuta – intraverbais
Surpreendentes – tatos
Sem objetivo – bate papo
Ganhando tempo
Perguntas em cadeia – questionamento reflexivo
Tipos de Perguntas
Sobre temas supostamente aversivos
Perguntas após mandos disfarçados
O que perguntar no início da sessão
O que perguntar aos 45’
Perguntas sobre as perguntas do cliente
Treinando a Perguntar – Simulação
1
Demonstração de algumas perguntas pelo professor com
cliente advindo da audiência
Coleta de dados
Abordagem de temas
Consequenciando comportamentos relatados
Questionamento reflexivo
Discussão da simulação
Treinando a Perguntar – Simulação
2
Professor como cliente e audiência como terapeuta – troca de
terapeuta a cada três perguntas
Coleta de dados
Reforçamento de comportamento de ouvinte
Manutenção do tema
Mudança do tema
Discussão da simulação
Treinando a Perguntar – Simulação
3
Dupla entre cliente e terapeuta advinda da audiência com ajuda
dos colegas e do professor

Livre

Discussão da simulação
Considerações Finais e Fechamento
Impressões da audiência
Perguntas como principal forma de interação entre o terapeuta e o
cliente

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