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CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Profª Aline Cristina Souza dos Santos


MÉTODOS ESTÁTICOS
Capacidade de carga
Capacidade de carga
total da estaca
lateral da estaca

Peso próprio Capacidade de carga


da estaca de ponta da estaca
MÉTODOS ESTÁTICOS
MÉTODOS SEMI-EMPÍRICOS
Com uso do SPT
• Meyerhof (1956)
• Aoki-Velloso (1975)
• Décourt-Quaresma (1978)
• Décourt-Quaresma (1982)
• Velloso (1981)
• Teixeira (1996)
• Vorcaro-Velloso (2000)
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS
Uso de
resultados do
ensaio SPT
• Obtenção das
resistências de ponta
e lateral diretamente
a partir dos valores
para NSPT
MÉTODO DÉCOURT-QUARESMA
(Primeira versão – 1978)
RESISTÊNCIA DE PONTA
Premissas do método
→ O valor tomado para o SPT é a média entre o valor correspondente
à ponta da estaca, o imediatamente anterior e o imediatamente
posterior.
→ O estudo foi feito para estacas pré-moldadas de concreto, mas
pode-se admiti-lo como válido também para estacas do tipo Franki,
Strauss (somente com ponta em argila) e estacas escavadas.

Resistência de Ponta
FATORES DE RESISTÊNCIA DE PONTA
Décourt e Quaresma (1978)

TIPO DE SOLO C
(kN/m²)
Argilas 120
Siltes argilosos 200
Silte arenosos 250
Areias 400
RESISTÊNCIA LATERAL
Premissas do método Resistência Lateral
→ O valor tomado para o SPT é a
média entre todos os valores ao longo Décourt e Quaresma
do fuste da estaca, exceto aqueles (1978)
utilizados para estimativa da
resistência de ponta. Atrito Lateral
Nmédio
→ Não é feito distinção quanto ao tipo (kN/m²)
de solo atravessado. ≤3 20
→ O estudo foi feito para estacas pré- 6 30
moldadas de concreto, mas pode-se
9 40
admiti-lo como válido também para
estacas do tipo Franki, Strauss 12 50
(somente com ponta em argila) e > 15 60
estacas escavadas.
MÉTODO DÉCOURT-QUARESMA
(Segunda versão – 1982)
RESISTÊNCIA DE PONTA
Premissas do método
O valor tomado para o SPT é a média entre o valor
correspondente à ponta da estaca, o imediatamente anterior e o
imediatamente posterior.

Resistência de Ponta
FATORES DE RESISTÊNCIA DE PONTA
Décourt e Quaresma (1978 e 1986)
C
(kN/m²)
TIPO DE SOLO C
[estacas escavadas com
(kN/m²)
lama bentonítica]
Argilas 120 100
Siltes argilosos 200 120
Silte arenosos 250 140
Areias 400 200
RESISTÊNCIA LATERAL
Premissas do método
→ O valor tomado para o SPT é a média entre todos os valores ao
longo do fuste da estaca, exceto aqueles utilizados para estimativa da
resistência de ponta.
→ Não é feito distinção quanto ao tipo de solo atravessado.
→ Na determinação do valor NSPT tomado, considera-se que valores
menores que 3 devem ser considerados iguais a 3, e valores maiores
que 50 devem ser considerados iguais a 50

Resistência Lateral
COEFICIENTES DE SEGURANÇA

Fp = coeficiente relativo aos parâmetros do solo (1,1 para


atrito lateral; 1,35 para resistência de ponta)

Ff = coeficiente relativo à formulação teórica adotada (1,0)

Fd = coeficiente para evitar recalques excessivos ( 1,0 para


atrito lateral; 2,5 para resistência de ponta)

Fw = coeficiente relativo à carga de trabalho da estaca (1,2)


COEFICIENTES DE SEGURANÇA

Resistência de Ponta

Resistência Lateral

Resistência Total
EXEMPLO
Utilizando o Método Décourt-
Quaresma para uma estaca do tipo
Franki, com diâmetro do fuste de
40 cm e volume da base 180 l,
determinar:

a) Carga admissível pelas


determinações de Décourt e
Quaresma (1978).
b) Carga admissível pelas
determinações de Décourt e
Quaresma (1982).
DADOS DO PROBLEMA
Estaca Franki
ϕ do fuste = 40 cm = 0,40 metros
Volume da base = 180 litros = 0,18 m³
PERÍMETRO DA ESTACA AO LONGO DO FUSTE

ÁREA DA BASE (PONTA) Volume da Esfera →

Raio da Esfera →

Área da Base Circular →


a) Carga admissível pelas determinações de
Décourt e Quaresma (1978).
RESISTÊNCIA DE PONTA
SPT acima → NSPT = 10
Na cota de apoio → NSPT = 18
SPT abaixo→ NSPT = 20
a) Carga admissível pelas determinações de
Décourt e Quaresma (1978).
RESISTÊNCIA LATERAL

Atrito Lateral
Nmédio,
(kN/m²)
POR INTERPOLAÇÃO! ≤3 20
6 30
9 40
12 50
> 15 60
a) Carga admissível pelas determinações de
Décourt e Quaresma (1978).
b) Carga admissível pelas determinações de
Décourt e Quaresma (1982).
RESISTÊNCIA DE PONTA
SPT acima → NSPT = 10
Na cota de apoio → NSPT = 18
SPT abaixo→ NSPT = 20
b) Carga admissível pelas determinações de
Décourt e Quaresma (1982).
RESISTÊNCIA LATERAL
b) Carga admissível pelas determinações de
Décourt e Quaresma (1982).
EXEMPLO
Utilizando o Método Aoki-Velloso para uma estaca do tipo Franki,
com diâmetro do fuste de 40 cm e volume da base 180 l,
determinar:

a) Carga admissível pelas determinações de Décourt e Quaresma


(1978).
Padm = 830,53 kN

b) Carga admissível pelas determinações de Décourt e Quaresma


(1982)
Padm = 830,53 kN

Carga admissível estrutural das estacas Franki ϕ 40cm


Padm = 750 kN
COMPARAÇÃO DOS EXEMPLOS
CARGA ADMISSÍVEL MÉTODO MÉTODO
ESTRUTURAL
[estaca Franki ϕ 40cm] AOKI-VELLOSO DÉCOURT-QUARESMA

a) 1058,31 kN a) 830,53 kN

750 kN b) 720,72 kN b) 830,53 kN

c) 1923,89 kN
REFERÊNCIAS
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122:
Projeto e Execução de Fundações. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
ALONSO, Urbano Rodriguez. Exercícios de fundações. São Paulo: Edgard
Blucher Ltda. 1983.
ALONSO, Urbano Rodriguez. Previsão e controle de fundações. São Paulo:
Edgard Blucher Ltda. 1991.
HACHICH, Waldemar et al (Org.). Fundações – teoria e prática. 2. ed. São
Paulo: PINI. 1998.
REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. Fundações: guia prático de projeto,
execução e dimensionamento. São Paulo: Zigurate Editora, 2008.
VELLOSO, Dirceu de Alencar; LOPES, Francisco de Rezende. Fundações –
volume 1. Nova ed. São Paulo: Oficina de Textos. 2004.
VELLOSO, Dirceu de Alencar; LOPES, Francisco de Rezende. Fundações –
volume 2. Nova ed. São Paulo: Oficina de Textos. 2010.

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