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MELHOR ARTE: VIDEODROME (por Carol Spier) // VELUDO AZUL (por Patricia
Norris)
MELHOR ROTEIRO: PARIS TEXAS (por Sam Shepard e L.M. Kit Carson)
A escolha do preto e branco traz maiores contrastes de luz para a pele dos
personagens, tão pulsante e viva quanto a cidade que eles descobrem. A
câmera anda e atravessa tão próxima aos atores de forma coreografada
dentro de suas discussões e reflexos, trazendo uma fotografia muito viva,
brutal, alerta. A escolha de sempre colocar o eixo ao nível dos olhos dos
perosnagens traz ao público uma sensação de um integração do grupo,
significando muito para o impacto do roteiro em nossa reflexão.
A Direçãoo de ator desse filme é muito sólida e tem relação com a câmera
geograficamente em quadro muito forte. Cassel nos faz acreditar nos
exageros e temperamento de um personagem quase como em fuga, mas que
não cai no caricato pois acreditamos nesse personagem e sua história. Uma
grandíssima performance, o ódio é visto nos olhos e no corpo de Cassel que
encara a câmera de forma animalesca.
Emily Watson não entrega uma atuação orgânica, e o filme não precisa dela.
Lars Von Trier é conhecido pelo seu duro direcionamento e preparação de
atores intensa, e nesse longa, Bess carrega uma enorme culpa católica, caos
mental, e devaneios que vão para o extra-verossímel pela interpretação
também. A história é dura e sua performance devastadora e física, inclusive
foi a que inspirou Bjork para Selma em 'Dançando no Escuro' de Von Trier.
Uma das melhores, se não a melhor, interpretação regida por Von Trier.