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Módulo 2

Proteção integrada
dos cultivos
SENAR | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO VEGETAL

INTRODUÇÃO
Para cultivar de modo sustentável
e passível de rastreabilidade, é
preciso adotar medidas para
reduzir impactos ambientais,
manutenção de qualidade e
viabilidade econômica. Para isso,
é preciso conhecer o ambiente de
produção e as possíveis ameaças
existentes para ter sucesso da
seleção e utilização correta dos
métodos de controle.

Veja a seguir os objetivos desse módulo:

• Identificar insetos causadores de danos econômicos, conciliando


diversos métodos de controle, a partir do custo de produção e o
impacto sobre o ambiente, a fim de reduzir ao máximo o uso de
defensivos agrícolas.

• Identificar condições agroclimáticas com vistas ao controle de


insetos e doenças.
• Conhecer como realizar os procedimentos de uso de defensivos
agrícolas, conforme as normas de saúde e segurança.

• Compreender sobre o armazenamento de defensivos agrícolas, de


acordo com a legislação e como devolver embalagens de defensivos
agrícolas em conformidade com a legislação.

• Identificar como adotar medidas de segurança para utilização de


defensivos, observando o método de manipulação, aplicação, o uso
e preparo dos Equipamento de Proteção Individual (EPI), a dosagem,
o intervalo de aplicação e o período de carência, armazenamento e
devolução de embalagens e registro para culturas.

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• Refletir sobre a realização do controle e o registro da aplicação de


produtos fitossanitários no caderno de campo.

Vamos começar conhecendo o manejo das pragas?

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AULA 1 – MANEJO INTEGRADO DE


PRAGAS (MIP)

A adoção de medidas para o


controle de pragas foi adotada para
suprir a necessidade crescente de
alimentos e, ao mesmo tempo,
respeitar o ideal de sustentabilidade
do agroecossistema, da conservação
do meio ambiente e do bem-estar
do ser humano.

Pensando nisso, foi criado o Manejo


Integrado de Pragas (MIP), que é definido
como um sistema que decide o uso de
táticas de controles de pragas, podendo
ser isoladas ou em conjunto, baseadas em
análises de custo/benefício que levam em
conta o interesse e/ ou o impacto sobre os
produtores, a sociedade e o ambiente.

Interessante, não é mesmo?


Para um melhor entendimento do assunto, algumas definições importantes:

Praga
Qualquer forma de vida vegetal ou animal ou qualquer agente
patogênico daninho ou potencialmente daninho, que invade o cultivo
e pode trazer doenças para as plantações.

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Dano Econômico

É a quantidade mínima de injúria na plantação que justifica a aplicação


de táticas de controle de pragas.

Nível de Dano Econômico (NDE)

É a menor densidade populacional da praga capaz de causar prejuízos.

Nível de Controle (NC)

É a menor densidade populacional da praga onde as táticas de manejo


são tomadas para evitar que o NDE seja alcançado e, consequentemente,
tenha prejuízo econômico.

Nível de Equilíbrio (NE)

É a quantidade média de uma população de inseto por um longo


período de tempo, sem que ocorram mudanças permanentes.

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Como pudemos ver, o MIP é um conjunto de medidas que busca eliminar as pragas para não haver
danos econômicos no cultivo.

IMPORTANTE
Essas medidas são aplicadas quando a densidade
populacional da praga atinge o nível de controle (NC).
Quando a população de insetos prejudiciais se mantém
abaixo do NC, ela está em nível de equilíbrio (NE).
Esse conceito foi instituído na década de 1960 pela
comunidade científica para a otimização do controle
de pragas agrícolas (ácaros, insetos, doenças e plantas
daninhas).

Confira o gráfico que demonstra como a densidade populacional funciona em cada nível em
relação ao tempo.

Ou seja, o MIP estabelece o uso de medidas de controle, com base em informações ecológicas
obtidas no agroecossistema, abolindo, dessa forma, as aplicações fixas por meio de calendários.

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Você sabe quais são as etapas para o desenvolvimento e a implementação do MIP? Confira algumas
etapas consideradas necessárias.

Avaliação do agroecossistema
De forma simplificada, é feita para determinar a densidade populacional ou os danos causados
pelas pragas em certo cultivo, por meio de amostragens ou monitoramento. O monitoramento
permite estabelecer os níveis populacionais de equilíbrio, de controle e de dano econômico dos
insetos.

Tomada de decisão
Com os dados coletados no monitoramento de pragas, é possível efetuar a tomada de decisão, em
que são analisados todos os aspectos econômicos da cultura e a relação custo/benefício do controle
de pragas. Deve se basear na análise das pragas de relevância econômica e no monitoramento da
lavoura.

Seleção dos Métodos de Controle


Se for necessário usar algum tipo de controle, você deverá optar por um sistema que envolva um
ou mais métodos. Diversas táticas ou métodos de controle podem e devem ser usados para auxiliar
a implementação do manejo integrado de pragas.

Quando a presença da praga atingir níveis críticos, é necessário decidir quais táticas do manejo
terão de ser aplicadas na lavoura para controlá-las.

A seguir, você verá algumas formas de controle.

Controle cultural

Esse controle deve ser uma ação


preventiva e permanente na lavoura,
com ou sem presença de pragas. Ele
reduz a disponibilidade de alimentos para
a praga, evitando que esta aumente de
quantidade na entressafra, e isso pode ser
alcançado adotando práticas que reduzam
as chances de localização e colonização da
planta hospedeira, promovam a dispersão
dos indivíduos e afetem a reprodução e a
sobrevivência dos insetos na área cultivada.

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Alguns métodos do controle cultural são:

• Escolher uma área adequada para a implantação do cultivo, que deve ser bem afastada e, de
preferência, isolada de outros cultivos de hortaliças para evitar a infestação de pragas.
• Eliminar plantas daninhas e hospedeiras alternativas de pragas e utilizar cercas vivas para atuar
como uma barreira vegetal e evitar que os insetos em dispersão pelo vento alcancem a área do
cultivo.
• Cobrir as plantas com manta de tecido não tecido (TNT), impedindo que as pragas ataquem o
início do ciclo da cultura, quando as plantas estão mais vulneráveis.
• Analisar o solo para nutrir corretamente as plantas, evitando deficiência e/ou excesso de
nutrientes na adubação.
• Irrigar adequadamente as plantas, pois a oferta de água determinará o quanto a planta se
desenvolverá, interferindo na atratividade e aceitação das plantas pelas pragas.

Controle biológico

Uso de organismos ou de substâncias naturais para


prevenir, reduzir ou erradicar a infestação de pragas e
doenças nas lavouras.

Controle comportamental
Consiste na exploração de sinais químicos entre os seres vivos, como os feromônios, armadilhas
e semioquímicos. Algumas espécies de pragas, como pulgões, moscas brancas, tripes e minadoras,
são atraídas pelas cores amarela e azul. Assim, você pode instalar painéis adesivos nessas cores,
nas culturas para capturar insetos que se deslocam de uma cultura para outra ou ainda durante a
dispersão entre plantas. Os feromônios podem ser utilizados em conjunto com armadilhas para
atrair machos e realizar a coleta em massa de insetos e podem também impedir encontros entre
machos e fêmeas, para interromper o acasalamento.

Controle genético
Esse método se refere ao controle da população de praga pela manipulação de seu DNA. Essa
tática é seletiva e busca reduzir a população de pragas reduzindo o potencial reprodutivo delas,
porém ainda não é amplamente utilizada.

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Controle varietal
Consiste no uso de variedades transgênicas que expressam proteínas inseticidas (Bt) para o
manejo eficiente da praga. Essa tecnologia representa uma importante ferramenta para controlar
pragas nas culturas de soja, milho, algodão e cana. Entretanto, para frutas e hortaliças, essa técnica
não é utilizada.

Controle químico

Este método faz utilização de inseticidas


seletivos que só atingem as pragas,
mantendo vivos os inimigos naturais delas
e polinizadores. No entanto, para evitar o
desenvolvimento de insetos resistentes
a esses produtos, também é preciso
que você fique atento aos ingredientes
ativos e os modos de ação dos produtos.
É fundamental utilizar apenas produtos
registrados no Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA) e ter
boa tecnologia de aplicação.

O conjunto de técnicas do MIP favorece a volta do equilíbrio natural do meio ambiente,


aumentando a resistência biótica e evitando o estabelecimento de novas pragas. Veja a seguir os
procedimentos recomendados.

Controle preventivo
Feito em pragas iniciais (pragas subterrâneas e insetos vetores de
doença). Aqui, pode ser utilizado o tratamento de sementes ou
inseticidas aplicado no sulco de plantio.

Controle curativo
Feito ao atingir prejuízo econômico. As aplicações de defensivos podem
ser feitas por meio de pulverização com equipamento costal manual,
barras-tratorizado, pulverizador autopropelido, aviação agrícola ou via
irrigação, por sistema de aspersão e/ou pivô central.

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Confira abaixo alguns materiais para complementar o seu estudo.

SAIBA MAIS
Controle biológico de pragas, confira essa alternativa que faz
parte do MIP e vem sendo muito utilizada no país. Para isso,
acesse o link:
h t t p s : / /s i s t e m a f a e p . o rg . b r/c o n t ro l e - b i o l o g i c o -
ferramenta-de-excelencia-na-producao/
Além disso, acesse o endereço a seguir e veja como combater
a mosca-das-frutas:
https://www.cnabrasil.org.br/videos/senar-em-campo-5

Agora que estudamos alguns métodos capazes de controlar as pragas, que tal conhecermos os
métodos para controlar plantas invasoras no cultivo?
E aí, vamos prosseguir?!

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AULA 2 – MÉTODOS DE CONTROLE


DE PLANTAS INVASORAS

As plantas daninhas são


definidas de várias formas,
porém a maioria dos estudos as
trata como qualquer planta que
ocorre onde não é desejada,
que não apresenta valor
econômico e que compete
com outras plantas pelo solo.

IMPORTANTE
Além disso, também podem ser chamadas de plantas
invasoras, se estiverem invadindo uma área de interesse
humano e causando algum tipo de transtorno.

Você sabia que uma planta invasora em ambiente sem


interesse humano não pode ser considerada uma planta
daninha, mesmo causando problemas ao ambiente?

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Além da planta daninha, tem ainda a planta espontânea, que germina e cresce espontaneamente,
mas não quer dizer que prejudicará uma atividade humana.

As plantas daninhas têm características peculiares que interferem na estratégia de seu manejo, veja
exemplos:

• Não têm nenhuma exigência para germinar,


têm rápido crescimento e alta capacidade de
florescimento;
• Têm alta produção de sementes, habilidade de
dispersão, adaptação às práticas de manejo e
também à variação ambiental;
• Também podem ter aparência alterada, germinação
aleatória e formação de raças fisiológicas.

Agora que conhecemos as peculiaridades dessas espécies, vamos conhecer os métodos de


controle.

Manejo Preventivo

O método de manejo preventivo, como o


próprio nome diz, é para prevenir a entrada,
o estabelecimento e/ou a disseminação de
algumas espécies-problema em áreas ainda
não infestadas.

ATENÇÃO
Um bom programa de manejo de plantas
daninhas inclui a vigilância constante sobre a área
de cultivo, identificando as espécies infestantes
na fase jovem e adulta (ou por meio de suas
sementes), para evitar que se instale na área.

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Você pode conferir a seguir alguns exemplos de medidas preventivas.

Limpar cuidadosamente máquinas e implementos agrícolas

Usar sementes fiscalizadas ou certificadas com elevado valor cultural


(pureza x germinação).

Só usar adubos orgânicos depois que estes estiverem totalmente


fermentados (exemplo: esterco de curral).

Manter as bordas dos canais de irrigação sempre limpas

Manter áreas contínuas do plantio livres da presença de plantas


daninhas, para que elas não produzam sementes e venham a repovoar
a área cultivada.

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Eliminar focos de infestação.

Como vimos, é importante adotar medidas preventivas para ter um plantio livre de pragas e plantas
daninhas. Agora vamos conhecer sobre o método de controle cultural?

Controle Cultural
O controle cultural tem o objetivo de favorecer
o crescimento da cultura em oposição às plantas
daninhas. Estas práticas auxiliam ainda na redução do
banco de sementes do solo, diminuindo os níveis de
infestação da lavoura nos próximos anos.

Existem diversas práticas comuns de controle cultural,


como vamos ver a seguir:

Uso de Uso de diferentes


cultivares mais sistemas de
competitivas. cultivos.

Uso de
espaçamento Controle Uso de cobertura
verde (culturas de
mais estreito.
Cultural cobertura).

Uso de Uso de
densidade de rotação de
plantio mais alta. culturas4.

Interessante, não é mesmo? Vamos conhecer agora mais uma forma de controle.

4. Uso de diferentes espécies em uma mesma área ao longo dos ciclos.

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Controle mecânico
O método de controle mecânico baseia-se no uso de algum instrumento que arranque ou corte as
plantas daninhas. Existem diversas práticas de controle mecânico, confira:

Monda:
arranquio ou corte das plantas daninhas utilizando as
mãos como instrumento de controle.

Capina:
é o corte manual das plantas daninhas utilizando
instrumentos de controle, como enxada, enxadão, picão,
entre outros.

Roçada:
é o corte das plantas daninhas utilizando instrumentos
de controle, como roçadeiras elétricas ou motorizadas,
foices, roçadeiras tratorizadas e outros.

Cultivo do solo:
é o arranquio das plantas daninhas pelo revolvimento do
solo realizado por implementos agrícolas cultivadores
(arado de disco, arado de aivecas, subsoladores etc.). É
importante ressaltar a necessidade de planejamento e
cuidados durante essa atividade, para diminuir os impactos
causados pelo revolvimento, priorizando proteger o
solo do impacto das gotas de chuva, do escorrimento
superficial e das erosões hídrica e eólica.

Existem ainda outros métodos capazes de controlar as plantas invasoras, vamos continuar
conhecendo?

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Controle físico
O método de controle físico baseia-se no uso de
alguma prática que exerça influência física sobre
as plantas daninhas.

Fique por dentro das principais práticas de


controle físico.

Cobertura morta (palha ou resíduo vegetal)


Essa prática pode impedir a germinação de sementes em função da
limitação de absorção de luz, também pode melhorar as condições do
solo para o desenvolvimento de micro-organismos auxiliares na quebra
de dormência de algumas sementes ou mesmo deteriorá-las. Além
disso, pode suprimir o crescimento de plantas daninhas sensíveis.

Solarização
Utilizando filme de polietileno, pode causar aumento na temperatura, o
que, inicialmente, pode estimular a germinação e, em seguida, matar as
plantas. Normalmente, é utilizada em pequenas áreas de produção de
hortaliças e tem alto grau de eficiência.

Fogo
A queima da vegetação normalmente é feita com lança-chamas e é uma
prática antiga e de uso limitado no Brasil. Foi muito utilizada em algodão
e vem ganhando expressiva conotação entre praticantes de agricultura
orgânica na Europa.
Lembre-se de que, para controle de plantas invasoras, o uso da queimada
controlada é uma prática eficiente, mas deve ser utilizada com cautela,
pois tem impactos também nas estruturas física, química e biológica do
solo, o que pode resultar em aceleração de processos erosivos.
Atenção: o uso do fogo deve ser uma prática controlada e requer autorização
de órgãos competentes.

Inundação
Causa limitação extrema do fornecimento de oxigênio para as raízes de
plantas não adaptadas, o que provoca sua morte.

Além das formas já mostradas, também existe o controle biológico, que é menos agressivo.

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Controle biológico

O controle biológico é feito com a utilização


de parasitas, predadores ou patógenos capazes
de reduzir a população de plantas daninhas
e sua capacidade de competir, por meio do
equilíbrio populacional entre o inimigo natural
e a planta hospedeira.

ATENÇÃO
O objetivo do controle biológico não é erradicar, mas
sim reduzir a população para abaixo do nível de dano
econômico. A eficiência desse método é duvidosa
quando usada de modo isolado, pois os agentes de
controle são específicos para determinadas espécies de
plantas e não atuam contra o complexo florístico local.

E, por fim, o controle químico, que busca eliminar as pragas diretamente, é o que veremos a seguir.

Controle químico

É feito com o uso de produtos químicos, com o


intuito de matar plantas daninhas. Esse recurso é
bastante usual, pois geralmente tem menor mão
de obra; é rápido, prático e eficiente, mesmo em
épocas chuvosas; pode ser usado com eficiência
mesmo na linha de plantio sem danificar o sistema
radicular da cultura e permite o cultivo mínimo ou
plantio direto.

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O ideal é que o controle químico seja usado apenas como auxiliar aos demais métodos, porém, em
muitos casos, os produtores usam somente o método químico, o que pode gerar alguns problemas
e desvantagens, como veremos a seguir.

Requer mão de obra qualificada e cumprimento da norma


regulamentadora específica (NR 31.8).

Degradação do meio ambiente e persistência no solo.

Se forem manejados de forma incorreta podem causar riscos à saúde


humana pela presença de resíduos de defensivos nos alimentos.

Contaminação de áreas vizinhas e o favorecimento de seleção de plantas


tolerantes e/ou resistentes aos herbicidas.

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Porém existe um grande problema em relação ao uso de herbicidas.

IMPORTANTE
O grande problema surge a partir do crescimento de
plantas daninhas resistentes aos produtos químicos, que
pode ser resultado do uso incorreto desses produtos.
Portanto, a resistência de plantas daninhas a herbicidas
pode ser manejada com estratégias alternativas, em
associação ao uso de outros métodos de controle.

A escolha dos métodos de controle deverá levar em consideração o tipo de exploração agrícola, as
espécies daninhas presentes na área, o relevo, a disponibilidade de mão de obra e equipamentos
locais, além de aspectos ambientais e econômicos.

ATENÇÃO
O produtor deve, sempre que possível, integrar
os métodos de controle, pois a diversificação das
estratégias de manejo é mais eficiente e econômica
no seu controle. Somente com o manejo racional, ou
seja, fazendo o uso de vários métodos de controle
disponíveis, é que a resistência das plantas aos herbicidas
pode ser combatida e a probabilidade do surgimento
de novos casos de resistência, minimizada.

Além disso, também é importante conhecer o tipo


de relacionamento entre as plantas cultivadas e
infestantes que permite a sua convivência de forma
harmoniosa. À exceção de algumas poucas espécies
que devem ser erradicadas, sabe-se que as infestantes
podem proporcionar benefícios ao sistema, por
auxiliarem na ciclagem de nutrientes e por serem
hospedeiras de inimigos naturais.

Porém é necessário conhecer o período que a cultura deve permanecer livre da interferência de
plantas daninhas para que ela não tenha a sua produtividade prejudicada.

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AULA 3 – ARMAZENAMENTO DE DEFENSIVOS


AGRÍCOLAS E DESTINAÇÃO DE EMBALAGENS
VAZIAS
Armazenar defensivos agrícolas nas
propriedades rurais, mesmo que
em pequenas quantidades, requer
regras que precisam ser seguidas
para que o armazenamento ocorra
de forma adequado.

Avance para ficar por dentro


de algumas regras para o
armazenamento correto de produtos
fitossanitários:

O local de armazenamento deve ser construído em alvenaria com boa


ventilação e iluminação natural. Além disso, a porta deve permanecer
trancada para não permitir o acesso de crianças, animais e pessoas não
autorizadas.

Se for usado um galpão de máquinas, a área de armazenamento deve ser


isolada com parede, com saída independente e a porta deverá ser mantida
fechada à chave.

Devem ser fixadas placas ou cartazes com símbolos de perigo na porta de


entrada.

As embalagens devem ser colocadas sobre estrados, a fim de evitar o contato


com o piso. Além disso, o piso deve ser cimentado e o telhado resistente e
sem goteiras, para permitir que o depósito fique sempre seco.

As instalações elétricas devem estar em bom estado de conservação


para evitar curto-circuito e incêndios, devendo passar por inspeções
periodicamente.

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É preciso manter os produtos inflamáveis em local ventilado, protegido


contra centelhas e outras fontes de ignição.

Não devem ser armazenados produtos fitossanitários com alimentos,


rações, sementes ou medicamentos. Além disso, esses produtos não devem
ser estocados além da demanda existente a curto prazo, como de uma safra
agrícola.

Devem ser armazenados separadamente por tipo (herbicidas, inseticidas,


fungicidas etc.), com parede de material incombustível e as pilhas de
embalagens devem ser estáveis e afastadas da parede e do teto.

Os produtos devem ser mantidos nas embalagens originais. Nunca


armazenar sobras em embalagens sem tampa, com vazamentos ou sem
identificação e deixar o rótulo e a bula do produto sempre visível ao usuário.

É preciso ter muito cuidado no armazenamento de defensivos agrícolas, a fim de evitar contaminação
no ambiente ou que cause danos à saúde do ser humano.

CUIDADO AMBIENTAL
Deve-se cuidar para que o depósito fique num local livre
de inundações e separados de fontes de água e de outras
construções, como residências e instalações para animais
(mínimo de 30 metros – NR 31).
Outro cuidado necessário é que, caso as embalagens dos
defensores químicos sejam rompidas, devem receber
sobrecapa, preferencialmente de plástico transparente,
para evitar que o produto vaze.

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A legislação brasileira determina que todas as embalagens rígidas de defensivos agrícolas devem
ser lavadas após o uso para evitar contaminação com produto residual. Além disso, os
procedimentos de lavagem, quando realizados durante a preparação da calda, evitam desperdício
do produto e reduzem riscos de contaminação do meio ambiente.

Lavar a embalagem é indispensável para a reciclagem


posterior do produto e deve ser feita conforme norma
específica (NBR 13.968) da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).

A norma prevê dois tipos de lavagem: a tríplice lavagem e lavagem sob pressão. Vamos conhecer
um pouco mais sobre cada um?

Tríplice lavagem
Como o próprio nome diz, a tríplice lavagem consiste em enxaguar três vezes a embalagem vazia,
de acordo com os seguintes passos:

1. Esvaziar totalmente a embalagem.


2. Encher a embalagem com água limpa até ¼ de seu volume (25%).
3. Recolocar a tampa e fechar com firmeza. Agitar bem o recipiente em todos os sentidos durante
cerca de 30 segundos para dissolver qualquer resíduo do produto que tenha aderido à superfície
interna da embalagem.
4. Despejar a água de enxágue dentro do tanque do equipamento de aplicação, com cuidado para
não espirrar. A embalagem deve ficar sobre a abertura do tanque por aproximadamente mais 30
segundos, para que todo o conteúdo escorra.
5. Repetir esses procedimentos mais duas vezes.
6. Inutilizar a embalagem. Para isso, basta perfurar seu fundo com um objeto pontiagudo.

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Lavagem sob pressão


Nesse sistema, a embalagem é encaixada no funil do pulverizador e a bomba do próprio equipamento
gera a pressão para pressionar o bico de lavagem. A água limpa utilizada no processo é captada de
um tanque extra, que pode ou não estar integrado ao equipamento. Os passos são os seguintes:

1. Esvaziar totalmente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador.


2. Encaixar a embalagem vazia no local apropriado do funil instalado no pulverizador.
3. Adicionar o mecanismo para liberar o jato de água.
4. Direcionar o jato de água para todas as paredes internas da embalagem por 30 segundos.
5. Transferir a água de lavagem para o interior do tanque do pulverizador.
6. Inutilizar a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.

Depois de lavar as embalagens, o agricultor deve armazená-las com suas tampas, rótulos e caixas
em um lugar adequado, separadas por tipo.

Fique atento! As embalagens vazias devem ser devolvidas na unidade


de recebimento indicada pelo revendedor no corpo da nota fiscal até o
prazo de um ano após a compra. Já as embalagens com sobra de produto
devem ser devolvidas até seis meses após o vencimento.

O agendamento da devolução pode ser feito eletronicamente.

SAIBA MAIS
Para obter instruções para agendamento, acesse o site:
http://agendamento.inpev.org.br/Page/Home.aspx

Para saber mais sobre o passo a passo das lavagens, acesse o


site do inpEV:
https://www.inpev.org.br/logistica-reversa/passo-a-passo-
destinacao/

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A preparação das embalagens para a devolução também requer alguns cuidados, conforme o tipo.
Entenda mais sobre estes cuidados a seguir.

É preciso tomar os devidos cuidados para que não ocorra nenhuma intercorrência na aplicação e
no descarte dos herbicidas.

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AULA 4 – USO RESPONSÁVEL DE DEFENSIVOS


AGRÍCOLAS

Usar defensivos agrícolas de modo


racional e responsável é muito
importante para que se possa ter
alimentos saudáveis, em abundância
e o país manter o índice de baixo
consumo desses insumos. Assim,
os defensivos agrícolas precisam
ser aplicados com racionalidade e
responsabilidade.

Veja as duas condições que são imprescindíveis:

O receituário agronômico
Prevê o uso racional do defensivo agrícola através da prescrição
da receita pelo engenheiro agrônomo e boa orientação para o
uso do insumo.

O destino ambientalmente correto das embalagens dos defensivos


agrícolas.
O Brasil conta com o Instituto Nacional de Processamento
de Embalagens Vazias (inpEV), como vimos no item
anterior.

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SENAR | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO VEGETAL

A exigência da receita agrônomica6 impede que os produtores adquiram os defensivos livremente,


sendo também um documento técnico em que o profissional determina objetivamente como o
produto deverá ser utilizado.

SAIBA MAIS
Para utilização de um defensivo agrícola na propriedade,
o produtor deve consultar um engenheiro agrônomo que
receitará os produtos apropriados para a cultura. Com o
receituário agronômico, o produtor deve seguir todas as
orientações prestadas pelo profissional na receita agronômica
e as orientações na bula e no rótulo do produto utilizado.
As aplicações devem ser executadas apenas por pessoas
capacitadas e treinadas, segundo a NR 31.8.
Veja no link: http://ead.senar.org.br/lms/webroot/uploads/
senar/conteudos/149/anexos/RIS2_Modulo02.pdf

Para realizar uma aplicação dos defensivos agrícolas, devemos tomar alguns cuidados. Veja a seguir
quais são eles.

Os equipamentos de aplicação
de defensivos agrícolas devem
ser regularmente revisados e
Não aplicar em horários calibrados, ou usados no momento
muito quentes, nem com certo e com mão de obra treinada.
ventos fortes ou com
chuva intensa.
É obrigatório monitorar
as condições ambientais
e ajustar o equipamento
de aplicação para evitar
o vazamento de deriva
para fora da cultura.

6. Acesse o link a seguir e analise a legislação que trata sobre este tema: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7802.htm

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SENAR | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO VEGETAL

É preciso ter precaução, pois os defensivos agrícolas são prejudiciais à saúde humana e, se aplicados
ou manuseados indevidamente, podem se tornar problema de saúde pública.

CUIDADO AMBIENTAL
Para melhorar a qualidade, a eficiência e reduzir o
desperdício de produtos e contaminação do ambiente,
os pulverizadores devem ser periodicamente calibrados,
utilizando-se equipamentos e métodos reconhecidos
internacionalmente.

O preparo da calda pode ser realizado pela adição direta do produto no tanque, ou por meio
de pré-diluição. Quando são utilizados produtos na formulação líquida, podem ser adicionados
diretamente no tanque com a quantidade da água desejada.

Para produtos na formulação de pó molhável, é recomendado fazer pré-mistura, seguindo as


etapas:

• Dissolver o produto em pequena quantidade


de água, agitando até a completa suspensão do
produto.
• Despejar a suspensão no tanque, contendo
aproximadamente dois terços do volume de
água a ser utilizada. Após, completar o volume.
Quando usado mais de um produto, deve ser
seguida a recomendação para cada produto,
individualmente. Em alguns casos, a associação
de produtos permite a redução de dosagens
destes.

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SENAR | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO VEGETAL

No entanto, alguns cuidados devem ser tomados no momento da preparação da calda e da


aplicação do produto, como vamos conferir a seguir:

Segurança pessoal
• O manejo e a aplicação dos defensivos agrícolas devem ser realizados
única e exclusivamente por pessoal devidamente qualificado.
• Sempre utilizar equipamento de proteção individual (EPI). Em caso
de contaminação dos equipamentos, devem ser substituídos
imediatamente.
• Não trabalhar sozinho quando manusear produtos tóxicos. Porém
não permitir a presença de crianças e pessoas estranhas ao local de
trabalho.
• Evitar inalação, respingo e contato com os produtos. Não beber,
comer ou fumar durante o manuseio e a aplicação dos tratamentos.
• Guardar os EPI separados da roupa comum para evitar contaminação.
As botas, as luvas e a viseira devem ser enxaguadas com água
abundante após cada uso.
• A NR 31.8 define as obrigatoriedades no uso de defensivos quando
existe a relações trabalhistas empregador-empregado. Entretanto,
é recomendado que, mesmo não havendo essa relação formal,
principalmente nos casos das propriedades familiares, todas as
recomendações sejam seguidas, visando a segurança e saúde do
aplicador.

Local
• Preparar o produto em local fresco e ventilado, nunca ficando à
frente do vento.

Embalagem
• A embalagem deverá ser aberta com cuidado para evitar derramamento
do produto. Preparar somente a quantidade de calda necessária à
aplicação a ser consumida numa mesma jornada de trabalho.
• Fazer a lavagem da embalagem vazia logo após o esvaziamento
da embalagem, longe de locais que provoquem contaminações
ambientais e causem riscos à saúde das pessoas.
• Verificar se todas as embalagens usadas estão fechadas e guardar no
depósito.

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SENAR | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO VEGETAL

Água
• Utilizar sempre água limpa para preparar a calda e evitar o entupimento
dos bicos do pulverizador.
• Verificar o pH da água e corrigir caso necessário, seguindo as
instruções do fabricante do defensivo agrícola que será aplicado.

Pulverização
• Evitar pulverizar nas horas mais quentes do dia, contra o vento e em
dias de vento forte ou chuvosos. Além disso, não aplicar produtos
próximos à fonte de água, riachos, lagos etc.
• Lavar o equipamento e verificar o funcionamento após cada dia de
trabalho.
• Fazer a revisão e a manutenção periódica nos pulverizadores,
substituindo as mangueiras furadas e bicos com diferenças de vazões
acima de 10%.
• Ler o manual de instruções do fabricante do equipamento e saber
como calibrar corretamente.

Primeiros socorros
É importante conhecer as instruções dos primeiros socorros do rótulo
ou da bula do produto. Além disso, caso alguém seja contaminado, dê
um banho na pessoa e encaminhe a um hospital. Depois, ligue para o
telefone de emergência do fabricante, informando o nome e a idade do
paciente, o nome do médico e o telefone do hospital.

Após a aplicação dos defensivos na área, você deverá ficar atento ao intervalo de segurança
necessário para nova entrada na área. O período de carência vem escrito na bula do produto e
o prazo é importante para garantir que o alimento colhido não tenha resíduos acima do limite
máximo permitido para consumo.

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SENAR | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO VEGETAL

SAIBA MAIS
Para mais informações sobre o uso correto e seguro dos
agrotóxicos, veja o material da coleção SENAR no link a seguir:
h t t p s : / / w w w. c n a b r a s i l . o r g . b r / a s s e t s / a r q u i v o s / 1 5 6 -
AGROTOXICOS.pdf

É preciso estar atento à forma de aplicação, armazenamento e quantidade de aplicação dos


defensivos agrícolas no cultivo.

IMPORTANTE
A comercialização de produtos agrícolas com resíduo
acima do limite máximo permitido pelo Ministério
da Saúde é ilegal. A colheita poderá ser apreendida e
destruída. Além do prejuízo da colheita, você ainda
poderá ser multado e processado.

Após usar os defensivos, é preciso que você deixe tudo registrado. Vamos conferir como registrar
corretamente?

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AULA 5 – REGISTRO DA UTILIZAÇÃO DE


DEFENSIVOS – INSTRUÇÃO CONJUNTA
(MAPA/ANVISA) 02/2018

Uma solução estratégica para o


controle das atividades realizadas
diariamente no campo é um
caderno de campo. Além de facilitar
a visualização de erros e acertos
para uma tomada de decisão mais
efetiva, também é fundamental
para melhorar o desempenho das
atividades agrícolas.

IMPORTANTE
Anotar as atividades diárias no caderno de campo traz
eficiência no processo de rastreabilidade e colabora com
a produção segura dos alimentos.

Para fazer a gestão da produtividade agrícola, é preciso começar a registrar os dados no caderno de
campo e analisá-los posteriormente. Além disso, é necessário que o produtor atenda a legislação
aliado às boas práticas agrícolas. Confira o que deve ser anotado no seu caderno de campo:

Identificação da parcela na qual foi realizada a aplicação de defensivo,


data e horário da aplicação; nome da doença, praga ou planta espontânea
alvo da aplicação.

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Nome comercial do produto utilizado, período de segurança, dosagem


do defensivo utilizado e volume de calda.

Também anotar o equipamento utilizado para realização da aplicação


e outras observações que o produtor julgar necessárias para maior
esclarecimento dos métodos de controle fitossanitário utilizados durante
o processo produtivo em sua propriedade.

Essas anotações podem ser feitas no formato de tabela e você também deverá guardar as notas
fiscais da compra de insumos e receituários agronômicos por um período de 18 meses após o
tempo de validade ou de expedição dos produtos vegetais frescos. Confira o exemplo do sistema
de rastreabilidade para o seu caderno de campo e pós-colheita.

Nome da Nome Período de


Parcela Data da Equipamento Dosagem Volume de
Hora doença ou comercial do carência Justificativa Observação
nº aplicação (tipo) (g ou ml) calda (L/ha)
praga produto (dias)

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SENAR | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO VEGETAL

Existem informações obrigatórias para algumas culturas específicas que devem ser registradas
no caderno de campo. Essas informações são descritas nas Normas Técnicas Específicas para
Produção Integrada para cada cultura. Encontre as NT pelo site do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA).

SAIBA MAIS
Para saber mais sobre as Normas Técnicas Específicas, acesse
o link:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/
sustentabilidade/producao-integrada/normas-tecnicas

Quanto conteúdo aprendemos até aqui, não é mesmo?! No próximo módulo, vamos entender
sobre a colheita. Mas antes analise a atividade de aprendizagem.

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SENAR | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO VEGETAL

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

ATENÇÃO
No AVA, você será desafiado a responder às atividades
de aprendizagem em formato de um jogo. Lembre-
se de que você só desbloqueará o próximo módulo
depois que finalizá-lo.
As atividades são de extrema importância para a
sua autoavaliação sobre o uso de boas práticas na
produção vegetal!

1. Fernando produz manga Palmer em 15 hectares localizados em Jaíba, Minas Gerais.


Durante o mês de março, na fase inicial de colheita, o produtor percebeu a presença
de mosca-das-frutas em seu pomar. Bastante preocupado com os possíveis danos
ocasionados pelo inseto, imediatamente fez a aquisição de um inseticida, seguiu as
orientações estabelecidas na bula do produto, realizou a aplicação do defensivo,
respeitando o período de carência e fez o registro do uso no caderno de campo, mas não
guardou a nota fiscal da compra do produto e o receituário agronômico.

Marque a alternativa correta em conformidade com o preconizado com a Instrução


Conjunta (MAPA/Anvisa) 02/2018, e com as Boas Práticas Agrícolas.

a) Apesar de não guardar a nota fiscal da compra do defensivo, o produtor Fernando está
em conformidade com a normativa, pois fez anotações do uso no caderno de campo e era
uma medida emergencial.

b) O produtor Fernando utilizou o Manejo Integrado de Pragas e agiu corretamente


comprando um inseticida sem verificar o nível populacional de moscas-das-frutas em seu
pomar, pois estava na fase inicial de colheita.

c) O produtor está em conformidade com as Boas Práticas Agrícolas, pois realizou aplicação
de inseticida na área de produção de manga seguindo a recomendação descrita na bula do
defensivo.
d) Para atender a Instrução Conjunta (MAPA/Anvisa) 02/2018, o produtor deveria fazer o
registro do uso de defensivo no caderno de campo e guardar a nota fiscal da compra do
produto e o receituário agronômico.

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2. O produtor Fabiano optou em implementar o Manejo Integrado de Pragas (MIP) em


sua propriedade e uma das alternativas para reduzir o uso de defensivo no combate de
pulgão no cultivo de alface foi utilizando o controle biológico. Essa técnica consiste em:

a) Utilizar uma determinada espécie para combater uma praga.

b) Preparar o solo com técnicas agrícolas que envolvem o adubo verde.

c) Contaminar o solo com uma substância industrializada para combater especificamente


as pragas.

d) Aumentar a dosagem da adubação, acreditando que as plantas estarão resistentes ao


ataque dos pulgões.

3. O produtor Silvio cultiva banana no estado da Bahia. Em sua área de produção, ele utiliza
fungicida para controlar a presença de doenças fúngicas. Após utilizar todo o defensivo
da embalagem, o produtor lava as embalagens do defensivo, realizando a tríplice lavagem
e as entrega na cooperativa de reciclagem de sua região. Marque a alternativa correta
sobre o texto acima.

a) O produtor Silvio está correto, pois realizou a lavagem das embalagens antes de entregá-
las na cooperativa.

b) O produtor Silvio está correto, pois não misturou as embalagens com o lixo comum e
enviou para o lixão da sua cidade.

c) O produtor Silvio está correto, pois realizou a tríplice lavagem nas embalagens vazias de
defensivos agrícolas e pode entregá-las na cooperativa de reciclagem.

d) O produtor Silvio agiu de maneira errada, pois, mesmo fazendo a tríplice lavagem, não
pode entregar as embalagens vazias na cooperativa de reciclagem.

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