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ANÁPOLIS – 2019
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Banca Examinadora
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RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo a análise do tráfico de órgãos no Brasil o abordando de
acordo com a Lei 9434 de 1997, denominada Lei de Transplantes. Sendo está temática de
suma importância para nosso país, devido a diversas ocorrências de práticas deste crime e
a dificuldade de combatê-lo. O primeiro capítulo enfatiza o tráfico em sua conceituação e
também na forma que se ocorre no Brasil, violando os princípios fundamentais a vida,
levando o ser humano a condições miseráveis. O segundo aborda propriamente a lei de
transplantes, onde busca analisar especificamente as condutas relacionadas ao tráfico,
tratando das evoluções e reformas da lei e seus fundamentos para criminalização. E por fim,
o terceiro capítulo destacará as formas de combate ao comércio de órgãos, analisando
algumas jurisprudências, também levando em consideração melhores medidas para conter
tal crime, principalmente com a cooperação entre governos.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 01
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 32
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 34
1
INTRODUÇÃO
O segundo capítulo faz uma análise mais abrangente sobre a Lei 9434 de
1997, chamada Lei dos Transplantes, que ao criminalizar as condutas relacionadas
ao tráfico, está em consonância com a Constituição Federal. Tendo também como
destaque a evolução da legislação brasileira sobre o tema e os fundamentos para a
criminalização do Tráfico de Órgãos.
1.1 Conceitos
Conforme aduz Silva (2017, p. 05) que o crime de tráfico de órgãos ocorre
diante de vários fatores, podendo ressaltar a falta de órgãos para atender a
demanda que requer o sistema de saúde e a falta de informação como os mais
relevantes, conforme descrito abaixo:
conforme descreveu Silva (2016, p. 06) que ressaltou algumas das possibilidades:
penas do crime tipificado no artigo 211 do Código Penal, qual seja, no crime de
destruição, subtração ou ocultação de cadáver. Outrossim, a lei supracitada
estabelecia pena de detenção de 01 a 03 anos (art. 11), para aqueles que
cometessem infrações quanto a retirada dos órgãos. Assim, notável a posição do
legislador da época ao vedar indiretamente o comércio de órgãos, já que o texto da
lei é claro ao dispor da essencialidade gratuita da disposição do próprio corpo
(OLIVEIRA, 2014).
situações que confrontam o princípio ético que reveste o ser humano na sua
dignidade e desprestigiam a própria raça humana (OLIVEIRA, 2014).
ocorrer por exemplo, durante uma cirurgia, ou até por atos de crueldade contra a
própria vontade do ofendido ou com seu consentimento. Já no caso do tráfico post
mortem, ocorre após a morte da vítima (BUONICORE, 2011).
Combater este flagelo não é tarefa fácil, devendo ser uma atividade
inteligente, começando por desestabilizar o poder econômico de
uma organização ou associação criminosa, pois sem dinheiro elas
não têm como se propagar. Em segundo lugar, é preciso integrar
todos os órgãos estatais (Federal, Estadual e Municipal), com o
intuito de combate preventivo e repressivo a esta modalidade
criminosa, devendo-se trabalhar de maneira harmônica e integrada, e
não "cada um por sua conta", como acontece atualmente. Deve
existir ainda, uma cooperação internacional contra essa "epidemia",
pois se trata de um problema mundial, onde diversos países estão
enfrentando dificuldades ao combate.
CONCLUSÃO
Nota-se que novas medidas devem ser tomadas, para que de fato sejam
penalizados os infratores e seja cumprida a lei, não sendo possível resolver esses
problemas a curto prazo, se faz necessário que o governo, por meio das
associações responsáveis, elabore e promova melhores metas e medidas, como
como a doação de órgãos post mortem, pois somente tratando com seriedade este
problema teremos resultados mais eficazes para pelo menos minimizar o tráfico de
órgãos. Realizando não somente políticas repressivas, mas também elaborando
políticas preventivas.
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