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CAPÍTULO 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica

Capítulo 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica


4.1. Introdução
A Perspectiva Cilíndrica Ortográfica é resultado da projeção de objetos tridimensionais
segundo as regras do chamado Sistema Mongeano. Tal sistema tem como arcabouço teórico a
Geometria Descritiva, que é considerada a parte da matemática que tem como finalidade
“representar no plano as figuras do espaço, de modo a podermos, com o auxílio da Geometria Plana,
estudar suas propriedades e resolver os problemas relativos às mesmas” (MACHADO, 1976, p. 11).

Dessa maneira foi possível expressar, comunicar,


antecipar e resolver problemas relativos aos objetos reais,
de diversas áreas do saber que trabalham e estudam a
forma, através do desenho antes mesmo que esses
objetos fossem construídos. Tal fato trouxe um
significativo aumento na eficiência dos processos
produtivos na Europa estimulando tanto a Engenharia
Militar quanto a Revolução Industrial.
Gaspard Monge, cuja foto aparece na figura 4.1, é
considerado o criador da Geometria Descritiva e grande
teórico da Geometria Analítica. Ele viveu na França entre
os anos de 1746 e 1818, era uma pessoa que gostava das
ciências exatas (física, matemática e geometria) e que
possuía o que chamamos atualmente de inteligência
espacial, ou seja, ele facilmente visualizava relações
http://www.sciencephoto.com/ espaciais complexas. Foi um dos fundadores da Escola
Fig. 4.1
Politécnica Francesa e também lecionou na Escola Militar
Meziéres, tornando-se um acadêmico de renome.

Como também era um cidadão engajado politicamente, logo sua inteligência contribuiu para a
Engenharia Militar. Como militar criou um método baseado na aritmética e nessas operações
espaciais que tornou a artilharia francesa muito mais eficiente. A mudança foi tão significativa que
seu método foi considerado segredo de Estado durante anos. Em seus estudos, Monge acabou por
elaborar o arcabouço teórico que possibilitou o avanço bélico francês. Outro exemplo de sua
contribuição foi durante a Revolução Francesa quando houve a necessidade de se produzir uma
grande quantidade de canhões e de pólvora num curto espaço de tempo. Monge liderou a produção
e acabou elaborando um boletim, chamado "A Arte da Fabricação do Canhão", o qual se tornou o
manual das fábricas. Nesse boletim e ele traduziu seu raciocínio espacial do ambiente militar e
estratégico para o ambiente da produção de produtos em larga escala. Hoje, podemos dizer que ele
criou uma linguagem gráfica universal, a linguagem do desenho técnico. Essa linguagem possibilitou a
transmissão de informação sobre objetos tridimensionais com a precisão necessária para a execução

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dos mesmos. De fato, a linguagem Mongeana permitiu que fábricas fossem estruturadas não só na
França, mas ao redor do mundo e que os produtos deixassem de ser fabricados nos quintais dos
artesãos e passassem a ser produzidos em larga escala.

4.2. Caracterização da Perspectiva Cilíndrica Ortográfica


Nos capítulos anteriores vimos que as representações de objetos em perspectiva se
diferenciam em função de dois aspectos:
1. Posição do ortoedro de referência em relação ao plano de projeção, e;
2. Tipo de projeção.
No caso da Perspectiva Cilíndrica Ortográfica, o objeto é projetado em pelo menos dois planos
de projeção, diferentemente da Perspectiva Cilíndrica Cavaleira e do Desenho Isométrico, onde a
projeção é realizada somente em um plano de projeção. Por essa razão o Método Mongeano
também é chamado de “Método da Dupla Projeção Ortogonal”.
É possível afirmar ainda que:
§ a posição do ortoedro de referência em relação a cada um dos planos de projeção é a
seguinte: pelo menos uma das faces do ortoedro de referência tem que estar paralela
ao plano de projeção, e;
§ o tipo de projeção da Perspectiva Cilíndrica Ortográfica é a CILÍNDRICA ORTOGONAL,
o que significa que o observador está localizado a uma distância que tende ao infinito,
o que, por sua vez, tem como consequência o fato das retas projetantes serem
paralelas entre si.
O método desenvolvido por Monge consiste, primeiramente, na divisão do espaço por meio
de dois planos de projeção, um vertical e outro horizontal. Fazendo uma analogia às linhas
imaginárias do Planeta Terra é como se o plano horizontal passasse exatamente na Linha do Equador
dividindo o espaço em dois semiespaços, um meridional ou sul e outro setentrional ou norte, como
aparece na figura 4.2. E da mesma maneira, o plano vertical passasse no meridiano de Greenwich. A
figura 4.3 mostra este plano dividindo e o espaço em dois semiespaços, um oriental ou leste e outro
ociental ou oeste.

Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meridiano Fonte:http://meioambiente.culturamix.com/noticias/his
s-e-paralelos/meridianos-e-paralelos.php toria-do-meridiano-de-greenwich
Fig. 4.2 Fig. 4.3

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Os dois planos juntos dividem o espaço em quatro semiespaços, chamados de diedros (“di” de
dois e “edros” de planos) os quais são enumerados e organizados como mostra a figura 4.4. Cada
diedro consiste no espaço existente entre dois semiplanos. A linha de encontro ou interseção do
Plano Horizontal com o Plano Vertical chama-se Linha de Terra ou, simplesmente, LT.

Fonte:http://www4.faac.unesp.br/pesquisa/hyperg
eo/monge.htm>acessado em 5 de outubro de
2014> Fig. 4.5
Fig. 4.4
Em seguida, Monge posicionou o objeto a ser representado num dos diedros – geralmente
sem tocar em nenhum dos planos de projeção – e, assim, realizou a projeção ortogonal de todos os
pontos desse objeto nos planos de Projeção Vertical e Horizontal, ver figura 4.6.

A figura 4.6 traz uma nova nomenclatura


para os planos de projeção e para as distâncias
entre o objeto e os planos de projeção, as quais
também serão adotadas ao longo dessa apostila:
(1) o plano de projeção horizontal será chamado
de plano π1 e o plano de projeção vertical será
chamado de plano π2, (2) já a distância entre
qualquer ponto do objeto e o plano π1, é
chamada de cota, e a distância entre o objeto e o
plano π2, é chamada de afastamento. A figura
também mostra que a cota fica registrada no
Fig. 4.6 plano de projeção vertical e que o afastamento
fica registrado no plano de projeção horizontal.

Tomando como exemplo a face frontal do objeto contido na figura 4.5, que é perpendicular
ao plano de projeção horizontal é possível perceber (1) que as arestas AB e DC têm projeções em
forma de segmento de reta no plano π1, (2) que a aresta AD foi reduzida a um ponto também no

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plano π1, (3) que o mesmo ocorreu para a aresta BC. Resumindo, todos os pontos contidos nessa face
foram projetados no plano π1 sobre o mesmo segmento de reta, ou seja, por ter arestas paralelas ou
perpendiculares à π1, tal face aparece reduzida a um segmento de reta quando projetada.
Analisando a mesma face, agora em relação ao plano π2, é possível afirmar (1) que ela é
paralela a tal plano de projeção, (2) que todas as arestas foram projetadas de forma que foram
mantidas suas medidas lineares, (3) que os ângulos entre as arestas ao serem projetados também
mantiveram suas grandezas e que, portanto, tal face foi projetada em VG.
As outras faces do objeto também são projetadas de modo que todo o objeto seja
representado nos planos de projeção. No exemplo acima o objeto tem forma de caixa, porém a
Perspectiva Cilíndrica Ortográfica pode representar qualquer objeto, desde um parafuso até um
arranha-céu.
Dando continuidade ao raciocínio gráfico de Monge, cujo objetivo era obter a representação
do objeto, que é tridimensional, em duas dimensões, foi necessário fazer o plano horizontal girar de
modo que ele coincidisse com o plano vertical. Com essa operação, Monge criou o que ele chamou
de Épura, definindo-a como sendo a representação de um objeto por suas projeções. Na épura é
possível visualizar as três dimensões do objeto, utilizando-se apenas duas dimensões como mostra a
figura 4.6.

Fig. 4.6

4.3. Observador, Objeto e Planos de Projeção


Como já foi dito, um objeto terá suas projeções horizontais e verticais, independente do
diedro no qual está localizado. No primeiro capítulo dessa apostila, foram estudados os elementos
que compõem um sistema de projeção. Abaixo estão relacionados os principais elementos de um
sistema de projeção:
1) Observador: como se trata de um sistema cilíndrico o observador está no infinito;
2) Objeto: pode ser um objeto com quaisquer dimensões. É possível representar um objeto
existente ou mesmo um objeto que está no plano das ideias;
3) Planos de projeção: os principais planos de projeção são o Vertical e o Horizontal, no entanto,
mais adiante veremos que podemos utilizar outros planos para obter mais vistas do objeto.

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Tais elementos adquirem diferentes posições um em relação ao outro, considerando cada


diedro, mas existe um princípio básico que é respeitado em todas as projeções: o objeto sempre deve
estar entre o observador e o plano de projeção.

4.3.1. Primeiro e Terceiro Diedros

No primeiro diedro, a face frontal do objeto, projeta-se no plano vertical superior e a face
superior projeta-se no plano horizontal anterior, como mostra a figura 4.7. Dessa maneira, a ordem
dos elementos da projeção é a seguinte: OBSERVADOR à OBJETO à PLANO DE PROJEÇÃO.
Outra consequência do posicionamento do objeto no primeiro diedro é que cotas e
afastamentos são positivos. É por essa razão que a maioria das representações se faz localizando-se o
objeto no primeiro diedro. Em épura tem-se a face frontal representada acima da linha de terra e a
face superior representada abaixo da mesma linha, resultando no que mostra a figura 4.8.

Fonte: http://www4.faac.unesp.br/pesquisa/ Fonte: http://www4.faac.unesp.br/pesquisa/


hypergeo/monge.htm hypergeo/monge.htm
Fig. 4.7 Fig. 4.8

Fonte: http://www4.faac.unesp.br/pesquisa/ Fonte: http://www4.faac.unesp.br/pesquisa/


hypergeo/monge.htm hypergeo/monge.htm
Fig. 4.9 Fig. 4.10

Quando o objeto é localizado no terceiro diedro, como mostrado pela figura 4.9, ele passa a não
mais estar entre o observador e o plano de projeção. A ordem dos elementos da projeção passa a ser
a seguinte: OBSERVADOR à PLANO DE PROJEÇÃO à OBJETO.
Essa mudança faz com que a face frontal do objeto, seja projetada no plano vertical inferior e
a face superior é projetada no plano horizontal posterior. Quando se faz o rebatimento do plano
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horizontal sobre o vertical para obter a épura teremos – agora diferente do que ocorre no primeiro
diedro – a face frontal abaixo e a face superior acima da Linha de Terra.

4.3.2. Segundo e Quarto Diedros

No Desenho Técnico, o segundo e o quarto diedros não são utilizados porque quando fazemos
a rotação do plano horizontal sobre o plano vertical para obter a épura, as projeções ficam
sobrepostas, o que dificulta o entendimento da representação do objeto. Observe as figuras abaixo.

Fonte: http://www4.faac.unesp.br/pesquisa/ Fonte: http://www4.faac.unesp.br/pesquisa/


hypergeo/monge.htm hypergeo/monge.htm
Fig. 4.11
Fig. 4.12

Fonte: http://www4.faac.unesp.br/pesquisa/
hypergeo/monge.htm Fonte: http://www4.faac.unesp.br/pesquisa/
Fig. 4.13 hypergeo/monge.htm
Fig. 4.14

4.3.3. Sistemas Alemão e Americano

A organização da apresentação das vistas apresentada estudada no item anterior é resultado


do diedro escolhido para posicionar o objeto. No caso da organização trazida na figura 4.22, o objeto
está posicionado no primeiro diedro, ou seja, a ordem dos elementos da projeção é a seguinte:
OBSERVADOR à OBJETO à PLANO DE PROJEÇÃO (ver itens 4.3.2 e 4.3.2). Quando isso acontece diz-
se que o sistema de apresentação das vistas adotado foi o Sistema Alemão ou Europeu.

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Esse sistema difere do Sistema Americano


exatamente no que diz respeito ao diedro
escolhido para posicionar o objeto. No Sistema
Americano o objeto fica no terceiro diedro.
Dessa forma, a ordem dos elementos da
projeção é: OBSERVADOR à PLANO DE
PROJEÇÃO à OBJETO. Tal fato resulta numa
apresentação diferente para as vistas
mongeanas, a qual está ilustrada na figura 4.24.
É possível perceber que a vista (LD) está à direita
da vista (F), a (LE) está à esquerda, a vista (S) está Fig. 4.24
acima da (F) e a vista (I) está abaixo da vista (F).

No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que regula todo tipo de
padronização não só para a área da Geometria e do Desenho Técnico, como também para outras as
áreas do conhecimento, adota o Sistema Alemão. No entanto, ela admite a utilização do Sistema
Americano em determinadas áreas do conhecimento. O Sistema Alemão, também conhecido como
Sistema Europeu, tem maior abrangência se comparado com o Sistema Americano de apresentação
das vistas. A representação do objeto no terceiro diedro é mais rara, sendo utilizada, sobretudo, na
Inglaterra e nos Estados Unidos.

4.4. As Seis Vistas


Uma única projeção ortogonal de um objeto não é suficiente para se entender o objeto por
completo. Comparando as figuras 4.15 e 4.16, se percebe que os objetos são diferentes. Na primeira
figura se tem um cubo, já na segunda um prisma. No entanto, as projeções das faces frontais das
peças, ou seja, as projeções verticais são iguais.

Fig. 4.15 Fig. 4.16

Caso somente a projeção vertical desses objetos estivesse disponível se teria somente as
dimensões de altura e largura. Dessa maneira, não seria possível identificar a dimensão do
comprimento. Consequentemente, não se teria o entendimento correto das peças.
Na medida em que outras faces da peça são projetadas é possível visualizar outras dimensões
do objeto. As figuras 4.17 e 4.18 trazem a projeção da face superior das peças, o que por
consequência fazem as dimensões de largura e de comprimento serem mostradas.
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Fig. 4.17 Fig. 4.18

Com as projeções das faces frontal e superior dos objetos se teriam visualizadas as três
dimensões da peça (largura, altura na face frontal e largura e comprimento na face superior). Dessa
maneira, muitas peças já podem ser definidas, como é o caso das peças das figuras 4.17 e 4.18. Por
essa razão essas duas projeções são chamadas de projeções básicas do Sistema Mongeano.
Entretanto, muitas vezes as duas projeções básicas não são suficientes para o entendimento
de alguns objetos. Sendo necessárias outras projeções. A figura 4.19, mostra épuras de um mesmo
objeto e os desenhos isométricos das possíveis interpretações dessas épuras.
Na primeira linha da figura abaixo se percebe que apenas uma das vistas é conhecida. Nesse
caso, são possíveis pelo menos três interpretações do objeto, como mostram as figuras da linha 1,
colunas A, B e C. Todas essas figuras podem ser a figura dada na épura 1.
Quando são fornecidas duas vistas, épura 2, a figura da coluna C é descartada, pois se vê que
a vista superior não é compatível com a vista superior de um cilindro. Mesmo assim, ainda se tem
duas possibilidades, os objetos das colunas A e da coluna B.
Para que se possa ter certeza de que objeto se trata, mais uma vista tem que ser dada. Tem-
se, então, a épura 3, que traz as vistas (F), (S) e (LD). Com tais informações é possível afirmar que o
objeto tratado é o que está representado na coluna B.

Épuras A B C

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Fig. 4.19

Para realizar a projeção de todas as seis possíveis faces do ortoedro de referência que envolve
um objeto no espaço, se faz uso de outra técnica que é a da caixa imaginária de projeção. Diferente
do já conhecido ortoedro de referência, a caixa imaginária de projeção não fica totalmente ajustada
ou “colada” ao objeto, de forma que seja o menor ortoedro que envolva todas as faces do objeto.
Pelo contrário, o objeto é posicionado no interior da caixa imaginária de projeção de maneira que
haja certo afastamento entre suas faces e as faces da caixa como aparece na figura 4.20.
Após o posicionamento do objeto dentro da caixa imaginária de projeção se procede com a
representação de cada uma das faces do objeto em cada uma das faces da caixa, ou seja, as faces da
caixa imaginária de projeção funcionam como planos de projeção, e duas a duas funcionam como
diedros, observar a figura 4.20.

Fonte: DUARTE, 2008. Fonte: DUARTE, 2008.


Fig. 4.20 Fig. 4.21

Após as projeções, a caixa imaginária de projeção é aberta, como mostra a figura 4.21. Esse
movimento é o mesmo que Gaspard Monge fez ao fazer o plano horizontal coincidir com o plano
vertical, para assim criar a épura mongeana. No caso da figura analisada, após a abertura da caixa,
todos os planos envolvidos coincidiram com o plano vertical e, assim, tem-se as vistas mongeana de
todas as faces do objeto, ver figura 4.22. É possível perceber que as vistas ficam organizadas segundo
certa ordem, como mostra a figura 4.22. Esta ordem não é aleatória, ela é o resultado do processo de
obtenção das vistas como foi visto nas figuras 4.20, 4.21 e 4.22.
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Essa organização também deixa clara uma característica das vistas mongeanas, a relação
projetiva entre as faces, a qual se dá por meio das linhas de chamada, como mostra a figura 4.23. A
relação projetiva possibilita que as informações dimensionais de uma face auxiliem a construção de
outras. É exatamente essa relação que possibilita que operações gráficas sejam realizadas na épura,
isso porque elas registram as medidas lineares e angulares do objeto, bem como das distâncias entre
as arestas e os planos de projeção.

Fonte: DUARTE, 2008.


Fig. 4.22 Fig. 4.23

A vista FRONTAL (F) é considerada a principal vista da peça. É nela que, geralmente, ficam as
informações mais importantes. Tal vista representa a projeção obtida no plano vertical de projeção. A
figura 4.22 mostra que a esta face fica localizada aproximadamente no centro da épura. Esses dois
fatores, juntamente com a relação projetiva existente entre as faces, fazem com que ela seja
referência para a construção ou localização das outras. A vista SUPERIOR (S) se localiza abaixo da
vista frontal e a vista INFERIOR (I), se localiza acima. Seguindo o mesmo raciocínio a vista LATERAL
DIREITA (LD) fica à esquerda da vista frontal e a vista LATERAL ESQUERDA (LE) fica à direita da vista
frontal. A vista POSTERIOR (P) pode ficar ao lado das vistas laterais ou acima da vista inferior ou ainda
abaixo da vista superior. No exemplo dado na figura 4.22, a vista posterior está localizada ao lado da
vista lateral esquerda.

4.5. Os Eixos Coordenados

É interessante perceber que a interpretação ou leitura das informações trazidas pelo Sistema
Mongeano exige um pouco mais de abstração e de conhecimento gráfico, uma vez que
diferentemente do Desenho Isométrico ou da Perspectiva Cilíndrica Cavaleira, as informações sobre
as dimensões do objeto vêm separadas. Cada vista traz duas das três dimensões do objeto. A vista
FRONTAL, por exemplo, traz as medidas de largura (x) e de altura (z), já a vista SUPERIOR traz as
medidas de largura (x) e profundidade (y).
Da mesma maneira acontece com as outras vistas, ou seja, cada uma dela mostra apenas uma
combinação de duas dimensões:
· As vistas laterais mostram profundidades (y) e alturas (z);
· As vistas superior e inferior mostram profundidade (y) e largura (x);
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· As vistas frontal e posterior mostram largura (x) e altura (z).

A figura 4.25 traz ilustrados os eixos


coordenados com todas as combinações de
dimensões por face.
Para visualizar uma peça
representada no Sistema Mongeano é
preciso estabelecer um diálogo entre todas
as vistas mostradas. Somente assim, é
possível ter uma ideia da totalidade da peça.

Fig. 4.25

4.6. Visualização das Vistas Mongeanas e da Peça

A figura 4.26 mostra a representação de duas


superfícies distintas, identificadas pelos números 1 e
2. Nela é possível concluir que são duas superfícies
devido à presença da reta destacada. Tal reta pode
representar:
MUDANÇA DE PLANO 1. uma reta de interseção entre as superfícies 1 e
Fig. 4.26
2, ou;
2. uma terceira superfície perpendicular à
superfície 1 e à 2.
O que gera uma série de possíveis
interpretações para a peça, como mostra figura 4.27.
O fato é que a existência da linha na vista significa que
há uma mudança de plano na peça.
Para saber se a peça traz uma interseção entre
superfícies ou uma terceira superfície é necessário
que mais vistas sejam fornecidas, como foi discutido
no item 4.4 dessa Apostila. Dessa forma, é possível
fazer uma associação entre as vistas, bem como
utilizar a relação projetiva existente entre elas, para
definir a volumetria da peça.
Fig. 4.27

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A figura 4.28 traz a segunda vista a ser fornecida, nela estão indicadas por setas as superfícies
1 e 2 reduzidas a uma reta. Com essa vista já se tem mais informações sobre a peça. Sabe-se, por
exemplo, que não há superfícies curvas, o que descartaria algumas das possíveis interpretações da
peça presentes na figura 4.27.
Já a figura 4.29 traz as duas vistas associadas, tal fato facilita a interpretação das informações,
inclusive porque pelo próprio posicionamento das vistas já é possível afirmar que a vista da figura
4.26 é a vista (F), enquanto que a vista da figura 4.28 é a vista (S) ou ainda que a primeira é a vista (I)
e a segunda é a vista (F). O mais comum é que sejam fornecidas as vistas (F), (S), visto que essas são
as vistas que mostram as faces com mais detalhes da peça.

Fig. 4.28

3 3

Fig. 4.30 Fig. 4.29


1

A análise feita a seguir parte da interpretação de que a figura 4.29 traz as vistas (F) e (S). Tal
figura mostra a superfície número 1 em vista (F) e reduzida a uma reta na vista (S). Isso ocorre porque
essa superfície está posicionada de modo paralelo ao plano vertical e de modo perpendicular ao
plano horizontal (ver figura 4.30). O resultado desse posicionamento é que a superfície aparece em
VG na vista (F) e como uma reta paralela à linha de terra (LT) na vista (S). A superfície número 2
aparece do mesmo modo que a primeira superfície analisada, ou seja, em vista na vista (F) e como
uma reta na vista (S). No entanto, seu posicionamento em relação aos planos de projeção é
diferente. Ela está perpendicular ao plano horizontal, mas é oblíqua ao plano vertical (ver fig. 4.30). É
por essa razão que ela aparece inclinada em relação à LT na vista (S). No caso da superfície número 3,
é possível afirmar que ela está posicionada de maneira semelhante à superfície 1, porém nas vistas
contrárias, ou seja, ela é paralela ao plano horizontal e perpendicular ao plano vertical (ver fig. 4.30).
A interpretação de vistas mongeanas ocorre dessa maneira, ou seja, por meio da análise das
superfícies da peça em relação aos planos de projeção e da relação que elas estabelecem entre si.
Parece mais complicado do que é na realidade. O treino da visualização das vistas mongeanas e da
interpretação das peças ocorre através da resolução dos exercícios. Após a resolução de um bom
número deles, a análise acima se torna automática.
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CAPÍTULO 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica

4.7. A Escolha das Vistas

Quando utilizamos o Sistema Mongeano para representar um objeto, muitas vezes não
precisamos desenhar as seis vistas. O desenho de três vistas, usualmente as vistas (F), (S) e uma das
laterais, é suficiente para o entendimento de um objeto. Isso porque nessas três vistas podemos ver
a combinação dos três eixos coordenados, dois a dois. No entanto, a escolha dessas três vistas é
muito importante, pois elas devem mostrar o máximo de detalhes existentes no objeto. Se a escolha
das faces a serem mostradas não for eficiente, pode haver tanto a dúvida quanto à volumetria da
peça ou mesmo a interpretação incorreta da mesma.
Vejamos o exemplo abaixo: dadas as duas vistas mongeanas da figura 4.31 há várias
possibilidades de interpretação do objeto, como mostram as figuras 4.32, 4.33, e 4.34. Se forem
fornecidas somente tais vistas, não será possível definir qual a volumetria do objeto. Dessa maneira,
deve-se sempre procurar representar as vistas do objeto que mais claramente caracterizem-no. De
forma que não deixe margens para dúvidas na interpretação.

Fig. 4.34
Fig. 4.33
Fig. 4.32
Fig. 4.31

Como já foi mencionado nessa Apostila, geralmente são desenhadas três vistas de uma peça,
porém, há situações em que a interpretação continua indefinida, como mostram as figuras 4.35 e
4.36.

Fig. 4.35
Fig. 4.36
No caso das figuras acima, ter representado as vistas LD e LE não ajudou a interpretação da
volumetria da peça porque ambas são equivalentes, ou seja, não mostram nada diferente uma da
outra. Para resolver tal situação seria necessário representar outro conjunto de vistas.

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CAPÍTULO 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica

4.8. Desenhando as Primeiras Peças em Mongeano

O primeiro passo para desenhar é conhecer a convenção utilizada no Sistema Mongeano. Leia
atentamente o quadro abaixo com os tipos mais usados de linhas, suas representações e suas
funções no desenho técnico:

TIPO DE LINHA REPRESENTAÇÃO FUNÇÃO


Contínua Grossa Contornos visíveis e arestas visíveis.
Linhas de interseção imaginárias, linhas
de cotas, linhas de construção, linhas
Contínua Fina
de chamadas, hachuras e linhas de
centros curtas.
Contornos não visíveis e arestas não
Tracejada Grossa
visíveis

Fig. 4.37

Em seguida, é necessário identificar as medidas dos segmentos da peça nas direções das
arestas do ortoedro de referência utilizando os conhecimentos já adquiridos sobre perspectiva
cilíndrica cavaleira e desenho isométrico, como sugere a figura 4.37. Dando continuidade à
representação da peça, são desenhadas as Linhas de Terra (LT), as quais são representadas por duas
linhas ortogonais entre si. As LTs criam quadrantes dentro dos quais as vistas serão organizadas,
como aparece na figura 4.38.

Fig. 4.37 Fig. 4.38

O próximo procedimento consiste na escolha das vistas que serão projetadas. Em geral, são
desenhadas no Sistema Mongeano as mesmas faces que aparecem na Perspectiva Cilíndrica Cavaleira
ou no Desenho Isométrico, uma vez que se tem informações sobre elas, ou seja, não é preciso
presumir informações. No entanto, essa prática não é regra. É possível ter que projetar faces que não
estão sendo vistas. No exemplo mostrado as vistas escolhidas foram: (F), (S) e (LD), justamente as
que aparecem no desenho isométrico dado, ver figura 4.39. Na sequencia, as vistas são organizadas
nos quadrantes formados pelas LTs, de acordo com a ordem mostrada na figura 4.22, ver resultado
da organização das vistas na figura 4.40.

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CAPÍTULO 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica
z
LATERAL FRONTAL
DIREITA

SUPERIOR

Fig. 4.39 y

Fig. 4.40

Procede-se então para o desenho das vistas mongeanas da peça, deixando um espaço entre
as vistas e as LTs. Esse espaço deve ter, de preferência, entre 0,5 e 1 cm. Uma vez escolhida, essa
distância terá que se respeitada no desenho das outras vistas, tal fato mantém a relação projetiva
entre as vistas.
É possível começar o desenho por qualquer uma das vistas, no exemplo da figura 4.41, o
desenho começa pela vista (F). De acordo com que já foi estudado, a vista (F) como qualquer outra
vista, mostra duas das três coordenadas: a coordenada x (largura) e coordenada z (altura). O ponto A
da figura possui, então, as seguintes coordenadas [x; z] = [ 1; 1]. Em todas as outras vistas o ponto A
deve aparecer com as mesmas coordenadas.
z z

A A

x x

Fig. 4.41 Fig. 4.42


y y A
Na figura 4.42, que traz também a vista (S), é possível observar mais uma coordenada do
ponto A, a coordenadas de y, que é [5]. Dessa forma, as três coordenadas são disponibilizadas, são
elas [ x; y; z] = [ 1; 5; 1]. Com essa informação e a relação projetiva entre as faces, dada pelas linhas
de chamada, é possível construir qualquer uma das outras vistas.
A figura 4.43 mostra o ponto A sendo “transportado” pelas linhas de chamada para o
quadrante onde será construída a vista (LD).

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CAPÍTULO 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica

z As linhas de chamada são linhas de


apoio, desenhadas com traço contínuo fino,
que quando traçadas:
A § verticalmente, transportam medidas
A
de largura (x);
x § horizontalmente transportam
medidas de altura (z);
§ com o compasso ou o esquadro de 45°
transportam medidas de
A profundidade (y).
y

Fig. 4.43

É importante observar que:


§ as medidas de profundidade são transportadas primeiro até o eixo y e só então são
levadas com o compasso ou com o esquadro de 45° para o eixo x (que representa o
rebatimento do eixo y na épura). Se as medidas de profundidades forem transportadas
com o compasso, a ponta seca deve ser centrada na origem, dos eixos coordenados;
§ as linhas tracejadas são utilizadas para representar existentes, porém não visíveis;
§ as linhas de chamada são traços contínuos finos;
§ que as linhas de terra e as arestas de peça devem ser traços contínuos grossos.

4.9. Os Sólidos Básicos: prismas e pirâmides

Nessa disciplina, o aluno terá que redesenhar figuras que são fornecidas ora em perspectiva
cilíndrica cavaleira, ora em desenho isométrico, no Sistema Mongeano. Ou, ainda, realizar o caminho
inverso, ou seja, redesenhar figuras que são dadas em vistas mongeanas, em perspectiva cilíndrica
cavaleira ou desenho isométrico.
Para iniciar o desenho de um sólido seja qual for o sistema escolhido é preciso reconhecer
suas propriedades geométricas. Além disso, é necessário que a figura dada seja compreendida, para
isso é crucial reconhecer o tipo de representação em que a figura foi elaborada, ou seja, se a peça
dada está representada em perspectiva cavaleira ou em desenho isométrico. Como cada um desses
sistemas possui regras próprias de representação, já estudadas nos capítulos anteriores dessa
Apostila, é possível extrair do desenho, com precisão, as grandezas lineares e angulares necessárias
para a construção da peça no sistema pedido.

4.9.1. Prisma

Para desenhar prismas, é preciso saber que eles são sólidos geométricos delimitados por faces
planas, que suas bases pertencem a planos paralelos entre si e que suas faces laterais serão
quadriláteros.

80
CAPÍTULO 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica

Dado o objeto da figura 4.44, o primeiro procedimento é reconhecer em que sistema


de representação ele foi desenhado. Dessa forma é possível extrair as informações, especialmente
com relação às medidas de largura, comprimento e altura. No caso da figura, o objeto está
desenhado em Perspectiva Cilíndrica Cavaleira e possui k = 0,5, isso significa que quando a peça for
desenhada em Desenho Isométrico ou em Mongeano, as medidas relativas ao eixo y serão
aumentadas, uma vez que nesses sistemas de representação o K sempre é igual a 1. Feito isso é
necessário identificar as faces que estão sendo mostradas, no caso do exemplo são as (F), (S) e (LD),
como mostra a figura 4.44.

z
LATERAL
DIREITA FRONTAL
x

k = 0,5 SUPERIOR

y
Fig. 4.44
Fig. 4.45

Em seguida, as vistas já identificadas, são


organizadas nos quadrantes resultantes do
encontro das Linhas de Terra, ver figura 4.45.
É importante lembrar que é preciso
definir a distância do objeto até os planos de
projeção, bem como que essa distância deve ser
respeitada em todos os quadrantes.
A épura do objeto é iniciada com a
representação da vista (F), a qual guarda as
medidas de largura e altura, extraídas a figura
dada em Perspectiva Cilíndrica Cavaleira, ver Fig. 4.46
figura 4.46.

O próximo procedimento consiste na representação da vista (S) através do traçado das linhas
de chamada (no sentido vertical), o que mais parece o prolongamento das arestas que representam
as alturas, como pode ser visto na figura 4.47. Em seguida, as medidas de comprimento, extraídas da
Cavaleira são introduzidas na épura no quadrante da vista (S), como aparece na figura 4.48. Após o
desenho dessa vista, procede-se com o traçado das linhas de chamada horizontais. Estas vão partir da
vista (F) levando as medidas de altura para a construção da vista (LD), bem como vão partir da vista
(S) levando as medidas de comprimento para a construção da mesma vista. No caso da vista (S), as
linhas de chamada vão até o eixo y, como está mostrado na figura 4.48.

81
CAPÍTULO 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica

Fig. 4.47 Fig. 4.48 Fig. 4.49

Com o compasso, ou com o esquadro de 45°, transportam-se as medidas de comprimento da


vista (S) até o quadrante da vista (LD). O compasso deve ser centrado na origem dos eixos
coordenados e devem partir de um eixo e chegar até o outro eixo como mostra a figura 4.49.
Em seguida, as linhas de chamada são levantadas a partir do eixo para cruzarem-se com as
linhas que partiram da vista (F). Dessa forma, a vista (LD) é definida, ver resultado final da épura na
figura 4.49.

4.9.2. Pirâmides

Pirâmide é um sólido geométrico delimitado por


faces planas, sendo sua base um polígono qualquer e suas
faces laterais triângulos que possuem um ponto em comum
chamado de vértice.
Dada a pirâmide da figura 4.50, os primeiros
procedimentos para sua representação em Mongeano é,
como foi dito para Prismas, a identificação do sistema em
que a figura dada foi desenhada, e depois sua compreensão.
No caso do exemplo, a figura foi desenhada em Perspectiva
Fig. 4.50
Cavaleira.
Um recurso que auxilia o entendimento de uma peça é, como foi discutido no primeiro
capítulo da apostila, o uso da técnica do ortoedro de referência, ver figura 4.50. Em razão do desenho
do ortoedro é possível afirmar que trata-se de uma pirâmide de base quadrangular reta, ou seja,
todas as faces são iguais e o vértice se projeta no centro da base.
O traçado em épura da pirâmide em estudo teve início com vista (S), que guarda as medidas
de largura e de profundidade. O próximo procedimento é o desenho da vista (F). Para isso
estendemos as linhas de chamada no sentido vertical, incluindo a linha de chamada que contém as
informações sobre o vértice. Em seguida, são traçadas linhas de construção, com as medidas de
altura, trazidas da Perspectiva Cavaleira, ver figura 4.51. Na figura 4.52 é possível verificar que
conhecendo a localização do vértice, facilmente são traçadas as duas arestas que representam as
duas faces laterais da pirâmide, e por consequência, a face frontal é definida.
82
CAPÍTULO 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica

As linhas de construção e de chamada podem ser deixadas no desenho, porém devem ser
diferenciadas das arestas definitivas por meio da espessura do traço.

Fig. 4.51
Fig. 4.52

Para desenhar a vista (LD), procede-se como foi explicado para os prismas, ou seja, as
medidas de altura e de comprimento são transportadas para o quadrante em que a vista será
desenhada por meio das linhas de chamada.
Ao se cruzarem, elas criam uma malha com
linhas e pontos, que definem tanto as arestas
definitivas quanto as não visíveis da peça.
É importante perceber que os pontos sempre
estarão sobre a mesma linha de chamada. Isso ocorre
devido à existência da relação projetiva entre as faces,
estabelecida pelas linhas de chamada.
O ponto que define o vértice da pirâmide, por
exemplo, “percorre” todos os quadrantes, ou seja, está
em todas as vistas, sempre sobre a mesma linha de
Fig. 4.53 chamada, ver figura 4.53.

4.9.3. Cilindros

Como já foi discutido no item 2.6 dessa Apostila, o cilindro é um sólido que, de acordo com
uma de suas leis de geração, possui um eixo, uma diretriz e várias geratrizes. As geratrizes são retas
paralelas entre si e todas são paralelas a um eixo, cuja visualização e entendimento são
imprescindíveis para a representação desses sólidos em épura.
A representação de cilindros em vistas mongeanas ocorre como a representação de qualquer
sólido geométrico estudado até o momento. Primeiramente, há a identificação das propriedades
geométricas do objeto na figura dada. Essa etapa acontece com a identificação do sistema de
representação utilizado na figura dada. Depois, se dá a compreensão da volumetria da peça, essa
etapa é feita, usualmente, por meio do desenho do ortoedro de referência na peça dada. Em seguida,
são identificadas as faces que irão ser mostradas no desenho, assim, é feita a organização da

83
CAPÍTULO 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica

localização dessas faces na épura. No caso da figura 4.54 estão sendo mostradas as faces (F), (S) e
(LD). Por uma escolha didática as vistas a serem representadas em Mongeano serão as mesmas.
A figura 4.54 mostra uma Perspectiva Cilíndrica
Cavaleira do cilindro que será desenhado em
Mongeano. Nessa figura, o cilindro está envolvido
pelo ortoedro de referência e quatro das suas
geratrizes foram destacadas. As geratrizes em
destaque são as chamadas Geratrizes de Limite de
Visibilidade (GLVs). As GLVs são retas que estão
presentes em qualquer representação de sólidos que
possuem superfícies curvas. Isso porque superfícies
dessa natureza não possuem arestas. Portanto, as
GLVs servem para marcar os limites de visibilidade do
observador. Tais limites variam de acordo com a vista
mongeana elaborada.

Fig. 4.54
Quando um cilindro é representado em Perspectiva Cilíndrica Cavaleira, como é o caso da
figura 4.54, sua superfície curva aparece na forma de dois traços verticais, indicados na figura como
g5 e g6. Esses dois traços são as GLVS da Perspectiva Cavaleira. Tais geratrizes sempre tangenciam as
circunferências das faces planas do cilindro. Quando esse mesmo cilindro é representado em
Desenho Isométrico, o desenho mostra outro par de GLVs. O mesmo ocorre na representação do
cilindro em vistas mongeanas. Quando se trata da vista (F) um par de GLVs aparece, o par g1 e g2,
comparar as figuras 4.55 e 4.54. Já na vista (LD), o par mostrado é o g3 e g4.

Como também já foi colocado, a representação no


Sistema Mongeano pode começar a ser elaborada por
qualquer uma das vistas. Na figura 4.55, a vista (S), que
possui a forma de uma circunferência, foi a primeira a ser
elaborada. Para isso foi definida uma medida de
g3
afastamento do sólido para os planos de projeção e
g1 desenhado um quadrilátero que representa a vista (S) do
g2
ortoedro de referência. Em seu interior desenha-se uma
circunferência circunscrita que já é a vista (S) do cilindro.
g4 Para construir a vista (F), que é composta por duas faces
Fig. 4.55 planas, que aparecem reduzidas a retas no topo e na base
da vista, e por uma face curva, é necessário analisar como
se construir uma face dessa natureza, pois faces assim não
possuem arestas de onde partiriam linhas de chamada.

84
CAPÍTULO 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica

Para desenhar as duas faces planas do cilindro, deve-se marcar a medida da altura desse
objeto, a qual é trazida da Perspectiva Cavaleira e marcadas na vista (F) por meio de linhas de
chamada paralelas ao eixo x, respeitando-se a medida de afastamento para os planos de projeção,
como mostra a figura 4.55. Já para desenhar a face curva, o que deve ser observado é a extensão de
visibilidade do observador, a qual compreende o arco 142, da figura 4.55, ou seja, a face curva do
cilindro é vista pelo observador somente do ponto 1 até o ponto 2, o arco 132 fica não visível para o
observador. Portanto, as linhas de chamada que partem dos pontos 1 e 2, e sobem na direção do
quadrante da vista (F), marcam os limites laterais do sólido, sendo portanto, quando escurecidas, as
GLVs. Essas retas representam os limites da extensão da face curva quando visualizada pelo
observador na vista (F).
A figura 4.56 traz a vista (LD), cuja
construção obedece a mesma lógica utilizada
para na construção da vista (F), ou seja, a
utilização das GLVs como limites da extensão da
visualização do sólido, só que nesse caso, as
linhas de chamada partem dos pontos 3 e 4,
porque é o arco 423 que está sendo visto pelo
observador, como aparece na figura.

Fig. 4.56

4.9.4. Cones

Cones, assim como cilindros, possuem


superfícies de diferentes naturezas, uma é plana
e outra que é curva. Consequentemente, os
procedimentos para a representação de cones
no Sistema Mongeano se assemelham aos
procedimentos da representação do cilindro
nesse sistema, estudados no item acima. No
entanto, os cones possuem um elemento que os
cilindros não possuem, o vértice.
Fig. 4.57
Tal ente geométrico é o ponto de convergência de todas as geratrizes do cone, inclusive das
GLVs, como pode ser observado na figura 4.57. Sua localização é muito importante na determinação
das vistas mongeanas desse sólido.
No caso da figura 4.57 estão sendo mostradas as faces (F), (S) e (LD). Logo, as vistas a serem
representadas em Mongeano serão as mesmas. Em seguida, é feita a organização da localização
dessas faces na épura.
A representação de um cone segue a mesma lógica da representação de qualquer sólido
geométrico. Primeiramente, há a identificação das propriedades geométricas do objeto na figura
85
CAPÍTULO 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica

dada. Essa etapa acontece com a identificação do sistema de representação utilizado. Depois, se dá a
compreensão da volumetria da peça, essa etapa é feita, usualmente, por meio do desenho do
ortoedro de referência na peça dada, ver figura 4.57.
No caso do exemplo tratado nesse item, a representação em Mongeano vai ter início com a
vista (S), pois a representação dessa vista consiste somente na construção de uma circunferência
(circunscrita por um quadrado que é a vista superior do ortoedro de referência) e na localização do
vértice do cone no centro dela, como mostra a figura 4.58. As GLVs não aparecem na vista (S), pois
quando o observador está acima do objeto, ele não enxerga mudança de plano. Em seguida, são
localizados, na mesma vista, os limites laterais do cone, os pontos 1 e 2, ver figura 4.59.

Fig. 4.58 Fig. 4.59


Desses pontos partem as linhas de chamada que “sobem” na direção do quadrante da vista
(F). Quando, nesse quadrante, há o cruzamento entre elas e a linha horizontal que marca o
afastamento do plano até o sólido são encontrados os pontos de onde as partem as GLVs, que no
caso do cone concorrem no vértice.
A altura onde o vértice fica na vista (F) é
trazida da Perspectiva Cilíndrica Cavaleira e posta na
vista (F) sobre a linha de chamada que parte da
projeção do vértice na vista (S).A figura 4.60 traz a
construção da vista (LD). A representação dessa vista
é o resultado do cruzamento das linhas de chamada
que partem da vista (S), com as linhas de chamada
que partem da vista (F). É possível observar que na
vista (LD) aparecem as GLVs que partem dos pontos
3 e 4 presentes na vista (S).
Fig. 4.60

86
CAPÍTULO 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica

4.9.4. Esferas

A esfera é um sólido geométrico que possui


uma característica marcante em relação aos
outros sólidos, uma única superfície curva.
Consequentemente, a esfera só possui geratrizes
curvas e são de dois tipos: meridianos ou
paralelos, como aparece na figura 4.61. Tendo a
esfera uma superfície curva não há arestas ou
vértices.
http://www.mat.uel.br/geometrica/php/gd_t/gd_15t.php
Fig. 4.61
A representação da esfera é feita usualmente em Vistas Mongeanas e em Isometria, ou ainda
Desenho Isométrico. Não é usual representar a esfera em Perspectiva Cilíndrica Cavaleira porque
ocorre muita deformação. Conforme vimos no capítulo 3, na Isometria (exata) as medidas paralelas
aos eixos coordenados sofrem uma deformação de 0,816, tanto na altura, como na largura e na
profundidade. Por isso, o desenho do contorno aparente da esfera não sofre deformação, como
mostra a figura 4.62. No entanto, para representar a esfera em Desenho Isométrico vai ocorrer o
contrário, ou seja, como desconsideramos a deformação natural que as medidas que estão paralelas
aos eixos sofreriam e consideramos como se não houvesse deformação, o desenho do contorno
aparente da esfera – que na Isometria Exata não sofre deformação – será deformado em 0,816, como
mostra a figura 4.63.

Fig. 4.62 Fig. 4.63

Na prática, para desenhar a esfera em Desenho Isométrico utilizamos o Ortoedro de


Referência desenhado em medidas reais. Em sequência, para desenhar o contorno aparente da
esfera centramos o compasso no vértice central que pertence simultaneamente as vistas frontal,
87
CAPÍTULO 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica

superior e lateral direita. A abertura do compasso será igual ao raio da esfera, mas atenção! O raio
real deve ser dividido pelo fator de deformação 0,816 para que o contorno aparente da esfera fique
proporcional ao Desenho Isométrico. Observe atentamente o exemplo da figura 4.64, para desenhar
uma esfera de raio 2cm. Desenha-se um ortoedro de referência, em medidas reais, ou seja, com 4cm
em todos os lados. Em seguida, se desenha o contorno aparente da esfera, centrando o compasso no
centro e com raio, dessa vez deformado, isto é, 2cm (raio real) dividido por 0,816 (fator de
deformação). Para dividir a esfera ao meio, desenhamos um plano que divide o Ortoedro, também
em medidas reais, procedemos então o desenho da elipse inscrita ao plano desenhado
anteriormente, também em medidas reais.

Fig. 4.64

Uma curiosidade importante é que quando se está trabalhando com a meia esfera, é possível
construir o ortoedro de referência, depois a elipse que dividirá a esfera ao meio e para desenhar o
contorno aparente da esfera podemos simplesmente observar os raios ao invés de calcular. Os raios
paralelos aos eixos coordenados estão em medida real, ou seja, 2cm, mas o raio no sentido
horizontal (que não está paralelo a nenhum eixo) já está desenhado com a deformação desejada,
como mostra a figura 4.64.
Os procedimentos para a representação de esferas em épura são os mesmos procedimentos
utilizados para representar qualquer outro sólido geométrico. Portanto, primeiramente, há a
identificação das propriedades geométricas do objeto na figura dada. Essa etapa acontece com a
identificação do sistema de representação utilizado. Depois, se dá a compreensão da volumetria da
peça, essa etapa é feita, usualmente, por meio do desenho do ortoedro de referência na peça dada,

88
CAPÍTULO 4 – Perspectiva Cilíndrica Ortográfica

ver figura 4.64. Quando o observador vê uma esfera, seja na vista (F), (S), (LD) ou qualquer outra, a
linha que ele enxerga são meridianos, como mostra as figura 4.61.
A representação da esfera no mongeano se assemelha de certa forma à representação do
cone e do cilindro. Isso ocorre porque no caso da esfera também teremos geratrizes de limite de
visibilidade. Ao iniciarmos o desenho pela vista (S), por exemplo, o observador vê apenas uma
circunferência. A linha da circunferência é uma das GLVs da esfera, g2, um paralelo equivalente ao
equador da terra. Dando continuidade ao desenho, parte-se para a vista (F), e traça-se duas
tangentes à g2 da vista (S). No sentido da largura, é traçada então uma nova GLV, g1, que
corresponde à vista (F) da esfera, composta por dois meridianos. Para finalizar, procede-se o desenho
da vista (LD), por meio de linhas de chamadas tangentes à g2 da vista (S) no sentido da profundidade
e linhas de chamada tangentes à g1 da vista (F) no sentido da altura. É traçada então uma nova GLV,
g3, que corresponde a dois meridianos. Observe atentamente a figura 4.65. Observe que para efeitos
didáticos foram indicadas as posições de todas as GLVs em todas as vistas.

Fig. 4.65

Conclui-se assim que as linhas de chamada são retas tangentes às GLVs de cada projeção da
esfera, ou seja, a circunferência vista pelo observador em cada vista. É importante destacar também
que em Perspectiva Cilíndrica Cavaleira e Desenho Isométrico, a linha que representa a esfera é
chamada de Contorno Aparente da esfera.

89
EXERCÍCIOS
Perspectiva Cilíndrica Ortográfica

90
EXERCÍCIOS - PERSPECTIVA CILÍNDRICA ORTOGRÁFICA

1. Imagine, pelo menos, 2 peças que tenham 2. Imagine que a peça abaixo é a projeção
a vista da figura abaixo. Desenhe, para de uma peça recortada de um prisma.
cada uma das peças imaginadas, mais 2 Desenhe mais 2 faces e uma cavaleira
vistas mongeanas e uma cavaleira dessas dessa peça.
peças.

3. Imagine, pelo menos, mais duas peças 4. Desenhe 3 vistas mongeanas do objeto
com o desenho isométrico do objeto abaixo mostrando as mesmas que
abaixo. Desenhe 2 faces de cada uma. aparecem na cavaleira.

5. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça 6. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça


abaixo, mostrando as mesmas vistas que abaixo, mostrando as mesmas faces que
aparecem na cavaleira, considere k=0,5. aparecem na cavaleira.

7. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça 8. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça


abaixo, mostrando as mesmas faces que abaixo, mostrando as mesmas vistas do
aparecem na cavaleira. desenho isométrico.

91
9. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça 10. a) Desenhe 3 vistas mongeanas da peça
abaixo, mostrando as mesmas vistas abaixo;
que aparecem na cavaleira. b) Acrescente nas vistas as projeções de um
prisma de altura 2 cm e com base em forma
de triângulo equilátero de lado AB. Uma das
bases do triângulo está contida na face
inclinada da peça.

11. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça 12. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça abaixo,
abaixo, mostrando as mesmas vistas mostrando as mesmas vistas que aparecem
que aparecem em cavaleira. na cavaleira.
Considere K = 0,5.

13. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça 14. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça abaixo,
abaixo, mostrando as mesmas vistas mostrando as faces frontal, lateral direita e
que aparecem no desenho superior.
isométrico.

92
15. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça abaixo. 16. Desenhe 3 vistas mongeanas da
peça abaixo, mostrando as mesmas
vistas da cavaleira.

17. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça abaixo. 18. Desenhe 3 vistas mongeanas da
peça abaixo, mostrando as faces
frontal, lateral esquerda e superior.

19. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça abaixo, 20. Desenhe 3 vistas mongeanas da
mostrando as mesmas vistas da cavaleira. peça abaixo, mostrando as mesmas
vistas que aparecem em desenho
isométrico (frontal, lateral direita e
superior).

93
21. a) Desenhe o ortoedro que envolve o 22. a) Desenhe o ortoedro que envolve a
objeto abaixo; peça abaixo;
b) Desenhe 3 vistas mongeanas da b) Desenhe 3 vistas mongeanas da peça
peça abaixo (frontal, superior e lateral abaixo, mostrando as mesmas vistas que
direita). aparecem em desenho isométrico.

23. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça 24. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça
abaixo. abaixo, mostrando as mesmas vistas da
cavaleira.

25. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça 26. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça
abaixo, mostrando as mesmas vistas abaixo, mostrando as mesmas vistas que
que aparecem na cavaleira. aparecem na cavaleira.

94
27. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça 28. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça
abaixo, mostrando as mesmas vistas que abaixo.
aparecem na cavaleira.

29. Desenhe mais 2 vistas mongeanas da peça 30. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça
abaixo. Observe que já temos a projeção abaixo, mostrando as mesmas vistas
de uma vista representada. que aparecem em desenho isométrico.

31. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça 32. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça
abaixo, mostrando as mesmas vistas que abaixo, mostrando as mesmas vistas
aparecem na cavaleira. que aparecem em desenho isométrico.

95
33. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça 34. a) Desenhe o ortoedro que envolve a
abaixo, mostrando as mesmas vistas que peça abaixo;
aparecem na cavaleira. b) Desenhe 3 vistas mongeanas da peça
abaixo, mostrando as mesmas vistas
representadas no desenho isométrico.

35. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça 36. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça
abaixo, mostrando as mesmas vistas que abaixo, mostrando as mesmas vistas
aparecem em desenho isométrico. que aparecem em desenho isométrico.

37. a) Desenhe o ortoedro que envolve a 38. a) Desenhe o ortoedro que envolve a
peça abaixo; peça abaixo;
b) Desenhe 3 vistas mongeanas da peça b) Desenhe 3 vistas mongeanas da peça
abaixo, mostrando as mesmas vistas da abaixo, mostrando as mesmas vistas da
perspectiva. perspectiva.

96
39. a) Desenhe a face superior do objeto 40. Redesenhe a peça abaixo em cavaleira
abaixo; ou em desenho isométrico.
b) Redesenhe a peça abaixo cavaleira
mostrando as faces frontal, lateral
esquerda e superior.

41. Redesenhe a peça abaixo em cavaleira ou 42. Redesenhe a peça abaixo em cavaleira
em desenho isométrico. ou em desenho isométrico.

43. Desenhe a face lateral direita da peça 44. Insira, nas faces da peça abaixo, as
abaixo. projeções de um cilindro com diâmetro
da base e altura medindo ambos 1,5
cm, sua base deve estar contida no
plano inclinado da peça.

97
44. Redesenhe a peça abaixo em cavaleira 45. a) Desenhe a face lateral esquerda do
ou em desenho isométrico objeto abaixo;
b) Redesenhe a peça abaixo em cavaleira
mostrando as faces frontal, lateral
esquerda e superior.

46. Imagine a face abaixo girando em torno 47. a) Desenhe a face lateral esquerda do
da reta indicada 270°. Desenhe as vistas objeto abaixo;
frontal e superior, e uma perspectiva da b) Redesenhe a peça abaixo em cavaleira
peça gerada por essa rotação. mostrando as faces frontal, lateral direita e
superior.

48. Redesenhe a peça abaixo em desenho 49. Redesenhe o objeto abaixo em desenho
isométrico ou cavaleira após isométrico mostrando as mesmas faces
rotacionada 90ᵒ (anti-horário) no que estão em sistema mongeano.
sentido do eixo x.

98
50. Redesenhe a peça abaixo em desenho 51. Redesenhe a peça abaixo em desenho
isométrico. isométrico.

52. Redesenhe o objeto abaixo em desenho 53. Redesenhe o objeto abaixo em desenho
isométrico mostrando as mesmas faces isométrico mostrando as mesmas faces
representadas no sistema mongeano. representadas no sistema mongeano.

54. Redesenhe o objeto abaixo em desenho 55. Redesenhe a peça abaixo em desenho
isométrico mostrando as mesmas faces isométrico, posicionando-a de maneira
representadas no sistema mongeano. que toda a face α fique visível.

99
56. Redesenhe a peça abaixo em 57. Redesenhe a peça abaixo em desenho
desenho isométrico. isométrico.

58. Redesenhe a peça abaixo em 59. Redesenhe a peça abaixo em cavaleira


cavaleira ou em desenho isométrico. ou em desenho isométrico.

60. Dadas as vistas mongeanas abaixo, 61. Redesenhe a peça abaixo em desenho
redesenhe a peça em desenho isométrico.
isométrico.

100
62. a) Desenhe a vista lateral direita da peça 63. a) Desenhe a vista superior da peça
abaixo; abaixo;
b) Redesenhe a peça em desenho b) Redesenhe a peça abaixo em
isométrico; desenho isométrico.
c) Acrescente, nas 3 vistas e no desenho
isométrico, um cubo com aresta medindo
1cm e com uma face contida na face a da
peça.

64. Redesenhe a peça abaixo em desenho 65. Redesenhe a peça abaixo em


isométrico. desenho isométrico.

66. Redesenhe a peça abaixo em desenho 67. Redesenhe a peça abaixo em


isométrico. desenho isométrico.

101
68. Redesenhe a peça abaixo em desenho 69. Redesenhe a peça abaixo em desenho
isométrico. isométrico, posicionando-a de maneira
que toda a face quadrada fique visível.

70. Dadas as vistas mongeanas abaixo, redesenhe a peça em Desenho Isométrico mantendo
visível as mesmas vistas que estão representadas no Sistema Mongeano.

71. Redesenhe a peça ao lado em Cavaleira


ou em Desenho Isométrico.

102
72. Redesenhe a peça abaixo em cavaleira ou 73. Redesenhe a peça abaixo em cavaleira
em desenho isométrico. ou em desenho isométrico.

74. Redesenhe a peça abaixo em cavaleira ou 75. Redesenhe a peça abaixo em cavaleira
em desenho isométrico. ou em desenho isométrico

76. Redesenhe a peça abaixo em cavaleira ou 77. Redesenhe a peça abaixo em cavaleira
em desenho isométrico ou em desenho isométrico

103
78. Dadas as vistas mongeanas abaixo, 79. Dadas as vistas mongeanas abaixo,
redesenhe a peça em cavaleira com redesenhe a peça em desenho
α = 45°. isométrico mantendo as mesmas vistas
que estão representadas no sistema
mongeano.

80. Dadas as vistas mongeanas abaixo, 81. a) Dadas as vistas frontal e superior,
redesenhe a peça em desenho isométrico desenhe a vista direita;
mantendo visível as mesmas vistas que b) Redesenhe a peça em desenho
estão representadas no sistema mongeano. isométrico, mostrando as mesmas
vistas do sistema mongeano.

104
82. a) Desenhe a face lateral esquerda da 83. Desenhe 3 vistas mongeanas da
peça abaixo; peça abaixo.
b) Redesenhe a peça abaixo em desenho
isométrico.

84. Redesenhe a peça abaixo em desenho 85. Redesenhe a peça abaixo em


isométrico. desenho isométrico.

86. Redesenhe a peça abaixo em Desenho 87. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça
Isométrico, mostrando as mesmas abaixo.
vistas.

105
88. Redesenhe a peça abaixo em 89. Redesenhe a peça abaixo desenho
Cavaleira ou em Desenho Isométrico. isométrico.

90. Desenhe 3 vistas mongeanas da peça 91. a) Desenhe o ortoedro que envolve a peça
abaixo, mostrando as mesmas vistas abaixo;
que aparecem no desenho isométrico. b) Desenhe 3 vistas mongeanas da peça
abaixo, mostrando as mesmas vistas
representadas no desenho isométrico.

92. a) Desenhe a lateral direita da peça 93. a) Desenhe a vista lateral direita da peça
abaixo; abaixo;
b) Redesenhe a peça abaixo em b) Redesenhe a peça abaixo em Desenho
Desenho Isométrico. Isométrico, mostrando as mesmas vistas
que em aparecem em épura.

106
94. Redesenhe a peça abaixo em Desenho 95. Redesenhe a peça abaixo em Desenho
Isométrico. Isométrico.

96. Redesenhe a peça abaixo em 97. a) Complete a épura com a vista frontal
desenho isométrico. da peça abaixo;
b) Redesenhe a peça em Desenho
Isométrico, mostrando as mesmas vistas
ortográficas.

107
98. Redesenhe a peça abaixo em desenho isométrico.

99. a) Desenhe uma vista lateral da peça abaixo;


b) Redesenhe a peça abaixo desenho isométrico.

108
GABARITOS
1.

2.

3.

4. 5.

6. 7.

109
8. 9.

10. 11.

12. 13.

110
14. 15.

16. 17.

18. 19.

20. 21.

111
22. 23.

24. 25.

26. 27.

112
28. 29.

30. 31.

32. 33.

113
34. FALTA GABARITO 35.

36. 37. FALTA GABARITO

38. FALTA GABARITO

40. FALTA GABARITO 39.

41. FALTA GABARITO

42. FALTA GABARITO

43.

114
44. 45.

46. 47.

48. 49.

50. 51.

115
52. 53.

54. 55.

56. 57.

58. FALTA GABARITO 59. FALTA GABARITO

116
60. 61.

62. 63.

64. 65.

117
66. 67.

68. 69.

70. 71. FALTA GABARITO

72. FALTA GABARITO

73. FALTA GABARITO

74. FALTA GABARITO

75. FALTA GABARITO

118
76. FALTA GABARITO 79.
77. FALTA GABARITO
78. FALTA GABARITO

80. FALTA GABARITO

81.

82.

83.

119
84. 85.

86. 87.

88. FALTA GABARITO 89.

90.

120
91. 92.

93.

94. 95.

121
96. 97. FALTA GABARITO

98. 99.

122

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