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RESUMO
O Presente trabalho buscou refletir a educação como política social de direito. Nesse sentido, é
relevante considerar a educação infantil de qualidade como base para uma vida adulta
promissora, no que se refere à educação formal. Assim, buscou-se evidenciar a importância de
profissionais que analisam a educação de forma crítica e que poderá contribuir para as melhorias
necessárias no ambiente escolar. Nessa direção, se observou ainda que, a educação terá êxito
mediante esforços, não só dos profissionais de sala de aula, como também de profissionais da
área social e de psicologia. Para melhor embasamento, foram utilizados os aportes dos principais
teóricos que tratam da educação e da atuação de profissionais da área social na educação. O
resultado alcançado evidenciou a importância de se garantir educação de base para as crianças e
sua inserção no sistema de creches, mesmo considerando as lacunas existentes na educação, de
ordem estrutural e a insuficiência de profissionais preparados para lidar com a problemática da
educação defasada. Observou-se ainda que, os profissionais da educação enfrentam desafios no
tocante à contribuição da família na educação das crianças, o que foi expresso nas falas dos
autores que abordaram o referido tema.
1 INTRODUÇÃO
Algumas crianças da rede pública de ensino, geralmente são inseridas na escola aos sete
anos de idade, apesar de haver a lei de diretrizes e bases que preconiza em seu artigo 4º o
atendimento gratuito em creches e pré-escolas para as crianças de zero a seis anos de idade, é
notória a inserção de crianças na escola a partir dos sete anos de idade. Levando em consideração
que muitas das crianças da rede particular são colocadas no ambiente escolar aos dois ou três
anos de idade, com isso pode-se perceber a diferença no que se refere a possibilidade de
socialização dos alunos da rede pública de ensino com outras crianças da mesma faixa etária, pois
muitos fatores que poderiam ser trabalhados na escola não foram estimulados previamente nestes.
A realidade de muitos municípios é que não existem creches suficientes para todas as
crianças que delas necessitam. Nessa direção, é possível se notar que ainda há um longo caminho
a percorrer para se alcançar a garantia de educação adequada para este público.
Diante de tal situação, FRIGOTO (2011, p.01), ressalta acerca da consciência do histórico
educacional no Brasil, o qual foi manipulado pelas classes dominantes e tem sido reforçado cada
vez mais nessa sociedade capitalista, portanto se torna algo cultural e perverso por atingir direta
ou indiretamente as camadas mais carentes da população.
Portanto estas habilidades podem e devem ser estimuladas para a formação de um ser
humano autônomo e capaz de seguir os próximos anos escolares com confiança e sem maiores
dificuldades no que se refere ao aprendizado e também no que se refere às suas relações sociais.
Em uma sociedade cruel e capitalista, estas crianças que se iniciam nesse mercado
competitivo e desleal, que começa na escola, sendo assim desestimulados a permanecerem na
escola quando percebem que não conseguiram avançar no que se refere ao aprendizado, diante
das questões que envolvem seu contexto particular, no que diz respeito às relações familiares
fragilizadas ou até mesmo rompidas, que se configuram como uma ação de cunho social e não
pedagógico. Diante desse contexto Silva, 2008 afirma que:
Nesse contexto, reflete-se: Seria possível uma criança que não teve oportunidade de
conviver com outras crianças no contexto escolar, participando das vivências e do aprendizado,
tendo assim, sua socialização prejudicada, possa ter êxito na sua vida escolar?
Acredita-se que não seria possível, considerando que a escola é o segundo espaço de
socialização da criança, logo após a família que é tida como base para as crianças. No entanto,
observa-se que, as famílias não possuem estrutura para cumprir o seu papel junto às crianças e
adolescentes, prejudicando assim o seu desenvolvimento e rendimento. Isso ocorre por motivo
das famílias não possuírem uma preparação para proteger os seus membros e contribuir para a
garantia de uma educação de qualidade.
A presença do Serviço Social na escola de acordo com Piana, (2009, p.123), teve início a
partir do século XX, sendo justificado pela necessidade de haver profissionais capacitados para
lidar com as questões que surgiam na escola. Principalmente no contexto em que a família tem se
modificado, e com essas modificações tem surgido uma dificuldade nas relações e em seus
papéis, que envolve família e escola.
Diante disso podemos verificar que sempre houve a demanda para o Assistente social no
espaço escolar, portanto, cada vez mais tem se buscado uma resposta a solução dos problemas
que envolvem alunos, pais e comunidade escolar, pois, de acordo com a atual conjuntura de
família que se percebe existente, também se nota a diversificação de questões que surgem com
essa mudança nos arranjos familiares. Sobre esse fenômeno Silva, 1998, afirma que:
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O Serviço social tem se tornado um assunto cada vez mais comentado, tendo sua
necessidade verbalizada por profissionais da área de educação. O Serviço Social implantado na
educação vem se tornando necessário nas escolas, visto que a mesma não tem dado conta de
questões familiares e sociais que circundam a vivência do aluno e interferem na relação
ensino/aprendizagem em sala de aula. Não é por acaso que esse assunto vem desencadeando
várias pesquisas na área.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da realidade escolar na atualidade, onde as crianças que participam desse espaço
tem uma história construída por conflitos familiares, pobreza e desigualdade social, exclusão, que
são fatores e interferem no ensino e aprendizagem dos alunos, se percebe a necessidade da
inserção do profissional de Serviço Social, mediando às questões que emergem no ambiente
escolar e que interferem diretamente no aprendizado, dai é percebida quanta intervenção poderia
estar sendo realizada neste ambiente e que percebemos a falta tanto de profissionais da área social
como de profissionais da psicologia para dar o suporte a algumas escolas que ainda não tem o
privilégio de contar com esses profissionais no sentido de dar suporte aos professores, assim
como a toda comunidade escolar. Nessa direção, sugere-se que algo seja feito com urgência para
que se possa realizar uma mudança na sociedade através da educação informal a ser realizada por
estes profissionais citados no sentido de colaborar com a educação formal e a garantia do direito
ao acesso de qualidade e permanência do aluno nas escolas para formarmos cidadãos de bem.
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REFERÊNCIAS
GOHN, Maria da Glória. Educação, trabalho e lutas sociais. In. A cidadania negada: políticas
de exclusão na educação e no trabalho. GENTILI, P.; FRIGOTTO, G. (Orgs); 4ª edição Cortez,
2008, Capítulo V; p. 89- 123.
SILVA, Adriana Gomes. A importância de Educação Escolar nos primeiros anos de vida.
Acesso em 03/04/2014.
Site:http://www.colegiocivilizacao.com.br/artigo_importanciaescola.php