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dias foram 1,2; 1,1; 1.16; 1,08 e 1,11 kg, médios de massa seca dos ponteiros para os
respectivamente. diferentes tratamentos.
A massa verde dos ponteiros está As respostas aos efeitos do encharcamento
diretamente relacionada ao vigor vegetativo das do solo são descritos na literatura para outras
plantas, números de folhas abertas, as presentes espécies (Davanso et al., 2002; Garcia et al., 2010),
no cartucho e, consequentemente, a área foliar. A embora, muitas vezes, as adaptações fisio-
Figura 1A compara as médias de MVP entre os morfológicas são suficientes para manter as plantas
estádios de desenvolvimento e o tratamento vivas e até mesmo produzindo. Desse modo, pode-
testemunha (plantas que não sofreram inundação), se inferir que, comportamento das espécies aos
por meio dos valores médios obtidos em cada efeitos do encharcamente depende, entre outros
período nos quais as plantas sofreram o estresse fatores, das características botânicas entre as
por excesso de umidade. A Figura 1B apresenta os espécies, ou seja, da sua tolerância ou
valores médios de massa verde dos ponteiros para sensibilidade à deficiência de oxigênio.
os diferentes tratamentos, resultantes da
combinação entre o rebaixamento de 0,30 m em 3, CONCLUSÕES
6, 9, 12 e 15 dias e os períodos que ocorreu o
estresse por excesso de água no sistema radicular Não houve diferenças entre as massas verde e
das plantas. seca dos ponteiros da cana-planta para os períodos
Observa-se que as médias de massa verde de estresse aplicados aos 210 e 305 DAP;
dos ponteiros foram superiores nas plantas de cana entretanto estes foram superiores às massas das
cultivadas sob inundação provocada aos 210 e 305 plantas inundadas aos 67 DAP e às irrigadas sem
DAP, diferindo dos valores médios de massa verde inundação.
das parcelas que sofreram estresse aos 67 e do Os estresses por encharcamento não foram
tratamento testemunha. Analisando-se as médias suficientemente severos ao ponto de causar
da massa verde dos ponteiros para os diferentes diferenças que permitissem estabelecer um critério
tratamentos, verifica-se que o P2V4 com 1,64 kg de drenagem para a cana-de-açúcar, baseado na
diferiu significativamente dos valores médios produção e seus componentes.
encontrados nas parcelas com plantas testemunha
e com os tratamentos P1V1 e P1V4, com 0,79; 0,70 e REFERÊNCIAS
0,76 kg, respectivamente. Entretanto, na grande
maioria dos tratamentos, a massa verde dos CALHEIROS, R. O. et al. Efeito do manejo do lençol
ponteiros mostrou valores médios semelhantes freático na adaptação fisiomorfológica de duas espécies
estatisticamente. de trigo ao encharcamento. Revista Brasileira de
Engenharia Agrícola e Ambiental, 4:194-202, 2000.
Os efeitos da inundação do solo na parte
aérea das plantas são geralmente atribuídos à DAVANSO, V. M. et al. Photosynthesis, growth and
inibição da expansão foliar e à redução do número development of Tabebuia avellanedae Lor. Ex. Griseb
de folhas, relacionada com abscisão foliar. (Bignoniaceae) in flooded soil. Brazilian Archives of
Esse mesmo efeito foi obervado por Biology and Technology, 45:375-384, 2002.
Calheiros et al. (2000), trabalhando com trigo,
GALON, L. et al. Disponibilidade de macronutrientes em
também sob a condição encharcamento. Com base
cultivares de cana-de-açúcar submetidas à competição
nesta constatação, pode-se inferir que, com o com Brachiaria brizantha. Ciência Rural, 42:1372-1379,
aumento da evapotranspiração, o sistema radicular 2012.
já estaria fortemente afetado pela inundação das
parcelas, limitado pelo NF a 0,3 m de profundidade, GARCIA, G. O. et al. Fator de susceptibilidade e
não conseguindo suprir a planta de forma produtividade da ervilha para diferentes alturas de lençol
conveniente, o que foi agravado pela temperatura. freático. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, 5:265-
271, 2010.
Com relação à massa do ponteiro, para o
fator velocidade de rebaixamento, o valor extremo MINGOTI, R. et al. Dimensionamento econômico de
de massa seca média dos ponteiros, foi de 0,32 kg, profundidades e espaçamentos de drenos para a
sendo que as plantas da testemunha contribuíram produção de cana-de-açúcar. Revista Brasileira de
com uma massa seca de 0,23 kg. Os valores Engenharia Agrícola e Ambiental, 10:535-540, 2006.
médios de massa seca dos ponteiros obtidos nas
parcelas com as plantas da testemunha e dos
diferentes períodos de avaliação são apresentados
na Figura 2A. A Figura 2B apresenta os valores
4
A. B.
Figura 1 – Médias para a massa verde dos ponteiros dentro dos estádios de desenvolvimento (A) e massa
verde dos ponteiros para a velocidade de inundação e estádio de desenvolvimento (B).
A. B.
0,5 a
ab ab
MSP (kg)
ab ab ab ab ab
0,4
a ab ab ab
0,3 b ab ab ab
0,2 b
0,1
0,0
P1V1
P1V2
P1V3
P1V4
P1V5
P2V1
P2V2
P2V3
P2V4
P2V5
P3V1
P3V2
P3V3
P3V4
P3V5
T
Tratamentos
Figura 2 – Médias para a massa seca dos ponteiros dentro dos estádios de desenvolvimento (A) e massa
seca dos ponteiros para a velocidade de inundação e estádio de desenvolvimento (B).