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ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 8

IDENTIFICAR E/OU REALIZAR:


1-As articulações do joelho: femuro-patelar e femuro-tibial:

Femuro-patelar: (entre a área anterior da patela e a parte anterior-distal do fêmur), é uma articulação
sinovial, do tipo plana ou planartrose. A face articular da patela é adaptado a face patelar do fêmur.

Femuro-tibial: (entre a epífise distal do fêmur e a epífise proximal da tíbia), é uma articulação sinovial.Os
condilos femorais mediais e laterais fazem contato através dos meniscos interpostos a face articular
superior da tíbia.

2-Os movimentos de flexão , extensão e rotação axial do joelho e descrever o plano, eixo e ADM:

Flexão: Os músculos responsáveis por este movimento são: bíceps femoral; semitendinoso;
semimembranoso; sartório e grácil. Gastrocnêmios e poplíteo são auxiliares.
O movimento ocorre no plano sagital e no eixo transversal entre os côndilos do fêmur e da tíbia.
Amplitude articular: 0°- 140°.
Extensão: A extensão é o movimento que afasta a face posterior da perna da face posterior da coxa.
Corresponde ao retorno a partir de sua flexão e ocorre no plano sagital e no eixo transversal. Durante a
extensão, os meniscos são tracionados para frente. O grupo muscular responsável por este movimento
é o quadríceps femoral (reto femoral, vasto lateral, vasto medial, vasto intermédio). Tensor da fáscia
lata e glúteo máximo são auxiliares. Amplitude articular: 140°- 0°.
Rotação axial: Ocorre principalmente nos últimos graus da extensão e no inicio da flexão,sem nenhuma
intervenção ou ação voluntária. Para completar a extensão do joelho a tíbia roda externamente e para
iniciar a flexão ela roda internamente. Acontece no eixo longitudinal onde a rotação externa se limita a
40 e 50 graus e a rotação interna de 30 a 35graus, sabendo-se que há uma associação destes
movimentos a flexo-extensão no final da extensão e no inicio da flexão.

3-Palpar : condilos femorais, condilos tibiais e tuberosidade da tíbia:


Condilos femorais: Com o joelho posicionado em flexão, localize a patela e deslize os dedos no sentido
lateral e medial, de encontro com o fêmur. Palpar os condilos arredondados dos condilos femorais.
Condilos Tibiais: Após a localização dos condilos do fêmur, deslize o dedo distalmente, passando a
depressão(área interarticular), até os maciços condilos tibiais.
Tuberosidade da tíbia: localizar o ápice da patela, siga pelo ligamento da patela, até alcançar a grande
elevação formada pela tuberosidade da tíbia.

4-Demonstrar os movimentos realizados pelos meniscos durante a flexão e extensão de joelho:


Durante a flexão, os meniscos são tracionados para trás. Os músculos responsáveis por
este movimento são: bíceps femoral; semitendinoso; semimembranoso; sartório e grácil. Gastrocnêmios
e poplíteo são auxiliares. O movimento ocorre no plano sagital entre os côndilos do fêmur e da tíbia .
Corresponde ao retorno a partir de sua flexão e ocorre no plano sagital. Durante a extensão,
os meniscos são tracionados para frente. O grupo muscular responsável por este movimento é o
quadríceps femoral (reto femoral, vasto lateral, vasto medial, vasto intermédio).

5-Como os ligamentos LCA e LCP se comportam em relação os movimentos de flexão e extensão do


joelho:
Ligamento cruzado anterior: Auxiliado pelo ligamento cruzado posterior (LCP), ele mantém o contato
das superfícies articulares do fêmur e da tíbia, nos movimentos de flexo-extensão Durante a flexão o
LCA é responsável pelo deslizamento do côndilo femural para frente e seu rolamento para trás e
corresponde ao fator passivo que explica este mecanismo entre côndilos e platôs tibiais. Assim, como no
caso das fibras musculares, as fibras do LCA não são todas-solicitadas ao mesmo tempo. Trata-se de um
verdadeiro recrutamento no decorrer do movimento devido a desigualdade no comprimento de suas
fibras que variam de acordo com a posição e local de inserção. Durante a flexão do joelho entre 90° e
120°, por exemplo, as fibras ântero-inferiores do LCA estão afrouxadas e as póstero- superiores estão
tensionadas. Na extensão completa, o LCA como um todo está tenso, sendo, por isso, um dos “freios” da
hiperextensão. Os movimentos de rotação, também tensionam o LCA. A rotação interna provoca um
contato mútuo entre os ligamentos cruzados que se enrolam, tensionando-se mutuamente. A partir dos
15°- 20° de rotação externa o LCA começa a tensionar-se cada vez mais, enrolando-se sobre a face axial
do côndilo femural externo, quando a rotação externa prossegue. 
Ligamento cruzado Posterior: - é mais robusto, porém mais curto e menos oblíquo em sua direção
quando comparado ao LCA. Insere-se na fossa intercondilar posterior da tíbia e na extremidade
posterior do menisco lateral e dirige-se para frente e medialmente, para se fixar na parte anterior da
face medial do côndilo medial do fêmur. O LCP é estirado durante a flexão da articulação joelho. Impede
o movimento de deslizamento posterior da tíbia ou o deslocamento anterior do fêmur (Movimento de
gaveta posterior).

6-Quais o movimentos da patela durante e flexão e extensão de joelho:


Durante a flexão do joelho a patela desliza inferiormente e na extensão desliza superiormente. É
importante assegurar a mobilidade da femoropatelar antes de corrigir qualquer fixação do joelho. Se
qualquer movimento desta articulação estiver fixado o joelho terá uma restrição da sua função.

7-Citar os músculos flexores, extensores, rotadores internos e externos do joelho:


Flexores:
Flexores primários: isquitibiais, semitendinoso, semimebranoso e bíceps femoral;
Flexores acessórios: Grácil, sartório, gastrocnêmio e poplíteo.
Extensores:
Quadríceps femoral: vasto medial, vasto lateral, vasto intermediário e reto femoral.
Rotação:
Rotação medial: semitendinoso,semimembranoso,poplíteo,grácil e sartório.
Rotação lateral: bíceps femoral.

8-Testes especiais: gaveta anterior,gaveta posterior,estresse em valgo e estresse em varo:


Gaveta anterior e posterior: Posição do paciente: decúbito dorsal com os joelhos flexionados a 90º.
Descrição do teste: o terapeuta deverá sentar em cima do pé do paciente a fim de estabilizar a tíbia e
abraçar com ambas as mãos a tíbia do paciente, colocando seus polegares na interlinha articular.
Realizar uma tração anterior para testar o ligamento cruzado anterior e após realizar uma força
antagônica para testar o ligamento cruzado posterior.
Sinais e sintomas: o paciente no momento do teste não sentirá dor, apenas a sensação de deslocamento
ficará nítida nos casos positivos.
Estresse em Valgo: Descrição do teste: o terapeuta coloca uma das mãos no lado lateral da articulação
do joelho e com a outra mão segurando no nível de tornozelo exerce uma força no sentido lateral. A
abertura da interlinha articular demonstra frouxidão ou lesão do ligamento colateral medial.
Sinais e sintomas: abertura da interlinha articular a 0o indica lesão tanto das fibras superficiais como as
fibras profundas do ligamento colateral medial e a abertura aos 30º indica lesão somente das fibras
superficiais.
Estresse em Varo: Posição do paciente: deitado em decúbito dorsal.
Descrição do teste: o terapeuta mantém a mão no lado medial do joelho e com a outra mão localizada
na altura do tornozelo exerce uma ação no sentido medial tentando abrir a interlinha articular do
joelho. O teste deverá ser efetuado a 0o e a 30º para melhor verificar a frouxidão ou lesão ligamentar.
Sinais e sintomas: em caso de lesão do ligamento colateral lateral a interlinha lateral demonstrará uma
abertura ou “bocejo” pronunciado. O paciente não sentirá dor ao teste.

9-Descrever origem, inserção, ação e inervação dos músculos deste complexo articular, de acordo com
os músculos citados em aula teórica:
Reto femoral:
Origem: espinha ilíaca antero-inferior
Inserção: patela
Ação: extensão
Inervação: femoral (L2-L4)
Vasto lateral:
Origem: Trocanter maior e linha áspera lateral
Inserção: patela
Ação: Extensão
Inervação: femoral (L2-L4)
Vasto Intermédio:
Origem: fêmur anterior
Inserção: patela
Ação: extensão
Inervação: femoral (L2-L4)
Vasto medial:
Origem: linha áspera medial
Inserção: patela
Ação: extensão
Inervação: femoral (L2-L4)
Semitendíneo:
Origem: Porção medial do túber isquiático
Inserção: terço proximal medial da tíbia
Ação: flexão, rotação medial
Inervação: Ciático (L5-S2)
Semimembranáceo:
Origem: Porção lateral do túber isquiático
Inserção: região proximal medial da tíbia
Ação: flexão, rotação medial
Inervação: ciático (L5-S2)
Bíceps femoral:
Origem (cabeça longa): túber isquiático
Origem (cabeça curta): linha áspera lateral
Inserção: Porção posterior do condilo lateral da tíbia, cabeça da fíbula
Ação: flexão, rotação lateral
Inervação: Ciático (L5-S2)
Sartório:
Origem: espinha ilíaca antero-superior
Inserção: terço proximal medial da tíbia
Ação: auxilia na flexão e na rotação lateral do quadril
Inervação: femoral (L2-L3)
Grácil:
Origem: sínfise púbica, região anterior e inferior
Inserção: terço proximal medial da tíbia
Ação: adução do quadril e flexão de joelho
Inervação: obturador (L2-L3)
Poplíteo:
Origem: condilo lateral do fêmur
Inserção: porção medial da parte posterior da tíbia
Ação: rotação medial, flexão
Inervação: tibial (L4-L5)
Gastrocnemio:
Origem: região posterior dos condilos medial e lateral do fêmur
Inserção: tuberosidade do calcâneo pelo tendão calcâneo
Ação: flexão
Inervação: tibial (S1-S2)
Plantar:
Origem: porção distal da região posterior do fêmur
Inserção: tuberosidade do calcâneo
Inervação: tibial (S1-S2)

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