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INTRODUÇÃO

Antes de você iniciar a leitura, quero aqui dar a minha palavra de que este documento não
é um mero caça-cadastro.

Infelizmente, a internet hoje está cheia disso. Muitas empresas criam um PDF contendo um
conteúdo raso e o disponibilizam para download como uma isca. Com alguma promoção,
conseguem o que queriam: o cadastro das pessoas.

Tenha certeza de que o propósito aqui é outro: queremos a sua confiança. Se este material
é digno dela ou não, você é quem vai julgar.

O que posso afirmar com tranquilidade é que houve muito empenho de nossa parte para
trazer um material de alto valor. Pesquisamos em diversas fontes, como sites
especializados em SEO e livros. E acrescentamos algumas pitadas de nossa experiência
aqui, na Tracto, em produção de conteúdo educativo para diversos clientes.

Embora SEO não seja mais tão importante quanto foi há 15 ou 20 anos, ele ainda conta
bastante. Basta observar que, mundialmente, a pesquisa orgânica responde por 94% do
tráfego orgânico total (dados de 2017). Nosso objetivo, então, é fornecer insights para
profissionais que, de alguma forma, se relacionam com SEO sob a perspectiva mais da
produção de conteúdo (content marketing) do que do lado técnico (TI).

Espero, sinceramente, que você possa armazenar este conteúdo e que ele sirva não apenas
como fonte de conhecimento hoje, mas como um material útil de consulta no futuro.

Boa leitura!

Cassio Politi
Tracto Content Marketing
Setembro de 2019
SEO, uma ciência (in)exata
SEO não é uma ciência exata, tampouco uma disciplina de humanas. Entender como o
Google ranqueia seus algoritmos mistura um pouco dos dois mundos. É uma atividade que
se baseia muito em tentativa e erro.

O curioso é que esta afirmação, que soa natural hoje, um dia já foi retrucada com certa
veemência. Nos idos de 2007, SEO era uma ciência exata, sim, senhor. Porque tudo se
baseava exclusivamente em algoritmos.

Era uma questão simples: a combinação da quantidade de vezes que uma palavra-chave
aparecia no site e a quantidade de backlinks (links apontados para o site) determinava
quem aparecia primeiro para uma busca. Mas era preciso que o usuário digitasse no
Google os termos exatamente iguais à palavra-chave para que a mágica acontecesse.

Isto significa que, lá, nos primórdios do Google, buscar por “alugar casa na Bahia”, “casa
para alugar na Bahia” e “aluguel de casa na Bahia” provavelmente terminaria em três
resultados bem diferentes. Pode parecer bizarro, mas era assim mesmo.

Não cometa o erro de medir a realidade da tecnologia de mais de uma década atrás com a
régua de hoje. Eram outros tempos, em que, em SEO, um mais um resultaria em dois. Este
artigo de 2007, do site Search 3W, diz que a história de que “SEO não é uma ciência exata é
mito” e chega a chamar de idiota quem discorda dele.
Apesar da truculência do artigo, o pessoal do Search 3W tinha razão. Naquele momento,
em 2007, SEO era uma ciência exata. Os algoritmos que vieram depois é que mudaram
tudo.

Em 2011, o Google lançou o Panda, cuja função é identificar e rebaixar o ranqueamento de


sites com baixa qualidade de conteúdo. No ano seguinte, veio o Penguin, desta vez voltado
para penalizar os sites que tentam violar as diretrizes de bom uso do Google.

Em agosto de 2013, surgiu o Hummingbird, uma atualização do Panda e do Penguin. A


compreensão da semântica era a grande novidade desse novo algoritmo, que passou a
permitir que o Google entendesse que duas palavras distintas podem ter o mesmo
significado. Por exemplo, num determinado texto, “carro”, “veículo” e “automóvel” podem
ser apenas palavras diferentes falando da mesma coisa. Foi graças ao Hummingbird que o
Google passou a detectar isso.

Nessa mesma época, alguns elementos passaram a ter peso também. Geolocalização é
uma delas. Quando alguém em Manaus busca por “pizzaria”, o resultado que essa pessoa
vai encontrar é diferente do de quem faz a mesma busca em Curitiba, por exemplo.
Passou a haver diferenças, ainda, para os resultados para buscas feitas a partir de
smartphones ou desktops, de contas logadas no Gmail ou não e por aí vai.

Até aí, pode-se defender que a ciência continua sendo exata, mudando apenas o número
de variáveis da equação. É verdade. Pode ser que sim. Mas toda tentativa de defender a
completa previsibilidade dos algoritmos do Google e de classificar o SEO como uma ciência
exata caiu por terra em 2015.

A lógica do Google passou a ser regida por machine learning — uma das aplicações de
inteligência artificial — a partir do lançamento do sistema batizado de RankBrain, em
outubro daquele ano.

Isso significa que os resultados de buscas orgânicas, desde então, imitam a lógica humana.
Eles não se guiam mais apenas por fórmulas matemáticas complexas, que são os
algoritmos. É claro que eles ainda pesam. Mas não estão mais sozinhos nessa equação.

Portanto, quem disser que consegue prever com precisão como o Google vai se comportar
na hora de ranquear páginas ou está mentindo ou não tem a menor ideia do que está
dizendo.
Os muitos fatores de ranqueamento
Afinal, quais os fatores mais importantes de ranqueamento do Google? Bem, eles são
muitos. Em 28 de dezembro de 2018, o Backlinko, um dos sites mais respeitados em SEO
em âmbito mundial, fez uma atualização da sua famosa lista dos 200 critérios de
ranqueamento do Google. Para ser preciso, são 208.

Quando um artigo bem aprofundado diz que existem mais de 200 critérios, sua reação
imediata talvez seja natural: “é critério demais. Onde existem muitas prioridades,
normalmente não há nenhuma”.

Filtramos, então, os mais importantes. Para isso, nos baseamos em seis fontes que fizeram
listas do tipo “os X fatores mais relevantes de SEO em 2019”. Cinco delas foram feitas pelos
sites Backlinko, Optin Monster, Blue Corona, Hubspot e SEO Inc — os links estão todos no
final deste documento. A outra é do livro “SEO 2019”.

É preciso ponderar que não pretendemos que este seja um guia definitivo. Aliás, na Tracto,
detestamos o nome “guia definitivo”. Primeiro porque é prepotente. Nenhum guia que
baixei com esse nome até hoje esteve perto de ser definitivo no tema em que cobria.

Segundo porque SEO não tem nada de definitivo. Muda o tempo todo. Tanto é verdade
que, há quase uma década, o americano Adam Clarke publica todos os anos um livro que é
tido como referência no mercado.

É justamente o já citado livro “SEO 2019”. Ele está em sua edição mais recente — até a
publicação deste ebook. Porque o livro sai sempre no começo de cada ano com o título
atualizado e com as tendências do ano novo. Ou seja, no ano passado, ele se chamava “SEO
2018”. No ano anterior, “SEO 2017” e assim retroativamente.

É impressionante como grande parte do que valia para a edição de 2012 já foi
completamente descartada para 2019. E certamente os parâmetros serão outros, por
exemplo, em 2025. SEO muda o tempo inteiro porque o Google atualiza seus algoritmos
constantemente.

Porque não temos a resposta definitiva, dividimos a lista de 12 fatores de ranqueamento


em dois grupos. O primeiro é dos critérios que certamente têm importância. O segundo
grupo é o dos que provavelmente têm relevância.
Parte I - Os fatores que certamente têm importância
Nesta primeira lista, entram os critérios que parecem não deixar dúvida quanto ao enorme
peso que têm para efeito de ranqueamento no Google. São sempre citados por experts em
SEO como fatores relevantes.

#1 Qualidade do conteúdo
Conteúdo de qualidade está no topo da lista dos fatores de ranqueamento de motores de
busca. O documento “Google Search Quality Rater Guidelines”, que reúne diretrizes úteis
para profissionais de SEO, é bem claro:

“A qualidade do conteúdo principal é um dos critérios mais importantes na classificação da


qualidade da página e informa o E-A-T da página. Para todos os tipos de páginas da web, a
criação de conteúdo principal de alta qualidade requer uma quantidade significativa de
pelo menos um dos seguintes itens: tempo, esforço, experiência e talento (ou habilidade).

Para artigos de notícias e páginas de informações, o conteúdo de alta qualidade deve ser
factualmente preciso para o tópico e deve ser apoiado por consenso de especialistas.”

Como você notou, o Google menciona o E-A-T. Para entender de verdade por que conteúdo
de qualidade tem tanta importância em SEO, primeiro você precisa saber o que é E-A-T —
sem precisar entrar em especificidades técnicas, como é o propósito deste ebook, é claro.

Bem, E-A-T é um fator introduzido em 2014 aos algoritmos do Google que tem como
objetivo avaliar e valorizar três elementos de páginas que começam com as iniciais da sigla:
“Expertise”, “Authoritativeness” (autoridade) e “Trustworthiness” (confiança).

Embora o E-A-T tenha sido criado em 2014, ele só recebeu real ênfase nas “Search Quality
Guidelines” (diretrizes de qualidade da pesquisa) no final de 2018. Foi quando o Google
passou a valorizar os três elementos do tripé, dando recomendações específicas acerca de
cada um deles.
EXPERTISE AUTORIDADE CONFIABILIDADE
Você precisa ser um Você precisa O seu site precisa ser e
especialista em sua demonstrar que o autor parecer confiável para o
área. Ou seja, em seu do conteúdo publicado usuário. Por exemplo,
site, você precisa em seu site é uma ele precisa ter um
demonstrar a habilidade autoridade no assunto. certificado de segurança
de criar o melhor Você pode fazer isso SSL que garanta ao
conteúdo dentro do tendo posts assinados usuário que, ao entrar
tópico que se propõe a por pessoas que têm na sua página, ele esteja
abordar. É claro que o um histórico favorável. fazendo uma conexão
grau de especialidade Por exemplo, um post segura (abordaremos
varia de site para site. sobre aquecimento isso em outro tópico
Por exemplo, um site de global terá vantagem se específico deste ebook
humor não precisa for assinado por alguém mais adiante). Deve
demonstrar a mesma que já escreveu outros haver também
expertise de um site de posts (ou livro) sobre o informações claras
área médica, financeira assunto e que sobre quem a empresa
ou jurídica. A boa notícia frequentemente é, onde fica fisicamente.
é que qualquer site aparece em redes A presença de iscas de
pode demonstrar ser sociais falando sobre conteúdo, links para
um expert se o seu meio ambiente. Ou que SPAM ou sites de baixa
conteúdo for verdadeiro dê outros sinais de reputação pode ser
e útil para seus leitores. conexão com o tópico. prejudicial.

Depois de entender o E-A-T, tente pensar com a cabeça dos administradores do Google. O
que exatamente eles querem proporcionar a um usuário sempre que este faz uma
pesquisa?

Bem, o Google é uma máquina altamente sofisticada, munida de inteligência artificial de


última geração. Seu objetivo principal é mostrar aos usuários o conteúdo que melhor
responde à sua consulta de pesquisa. Você pode pensar em cada consulta de pesquisa
como uma pergunta e em cada listagem dos resultados orgânicos (ou seja, aqueles que não
são anúncios) como a resposta. Quando uma pessoa procura alguma coisa, o Google
deseja mostrar a melhor resposta como sendo a número 1, a segunda melhor resposta
como sendo a número 2 e assim por diante.
Para pensar nessa lógica, vamos fazer uma analogia com a vida no campo. Você prefere ter
cem tomates verdes em sua cesta ou uma dúzia de tomates vermelhos maduros?

Muitos especialistas em SEO fazem exatamente essa comparação um tanto infantil, mas
elucidativa, com tomates para explicar que o Google faz exatamente isso: foca nos tomates
maduros. Para os algoritmos, os conteúdos do site podem até ter variados níveis de
qualidade, mas a diferença entre um post de alta qualidade (tomate maduro) de um
conteúdo mais ou menos (tomate verde) é gritante. Ele sempre vai privilegiar enfaticamente
o primeiro grupo.

Ao oferecer a melhor resposta que as pessoas buscam, o Google fideliza os usuários — que
é o que acontece hoje no nível mais alto. Ao fazer isso, consegue atrair anunciantes para
suas diversas ferramentas. Portanto, entregar o melhor resultado de busca é, em última
análise, o meio de vida do Google.

DICA EXTRA

Ainda sobre E-A-T, há sete recomendações adicionais no “Search Quality Guidelines” que
reforçam expertise, autoridade e confiabilidade dos sites:

1. Apresente o nome verdadeiro da empresa e a informação de contato na página “quem


somos”. Se essa informação não estiver presente, por que o Google deveria confiar no seu site?;

2. Não coloque links excessivos e que não sejam naturais na barra lateral e no rodapé. Isso dá a
impressão de que você quer usá-los como iscas;

3. Não monetize excessivamente seu conteúdo. Isso é uma característica de quem faz spam;

4. Liste editores e colaboradores, inserindo seus nomes verdadeiros abaixo dos artigos em vez de
pseudônimos e nomes genéricos;

5. Informe as fontes de pesquisa. Ao publicar artigos, cite fontes e faça links para elas no texto —
ou mesmo numa lista ao final do post;

6. Em páginas comerciais transacionais, deixe claras as políticas de reembolso, informações,


termos e condições para que o usuário se sinta seguro;

7. Se sua página oferece informação financeira, o nível de qualidade e confiança deve ser ainda
maior, pois elas têm peso ainda mais importante na visão do Google.
Palavras-chave ainda importam?

Palavra-chave é qualquer palavra ou frase para a qual você gostaria de ranquear o seu site
nos resultados do Google. Elas ainda são a base de um planejamento de conteúdo para
SEO. As empresas usam ferramentas como Keyword Planner (do próprio Google) ou SEM
Rush para descobrir quais palavras-chave são mais buscadas pelo público para um
determinado tema e criam conteúdo focado no ranqueamento orgânico. Para essa
finalidade, são usados cinco tipos de palavras-chave:

• Palavras-chave de cabeçalho: são aquelas com uma ou duas palavras. Exemplo:


“cinema clássico”;
• Palavras-chave de cauda longa: são aquelas com três ou mais palavras — ou com
formação de frases. Exemplo: “cinema clássico de Akira Kurosawa”;
• Palavras-chave de navegação: são usadas para marcas ou sites. Exemplos:
“Facebook”, “YouTube” ou “Gmail”;
• Palavras-chave de informação: são usadas para a descoberta de um tema específico.
Exemplos: “como fazer algo” ou “quais as melhores opções para algo”;
• Palavras-chave transacionais: são aquelas que os consumidores digitam no Google
quando querem comprar algo. Exemplo: “comprar casacos online”.

Na prática, então, funciona assim: um redator escolhe uma dessas palavras-chave e cria um
conteúdo destinado a ela. No caso de blog posts e artigos, normalmente serão usadas
palavras-chave de cabeçalho ou de cauda longa. A partir daí, ele se esforça para que essa
palavra apareça em lugares específicos e valorizados da página onde o conteúdo é
publicado. Em manuais de SEO, você vai encontrar recomendações de inclusão das
palavras-chave em dezenas de pontos do código da página — e isso está correto.

Para redatores, é importante ter em mente que a palavra-chave deve, idealmente, aparecer
no título do post (tag <h1>) e no primeiro parágrafo. É desejável que apareça também em
lugares como o subtítulo (tag <h2>) e na descrição das imagens (atributo “alt”). Mas não se
engane: repetir palavras-chave não é o que um bom redator faz. O segredo é escrever bem,
com qualidade e profundidade.

Houve um tempo em que toda a redação devia ser pensada em robôs. Repetir palavras-
chave em um texto era uma prática recomendada para quem quisesse ranquear seu post.
Hoje, não mais. Com o algoritmo Hummingbird, o Google aprimorou a semântica e, com o
RankBrain, passou a “ler” textos como se fosse um ser humano.
O Google pune os malandros

Cuidado com os conselhos dos espertalhões que se acham capazes de burlar os algoritmos
do Google com artimanhas.

Cedo ou tarde, suas práticas acabam sendo identificadas e deixam de funcionar. Ou, o que
é pior, em determinado momento começam a render punições.

Uma atualização de um algoritmo chamado Google Maccabee Update, em 2019, teve como
objetivo melhorar a experiência do usuário. Isso foi feito penalizando as permutações de
palavras-chave, que são várias frases ou palavras-chave de cauda longa que basicamente
significam a mesma coisa.

Por exemplo, criar uma página sobre "como descongelar tubos congelados" e rechear o
texto de outras palavras ou frases de significado parecido, como “descongele tubos
congelados com secador de cabelo”, “como usar calor em tubos congelados”, “como
descongelar tubos congelados que explodem”, “comece a descongelar tubos congelados” e
“descongele tubos congelados ao ar livre” pode penalizar o seu site.

Essas variações artificiais de palavras-chave interrompem o fluxo natural do texto e podem


criar uma experiência ruim para o usuário.

A chave para o bom ranqueamento é criar conteúdo útil. Seja honesto em suas intenções
de ajudar o usuário e o Google vai reconhecer isso.

Outra prática comum é a troca de links.

Quando seu site ganha certa relevância em buscas no Google para um determinado
segmento, ofertas de troca de links começam a aparecer. Se você administra um site que
tem relevância em SEO para determinadas palavras-chave, você provavelmente recebe
emails com ofertas de parceria.

A ideia é simples: você faz link para um site, e ele retribui o favor fazendo um backlink. Tudo
combinado. Tudo artificial.

Isso tem nome — e o Google não acha nada bom. Chama-se “link swapping” (troca de link).
No livro “SEO 2019”, Adam Clarke vai direto ao ponto: “Esqueça esquemas de trocas de link.
São completamente óbvios para o Google. Ou não funcionam mais ou podem até
mesmo prejudicar o seu site. Eles vão contra o senso comum.”
LSI

Produção de conteúdo não tem relação apenas com as palavras-chave escolhidas. Bons
redatores sabem que usar sinônimos para evitar repetições é uma excelente ideia, uma vez
que torna o texto mais aprazível. Graças ao já citado Hummingbird, o Google hoje permite
que redatores escrevam dessa maneira em conformidade com as boas práticas de SEO.

O Google adota um conceito antigo para nortear seus algoritmos nesse sentido, o LSI, que é
a Indexação de Semântica Latente. Trata-se de uma técnica de processamento de
linguagem natural patenteada em 1988 pelos pesquisadores de universidades americanas
Scott Deerwester, Susan Dumais, George Furnas, Richard Harshman, Thomas Landauer,
Karen Lochbaum e Lynn Streeter.

De forma simplificada, a técnica consiste em comparar os conteúdos de diferentes blocos


de textos que abordem tópicos parecidos. A partir daí, encontra uma relação matemática
para avaliar a semântica das palavras que esses textos contêm.

Essa técnica de comparação é chamada de “decomposição de valor singular”, que é usada


para organizar dados não estruturados em documentos e identificar relacionamentos entre
os conceitos contidos nele. Ela visa a encontrar as relações ocultas (ou seja, latentes) entre
o significado das palavras (daí o termo “semântica”) para melhorar o entendimento das
informações (isso é a indexação). Com isso, forma-se o nome de Indexação de Semântica
Latente.

Se o conceito parecer complicado, concentre-se em sua aplicação, que é bem fácil de


entender.

Existe uma diferença entre a forma natural como as pessoas falam, e ela nem sempre é
compreendida por máquinas, que originalmente precisam de uma linguagem, digamos,
mais matemática. Por exemplo, um ser humano compreende facilmente a relação entre
“cachorro”, “quente” e “sanduíche”. Mas, para um computador, essas três palavras têm
significado totalmente diferentes.

Ao resgatar o conceito do LSI, lá de 1988, e incorporá-lo aos seus algoritmos, os


profissionais do Google permitiram que o sistema começasse a compreender que,
dependendo do contexto, “cachorro quente” não apenas tem relação com “sanduíche”
como pode ser também uma palavra com o mesmíssimo significado, usada pelo redator
apenas para evitar repetição. O mesmo critério vale para o uso de “lanche”, “refeição” e “hot
dog” no mesmo post. São todas palavras diferentes para se referir à mesma coisa.

Mais do que permitir que simplesmente um redator possa evitar repetição de palavras, a
incorporação do LSI permite, ainda, que documentos sejam agrupados com base em suas
semelhanças temáticas, o que é extremamente útil para mecanismos de pesquisa. Isto
significa que, mesmo que um texto não destaque “hot dog” como palavra-chave de um blog
post, é possível que ele apareça bem ranqueado quando um usuário buscar por “cachorro
quente” no Google. Vejamos um exemplo real.

Itu, cidade no interior de São Paulo, é famosa por sua tradição de ter objetos grandes.
Buscando no Google apenas por “cidade coisas grandes”, sem fazer qualquer referência a
Itu, o resultado é este:

Não foi preciso digitar “Itu” para que o Google, fazendo a relação por LSI, entendesse qual a
intenção da pesquisa.

Cada vez mais, o Google se esforça para entender com precisão o contexto de qualquer
parte do conteúdo. O campo da semântica é uma parte fundamental dessa abordagem.
Tamanho do texto pesa?
O Google hoje tem o Hummingbird e o RankBrain trabalhando juntos. Consegue copiar o
comportamento humano ao ler textos. É justamente aí que a dúvida persiste: textos
maiores vão necessariamente trazer a melhor explicação para uma pergunta e fazer com
que um post ranqueie melhor?

Bem, há uma grande divergência sobre se o tamanho do texto pesa como fator de
ranqueamento. Há especialistas que afirmam categoricamente que sim e outros que dizem
enfaticamente que não.

Para não ficarmos em cima do muro, vamos ao nosso veredito: nós acreditamos que o
tamanho do texto NÃO seja um fator de ranqueamento, mas que o nível de profundidade
da resposta, sim, tenha peso.

O que isto exatamente significa? Que o Google busca a melhor resposta para uma
pergunta. Se você quiser explicar, por exemplo o que é um quadrado, não precisará redigir
muito. Se for forçado a escrever um post de 2 mil palavras para explicar o que é um
quadrado, acabará por encher linguiça. E isso nunca é bom.

Por outro lado, se o seu propósito for explicar o complexo sistema tributário brasileiro, 2
mil palavras não serão suficientes nem sequer para a introdução. Portanto, fique com a
seguinte ideia: o texto deve ter o tamanho que merece.
#2 Backlinks
Links de entrada, também conhecidos como "backlinks", são todos os links que apontam
para a sua página vindos de outros lugares da internet. Eles podem fazer uma grande
diferença no ranqueamento, já que indicam ao Google que confiam no que você diz. Aos
olhos do Google, confiança é um elemento-chave. Por isso, as técnicas de "link building" são
hoje importantes — mas delicadas — para SEO.

Quanto maior a credibilidade do site que faz o backlink, melhor. O ideal é você ter poucos
backlinks vindos de domínios de baixa qualidade e vários de sites de boa reputação.
Ferramentas como o SEMRush ajudam você a mapear os sites que fazem links para as suas
páginas.

Os backlinks ainda são importantes?

A resposta curta é “sim”, os backlinks continuam sendo um fator crucial para a classificação
da pesquisa orgânica. Segundo Brian Dean, do Backlinko, o número de domínios de
referência é um dos fatores de classificação mais importantes do Google. É o que mostra o
gráfico abaixo.

Quanto maior o número de backlinks apontados para um site,


melhor sua posição no Google.
Brian Dean não está isolado em sua avaliação da importância dos backlinks. Em dezembro
de 2017, Rand Fishkin — outro expert em SEO — publicou uma lista de boas práticas para
quem quisesse ranquear seus posts em 2018. O primeiro critério, para Fishkin, era
conteúdo. O segundo, backlinks. E um ajuda o outro. Ou seja, quanto melhor o conteúdo,
maior a chance de conquistar espontaneamente links em outros sites.

Se você produzir um conteúdo de alto valor e distribuí-lo por múltiplos canais — prática
própria de um plano de content marketing —, outros sites naturalmente criarão links para
o seu conteúdo. Você dará aos outros a oportunidade de “descobrir” o seu conteúdo ao
distribuí-lo por diversos canais. Isso inclui pessoas que escrevam sobre temas similares e o
citem como referência — ou o recomendem para que outras pessoas também o
descubram.

Para esse efeito acontecer, não é preciso ter um site antigo ou com grande audiência ou
reputação. Na verdade, o efeito é o inverso. A reputação e a audiência são consequência (e
não causa) do bom conteúdo.

Qualidade pesa mais do que quantidade


Embora o número total de backlinks tenha um papel importante nos algoritmos do Google,
há outros dois elementos que pesam mais: a qualidade e a variedade de sites que apontam
os links. Vamos aplicar a análise humana, que é justamente aquela que o Google tenta
copiar, para entender a lógica.

Imagine que um determinado post sobre negócios no site A receba 500 backlinks. Esses
links vêm de sites completamente irrelevantes, como blogs criados recentemente em
serviços gratuitos e com audiência próxima de zero. Quando você vai analisar mais de
perto, esses 500 backlinks vêm de apenas 40 domínios diferentes. Ou seja, um mesmo blog
faz link dezenas de vezes para aquele post em páginas diferentes.

Agora imagine que o site B, também especializado em negócios, tenha publicado um post
sobre o mesmo tema e recebeu 20 backlinks.

Só que esses links vieram de Exame, Estadão, UOL e Forbes. Se você tivesse de fazer uma
análise apenas baseado em peso dos backlinks, certamente atribuiria mais peso nesse
quesito ao post publicado pelo site B pela qualidade dos backlinks.

O Google tem tecnologia suficiente para fazer a mesma análise — e faz.


Para aferir o que é um site capaz de prover backlink de alta qualidade, o Google mantém a
pontuação chamada de PageRank. Trata-se de um sistema de pontuação que avalia a
qualidade e o número de links de cada site, atribuindo a eles uma pontuação de autoridade
que vai de 0 a 10.

Você pode verificar o PageRank de qualquer site gratuitamente em diversos sites, como o
checkpagerank.net, por exemplo. O UOL tem Page Rank 8. O Mundo do Marketing e a
Tracto têm 5. O Content Marketing Institute tem 6. E por aí vai.

Nessa contagem, é preciso considerar que nem todos os links são computados. Alguns
deles contêm o atributo “nofollow”, que existe para indicar para o Google que ele não deve
considerar aquele link para efeito de ranqueamento.

Ele é usado, por exemplo, em áreas de comentários. Imagine que um site de grande
credibilidade e audiência publique um artigo importante sobre um determinado tema. Um
usuário, então, publica um comentário — o que pode ser feito livremente por qualquer
pessoa. Se ele inserir um link nesse comentário, o Google, tecnicamente, entenderá aquilo
como um backlink, o que não é bem verdade.

Para evitar esse mal-entendido, o site automaticamente adiciona ao código de todos os


links de comentários o atributo “nofollow”. Ou seja, ele avisa ao Google para desconsiderar
aquele link para efeito de SEO.

Essa situação é comum em sites que permitem que usuários publiquem livremente
conteúdo. Vale não apenas para área de comentários como também para a Wikipedia. Ou
mesmo para situações em que um redator queira mencionar sites de baixa reputação —
num post de denúncia, por exemplo — sem que eles ganhem pontos em SEO por isso.

O código HTML para SEO é este:


<a href=“http://sitededestino.com.br/” rel=“nofollow”>
#3 Velocidade de carregamento da página
O Google busca melhorar a experiência do usuário e você, na posição de um deles, sabe
como é chato navegar por sites lentos. Por isso, em julho de 2018, o Google anunciou uma
atualização de algoritmo focada na velocidade de páginas em dispositivos móveis. Ou seja,
se o seu site já era lento para abrir na versão desktop, poderia perder ranqueamento. Se
demorar para abrir no celular, é ainda pior.

A velocidade da página se refere à rapidez com que sua página da web é carregada quando
um visitante clica nela a partir de uma busca no Google. Vários fatores na página
contribuem para a rapidez com que ela é carregada. Como regra geral, quanto mais rápido
o site, melhor a classificação no Google.

As páginas carregadas em menos de três segundos são consideradas rápidas o suficiente


para seus visitantes. No entanto, isso pode variar de acordo com a finalidade do site e o
tipo de visitantes que ele atrai. Por exemplo, os sites de e-commerce são incentivados a ser
um pouco mais rápidos. Idealmente, devem carregar em menos de dois segundos,
conforme diretrizes do próprio Google.

Diferentes tipos e tamanhos de fonte podem sobrecarregar o site, mas uma das maiores
causas da velocidade lenta da página são as imagens não compactadas. Por isso, busque
reduzir o tamanho dos arquivos de imagens. Esse cuidado é especialmente importante
para produtores de conteúdo, que no dia a dia fazem o upload de fotos para ilustrar os
posts e nem sempre tomam esse cuidado.

Outro aspecto importante é garantir que o site esteja hospedado num servidor que garanta
boa velocidade de carregamento.

Esse aspecto tende a se tornar mais importante ainda no futuro porque a busca por voz
cresce rapidamente no mundo todo. E ela exige respostas ainda mais rápidas. É provável,
portanto, que a velocidade de carregamento ganhe importância em SEO nos próximos
anos.
#4 Autoridade do domínio
A autoridade do domínio tem a ver não apenas com o PageRank, explicado no tópico de
backlinks. Ela tem a ver com diversos fatores relacionados ao nome “seusite.com.br”. Idade
do domínio é uma delas. Ou seja, um domínio criado há mais tempo tem vantagem sobre
outro que foi registrado na semana passada — o que, mais uma vez, parece fazer todo o
sentido.

Quase 60% dos sites que figuram entre os dez melhores resultados em uma busca no
Google têm três anos de existência ou mais. A conclusão é de um estudo do ahrefs, que
pesquisou mais de 2 milhões de páginas. Isto significa que domínios registrados há mais
tempo levam vantagem em SEO.

Não é só o domínio que conta. A idade da página conta também. O ahrefs


concluiu que os posts que aparecem em primeiro lugar numa busca no Google
normalmente têm mais de 900 dias de existência.
Outro fator que conta em certa medida é a correspondência exata. Se o domínio tem
exatamente o mesmo nome do termo buscado, ele leva uma grande vantagem. Por
exemplo, se você buscar por “Rock in Rio”, o primeiro resultado que aparece é o
rockinrio.com (site oficial do evento). Isso é a correspondência exata.

Mas atenção: esse fator conta até certo ponto apenas. Um site que tiver um conteúdo
melhor, com mais backlinks e mais relevância que outro não vai ficar em segundo lugar
apenas porque não tem a correspondência exata. No mesmo exemplo, se você buscar
apenas por “rock”, não vai encontrar nenhum site do tipo “rock.com.br” ou “rock.com” em
primeiro lugar. Vai encontrar sites especializados em música, notícias, Wikipédia e afins.

Aliás, em alguns casos, o tiro pode sair pela culatra. O Google até já penalizou domínios de
correspondência exata porque percebeu terem sido criados com o intuito de SPAM. Se você
tentar registrar um domínio “rockinrio.net.br” sem ser o detentor da marca e quiser fazer
nele a venda clandestina de ingressos, por exemplo, o Google pode facilmente detectar a
artimanha.

#5 Protocolo de segurança
Dê uma olhada no início da URL de cada site e verifique se o endereço começa com “http”
ou com “https”. Pois bem, é exatamente dessa maneira que o Google diferencia sites
seguros de sites não seguros. Portanto, se o seu site não tiver o “https”, que indica a
existência de um protocolo de segurança, providencie um agora mesmo. Não há dúvida de
que isso interfere no ranqueamento.

HTTP significa HyperText Transfer Protocol. É um processo virtual que transfere


informações de um site para o navegador do visitante (como Chrome, Firefox, Internet
Explorer ou outro). O HTTPS é a versão segura deste protocolo e garante ao Google que as
informações indexadas são seguras para o pesquisador. O "S", como se pode deduzir,
significa "seguro".

Um profissional ou mesmo um freelancer de TI encontrado no fiverr.com ou no


vintepila.com.br pode facilmente instalar esse certificado para você. Aliás, se você
administrar um blog, com um pouco de pesquisa no Google, consegue por conta própria
cumprir essa tarefa. Não é absolutamente intuitiva, mas também não é nenhum bicho de
sete cabeças.
#6 Usabilidade em dispositivos móveis
Compatibilidade com dispositivos móveis é mais um fator importante em SEO. Mais
pessoas usam dispositivos móveis do que computadores para acessar a internet, e esse é
um dos motivos pelos quais houve alterações na forma como o Google classifica os
resultados de pesquisa. O conceito “mobile-first” do Google agora é uma realidade, o que
significa que ele extrai seus resultados primeiro dos sites otimizados para dispositivos
móveis, e não dos sites voltados para desktops.

Basicamente, seu site precisa ser responsivo. Ou seja, deve ser redimensionado
automaticamente para caber no dispositivo móvel. Se você usar fontes grandes para
facilitar a legibilidade em uma tela pequena, melhor. Acessibilidade e navegabilidade que
facilitem o uso dos menus também são critérios importantes.

No redimensionamento da tela grande para a pequena, todo tipo de pop-up, modal ou


publicidade precisa ser reposicionado — ou mesmo eliminado — para não cobrir o
conteúdo, causando uma má experiência para o usuário. O Google observa tudo isso. O
próprio Google oferece uma ferramenta para fazer um diagnóstico que mostra se o seu site
está bem adaptado para o mobile: https://search.google.com/test/mobile-friendly.

Quatro em cada dez pesquisas feitas em smartphones têm a intenção de pesquisar algo
relacionado ao local — ou seja a uma busca sobre uma empresa fisicamente próxima do
usuário. Isso torna a otimização para mobile especialmente importante para negócios
locais.
Parte II - Os fatores que provavelmente têm importância
Nesta segunda lista, entram os critérios que aparentam ter peso. Não há unanimidade
entre os experts em SEO. Por isso, é recomendável que você os tenha em mente e teste
para ver como se aplicam ao seu site em particular.

#7 Sinais sociais
A palavra oficial do Google é que os compartilhamentos em redes sociais não são um fator
de ranqueamento. Links de Twitter, Facebook e outras redes não contam da mesma forma
como links de outros sites.

No entanto, um estudo que analisou 23 milhões de compartilhamentos encontrou uma


correlação entre a quantidade de shares em redes sociais e desempenho em SEO. Ou seja,
os posts mais compartilhados apareciam mais bem posicionados no Google.

Ainda assim, o estudo não é conclusivo. Quanto mais um conteúdo é compartilhado, mais
pessoas o veem e o compartilham. Há quem defenda, então, que a relação de causa e
efeito seja, na verdade, de efeito e causa.

O fato é que a discussão está posta. O próprio livro “SEO 2019” afirma que redes sociais
são, sim, um fator de ranqueamento. Na dúvida, busque ter uma presença nas mídias
sociais. Isso facilita o compartilhamento e amplifica o alcance do seu conteúdo. Mal, não vai
fazer.

#8 Taxas de clique e rejeição


Embora não haja unanimidade sobre o efeito das taxas de clique e de rejeição nos
resultados de SEO, a aplicação da lógica pura e simples conduz qualquer análise a
concordar com quem afirma que, sim, elas importam.

Basta raciocinar. Quando uma pessoa clica em um resultado de pesquisa, o Google


contabiliza esse clique. Se a pessoa não encontrar a resposta, clicar no botão “voltar”,
retornar à página de resultados da pesquisa e clicar em outro site, o Google vai levar isso
em conta também. E vai naturalmente perceber que, para aquele usuário, a melhor
resposta foi o segundo clique.

Isto significa que, ao escrever o conteúdo que busca ter bom desempenho de SEO, você
precisa garantir que as pessoas encontrem com facilidade e clareza a resposta para a
pergunta que elas queriam.

Seu texto precisa ser organizado e de fácil leitura, com cabeçalhos e subtítulos claros. Você
precisa usar parágrafos para dividir o texto para que as pessoas possam ler facilmente,
com um layout convidativo. Seu texto precisa ser bem escrito também. Erros ortográficos e
gramaticais farão com que as pessoas pensem que você não sabe do que está falando. Elas,
portanto, procurarão a informação em outro lugar.

#9 Busca por voz


Segundo o Google, uma em cada cinco buscas já é feita por voz. Espera-se uma mudança
maior nessa direção nos próximos anos. Por isso, concentrar seus esforços de SEO em
palavras-chave de cauda longa beneficiará você. Na verdade, já estamos vendo isso
acontecer com o RankBrain.

Ao usar smart speakers, os usuários esperam que aproximadamente 98% das respostas
venham da primeira página dos resultados dos motores de busca. Os resultados de
smartphones estão ligeiramente abaixo, com 93% da primeira página. É melhor estar nas
quatro primeiras posições se você quiser ser encontrado pelos adeptos do “ok, Google”.

#10 Estrutura da URL


Ao organizar seu site em subdiretórios e slugs (nome dado à sequência de uma URL), você
facilita a vida do Google para entender quem você é e em quais tópicos você deseja que
seja uma autoridade.

Por exemplo, se você tem um blog sobre jardinagem e planeja publicar conteúdo sobre
produtos, regação e pragas, é bom organizar o conteúdo em três subdiretórios — um para
cada tema. Então, terá um slug, como se fosse uma pasta, com cada um desses nomes
(“produto”, “regacao” e “pragas”). Todos os posts ficarão dentro de cada um desses slugs.
Isso ajuda o Google a entender a sua estrutura.
#11 Search Intent
No longo prazo, os tópicos sobre os quais o seu blog fala são mais importantes do que as
palavras-chave individuais, mas isso não significa que as palavras-chave não sejam mais um
fator de classificação.

Como já foi dito, elas ainda são. Quando bem feita, a otimização de palavras-chave é um
dos fatores mais importantes que em SEO.

Lá atrás no final dos anos 1990 e início dos anos 2000, uma palavra-chave expressa
literalmente na busca era determinante para o resultado. Isso era conhecido como
"correspondência exata". Hoje, não mais.

O site que melhor corresponde à intenção por trás dessa palavra-chave é o que leva
vantagem.

A intenção da pesquisa significa entender o que as pessoas realmente procuram quando


digitam as palavras-chave da pesquisa. Por exemplo, digamos que você identificou "imóveis
em Cuiabá" como uma palavra-chave para a qual deseja ranquear. Você pode supor que
escrever conteúdo para pessoas que querem comprar imóveis na capital mato-grossense
seja uma boa ideia.

Acontece que as pessoas que pesquisam esse termo também podem ser corretores de
imóveis que querem vender imóveis em Cuiabá. Neste caso, seu conteúdo não atende às
necessidades delas. A sua página, então, não vai ser ranqueada para elas.

Às vezes, fica claro o que as pessoas estão procurando. Por exemplo, se elas usam a
palavra "comparar", provavelmente estão tomando a decisão de compra de um produto. E
se usarem a palavra "comprar", estão prestes a fazer a compra.

As palavras-chave que os visitantes de um site variam se eles quiserem:


encontrar um site específico (de navegação), obter a resposta para uma pergunta
(informativa), obter informações antes de fazer uma compra (experimental) ou fazer uma
compra (transacional).

Em suma, o Google sabe que o usuário expressa sua intenção ao escolher as palavras.
Você, ao redigir, deve ter isso em mente e não atrapalhar esse processo tentando
jogar excessivamente com as palavras-chave.
#12 Metatags
Uma metatag é um pequeno código de HTML que registra informações sobre o site — e
que será lido pelo Google. Isto dá a impressão de ser algo mais da seara dos profissionais
de TI e programadores, mas não é exatamente isso. Um sistema de gerenciamento de
conteúdo (CMS), como WordPress ou similar, permite trabalhar com algumas delas a favor
do SEO.

As metatags ajudam o Google a identificar o objetivo específico de uma página e qual o


papel que cada componente dessa página desempenha no tópico e na palavra-chave de
destino. Existem vários tipos de metatags que devem ser preenchidas no âmbito do
conteúdo. As mais relevantes para efeito de SEO são:

• A tag “title”, que é geralmente o título do seu artigo. Ela ajuda o Google a criar o título
azul e clicável que você vê na própria SERP, a página de resultados do Google.
• Meta descrição: é uma breve sequência de texto que aparece abaixo de cada link
azul nas SERPs do Google, e que resume o conteúdo interno. Uma meta descrição
não precisa incluir palavras-chave específicas, mas preenchê-la é uma forma de
ajudar a explicar do que trata aquele conteúdo. A maioria dos sistemas de CMS,
como WordPress, Wix ou afins, possui um campo dedicado a essa descrição.
• Texto alternativo da imagem: o Google não pode “ler” fotos. Para ajudar o Google a
ler imagens, os criadores de conteúdo são incentivados a fornecer um texto
alternativo para cada imagem inserindo a tag “alt”, que descrevem a imagem no
contexto da página da web em que ela é publicada.
Parte III - Outros 200 fatores de ranqueamento
Como foi dito no começo, este ebook não tem o propósito de cobrir todo o SEO. Se nem o
próprio Google faz isso, nós é que não conseguiríamos. O propósito foi trazer uma lista
simples — mas não simplória.

Aqui, buscamos seguir um conselho de Mark Schaefer, autor de diversos livros — entre os
quais se destaca o “The Content Code”. Ele costuma recomendar que você se concentre em
três ou quatro fatores de SEO realmente importantes e trabalhe neles. Se tentar se
sobressair em todos os fatores, vai acabar perdendo foco.

Numa linha parecida, Andy Crestodina, da Orbit Media, de Chicago, afirma que a parte
técnica é fácil porque exige o trabalho uma só vez. Por exemplo, você ajusta velocidade do
site e protocolo de segurança ocasionalmente, e pronto. O grosso do trabalho é
relacionado ao conteúdo, atividade que consome 90% do seu tempo continuamente.

Ainda assim, não podemos privar você de acessar uma lista extensa de critérios. Sendo
assim, se você quiser acessar outros 200 fatores de ranqueamento listados pelo Backlinko e
traduzidos pelo DINO, acesse este post:

Conheça 200 fatores de ranqueamento no Google


https://blog.dino.com.br/ranqueamento-no-google/

Após esta recomendação final, só posso dizer que espero que este ebook tenha sido útil.

Se quiser, me adicione no LinkedIn para conversarmos sobre este conteúdo:


https://www.linkedin.com/in/cassiopoliti/

Envie o convite dizendo que acabou de ler este ebook, pois assim aceito sem titubear!

Um abraço,

Cassio Politi
cassio.politi@tracto.com.br
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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https://www.bluecorona.com/blog/google-ranking-factors-2018 >. Acesso em 27 de agosto
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Your SEO. Disponível em < https://www.searchenginejournal.com/latent-semantic-indexing-
wont-help-seo/240705/#close >. Acesso em 31 de agosto de 2019.

CLARKE, ADAM. SEO 2019: Learn search engine optimization with smart internet marketing
strategies. 2016.

DEAN, BRIAN. Backlinko, Google’s 200 Ranking Factors: The Complete List (2019). Disponível
em < https://backlinko.com/google-ranking-
factors?fbclid=IwAR1SKOQ4yd456sVUYKVe8G8rbeMaigM6CqOI-VltobI7W4EISk1GqWH_EPc
>. Acesso em 27 de agosto de 2019.

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https://www.seoinc.com/seo-blog/what-is-e-a-t/ >. Acesso em 31 de agosto de 2019.

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GUNNARS, KRIS. Search Facts, High-Quality Content Is The No 1 SEO Ranking Factor.
Disponível em < https://searchfacts.com/high-quality-content-for-seo/ >. Acesso em 29 de
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Page Rank Checker Info, Check PAGE RANK of Web site pages Instantly. Disponível em <
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POLITI, CASSIO. DINO, Conheça 200 fatores de ranqueamento no Google. Disponível em <
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POLITI, CASSIO. Tracto, Como o Google ranqueia os sites nos resultados de busca?.
Disponível em < https://www.tracto.com.br/seo/ >. Acesso em 31 de agosto de 2019.

POLITI, CASSIO. Tracto, Se um email chegar oferecendo troca de links caia fora É fria.
Disponível em < https://www.tracto.com.br/troca-de-link/ >. Acesso em 31 de agosto de
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to revisit for 2019). Disponível em < https://www.ashworthcreative.com/blog/2019/01/do-
backlinks-still-matter-and-other-seo-issues-its-time-to-revisit-for-2019/ >. Acesso em 29 de
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Tracto, Linha do tempo: como os algoritmos do Google afetam seu site. Disponível em <
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