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O uso de medicamentos pela nutriz (lactente), é uma prática comum que se inicia ainda na maternidade e
persiste durante todo o período da lactação é, sabidamente, um fator de risco para a interrupção precoce do
aleitamento materno.
A interrupção da amamentação devido ao uso materno de medicamento só deveria ocorrer quando o
medicamento em questão fosse considerado, pela literatura científica, contraindicado para uso durante a
lactação. Porém, outros fatores relacionados ao uso de fármacos durante a amamentação podem determinar
o desmame de forma desnecessária e danosa ao lactente, à nutriz e à família.
Os medicamentos citados a seguir são classificados como perigosos e não devem ser administrados em
lactantes. Pois estudos em nutrizes demonstraram que há risco significativo e documentado para os
lactantes ou o medicamento tem alto risco de causar danos significativos aos lactentes. O risco do uso do
medicamento claramente supera qualquer possível benefício da amamentação. O aleitamento materno está
contraindicado durante o uso do fármaco, podendo ser encontrado no leite materno gerando reações
possivelmente graves nos nos lactentes.
Fenindiona tem seu uso contraindicado durante a amamentação. Há relato de hemorragia escrotal em
lactente submetido à herniorrafia após uso materno. A substituição pode ser feito por Varfarina, uma opção
mais segura que não causa efeitos nocivos à lactente e ao lactante.
Antiarrítmicos
Lactantes não devem utilizar Amiodarona. A amiodarona é excretada no leite materno em quantidades
significativas e por isso, é contraindicada em lactantes. Sendo uma alternativa de substituição a Adenosina,
que é um remédio antiarrítmico cardíaco utilizado para tratar taquicardia em pacientes com problemas
cardíacos , com batimentos cardíacos irregulares. Seu uso é permitido com a lactação, e apesar de ser
excretado no leite materno, não causa efeitos significativos no recém-nascido.
Hormônios Contraceptivos
Orientação geral: dentre os métodos hormonais, preferir aquele com somente progestogênio, por sua
eficácia na contracepção sem interferir com o aleitamento materno. Recomenda-se iniciá-los a partir da sexta
semana após o parto. Os anovulatórios orais contendo estrogênios são contraindicados devido ao risco de
redução da produção do leite, especialmente durante o período de amamentação exclusiva.
Para a contracepção de emergência, recomenda-se o uso de produtos que contemplem apenas o
levonorgestrel.
Anticoncepcional hormonal combinado não deve ser utilizado por lactantes, uso contraindicado durante a
amamentação. O componente estrogênico (etinilestradiol, mestranol, estradiol) diminui a produção de leite
materno. Monitorizar o
crescimento do lactente.
A polifarmácia, muitas vezes definida como o uso de cinco ou mais medicamentos, é prevalente em
adultos com 65 anos ou mais. A polifarmácia pode resultar na prescrição inadequada de medicamentos,
causando eventos adversos a medicamentos. Estudos têm mostrado que as interações
medicamentosas em adultos mais velhos podem levar ao aumento de visitas a departamentos de
emergência e hospitalizações, resultando em maior riscos de saúde e utilização dos sistemas de saúde
público e privado.
Antiarrítmicos
Amiodarona.
Evitar a terapia de primeira linha para fibrilação atrial, a menos que o paciente tenha insuficiência cardíaca
ou hipertrofia ventricular esquerda significativa; eficaz para manter o ritmo sinusal, mas tem maior toxicidade
do que outros antiarrítmicos usados na fibrilação atrial
Fenindiona deve ser evitado a administração em idosos, o uso poderá ser feito com acompanhamento
médico. Muitos idosos acabam utilizando muitos medicamentos (polifarmácia) e poderá ocorrer interações
medicamentosas entre as medicações, priorizando o uso em ambientes que possam controlar possíveis
efeitos adversos e interações.
Doxepina
Um estudo mostrou uma ligação entre o medicamento tradicionalmente usados para insônia e alergia com o
desenvolvimento de demência e Alzheimer em idosos, evitar o uso em pacientes acima de 65 anos,
priorizando outras opções terapêuticas.
Hormônios Contraceptivos
Evitar o uso de hormônios como estrogênio e progesterona. Evite estrogênio e progesterona sistêmico (oral,
tópico). Creme vaginal ou comprimidos vaginais, uso aceitável em baixas doses para tratamento de
dispareunia, infecções recorrentes do trato urinário inferior e outros sintomas vaginais. Pode ter um potencial
carcinogênico devendo ser evitado o uso recorrente.
Referências
https://www.pharmacytoday.org/article/S1042-0991(19)31235-6/pdf
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Aleitamento_-__Uso_Medicam_durante_Amament.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/amamentacao_uso_medicamentos_outras_substancias_2edicao
.pdf
https://consultas.anvisa.gov.br/