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Capítulo IV – 
 Imaginação
A imaginação é um Dom do ator, do escritor, do artista, etc. Imaginar é um
sonho.Quando temos um, imaginamos ele e o construímos em nossas mentes.
Imaginar também é responder. Para respondermos alguma pergunta
precisamos pensar, imaginar,uma situação que responda a pergunta.
A imaginação surge através de uma seqüência deses
e forma na maioria das vezes uma história. Imaginar é criar, todos temos,
bastatrabalha-la..

Capítulo V – 
Concentração da atenção
Para fugir do auditório, precisamos ficar interessados em alguma coisa no
palco. O ator deve ter um ponto de atenção no qual não pode estar no auditório. O
ator precisareaprender a olhar as coisas, no palco e vê-las. Ao firmar seu
olhar em algum objeto,leva o público à perceber o que ele está olhando, qual seu
objetivo. O ator encaminha o público. Essa é a nossa atenção exterior.Atenção interior
significa olhar um objeto e saber se gostamos ou não dele. Ele é feio?Bonito?
Observamos o interior da alma de uma pessoa, sabendo o que ela está
sentindo,observando seus olhos. Pode ser tarefa difícil, porém se a pessoa
permitir, vazará seussentimentos através do olhar.Capítulo

VI – 
 Descontração dos músculos
Precisamos descontrair os músculos, livrar-nos das tensões musculares,
para podermos pensar e atuar. Exercícios de relaxamento, como concentrar
seu ponto gravitacional emuma determinada pose, quando alguns de seus
músculos estão tensos. Nunca deve haver em cena uma pose sem base, precisa de um
objetivo: como o de erguer a mão direitasobre a cabeça, imaginar uma árvore com um
pêssego delicioso, meu objetivo a partir de agora será pegar o pêssego. O
pêssego e a árvore são as circunstâncias dadas para odesenvolvimento da ação.
Esta é a ação da natureza sobre nós.Capítulo

VII – 
Unidades e Objetivos
Usamos unidades pequenas apenas na preparação do papel. Unidades são
fragmentos da peça. Unidades maiores, usadas na criação do personagem
são reduzidas a unidadesmenores, respectivamente. Unidades também se
aplicam aos objetivos. Por isso, precisamos evitar o inútil e selecionar objetivos
essencialmente certos, esses devem:estar do nosso lado da ribalta, ser pessoais,
criadores e artísticos, verdadeiros, reais, ter aqualidade de atraí-los e comovê-
los, claramente definidos e típicos do papel queestiverem representando, ter valor
e conteúdo, ser ativos. Esses são objetivos criadores.Assim, precisamos
escolher um nome para a unidade, “o nome certo, que cristaliza aessência de
uma unidade, descobre seu objetivo fundamental.” Tem de se usar um verboem vez de
um substantivo ao escolher um objetivo para entregarmo-nos a ação total.
 
Capítulo VIII – 
 Fé e sentimento de verdade
Em seus momentos de criatividade o ator cria a verdade em cena, que
significa tudoaquilo que podemos crer com sinceridade. Precisamos saber
separar verdade defalsidade, estabelecendo uma porcentagem significatória para
ambas. Estabelecendouma seqüência lógica para os atos, conseguimos verdade na
ação física e emocional. Dacrença na veracidade da pequena ação, o ator pode chegar
a sentir-se integrado em seu papel e depositar fé na realidade de uma peça
inteira. Pequenas ações físicas trazemverdade a cena, são um papel de
grande importância na verdadeira representação .Precisamos ser e não
perceber.

Capítulo IX – 
Memória das emoções
Memória das emoções significa lembrar do seu sentimento vivido em uma cena
anterior e reproduzi-lo novamente. Tudo isso dá-se graças a capacidade
visual e auditiva do ator.Os aspectos exteriores na hora da cena,
são fundamentais para o ator formular o interior de seu papel e sentir suas
emoções. Isto depende muito do diretor. Para que tudo issoocorra é necessário um
estímulo interior que vem a partir de objetivos reais, verdadeiraação física e a
crença que se tem nela. É por isso que precisamos saber estudar sempremais sobre o
mundo que nos cerca, pessoas, raças, sociedade, cultura para
podermossaber interpretar o papel que nos é concebido.

Capítulo X – 
Comunhão
A comunhão ocorre em cena, quando atores trocam sentimentos,
pensamentos e açõesatravés do olhar, pois os olhos são o espelho da
alma.A autocomunhão acontece quando falamos com nós
mesmos, sentimos a correnteinterior da comunicação, escolhendo nosso sujeito e
objeto. No caso de Torstovescolheu o plexo solar e o cérebro, dos quais teve um
significativo resultado. Acomunhão interior é uma das mais importantes fontes
de ação. Para que possamos ter realmente a comunhão precisamos:1)
 
encontrar o seu objeto real em cena e entrar em comunicação ativa com
ele;2)
 
reconhecer os falsos objetos, as relações falsas, e combatê-los. Prestar atenção
aqualidade do material espiritual em que buscaram sua comunicação com os
outros.Tente encontrar alguém que possa trocar sentimentos com você e assim
estabeleça umacomunhão.

Capítulo XI – 
 Adaptação
Adaptação significa os meios humanos internos e externos, que as pessoas usam
paraajustarem uma às outras, como auxílio para afetar um objeto. Isto é,
convencer alguémde alguma coisa que não é real.Adaptações intuitivas ocorrem
quando estimulamos algo para chegar ao nossosubconsciente. Quando imaginamos
algo que não faz parte do momento que estamosvivendo, que não tem relação. Isso
quer dizer que passamos pelo nosso subconsciente.Temos vários tipos de adaptações,
basta escolhermos um sentimento e o tomarmoscomo base para poder atuar.
 
Capítulo XII – 
 Forças motivas interiores
Precisamos de um mestre para tocar nossas forças motivas interiores. Possuímos
três:1)
 
Sentimento2)
 
Mente3)
 
Vontade.Todos se interligam e formam um único objetivo: o de motivar-
nos.

Capítulo XIII – 
 A linha contínua
Estabelecemos uma linha entre o nosso passado, presente e futuro, linhas
ininterruptas,mas que juntas formam um dia. Uma linha continua de como foi seu dia.
Como acordei?Como estou agora? Como irei dormir? Existem várias linhas,
curtas, compridas, dias,semanas, meses, anos, vidas que formam uma sequência
lógica. Por isso, quando lemosuma peça e interpretamos um papel, precisamos
estabelecer uma linha continua, ler quantas vezes necessário e perceber o máximo de
conhecimento que a peça nos oferece.

Capítulo XIV – 
O estado interior da criação
 As nossas forças motivas interiores combinam-se com nossos elementos
mestres:sentimento, mente e verdade para procurar nosso objetivo. A platéia
aterroriza o ator,mas também o estimula fazendo com que desperte sua energia
criadora. Precisamosestar concentrados na cena, não na platéia e nem fora do
teatro, caso contrário nãoconseguimos sentir, pensar, mover-se, ou seja,
atuar. Salvini disse: “O ator vive, chora eri em cena e , o tempo todo, está
vigiando suas próprias lágrimas e sorrisos. É esta duplafunção, este equilíbrio
entre a vida e a atuação que faz sua arte.” Por isso, precisamosestudar o papel
para podermos ativar nosso estado interior de criação.

Capítulo XV – 
O Superobjetivo
Todo objetivo individual leva ao superobjetivo, que precisa ter uma nome
coerente, deimpacto com a peça, que exprima ação e verdade. Sem ele não temos
verdade apenassuperficialidades. A linha direta da ação e o Superobjetivo andam
juntos na mesmadireção.

Capítulo XVI – 
No limiar do subconsciente
Quando acreditamos em algo que não é real, imaginamos que estamos mortos, mas
nãoestamos, assim alcançamos o subconsciente. Para nos aproximarmos
dele basta umaocorrência em cena, um lenço que cai ou uma cadeira
derrubada, por exemplo.Precisamos pensar no superobjetivo e na linha direta da
ação, ter em mente tudo que possa ser controlado conscientemente. Alcançar o limiar
do subcosicente, ou seja, o eu sou
.Falávamos agora da nossa arte, Torstov compara-a a uma gestação, onde o pai é o
autor a mãe a atriz e o filho o papel que vai nascer. Todos dependem da ação da
natureza.Plantar e colher, eis a nossa lei

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