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01 Capa 1º Emprego 1_2011 Forepoint_Layout 1 2/1/11 3:13 PM Page 1

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oi
Tudo o que precisas de saber para arranjar trabalho!

o
guia do

Edição especial da revista FORUM ESTUDANTE | distribuição gratuita – NÃO PODE SER VENDIDO | disponível em pdf em www.forum.pt • Anual • Ano II

o que as
empresas
querem

DESCOBRE
O CAMINHO
PARA O TEU
1º EMPREGO
2011

prepara-te
para as
entrevistas
de emprego
patrocínio patrocínio principal
02 Pub Santander_Layout 1 2/4/11 5:21 PM Page 2
03 Indice+Ficha Tecnica_Layout 1 2/1/11 4:20 PM Page 3

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Guia do 1º Emprego 2011

GUIA DO 1.º EMPREGO - [FEVEREIRO 2011] edi-
ção especial  da  Revista  FORUM ESTUDANTE |
PROPRIEDADE E PRODUÇÃO DE: PRESS FO-
RUM - Comunicação Social, S.A. Capital Social:
Índice
299.400,00€. NIF 502981512 | PERIODICIDADE 4 Entrevista Dr.Valter Lemos, Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional
Anual | DEPÓSITO LEGAL N.º 510787/91 | RE- 8 Entrevista Dra. Isabel Viegas, Directora coordenadora de recursos humanos do banco
GISTO  ICS  ISENTO  DE  REGISTO  AO  AbRIGO Santander Totta
DO DECRETO REGULAMENTAR N.º 8/99, DE 9
DE jUNhO, ART.º 12.º, N.º 1A) | SEDE Tv.  das 14 Elaborar um Curriculum Vitae
Pedras Negras, nº 1 - 4º — 1100-404 Lisboa. Te- 18 Carta de apresentação
lefone: 218 854 730  — Fax: 218 877 666 | DI- 20 Entrevista de emprego
RECÇÃO  Francisca  Assis  Teixeira | DIRECÇÃO
DE  FOTOGRAFIA  Gonçalo  Gil | DIRECÇÃO  DE
23 As melhores empresas para trabalhar
IMAGEM Miguel Rocha (miguel.rocha@forum.pt) 24 O que procuram as empresas
| REDACÇÃO Inês Menezes, bruna Pereira | DE- 28 Entrevista Dr. Marco Gomes, Ray Human Capital
PARTAMENTO  DE  PUbLICIDADE DIRECÇÃO
Paulo Fortunato Telefone: 218 854 741 (paulo.for-
30 Novas competências para novos empregos
tunato@forum.pt) VENDAS Duarte Fortunato Te- 32 Trabalhar no estrangeiro
lefone: 218 854 742 (duarte.fortunato@forum.pt) 36 Empreendedorismo
| ATENDIMENTO AO CLIENTE Paula Ribeiro Tel.:
218 854 730 | PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO
42 O desafio do acesso ao 1º emprego
LISGRÁFICA - Casal de Stª Leopoldina, Queluz 44 Entrevista Forpoint
de baixo | Tiragem: 50.000 exemplares 46 Que futuro para o emprego, que emprego para o futuro
52 Apoio das Instituições de ensino superior no acesso ao 1º emprego

Editorial
À procura do Primeiro Emprego
Recentemente, a Organização Inter- anos de estudo, mas também com um Mas não se esgota aqui. Ao Guia do
nacional do Trabalho dava conta da conjunto de competências e de atitu- Primeiro Emprego junta-se ainda o
gravidade da situação: nunca como des que nos permitam vencer o desa- site www.emprego.forum.pt com
agora a taxa de desemprego juvenil, à fio de encontrar o tal primeiro a dimensão on-line desta informação,
escala global, tinha atingido tais ní- emprego. um conjunto de 20 seminários – Job
veis. Esta realidade toca-nos directa- A Forum Estudante, com o apoio sig- Party – em várias instituições de en-
mente. Os jovens portugueses que, nificativo de um conjunto de parcei- sino superior e duas Conferências
pela primeira vez, querem entrar no ros, entre os quais se destaca o Banco Nacionais sobre Primeiro Emprego.
mercado de trabalho enfrentam um Santander Totta, desenvolveu um con- São, portanto, vários os apoios da
conjunto de obstáculos significativos, junto de iniciativas a que designou Forum Estudante para a odisseia que
desde a escassez de ofertas disponíveis por “Missão Primeiro Emprego”. Este te espera.
à inevitável precariedade inicial. Mas Guia que agora te chega às mãos é Finalmente, quando chegar o mo-
perante as dificuldades só pode haver uma dessas ferramentas que procurá- mento de abordagem ao mercado de
uma resposta: arregaçar as mangas e mos construir para te apoiar na busca trabalho, não esqueças: acredita em ti
dar o melhor de nós próprios para do primeiro emprego. De uma forma mesmo e lança-te sem medo para esse
encontrar o desejado emprego. Para útil e prática, ouvindo especialistas e desafio. Por mais difícil que seja, se ti-
isso, precisamos de estar preparados recolhendo o melhor da informação veres a atitude certa, vais conseguir. É
não só com a formação técnica e disponível, elaborámos um roteiro só uma questão de tempo.
científica que adquirimos nos últimos para quem tem de procurar emprego. Boa sorte!

www.emprego.forum.pt
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Guia do 1º Emprego 2011

Valter Lemos, Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional

“A CRISE NÃO VAI


DURAR SEMPRE”
As notícias dos jornais nos últimos tempos não se cansam de falar das subidas das
taxas de desemprego. Para os jovens os cenários são ainda mais negros. Crise é a
palavra de ordem. Será que não há futuro para os jovens portugueses? Fomos
ouvir o que nos tem a dizer o Governo através do responsável pela área, o Dr.
Valter Lemos, Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional.

{ Entrevista de Francisca Assis Teixeira } é um problema meramente conjuntural. jovens na expectativa do primeiro em-
Embora possa dar a ideia que é um pro- prego tem vindo a aumentar em todo
Sabemos que a taxa de blema só proveniente da crise, não é o mundo. É verdade que os jovens per-
desemprego dos jovens verdade. As economias europeias e duram mais tempo nos sistemas de qua-
licenciados é muito grande. mesmo a norte-americana, têm uma lificação antes de entrarem no mercado
Está preocupado com esta maior dificuldade de inserção dos jovens de emprego.
realidade? Que medidas estão no mercado de trabalho. As economias Naturalmente, em tempo de crise, a
a ser pensadas para atenuar não criam emprego à velocidade que questão torna-se mais grave e portanto
este problema? criavam e portanto há uma transfor- estamos a tomar algumas medidas, de-
Estou muito preocupado com essa taxa mação. Não só as taxas de desemprego signadamente medidas que apoiem a
porque é uma tendência pesada dos sis- dos jovens têm vindo a ser o dobro da inserção.
temas da economia moderna. Este não taxa normal, como a permanência dos Do lado das políticas activas de emprego,
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Guia do 1º Emprego 2011

uma medida que tem funcionado bem Para 2011 foi Portugal, todos os anos, mesmo nos
têm sido os estágios para jovens sob os anos de crise, se criam e extinguem
diversos formatos. Para 2011 foi pre-
preparada uma 150.000 a 200.000 postos de trabalho.
parada agora uma resolução que prevê resolução que O mercado de trabalho é muito dinâ-
o apoio para 50.000 estágios, portanto prevê o apoio mico e a evolução da economia está a
a 50.000 jovens … para 50.000 acontecer a uma velocidade enorme.
Vamos manter os apoios que tínhamos É evidente que a economia cria mais
e em alguns casos vamos alargar os
estágios, portanto postos de trabalho nuns sectores do que
apoios que já existiam. Vamos reforçar a 50.000 jovens … noutros. Esses estudos de prospectiva
outra grande medida que é a da quali- são muito importantes, estamos aliás a
ficação. No caso dos jovens, que nor- fazer um trabalho para uma medida
malmente têm qualificações escolares que iremos colocar em marcha em
elevadas mas muitas vezes têm falhas 2011, que é a definição de 100 profissões
nas qualificações profissionais específicas, estratégicas e a requalificação de 20.000
os apoios são direccionados para estas desempregados.Temos como referencial
áreas, através de cursos de dupla certi- um documento da União Europeia
ficação. “New skills for new jobs”, que é um
Há também, e digo-vos isto rigorosa- estudo de prospectiva da próxima de-
mente pela primeira vez em público, zena de anos daquilo que serão as novas
um mecanismo que iremos por em fun- necessidades, as novas competências e
cionamento de estágios para jovens com os novos empregos. Este é um docu-
o ensino secundário não profissional. mento muito importante, na minha
Serão estágios de seis meses qualificantes opinião devia ser estudado por todo o
que lhes darão o mesmo nível de qua- ensino superior, porque dá uma pista
lificação que os jovens que tenham feito importante sobre a orientação para a
cursos de dupla qualificação, cursos pro- formação, não só sobre as áreas de for-
fissionais ou cursos de educação/ for- mação, mas também sobre as compe-
mação. tências que os jovens devem desenvolver
nos cursos e na formação. Temos tam-
Quando vai começar este bém estudos complementares a serem
programa? desenvolvidos em Portugal dentro do
Irá começar agora em 2011, provavel- âmbito da Agência Nacional para a
mente no final do primeiro trimestre. Qualificação e do IEFP e vamos, em
Era uma medida que entrou em vigor conjunto com os parceiros sociais, de-
em Outubro de 2010 e que trás algumas finir as tais 100 profissões estratégicas
alterações, nomeadamente nos níveis
Deve dizer-se aos para os próximos anos. Este documento
que passam a ser 5. O nível 3 que jovens que agora é servirá de referência para a requalificação
correspondia aos cursos profissionais, mais difícil, mas de desempregados e por outro lado para
passa a ser o nível 4. O nível 3 passa a que é uma situação a qualificação de jovens, isto é, para a
ser o nível o ensino secundário geral, aprovação da rede de cursos profissio-
o nível 4 o ensino secundário profis-
transitória. Estes nais.
sional e o nível 5, corresponde aos cha- períodos de
mados cursos de especialização tecno- crescimento e Acha que as universidades e os
lógica. crises sucedem-se politécnicos preparam bem os
Para os jovens que têm o ensino se- estudantes para o mercado de
cundário geral, podem aceder ao nível
a uma maior trabalho?
4 de qualificação se fizerem o estágio velocidade o que É sempre possível fazer muito mais e
de 6 meses em contexto empresarial. também implica nós estamos a mudar de um sistema de
Espero em Fevereiro conseguir aprovar respostas rápidas ensino superior que era enciclopédico,
a legislação e que em Março ou Abril livresco, assente numa concepção na-
o programa possa arrancar.
para lhes fazer poleónica, para um sistema mais realista.
frente, mas penso A universidade que eu frequentei era
Acha que há sectores e que isso para os muito diferente da que existe actual-
profissões que têm saídas jovens não é um mente.
fáceis e outras que têm as
saídas vedadas?
problema. Mas não lhe parece que o resto
Acho que não. Não tenho essa visão da sociedade evoluiu muito
porque o mercado de trabalho é muito mais do que a universidade?
mais dinâmico e diversificado do que Mas esse é o problema da escola em
a ideia que se costuma dar dele. Em geral, não é só da universidade. A rea-
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lidade económica e social tem mudado distanciamento ao mercado de trabalho. mais modernas. Se tivéssemos uma
a uma enorme velocidade e se nós pen- As nossas universidades e os nossos maior imersão dos jovens no mercado
sarmos que temos de responder a estas politécnicos ainda estão muito fecha- de trabalho, isso também se aprendia,
mudanças com mudanças nos sistemas dos. Era desejável, do meu ponto de pois isto não se aprende com aulas no
de formação em tempo real, estamos vista, que não se terminasse um curso sentido tradicional do termo, mas sim
condenados. de ensino superior sem ter uma relação com experiência. Penso, no entanto,
É um facto que a nossa universidade com o mercado de trabalho. Esta re- que com as escolas profissionais me-
está a mudar, mas precisa de mudar mais lação pode ser de muitas formas, com lhorámos bastante nessa área, com alu-
depressa, designadamente num aspecto estágios mais longos ou mais curtos, nos com alguma capacidade de inova-
fundamental que é a sua imersão no mas que essa ligação existisse era, do ção e empreendedorismo. Mas isto não
mercado de trabalho. meu ponto de vista, absolutamente se aprende com aulas de empreende-
chave. dorismo, têm de ser programas orga-
nizados para esse efeito. Também seria
Como vê o empreendedorismo importante ter professores nas nossas
como saída profissional para escolas, nas nossas universidades e po-
os jovens recém licenciados? litécnicos que sejam eles próprios em-
É um facto que a A universidade não prepara os presários.
nossa universidade alunos para serem
está a mudar, mas empreendedores, não lhe O Estado foi, até há pouco
parece? tempo, uma saída profissional
precisa de mudar Essa é uma das minhas convicções. Nós importante para os recém
mais depressa, não somos um país de empreendedores, licenciados. Hoje está de
designadamente num o que é estranho tendo em conta a portas fechadas, ou não?
aspecto fundamental nossa história. Parece-me, e a economia O Estado não deve ser encarado como
mostra, que cada vez mais estão a nascer uma solução para resolver o problema
que é a sua imersão novas profissões e novas áreas econó- do emprego. Isso é um erro e, como se
no mercado de micas que têm a ver com aquilo que é sabe, houve regimes políticos que im-
trabalho. o desenvolvimento autónomo e o tra- plodiram por causa disso. O Estado fun-
balho autónomo. cionará bem se criar o emprego ade-
quado àquilo que é o cumprimento
Não educamos para o risco? das suas missões.
No meu ponto de vista este é o maior Não e não é só para o risco, é para a O que aconteceu ao Estado português
problema, não é a qualidade dos nossos autonomia. Veja a dificuldade que em foi que cresceu demais, criando um
professores, das nossas instituições, tra- Portugal está a haver em práticas de problema de eficiência do seu funcio-
balha-se bem do ponto de vista estri- trabalho mais autónomas se implanta- namento e, acima de tudo, de eficiência
tamente académico, mas há um grande rem, mesmo nas empresas maiores e das contas públicas. Isto trás problemas
graves quanto ao funcionamento da
economia. Não vale a pena ter a ideia
de que, se o Estado colocasse mais pes-
Deve dizer-se aos soas a trabalhar, resolvia-se o problema
jovens que agora é do emprego. Não. No entanto, é bom
lembrar que durante 2010 houve um
mais difícil, mas concurso de estágios para a adminis-
que é uma situação tração pública e entraram 5000 jovens
transitória. Estes que estão em estágio na administração
períodos de pública, porque é necessário sempre
haver renovação.
crescimento e crises
sucedem-se a uma Há perspectiva de em 2011
maior velocidade o abrirem novas vagas?
que também Não. Embora não seja da minha res-
ponsabilidade, na administração pública
implica respostas tenho as maiores dúvidas. Temos um
rápidas para lhes exercício orçamental neste momento
fazer frente, mas que é o mais difícil de há muitos anos
penso que isso, para a esta parte e também, quanto mais de-
pressa as ultrapassarmos, maior é a pos-
os jovens, não é um sibilidade de conseguirmos repor o cres-
problema. cimento, quer na economia, quer no
próprio Estado.
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Neste momento posso dizer que o em-


Neste momento posso dizer que o
prego está a crescer em sectores como emprego está a crescer em sectores
o calçado, o têxtil e o vestuário, nas como o calçado, o têxtil e o vestuário,
madeiras e mobiliário, na maquinaria nas madeiras e mobiliário, na
e equipamento e também alguma coisa
na agricultura, embora menos. São sec-
maquinaria e equipamento e também
tores exportadores e são sectores onde alguma coisa na agricultura, embora
se tem estado a ganhar mercado de ex- menos. São sectores exportadores e são
portação. Espero que em 2011 conti- sectores onde se tem estado a ganhar
nuem a crescer. Novos sectores não sei.
Depende das nossas exportações, pois
mercado de exportação.
não é expectável que os sectores muito
dependentes do mercado interno, te-
nham grande expansão. O governo vai Deve dizer-se aos jovens que agora é postas rápidas para lhes fazer frente,
continuar a estimular a inserção no mer- mais difícil, mas que é uma situação mas penso que isso para os jovens não
cado de trabalho, tendo também um transitória. Estes períodos de cresci- é um problema. Para os sistemas polí-
programa de apoio ao empreendedo- mento e crises sucedem-se a uma maior ticos e universidades é, mas para os jo-
rismo. velocidade o que também implica res- vens não é. FIM

O desemprego na faixa dos


jovens licenciados leva a que
muitos saiam do país à
procura de oportunidades.
Preocupa-o esta fuga de
cérebros?
Eu não considero que haja uma fuga
de cérebros, agora preocupa-me que as
oportunidades no país diminuam para
jovens qualificados. Que tenham de
procurar outros locais porque têm falta
de oportunidade e isso sim é uma ques-
tão preocupante. A mobilidade não me
faz nenhuma confusão, sou fortemente
adepto disso. É o melhor que se pode
fazer pela Europa e é o melhor que se
pode fazer pela paz. Tenho dito muitas
vezes que o melhor instrumento da
construção de Europa que já se fez TRÊS CONSELHOS A UM JOVEM RECÉM-
chama-se Erasmus, porque é assim que -LICENCIADO QUE ESTÁ À PROCURA DO SEU
se constrói a paz. Não sou favorável a PRIMEIRO EMPREGO?
nenhuma ideia de que nós nos devemos
fechar. Primeiro, convicção, acreditar que se é vida é preciso lutar e persistir. É
capaz de fazer bem. Estar convicto das fundamental que um jovem que tem um
Mas nós não estamos num país suas capacidades e competências. Isto trabalho ou uma actividade invista a
atractivo. Não temos gente a é uma questão de atitude e não de sério nela, mesmo que ache que ela não
entrar em Portugal. formação. É fundamental olharmos para será o seu futuro, porque esse será um
Não tenho essa ideia. Eu sei que o pes- as coisas e sentirmos a capacidade de investimento em si próprio e no seu
simismo está na moda. Devemos ser lutar por elas. futuro profissional. A verdade é que
realistas, em relação à observação de Em segundo lugar, ser sagaz e nada se faz sem esforço, embora
cada momento, ou seja, estamos agora inteligente para ser capaz de descortinar esforço não signifique obrigatoriamente
num momento de crise económica e as oportunidades. Aqui é necessário sacrifício. No meu caso, por exemplo,
financeira e portanto é natural que haja mobilizar não só os conhecimentos das coisas que mais gostei de fazer na
diminuição do número de oportuni- académicos, mas também as suas vida, foram algumas das que mais
dades e que as pessoas procurem outras relações, com os outros, com os trabalho e esforço me exigiram. É esta
alternativas. Temos de estar centrados professores, com os empresários, disponibilidade que é necessária para
em corrigir esse aspecto e não a pensar sempre numa perspectiva positiva e quem está no mercado de trabalho e
que existe um qualquer fatalismo. Não pró-activa. não podemos estar à espera que os
há qualquer espécie de fatalismo, tenho Em terceiro lugar, persistir. Nunca outros nos ensinem. É fundamental
uma convicção profunda na qualidade desistir. Eu desconfio sempre de uma termos uma atitude positiva perante a
dos portugueses. coisa que se consegue à primeira. Na vida. “
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Isabel Viegas, Directora de Recursos Humanos do Santander Totta

“NUNCA NOS
ARREPENDEMOS
DE APOSTAR NA
GENTE NOVA”
Isabel Viegas, Directora Coordenadora de Recursos Humanos do Banco
Santander Totta, acredita que sentido de responsabilidade e ética, vontade
de trabalhar e domínio de vários idiomas são hoje mais-valias essenciais
para singrar no mercado de trabalho.

Muitos dos RH com quem lida balcões ou em serviços de apoio – a demos de apostar nos jovens.Têm nor-
diariamente são recém- maioria, de facto, vai para a rede co- malmente uma atitude muito boa,
licenciados. Qual é a política mercial, porque é aí que nós achamos aprendem com facilidade e o período
de recrutamento e de estágios que se começa a conhecer o negócio de estágio permite-nos perceber se, de
que o Santander Totta tem da banca e a conhecer os clientes.Acha- facto, se ajustam à nossa cultura e ao
adoptado? mos que este período de formação é nosso modelo de trabalho. Portanto, é
Há uns três ou quatro anos, decidimos muito importante também para nós co- uma boa experiência e é para conti-
que, em vez de irmos buscar pessoas já nhecermos estes jovens, as suas com- nuar.
formadas a outros Bancos – que depois petências e atitudes.
entrariam na nossa rede comercial ou Que outras actividades é que
nos nossos serviços centrais –, seria Que percentagem fica o Santander Totta tem
muito melhor aposta irmos buscar jo- após o estágio? desenvolvido junto do público
vens às universidades e politécnicos, No final do período, cerca de 80% dos universitário?
acabados de formar, para os fazer crescer estagiários ficam connosco. A percen- Além do recrutamento através de está-
connosco. Por regra, realizamos anual- tagem é elevada, porque são estes jovens gio, o Banco elegeu – corporativamente
mente dois programas de estágios, com formados que vão, depois, alimentando e para todo o mundo – que a proximi-
duração de 6 a 9 meses. as nossas necessidades, por exemplo, pe- dade e o apoio às universidades era a
las reformas que vão ocorrendo ou por área onde gostaria de poder investir
Porque designam este colaboradores que mudam de funções mais recursos no âmbito da nossa Po-
programa por “Bolsa dentro do Banco. lítica de Responsabilidade Social. Por-
de Valores”? tanto, a maioria dos recursos que o
Entendemos que as pessoas são valores Qual é o balanço que faz deste Banco disponibiliza para responsabili-
para nós e devem ser bem acompanha- modelo de estágios? dade social é canalizada para as univer-
das durante a sua estadia no nosso Temos assistido a muito bons resultados sidades, para atribuição de bolsas de es-
Banco. Assim, fazem uma formação nos e posso dizer que nunca nos arrepen- tudo, por exemplo, ou para financiar
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projectos de investigação. O Primus In- nossa junto das próprias universidades O que é lhe chama a atenção
terPares é um exemplo deste nosso foco – vamos às universidades muitas vezes, num CV que recebe, visto que
nos jovens e na sua formação académica. para apresentar o Banco e estarmos é o papel que ‘fala’ nesta
perto dos estudantes. primeira fase do recrutamento?
Como é que isto se concretiza? Quando os candidatos terminam os es-
De diversas maneiras, sendo que o Portal Porquê esta opção? tudos são todos muito iguais. Portanto,
Universia é, digamos, a forma de pro- Faz parte da nossa agenda ter esta re- aquilo que eu costumo dizer é: dife-
ximidade mais privilegiada com os uni- lação com as universidades por duas renciem-se, chamem-nos a atenção de
versitários que nós temos, estando es- razões: primeiro, porque nos alimenta alguma maneira. A título de exemplo,
palhada por todo o mundo onde o San- o fluxo de recrutamento normal do os CV estandardizados são CV que cha-
tander Totta opera. O Portal Universia Banco; e segundo, porque achamos que mam menos a atenção – é muito mais
tem feito, desde há dois ou três anos, é muito importante que os alunos per- rico, nesta fase, que um jovem nos che-
aquilo que nós chamámos de Feira Vir- cebam o que são as empresas. Por gue de alguma maneira que não estan-
tual de Emprego, que começou por exemplo, ainda recentemente tivemos dardizada, ou então que aproveite o
acontecer pontualmente, sendo agora aqui no Banco um Open Day, onde formulário standard, mas chamando a
um serviço continuado e uma forma acolhemos perto de 30 alunos de Ges- atenção para alguma coisa: há uns que
bastante eficaz dos universitários che- tão e Economia da Universidade Ca- nos mandam CV coloridos; outros em
garem ao Santander Totta.Também te- tólica Portuguesa que estiveram aqui vez de enviarem via internet, fazem-
mos protocolos com quase todas as uni- o dia inteiro a trabalhar. Esta é mais nos chegar os CV num canudo; no ou-
versidades de renome do país, mantendo uma prova de que o Santander Totta é tro dia, inclusivamente, recebi um CV
muito boas relações com alguns poli- uma empresa muito aberta, transparente preso a um Rato Mickey, onde o can-
técnicos nacionais, que nos facultam e que quer mostrar isso aos estudantes didato explicava por que é que tinha
um acesso directo e mais privilegiado – quer que eles vejam o que é uma enviado o CV assim… Ou seja, estas
junto dos finalistas. empresa por dentro, quais são as suas são maneiras de abordar as empresas
Depois, existe uma enorme dinamização cores e as suas pessoas. que chamam a atenção.
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Guia do 1º Emprego 2011

E valoriza as actividades muitíssimo bem, sabemos é que vamos têm de desenvolver competências co-
extracurriculares? ter de lhes permitir voltar à escola em merciais no sentido de negociação, de
É relevante que os candidatos aprovei- breve. É uma responsabilidade que passa influência, de comunicação.Têm de saber
tem o tempo enquanto estão a estudar. um bocadinho pelas organizações. falar, têm de saber expressar-se.
Por exemplo, um aluno que escreve Pessoalmente, eu acho que a escola é
que sabe alemão ou que sabe mandarim importante para estruturar o raciocínio E as competências técnicas?
marca a diferença, porque aí a empresa É também fundamental que os candi-
pensa: “Vale a pena conhecer este can- datos sejam bons tecnicamente nalguma
didato, porque tem qualquer coisa que coisa, quando nós perguntamos “em
é diferente”. Um aluno que diga que que é que você é bom?”. Esta é uma
aproveitou as férias todas enquanto es- QUERES pergunta que é muito importante e
tudou para trabalhar ou que fez cinco UM EMPREGO? cuja resposta pode ser “eu sou bom em
coisas diferentes, enquanto estudava, projecto”; “eu sou bom a gerar ideias
chama claramente a atenção.
DIFERENCIA-TE! novas”; “eu sou bom em finalização”,
“eu gosto imenso de determinada ma-
“Eu tenho muito a consciência de
E o que é que pouco relevante téria que estudei na universidade”…
que a próxima década vai ser uma
num CV? Alguma coisa em que o candidato diga:
década muito complicada,
Digamos que o ERASMUS já não “aqui eu sou muito bom”.
sobretudo para os que estão a
chega para diferenciar os candidatos –
chegar ao mercado de trabalho.
a não ser que nos consigam dizer que, O Santander Totta valoriza
Muitos não vão ter trabalho, só vão
enquanto fizeram ERASMUS, trouxe- também o conhecimento
ter aqueles que conseguirem
ram de lá algo muito rico. Também há de línguas?
chamar a atenção das organizações
os excessos nos CV, tais como as foto- As línguas são igualmente um ponto
e aqui vão ter muito de proactivos:
grafias de corpo inteiro ou as caras muito importante. Têm de falar inglês
mandar o CV, a seguir telefonar, a
muito pintadas. Isto não chama a aten- tal como falam português e eu acho
seguir perguntar a um amigo se
ção positivamente. As empresas procu- fantástico quando algumas universidades
conhece alguém naquela empresa,
ram boas cabeças e as boas cabeças estão já fazem as licenciaturas e os mestrados
a seguir pedir uma entrevista,
no conteúdo das coisas e não nas foto- integral ou parcialmente em inglês, por-
depois pedir ajuda…Vão ser estes,
grafias. que por muito que custe é melhor fazer
os que se mexerem mais, os que
um mestrado em inglês e chegar às or-
vão conseguir a atenção das
Pensa que o Processo de ganizações já com o inglês muito tra-
organizações e os que vão ter
Bolonha alterou o processo balhado do que estar protegido na uni-
oportunidades de emprego. As
de recrutamento por parte versidade com tudo em português e
oportunidades não caem do céu:
das empresas? depois chegar às organizações com esta
constroem-se.!
No Santander Totta achamos que os falha. Se além do inglês puderem acres-
candidatos podem vir com os três anos centar uma outra língua, tanto melhor.
da licenciatura para trabalharem, por
exemplo, em funções de balcão, para Há pouco falava em
começar. No entanto, vão ter que, de- e para contribuir para a maturidade en- “boas pessoas”…
pois, ir fazer os dois anos de mestrado, quanto pessoas. Eu valorizo muito a es- É o tema da atitude no trabalho. Os
caso queiram evoluir. Eu diria que, se cola, desde que os alunos a aproveitem candidatos vão ter de trabalhar muito
têm hipótese, façam logo os cinco anos. e façam desse percurso uma passagem e aqui o problema está em que esta ge-
Se não têm hipótese, também não acaba construtiva e rica e não apenas uma ração foi muito protegida – se que que-
o mundo, podem começar com a li- passagem de tempo… ria um telemóvel, tinha... Se queria tro-
cenciatura, mas sabem que vão ter de car por um novo que saiu dali a três
voltar à escola em breve, porque aqueles Quais as competências que o meses, trocava… Mas o que é facto é
dois anos de formação são muito es- Santander Totta procura num que quem quer ter uma carreira pro-
truturantes. candidato? fissional, quem quer evoluir e quer sentir
Procuramos boas pessoas e pessoas boas. esta satisfação de gostar muito do que
Existem os dois perfis As competências que procuramos são faz tem de trabalhar muito. E quando
no Banco? simples e têm de ser desenvolvidas ainda falo em trabalhar não é trabalhar em
Sim, aqui no Banco temos pessoas só na escola: os candidatos têm de ser bons quantidade (10 ou 20 horas por dia), é
com a licenciatura a trabalhar e temos comerciais, não naquele sentido restrito trabalhar a sério, é ser eficiente, é estar
igualmente pessoas com os cinco anos. de que vão estar a vender seja o que for. focado e é ser boa pessoa. As empresas
Não temos é ainda dados que nos per- Eu acho que sou uma comercial, por crescem com boas pessoas: pessoas eti-
mitam dizer que uns se adaptaram me- exemplo: todos os dias tenho de vender, camente correctas, que não precisam
lhor ou que outros precisaram de muita vendo as minhas ideias, vendo motivação de ultrapassar ninguém, precisam é de
formação nossa para conseguirem á minha equipa… Estou sempre a tentar trabalhar, fazendo o seu próprio per-
acompanhar os colegas…Mas já temos influenciar e a influência é uma com- curso. As empresas vão sempre olhar
pessoas só com a licenciatura que estão petência da venda. Eu acho que os jovens para as pessoas eticamente correctas. FIM
11 Publireportagem Santander Totta FINAL_Layout 1 2/4/11 5:01 PM Page 11

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Guia do 1º Emprego 2011


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isenta de comissões e além disso, tens Se pretendes realizar um Mestrado ou Poupar para o futuro
direito a um livro de 10 cheques cru- Doutoramento, o Santander Totta Poupar e investir não são tarefas fáceis
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O que é a
ForPoint?
A ForPoint , Instituto de Formação e Inovação na
Formação
para Profissionais
de Educação
Saúde, é uma organização sem fins lucrativos, dedicada ÁREAS TEMÁTICAS
à formação profissional (pós-graduações e cursos de
Cognição
especialização em investigação clínica) e à promoção › Como aprendemos? Aspectos
da educação em saúde na sociedade. psicológicos e neurobiológicos da
aprendizagem
› Doenças e síndromes com
repercussão na aprendizagem e
Formação em Investigação licitados individualmente, respeitando comportamento
Clínica um programa pré-estabelecido ou con- › Actividade e hiperactividade
A Investigação Clínica inclui um vasto jugando várias áreas temáticas.
Doença
leque de domínios e competências que A aprendizagem é maioritariamente › Doenças crónicas na criança
se estendem da Metodologia à Farma- baseada em casos, com diversos exer- (diabetes, epilepsia, enxaqueca,
cícios individuais e anemia, alergias e hemofilia)
de grupo. › Doenças infecciosas na criança
› Doenças do comportamento
alimentar
Aprender
a Aprender Intervenção
Porque cremos que, › Acidentes e situação de urgência até
no futuro, a única aos 5 anos
forma de marcar a › Acidentes e situação de urgência dos
6 aos 10 anos
diferença será con-
jugando conheci- Prevenção e Risco
mentos, apren- › Saúde e desporto na criança e
dendo a interpretar adolescente
e aprendendo a co- › Saúde na adolescência
› Contracepção e gravidez
municar, construí- › Dependências
mos o Aprender a › Alimentação e nutrição
Aprender, com-
posto por uma ou Emoção
mais áreas temáticas › Depressão e ansiedade na criança e
adolescente
com sessões regu- › Auto-confiança
cologia, da Clínica à Economia, da Es- lares ao longo de 3 meses a um ano, › Stress, depressão e ansiedade no
tatística aos Assuntos Regulamentares. sempre com base no conceito “aprender adulto
O desenvolvimento da Investigação fazendo”. › A emoção como veículo de
Clínica em Portugal terá inevitavel- Aplicamos metodologias e materiais aprendizagem e consolidação de
memória
mente que passar por um investimento variáveis, de acordo com as especifici-
na formação e qualificação dos profis- dades do tema, nível do curso e desti- PROGRAMA (RE)AGIR
sionais envolvidos. natários. As sessões variam entre sessões
A Forpoint desenvolveu um conjunto presenciais e sessões por e-learning, Cursos de Intervenção
de cursos de curta duração que visam maioritariamente tipo workshops, ba- › Cursos de noções básicas de saúde,
aplicados à realidade empresarial
a iniciação ou especialização neste do- seados em casos de estudo; Roleplays; promovendo uma actuação
mínio e que, quando integrados, fazem Aprender com plasticina; Problem Based adequada em situações de risco.
da Investigação Clínica uma realidade. Learning; Problem Based Solving. › Cursos de promoção de saúde e
saúde no trabalho
Formação ao seu Encontro Áreas temáticas
Cursos de Prevenção/ Formação
Porque cada caso é um caso, a ForPoint Análise Crítica de Estudos Clínicos; Comportamental
promove Cursos à Medida, um novo Boas Práticas Clínicas e Legislação; Clí- › Cursos de Comunicação,
conceito assente na construção de cursos nica para não Clínicos; Estudos Clínicos; Desenvolvimento Pessoal e
de formação personalizados, ajustados Epidemiologia; Estatística; Farmacoci- Organizacional, Gestão de Conflitos,
e adaptados às necessidades de cada nética; Farmacoeconomia; Farmacolo- Gestão de Equipas, Gestão de
Espaço, Gestão de Recursos
Cliente. gia; Clínica e Terapêutica; Farmacovi- Humanos e Gestão de Tempo.
Os cursos para empresas podem ser so- gilância; Gestão de Dados; Gestão de
12a13 Publireportagem FORPPOINT_Layout 1 2/1/11 4:28 PM Page 13

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Projectos; Gestão de Tempo; Inglês Apli-


cado à Investigação; Interpretação de Materiais
Resultados; Medical Writing; Medicina
Baseada na Evidência; Metodologia de
Técnicos
Investigação Clínica; Pesquisa de Artigos Fruto de um
– PubMed; Revisões Sistemáticas e objectivo antigo
Meta-análises; Técnicas de Apresenta-
e de uma enorme
ção.
vontade,
Pós-Graduações imaginámos e
O nosso objectivo é trazer para Portugal projectámos um
cursos de pós-graduação de excelência, conjunto de
no domínio da Saúde e Investigação materiais
Clínica, aumentando a competitividade técnicos. Deste
dos nossos profissionais a nível Nacional
conjunto fazem
e Internacional.
› Master em Investigação Clínica parte livros
› Programa Avançado de Gestão em In- didácticos,
vestigação na Saúde nomeadamente
› Pós-graduação Executiva em Gestão na área da
da Comunicação e Informação Mé- estatística,
dica metodologia de
› Pós-graduação em Scientific Health
investigação e
Marketing
› Pós-graduação em Turismo e Saúde glossários
› Curso de Aperfeiçoamento em Mo- escritos em
nitorização de Ensaios Clínicos Português e
› Curso de Especialização em Moni- Inglês. Todo o
torização de Ensaios Clínicos material técnico
desenvolvido
Academia ForPoint
pela Forpoint
A ForPoint criou o 1º Programa Inte-
grado de Formação em Investigação visa abordar e
Clínica, que se destina fundamental- promover o
mente a pessoas que pretendem exercer conhecimento no
funções na área de Investigação Clínica, que diz respeito
nomeadamente: a temas
› Clinical Trial Assistant
relacionados
› Monitor de Ensaios Clínicos
› Study-Coordinator com a Saúde e
› Técnico de Investigação e Desenvol- bem-estar. Até à
vimento data, a ForPoint
Este programa permite ganhar “expe- publicou dois
riência de terreno”, uma mais-valia na livros:
inserção profissional.

Aprender Saúde – Prevenir e


Intervir
O Aprender Saúde visa conceber e im-
plementar exposições, eventos e acções
na área da Saúde e bem-estar, tendo
como objectivo promover uma maior
e melhor informação em aspectos re-
lacionados com a doença, estilos de vida
saudáveis e promoção de saúde.
Tem um carácter predominantemente
interactivo, apelando-se à experiência
e à participação em actividades lúdicas
e didácticas. Estes eventos e acções po-
dem ter carácter permanente ou tem-
porário, podendo ser itinerantes.
14a16 Elaborar um CV_Layout 1 2/1/11 3:29 PM Page 14

com o patrocínio

14

Guia do 1º Emprego 2011

ELABORAR
UM CURRICULUM VITAE
O currículo, como vulgarmente é cha- rículo não ultrapassa, em média, os lorizem o teu percurso profissional e
mado, funciona como passaporte pro- trinta segundos, pelo que há que cui- mais interessem ao entrevistador. Deve
fissional. Para quem está à procura de dar bem do que se vai pôr nessas pá- chamar a atenção de forma rápida e
emprego, a elaboração do C.V. é o ginas. Quando elaborares o teu cur- suscitar interesse suficiente para marcar
primeiro passo a dar. É bom não es- rículo, não te esqueças: ele é o resumo uma entrevista. Aqui ficam regras e
quecer que o tempo máximo que um da vida profissional, onde devem ape- dicas de ouro para um currículo de
recrutador dedica à leitura de um cur- nas constar os elementos que mais va- sucesso!
14a16 Elaborar um CV_Layout 1 2/1/11 3:29 PM Page 15

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%
15

Guia do 1º Emprego 2011

~~~~ 1 ~~~~
Deves moldar o currículo à empresa e à
função a que te candidatas. Para tal,
pesquisa acerca da empresa, área de
negócio e função a que te candidatas.

~~~~ 2 ~~~~
Não ultrapasses as duas páginas. Os
recrutadores não têm, na maior parte das
vezes, tempo para leituras
pormenorizadas. Valoriza os aspectos
mais importantes e exclui experiências
Erros a evitar
que não sejam relevantes para a Muitas vezes referimos a importância de saber utilizar as pa-
candidatura em causa. lavras a nosso favor. Chegou o momento de nos focarmos
nas palavras que não devem ser utilizadas no currículo.
~~~~ 3 ~~~~ Confere aqui quais os termos a evitar e elimina-os já do teu
Utiliza frases e parágrafos curtos. currículo!

~~~~ 4 ~~~~ › Erros ortográficos e gramati- › Clichés. Termos como dinâmico,


Se acabaste de te formar e não tens
cais. Sem dúvida, o factor mais ne- responsável e criativo, perderam a
experiência profissional, inverte a ordem
gativo de um currículo. Se não for sua relevância por serem repetidos
das rubricas e começa com “formação
reflexo de dificuldades de expressão até à exaustão. Descobre quando e
académica e profissional”, dando
escrita revelam, no mínimo, falta de como aplicá-los e associa-os a com-
destaque a estágios, voluntariados e
atenção e cuidado. petências e funções efectivas.
hobbies que possam interessar.
› Abreviaturas. Devem ser evitadas, › Frases longas. Nunca utilizes frases
~~~~ 5 ~~~~ mesmo quando parecem ser do co- com mais de 15/18 palavras, para
Não mintas, nem exageres na descrição
nhecimento geral ou específicas da que o leitor não perca a concentração.
do teu currículo porque isso é errado e
área em que trabalhas.
para não correres o risco de seres
› Verbos Passivos. O teu currículo
desacreditado na entrevista.
› Pronomes pessoais. O abuso dos deve transmitir acção. Os verbos são
pronomes na primeira pessoa, é des- uma forma de passar essa mensagem,
~~~~ 6 ~~~~ necessário e a evitar. Utiliza frases usando sempre formas activas, recor-
Mostra de forma rápida e evidente que
como “Estive responsável” em vez rendo o mais possível ao tempo pre-
correspondes ao perfil solicitado.
de “Eu estive responsável”. sente. “Os projectos foram imple-
mentados...” não tem o mesmo im-
~~~~ 7 ~~~~ › Palavras com carga negativa. pacto de “Implementei projectos...”
Pede a alguém para ler e confirmar que o
Agressivo, mau, limitação, erro, nada,
seu conteúdo é facilmente compreensível.
pânico, problema... › Falar de objectivos sem falar
de conquistas. Limitares-te a re-
~~~~ 8 ~~~~ › “Sempre” ou “Nunca”. Num ferir as tarefas inerentes à tua função
O aspecto gráfico é muito importante.
contexto relacionado com expe- e os objectivos traçados, sem falares
Cada currículo deve ser uma impressão
riência ou competências profissionais das tuas realizações e do que con-
original. Evita manchas, dobras nos
advérbios absolutos sugerem exa- seguiste alcançar, pode comprometer
cantos e vincos.
gero. o sucesso do teu currículo.
~~~~ 9 ~~~~ › “Bengalas” de linguagem. “As- › Não se trata de uma palavra,
As datas devem ser apresentadas sempre
sim como”, “De forma que...”, “É mas sim de um número. Não
da mesma forma (incluir o ano sempre na
assim” ou outras palavras desneces- indiques o número de telefone do
forma completa)
sárias que servem apenas para ocupar emprego no currículo, caso contrá-
espaço. rio, o seleccionador poderá ficar de-
~~~~ 10 ~~~~ sagradado pelo facto de procurares
A descrição da formação académica e
› Palavras que não conheces emprego na hora de expediente.
experiência profissional deve ser
bem e/ou não sabes definir.
fornecida por ordem cronológica
Lembra-te que a qualquer momento, › Repetições. Por mais difícil que
invertida, isto é, as últimas experiências
poderás ser confrontado com o que possa parecer, evita descrever com
académica e profissional em primeiro
colocas no teu currículo e convém as mesmas palavras a tua experiência.
lugar.
saber o que significam. Tens de ser criativo.
14a16 Elaborar um CV_Layout 1 2/1/11 3:29 PM Page 16

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16

Guia do 1º Emprego 2011

As Rubricas de um currículo
1. Identificação / Dados experiência profissional deve reflectir
Pessoais: as tuas aptidões e provocar uma ima-
Nome gem positiva no empregador.
Data de nascimento No caso de não teres experiência
Número de Bilhete de Identidade
Nacionalidade
profissional, deves valorizar as acti-
vidades extra-profissionais, como por Como
Estado Civil
Situação militar
exemplo voluntariado ou participa-
ção em actividades cívicas, salientando enriquecer
Morada
Telefone
as responsabilidades assumidas nessas
actividades. o meu
E-mail
Consoante o cargo para que te can-
didatas acrescenta a carta de con-
5. Aptidões específicas
Referir os conhecimentos de línguas
currículo
dução no caso de já a possuíres. estrangeiras e respectivo nível de do- Línguas estrangeiras: o inglês é fun-
mínio oral e escrito; os conhecimen- damental. Castelhano, francês e alemão
2. Descrição da formação tos de informática, especificando com são mais-valias bastante valorizadas.
académica rigor a profundidade destes conhe- Informática: Dominar ferramentas de
Nível de escolaridade, data de con- cimentos. office é um requisito mínimo. Actual-
clusão, média obtida, se for favorável. mente, a linguagem da Internet é já
Deves começar pelo nível mais ele- 6. Interesses / actividades considerada um requisito obrigatório
vado. Assim, um Mestrado é seguido extra-profissionais para muitas profissões.
de uma Licenciatura, que por sua Esta informação é tanto mais impor- Erasmus. Experiências internacionais
vez antecede um Bacharelato. Esta tante quanto menos experiência pro- revelam capacidade de iniciativa e ou-
informação deve anteceder a expe- fissional tiveres. Deves referir as ac- sadia. Desenvolvem novas competências,
riência profissional. tividades extra-curriculares, como como adaptação e flexibilidade.
voluntariado, actividades cívicas, cul- Viagens. Abrem horizontes e demons-
3. Formação profissional turais, frequência de cursos, confe- tram espírito aventureiro e curiosidade.
Deve mencionar-se brevemente os rências, seminários ou outras formas Este é um aspecto muito valorizado
diplomas ou certificados profissionais de formação complementares (espe- num mundo empresarial cada vez mais
adquiridos. cialmente aquelas com interesse para multicultural.
a área a que te candidatas), textos pu- Desporto. Os desportos colectivos in-
4. Experiência profissional blicados, prémios obtidos, ocupação dicam capacidade de trabalhar em
Deves descrever, de forma rigorosa de tempos livres, prática de desporto, equipa; os desportos radicais denotam
mas resumida, as tuas experiências filiação em Associações, etc. capacidade de assumir riscos e de lide-
de trabalho ou, no caso de estares a rança.
candidatar-te a um primeiro em- 7. Referências Trabalho em part-time. Pode indicar
prego, quais os estágios efectuados, Podes dar o contacto de um ou dois boa gestão do tempo, sinal de dina-
bem como o respectivo grau de res- professores ou antigos empregadores mismo e responsabilidade.
ponsabilidade. Deves incluir o tempo para darem informações sobre ti. As Programas de voluntariado. Este
durante o qual desenvolveste essas pessoas indicadas devem estar sempre aspecto é cada vez mais importante para
actividades e aproveitar para descrever avisadas disso. As referências são cada as empresas. A participação cívica de-
as tuas qualificações, aprendizagens, vez mais importantes para os empre- monstra comprometimento, iniciativa
resultados, aptidões. O capítulo da gadores. e altruísmo, que são características va-
lorizadas na altura de contratar alguém.

Currículo Blog Currículo Vídeo potencialidades de forma


Aproveita as potencialidades da Web. A apresentação de um c.v. em vídeo é diferenciadora! Mesmo com poucos
Um currículo Blog pode ajudar a uma arma poderosa para te meios, poderás apresentar o teu
apresentar as tuas experiências e distinguires dos restantes candidatos. perfil, habilitações académicas e
competências e a detalhar mais As vantagens são muitas, pois experiência profissional de forma
aprofundadamente uma realização permite, antes de mais, posicionares- apelativa, diferente e criativa. Não te
específica. Existem alguns exemplos te perante os potenciais esqueças que a imagem permite ter
mais elaborados, com fotografias, empregadores de uma forma uma visão da personalidade e das
animação, vídeos, etc. que te compatível com a era da tecnologia e tuas competências profissionais
ajudarão a distinguir dos restantes demonstrares as tuas capacidades de muito mais completa e rica do que
candidatos. comunicação, criatividade e um simples currículo em papel.
17 Super Bock_Layout 1 2/1/11 10:54 AM Page 55
18 Carta Apresentação_Layout 1 2/1/11 4:26 PM Page 18

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Guia do 1º Emprego 2011

CARTA DE APRESENTAÇÃO
Queres fazer uma carta de apresentação, mas não sabes o que dizer para impressionar
a pessoa que está do lado de lá? O primeiro conselho que o Guia do 1º Emprego te dá
é: não mintas, não exageres e não faças um resumo da tua vida numa carta. A carta
serve para te posicionares de forma diferente em relação aos outros candidatos e, de
uma forma clara, mostrares quem és e o que vales. Difícil? Segue os nossos conselhos!

{ Texto de Inês Menezes } reforçando o que já está escrito no Menciona as razões porque te can-
currículo, que é uma informação bas- didatas. Explica porque gostarias de
A Carta de apresentação é um dos ele- tante mais útil para o recrutador. De- desenvolver competências na área a que
mentos mais importantes quando se pois disso, é importante justificar as te candidatas. Se souberes para que em-
envia o currículo. É ela que vai trans- razões pelas quais a empresa te interessa, presa te estás a candidatar, não te es-
mitir a tua personalidade, bem como o que, se for bem feito, poderá tor- queças de mostrar que a conheces. Será
as razões que te levam a candidatar a nar-se um ponto diferenciador, pois sempre um ponto a teu favor.
esse emprego. demonstra que perdeste tempo a es-
Ao escreveres a carta de apresentação tudar a empresa. Não te alongues. Os recrutadores não
deves ter presente que esta serve para perdem muito tempo com a leitura da
personalizar a tua candidatura, valorizar Se a carta de apresentação se limita a carta de apresentação. Para ser eficaz, é
o percurso profissional e, por último, repetir o que o currículo explica, os necessário ser conciso. A carta deve ser
convencer os entrevistadores a marcar entrevistadores têm duas atitudes: se curta e sem informação desnecessária.
uma entrevista. nem o CV nem a carta de aposentação Três a quatro parágrafos são suficientes.
Embora a maioria das cartas acabem forem muito interessantes, o mais certo As frases curtas e simples interpelam o
por ser um resumo do CV, onde os é cair no esquecimento. Ou no lixo! leitor e transmitam uma imagem dinâmica.
candidatos reforçam as suas competên-
cias, uma carta bem-feita deve fazer a Dirige-te à pessoa certa. Se não Não exageres nem te desvalorizes
ligação entre o teu percurso profissional souberes o nome (embora hoje em dia e, sobretudo… não mintas. Res-
e as necessidades concretas da empresa. esteja tudo na internet), como último ponde sempre pela positiva. Não digas,
recurso, endereça-a ao departamento por exemplo, que não tens experiência
Dicas para elaborar a carta de de recursos humanos. Se estiveres a res- em determinada área. Evidencia antes
apresentação ponder a um anúncio, menciona o as tuas qualidades com objectividade,
Para personalizares a tua candidatura, mesmo e a função a que candidatas). sem demasiado sentido crítico. Podes
deves incluir informação sobre: sempre referir que gostas de novos de-
› Porque é que a empresa te interessa. A primeira frase é essencial para safios e que te adaptas com facilidade.
› O que podes oferecer. marcar a diferença. Tenta dar o teu A mentira acaba sempre por ser des-
› O que a empresa e tu podem fazer cunho pessoal e destacares-te das cen- coberta e não te beneficiará.
juntos. tenas de currículos diários. O tom de
Estas são as informações que qualquer abertura da carta transmite a tua per- Valem as mesmas regras para e-
recrutador gostaria de encontrar numa sonalidade.Talvez possas começar assim: -mail. Hoje há uma parte significativa
carta de motivação. No entanto, a or- “Em resposta aoV. anúncio para recrutar dos currículos que seguem por e-mail
dem pode ser alterada, pois não existem um financeiro, penso ter as qualidades e por isso as cartas transformaram-se
regras definitivas. Alguns candidatos profissionais que correspondem ao perfil em e-mails. Apesar do suporte ser di-
preferem começar por se apresentar, que procuram”. ferente, as regras mantêm-se. FIM
19 PUB jMartins_Layout 1 2/1/11 10:49 AM Page 19
20a22 Entrevista Emprego_Layout 1 2/1/11 3:32 PM Page 20

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Guia do 1º Emprego 2011

Tenho uma entrevista.

E AGORA?
{ Texto de Inês Menezes }

Para enfrentar o desafio da entrada no


mercado de trabalho e a procura do
primeiro emprego são necessárias pro-
actividade, energia, dinamismo, resis-
tência à frustração e preparação. Desde
a elaboração do curriculum vitae, até
à forma como te deves comportar
numa entrevista, nada deve ser deixado
ao acaso. Mas nada de pânico. Seres
chamado para a entrevista, significa
que ultrapassaste a primeira fase e o
teu currículo foi aceite. Agora só falta
convencer o empregador, de que és a
pessoa certa para o lugar! O Guia do
1º Emprego dá-te todas as dicas para
que sejas bem sucedido.

Prepara-te! nalidade, as tuas qualidades e defeitos, etc. veniente para apresentar na entrevista
› Obtém o máximo de informação sobre O auto-conhecimento é um dos aspectos (diplomas ou certificados de cursos e es-
a empresa (ramo de actividade, dimensão, mais valorizados numa entrevista.. tágios, trabalhos realizados, carta de re-
tipo de produtos ou serviços que co- › Relê o teu currículo e prepara-te para ferência, portfólio, etc.).
mercializa, nível de remunerações, áreas aprofundar os aspectos nele focados ou › Prepara-te para diferentes tipos de en-
funcionais existentes, organização, am- outros que possam vir a surgir durante a trevista.
biente de trabalho, estilo de funciona- entrevista (personalidade, características, › Se te pedirem para resolver um caso
mento, etc.). competências profissionais, motivação, prático não te admires. Mesmo que seja
› Fala com pessoas que te conheçam bem formação, competências desenvolvidas uma situação hipotética, servirá para ava-
(familiares, amigos, colegas de curso, pes- tanto na experiência profissional como liar a tua reacção e o raciocínio, a capa-
soas com quem já trabalhaste) e pede- nas actividades extra-profissionais). cidade de comunicação, persuasão e ra-
lhes uma breve descrição da tua perso- › Leva a documentação que achares con- pidez.
20a22 Entrevista Emprego_Layout 1 2/4/11 5:18 PM Page 21

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Guia do 1º Emprego 2011

O que não pode falhar › É capaz de se apresentar em poucas pa- › Com que tipo de pessoas tem mais di-
Pontualidade.Tenta chegar 10 minutos lavras? ficuldade em lidar? E mais facilidade?
antes da hora marcada, para evitar atrasos. › O que é que nos podes oferecer? › Como é que se relacionava com os seus
Deixar outra pessoa à espera é sinal de › O que é para si o emprego ideal? professores? (supervisores ou colegas)
desrespeito e desinteresse. › Onde gostaria de estar daqui a cinco › O que aprendeu com os erros?
Boa apresentação. A imagem é um anos? E daqui a dez? › Qual seria o salário justo para si?
factor decisivo e influencia a forma como › Que recompensas deseja obter na sua › Fale-me de si (esta é uma das questões
serás percepcionado. Em caso de dúvida carreira profissional? mais colocada pelos recrutadores.Tenta
o clássico é sempre uma boa solução. › Pretende obter mais qualificações? dar uma resposta sucinta, directa e
Postura. Muito importante para o su- (CESE, MBA, Mestrado, etc.) que, em poucas palavras, dê a conhecer
cesso da entrevista. Simpatia, abertura, › Trabalhou durante os estudos? Se sim, o teu perfil profissional, características
profissionalismo e curiosidade podem em quê? e competências profissionais)
ajudar a escolher-te como o candidato › Que tipo de patrão prefere?
certo. É essencial manter a calma e con- › Se eu encontrar o seu antigo chefe/pro- Pode também acontecer ser utilizada uma
trolar as emoções, sobretudo se a entrevista fessor e lhe pedir para me falar de si outra forma de abordagem para analisar
tomar o rumo não desejado. em apenas uma frase, que frase seria? o potencial dos candidatos e que consiste
Diálogo. Embora seja um momento de › Já alguma vez se despediu de um em- em avaliar comportamentos e reacções a
algum nervosismo, a entrevista deve seguir prego? Se sim, porquê? determinadas situações. Embora este tipo
o tom normal de uma conversa e fluir › Porque é que o devemos contratar a si de dinâmica seja utilizada numa fase mais
sem grandes constrangimentos. É im- em vez de outro candidato? avançada de recrutamento e se destine a
portante que sintas que, para além de es- › Dê-nos o exemplo de uma tarefa rea- candidatos com experiência profissional,
tares a ser avaliado estás, também tu, a lizada por si de que se possas orgulhar. deves estar apto a responder às questões
avaliar uma hipótese de trabalho. › Porque escolheu esta área de trabalho? colocadas, com histórias e exemplos que
Empatia. É um dos aspectos mais im- › Já desempenhou algum trabalho em demonstrem as tuas capacidades e quali-
portantes para que se estabeleça uma boa equipa? Qual? ficações para o cargo pretendido!
relação profissional. › Pode dar-me um exemplo de como
a sua criatividade ultrapassou um obs- Perguntas que podes fazer
O que te podem perguntar táculo? Os candidatos podem aproveitar o mo-
Apesar das entrevistas serem diferentes › Quais as suas principais qualidades? E mento da entrevista para colocar algu-
umas das outras, existem perguntas co- defeitos? mas questões, pois embora estejam a
locadas pela maioria dos recrutadores. › Prefere trabalhar sob supervisão ou so- ser avaliados, devem ter uma atitude di-
Prepara as respostas às questões que se zinho? nâmica perante o entrevistador, tentando
seguem. É essencial um trabalho de in- › Que factores o motivam a dar o seu obter informação sobre as condições
trospecção, um olhar sobre o passado melhor? de trabalho, hipóteses de progressão,
que te ajude a preparar o futuro. › Em que actividades académicas parti- evolução do sector, expectativas sobre
Se tiveres oportunidade de fazer uma cipou? O que aprendeucom elas? si, etc. Para isso, é necessário estudar
simulação de entrevista filmada, não › Qual foi o último livro que leu, e o úl- um pouco a vida da empresa. As per-
hesites! Aproveita para detectar eventuais timo filme que viu? guntas deverão ser feitas com bom senso
erros de postura e de comunicação e › Prefere grandes empresas ou pequenas? e, se perceberes que não há abertura,
corrigires. No final de cada entrevista, Porquê? não as faças pois podem prejudicar-te.
analisa os melhores e os piores momen- › Qual o último país onde esteve? Aqui ficam alguns exemplos.
tos, de forma a aprenderes com a tua › Tem hobbies? Quais? › Qual será a minha função dentro da
própria experiência e evitar cometer › Está envolvido em algum tipo de tra- empresa?
de novo os mesmos erros. balho voluntário? › Quais os desafios inerentes à função?
› Defina sucesso. E fracasso. › Quais as possibilidades de progressão
› Porque é que se está a candidatar à › Já alguma vez falou para uma grande na carreira profissional?
nossa empresa? audiência? › É usual trabalhar-se por objectivos?

Negociar o ordenado
Como atrás referimos, é natural que o pretendido pela função em causa. Antes de secundária, deves tentar valorizar outros
entrevistador te pergunte qual o ordenado falares em valores, aproveita para falar do teu aspectos inerentes à função e esperar que seja o
esperado. Damos-te algumas sugestões para desempenho anterior (se tiveres experiência entrevistador a colocar a questão.
saberes o que fazer, sem te atrapalhares! profissional) ou das tuas perspectivas de carreira. 5. Em vez de falares em valores exactos,
1. É possível que queiram saber qual o teu último 3. Para o caso de ser o teu primeiro ordenado, apresenta valores mínimos e máximos, de forma
ordenado, pois serve de referência das tuas tenta não te expores. Se mesmo assim o a haver margem para negociação.
expectativas e, eventualmente, do que estarias entrevistador insistir dá uma ordem de grandeza. 6. Informa-te de quais os valores praticados em
disposto a negociar. 4. Nunca abordes, por tua iniciativa, o tema do funções similares, de modo a estares dentro da
2. É frequente perguntarem qual o salário líquido ordenado. Embora esta não seja uma questão realidade.
20a22 Entrevista Emprego_Layout 1 2/1/11 3:32 PM Page 22

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Guia do 1º Emprego 2011

Sugestões para seres bem sucedido


• Memoriza o nome e cargo do entre- forma clara as frases. Não deves deixar • Tenta perceber o que está por trás da
vistador. que fiquem por acabar, ou se misturem pergunta, o que querem realmente
• A iniciativa de cumprimentar deve umas com as outras. saber.
partir do entrevistador. Um aperto de • Evita utilizar linguagem mais colo- • Se falares do antigo emprego, nunca
mão firme, acompanhado de um sor- quial, tal como:“Umm”,“Ah?”,“tipo”, digas mal do antigo chefe, dos colegas
riso, é o mais acertado. Se tiveres ten- “percebe?”. Nunca “pá” ou afins… ou das condições de trabalho.
dência para suar das mãos tenta limpá- • Sê conciso e tenta responder directa- • Se não tiveres muita experiência sobre
las discretamente antes de cumpri- mente às questões que te são colo- a área de negócio, fala sobre as tuas
mentar o entrevistador. cadas. Se não perceberes a pergunta, competências.
• Procura manter o contacto visual com pede para repetir. • Pensa nas questões que gostarias de
o interlocutor, o que transmite segu- • Não mintas, nem tentes disfarçar uma colocar ao entrevistador, sobre a área
rança e interesse. Se fores entrevistado realidade que te pareça pouco fa- em que irás trabalhar, a empresa, o
por mais de uma pessoa, tenta olhar vorável. É sempre preferível a ver- sector, etc. Mas vê se há abertura para
para todos. Não olhes para baixo en- dade. que as faças.
quanto falas, porque isso demonstra • Pensa na forma como gostarias de ser • É possível que te perguntem qual a
timidez e insegurança. ”retratado”: prepara os aspectos sobre remuneração esperada. Esta é uma per-
• Sorri! Uma cara alegre e sorridente os quais mais gostarias de falar. gunta complicada.Atenção, muitas ve-
é sempre cativante e transmite uma • Não tenhas medo dos silêncios. Usa zes com esta pergunta o candidato, se
personalidade optimista e entusiasta. o silêncio a teu favor, pensando na não tiver bom senso, poderá ficar ime-
• Respeita o ritmo da entrevista. Espera resposta à pergunta que te foi colocada, diatamente excluído, mesmo que nos
o momento certo para intervir e fá- ou na que poderás colocar. outros itens tenha tido boa prestação.
lo na dose adequada, sem falar de- • Responde directamente às questões • Só te deves levantar depois do entre-
masiado. colocadas e acrescenta informação re- vistador, agradecendo a entrevista e
• É importante começar e acabar de levante. mantendo uma postura cuidada. FIM

Procura manter o contacto visual


com o interlocutor, o que transmite
segurança e interesse.
23 Melhores empresas para trabalhar_Layout 1 2/1/11 3:33 PM Page 23

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Guia do 1º Emprego 2011

Quem quer trabalhar aqui?


Todos nós sonhamos com um emprego perfeito, um salário de sonho, a equipa de trabalho mais
solidária do mundo, a janela do escritório com a melhor vista para a cidade, alguém bonito que nos
traga cafés. Todas estas características parecem difíceis de conviver juntas num mesmo emprego,
sobretudo na conjuntura económico-social vivida actualmente. No entanto, existem, de facto, empresas
onde dá gosto trabalhar – e os seus colaboradores reconhecem isso. Fica aqui a lista das 30 Melhores
Empresas para Trabalhar em Portugal, durante o ano de 2010.

{ Texto de Bruna Pereira } 1 Microsoft Portugal Tecnologias de Informação


2 Cisco Systems Portugal Tecnologias de Informação 
O primeiro lugar no ranking e pelo 3º 3 Liberty Seguros Banca e Seguros - Seguros Gerais 
ano consecutivo, foi conquistado pela 4 Everis Portugal Consultoria de TI
Microsoft Portugal, sendo que nas di- 5 GMS Consulting Consultoria de TI
ferentes categorias – por dimensão – 6 ROFF Consultoria de TI
destacaram-se a Remax (acima de 1000 7 BMW Group Portugal Comércio automóvel
colaboradores), a Cisco (entre 100 a 8 Mars Portugal Transformação e Produção
250 colaboradores) e a BMW Portugal 9 Cushman & Wakefield Construção e Obras Públicas
(menos de 100 colaboradores. 10 Janssen Cilag Biotecnológica e Farmacêutica
A grande novidade da edição deste ano 11 Re/max Construção e Obras Públicas
foi a presença forte de empresas por- 12 Chep Serviços
tuguesas (7), cuja vencedora foi a GMS 13 Procter & Gamble Portugal Transformação e Produção
Consulting, considerada a melhor em- 14 SAS Institute Portugal Tecnologias de Informação
presa portuguesa para trabalhar em Por- 15 Outsystems Tecnologias de Informação 
tugal. 16 HUF Portuguesa Transformação e Produção
Uma das grandes vencedoras da edição 17 Diageo Portugal Transformação e Produção
deste ano é também a Cisco, desta- 18 Medtronic Portugal Comércio a Retalho
cando-se em quatro categorias distintas: 19 Siscog Tecnologias de Informação 
“Melhor Organização para trabalhar 20 Leadership Business Consulting Consultoria de Gestão 
entre 100 e 250 colaboradores”, “Me- 21 Johnson’s Wax de Portugal Actividades Industriais 
lhor Empresa para Trabalhar para Mu- 22 Laboratórios Abbott Biotecnológica e Farmacêutica
lheres”, prémio “Responsabilidade So- 23 Teleperformance Portugal (Covilhã) Serviços - Telemarketing 
cial Empresarial” e prémio “Formação 24 Bacardi-Martini Portugal Transformação e Produção
e Liderança para a Sustentabilidade”. 25 Deloitte Consultoria de Gestão
FIM 26 ANA, Aeroportos de Portugal Transportes - Aéreos/Aviação comercial 
27 PricewaterhouseCoopers Serviços 
28 José Júlio Jordão Actividades Industriais 
29 Sistemas McDonald’s Hotelaria e Turismo - Restauração
30 Barclays Bank Banca e Seguros
*Fonte: Great Place to Work® Institute - www.greatplacetowork.pt
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Guia do 1º Emprego 2011

O QUE PROCURAM
AS EMPRESAS?
No momento de crise e de desemprego, as empresas continuam a recrutar. No en-
tanto, a selecção dos candidatos é cada vez mais rigorosa e exigente. Bons currículos
e boas notas não chegam para alcançar o lugar desejado. É preciso muito mais do
que isso. Se ainda não ouviste falar em competências comportamentais, está na al-
tura! Tão importante como os conhecimentos adquiridos na formação, vai ser o
teu comportamento e forma de agir. Se queres saber o que procuram as empresas,
aqui fica o testemunho de 4 grandes empresas sobre o perfil mais requisitado e a
forma como te podes candidatar à Galp Energia, Secil, Sonae ou EDP.

distintivas de cada um. A Galp é uma procuradas estão o nível de energia, a


destas empresas que pretende captar os assertividade, a sociabilidade, a adapta-
melhores recursos e investir em talentos. bilidade, a atitude, a capacidade de decisão,
Sabemos que o mercado de trabalho é a cooperação, a autonomia e o julga-
Hugo Faria muito competitivo e que as competências mento objectivo.
Responsável pelo técnicas já não são suficientes para fazer
Desenvolvimento de Recursos face às novas exigências. Mas, a verdade Processo de selecção dos candidatos
Humanos da Galp Energia é que as empresas procuram, mais do desenvolvido pela GALP, em 4 fa-
que nunca, os melhores talentos, isto é, ses:
“Vivemos um tempo complicado, com jovens graduados que tenham uma boa › Análise Curricular
poucas perspectivas, uma crise instalada, formação académica, e que juntem a › Entrevista Biográfica
com elevados níveis de desemprego. Mas, isso uma forte componente comporta- › Assessment Center (testes de aptidão,
nem tudo é negativo. É necessário que mental.Actualmente, a maioria das em- de role play em que se simulam situações
haja esperança e que os jovens, sobretudo presas considera que mais importante que podem acontecer na empresa, de
os que estão à procura do primeiro em- do que a componente técnica, são as ca- forma a analisar a interacção entre equipa
prego, não percam a confiança em si pacidades relacionais, e estas desenvol- e a capacidade de raciocínio)
próprios e nas suas capacidades de tra- vem-se em actividades extra-curriculares, › Entrevista final de validação com a área
balho, pois as empresas estão cada vez e de desenvolvimento pessoal. para a qual se recruta. Além da presença
mais dispostas a valorizar as competências Entre as capacidades relacionais mais dos Recursos Humanos, é um processo
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Guia do 1º Emprego 2011

partilhado com futura área de trabalho. área de trabalho. A Sonae emprega mais
de 42.000 colaboradores, num ambiente
O Produto Premium: Programa exigente, rigoroso, com muito trabalho,
Generation Galp mas fun, e com um espírito inacreditável.
O programa de trainees existe na orga- João Brás É um mundo de mentes abertas, em que
nização há 12 anos e é fonte de recru- Director de RH Centro se assiste ao desenvolvimento rápido de
tamento de jovens graduados, enquanto Corporativo e Estruturas negócio, e à ascensão de pessoas que co-
atracção e captação de talentos, bem Centrais Sonae meçaram como operadores de loja e estão
como de rejuvenescimento e mudança hoje em funções de Direcção.Acreditamos
da empresa. “Sabemos que o primeiro emprego é de- que múltiplas experiências dentro das
terminante para aquilo que vai ser o nosso várias empresas permitem um desenvol-
Desafio futuro, seja porque corresponde à nossa vimento profissional mais rápido.A Sonae
O grande investimento da Galp
área de formação, e confirma que o ca- funciona como um mar de oportunidades,
Energia no Brasil abriu portas para
minho está certo, seja para percebermos o que significa que as pessoas que entram
uma nova área: a exploração e
que estamos no caminho errado e que na empresa, têm que ter mente aberta,
produção, áreas em que a GALP está,
aquilo que estivemos a estudar não é, de flexíveis e adaptarem-se com rapidez a
actualmente, a fazer recrutamento nas
forma alguma, a área em que queremos novas e diferentes situações.”
universidades.
vir a trabalhar. Por isso mesmo o primeiro
emprego é uma aprendizagem. Por isso O que valoriza a Sonae
mesmo, valorizamos, mais do que a for- “Obviamente que a experiência é um
Muitos dos quadros da Galp passaram mação académica, as competências pes- dos requisitos essenciais, embora não dis-
por este programa, que tem enorme su- soais. criminemos os recém-licenciados. Pessoas
cesso ao nível das carreiras que propor- Dividida em seis áreas de negócios – Mo- com experiência para além da académica,
ciona. delo Continente, Sonae Retalho Espe- são muito interessantes, com Erasmus,
cializado, Sonae Sierra, SonaeCom, Mo- que pratiquem desporto federado, escu-
Vantagens do programa biliária de Retalho e Gestão de investi- teiros, ou seja, é necessário que façam
Duas experiências em áreas diferentes mento – a Sonae está a expandir-se e outras coisas para além do curso, pois
da empresa (trata-se de um programa internacionalizar-se, estando presente em isso é mais valorizado do que as notas.
com a duração de um ano, dividido em 26 países. Valorizamos a formação, mais do que o
duas partes: no primeiro semestre as pes- curso em si, pois a formação permite
soas são convidadas a sair da sua zona que se tenha desenvolvido um conjunto
de conforto e a trabalhar em funções O grande desafio da de competências em planeamento, apren-
que nunca experimentaram (por exem- Internacionalização dido a trabalhar em equipa, desenvolvido
plo, engenheiros a exercerem funções A EDP é uma multinacional que está a capacidade de resistir, lidar com o stress,
de gestão).A segunda parte do programa em 10 países, fala sete línguas e tem de fazer apresentações, de participar em
é mais direccionada às áreas em que os já mais de 12.000 colaboradores pelo seminários, entre outras. Estas compe-
alunos se sentem mais confortáveis. mundo fora. Por esta razão, a visão, tências são mais valorizadas do que o
› Oportunidades de formação em con- compromissos e valores permanecem curso. Para além disso, tem muita im-
tínuo ao longo do ano de estágio inte- um grande desafio da comunicação portancia para nós, o rigor e compromisso,
grado num programa de acompanha- dos Recursos Humanos. o trabalho em equipa, a orientação por
mento objectivos (todas as actividades e tudo o
› Orientadores definidos com um pro- Os valores pelos quais nos orientamos e que fazemos no dia-a-dia é medido por
grama claro de estágio vivemos, definem que tipo de pessoas objectivos pré-defidos), a humildade para
› CEO e administradores são responsáveis queremos na Sonae. Ética e confiança, aprender (é preciso saber que a verdadeira
por um grupo de trainees (estão impli- pessoas no centro de toda a actividade, aprendizagem começa no dia em que se
cados como tutores) ambição, inovação, responsabilidade social, começa a trabalhar), a criatividade e o
› Outro dos factores aliciantes destes es- frugalidade e eficiência, cooperação e in- sentido de responsabilidade.
tágios é o facto de a remuneração ser dependência. O cliente está no centro da
acima da média. nossa acção. Sem clientes não há razão de
existir. Estes valores determinam o tipo “Entre as diferenças
Objectivos do programa: de pessoas que recrutamos para a nossa procuramos a
Posiciona-se como um dos elos de liga- organização. Não recrutamos pela área de singularidade. Não
ção com o meio universitário com vista formação, mas pelos traços pessoais. contratamos pessoas
a desafiar e cativar os melhores entre os A área comercial é, sem dúvida, a área inteligentes para lhes
melhores, motivá-los para enfrentar os mais importante nas nossas vidas enquanto
dizer o que devem fazer.
desafios de um mercado dinâmico e pre- profissionais. O cliente está centro da nossa
pará-los para uma vida profissional de acção. É a razão da nossa existência, o que Contratamos pessoas
sucesso. Em média a GALP recruta explica que as competências dos comerciais inteligentes para nos
anualmente entre 20 a 40 jovens, nas - relacionais, comunicação, assertividade, dizerem o que devemos
Universidades de referência a nível na- argumentação - sejam as mais valorizadas, fazer” Steve Jobs
cional. pois devem ser dominadas em qualquer
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Guia do 1º Emprego 2011

mecânica, ciências sociais, gestão, ciên- 6º mês


cias exactas (matemática) e engenharias › Apresentação do Relatório Final da
(electrotecnia, mecânica, civil) . responsabilidade do estagiário e Ava-
liação do Processo (estagiário /orien-
Ana Pedrosa ETAPAS DO PROCESSO tador).
Responsável pela gestão de DE ACOLHIMENTO,
colaboradores expatriados na ACOMPANHAMENTO No final dos 6 meses os candidatos são
EDP E AVALIAÇÃO admitidos.
Momentos chave:
Celestina Pinheiro 1º mês
Operações de RH e › Sessão de acolhimento (conhecer o
coordenadora de acolhimento que é a EDP Distribuição, conhecer os
e integração de Novos projectos em curso, conhecer o pro-
Colaboradores da EDP grama que os espera) Margarida Manaia
Distribuição. › Integração na área de estágio Responsável pelo
› Familiarização com processos e acti- Departamento Relacional
O “ON TOP - EDP Recruitment vidades. da SECIL
Program” visa captar jovens com po- › Apresentação do Plano de Integração
tencial de crescimento, posicionando o e Acompanhamento O que procura a SECIL nos novos
Grupo EDP como employer of first choice. › Apresentação das competências nas colaboradores?
quais vai ser avaliado “Procuramos uma sólida formação téc-
Objectivos: nica, fortes competências relacionais,
1. “Atrair” jovens com potencial de 2º mês um grande sentido de responsabilidade,
crescimento, proporcionando-lhes de- › Aprofundar os conhecimentos. que sejam dinâmicos e proactivos.
safios profissionais aliciantes. › Troca de impressões informal conjunta A sólida formação técnica é muito im-
2. Dar a conhecer aos jovens o Grupo (estagiário, orientador e facilitador) so- portante, porque a maior parte das fun-
EDP: estratégia, cultura e pessoas. bre o decorrer do estágio ções exercidas na Secil são funções com-
3. Promover a aproximação entre a EDP › Eventuais ajustes ao Plano plexas, que requerem uma base susten-
e a Comunidade Académica: interagir tada de formação técnica, para além dos
e partilhar know-how. 3º mês múltiplos desafios ligados à internacio-
› Aprofundar os conhecimentos nalização da Secil (presente em Angola,
Neste sentido a EDP tem diversas › Reunião conjunta (estagiário, orien- Líbano, Tunísia e Cabo Verde).
iniciativas tador, chefia e facilitador) sobre as di- As competências relacionais são um
› Presença em 8 Universidades; ficuldades e os sucessos ponto determinante na selecção de can-
› Divulgação do Grupo a cerca de 800 › Aprofundamento sobre os objectivos didatos. Valorizamos essencialmente o
alunos; a atingir trabalho em equipa, bem como a relação
› Apresentação do Grupo EDP e dis- › Planear formas de ultrapassar eventuais entre as pessoas, que devem saber con-
cussão de temas, como a Mobilidade dificuldades surgidas viver harmoniosamente entre diferentes
Internacional, Inovgrid, Mobilidade 4º mês gerações. O leque de idades, experiên-
Eléctrica, a cerca de 450 alunos. › Área secundária de estágio cias, formação e culturas é muito variado
e exige equilíbrio e bom senso nas re-
O Grupo EDP procura jovens com 5º mês lações.A mobilidade é outro dos requi-
as seguintes competências: › Apresentação pelo estagiário, ao CA sitos valorizados pela Secil, tanto em re-
› Jovens Empreendedores e criativos; e Directores, de um tema relacionado lação aos recém-licenciados com algum
› Motivados e dinâmicos; com a actividade acompanhada durante tempo de formação, como em relação
› Com espírito de equipa; o estágio. a pessoas com mais anos de experiência.
› Atentos ao mundo que os rodeia; Esta é, aliás, a razão pela qual damos
› Ambiciosos e “cheios de energia”. Relatório intercalar da responsa- prioridade aos candidatos capazes de se
bilidade do estagiário: integrarem em diferentes culturas.
É atraves dos estágios que a EDP se Avaliação pelo Orientador, com a par- O sentido de responsabilidade, a capa-
aproxima do mundo universitário, ticipação da Chefia do Departamento cidade de assumir e aprender com os
tendo-se realizado em 2010 cerca de e do Orientador da Área secundária e erros, e a autonomia, são uma exigência
330. Os estágios dirigem-se a alunos com a colaboração do Facilitador. para quem trabalha na Secil. O negócio
do ensino Técnico-Profissional e Uni- A avaliação incidirá nas componentes da Secil, especialmente nas fábricas, é
versitário de diversas áreas de formação, comportamentais e técnicas, ponderará um negócio de laboração contínua –
como electricidade, mecânica, electro- a qualidade do relatório intercalar. trabalhamos 24h sobre 24h e por isso
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Guia do 1º Emprego 2011

temos de ter pessoas que tomem deci-


sões rápidas e necessárias no momento
adequado.
Outro requisito valorizado nos candidatos
da Secil é a capacidade de ser dinâmico
e proactivo. Isto porque estamos sempre
em processo de melhoria de produto -
parecendo o cimento sempre um pro-
duto cinzento, é este o nosso negócio!”

Programa Trainees Secil


“Existe há três anos na Secil. A Secil
recruta cerca de 10 colaboradores
por ano. Existe uma fase in-
tensa de recrutamento e se-
lecção, seguida de um pro-
grama de um ano de for-
mação para os que forem
seleccionados. Segue-
se, após avaliação po-
sitiva dos candidatos,
a integração no
grupo Secil (nestes
últimos anos, 90%
dos trainees recrutados
são hoje colaborado-
res da Secil).
O processo de recru-
tamento é um processo
muito selectivo. A pre-
ferência da Secil é dada
à formação académica de
cinco anos, à licenciatura
pré-Bolonha e aos mestres
Pós-Bolonha. A selecção é
feita através de um intensivo
acessement center, em que os
candidatos passam por dife-
rentes fases, até serem elimi-
nados. E por último, são sub-
metidos a quatro painéis de en-
trevistas, também eliminatórios.
Para dar um exemplo, em 2010
recebemos, nos primeiros 10 me-
ses, 3200 currículos. Destes, apenas
15% correspondiam ao perfil de-
senhado pela Secil em termos de
competências comportamentais. É pre-
ciso conciliar a formação técnica com
a parte comportamental, pois é nesta
última que a Secil encontra mais difi-
culdades em recrutar.” FIM
28a29 Entrevista Ray Human Marco Gomes_Layout 1 2/2/11 3:10 PM Page 28

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Guia do 1º Emprego 2011

Parece-lhe que os estágios são


um bom início de carreira para
um jovem licenciado?
Cada vez mais até porque a aposta das
empresas em épocas de crise não é para
posições intermédias ou para posições
de topo, acabam por fazer um investi-
mento pela base e aí estão os estagiários.
Esta política acaba por gerar todo um
conjunto de medidas que incentivam ao
crescimento, ao push up das estruturas
organizacionais a fazer com que estes es-
tagiários que entram, façam com que as
pessoas da organização subam.Assistimos
cada vez mais às multinacionais e por-
tuguesas como a Sonae, como a Efacec,
a privilegiarem este tipo de contratação.

Quais lhe parecem ser as


competências que o mercado,
neste momento, mais está a
valorizar?
O paradigma de há uns anos a esta parte
tem mudado e hoje em dia o mercado
está a valorizar muito, e ainda bem, as
softskills, as competências. Obviamente
não descuram as hardskills, pois é neces-
sário que as pessoas tenham ajustamento
à própria função que vão desempenhar,

“O paradigma de há
uns anos a esta parte
tem mudado e hoje
em dia o mercado
está a valorizar
muito, e ainda bem,
as softskills, as
competências.”

mas também, e cada vez mais, é valorizada


Marco Gomes, Ray Human Capital a capacidade que têm de ajustar-se em
termos de competências. E estas softskills,
muitas vezes, fazem a diferença e conse-

Soft skills em alta guem mostrar a mais valia de um profis-


sional em relação a outro.
Há competências transversais que o mer-
cado de trabalho procura, independen-
temente da função em si. Comunicação,
Marco Gomes da Ray Human Capital, uma das em- capacidade de inter-relacionamento, o
presas mais promissoras na área da consultoria em pensamento analítico, a iniciativa, o di-
recursos humanos e parceira da Forum Estudante no namismo… São este tipo de competên-
projecto do Primeiro Emprego, partilhou connosco a cias que nós devemos desenvolver ao
longo da nossa vida, sobretudo enquanto
sua experiência, deixando algumas importantes pistas jovens. Os jovens não se podem limitar
para quem entrar no mercado de trabalho. a fazer universidade-casa e casa-univer-
sidade. Têm de privilegiar o equilíbrio
entre a vida académica e a vida social,
28a29 Entrevista Ray Human Marco Gomes_Layout 1 2/1/11 3:36 PM Page 29

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Guia do 1º Emprego 2011

porque estas vivências trazem-lhe novas a diferença na sua adaptação ao mercado noção de que as mais valias que têm de
competências. É fundamental procurarem de trabalho e para fazer face aos desafios ter adquirir têm de ser eles a desenvolver
experiências na vida académica como das empresas.Também o desporto, o vo- e a procurar. Se não forem eles, ninguém
estágios, trabalhos durante o verão, para luntariado podem ser importantes o fará no seu lugar.
experimentarem o que é o mercado de quando se analisam os currículos. Penso também que é importante irem
trabalho, para começarem a desenvolver conhecendo o mercado de trabalho, irem
algumas competências que só consegui- Com a experiência que tem vendo o que se está a passar. Quando
mos actualizar se nos emprenharmos pensa que os recém licenciados terminam a licenciatura é importante sa-
nisso. Este tipo de competências, que pa- estão preparados para enfrentar berem minimamente o que é que que-
recem quase senso comum, são compe- o mercado de trabalho? rem fazer e mesmo que não saibam ao
tências que para muitas pessoas não estão Cada vez mais. Os jovens estão a começar certo, pelo menos saberem onde é que
no top of mind, não estão ainda na lista a ter um self awareness muito forte para querem estar. É fundamental terem uma
noção clara que, se querem estar na área
“Têm de estar muito conscientes que financeira, então apontem para a área fi-
nanceira. Se querem a área de grande
é necessário ao longo do seu percurso consumo, então é apontar para essa área.
académico procurarem iniciativas diferentes, É importante saber, quando chegar a al-
que lhes permitam ter contacto com tura de ingressar no mercado de trabalho,
a realidade empresarial, mas também para que lado é que quer ir, porque isso
mostra confiança também para o inter-
com a realidade social.” locutor. Mas infelizmente ainda existem
muitos jovens que estão perdidos. FIM
de prioridades e, no entanto, são com- aquilo que efectivamente o mercado lhes
petências que fazem falta a qualquer pes- reserva. Já tem acontecido clientes da
soa. Ray Human Capital estarem a recrutar Três pecados mortais
jovens, não pela licenciatura mas pelas que não se podem
Nos milhares de currículos que competências.Vão à procura do tal talento cometer numa
provavelmente vê e quando está e esse pode estar num aluno que termi- entrevista?
à procura de uma pessoa, para nou o curso com média de 12 ou 13 e Inibição. A postura corporal revela
onde vai o seu enfoque? não num aluno que terminou a licen- muita coisa. Por exemplo, o estar a
Falando de jovens recém ciatura com média de 16 ou 17. olhar para baixo pode revelar uma
licenciados. São os jovens que têm de perceber que grande inibição e isso é claramente
O que salta à vista é claramente o tipo têm de fazer a diferença neste mercado um pecado nos dias que correm.
de iniciativas em que a pessoa se envolve de trabalho que vive este ciclo económico. Outro pecado mortal são os níveis
ao longo da sua vida académica ou as Eles têm claramente de se diferenciar de ansiedade que jovens acabam
experiências profissionais que a pessoa uns dos outros para conseguirem agarrar por gerar e que passa ao
possa ter tido. as oportunidades.As empresas continuam entrevistados muita falta de
Num dos Job Party que fiz com a Forum, a procurar, mas como recrutam menos, confiança. Os jovens não se podem
um dos alunos perguntou-me se deveria procuram os melhores e isso vê-se nas esquecer que estão num processo
colocar no seu CV a experiência profis- softskills que é onde há o desempate. avaliativo mas que, do outro lado,
sional que tinha tido a servir num bar. estão também seres humanos.
O que lhe disse foi que neste momento Três conselhos a estes jovens Convém não esquecer que estão ali
da sua vida, essa experiência fazia sentido para conseguirem entrar no para provar que são as pessoas
porque por detrás desse trabalho, os pro- mercado de trabalho. certas para aquele lugar e, como tal,
fissionais que vão ler o currículo vão Acima de tudo têm de estar muito cons- têm de acreditar nas suas
perceber que foram desenvolvidas ca- cientes que é necessário ao longo do seu capacidades. É necessário fazer o
pacidades de comunicação, capacidade percurso académico procurarem inicia- trabalho de casa para gerir esses
de relacionamento com o cliente, orien- tivas diferentes, que lhes permitam ter níveis de ansiedade.
tação para o cliente, orientação para ob- contacto com a realidade empresarial, Em terceiro lugar é fundamental
jectivos. Com esta experiência é certo mas também com a realidade social. Esta mostrar interesse. Se não o fizer
que ele actualizou competências e é isso combinação é importantíssima para que acaba por deixar desvanecer o
que as empresas procuram nos CV de consigam criar valor em si mesmos. Por interesse do outro lado. O recém
jovens licenciados. Experiências profis- outro lado acho que cada vez mais os licenciado, quando concorre a um
sionais e iniciativas das que muitas vezes jovens de hoje em dia, têm um nível de lugar, não se pode esquecer que está
se organizam nas universidades, como as maturidade diferente e isso nota-se na a concorrer com centenas de
empresas académicas ou consultoras que sua capacidade de aprendizagem, no seu pessoas e que existem pequenos
aí são criadas, o desenvolvimento de pro- interesse por determinado tipo de pro- pormenores que podem fazer toda a
jectos reais, tudo isto é muito relevante blemáticas. Porque não querem fazer diferença e que esse pode ser um
para um jovem licenciado. São esses pe- parte das famosas estatísticas do desem- deles.
queninos detalhes que podem fazer toda prego, os jovens têm de ter claramente a
30 O que reservam os próximos anos_Layout 1 2/1/11 3:36 PM Page 30

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30

Guia do 1º Emprego 2011

O que nos reservam


os próximos anos?
Falar da velocidade com que ocorrem às escolas e universidades, no sentido formação e qualificação ao emprego
as mudanças nas sociedades de hoje é de se modernizarem e actualizarem, e a UE admite estar muito
já frase gasta. No entanto, quando esta para poderem formar pessoas com as preocupada com a previsível escassez
velocidade empurra para fora do competências certas para os tempos de mão-de-obra qualificada em áreas
mercado de trabalho um grande que aí vêm. Neste âmbito, é sugerida, que se prevê virem a ser
número de pessoas, que vêem as suas entre outras propostas, uma grande fundamentais dentro de poucos anos.
competências que sempre foram abertura das escolas às empresas que Assim, o documento sublinha a
úteis, tornarem-se obsoletas, então deverão, se quiserem formar jovens importância da formação em áreas
talvez valha a pena parar para reflectir, com as competências necessárias, ter como as ciências, a tecnologia, a
para que este cenário não se repita. real expressão na formação dos engenharia e a matemática. Dá-se o
A União Europeia produziu jovens. exemplo de sectores como o
automóvel, a construção naval ou as
energias sustentáveis, como áreas que
exigem novas competências para que
se possam desenvolver. Com
projecções de alcançar três milhões
de postos nos chamados “empregos
verdes”, fica o desafio para um grande

Nos próximos anos as


profissões ligadas à
saúde, ao ambiente,
nomeadamente a área
das energias
renováveis e as ligadas
às tecnologias de
informação e
comunicação, estão
entre as mais
promissoras quanto a
ofertas de trabalho.
investimento nesta área. Também a
área das TIC são fonte de
preocupação para os responsáveis pelo
documento, admitindo que este será
um sector onde, se não houver um
forte investimento, haverá escassez de
recentemente um documento a que Segundo este mesmo documento, mão-de-obra numa dezena de anos. A
chamou “Agenda para Novas espera-se que, até 2020, no mercado saúde surge igualmente como um
Competências e Empregos: Um de trabalho na zona da União sector estratégico, onde se pensa
contributo europeu para o pleno Europeia, os trabalhos exercidos por poderem vir a ser criados cerca de
emprego”, onde propõe vários pessoas com alta qualificação dois milhões de empregos.
caminhos para enfrentar o aumentem pelo menos em 16 A Europa é normalmente eficiente a
desemprego, nomeadamente milhões de postos. Daí que os fazer diagnósticos, esperemos que os
referenciando as áreas ou sectores esforços de qualificação, sobretudo seus países- membro, nomeadamente
onde deverá haver maior atenção e dos jovens, seja uma prioridade clara Portugal, saibam passar do papel à
investimento. da UE. prática e passarmos a conseguir olhar
Uma das recomendações mais Sabemos que a crise veio sublinhar a para o futuro próximo com
relevantes é a forte exortação que faz importância da adequação da confiança. FIM
31 PUB_Layout 1 2/2/11 3:08 PM Page 31
32a33 Trabalhar no Estrangeiro_Layout 1 2/1/11 3:37 PM Page 32

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32

Guia do 1º Emprego 2011

TOMA NOTA

Quando a esmola
é grande…
Se entrares em contacto com
alguma oferta de emprego fora de
Portugal que te pareça duvidosa,
atenta aos seguintes tópicos:
› Se a oferta de emprego se
destinar a um país do EEE (todos
os da UE, Liechtenstein, Islândia e
Noruega) ou Suíça, informa-te
junto da EURES, rede criada pela
Comissão Europeia e serviços

TRABALHAR públicos de emprego.


› Se a oferta for para o resto do
mundo, contacta as respectivas

LÁ FORA JÁ NÃO câmaras de comércio, embaixadas


e consulados em Portugal, de

É O CABO DAS forma a perceber se a oferta é


honesta e não existem queixas
feitas sobre a empresa

TORMENTAS recrutadora em questão.

Os portugueses sempre foram um povo de emigrantes. Em pleno século XXI, o


espírito de aventura e empreendedorismo continua… Mesmo quando a rota é
desconhecida e sabemos apenas que queremos ter como destino final a descoberta
de um emprego melhor!

{ Texto de Bruna Pereira } muitas vezes, ir viver e trabalhar para a os trabalhadores e os empregadores nas
Europa é apenas um passo à frente de regiões transfronteiriças.
Terminar uma licenciatura, um mes- umas das experiências que os recém- Uma vez no portal, e ao seleccionares
trado ou até mesmo um doutoramento diplomados já mostram nos seus CV – “Procurar emprego”, tens acesso a pos-
já não é uma garantia de empregabili- a frequência do Programa ERASMUS tos de trabalho em 31 países europeus.
dade – pelo menos imediata. É por isso durante o ensino superior. Para tal, faz o teu registo gratuito em
que trabalhar no estrangeiro tem vindo Se pensas que os países europeus podem “O meu EURES” para candidatos a
a revelar-se uma solução para quem ser uma boa opção para fazer carreira emprego. Aí poderás criar o teu CV e
acaba os seus estudos e está disposto a profissional, não deixes de consultar o torná-lo acessível aos empregadores re-
conhecer novas culturas, novos idiomas, Portal Europeu da Mobilidade dos Tra- gistados e aos conselheiros EURES,
novas formas de vida e novas experiên- balhadores (EURES), disponível em que ajudam os empregadores a encon-
cias pessoais… Longe do conforto do www.eures.europa.eu. A rede EURES trar os candidatos adequados. Depois,
lar e dos pais. ajuda os trabalhadores a passarem fron- basta esperares que entrem em contacto
teiras e a circularem livremente dentro contigo para as acções de recrutamento,
Europa, meu amor… do Espaço Económico Europeu (EEE) que decorrem, geralmente, em Lisboa
Devido às facilidades de mobilidade de – sendo que a Suíça também participa. e no Porto.
trabalhadores, que a União Europeia O EURES procura ainda informar,
(UE) permite, os países europeus fazem orientar e aconselhar os trabalhadores Nos outros cantos do mundo
parte da lista dos mais procurados pelos sobre oportunidades de emprego, bem Brasil, EUA, Canadá, Angola, África do
portugueses – o velho continente torna- como sobre as condições de vida e de Sul e Macau são outros dos destinos
se atractivo pela sua cultura familiar, trabalho no EEE; assistir empregadores preferidos pelos portugueses mais aven-
pela facilidade de adaptação às línguas que pretendam recrutar trabalhadores tureiros. Se viajares para fora da Europa,
(muitas delas de origem latina) e porque, de outros países e aconselhar e orientar contacta a embaixada ou consulado
32a33 Trabalhar no Estrangeiro_Layout 1 2/1/11 3:37 PM Page 33

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33

Guia do 1º Emprego 2011

desse país em Portugal para saber se


precisas de visto e outras formalidades
a cumprir. Pede ainda na Segurança So-
Ainda com dúvidas?
cial os documentos que te garantem Nos endereços que se seguem, de Aprendizagem ao Longo da Vida,
assistência médica. Fora do EEE, em encontras programas de da iniciativa da Comissão Europeia,
países como Brasil ou EUA, pesquisa mobilidade vários além-fronteiras que promove estágios transnacionais
se há acordos ou convenções bilaterais aos quais te podes candidatar. A em empresas para pessoas que
com Portugal, para beneficiares de ser- força de vontade fica, claro, por pretendem ingressar no mercado de
viços de saúde. Se pensares em destinos tua conta! trabalho com a duração mínima de 2
como a Índia ou a África, informa-te semanas e máxima de 26 semanas
também sobre cuidados especiais de Programa INOV Contacto – Estágios (6 meses). Sabe mais em
prevenção, como vacinas.Alguns centros Internacionais para Jovens www.socleo.pt/old/menu/leonardo/le
de saúde e hospitais já têm serviços vo- Quadros: O projecto visa apoiar a onardo.htm
cacionados para a consulta do viajante formação de jovens com
trabalhador. qualificação superior em contexto Programa Sócrates: Dá especial
Além das preocupações com a saúde, internacional. É uma iniciativa atenção à aprendizagem ao longo da
convém teres em mente que quem vai promovida pelo Ministério da vida e tem como objectivos reforçar
para o estrangeiro sujeita-se, regra geral, Economia, da Inovação e do a dimensão europeia na educação a
às leis do país de acolhimento. Por Desenvolvimento, apoiado pela EU e todos os níveis e promover a
exemplo, sabias que a licença de parto pelo QREN/POPH e gerida pela aicep melhoria quantitativa e qualitativa do
na Alemanha e na Finlândia tem uma Portugal Global. Sabe mais em conhecimento das línguas da UE,
duração superior à da lei portuguesa? www.portugalglobal.pt/PT/InovContacto especialmente das menos utilizadas
A mesma regra aplica-se aos impostos: e ensinadas. Sabe mais em
ao trabalhares noutro país, ficas sujeito Programa Leonardo da Vinci: É um www.socleo.pt/old/menu/socrates/n
às regras que lá vigorem.Apresenta sem- subprograma sectorial do Programa ovidades.htm
pre o teu contrato de trabalho junto
da administração fiscal e pede o número
de contribuinte. À partida, só pagarás
impostos em Portugal se cá residires
durante o ano, mais de 183 dias, seguidos
pub

ou não. No caso dos trabalhadores des-


tacados, regra geral, a empresa trata das Centros Internacionais
formalidades com o fisco. Para evitar a de Idiomas
dupla tributação, pede um certificado
de residência na autoridade fiscal do
outro país, para apresentares nas finanças
portuguesas. Se, mesmo assim, for tri- Procuras uma Experiência
butado em ambos, tens direito ao cha-
mado crédito de imposto. Basta preen-
Internacional? Estuda no
cheres o anexo J do IRS. FIM Estrangeiro...
Fonte: DECO

Portugueses sem medo de arriscar


A possibilidade de progressão profissional (33,1%), uma
remuneração mais aliciante (21,5%) e a esperança de uma vida
melhor (18,6%) são as principais razões que levam os portugueses
a trocar as suas raízes e a proximidade junto dos seus familiares Possibilidades ilimitadas e oportunidades
para trabalharem no estrangeiro. Assim, 70% dos inquiridos, num aliciantes. Uma aventura linguística e académica
estudo recente da empresa de recrutamento Hays, admitem que está à tua espera! Com a EF podes personalizar
o teu curso de acordo com os teus objectivos,
trabalhar lá fora é a melhor solução para enfrentar a crise sentida interesses e estilo de vida. A Escolha é tua!
em Portugal. Aventurar-se pelo estrangeiro é também uma opção
f Cursos de 2 até 52 semanas
tida em conta por parte de 64,3% dos desempregados que f Todos os níveis
participaram no inquérito. f Inglês, Francês, Espanhol, Italiano, Alemão e Mandarim
f EF Preparação para Exames internacionais
Para os que acreditam que não há como trabalhar em Portugal, a f EF Preparação para Universidades Estrangeiras
mobilidade é uma palavra que seduz, mesmo assim. Entre os f EF Programa de Estágio

inquiridos, 84,6% não se importariam de trocar de região para


trabalhar e 82,2% também gostariam de mudar… Mas de
EF - Education First
emprego. Av. Miguel Bombarda, nº36- 2F, 1050-165 Lisboa
Tel: 21 317 34 70, Fax: 21 316 11 66
Email: centrosidiomas.pt@ef.com www.ef.com
34 Interface_Layout 1 2/1/11 3:39 PM Page 34

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Guia do 1º Emprego 2011

INTERFACE
entre os Jovens e o Mercado de Trabalho
Conclusões de um estudo realizado pelo Ministério do Trabalho, baseado em 32 entrevistas

1 A integração no mercado de trabalho


tende a alongar-se no tempo, dei-
xando de ser uma passagem simples do es-
de auto-reaIização e de valorização futura,
de uma prática massiva da mobilidade, en-
quanto desresponsabilização patronal, ge-
uma valorização no contexto profissional
e a construção de projectos de mobilidade
social de curto-alcance (só em parte dos
tatuto de “não-activo” para o de “activo”, radora de enorme insegurança e desestru- casos esses projectos se convertem em rea-
mas não sendo também uma circulação turante de projectos de futuro. Esta distinção lidades).
aleatória entre ocupações, períodos de de- deriva de a) a natureza do trabalho e de b)
semprego e de formação. Passa, pois, pela
conquista de rendimentos que permitam
a abundância ou escassez de empregos.
10 A articulação entre os sistemas de
formação e o mercado de trabalho
uma vida independente, cuja urgência varia
muito consoante os projectos dos jovens
e, obviamente, os constrangimentos im-
6 Existe uma clara distinção entre a)
um segmento de emprego privile-
giado, criativo e altamente qualificado, em
é uma questão complexa e que está longe
de ser resolvida com a constituição de ga-
binetes especializados (tipo UNIVA). Foram
postos pela sua condição social. que a mobilidade e informalidade dos vín- identificados casos muito minoritários em
culos se converte efectivamente numa car- que parece existir esta articulação. A inves-

2 Essa integração tende também a com-


plexificar-se, não sendo dominada
por dois pólos claramente distintos: inte-
reira de valorização progressiva e ascensão
social e profissional; b) um segmento de
emprego maioritário em que a circulação
tigação sugere que essa articulação exige
uma mobilização quer dos responsáveis dos
cursos (professores/formadores) quer do
gração total versus desintegração total. Pelo entre ocupações temporárias e precárias próprio mercado de trabalho
contrário, a grande maioria dos jovens en- não reflecte qualquer carreira de ascensão (patronato/gestores), de modo a criar cur-
contra-se hoje em situação de integração progressiva, o que os deixa numa situação rículos, estágios, qualificações específicos.
parcial no mercado de trabalho, em mo- de enorme incerteza e insegurança relati-
dalidades semi-formais, temporárias ou a
tempo parcial.
vamente ao futuro.
11 Os estágios profissionais respeitam
também a lógica do tópico ante-

3 Esta integração parcial reflecte duas


situações claramente diferenciadas,
7 A insegurança tende a ser fortemente
estruturada por factores sociais, como
a classe social de origem, o nível e área de
rior. Os casos em que contribuem, de facto,
para a inserção profissional dos jovens pa-
recem ser aqueles em que existe uma real
mas que se tendem a confundir no debate qualificações ou o sexo. A uma insegurança articulação entre entidades formadoras e
público: a) Os jovens que estão simulta- relativa, para os jovens (e respectivas famílias) empregadoras. Por outro lado, a sua criação
neamente integrados em sistemas de for- com mais capitais económico, cultural e “artificial” tende a ser apropriada como
mação valorizantes, ocupando trabalhos social, opõe-se uma insegurança geral dos forma de trabalho precário, temporário e
temporários por necessidade ou vontade; jovens mais desfavorecidos, potenciadora mal remunerado, sem promover a integração
b) os jovens que já consideram ter finalizado de trajectórias desestruturantes ou marginais. profissional efectiva.
o seu, trajecto formativo e anseiam pela Esta desigualdade parece maior em mo-
plena integração no mercado de trabalho. mentos, como o actual, de escassez de em-
prego. 12 Dados os efeitos circunscritos da
política de apoios formais, a in-

4 O principal problema no processo


de integração dos jovens no mercado
de trabalho tende a ser, não a falta genera- 8 O acesso ao emprego tende a pro-
cessar-se por duas vias, uma dema-
tegração dos jovens no mercado de trabalho
continua a basear-se, predominantemente,
numa rede de apoios informais, geradora
lizada de trabalho, mas sim a incapacidade siado formal e outra demasiado informal. de inúmeras desigualdades de recursos e
de transitar de uma situação de vínculos No primeiro caso, a escassez, morosidade oportunidades. Mesmo nos segmentos mais
informais ou precários para uma situação e pouca clareza dos concursos afasta a qualificados de trabalho (e no sector pú-
de pleno emprego, com vínculos formais grande maioria dos jovens, sobretudo aque- blico), esta prevalência das redes informais
e de longa duração. Esta incapacidade es- les que têm urgência na obtenção de tra- foi observada, sobrepondo-se, até, aos me-
tende-se, hoje, ao sector público. É, pois, balho. No segundo caso, não fornecem canismos mais formais.
significativo que, dos 32 jovens entrevista- qualquer dispositivo de igualdade de opor-
dos, apenas 5 estejam em situação de con-
trato sem termo, todos no sector privado.
Os jovens distinguem claramente um ideal
tunidades, deixando totalmente à entidade
patronal (pública e privada) o uso de cri-
térios legítimos e ilegítimos de selecção de
13 Discriminação no mercado de
trabalho é uma realidade vivida
e documentada pela maioria dos jovens,
de mobilidade, associado ao trabalho por candidatos. embora pareça consensual que a categoria
projectos, gerador de experiências de auto- etária (geradora de efeitos positivos e ne-
reaIização e de valorização futura, de uma
prática massiva da mobilidade, enquanto
desresponsabilização patronal, geradora de
9 Os programas formais de apoio à in-
serção dos jovens no mercado de tra-
balho tiveram um impacto reduzido na
gativos) não é o critério de maior discri-
minação. A divisão do mercado de trabalho
em função do género continua a ser uma
enorme insegurança e desestruturante de criação de empregos efectivos, embora te- realidade. A sobreposição tendencial de ele-
projectos de futuro. Esta distinção deriva nham sido uma via de acesso para muitos mentos de exclusão como a origem étnica,
de a) a natureza do trabalho e de b) a abun- jovens obterem formação (e qualificação) a classe social, o local de residência e a falta
dância ou escassez de empregos. profissional. Se no caso dos jovens licen- de recursos qualificacionais é um factor
ciados, estas formações se encontravam claro de discriminação, sobretudo no acesso

5 Os jovens distinguem claramente um


ideal de mobilidade, associado ao tra-
balho por projectos, gerador de experiências
muito desadaptadas e desvalorizadas no
mercado de trabalho, para os jovens com a
escolaridade mínima, estes cursos significam
a empregos em que se lida directamente
com clientes, utentes ou público em
geral. FIM
35 AVON_Layout 1 2/1/11 10:56 AM Page 35

GAN H A

“Assim que vi a Brochura Avon


não pensei duas vezes. Não tem horários, não
necessita de investimento inicial e não tem
obrigações...”

Ana Sofia

O seu objectivo, o de ganhar dinheiro extra,

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Se
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Fórum Estudante

  
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36

Guia do 1º Emprego 2011

pub
Ser empreendedor
Criar o próprio emprego pode ser, numa altura de crise, uma alternativa mais
atractiva do que ficar anos à espera de arranjar o emprego ideal. E embora seja
um passo ousado, que implica correr riscos e trabalhar mais, as compensações
também podem ser grandes.
{ Texto de Bruna Pereira e Inês Menezes }

Antes de te lançares nesta aventura, tina o meu produto? É necessário ao importância e que pode fazer a diferença
deves responder às seguintes questões: mercado? Tenho concorrência? Se sim, na construção do teu negócio, não vale
› Tenho espírito empreendedor ou von- como me diferenciarei? Quanto custará a pena arriscar. Aqui, é mesmo jogar
tade de aprender para o adquirir? o meu produto? Qual o meu investi- pelo seguro. Se não puderes contratar
› Consigo desenvolver redes e sou capaz mento? Onde poderei arranjar finan- ajuda externa, pelo menos consulta pes-
de arriscar? ciamento? Que apoios existem? soas com experiência e bom senso. É
› Sou persistente e resistente à pressão A ideia passou o teste? Segue então importante testares as ideias e os planos
e às situações de stress? para o próximo ponto: com quem já sabe a diferença entre a
teoria e a prática. Mais um teste à ideia
Sim? 2º Plano de Negócios torná-la-á mais consistente.
Então agarra este desafio e, se tens uma É a hora de colocar no papel, de fazer
boa ideia de negócio, não hesites! contas. Se não estás bem a ver como 3º Financiamento
fazer o teu plano de negócios vai a Se tiveres capitais próprios, então tens
1º A Ideia www.iapmei.pt para uma ajuda preciosa. o caminho facilitado. No entanto, se
Uma boa ideia não é tudo, mas pode Há quem recorra a ajuda externa como não tiveres, há outras formas de finan-
fazer a diferença. Se já a tens, vê se ela empresas especializadas ou um consultor. ciamento.
resiste a estas perguntas: a quem se des- Dado que este é um passo de enorme Para se encontrar um parceiro financeiro,
36a38 Empreendedores_Layout 1 2/1/11 4:27 PM Page 37

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Guia do 1º Emprego 2011

um dos passos mais importantes é ter


um orçamento bem feito e, fundamen-
talmente, realista.
Para convencer um banco, um investidor
ou uma empresa de capital de risco, é
muito importante que saibas apresentar Quem quer ser milionário?
bem a ideia de negócio, com a argu- Para Pedro Queiroga Carrilho, de 27 anos, a chave
mentação bem treinada, sabendo sa- para enriquecer está em multiplicar as fontes de
lientar as razões que tornam a tua ideia rendimento. Para aprenderes como, basta leres o
viável e com diferenciação em relação seu mais recente livro – “Descubra o milionário
a outras possíveis. Não te esqueças que que há em si”.
a ideia ser boa é importante, mas a sua
comunicação e embrulho podem fazer Este jovem empreendedor já escreveu Pessoais oferece um leque muito
3 livros (“O seu primeiro milhão”; “O variado de cursos relativos a
a diferença entre teres ou não teres ca- primeiro milhão para casais” e poupança, endividamento,
pital para a desenvolveres. Não descures “Descubra o milionário que há em si”) investimento ou mesmo de
esta fase. e é dono da sua própria empresa - a empreendedorismo. “O que nós
Kash Finanças Pessoais. Aqui, tentamos fazer é que as pessoas
4º Constituição Formal da qualquer pessoa pode frequentar tenham um pouco mais de dinheiro e
cursos em áreas como as Finanças um pouco mais de qualidade de vida,
Empresa Pessoais, as Finanças Pessoais para porque realmente os temas de
Já com dinheiro garantido chegou a Casais e Investimentos Mobiliários. educação financeira deviam ser
fase de constituir formalmente a em- “O que a Kash tenta, na prática, é aprendidos - as pessoas trazem para
presa. É talvez a fase mais árida de todo formar os portugueses na educação as suas vidas os hábitos dos pais ou
o processo.A burocracia do Estado assim financeira, sendo que eu ficaria aquilo que aprenderam... Mas há
muito contente se conseguisse levar coisas tão simples que se podem fazer
o exige. Existe o site portaldaempresa.pt, um curso a cada um dos para melhorar a qualidade de vida - e
que dá informação importante. No en- portugueses.”, refere Pedro, é isso que a Kash tenta fazer.”.
tanto, com a Empresa na Hora - acrescentando que a Kash Finanças Sabe mais em www.kash.pt
www.empresanahora.pt - o que era um
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Guia do 1º Emprego 2011

verdadeiro quebra cabeças, foi simpli- ser concertado com o tipo de negócio
ficado. Por agora existem 163 balcões que vais desenvolver e o dinheiro que
de atendimento espalhados pelo país. dispões para este item.
Com esta ajuda conseguirás chegar a Podes sempre recorrer ao mercado, onde
bom porto num tempo razoável. operam várias empresas que podem ser Esta marca é minha!
úteis na tua pesquisa de espaço. No en- Gonçalo Sampaio é Secretário-Geral
5º Equipa tanto há ainda a hipótese das incuba- da ACPI – Associação Portuguesa
Pode ser uma equipa de sócios (que se doras de empresas, que são espaços do- dos Consultores em Propriedade
responsabilizam por capital ou não), tados de infra-estruturas de apoio téc- Industrial e lança o alerta para todos
ou ser uma equipa de pessoas com nico e material, muitas vezes com apoio os jovens empreendedores: “pior do
quem estabeleças um contrato de tra- também administrativo a preços razoá- que não proteger (as ideias) é
balho. Nesta fase é também importante veis. Existem algumas universidades que proteger mal, pois acreditamos que
estares bem informado. Escolher as pes- dispõem deste género de estruturas, temos um direito que, no final, pode
soas certas para o lugar certo é algo a onde muitas vezes se cria um ambiente não existir ou existir em moldes
que todas as empresas ambicionam, mas verdadeiramente criativo, que ajuda à diferentes do que sonhámos.”
nem todas conseguem. Conheceres as concretização do negócio. Este tipo de
pessoas com quem vais trabalhar pode serviço pode permitir algumas pou- Imaginemos que sou um jovem e
ser uma vantagem, mas terás de ter em panças que, na fase de arranque do pro- pretendo registar uma ideia minha:
atenção a diferença entre amizade e jecto, podem ser importantes. quais os procedimentos a ter em
trabalho… Se não conheceres, então Já tens financiamento? Já tens empresa? Portugal, quanto custa e quais as
vantagens?
atenção ao recrutamento, às caracte- Já tens a equipa formada? Já tens es- Os procedimentos de protecção de
rísticas que procuras e, finalmente, às paço? marca e patente são diferentes, mas
condições que propões. Se puderes, estão hoje muito simplificados.
aconselha-te antes com um advogado 7º Início de Actividade Contudo, há um conselho que não
com experiência de Direito do Traba- É altura de lançares mãos à obra. Não posso deixar de dar: Aconselhem-se
antes de proteger. Pior do que não
lho ou alguém que perceba de con- te esqueças que é importante que tenhas proteger é proteger mal, pois
tratos de trabalho. o essencial para começar a funcionar, acreditamos que temos um direito
mas não esperes por ter tudo. Como que, no final, pode não existir ou
6º Espaço sabes tempo é dinheiro e por isso, existir em moldes diferentes do que
Nesta altura já definiste em orçamento, quanto mais depressa começares, mais sonhámos.
A protecção pode ter várias vias
se queres arrendar ou comprar, por isso, depressa poderás ter retorno do teu in- (nacional, comunitária ou
tens agora de ter em conta a localização, vestimento. internacional). O conselho que sempre
o preço, o estilo, etc… tudo isto deverá Boa Sorte! FIM damos é que procurem ajuda
profissional no início do processo para
evitar dissabores. É fundamental que o
processo seja bem iniciado, de forma
a não colocar em risco a validade do
mesmo.
Faça chuva ou faça sol… Como podemos distinguir uma ideia
José Eduardo Baptista (24), Jorge Gonçalves (23) e original de uma copiada? Existem
Tiago Rodrigues (25) são os promotores do projecto cláusulas legais? Como denunciar
as fraudes?
IBERMETEO, cujo enfoque é a consultoria As ideias em si não são passíveis de
meteorológica feita à medida das empresas. protecção através de marcas ou
patentes. O que pode ser protegido
Saber se vai estar um belo dia de sol num dia outros serviços em diversas áreas. O como marca é a criação artística ou
de casamento; prever a caída de neve em objectivo? Ajudar na diminuição dos riscos e criativa de uma expressão, imagem,
deslocações rodoviárias de longa distância ou prejuízos inerentes aos fenómenos som, cheiro e outros, com o qual
ainda ‘adivinhar’ se vai chover durante os dias meteorológicos, procurando ir ao seu pretendo distinguir os meus
de execução de um obra de construção. São encontro e ajudando os seus clientes a produtos/serviços dos da minha
estas algumas das informações que a optimizar o seu desempenho e os seus concorrência. Nas patentes será a
IBERMETEO ajuda a clarificar. “Numa época lucros. aplicação industrial de uma ideia que
em que as alterações climáticas parecem A IBERMETEO, fundada em Janeiro de 2010, é poderemos proteger.
conduzir a uma maior ocorrência de uma empresa inovadora na área de consultoria Não existem cláusulas legais para
fenómenos meteorológicos extremos, no ramo de Meteorologia que nasceu graças ao averiguar se uma marca ou patente
conhecer e manter-se actualizado sobre a conhecimento dos seus 3 jovens fundadores está a ser infringida. Existem,
evolução do estado da atmosfera, torna-se adquirido na Universidade de Aveiro, onde contudo, meios legais que definem
cada dia mais importante.”, referem os estudaram, e em colaboração com o Grupo de quando e como se enquadra essa
jovens na página oficial da IBERMETEO. Meteorologia e Climatologia da mesma situação de cópia ou infracção. Depois
A IBERMETEO disponibiliza um conjunto de universidade (Climetua). A IBERMETEO utiliza o existem meios, judiciais e outros, que
serviços, nomeadamente previsões de curto e Weather, Research and Forecasting Model permitem fazer valer os nossos
longo prazo, de pequena e larga escala, (WRF), serviço que prima pela clareza de direitos perante esses que nos estarão
relatórios e análises de eventos informação nas áreas de previsão e a infringir.
meteorológicos e climáticos, conteúdos acompanhamento do tempo e do clima. Sabe mais em
relacionados com o ensino, assim como Sabe mais em ibermeteo.com www.marcasepatentes.pt
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42

Guia do 1º Emprego 2011

Mário Caldeira Dias, Presidente do Observatório do Emprego

O desafio do acesso
ao primeiro emprego
O primeiro emprego é um desafio grande! Antes de mais, porque cada vez é
mais difícil arranjar emprego e, depois, porque os números indicam uma rea-
lidade que não poupa Portugal. Bem pelo contrário. Mas, a boa notícia é esta:
as pessoas que estudam mais e que têm melhores qualificações são menos
afectadas pelo desemprego e têm uma remuneração melhor. Ter uma postura
activa e procurar emprego poderá não contribuir para melhorar a crise, mas
ajuda a melhorar a situação de casa um. Não fiques à espera!

{ Texto de Inês Menezes } A nossa relação com o sistema educativo Portugal e a verdade é que estudar com-
piora a partir de determinada altura da pensa, não só porque o nível médio de
As taxas de desemprego dos vida.” remuneração é mais elevado nas pessoas
jovens na União Europeia e em que acabaram o ensino superior, como
Portugal Crise e desemprego? a taxa de desemprego é proporcional-
“As taxas de desemprego dos jovens Falamos em crise, mas o crescimento mente menor.
são, actualmente, idênticas em Portugal do desemprego tem vindo a acontecer Os licenciados tem uma taxa de de-
e na Europa. Os jovens são um dos gru- desde 2000, insensível às taxas de cres- semprego menor, estão menos tempo
pos mais vulneráveis face ao mercado cimento da economia, ou seja, inde- desempregados, e ganham mais do que
de trabalho, com taxas de desemprego pendentemente da taxa de crescimento os outros níveis de qualificação. (estudo
bastante superiores aos restantes grupos. económico. Na verdade, o desemprego do MT 32 entrevistas a jovens)”
No entanto, existem diferenças quanto ao toca de forma mais directa as pessoas
género, uma vez que a taxa de desemprego sem qualificações ou as pessoas dema- Um conselho…
das mulheres é ainda mais elevada do que siado qualificadas. “O meu conselho é: procurem um
nos jovens do sexo masculino.As mulheres Relativamente aos níveis de desemprego equilíbrio entre o gostam de fazer e as
são mais desfavorecidas em termos de em- por áreas geográficas, Lisboa é uma das expectativas de emprego dos cursos,
prego, sobretudo entre os 15 e 24 anos. regiões mais afectadas, ao contrário por procurem a sorte, não deixem que o
Apesar do desemprego das mulheres exemplo do Alentejo, onde o nível de problema do desemprego afecte do
ser mais elevado do que nos homens, a intervenção das políticas públicas é ponto de vista do desânimo e da espe-
crise atingiu certas áreas do sistema eco- muito mais significativo do que nas ou- rança. É necessário em tempos de crise
nómico, onde os homens foram mais tras regiões do país.” se resiliente. A emigração qualificada
afectados do que as mulheres. pode ser uma oportunidade de trabalho
Relativamente às taxas de abandono Salários para muitos estudantes! Mas, se puderem
do ensino por parte dos jovens, estas “O ganho médio mensal vai aumen- ficar em Portugal fiquem, façam o que
são superiores em relação à Europa tando com o nível de qualificação. A puderem pelo vosso País e esperem dias
(após o 9º ano). teoria do capital humano aplica-se em melhores, com esperança”. FIM
43 Desafio do Acesso ao 1º Emprego_Layout 1 2/1/11 3:40 PM Page 43

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43

Guia do 1º Emprego 2011

“Os jovens são os motores do


desenvolvimento económico”
O desemprego mundial dos jovens atingiu um nível sem precedentes, informa a
Organização Internacional do Trabalho (OIT), num relatório publicado por ocasião
da abertura do Ano Internacional da Juventude. No entanto, nem tudo são más
notícias, porque crise pode ser sinónimo de oportunidades, acrescenta a OIT.

{ Texto de Bruna Pereira } Sobre estes resultados, o Director Geral dos jovens que conseguem emprego,
da OIT, Juan Somavia, declarou que “em muitos casos, estamos perante
Um bom começo laboral é não só cru- “os jovens são os motores do de- trabalho precário, que é mal re-
cial para um bom futuro profissional, senvolvimento económico” e que munerado e que não tem protec-
como também para a vida de cada um renunciar a este potencial é uma perda ção social. A falta deste trabalho
de nós, da nossa família e da sociedade para a economia e pode comprometer digno causa nestes jovens enorme
em geral. Uma boa oportunidade de a estabilidade social.“A crise pode ser frustração e incerteza perante o
trabalho é ainda facilitadora de uma uma ocasião para rever as estraté- futuro e é também enorme factor
boa carreira e de maiores possibilidades gias que visam resolver os proble- de custos sociais e económicos para
de manter trabalhos dignos ao longo mas com que os jovens são con- as sociedades. Por outro lado, retira
da vida. Contudo, e segundo o relatório frontados ao entrar no mercado ao sistema produtivo a capacidade
“Global Employment Trends de trabalho.” Essas estraté- de inovação e criatividade que ad-
for Youth 2010”, dos 620 gias globais e integradas vêm com estes trabalhadores jo-
milhões de jovens eco- devem conjugar polí- vens.”, explica Mafalda Troncho.
nomicamente activos, ticas de educação e Para a OIT, uma juventude motivada e
com idades com- formação e políti- produtiva é sinónimo de uma sociedade
preendidas entre os cas de emprego mais justa e mais solidária entre as suas
15 e os 24 anos, 81 que visem espe- gerações, continua Mafalda Troncho.
milhões não ti- cialmente os jo- “O emprego jovem está incluído
nham emprego no vens, acrescentou. nos Objectivos de Desenvolvimento
final de 2009 – o Também Mafalda do Milénio e, neste contexto, a OIT
que representou o ní- Troncho, membro tem liderado uma iniciativa do se-
vel mais elevado de do Escritório da OIT cretário-geral das Nações Unidas
sempre, excedendo em 7,8 em Lisboa, sublinhou o relativamente à rede de emprego
milhões o número de 2007. papel activo da Organização jovem. Por outro lado, criou ainda
O relatório acrescenta que a taxa de onde trabalha. “Ajudar os jovens um departamento relacionado com
desemprego entre os jovens se revela a efectivar o seu potencial produ- estas questões e tem vindo a de-
mais sensível à crise do que a dos adultos tivo e a potenciar as suas energias senvolver junto dos estados mem-
e que, nas economias em desenvolvi- e talentos é não só o nosso desafio bros que o requerem acções de
mento, onde vivem cerca de 90% dos hoje como é o nosso melhor con- cooperação técnica em várias áreas,
jovens, estes são mais vulneráveis em tributo para o futuro. A OIT está procurando prosseguir estes objec-
termos de subemprego e de pobreza. ainda consciente de que mesmo no caso tivos.” FIM

Governos querem salvar os jovens da crise


Sara Elder, Economista da OIT no Employment porários em permanente e financiamento para desemprego a mais pessoas desempregadas,
Department, recorda que têm sido várias as me- os programas de oferta de emprego de Verão incluindo os jovens, e expandir o seu actual
didas laborais adoptadas pelos Governos para remunerados. “Em Abril, o Governo britânico programa de créditos fiscais aos empregadores
atenuar o impacto negativo da crise sobre o em- anunciou que a partir de Janeiro de 2010, todas que contratem trabalhadores com idades com-
prego dos jovens. São disso exemplo subsídios as pessoas com idade inferior a 25 anos que preendidas entre os 16 e 24 anos. A França
ao emprego (por exemplo a isenção de con- estão desempregados há mais de um ano terão anunciou recentemente um plano global de
tribuições para a segurança social e os benefícios uma oferta de emprego, formação ou exper- 500 milhões € para ajudar os jovens tanto em
fiscais) para a contratação de jovens ou prémios iência de trabalho pagos. O Governo dos EUA continuar os seus estudos ou entrar no mercado
ad hoc para a transformação dos contratos tem- anunciou que vai expandir os benefícios de de trabalho.”, exemplifica Sara Elder.
44 Entrevista Forpoint_Layout 1 2/8/11 12:02 PM Page 44

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44

Guia do 1º Emprego 2011

Ana Macedo, CEO do Grupo KeyPoint

“Procura ter competências


que mais ninguém tem”
todologia de problem based learning e Hotelaria e Turismo do Estoril um curso
“aprender fazendo”. em Turismo de Saúde e Saúde no Tu-
Em termos de áreas, neste momento te- rismo.
mos a área de formação em Investigação Em jeito de conclusão acho que um aluno
Clínica e a área Aprender Saúde virada dos cursos da ForPoint pode esperar ter
para a formação de recursos humanos emprego nesta área, no final do seu curso.
dos mais variados sectores, no sentido de
capacitar cada pessoa a agir em situações Quais as vantagens da formação
básicas de doença ou acidente e sensibilizar pós-graduada e qual a sua
para a importância da prevenção. importância no actual
panorama de emprego?
O que pode esperar um aluno No actual panorama de emprego a ca-
que ingresse numa formação da racterística, por ventura mais diferen-
Forpoint? ciadora, e que pode fazer a diferença
A primeira coisa que me ocorre dizer é entre conseguir ou não um emprego,
que se sente alguma surpresa com a abor- é a capacidade de aliar conhecimentos
dagem aos temas. Desde o primeiro mo- em áreas distintas e competências que
A oferta formativa da Forpoint mento os alunos são convidados a dizer permitam transformar esses conheci-
é alargada. Quais as lacunas o que pensam, o que sabem e, a partir mentos em mais valias para a profissão.
detectadas na formação ou no daí constrói-se uma aula. O que isto quer Cada vez é menos suficiente ser bom
mercado, que levaram a essa dizer? Que não há duas sessões iguais e num único domínio.
oferta? que cada sessão é moldada pelo formador
Quando a ForPoint iniciou a sua activi- mas sobretudo pelos interesses dos alunos. Sente que o mercado de
dade, em 2005, praticamente não existia A maioria fica surpresa por não terem trabalho exige hoje mais dos
no mercado português oferta de formação um professor a “ensinar”. recém-licenciados?
no domínio da Investigação Clínica. A Um aluno que ingresse numa formação O mercado de trabalho quer jovens pron-
partir da nossa experiência enquanto con- ForPoint pode faze-lo no âmbito de tos a desempenhar funções, não quer “bons
sultores da indústria farmacêutica e da um master ou de um curso de pós gra- alunos”. Não chega saber, é fundamental
minha experiência pessoal enquanto mé- duação ou através de um programa de saber fazer.Ter autonomia, trabalhar com-
dica e docente de alguns cursos de pós- curta duração. O nosso master de in- petências, saber pensar e problematizar é
graduação verificámos que existia uma vestigação clínica, actualmente na 2ª muito mais importante que qualquer tipo
enorme lacuna entre as competências e edição é uma parceria com a Univer- de conhecimento teórico, que em qual-
conhecimentos fundamentais para os pro- sidad Pompeu Fabra, uma das mais pres- quer momento se pode adquirir.
fissionais da área da investigação em saúde tigiadas de Barcelona e de toda a Es- Hoje há menos tempo para tudo e,“en-
e os conteúdos académicos transmitidos panha, ficando os formandos com o sinar” a estar pronto para começar a tra-
pela maioria das instituições com forma- grau de mestre por esta Universidade. balhar devia ser um objectivo das Uni-
ção neste domínio. A meu ver, talvez o Durante este curso há a possibilidade versidades.
principal problema seja mesmo o conceito de passar uma semana em Barcelona e
de “transmitidos”. Nesta área de actuação conhecer por dentro instituições que Que mensagem deixaria a um
o que se pretende é saber fazer e saber fazem investigação clínica ao mais alto jovem recém-licenciado, prestes
pensar. Uma formação baseada na trans- nível Uma outra possibilidade é obter a entrar no mercado de
missão de conhecimentos não se adequa um estágio curricular em Barcelona. trabalho?
ao desenvolvimento das competências Mas, há outros cursos virados mais para Na minha opinião, o trabalho é o que
necessárias. a vertente de marketing da indústria far- fazemos com ele. E, já que passamos
macêutica, como seja o curso de gestão tantas horas a trabalhar, devíamos fazer
O que diferencia a Forpoint, no de informação médica. Esta pós-graduação alguma coisa que nos desse gozo. Acho
que à formação diz respeito? prepara os formando para o desafio de que neste momento de crise, o que
A ForPoint tem vindo a adequar a sua uma carreira na indústria farmacêutica mais conta é fazer a diferença e por
oferta formativa ao longo do tempo, aban- dando-lhe ferramentas de marketing e isso, penso que a aposta deve ser em
donando os modelos educativos tradi- de medicina, no que chamamos a titulo formação dirigida a objectivos especí-
cionais e apostando no desenvolvimento de brincadeira o curso dos M&Ms. ficos e, que seja reconhecida como capaz
de competências e partilha de conheci- Ainda no domínio das pós graduações e, de preparar o jovem para “fazer”. O
mentos. Em termos pedagógicos desen- fugindo da área da investigação para a mote seria: “Procura ter competências
volvemos os nossos cursos e programas área da saúde e bem estar, a ForPoint tem que mais ninguém tem (pelo menos
de aprendizagem de acordo com a me- em parceria com a Escola Superior de num dado domínio)”. FIM
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Guia do 1º Emprego 2011 { Texto de Inês Menezes }

Que futuro para o emprego


e que empregos para o futuro?
No actual contexto de crise, marcado pelo desemprego crescente e pela insta-
bilidade da economia portuguesa, mas também pela mudança de paradigma em
termos sociais, com o domínio das novas tecnologias, o aumento da esperança
de vida, o aumento de responsabilidade social e ecológica, coloca-se a seguinte
questão: Que futuro para o emprego e que empregos para o futuro?

JOSÉ MANUEL SERUYA mesmo? Há margem para fazer coisas as nossas escolhas profissionais:
Professor na Universidade concretas e ter acesso a um dos 80 mi- 1. Jobs aborda a vida com uma moti-
Católica lhões de empregos disponíveis?”. vação de partida. Ele sente-se inspi-
A propósito do futuro que cada um rado por ‘algo’ de grandioso, quer deixar
José Manuel Seruya, incentiva os alunos tem à frente, José Manuel Seruya lembra uma marca no universo.
e jovens à procura do 1º Emprego a algumas máximas que vale a pena citar: 2. A paixão de Steve Jobs está ancorada
terem uma atitude positiva face à crise “Podemos não escolher o que nos no sentido ou significado maior que
actual, frisando que “onde há crise há acontece, mas escolhemos o que fa- dá àquilo que faz (é preciso viver de
também esperança”. zemos com o que nos acontece. Nin- forma apaixonada o trabalho, as relações,
“Há uma quantidade enorme de opor- guém pode decidir por nós. A liberdade para quê adiar o que podemos viver
tunidades para todos! Não podemos fi- de escolha é o nosso maior recurso, hoje?)
car à espera da mudança de governo, anterior a qualquer saber ou recurso. 3. Essa paixão torna-se uma agenda
do surgimento de novas políticas, novos Podemos ficar eternamente à espera pessoal, ou seja, uma forma de viver o
Ministros do Trabalho ou das Finanças. que apareçam desafios excepcionais dia-a-dia, de estar inteiro nesse dia-a-
É necessário encarar a questão do em- ou de ter o emprego certo, podemo- dia.
prego a partir de cada um de nós, res- nos queixar dos governantes e do Es- 4. É preciso encontrar aquilo que nos
pondendo às seguintes questões: que tado… permite estar inteiro; o que eu gosto
desafios escolho para o meu futuro? Citando um discurso célebre de Steve de ser / fazer é tão importante quanto
Neste ambiente de crise, que escolhas Jobs, J. M. Seruya lembra quatro pontos o que eu sei ser / fazer: “ You’ve got to
faço? Que desafios coloco para mim essenciais sobre os quais devem assentar find what you love”.
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Guia do 1º Emprego 2011

ANA CLAUDIA VALENTE empregos com baixas qualificações,


Investigadora no ISCTE-IUL manter-se os de médias qualificações e
Competências os empregos onde se exige altas quali-
necessárias ficações irão aumentar. Haverá cada vez
“O que é que é possível prever relati- › Conhecimento científico não é
vamente ao futuro? É incontornável a menos empregos para as pessoas pouco
suficiente mas é indispensável.
crise e o seu impacto na vida de todos qualificadas, enquanto as altas qualifi-
(solidez do ponto de vista cientifico).
nós. Embora alguns académicos tivessem cações terão um peso crescente. Cu-
› Conhecimento multi e interdisciplinar
previsto esta crise, as projecções têm riosamente, mesmo ao nível das pro-
(tem que se saber de várias áreas).
vindo a ser alteradas. fissões mais elementares serão exigidas,
› Diferentes combinações de
Qual é então o impacto da crise sobre no futuro, maiores qualificações.
competências, hard (conhecimento
o emprego (CEDEFOP, 2010)? técnico) e soft (competências
Estima-se que se reduziram, em 2010, Que empregos em que sectores?
comportamentais e ) são importantes.
10 milhões de empregos devido à crise. A tendência será para que o sector
› Análise sistémica, abordagem
Espera-se que haja uma recuperação terciário cresça e ocupe parte da mão-
holística, análise de riscos.
modesta até 2025, ou seja, que se volte › Criatividade, empreendedorismo,
de-obra dos próximos anos. A UE
a atingir o nível de emprego de 2008. pensamento crítico, curiosidade,
tem projecções que mostram que
Ainda assim e apesar da crise, as pro- trabalho em equipa, liderança,
cerca de 75% da população irá traba-
jecções (CEDEFOP, 2010) apontam resolução de problemas,
lhar maioritariamente nos sectores
para que na próxima década existam 7 adaptabilidade.
terciários e Portugal acompanhará a
milhões de novos empregos! › Competências tradicionais relevantes
tendência! Por outro lado, o sector
(neste sector terciário o potencial de
primário e a indústria perdem em-
inovação e de criação de negócio e
prego (até 2020).
emprego continua a crescer). São
A construção civil tem previsto um au-
Três grandes áreas muito intensivas em mão de
mento de emprego, embora pequeno,
ideias/tendências obra qualificada e de grande
o que exigirá uma maior necessidade
intensidade tecnológica. Muitas vezes
de mobilidade!
1º A educação compensa são sectores que vão recuperar áreas
Distribuição, transporte, serviços às em-
Mais emprego, mais mobilidade, menos de negócio e competências e
presas, turismo, serviços não mercantis,
vulnerabilidade ao desemprego (todos profissões tradicionais, como o
como a educação, a saúde, acção social,
somos vulneráveis ao desemprego, mas turismo rural, cultural, os serviços de
e os serviços de proximidade serão
estamos mais protegidos se tivermos proximidade que passam a ser
aqueles onde se assistirá a uma maior
maior qualificação, sobretudo do fornecidas de forma mais profissional.
evolução da criação de emprego.
desemprego de longa duração). Recupera uma certa dimensão de
Desta forma, podemos afirmar que 3/4
Mais perspectivas de carreira e de trabalho tradicional.
da economia europeia estará concentrada
progressão salarial (a diferenciação › Principais competências comuns a
nos serviços, e ¼ estará no sector primário,
salarial faz-se, sobretudo, pela todos os perfis de emprego:
onde se inclui a construção e a indústria.
diferenciação de qualificações). multidisciplinaridade; competências
Como vemos, a tendência é clara-
Mais participação em educação e sociais e culturais, técnicas de gestão
mente a terciarização do emprego!
formação ao longo da vida.
Como é que a Europa pode
2º Mesmo em períodos de crise e de É possível estimar que 73 milhões de reforçar a sua competitividade
intensa mudança estrutural… oportunidades de emprego tenham na economia mundial?
….há áreas, nichos, negócios com que ser substituídas, ou seja, que haja A nível europeu definiram-se 8 com-
elevado potencial de criação de procura de mão-de-obra para empregos petências chave fundamentais a todos
emprego (nem tudo está perdido…), já existentes, devido ao envelhecimento os indivíduos, independentemente da
mas será provavelmente… da mão-de-obra, aos fluxos migratórios profissão, idade e nível de qualificação
um emprego diferente. e às reestruturações de empresa. (devem estar adquiridas quando o se-
mais intensivo em conhecimento. cundário está completo, ou então deve
mais exigente em novas competências Que novos empregos vão haver oportunidade de desenvolver ao
(não é um emprego standard). surgir? longo da vida):
A primeira resposta é que serão em-
3º Competências-chave para todos… pregos exigentes em termos de quali- 1. Comunicação em língua materna e
Não apenas hard skills, mas também ficação. estrangeira.
soft e meta skills, são: Embora em 1996 houvesse já uma 2. Competências em matemática.
cada vez mais valorizadas e distintivas. grande percentagem da população 3. Literacia científica e tecnológica.
necessárias em múltiplos contextos de muito qualificada, a verdade é que no 4. Competências digitais.
vida. espaço de 15 anos, a necessidade de co- 5. Aprender a aprender.
aprendidas dentro e fora da escola. nhecimento se intensificou de forma 6. Competências sociais e cívicas.
… e o mais cedo possível. brutal. 7. Iniciativa e empreedorismo.
Num futuro próximo, irão diminuir os 8. Expressão cultural e consciência cultural.
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Guia do 1º Emprego 2011

PEDRO PORTUGAL Para as mesmas qualificações, a mesma Os níveis de educação em Portugal são
Professor da Universidade experiencia e região, as mulheres con- muito baixos comparativamente aos ní-
Nova e economista no Banco tinuam a ser discriminadas em termos veis internacionais, o que se reflecte na
de Portugal salariais, ou seja, continuam a condi- produtividade geral do país.
cionar as suas decisões profissionais às A boa notícia é que um licenciado ga-
“O mito de que acabaram os empregos decisões do marido (embora esta seja nha em média mais 63% do que uma
para os licenciados não é verdade! uma realidade que aconteça cada vez pessoa com o secundário, sinal de há
A taxa de desemprego dos licenciados menos). falta de pessoas licenciadas no mercado
é a mais baixa de todas, assim como a E embora haja uma maior participação português.
duração de desemprego é também me- das mulheres no mercado de trabalho,
nor nos licenciados. Embora actual- sabemos que as mulheres são muito O que pensam os economistas do
mente haja mais desempregados licen- menos agressivas a negociar os salários funcionamento do mercado de tra-
ciados do que há 20 anos, isso deve-se do que os homens! balho?
ao facto de haver mais licenciados! Como vimos pelos dados, ser licenciado A relação do empregador com o tra-
Em termos de salário, o investimento traz inúmeras vantagens: em termos de balhador necessita de tempo, ou seja, é
na formação compensa, pois a situação salários, em termos de empregabilidade preciso que se conheçam mutuamente,
é também muito mais favorável para os (é menos provável que haja licenciados para, como em qualquer outra relação,
licenciados. (ver tabelas 1 e 2) desempregados do que alguém sem es- experimentar e verificar se funciona.
Relativamente à descriminação sexual colaridade); vantagens em termos de con- O mercado de trabalho deveria fun-
no mercado de trabalho, verifica-se que tratação (existem menos contratos a prazos cionar como uma corrente de encontros
no sector público esta não é muito acen- em jovens licenciados, além da preferência e desencontros, de enlaces e desenlaces
tuada, embora no privado o nível de sa- do sector público pelos licenciados. Para até que se encontre a situação ideal para
lários dos homens seja acentuadamente além disso, têm mais hipóteses de trabalho, ambas as partes.
mais elevado do que nas mulheres. (ver (mais do que um posto de trabalho; mais Infelizmente, o mercado português não
tabela 3) do que um emprego). está preparado para esta dinâmica e flui-

TABELA 1 TABELA 2 TABELA 3


ÁREAS SALÁRIO ÁREAS SALÁRIO ÁREAS DIFERENÇA EM EUROS
Informática 1.451.11 Serviços de transporte 3.342.82 Serviços de transporte -791
Saúde 1.436.62 Direito 2.369.89 Arquitectura e construção -685
Matemática e estatística 1.381.28 Engenharia e técnicas afins 2.331.54 Ciências empresariais -523
Ciências empresariais 1.357.20 Ciências empresariais 2.234.06 Ciências sociais e do comportamento -515
Engenharia e técnicas afins 1.350.80 Indústrias transformadoras 2.213.48 Indústrias transformadoras -495
Direito 1.283.48 Informática 2.147.20 Engenharia e técnicas afins -447
Indústrias transformadoras 1.281.70 Ciências sociais e do Ciências veterinárias -425
Ciências sociais comportamento 2.096.97 Serviços pessoais -421
e do comportamento 1.271.55 Matemática e estatística 2.082.04 Ciências físicas -402
Serviços de transporte 1.267.00 Arquitectura e construção 1.960.20 Agricultura, silvicultura e pescas -383
Ciências da vida 1.259.30 Ciências físicas 1.908.86 Direito -375
Protecção do ambiente 1.220.38 Saúde 1.901.25 Ciências da vida -361
Ciências veterinárias 1.214.79 Agricultura, silvicultura e pescas 1.899.07 Matemática e estatística -325
Arquitectura e construção 1.211.87 Ciências da vida 1.736.26 Informática -250
Ciências físicas 1.202.67 Ciências veterinárias 1.719.11 Artes -189
Agricultura, silvicultura e pescas 1.173.88 Informação e jornalismo 1.576.64 Formação de professores/
Informação e jornalismo 1.131.37 Humanidades 1.574.49 formadores e ciências da educação -182
Humanidades 1.063.93 Desconhecido ou Informação e jornalismo -131
Desconhecido ou não especificado 1.525.51 Saúde -108
não especificado 1.044.43 Protecção do ambiente 1.477.57 Humanidades -107
Serviços de segurança 1.026.67 Serviços de segurança 1.430.57 Protecção do ambiente -49
Serviços pessoais 1.017.25 Serviços pessoais 1.423.09 Serviços sociais -45
Serviços sociais 1.004.73 Artes 1.260.34 Serviços de segurança +57
Formação de professores/ Serviços sociais 1.239.16
formadores e ciências da edu. 979.17 Formação de professores/
Artes 949.92 formadores e ciências da edu. 1.215.97
Salário bruto médio mensal no sector privado Salário bruto médio mensal no sector privado
para jovens recém-licenciados, com menos de para trabalhadores já estabelecidos no
30 anos. Dados dos quadros de pessoal de 2008 mercado de trabalho. Dados dos quadros de
pessoal de 2008
46a51 Emprego para o futuro_Layout 1 2/1/11 3:42 PM Page 49

com o patrocínio

49

Guia do 1º Emprego 2011

dez. Bem pelo contrário, uma vez que ANTÓNIO FIGUEIREDO continuação de uma formação, para
o nosso mercado é o mercado mais es- Administrador da Quaternaire entrarem ligeiramente depois, mas
tático da OCDE, o que acarreta con- este ligeiramente depois também não
sequências negativas ao funcionamento Professor aposentado da Faculdade de pode ser infinito, pode durar uns 3
do próprio mercado: a protecção ex- Economia da Universidade do Porto, ou 4 anos… A não ser que entremos
cessiva que se dá aos empregados leva hoje Administrador da Quaternaire, numa fileira de ‘docs’ e ‘pós-docs’ até
a que haja poucos empregos disponíveis. António Figueiredo, frisa que, num fu- à reforma antecipada, que é uma op-
Quanto menos tentativas e experimen- turo muito próximo, as empresas vão ção que não recomendaria a muita
tações houver, mais difícil será encontrar exigir dos seus novos colaboradores gente, porque acho que isso é fruto
o emprego certo, o que cria problemas “proactividade” e “capacidade de reso- de algumas frustrações de intervenção
não só às pessoas (que mesmo quando lução de problemas” – ferramentas que depois na vida cívica e na vida pú-
estão descontentes com o seu trabalho não estão a ser dadas aos actuais alunos blica…
têm receio de mudar), como ao fun- do ensino superior. Deixou-nos 4 tó-
cionamento da economia. picos a ter em conta para os próximos Perceber em que fase da crise
A protecção ao emprego beneficia tempos. nos encontramos
quem está no activo, mas desprotege As economias evoluem através de ciclos
quem está fora do mercado de trabalho Ser proactivo a nível longos ou ondas longas – espaços de 45
e contribui para aumentar a duração individual e organizacional – 60 anos, nos quais as economias têm

do desemprego. No entanto, e apesar A procura de emprego tem de ser muito alguns períodos ascendentes e outros em
da falta de dinâmica do nosso mercado proactiva – e essa proactividade não é que começam a desacelerar. Portanto, po-
de trabalho, todos os anos são criados apenas ao nível dos indivíduos. A ques- demos estar já numa transição entre pa-
e destruídos 600 mil postos de trabalho tão da proactividade tem de ser também radigmas, embora não conheçamos qual
no sector privado. ao nível das organizações, sobretudo é o paradigma que vem aí e quais os fac-
Citando Fernando Pessoa, “Legisla-se, das que oferecem e que produzem as tores que vão agitar e animar a economia
em favor do operário ou empregado, qualificações. Esta questão irá diferenciar, nos próximos 20, 35 anos. O mundo de-
contra o comerciante e o industrial e num futuro próximo, as organizações senvolvido está com perspectivas de cres-
contra o consumidor e supõe-se que do ensino superior e de ensino pós- cimento muito moderadas e isso é um
sobre este empregado ou operário não graduado em termos competitivos – e problema para nós, porque exportamos
recairão nunca os efeitos dessa legisla- não vale a pena ignorar que mesmo no para esse mundo desenvolvido e sabemos
ção. ensino público se vai colocar este pro- que as únicas expectativas que são pro-
Limita-se a produção com restrições blema da diferenciação em termos com- missoras em matéria de crescimento eco-
sobre restrições das horas e das condi- petitivos. nómico estão numa periferia muito es-
ções de trabalho… A legislação restritiva Lembremos ainda que os candidatos pecial de países como China, Índia ou
desta espécie é responsável por grande não escolhem o momento estrutural Brasil. Por muito imaginativos que sejamos
parte das crises industriais e comerciais em que entram no mercado de tra- nas políticas públicas de empregabilidade,
com que o mundo inteiro hoje se vê a balho: podem entrar logo a partir de a relação crescimento-emprego é funda-
braços”. uma licenciatura ou investir antes na mental e não a podemos ignorar.
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Guia do 1º Emprego 2011

Temos hoje uma percepção incompleta, lários intermédios.As oportunidades de estamos num ambiente em que a pa-
muito difusa e extremamente arriscada emprego estão a destruir-se nas ocupa- dronização dos cursos é muito fácil, o
sobre os domínios que vão assegurar o ções em que a rotinização e a automação conhecimento é uma coisa que circula
emprego da população nos próximos são possíveis, isto é, nas tarefas onde po- muito e na minha perspectiva o que
tempos.A generalidade dos poderes pú- demos ser substituídos por uma máquina, vai acontecer – exceptuando nas uni-
blicos tenta saber onde é que deve apostar por um computador ou por uma ex- versidades de topo, onde a ligação in-
e isto tem muita consequência nas nossas ternalização a fim de pôr esse serviço a vestigação–formação é muito activa e
próprias estratégias proactivas de procura ser feito noutro país qualquer. No topo há grande produção de conhecimento.
de emprego e nas organizações… Porque e na base da pirâmide não há este risco, É aqui que as massas críticas vão acabar
há que saber onde apostar. porque ambas as tarefas não são suscep-
tíveis de ser automatizadas e vão sobre- A procura de
Aproveitar as competências vivendo à crise.
académicas para figurar no Esta polarização é terrível, terrível por-
emprego tem de ser
topo da pirâmide que atravessa de maneira decisiva os muito proactiva
Há um fenómeno que, na literatura do mercados de trabalho e, na economia
trabalho, se chama polarização – a evi- portuguesa, começa a haver sinais disto. por se diferenciar. Portanto, o modo de
dência empírica, muito segura, de que funcionamento das organizações vai
há dois tipos de ocupações que têm tido Aceitar que há universidades distinguir onde estarão as grandes or-
um mundo crescente de oportunidades e universidades… ganizações que vão dinamizar a procura
de emprego. Estou a referir-me ao topo Há aqui outra questão em que eu gos- activa de emprego, o empreendedo-
da pirâmide (ocupações com qualifica- taria de me fixar, porque me parece rismo e que vão dinamizar uma coisa
ção mais elevada, salários mais elevados que são as grandes tendências de alte- que em Portugal nós temos muita di-
e cujos postos de trabalho têm resistido ração das organizações universitárias e ficuldade em aprender que é a capaci-

muito bem à grande recessão); e a base politécnicas, que é aquilo que eu cos- dade de resolução de problemas. A
da pirâmide (baixas qualificações e baixos tumo chamar de aprendizagem em di- grande parcela dos cursos universitários
salários, que também têm tido crescentes recção à empregabilidade e à procura em Portugal forma pessoas para uma
oportunidades de emprego). Portanto, activa de emprego. Isto vai implicar, do outra coisa qualquer, mas não forma
o topo e a base desta pirâmide têm tido meu ponto de vista, uma organização para a capacidade de resolução de pro-
oportunidades crescentes de emprego. das instituições de ensino superior to- blemas e esta vai ser uma das compe-
Onde é que se tem perdido emprego? talmente distinta da que nós tivemos tências que as empresas vão procurar
Nas qualificações intermédias e nos sa- nos últimos tempos. Porquê? Porque mais. FIM
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Guia do 1º Emprego 2011

A carreira profissional
começa na universidade!
Feiras de emprego, newsletters com ofertas formativas e profissionais variadas, coordenação de estágios
curriculares e profissionais, workshops sobre como elaborar um CV ou como comportar-se numa entrevista
de trabalho e muito mais. As universidades e politécnicos portugueses apostam agora em gabinetes modernos
e especializados que ajudam os seus alunos e alumni a enfrentar as exigências de um mercado de trabalho
cada vez mais competitivo.

{ Textod de Bruna Pereira } Dorado’ que tanto as pessoas an- parte dos estudantes – em relação
seiam, apesar de ser um requisito ao apoio e aconselhamento nas
Podem ser Gabinetes de Apoio ao obrigatório”. questões de transição para o mer-
Aluno; Serviços de Relações Externas Para alertar sobre este e outros factos a cado de trabalho, nomeadamente
e Integração Académica; Gabinetes de ter em conta no momento de arregaçar de forma a permitir aos alunos
Saídas Profissionais ou ainda de Inserção as mangas e começar a procurar um contextos de aprendizagem mais
na Vida Activa. As designações variam
consoante a instituição e as entidades
parceiras, mas o objectivo destes serviços “O grande objectivo destes serviços não
é o mesmo: garantir que a entrada no é colocar as pessoas dependentes da nossa
mercado de trabalho, após uma licen- actuação, mas sim colocar as pessoas em
ciatura ou um mestrado, não seja um
salto de pára-quedas sem preparação
acção.” Sofia Veiga, FEP
prévia… Até porque, como refere Sofia
Veiga, do Serviço de Relações Externas emprego, as universidades e politécnicos próximos da realidade do mercado
e Integração Académica (SEREIA) da portugueses têm estado atentos às preo- de trabalho. Como estas compe-
Faculdade de Economia da Universi- cupações dos estudantes. “Segundo tências não se adquirem num dia,
dade do Porto (FEP), “licenciatura, alguns estudos, concluiu-se que, nem com uma formação, a FEUP
mestrado e doutoramento não ga- cada vez mais, há uma maior pro- procura desenvolver planos curri-
rantem hoje um emprego, esse ‘El cura – e até mesmo exigência por culares integrando essas mesmas
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pub
competências transversais, as soft
skills, numa unidade curricular,
através do Projecto FEUP (ver
caixa)”, refere Fernanda Correia, do
Serviço de Integração Profissional da
Faculdade de Engenharia da Universi-
dade do Porto (FEUP), acrescentando
que a integração no mundo do trabalho

À velocidade da luz.
Para todos aqueles que acham que entrar nos gabinetes das
universidades e politécnicos para fazer uma simples pergunta
demora muito tempo, tem de ser marcado com antecedência
e, como são tantos alunos, dificilmente chegará a nossa
vez… Fiquem a saber que já há instituições apologistas do
sistema Walk in. Cristiana Oliveira, do Instituto Superior de
Ciências Empresariais e do Turismo (ISCET) explica que há
perguntas rápidas que não têm de passar pelo processo de
marcação de reunião. “Basta tocarem à porta. Têm 15
minutos para fazerem as perguntas todas que têm a fazer e
irem depois embora. Nós estamos disponíveis o dia todo –
até às 9h da noite, se for preciso!”

é um processo complexo e desafiante,


sendo frequente os alunos não saberem
quais as melhores estratégias a adoptar
de forma a aumentarem o seu potencial
durante o processo de acesso a uma
oportunidade de emprego.
pub

Bolsas de emprego, estágios


e muito mais
“O serviço de Bolsa de Emprego
tem como objectivo principal a
promoção de contactos com o
mundo de trabalho, especialmente
com empresas e instituições po-
tencialmente promotoras das áreas
de Ciências. Proporcionamos, após
a inscrição dos estudantes licen-
ciados na Bolsa de Emprego On-
line, atendimento personalizado -
pesquisa na bolsa de emprego de
todas as oportunidades de empre-
gabilidade e formação e bolsas de
investigação. Tudo o que seja do
interesse dos nossos alunos é pu-
blicado na Bolsa de Emprego On-
line”, refere Elisabete Rodrigues, do
Gabinete de Imagem e Relações com
o Exterior da Faculdade de Ciências
da Universidade do Porto (FCUP). A
FCUP disponibiliza ainda aos seus es-
tudantes o PEEC - Programa de Está-
gios Extra-Curriculares não remune-
rados que podem decorrer em empresas,
centros, laboratórios de investigação da
Universidade do Porto e em Projectos
de Investigação Individuais, com dura-
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Universidade Católica Portuguesa
Guia do 1º Emprego 2011

“Mais que
profissionais…
ção entre 2 e 10 meses. “O PEEC vindo a elaborar estudos sobre a em- Formamos pessoas”
pretende que os alunos atinjam pregabilidade dos seus diplomados, “O papel da universidade não é
um nível de formação que lhes como exemplifica Cristiana Oliveira, apenas ensinar a saber fazer. As
permita desempenhar, com su- do Instituto Superior de Ciências Em- aulas são fundamentais, mas para
cesso e responsabilidade, tarefas de presariais e do Turismo (ISCET). “Te- além dessa formação académica em
carácter profissional, e assim avaliar mos um Observatório de Empre- sala, desenvolvemos várias
os seus conhecimentos em am- gabilidade, onde todos os anos fa- iniciativas que permitem
biente real de trabalho”, continua zemos inquéritos sobre a desenvolver os alunos como
Elisabete Rodrigues. empregabilidade dos nossos cursos pessoas em várias dimensões. É
e cujos resultados estão disponíveis aqui que entra o nosso gabinete”,
Alumni vistos à lupa no nosso site para quem quiser destaca Madalena Paiva,
Conscientes da importância que a re- consultar. Também fazemos um Coordenadora do Desenvolvimento de
lação da formação académica e a acti- inquérito às empresas para saber Carreiras da Faculdade de Ciências
vidade profissional têm para o desen- o que elas procuram nos alunos Económicas e Empresariais da
volvimento duma sociedade de conhe- recrutados, para podermos adaptar Universidade Católica Portuguesa,
cimento cada vez mais global, as os conteúdos programáticos dos sublinhando que o desenvolvimento
instituições de ensino superior têm nossos cursos”. dos alunos deve ser feito com base
A propósito deste tópico, Graça Piçarra, em experiências de estágio,
Chefe de Divisão do Apoio à Gestão experiências de voluntariado,
Projecto FEUP do Instituto Superior de Agronomia experiências internacionais como o
(ISA), alerta para o facto destes estudos programa ERASMUS e outras
Engenheiros serem, ainda assim, algo ‘limitados’ por- experiências extra-curriculares. “Há
desde o 1º dia que muitas vezes os alunos não respon- várias actividades que nos fazem
Os alunos da Faculdade de dem e a amostra conseguida é pouco crescer e é aí que nós ajudamos os
Engenharia da Universidade do Porto representativa. “Normalmente, ou nossos alunos a reflectir sobre onde
(FEUP) são preparados para entrada respondem aqueles que estão é que estão neste momento, onde é
no mercado de trabalho desde o 1º muito satisfeitos (os que arranja- que querem chegar e o que é que é
dia de aulas, nomeadamente através ram um emprego que os satisfaz preciso desenvolverem para darem
do Projecto FEUP. Trata-se de uma muito) ou aqueles que não estão resposta àquilo que são as
unidade curricular que, desde o ano nada satisfeitos (os que não arran- necessidades no mercado.”
lectivo 2004/2005, tem recebido e jaram colocação e continuam à Madalena Paiva convida todos os
integrado os caloiros na vida escolar, procura). Portanto, o que conse- alunos de hoje e trabalhadores de
tendo como grandes objectivos dar a guimos são dados de dois pólos amanhã a fazerem o seguinte
conhecer os principais serviços que nem sempre são representati- exercício: “Imaginem que estão na
disponíveis na faculdade, dar vos. Temos de ter cuidado com festa do vosso 70º aniversário e têm
formação inicial nas áreas conhecidas isso.”, refere Graça Piçarra. FIM lá toda a gente – colegas de
como soft skills, alertando para a sua trabalho, amigos e familiares. Aqui
importância ao longo da carreira em o desafio é saber o que é que
Engenharia. Ao longo do Projecto querem que cada uma destas
FEUP são abordadas questões pessoas dissesse sobre vocês. Isso
relacionadas com a ética, o plágio e a vai ser exactamente aquilo que
necessidade da correcta referenciação vocês vão querer construir ao longo
das fontes utilizadas nos trabalhos de da vossa vida… Que começa
investigação, a prática de agora”.
comunicação oral, escrita e visual, a
elaboração de relatórios e posters,
pesquisas, organização e síntese de
informação, a reflexão sobre como
estudar no ensino superior, o
contacto e o uso de diversos recursos
da faculdade, o treino de aplicações
de software, entre outras.
O Projecto FEUP tem ainda direito a
uma semana exclusiva, em que os
estudantes do 1º ano se dedicam
apenas às actividades/apresentação
de trabalhos do Projecto FEUP, sem
ter aulas de outras cadeiras do curso.
Site oficial:
http://paginas.fe.up.pt/~projfeup/
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