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Novo Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015

CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM


P/ CONCURSO - 2015
AULA Nº 38 – ASSISTÊNCIA INTEGRAL ÀS
PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RISCO: VIOLÊNCIA E
NEGLIGÊNCIA CONTRA CRIANÇA, ADOLESCENTE,
MULHER E IDOSO.

Equipe Professor Rômulo Passos | 2015

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Amigo (a)!

Com muita disciplina e determinação chegamos a mais uma aula do nosso curso.
Nessa aula, abordaremos os conteúdos referentes à Assistência integral às pessoas
em situação de risco: violência e negligência contra criança, adolescente, mulher e
idoso.
Primeiramente, faremos uma abordagem teórica do tema proposto e, em seguida
as questões cobradas em concursos anteriores com os comentários.
As questões utilizadas nessa aula foram colocadas ao final do arquivo, de modo
que vocês possam, se preferir, tentar resolvê-las antes de ler os comentários a elas
referentes.

Boa aula!

Profª. Raiane Bezerra

Profº. Rômulo Passos

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Assistência integral às pessoas em situação de risco: violência e


negligência contra criança, adolescente, mulher e idoso.

Em sua Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e


Violências (BRASIL, 2001), o Ministério da Saúde caracteriza a violência como um
fenômeno de conceituação complexa, polissêmica e controversa. Entretanto, assume-
se que ela é representada por ações humanas realizadas por indivíduos, grupos, classes,
nações, numa dinâmica de relações, ocasionando danos físicos, emocionais, morais e
espirituais a outrem (MINAYO; SOUZA, 1998).
O Primeiro Relatório Mundial sobre Violência e Saúde (Organização Mundial
da Saúde, 2002) define, pela primeira vez, a violência como “o uso intencional da
força física ou do poder, real ou em ameaça contra si próprio, contra outra pessoa,
ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha possibilidade de
resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou
privação de liberdade”.

Violência e negligência contra criança e adolescente

A violência interpõe-se como uma poderosa ameaça ao direito à vida e à saúde


da criança e de sua família. Mais do que qualquer outro tipo de violência, a cometida
contra a criança não se justifica, pois as condições peculiares de desenvolvimento
desses cidadãos os colocam em extrema dependência de pais, familiares, cuidadores, do
poder público e da sociedade. A exposição da criança a qualquer forma de violência de
natureza física, sexual e psicológica, assim como a negligência e o abandono,
principalmente na fase inicial da sua vida, podem comprometer seu crescimento e seu
desenvolvimento físico e mental, além de gerar problemas de ordem social, emocional,
psicológica e cognitiva ao longo de sua existência (PINHEIRO, 2006; MAGALHÃES;
FRANCO NETTO, 2008; BRASIL, 2010).
A violência contra crianças e adolescentes é um fenômeno complexo que
envolve causas socioeconômicas e histórico-culturais, aliado a pouca visibilidade, à
ilegalidade e à impunidade. Na primeira causa, pode-se destacar a má distribuição de
renda, a migração, a pobreza, o acelerado processo de urbanização e a ineficácia das

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políticas sociais. No que tange aos aspectos histórico-culturais, identifica-se a


concepção, ainda vigente, da criança e do adolescente como objeto de dominação dos
adultos, merecedores de amor desvalorizado, contaminado pela ideia de fraqueza e
inferioridade.
No Brasil, as agressões (violências) no ano de 2007 ocupavam a quinta causa de
óbitos de crianças menores de um ano de idade (SIM/SVS/MS). No entanto, são os
atendimentos e as internações de crianças vítimas desses eventos que exigem maior
atenção dos profissionais de saúde, tanto da atenção especializada quanto da atenção
básica, para o acompanhamento das crianças e das famílias após a alta hospitalar. Os
resultados do componente da Vigilância de Violências e Acidentes (Viva-Contínuo),
realizado no período de 1º de agosto de 2006 a 31 de julho de 2007, em 27 municípios
brasileiros, mostraram que a violência sexual foi a principal causa de atendimentos de
crianças nos serviços de saúde. Dos 1.939 registros de violência contra crianças, 845
(44%) foram por violência sexual, seguida da violência psicológica (36%), da
negligência (33%) e da violência física (29%). A residência foi o local de maior
ocorrência dos casos de violência contra crianças (MAGALHÃES; FRANCO NETTO,
2008; BRASIL, 2009).
Apesar de algumas conquistas, as crianças e adolescentes ainda são as maiores
vítimas da violência, seja intra ou extrafamiliar.
Dentre os tipos de violência mais comuns e os fatores que desencadeiam as
agressões citamos a negligência fruto do despreparo para maternidade e paternidade e o
referencial de falta de cuidados básicos na infância. A violência física muitas vezes é
utilizada como instrumento pedagógico. Já o abuso sexual trata-se de uma falta de
fronteira entre as gerações, onde predomina o abuso de poder do mais forte e a cultura
de coisificação da criança e do adolescente. A violência psicológica refere-se à
depreciação, a ameaças e à rejeição do adulto sobre a criança, desenvolvendo nesta um
comportamento destrutivo ou autodestrutivo devido à desvalorização que sofre.
As crianças mais novas estão mais expostas à agressão física. Quanto ao recorte
de gênero, principalmente os meninos sofrem mais agressões físicas. Já as meninas
estão mais expostas aos seguintes tipos de agravos: violência sexual, negligência
nutricional e educacional, exploração sexual comercial e no turismo. Por sua vez, as
crianças maiores estão mais expostas à violência escolar e à violência urbana
(SOUZA, 2007).

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Os tipos de violências, segundo Relatório da Organização Mundial da Saúde,


estão divididos em três grandes categorias:
1. Violência dirigida a si mesmo ou autoinfligida: inclui a tentativa de suicídio
(comportamento suicida), o suicídio e a automutilação;
2. Violência interpessoal: pode ser intrafamiliar (cometida por quaisquer
membros da família) ou comunitária (cometida por pessoas conhecidas ou não);
3. Violência coletiva: pode ser social, política ou econômica (envolve
organizações maiores, tais como grupos armados, o poder do Estado ou de governos
sobre os cidadãos, entre outros) (KRUG et al., 2002).

Natureza da violência

• Física: violência empregada com o uso da força ou de ações, em geral,


praticadas por pais ou responsáveis, pessoas conhecidas ou desconhecidas, com o
objetivo claro ou não de ferir, deixando ou não marcas evidentes.
• Psicológica: toda forma de rejeição, depreciação e desrespeito cometidos
contra a criança com o intuito de atender às necessidades psíquicas dos adultos.
Cobranças e punições exageradas são formas de violência psicológica que podem trazer
graves danos ao desenvolvimento da criança.
• Negligência: omissão do responsável pela criança em prover as necessidades
básicas para o seu desenvolvimento físico, mental e social. São exemplos: privação de
medicamentos e cuidados com a saúde da criança, descuido com a higiene, ausência de
proteção contra o frio, o calor, privação de alimentos, falta de estímulos e condições
para frequentar a escola. O abandono é a forma extrema de negligência.
• Sexual: abuso de poder, quando a criança é usada para gratificação sexual de
um adulto, sendo induzida ou forçada a práticas sexuais de que ela não tem
entendimento, com ou sem violência física associada (ASSOCIAÇÃO..., 2003;
SOCIEDADE..., 2001; ASSOCIAÇÃO...,2008a; ASSOCIAÇÃO..., 2008b; ASSIS,
2007).

Formas e manifestações da violência sexual


• Violência sexual doméstica ou intrafamiliar ou incestuosa: quando existe
laço familiar ou de responsabilidade entre a vítima e o agressor.

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• Violência sexual comunitária ou extrafamiliar: quando geralmente o agressor


é alguém em quem a vítima confia (educadores, profissionais de saúde, médicos,
colegas, vizinhos, psicólogos etc.). Há também casos de violência por desconhecidos.
• Violência sexual ou assédio sexual: se expressa por meio de ameaças e
chantagens, conversas abertas, exibicionismo, voyeurismo, pornografia.
• Violência sexual com contato físico: carícias nos órgãos genitais, tentativas de
relação sexual, sexo oral, penetração vaginal e anal.
• Pedofilia: atração erótica por crianças, podendo o pedófilo se satisfazer com
fotos, fantasias ou com o ato sexual.
• Exploração sexual: caracteriza-se pela utilização de crianças e adolescentes
com intenção de lucro ou em troca de favores e dinheiro. Ocorre em redes de
prostituição, de pornografia, de tráfico para fins sexuais, em viagens e no turismo.
• Pornografia: uso e exposição de imagens eróticas, de partes do corpo ou de
práticas sexuais entre adultos e crianças, outros adultos, animais, por intermédio de
livros, fotos, filmes, internet. Este crime diz respeito a quem fotografa, filma, guarda e
veicula as imagens.
• Turismo para fins sexuais: caracterizado por excursões com fins velados ou
explícitos de proporcionar prazer e sexo aos turistas.
• Tráfico para fins de exploração sexual: envolve sedução, aliciamento, rapto,
intercâmbio, transferência e hospedagem para posterior atuação das vítimas (BRASIL,
2012; ASSIS, 2007)

Outras formas de violência contra crianças

Síndrome do bebê sacudido: caracteriza-se por lesões de gravidade variável que


ocorrem quando um adulto provoca fortes sacudidas num bebê (em geral, menor de 6
meses), frequentemente pela irritação com o seu choro ou quando a criança realiza
algum ato sobre o qual não tem domínio, o que desagrada o cuidador. São sequelas
frequentes deste tipo de violência: cegueira ou lesões oftalmológicas, hemorragia de
retina, atraso no desenvolvimento, convulsões, fraturas de costelas, lesões na coluna,
lesões ou hemorragias cerebrais (hematoma subdural). Dependendo da gravidade da
violência, o quadro pode evoluir para o óbito da criança (ASSOCIAÇÃO..., 2003;
ASSOCIAÇÃO..., 2008b; BRASIL, 2002).

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Síndrome de Münchausen por procuração: é a condição em que doenças ou


sintomas são forjados na criança, em geral por suas mães. É um transtorno psiquiátrico
da mãe, que assume a doença indiretamente, por intermédio da criança, exacerbando,
falsificando ou produzindo histórias clínicas e evidências laboratoriais, causando lesões
físicas e induzindo a criança à hospitalização com procedimentos terapêuticos e
diagnósticos desnecessários e potencialmente danosos para ela.

Trabalho infantil: é o conjunto de tarefas de natureza econômica que inibem as


crianças de viver sua condição de infância e pré-adolescência. Consiste em tarefas
efetuadas de modo obrigatório, regular, rotineiro, remunerado ou não, em condições
desqualificadas e que põem em risco o bem-estar físico, psíquico, social ou moral da
criança, limitando seu crescimento e desenvolvimento saudável e seguro.

Tráfico de seres humanos: ato de promover e/ou facilitar a entrada, no território


nacional, de pessoa que nele venha a exercer a prostituição ou a saída de pessoa que vá
exercê-la no estrangeiro, incluindo o trabalho sem remuneração, forçado ou escravo, de
forma que submeta a pessoa à situação em que se utilize ou não o emprego da violência,
de grave ameaça ou fraude, com fim de lucro, segundo o Artigo nº 231 do Código Penal
Brasileiro (BRASIL, 1940).

Violência no ambiente escolar contra estudantes (“bullying”): como não existe


um só termo na língua portuguesa que seja capaz de agregar, em seu sentido, todas as
situações em que são praticados atos de violência física, emocional ou psicológica
possíveis de ocorrer, adotamos no Brasil a terminologia bullying (vocábulo de origem
inglesa), assim como a maioria dos países. Porém, os termos acossamento, ameaça,
assédio, intimidação, além dos mais informais (como implicar), além de diversos outros
termos utilizados pelos próprios estudantes em diversas regiões, podem ser utilizados

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com o mesmo sentido. Este tipo de violência pode se expressar de várias maneiras: com
implicância, colocação de apelidos, exclusão do grupo, intimidação, assédio,
humilhação, difamação, agressão física etc. É um problema mundial que perpassa todas
as classes sociais. Os meninos têm mais chances de se envolver com esta forma de
violência do que as meninas. Os alvos são, em geral, pessoas inseguras, com baixa
autoestima e com pouca habilidade de fazer cessar a violência. Tais crianças têm
maiores chances de apresentar sentimentos de angústia, tristeza e solidão, depressão e
ideias suicidas (ASSIS, 2007).

Alerta para os sinais e sintomas da violência

Todos os profissionais que atendem crianças devem estar atentos aos sinais e
sintomas físicos e comportamentais associados à violência ou à negligência, mesmo que
até o momento não se tenha evidências fortes que subsidiem as recomendações deste
rastreamento (AMERICAN..., 2008). A suspeita de violência, também conhecida como
maus-tratos, surge, em geral, no momento em que se procede à anamnese ou ao exame
físico da criança. Muitos sinais e sintomas são inespecíficos. Portanto, é necessário
contextualizar a situação em que os sintomas se apresentam, conhecer os sentimentos e
o comportamento da criança e a forma como ela se relaciona dentro e fora do grupo
familiar (SOCIEDADE..., 2001).
A criança pode ser levada para o atendimento ao evidenciar uma história de
falhas no seu desenvolvimento (desnutrição, obesidade, sintomas depressivos,
dificuldades no aprendizado, distúrbios de conduta ou comportamento, distúrbios do
sono, fobias e outros sinais de negligência psicológica ou física). Com frequência,
quando a criança é vítima de violência, os adultos responsáveis apresentam outras
justificativas para o fato ou para os sinais e sintomas de sofrimento geralmente
associados (ASSOCIAÇÃO..., 2003).
Sempre se deve associar sinais e sintomas aos indícios que ocasionaram a
suspeita de violência, haja vista não haver sintomas específicos que caracterizem o
sofrimento ou o adoecimento por violências. A identificação das vítimas pode ocorrer
durante o atendimento da criança em um serviço de saúde, em sua estada na creche, na
pré-escola ou na escola. Por isso, é de primordial importância a participação ativa dos
profissionais de saúde na estratégia de atuação coletiva contra a violência, além de

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constituir uma rede de apoio à família (FERNANDES; CURRA, 2007; SOCIEDADE...,


2001).
As consequências da violência contra crianças/adolescentes podem ser
devastadoras, e muitos pesquisadores já documentaram consequências físicas
(variando de pequenas cicatrizes até danos cerebrais permanentes e morte), psicológicas
(desde baixa auto-estima até desordens psíquicas severas), cognitivas (desde deficiência
de atenção e distúrbios de aprendizado até distúrbios orgânicos cerebrais severos) e
comportamentais (variando da dificuldade de relacionamento com colegas até
comportamentos suicidas e criminosos) decorrentes de abusos físicos, psicológicos,
sexuais e de negligência.
Isso significa que todos os níveis de atenção à saúde precisam estar atentos a
essa situação e implantar programas de prevenção e atenção, principalmente para
famílias que vivem em contextos de risco social e pessoal.

Passemos para a resolução de algumas questões sobre o tema:


1. (Prefeitura de Criciúma-SC/FEPESE/2014) Identifique abaixo as afirmativas
verdadeiras (V) e as falsas (F) em relação a acidentes e violência na infância.
( ) Constituem a primeira causa de morte entre adolescentes e crianças a partir de um ano de
idade.
( ) Nas crianças de 0 a 9 anos as agressões se configuram como a quarta causa de
mortalidade.
( ) Existe uma aceitação social da violência contra crianças e adolescentes que é manifestada
como castigo físico, humilhação e intimidação, entre outras punições.
( ) violência pode gerar problemas sociais e emocionais, além de comportamentos
prejudiciais à saúde, mas não causa problemas cognitivos.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
a) V – V – V – F
b) V – V – F – V
c) V – F – V – F
d) F – F – V – V
e) F – F – F – V
COMENTÁRIOS:
Apenas o ultimo item está incorreto, pois a violência pode gerar problemas sociais,

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emocionais, psicológicos e cognitivos durante toda a vida, podendo apresentar também


comportamentos prejudiciais à saúde.
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A.

2. (SPDM-Ilha de Paquetá-RJ/BIORIO/2014) Na fase da anamnese e do exame físico, o


enfermeiro deve buscar sinais e sintomas físicos e comportamentais que indiquem a
ocorrência de violência contra a criança. Sobre esse tema, analise as afirmativas a seguir:
I - Desconfiança e comportamento sedutor podem ser sinais comportamentais de violência.
II - Enurese e encoprese podem ser sinais físicos de violência.
III - Distúrbios na alimentação podem ser sinais físicos de violência.
IV - Sonolência e recusa em ir para a cama podem ser sinais comportamentais de violência.
V - Dificuldades para participar de atividades físicas podem ser sinais físicos de violência.
Assinale a alternativa correta:
a) apenas as afirmativas II, III, IV e V estão corretas.
b) apenas as afirmativas I, III, IV e V estão corretas.
c) apenas as afirmativas I, II, III e V estão corretas.
d) apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
e) apenas as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
COMENTÁRIOS:
O quadro 20 apresenta os sinais físicos e comportamentais e os sentimentos
frequentes das crianças e dos adolescentes que são vítimas de violência sexual, lembrando
que esses indicadores podem estar presentes em outras formas de violência:

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Visto isto, concluímos que o único item incorreto é o V, pois dificuldades para
participar de atividades físicas podem ser sinais comportamentais de violência. Portanto,
gabarito letra E.

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3. (Prefeitura de Criciúma-SC/FEPESE/2014) O trabalho infantil é uma das formas de


violência contra as crianças. Assim, no Brasil, ele é proibido:
a) a menores de 10 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dessa idade.
b) a menores de 12 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 10 anos de
idade.
c) a menores de 14 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 12 anos de
idade.
d) a menores de 16 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos de
idade.
e) a menores de 18 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 16 anos de
idade.
COMENTÁRIOS:
O trabalho infantil é o conjunto de tarefas de natureza econômica que inibem as
crianças de viver sua condição de infância e pré-adolescência. Consiste em tarefas efetuadas
de modo obrigatório, regular, rotineiro, remunerado ou não, em condições desqualificadas e
que põem em risco o bem-estar físico, psíquico, social ou moral da criança, limitando seu
crescimento e desenvolvimento saudável e seguro.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra D.

4. (Prefeitura de São Paulo/VUNESP/2014) A.A. é enfermeira de um pronto-socorro onde,


eventualmente, são atendidas mulheres vítimas de violência sexual. Para assistir
adequadamente essas vítimas, deve saber, entre outros itens que, de acordo com o Caderno
de Violência Doméstica e Sexual contra Crianças e Adolescentes (PMSP, 2007), a
contracepção de emergência está indicada para
a) vítimas de violência sexual ocorrida nas últimas oito horas, que não estejam fazendo uso
de método anticoncepcional hormonal e estejam na segunda fase do ciclo menstrual (a partir
do 14.º dia).

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b) todas as mulheres e adolescentes vítimas de violência sexual.


c) mulheres expostas ao risco de gravidez decorrente de violência sexual, devido ao contato
certo ou duvidoso com sêmen, independentemente do período em que se encontrem,
incluindo-se o período menstrual.
d) mulheres expostas ao risco de gravidez decorrente de violência sexual, devido ao contato
confirmado com sêmen, a partir do sétimo dia do ciclo menstrual, independentemente do uso
de método contraceptivo.
e) vítimas de violência sexual ocorrida nas últimas 72 horas, podendo ser estendida por até
sete dias após o ato de violência.
Comentários:
Deverão receber a contracepção de emergência (CE):
• Pacientes expostas ao risco de gravidez decorrente da violência sexual através
de contato certo ou duvidoso com sêmen, independente do período do ciclo menstrual
em que se encontrem, incluindo-se o período menstrual.
• Adolescentes após a menarca.
• Adolescentes sem uso de método contraceptivo no momento da violência.
• Violência sexual ocorrida nas últimas 72 horas, podendo ser estendida até 120
horas.
Portanto, o gabarito da questão é a letra C.

5. (Hospital Regional de Araranguá - SPDM/IBFC/2013) A proteção contra todas as


formas de violência no âmbito das relações familiares advém do direito ao respeito,
dignidade e liberdade de que são titulares as crianças e adolescentes, sendo obrigação da
família coloca-los a salvo de toda a forma de negligencia, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão. Respeitar a criança e o adolescente significa, trata-los com a
consideração e a importância exigidas pela condição peculiar de seres em desenvolvimento,
e advindas da própria condição humana”.
De acordo com o texto, considere a alternativa correta:
a) Sem o sentimento da dignidade e respeito com adolescentes e a criança, é impossível o
combate à violência.
b) entre as pessoas que merecem ser respeitadas, as crianças e os adolescentes estão em
ultimo plano.
c) a discriminação é a pior forma de violência no âmbito das relações familiares em nossa

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sociedade.
d) a crueldade em relação a crianças e adolescente é um fato comum apenas nos dias atuais.
COMENTÁRIOS:
Essa questão é tranquila e dispensa comentários. No texto está claro que sem o
consentimento da dignidade e respeito com adolescentes e a criança, é impossível o combate
à violência. Nesses termos, gabarito letra A.

Violência e negligência contra mulher

A violência contra a mulher é referida de diversas formas desde a década de 50.


Designada como violência intrafamiliar na metade do século XX, vinte anos depois
passa a ser referida como violência contra a mulher. Nos anos 80, é denominada como
violência doméstica e, na década de 90, os estudos passam a tratar essas relações de
poder, em que a mulher em qualquer faixa etária é submetida e subjugada, como
violência de gênero.
A violência contra a mulher refere-se a qualquer ato ou conduta baseada no
gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher,
tanto na esfera pública como na esfera privada. Dessa forma, a violência contra as
mulheres é uma manifestação da relação de poder historicamente desigual entre homens
e mulheres.

Tipos de violência contra as mulheres:


- Violência física consiste em atos de cometimento físico sobre o corpo da
mulher, podendo ser através de tapas, chutes, socos, queimaduras, mordeduras,
punhaladas, estrangulamentos, mutilação genital, tortura, assassinato, ou seja, qualquer
conduta que ofenda a integridade física ou saúde corporal da mulher.
- Violência psicológica é a ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as
ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação,
manipulação, ameaça direta ou indireta, dentre outras, ou seja, é a violência entendida
como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto – estima.

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- Violência sexual se identifica com qualquer atividade sexual não consentida,


incluindo também o assédio sexual, ou seja, é qualquer conduta que constranja a mulher
a manter conjunção carnal não desejada, mediante intimidação,coação, etc.
- Violência moral consiste no assédio moral, geralmente onde o patrão ou chefe
agride física ou psicologicamente seu funcionário com palavras, gestos ou ações, sendo
considerada qualquer conduta que configure injúria, calúnia ou difamação.
- Violência patrimonial que é aquela praticada contra o patrimônio da mulher,
sendo muito comum nos casos de violência doméstica e familiar (dano), ou seja, é a
conduta que configura retenção, subtração, destruição dos bens da vítima.
- Violência institucional é a praticada em instituições prestadoras de serviços
públicos, como hospitais, postos de saúde, escolas, delegacias, no sistema prisional, etc.
- Violência de gênero é aquela praticada em razão de preconceito e
discriminação.
- Violência doméstica e familiar que é a ação ou omissão que ocorre no espaço
de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as
esporadicamente agregadas. É aquela praticada por membros de uma mesma família.
Vale lembrar que a família fica entendida com indivíduos que são ou se consideram
parentes, unidos por laços naturais ou por afinidade.
A violência contra as mulheres, apresentada de forma multifacetada, é sofrida
em todas as fases da vida; muitas vezes, iniciando-se ainda na infância, acontece em
todas as classes sociais. A violência cometida contra mulheres no âmbito doméstico e a
violência sexual são fenômenos ainda cercados pelo silêncio e pela dor. Políticas
públicas específicas que incluam a prevenção e a atenção integral são fatores que podem
proporcionar o empoderamento, ou seja, o fortalecimento das práticas autopositivas e do
protagonismo feminino no enfrentamento da violência no Brasil.
Entre todos os tipos de violência existentes contra a mulher no mundo, aquele
praticado no ambiente familiar é um dos mais cruéis e perversos. O lar, identificado
como local acolhedor e de proteção, passa a ser, nesses casos, um ambiente de perigo
contínuo, que resulta em um estado de medo e ansiedade permanentes.
Envolta no emaranhado de emoções e relações afetivas, a violência doméstica
contra a mulher mantém-se, até hoje, como uma sombra em nossa sociedade.
A violência contra a mulher, praticada por um estranho, difere de um delito
praticado por alguém da estreita convivência da vítima, pois a agressão por uma pessoa
da convivência da vítima – como o marido ou o companheiro –, dado a proximidade dos

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envolvidos, tende a acontecer novamente, formando o ciclo perverso da violência


doméstica, que pode acabar em delitos mais graves; enquanto o praticado por estranhos,
dificilmente voltará a acontecer.
É importante destacar que a mulher, historicamente, vem sofrendo vários tipos
de violência, seja na família, pelo marido/companheiro; na sociedade; na violação de
seus direitos; na duplacarga de trabalho; na falta de respostas das políticas públicas de
saúde de qualidade para acompanhar a gestação, puerpério, climatério e as situações de
violência. Tudo isso contribui para a perpetuação da violência.
A violência contra a mulher é um fenômeno complexo, com causas culturais,
econômicas e sociais, aliado a pouca visibilidade, à ilegalidade e à impunidade. A
violência doméstica e familiar contra mulheres é a tradução real do poder e da força
física masculina e da história de desigualdades culturais entre homens e mulheres que,
por meio dos papéis estereotipados, legitimam ou exacerbam a violência.
Os adoecimentos decorrentes da violência são evidenciados pelo aumento da
busca pelos serviços de saúde após a vivência da violência, tanto para o tratamento dos
ferimentos atuais quanto para o tratamento das doenças posteriores à violência.

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A violência contra a mulher vem sendo remetida à área da Saúde Pública tanto
pelo movimento feminista como por associações profissionais, serviços de saúde e
organismos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Segundo d’Oliveira e Schraiber (1999),
essa tendência está embasada na constatação crescente de que a violência de gênero está
associada a um maior risco para diversos agravos à saúde física e mental, além de
trauma físico direto, e também a um uso mais frequente dos serviços de saúde.

Passemos para a resolução de questões:


6. (FUMUSA/CAIPIMES/2014) Entre as consequências da violência sexual, a
gravidez destaca-se pela complexidade das reações psicológicas, sociais e biológicas
que determina. No Brasil, quando a gravidez resulta de estupro:
a) é permitido o abortamento
b) não é permitido o abortamento
c) é permitido o abortamento a partir dos 25 anos de idade
d) não é permitida a adoção da criança após o nascimento
COMENTÁRIOS:
O art. 213 do Código Penal, com a nova redação que lhe foi dada pela lei
12.015, de 2009, define como estupro o fato de constranger alguém, mediante
violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com
ele se pratique outro ato libidinoso.
Art. 128 – Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto necessário
I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento
da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal."
O estatuto penal permite, no primeiro caso, o denominado aborto necessário,
hipótese de estado de necessidade elevado a justificativa da Parte Especial; no
segundo, o aborto sentimental. Se a gravidez é resultante de estupro ou atentado
violento ao pudor, crimes hoje previstos numa só norma incriminadora (art. 213 do
CP), o aborto só é permitido em face de prévio consentimento da gestante. É
possível, porém, que ela seja incapaz (menor, doente mental etc.), exigindo-se o

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consentimento de seu representante legal.


Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A.

7. (Prefeitura de Oeiras-PI/IMA/2014) No atendimento à mulher em situação de


violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências:
I. Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao
Ministério Público e à Advocacia Geral da União.
II. Fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
quando não houver risco de vida.
III. Se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences
do local da ocorrência ou do domicílio familiar.
IV. Encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal.
A quantidade de itens corretos é:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
COMENTÁRIOS:
De acordo com a Lei Nº 11.340, de 7 de Agosto de 2006:
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a
autoridade policial deverá, entre outras providências:
I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao
Ministério Público e ao Poder Judiciário;
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto
Médico Legal;
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local
seguro, quando houver risco de vida;
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus
pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar;
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços
disponíveis.
Visto isto, concluímos que a questão apresenta 2 itens corretos. Portanto, gabarito
letra B.

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8. (Prefeitura de Oeiras-PI/IMA/2014) NÃO é considerada como uma forma de


violência doméstica e familiar contra a mulher?
a) A violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar,
a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça,
coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a
sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem,
suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direi
b) A violência física, entendida como qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho,
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os
destinados a satisfazer suas necessidades.
c) A violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem,
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que
lhe cause prejuízo
d) A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia,
difamação ou injúria.
COMENTÁRIOS:
A alternativa que não apresenta a definição correta de uma forma de violência
doméstica e familiar contra a mulher é a letra B, pois a violência física consiste em
atos de cometimento físico sobre o corpo da mulher, podendo ser através de tapas,
chutes, socos, queimaduras, mordeduras, punhaladas, estrangulamentos,
mutilação genital, tortura, assassinato, ou seja, qualquer conduta que ofenda a
integridade física ou saúde corporal da mulher. Portanto, gabarito letra B.

9. (Prefeitura de Cajazeiras do Piauí-PI/IMA/2014) A lei nº 11.340/2006 – Lei


Maria da Penha – afirma que configura violência doméstica e familiar contra a mulher
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:

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a) No âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio


permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente
agregadas
b) No âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos
que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por
vontade expressa
c) Em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido
com a ofendida, independentemente de coabitação
d) A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de
violação dos direitos humanos
e) Todas as alternativas estão corretas
COMENTÁRIOS:
Conforme consta no artigo 5º da Lei nº 11.340/2006, a mulher não sofre só
violência física e sexual, mas passa por um transtorno mental, violência patrimonial, e
ainda se desestrutura diante de uma sociedade, como pode ser visto no seguinte artigo e
seus incisos:
“Artigo 5º. Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar
contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte,
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I – No âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente
agregadas;
II – No âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por
indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por
afinidade ou por vontade expressa;
III – Em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha
convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de
orientação sexual.”
Nesses termos, todos os itens estão corretos. Portanto, gabarito letra E.

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10. (Hospital Estadual de Presidente Prudente (HEPP)/IBFC/2014) Considerando


os aspectos relacionados à violência contra a mulher, leia as frases abaixo e a seguir
assinale a alternativa correta.
I - A Lei de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher é denominada
Lei Maria da Penha.
II - Entende-se por violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou
omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou
psicológico e dano moral ou patrimonial.
III. Manter a privacidade e a confidencialidade das informações da cliente, não
registrando em prontuário os detalhes da história de violência e do agressor.
IV - É recomendado referenciar a paciente para os serviços de saúde aptos ao
atendimento das vítimas de violência disponíveis na comunidade.
Estão corretas as frases:
a) Apenas I, II e IV estão corretas.
b) Apenas I, III e IV estão corretas.
c) Apenas I e II estão corretas.
d) Apenas IV está correta.
COMENTÁRIOS:
O único item que se encontra incorreto é o item III, pois a privacidade e a
confidencialidade das informações da cliente devem ser mantidas e os detalhes da
história de violência e do agressor devem ser cuidadosamente descritos e registrados
em prontuário.
Portanto, gabarito letra A.

11. (Prefeitura de Saltinho-SC/ICAP/2014) São fatores de vulnerabilidade para a


violência na gestação e no puerpério:
a) Gravidez indesejada.
b) Ocultação da gravidez.
c) Não desejar segurá-lo o filho (a).
d) Repulsa pelas secreções e pelos excrementos.
e) Mãe solteira com ou sem suporte emocional.
Aponte a alternativa correta:
a) A, B, C, D

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b) A, B, D, E
c) A, B, C, E
d) B, C, D, E
e) Todas as alternativas apresentam fator de vulnerabilidade.
COMENTÁRIOS:
Na gestação, alguns dos fatores de vulnerabilidade são os seguintes: gravidez
indesejada, ocultação da gravidez, tentativa de aborto, desejo de “doar” o filho, mãe
solteira SEM suporte emocional, desajustes sérios entre os genitores, história de
doença mental ou distúrbios emocionais, drogadição, alcoolismo, história de
comportamentos violentos, história pessoal de vitimização perinatal, depressão, raiva,
apatia, comentários depreciativos sobre o bebê (CARDOSO et al., 2006).
Já no puerpério, algumas atitudes atípicas da mãe para com seu bebê são
consideradas fatores de vulnerabilidade, tais como: (a) não desejar segurá-lo; (b)
não alimentá-lo e não acariciá-lo; (c) repulsa pelas secreções e pelos excrementos;
(d) amamentar com indiferença; (e) desinteresse pelas orientações; (f) falta de visitas à
criança hospitalizada; (g) não realizar o acompanhamento médico da criança; (h)
rudeza no trato com a criança; (i) negligência na higiene; (j) agressividade; (k) extrema
exigência em relação à criança; (l) criança de baixo peso e/ou com desenvolvimento
prejudicado (CARDOSO et al., 2006).
Dessa forma, o único item incorreto é o item E. Portanto, gabarito letra A.

Violência e negligência contra idoso

Sabe-se que nos próximos anos a população brasileira será uma população idosa.
Em consequência desse envelhecimento populacional, o idoso torna-se alvo da
violência. A agressão a população acima de 60 anos vem de diversas formas, a falta
de carinho, atenção, pressão psicológica, descaso e a agressão física propriamente
dita. O número de idosos que sofrem algum tipo abuso é tão grande que esse caso já se
tornou um problema de saúde pública. Vale ressaltar que muitas vezes as agressões
podem resultar em morte.

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A questão da negligência contra os idosos não é um fenômeno novo. No


entanto, apenas nas últimas duas décadas é que essa questão começou a despertar o
interesse da comunidade científica (FREITAS et al, 2006).
De acordo com Freitas et al (2006), o acentuado envelhecimento da população
brasileira; o aumento da expectativa de vida, que torna cada vez maior o numero de
idosos na sociedade brasileira e, em consequência, aponta para o crescimento da
população portadora de declínio funcional e cognitivo; a nuclearização familiar
associada ao empobrecimento da população nas ultimas décadas; e a escassez de suporte
comunitário e de serviços assistenciais adequados aos idosos incapacitados são fatores
de risco para a ocorrência de violência contra os idosos.

Fatores de risco para violência contra idoso:


 quando existe dependência pelo declínio cognitivo, a perda de memória ou
dificuldades motoras para realizar atividades do cotidiano;
 a pobreza: pode levar a falta de cuidados básicos com a alimentação e/ou
higiene, pois o idoso pode ficar sozinho em casa porque sua família precisa
trabalhar para comprar seus remédios;
 quando possui auxílio de apenas uma pessoa. Isso acontece porque os familiares
não podem ou não querem participar do cuidado;
 a procura de cuidados médicos constantes;
 quando há repetidas ausências às consultas agendadas;
 explicações improváveis sua ou de seus familiares para determinadas lesões e
traumas;
 3 (três) ou mais quedas por ano podem ser indicador de existência de violência.

As violências contra pessoas mais velhas precisam ser vistas sob, pelo menos,
três parâmetros: demográficos, sócioantropológicos e epidemiológicos. No primeiro
caso, deve-se situar o recente interesse sobre o tema, vinculado ao acelerado
crescimento nas proporções de idosos em quase todos os países do mundo. Esse
fenômeno quantitativo repercute nas formas de visibilidade social desse grupo etário e
na expressão de suas necessidades. No Brasil, por exemplo, dobrou-se o nível de
esperança de vida ao nascer em relativamente poucas décadas, em uma velocidade

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muito maior que os países europeus - que levaram cerca de 140 anos para envelhecer
(MINAYO, 2003).
O crescimento do interesse da área da saúde pela violência deveu-se a dois
fatores principais: a conscientização crescente dos valores da vida e dos direitos da
cidadania e mudanças no perfil de morbimortalidade no mundo e no país. Essas
observações levaram a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 1993) a fazer a
seguinte análise sobre a questão: a violência, pelo número de vítimas e a magnitude de
sequelas orgânicas e emocionais que produz, adquiriu um caráter endêmico e se
converteu num problema de saúde pública em vários países (FREITAS et al, 2006).
Os maus tratos de idosos por "pessoas que deles cuidam" tampouco
representam um problema novo. O abuso é geralmente praticado por pessoas nas quais
os anciãos depositam confiança: familiares, vizinhos, cuidadores, funcionários de
banco, médicos, advogados etc. A vítima é frequentemente do sexo feminino, com mais
de 75 anos e vive com familiares. O perfil é de habitualmente de uma pessoa passiva,
complacente, impotente, dependente e vulnerável. Essas características unidas à falta de
opções fazem com que a vítima tenha dificuldade de escapar de uma situação abusiva
(Guimarães e Cunha, 2004).
O Ministério da Saúde (2003), afirma:
Art. 3.º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público
assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso,
submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando - o de alimentos e
cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho
excessivo ou inadequado: Pena- detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.
§ 1.º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão de 1
(um) a 4 (quatro) anos.
§ 2.ºSe resulta a morte: Pena - reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
Uma conduta abusiva ou negligente pode ocorrer em qualquer classe social,
grupo racial, em ambos os sexos, em todos os níveis educacionais e em qualquer etapa
do desenvolvimento familiar e pode caracterizar se a depender da frequência, duração,
intensidade, gravidade e, especialmente do contexto cultural onde ocorra (Guimarães e
Cunha, 2004).

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De acordo com Freitas et al,(2006), artigo 19. Os casos de suspeita ou de


confirmação de maus-tratos contra idosos serão obrigatoriamente comunicados pelos
profissionais de saúde, a quaisquer dos seguintes órgãos:

I. Autoridade policial
II. Ministério Público
III. Conselho Municipal do Idoso
IV. Conselho Estadual do Idoso
V. Conselho Nacional do Idoso.

O Ministério da Saúde (2003), relata:


Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a
operações bancárias, Aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer
outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade:
Pena - reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Guimarães e Cunha (2004), identificaram indicadores que servem de base e
suspeita de uma situação de maus tratos. Ressaltando se, contudo, que a ausência dos
sinais e sintomas a seguir não assegura a inexistência de abuso:

Indicadores físicos
- Perda de peso, desnutrição ou desidratação sem uma patologia de base que as
justifique;
- Marcas, hematomas, queimaduras, lacerações, úlceras de pressão, ferimentos
cuidados ou malcuidados;
- Palidez, face abatida e olheiras;
- Evidência de descuido e má higiene da pele;
- Vestuário inadequado, sujo, inapropriado para a estação;
- Ausência ou estado ruim de conservação de próteses (andadores, óculos,
próteses auditivas, dentaduras, etc.);
- Evidência de administração incorreta de medicamentos;
- Evidência de traumas ou relato de acidentes inexplicáveis.

Indicadores de conduta
- Passividade, retraimento ou resignação;

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- Tristeza, desesperança ou falta de defesa;


- Ansiedade, agitação e medo;
- Exacerbação de quadro depressivo;
- Relatos contraditórios, ambivalentes, não relacionados a confusão mental;
- Receio de falar livremente, esperando que o cuidador dê as respostas;
- Relutância em manter qualquer tipo de contato verbal ou físico com o
cuidador;
- Busca ou mudança frequente de profissionais e/ou centros de atenção médica;

Indicadores sexuais
- Conduta sexual incompatível com a personalidade prévia;
- Comportamento diferente e inapropriado diante da presença de certas pessoas;
- Conduta agressiva, isolamento, retraimento ou auto agressão;
- Presença de sinais e sintomas tais como infecções recorrentes, dor, hematomas
e sangramento na região anal e genital;
- Dificuldade para marcha, dor abdominal sem causa aparente;
- Vestuário íntimo rasgado ou manchado de sangue.

Negligência ou privação
- Dificuldade de acesso ao idoso;
- Isolamento frequente;
- Uso mínimo, ou má conservação, de prótese oral, auditiva, óculos, etc.;
- Diferença acentuada na aparência, higiene e oportunidades entre o idoso
assistido e seu cuidador;
- Vestimenta inapropriada ou indecorosa;
- Tendência do cuidador para reforçar o isolamento do paciente.

De acordo com Souza et al (2007), as preocupações com os maus-tratos aos


idosos aumentaram, também, em consequência de uma conscientização mundial de que,
nas próximas décadas, haverá um importante aumento demográfico nesse segmento da
população. Dessa forma, a Organização Mundial de Saúde entende por maus-tratos e
negligência como uma ação única ou repetida, ou ainda a ausência de uma ação
devida, que causa sofrimento ou angústia, e que ocorre em uma relação em que haja
expectativa de confiança.

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Passemos para e resolução de uma questão:

12. (Prefeitura de São Sebastião da Grama-SP/IPEFAE/2014) De acordo com a


Rede Internacional para Prevenção dos Maus Tratos contra a Pessoa Idosa, define-se a
violência contra idosos o “o ato (único ou repetido) ou omissão que lhe cause dano
físico ou aflição e que se produz em qualquer relação na qual exista expectativa de
confiança”. A violência contra idosos pode se manifestar em diferentes formas. Analise
as afirmações abaixo.
I - Uma forma de violência é a estrutural, que ocorre pela desigualdade social e é
naturalizada nas expressões da pobreza, da miséria e da discriminação.
II - Uma forma de violência é a interpessoal, que se refere as relações cotidianas, sendo
toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a
liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento do idoso.
III - Uma forma de violência é a institucional, que se reflete na aplicação ou omissão
da gestão das políticas sociais e pelas instituições de assistência.
Estão corretas:
a) Apenas as afirmativas I e II.
b) Apenas as afirmativas II e III.
c) Apenas as afirmativas I e III.
d) Apenas as afirmativas I, II e III.
COMENTÁRIOS:
Vejamos as definições das diferentes formas de violência contra os idosos:
Item I. Correto. A violência estrutural reúne os aspectos resultantes da
desigualdade social, da penúria provocada pela pobreza e pela miséria e das
discriminações que os desprovidos de bens materiais mais sentem.
Item II. Correto. A Violência interpessoal corresponde à violência nas formas
de comunicação e de interação cotidiana. Toda ação ou omissão que prejudique o
bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno
desenvolvimento do idoso.
Item III. Correto. A Violência institucional corresponde à aplicação ou
omissão na gestão das políticas sociais, pelo Estado e pelas instituições de
assistência, o que se constituiria numa maneira privilegiada de reprodução das relações
assimétricas de poder, de domínio, de menosprezo e de discriminação.
Tendo visto isto, concluímos que todos os itens estão corretos. Portanto,
gabarito letra D.

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REFERÊNCIAS
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_integral_mulheres_violencia_domes
tica.pdf

http://www.sefras.org.br/portal/wp-content/uploads/2012/10/VIOL%C3%8ANCIA-
CONTRA-O-IDOSO_UM-MAL-QUE-CRESCE.pdf

https://www.tjms.jus.br/_estaticos_/infanciaejuventude/cartilhas/cartilhaVitimasViolenc
iaManualProcedimentosBrasiliaDF.pdf

http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/caderno_33.pdf

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/impacto_violencia_saude_criancas.pdf

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Lista de Questões

1. (Prefeitura de Criciúma-SC/FEPESE/2014) Identifique abaixo as afirmativas


verdadeiras (V) e as falsas (F) em relação a acidentes e violência na infância.
( ) Constituem a primeira causa de morte entre adolescentes e crianças a partir de um
ano de idade.
( ) Nas crianças de 0 a 9 anos as agressões se configuram como a quarta causa de
mortalidade.
( ) Existe uma aceitação social da violência contra crianças e adolescentes que é
manifestada como castigo físico, humilhação e intimidação, entre outras punições.
( ) violência pode gerar problemas sociais e emocionais, além de comportamentos
prejudiciais à saúde, mas não causa problemas cognitivos.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
a) V – V – V – F
b) V – V – F – V
c) V – F – V – F
d) F – F – V – V
e) F – F – F – V

2. (SPDM-Ilha de Paquetá-RJ/BIORIO/2014) Na fase da anamnese e do exame


físico, o enfermeiro deve buscar sinais e sintomas físicos e comportamentais que
indiquem a ocorrência de violência contra a criança. Sobre esse tema, analise as
afirmativas a seguir:
I - Desconfiança e comportamento sedutor podem ser sinais comportamentais de
violência.
II - Enurese e encoprese podem ser sinais físicos de violência.
III - Distúrbios na alimentação podem ser sinais físicos de violência.
IV - Sonolência e recusa em ir para a cama podem ser sinais comportamentais de
violência.
V - Dificuldades para participar de atividades físicas podem ser sinais físicos de
violência.
Assinale a alternativa correta:
a) apenas as afirmativas II, III, IV e V estão corretas.

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b) apenas as afirmativas I, III, IV e V estão corretas.


c) apenas as afirmativas I, II, III e V estão corretas.
d) apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
e) apenas as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.

3. (Prefeitura de Criciúma-SC/FEPESE/2014) O trabalho infantil é uma das formas


de violência contra as crianças. Assim, no Brasil, ele é proibido:
a) a menores de 10 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dessa idade.
b) a menores de 12 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 10 anos de
idade.
c) a menores de 14 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 12 anos de
idade.
d) a menores de 16 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos de
idade.
e) a menores de 18 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 16 anos de
idade.

4. (Prefeitura de São Paulo/VUNESP/2014) A.A. é enfermeira de um pronto-socorro


onde, eventualmente, são atendidas mulheres vítimas de violência sexual. Para assistir
adequadamente essas vítimas, deve saber, entre outros itens que, de acordo com o
Caderno de Violência Doméstica e Sexual contra Crianças e Adolescentes (PMSP,
2007), a contracepção de emergência está indicada para
a) vítimas de violência sexual ocorrida nas últimas oito horas, que não estejam fazendo
uso de método anticoncepcional hormonal e estejam na segunda fase do ciclo menstrual
(a partir do 14.º dia).
b) todas as mulheres e adolescentes vítimas de violência sexual.
c) mulheres expostas ao risco de gravidez decorrente de violência sexual, devido ao
contato certo ou duvidoso com sêmen, independentemente do período em que se
encontrem, incluindo-se o período menstrual.
d) mulheres expostas ao risco de gravidez decorrente de violência sexual, devido ao
contato confirmado com sêmen, a partir do sétimo dia do ciclo menstrual,
independentemente do uso de método contraceptivo.
e) vítimas de violência sexual ocorrida nas últimas 72 horas, podendo ser estendida por
até sete dias após o ato de violência.

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5. (Hospital Regional de Araranguá - SPDM/IBFC/2013) A proteção contra todas as


formas de violência no âmbito das relações familiares advém do direito ao respeito,
dignidade e liberdade de que são titulares as crianças e adolescentes, sendo obrigação da
família coloca-los a salvo de toda a forma de negligencia, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão. Respeitar a criança e o adolescente significa, trata-los
com a consideração e a importância exigidas pela condição peculiar de seres em
desenvolvimento, e advindas da própria condição humana”.
De acordo com o texto, considere a alternativa correta:
a) Sem o sentimento da dignidade e respeito com adolescentes e a criança, é impossível
o combate à violência.
b) entre as pessoas que merecem ser respeitadas, as crianças e os adolescentes estão em
ultimo plano.
c) a discriminação é a pior forma de violência no âmbito das relações familiares em
nossa sociedade.
d) a crueldade em relação a crianças e adolescente é um fato comum apenas nos dias
atuais.

6. (FUMUSA/CAIPIMES/2014) Entre as consequências da violência sexual, a


gravidez destaca-se pela complexidade das reações psicológicas, sociais e biológicas
que determina. No Brasil, quando a gravidez resulta de estupro:
a) é permitido o abortamento
b) não é permitido o abortamento
c) é permitido o abortamento a partir dos 25 anos de idade
d) não é permitida a adoção da criança após o nascimento

7. (Prefeitura de Oeiras-PI/IMA/2014) No atendimento à mulher em situação de


violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências:
I. Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério
Público e à Advocacia Geral da União.
II. Fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
quando não houver risco de vida.
III. Se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do
local da ocorrência ou do domicílio familiar.

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IV. Encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal.


A quantidade de itens corretos é:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.

8. (Prefeitura de Oeiras-PI/IMA/2014) NÃO é considerada como uma forma de


violência doméstica e familiar contra a mulher?
a) A violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça,
coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a
sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem,
suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direi
b) A violência física, entendida como qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho,
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os
destinados a satisfazer suas necessidades.
c) A violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem,
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que
lhe cause prejuízo
d) A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia,
difamação ou injúria.

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9. (Prefeitura de Cajazeiras do Piauí-PI/IMA/2014) A lei nº 11.340/2006 – Lei Maria


da Penha – afirma que configura violência doméstica e familiar contra a mulher
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
a) No âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente
agregadas
b) No âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que
são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por
vontade expressa
c) Em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido
com a ofendida, independentemente de coabitação
d) A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de
violação dos direitos humanos
e) Todas as alternativas estão corretas

10. (Hospital Estadual de Presidente Prudente (HEPP)/IBFC/2014) Considerando


os aspectos relacionados à violência contra a mulher, leia as frases abaixo e a seguir
assinale a alternativa correta.
I - A Lei de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher é denominada Lei
Maria da Penha.
II - Entende-se por violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou
omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou
psicológico e dano moral ou patrimonial.
III. Manter a privacidade e a confidencialidade das informações da cliente, não
registrando em prontuário os detalhes da história de violência e do agressor.
IV - É recomendado referenciar a paciente para os serviços de saúde aptos ao
atendimento das vítimas de violência disponíveis na comunidade.
Estão corretas as frases:
a) Apenas I, II e IV estão corretas.
b) Apenas I, III e IV estão corretas.
c) Apenas I e II estão corretas.
d) Apenas IV está correta.

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11. (Prefeitura de Saltinho-SC/ICAP/2014) São fatores de vulnerabilidade para a


violência na gestação e no puerpério:
a) Gravidez indesejada.
b) Ocultação da gravidez.
c) Não desejar segurá-lo o filho (a).
d) Repulsa pelas secreções e pelos excrementos.
e) Mãe solteira com ou sem suporte emocional.
Aponte a alternativa correta:
a) A, B, C, D
b) A, B, D, E
c) A, B, C, E
d) B, C, D, E
e) Todas as alternativas apresentam fator de vulnerabilidade.

12. (Prefeitura de São Sebastião da Grama-SP/IPEFAE/2014) De acordo com a


Rede Internacional para Prevenção dos Maus Tratos contra a Pessoa Idosa, define-se a
violência contra idosos o “o ato (único ou repetido) ou omissão que lhe cause dano
físico ou aflição e que se produz em qualquer relação na qual exista expectativa de
confiança”. A violência contra idosos pode se manifestar em diferentes formas. Analise
as afirmações abaixo.
I - Uma forma de violência é a estrutural, que ocorre pela desigualdade social e é
naturalizada nas expressões da pobreza, da miséria e da discriminação.
II - Uma forma de violência é a interpessoal, que se refere as relações cotidianas, sendo
toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a
liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento do idoso.
III - Uma forma de violência é a institucional, que se reflete na aplicação ou omissão da
gestão das políticas sociais e pelas instituições de assistência.
Estão corretas:
a) Apenas as afirmativas I e II.
b) Apenas as afirmativas II e III.
c) Apenas as afirmativas I e III.
d) Apenas as afirmativas I, II e III.

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Gabarito
1. A 2. E 3. D 4. C 5. A 6. A
7. B 8. B 9. E 10. A 11. A 12. D

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