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O movimento de rotação da Terra é o giro que o planeta realiza ao redor de si

mesmo, ou seja, ao redor do seu próprio eixo. Esse movimento ocorre no sentido
anti-horário, ou seja, de oeste para leste, e tem duração aproximada de 24 horas.
Esse movimento faz com que, progressivamente, a luz solar ilumine diferentes
áreas do planeta. Ou seja, a rotação é a responsável pela existência e alternâncias
dos dias e das noites.

Já o movimento de translação é aquele que a Terra realiza ao redor do Sol, junto


com os outros planetas. Em seu movimento de translação, a Terra percorre um
caminho (órbita) que tem a forma de uma elipse. O tempo necessário para uma
translação completa é de 365 dias, 5 horas e cerca de 48 minutos. Esse tempo
gasto para uma volta completa em torno do Sol é chamado de “ano”. O ano civil,
adotado por convenção, tem 365 dias. Como o ano sideral, ou seja, o tempo real
do movimento de translação é de 365 dias e 6 horas (aproximadamente), a cada
quatro anos temos um ano de 366 dias, que é chamado de ano bissexto.

Esse movimento de translação é o responsável pela existência das estações do


ano, já que o sol incide de maneira diferente sobre a Terra ao longo do ano,
influenciando diretamente nas temperaturas. As datas que marcam o início das
estações do ano determinam também a maneira e a intensidade com que os raios
solares atingem a Terra em seu movimento de translação. Essas datas recebem a
denominação de equinócio e solstício. Para se observar onde e com que
intensidade os raios solares incidem sobre os diferentes locais da superfície
terrestre, toma-se como ponto de referência a Linha do Equador

Translação e estações do ano

As estações do ano estão diretamente ligadas à diversas


atividades humanas como a agricultura e a pecuária. Além disso, influenciam na
dinâmica climato-botânica do mundo inteiro. É importante lembrar que, quando no
hemisfério Norte é verão, no hemisfério Sul é inverno. Da mesma forma, quando é
outono em um dos hemisférios, é primavera no outro. Isso ocorre justamente em
função da inclinação do eixo terrestre, que faz com que a quantidade de irradiação
solar recebida seja diferente em cada um dos hemisférios.

São linhas imaginárias que cortam o planeta Terra nos sentidos horizontal e
vertical, servindo para a localização de qualquer ponto na superfície terrestre. As
coordenadas geográficas são medidas em graus, minutos e segundos. Um grau
corresponde a 60 minutos, e um minuto corresponde a 60 segundos. Para obter a
coordenada geográfica (localização) de um ponto da superfície terrestre, é preciso
saber qual é a latitude e qual é a longitude do local em questão.

Latitude é a distância de um ponto qualquer em relação à linha do Equador. Varia


de 0° (no Equador) até 90° (Polo Norte ou Polo Sul). Para ajudar a identificar
latitudes, utilizamos linhas imaginárias chamadas de paralelos. Os paralelos mais
famosos são a linha do Equador, os trópicos e os círculos polares. Além de servir
para localização geográfica, é uma variável importante para estudar os tipos de
clima da Terra, pois a incidência de raios solares no planeta é maior nos lugares
com latitudes menores, isto é, mais próximas à linha do Equador.

Longitude é a distância de um ponto qualquer em relação ao meridiano de


Greenwich. Varia de 0° (em Greenwich) a 180° (para leste ou para oeste). Para
ajudar a identificar longitudes, utilizamos linhas imaginárias chamadas de
meridianos. Como padronização internacional, adotou-se o Meridiano de
Greenwich como ponto de partida, a longitude de 0°. Assim, tal meridiano divide a

Terra em Ocidental (a Oeste) e Oriental (a leste). Foi a partir das longitudes que se
criaram os fusos horários. Todos os meridianos se encontram e se cruzam nos
polos Norte e Sul.

Uma vez que a Terra faz um movimento de rotação, girando em torno de si


mesma, o Sol não consegue iluminar todos os locais do mundo ao mesmo tempo.
Por isso, enquanto em alguns locais é dia, em outros já é noite. Logo, não existe a
possibilidade de usar o mesmo horário no planeta inteiro. Portanto, para
estabelecer uma padronização dos horários do mundo foi criado um sistema,
chamado de sistema de fusos horários. Para tal, foi feita uma conta simples: se a
Terra possui uma circunferência de 360°; e se 24h é o tempo que o planeta
demora para girar por completo em torno de si mesmo; a divisão desses dois
números nos aponta que o planeta pode ser separado em 24 fusos de 15° cada.

Foi determinado, portanto, que todos os locais situados dentro de um mesmo fuso
teriam o mesmo horário. E que ao se deslocar de um fuso para outro, haveria uma
mudança de 1h no relógio – uma hora a mais, caso o deslocamento fosse para
leste; ou uma hora a menos, caso o deslocamento fosse para oeste. Contudo, uma
vez que as linhas dos fusos não consideram as divisões político-administrativas
como, por exemplo, países, cidades, estados e outros, foram feitas algumas
adaptações para evitar que houvesse problemas como a existência de dois fusos
diferentes numa mesma cidade. Logo, cada país é livre para definir se vai seguir
fielmente a divisão teórica dos fusos ou se fará alterações para atender melhor às
suas necessidades.

O Brasil, situado a oeste de Greenwich (meridiano usado como base do sistema),


é cortado por quatro fusos diferentes, todos atrasados em relação à Inglaterra.
Nosso horário padrão é o de Brasília, situada no fuso –3 (com três horas de atraso
em relação à Inglaterra), o que significa que, por exemplo, quando são 9h da
manhã na Inglaterra, ainda são 6h da manhã em Brasília.

Outra medida que influencia a dinâmica dos fusos horários é o horário de verão.
Esse é o nome dado para prática de adiantar os relógios em uma hora durante os
meses do verão, com o objetivo de fazer com que a luz do dia seja aproveitada
também durante o início da noite – ainda que para isso seja necessário sacrificar
uma hora de Sol no início da manhã.

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