setembro de 2020, que institui a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida.
O Comitê Gestor Estadual de Políticas de Inclusão da Pessoa com
Deficiência, criado pela Lei Estadual nº 9.270/2010 com o objetivo de promover a articulação dos órgãos e entidades envolvidos na implementação das ações relacionadas à inclusão das pessoas com deficiência no Estado do Maranhão, e parceiros, realizaram reunião no dia 14 de outubro de 2020 para discutir o Decreto Federal nº 10.502, de 30 de setembro de 2020, que institui a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida.
Na reunião ficou deliberada manifestação, através da presente nota pública,
de contrariedade ao referido decreto, entendendo que o mesmo fere a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência - a qual possui status de emenda constitucional no ordenamento jurídico brasileiro, conforme aprovação do Congresso Nacional, por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008 - e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), representando um retrocesso à Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva até então vigente, visto o seu caráter segregacionista, que vai de encontro ao paradigma da inclusão social estabelecido pelos referidos marcos legais.
Neste viés, este CGEPD e parceiros reiteram o posicionamento da Nota
Pública (em anexo), emitida em 10 de outubro de 2019, em oposição à proposta de alteração da política de educação especial apresentada à época pelo Governo Federal, agora formalizada pelo Decreto Federal nº 10.502, de 30 de setembro de 2020, e manifestam seu posicionamento de contrariedade à pseudopolítica instituída, que retrocede 30 anos de conquistas e direitos à educação e a um Sistema Educacional Inclusivo, sem discriminação e com igualdade de oportunidade no acesso, permanência e aprendizagem. Esse Decreto distorce conceitos e conduz a interpretações que não reconhecem os avanços construídos a partir da PNEEPEI/2008. Uma sociedade inclusiva implica na convivência com toda a diversidade humana existente e a escola regular precisa cumprir este papel. Educação não é segregação. Por um sistema educacional inclusivo!
COMITÊ GESTOR ESTADUAL DE POLÍTICAS DE INCLUSÃO DA PESSOA