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OSTENSIVO GUIA DE ESTUDO

CAPÍTULO 09

ESTRATÉGIAS DE BACKUP / RAID

9.1 – CONCEITOS INICIAIS

A perda de arquivos pode ocorrer devido a varios fatores, como: edição descuidada,
remoção ou alteração de dados de forma acidental ou intencional, vius, falhas,...
tornando assim o backup uma tarefa essencial.

Entende-se como backup uma cópia de segurança dos dados do seu sistema.

Da mesma forma queé importante ter estratégia de backup, não devemos esquecer
das estrategias de restore; uma não existe sem a outra.

9.2 – ESTRATÉGIAS DE BACKUP

BACKUP DESNECESSÁRIOS

Uma das grandes tentações é fazer o backup completos. Isto é bom, porem acarreta
alguns incovenientes que devem ser levados em conta. Primeiro, o tempo
despendido num backup completo é muito grande, e dependendo do tamanho, pode
comprometer o funcionamento da rede devido a demora na sua conclusão.
Segundo, sempre temos que levar em conta que se se formos utilizar esse backups,
o tempo que levaremos para restaurar o sistema tambem será proporcionalmente
grande. Faz-se necessário, priorizar o relevante no sistema para uma rápida
restauração.

QUANDO FAZER?

Adotar as seguintes regras gerais:

 Evitar backup em horarios de pico


 Evitar backup desnecessários
 Simule a restauração do sistema com frequencia, numa rede de teste.

TIPOS DE BACKUP

BACKUP TOTAL
Todos os arquivos de todas os pontos de montagem locais são incluídos. Este
backup poder ser utilizado para restaurar completamente o sistema.
Possui as vantagens de backup de todos os dados e facil localização de um
arquivo em particular. Desvantagens: backup demorado e redundancia no dados
guardados.

BACKUP INCREMENTAL

Guarda todos os arquivos que foram alterados desde o ultimo backup total.
Teremos então um backup total, seguido de um ou vários incrementais. Para
restaura o sisema, utilize primeiro o backup total e depois todos os incrementais na
ordem correta. Possui vantagens de otimização do tempo e otimização da mídia.
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Desvantagens restauração mais complicadas e dificil localizaçãde um arquivo em


particular.

BACKUP DIFERENCIAL

O Backup Diferencial, é executado após o último backup TOTAL, ele realiza


backup apenas dos arquivos alterados, em sua primeira execução.

Na segunda execução, ele irá realizar o backup dos arquivos que foram alterados
após o último backup FULL, mais os arquivos que foram alterados depois do
primeiro backup Diferencial, na terceira execução, o backup Diferencial irá pegar o
montante dos arquivos alterados do primeiro e segundo backups, mais os arquivos
alterados depois da segunda execução conforme imagem abaixo:

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MODOS DE BACKUP

BACKUP ON-LINE

O backup é executado durante o funcionamento do sistema, ou seja sem


interrupções. Lembrar que neste caso os aplicativos devem aceitar backups on-
line.
Prós Contra
Serviço não para Desempenho do sistema cai
Os backups podem ser feitos a qualquer Dependendo dos aplicativos, não será
hora. feito backup de arquivos em uso
Pode ser total ou parcial

BACKUP OFF-LINE

O backup é executado depois da parada do sistema, ou seja com interrupção do


sistema.
Prós Contra
Backup mais rápido
Todos os arquivos são guardados. Interrupção dos serviços
Pode ser total ou parcial

LOCAIS DE ARMAZENAMENTO

Arquivos de backup tendem a ser grandes, necessitando de uma mídia de alta


capacidade para armazena-los.
Com vista a isso, descriminamos a seguir as mídias e seus prós e contras.

Tipo Prós Contras


Backups rápidos Desgate rápido
Tape Grande capacidade Sujeita a erros
Barata Requer limpeza periodica
É fácil de configurar e É a mídia mais cara
Disco rígido manter disponível
É a mais rápida
Disco magneto-óptico Vida útil longa É a mídia mais lenta

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9.3 - O COMANDO tar

Para a cópia dos arquivos pode ser usado o comando tar ou uma ferramenta especifica.
Para a maioria das necessidades comuns, basta o tar, que faz parte de todos os sistemas
UNIX/Linux e é simples. Também permite realizar cópias multivolume. O padrão é fazer
backup em fita. As principais opções do comando tar são listads a seguir.

tar [opções] arquivo (s)


v Modo detalhado, mostrando os arquivos utilizados.
f Indica o arquivo TAR a ser utilizado. Normalmente este arquivo é
um dispositivo, por exemplo /dev/fd0, /dev/rmt16
t Lista o contéudo um arquivo TAR
c Cria um arquivo TAR
C Extrai os arquivos para o diretório especificado
x Extrai o conteúdo de um arquivo TAR
z Usa a compactação ZIP
r Acrescenta novos arquivos sem comprometer os já armazenados

O uso primário do comando tar é agrupa vários arquivos em apenas um, chamado tarball,
que geralmente é nomeado com a extensão “.tar”.
Exemplo: Para agrupar todos os arquivos do diretório /etc no arquivo /tmp/copia-etc.tar
/etc, o comando é:

# tar cf /tmp/copia-etc.tar /etc

Logo após a opção f é passado o nome do arquivo tar, e o último parametro da


linha de comando é o diretório cujos arquivos serão agrupados. Multiplos
diretórios e arquivos podem ser especificados no final da linha de comando. Por
exemplo, para copiar o /etc eo /home:

# tar cf /tmp/backup.tar /etc /home

Se adicionada, a opção z, além de agrupados os arquivos, eles também são


compactados, gerando um arquivo menor:

# tar czf /tmp/backup.tgz /etc /home

Note que a extensão do arquivo TAR foi mudada para .tgz. É a maneira de se
indicar que este é um arquivo tar compactado com Gzip. Outra extensão também
utilizada é .tar.gz, que é explicita quanto ao seu conteúdo. Como no Linux a
extensão é irrelevante para o sistema, tanto faz uma ou outra. Por fim, outra
opção que geralmente se usa é a v, para acompanhar o andamento do comando,
resultando no comando clássico cvzf :

# tar cvzf /tmp/backup.tgz /etc /home

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Para consultar o conteúdo do arquivo .tgz, basta trocar a opção c pela t e indicar
apenas o arquivo tar:

# tar tvzf /tmp/backup.tgz

Este commando mostrará quais são os arquivos que compões o .tgz, com suas
respectivas datas e peremissões. Para extrair o seu conteúdo, vá no diretório de
destino e troque a opção t pela x:

# cd /tmp/restaurado
# tar xvzf /tmp/backup.tgz

Comando tar (tres commandos basicos): Criar. Listar e extrair.

9.4 - RAID

O termo RAID (Redudant Array of Inexpensive Disks) foi cunhado na universidade da


Califórnia em Berkeley em oposição a SLED (Single Large Expensive Disk) e designa
diferentes arranjos de discos em que se pode obter maior confiabilidade, maior
capacidade de armazenamento e redução de acesso aos dados.

 Desempenho: discos são acessados em paralelo, operações de leitura e escrita


podem ser feitas simultaneamente em vários discos físicos.
 Armazenamento: diversos discos físicos podem ser combinados para uso conjunto
de sua capacidade de armazenamento.
 Confiabilidade: os dados são armazenados com redundância (espelhamento ou
paridade), permitindo que discos com defeitos sejam substituídos sem perda de
informação.

RAID por hardware e software

Sistemas de RAID podem ser implementados em hardware ou software.

 RAID por hardware: realizado pela controladora de discos, é transparente para o


sistema operacional. É visível como um único disco e não consome recursos do
sistema para obtenção de redundância ou reconstrução.
 RAID por software: é feito pelo kernel, não exigindo hardware especial, mas
utilizando recursos do sistema para cálculo de paridades e reconstrução do array
em caso de inconsistência.

Níveis de RAID

Cinco níveis de RAID foram originalmente propostos para organizar discos em diferentes
graus de capacidade, redundância e desempenho: RAID1, RAID2, RAID3, RAID4 e
RAID5. Adicionalmente, uma configuração não-redundante é conhecida por RAID0.
RAID2 não é tecnicamente viável e sua funcionalidade pode ser obtida com outros níveis
de RAID.

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RAID0 (Data striping): o conjunto de discos é visto como grande disco, sem
redudancia. Os dados são distribuídos em chunks por todos os discos. Quando um
disco falha, todos os dados são perdidos.
RAID1 (Espelhamento): dados armazenamento são duplicados em dois (ou mais)
discos. Quando um disco falha, a totalidade dos dados está disdisponível outro
disco.
RAID3 (Striping de dados por bit com paridade em disco dedicado): os dados são
distruibuidos em bits pelos discos (por exemplo, em um array com 5 discos, dois bits
de cada byte são armazenados em cada um dos quatros primeiros discos e dois bits
de paridade são armazenados no quinto disco). Usualmente RAID4 é utilizado em
vez de RAID3. O Linux não oferece RAID3 por software.
RAID4 (Striping de dados com paridade em um disco dedicado): como RAID0, tem
informação de paridade armazenada em um disco separado. Quando um disco
falha, os dados podem ser recuperados usando a informação de paridade. Apenas
um disco pode falhar, ou os dados serão perdidos. Tem penalização de
desempenho para acesso a muitos blocos pequenos de dados.
RAID5 (Striping de dados com paridade distribuída): Como RAID4, mas com a
informação de paridade distribuída entre os discos do RAID. Apresenta melhor
desempenho ao lidar com muitos blocos pequenos de dados.

Os diversos tipos de RAID

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