Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO AO LINUX
O uso do UNIX dentro da AT&T cresceu tanto que foi criado um grupo de suporte
interno ao sistema. Nessa época, a AT&T não comercializava o sistema, mas
fornecia cópias do código-fonte às universidades, para fins educacionais. Entre 1977
e 1982, os Laboratórios Bell combinaram várias versões do UNIX AT&T (Thompson)
em um único sistema chamado UNIX System III. Este sistema evoluiu até chegar ao
System V, para o qual a AT&T comprometeu-se a dar suporte em 1983.
OSTENSIVO - 1-1 -
OSTENSIVO GUIA DE ESTUDO
Graças a sua característica livre e aberta, o software livre (em particular o Linux) tem
conquistado muito espaço junto a governos, empresas e entidades sociais. Além da
economia com licenciamento, o software livre proporciona independência e
compartilhamento de conhecimento, estando hoje presente em todos os
segmentos da computação, desde sistemas embarcados até
supercomputadores.
O termo software livre (em inglês, free software) pode gerar alguma confusão,
pois a palavra free tanto pode ter o sentido de gratuidade quanto o sentido de
liberdade. Contudo, software livre refere-se à liberdade dos usuários em executar,
copiar, distribuir, estudar, modificar e melhorar o programa. Mais precisamente,
este termo refere-se a quatro tipos de liberdade, para os usuários do software livre:
OSTENSIVO - 1-2 -
OSTENSIVO GUIA DE ESTUDO
Não há problema algum em cobrar para distribuir software livre, desde que o
usuário tenha sempre liberdade para copiá-lo e modificá-lo sem solicitar permissão
para qualquer pessoa que seja. Apesar disso, podem existir regras restritivas,
desde que estas não entrem em conflito com as quatro liberdades centrais. O
copyleft, por exemplo, é uma destas regras, e garante que as liberdades sempre
existam.
OSTENSIVO - 1-3 -
OSTENSIVO GUIA DE ESTUDO
Existem muitas outras licenças de softwares, podendo ou não ser compatíveis com a
GPL. No site http://www.gnu.org/licenses/license-list.pt.html é possível visualizar
uma lista destas licenças, divididas em categorias, de acordo com a compatibilidade
que possuem com a GPL. Através deste site é possível também verificar quais
licenças se qualificam como licenças de software livre, e porque algumas licenças
não podem ser qualificadas como tal.
O Linux em si não passa do kernel (responsável, entre outras coisas, pela camada de
gerenciamento do hardware). O que faz do Linux uma ferramenta útil para um
administrador do sistema ou usuário, é o conjunto de programas que são
executados junto com o kernel, e é a comunidade de software livre que, muito
antes do Linux surgir, vem criando versões livres de todos os utilitários do mundo
UNIX e de outros programas maiores, como servidores Web, editores de
imagens, interfaces gráficas, etc. Uma coleção destes utilitários, trabalhando em
conjunto com o kernel, é o que chamamos de Distribuição Linux.
Cada distribuição possui suas peculiaridades. Uma breve descrição de algumas delas
será vista na sequência.
Atualmente existem centenas de distribuições, algumas mais famosas que outras.
Em sua maioria, as distribuições GNU/Linux são mantidas por grandes comunidades
de colaboradores, entretanto, há outras que são mantidas por empresas. Dessa
forma, podemos dividir as “distros”, abreviação bastante utilizada na comunidade e
que se refere às distribuições, em duas categorias básicas:
Distribuições Corporativas
Mantidas por empresas que vendem o suporte ao seu sistema. Exemplos: RedHat,
Ubuntu, Suse e Mandriva.
OSTENSIVO - 1-4 -
OSTENSIVO GUIA DE ESTUDO
É a liberdade do software, garantida pela licença GPL, que perpetua o respeito dos
direitos definidos pela FSF. Isso porque, pela definição de Software Livre, nunca, em
hipótese alguma, é permitido que o código fonte seja negado ao cliente, ao receptor
do Software. Assim, por mais que uma empresa queira cobrar por suas versões do
sistema GNU/Linux, enquanto ela estiver utilizando softwares licenciados sob a
licença GPL, ela será obrigada a distribuir o código fonte dos programas.
Slackware
Debian
Red Hat
OSTENSIVO - 1-5 -
OSTENSIVO GUIA DE ESTUDO
SUSE / OpenSUSE
Ubuntu
Oracle Linux
Mandriva
Fedora
Distribuições Convencionais
São distribuídas da forma tradicional, ou seja, uma ou mais mídias que são utilizadas
para instalar o sistema no disco rígido;
Distribuições Live
São distribuídas em mídias com o intuito de rodarem a partir delas, sem a
necessidade de serem instaladas no HD. As distribuições “Live” ficaram famosas
OSTENSIVO - 1-6 -
OSTENSIVO GUIA DE ESTUDO
FHS e LSB
O padrão LSB (Linux Standard Base) fornece uma padronização mais ampla. Ele
abrange, além do FHS, padrões de nomenclatura de bibliotecas, de formato e
instalação de programas, dentre vários outros detalhes. Além disso, ele descreve o
detalhamento específico para cada tipo de arquitetura.
Usuários e Grupos
Cada usuário do sistema recebe uma conta. Essa conta tem privilégios limitados,
garantindo a privacidade dos múltiplos usuários e a segurança do sistema.
Mesmo em sistemas onde o computador é acessado por uma única pessoa, é
importantíssimo que esta utilize uma conta de usuário comum. A principal razão
disso é a segurança proporcionada: na eventualidade do usuário executar algum
programa mal-intencionado ou executar alguma ação indevida (como apagar um
diretório erroneamente), as consequências serão bastante limitadas.
Os usuários ainda são separados por grupos, o que permite uma maior flexibilidade
na definição de privilégios. É possível, por exemplo, permitir que apenas
determinado grupo de usuários tenha acesso a um determinado recurso.
X Window System
Embora o Xfree86 e o X.org façam o desenho que lhes é solicitado na tela, eles não
são capazes de criar um ambiente gráfico, nem de gerenciar as janelas dos
aplicativos do ambiente. Esta interação final do sistema X Window com o usuário se
dá através de programas chamados gerenciadores de janelas, que fornecem a
"aparência" de um ambiente gráfico. O gerenciador de janelas é o software
responsável pelo gerenciamento das janelas utilizadas por programas gráficos.
Operações de janelas como "mover", "maximizar" e "fechar" são todas de sua
responsabilidade.
Terminal Virtual
OSTENSIVO - 1-10 -
OSTENSIVO GUIA DE ESTUDO
A estrutura do sistema
É importante entender cada uma dessas camadas para compreender o conjunto que
chamamos de “Sistema Operacional”.
Hardware - Dispositivos que estão disponíveis para o uso do sistema, tais como cd-
rom, placa de rede, controladora “SCSI” entre outros;
Sistema Operacional - Essa “layer” tem como função auxiliar e abrigar todos os
aplicativos das camadas superiores. Segundo Linus Torvalds essa “layer” não deve
ser notada pelo usuário final;
OSTENSIVO - 1-11 -