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SUMÁRIO
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA ....................................................................................................................... 2
ADVOCACIA PÚBLICA..................................................................................................................................... 2
ADVOCACIA PRIVADA ................................................................................................................................ 2
DEFENSORIA PÚBLICA................................................................................................................................ 3

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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA


ADVOCACIA PÚBLICA
Dando continuidade com as instituições que são consideras essenciais à Justiça, a CF traz
em seus Arts. 131 e 132 as disposições sobre a representação judicial do Poder Público, tanto
em âmbito Federal, quanto em âmbito Estadual, respectivamente. Vamos analisar
primeiramente o Art. 131:
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que,
diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União,
judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei
complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento,
as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder
Executivo.
§ 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral
da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre
cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico
e reputação ilibada.
§ 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de
que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas
e títulos.
§ 3º - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a
representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional, observado o disposto em lei.
A AGU é o órgão responsável pela representação judicial de toda a União (e não apenas o
Poder Executivo), contudo, com relação à assessoria jurídica, essa atividade fica circunscrita ao
Executivo Federal.
O chefe da AGU, chamado de Advogado-Geral da União pode ser escolhido livremente pelo
PR, não havendo necessidade de ser membro da carreira. Exige-se mais de 35 anos, reputação
ilibada e notável saber jurídico, apenas. Observe que não há necessidade de aprovação pelo
Senado.
Já para ingresso nas classes iniciais da carreira, é indispensável a realização de concurso
público de provas e títulos.
A representação do judicial dos Estados e do DF é feita pelas Procuradorias Estaduais,
como prescreve o Art. 132:
Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal,
organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso
público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a
representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas
unidades federadas. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)
Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é
assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante
avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório
circunstanciado das corregedorias.

ADVOCACIA PRIVADA
A CF/88 separou o Art. 133 para tratar especialmente dos advogados. Tais profissionais
também são considerados essenciais à justiça. Vejamos:

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Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça,


sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da
profissão, nos limites da lei.
Quanto à inviolabilidade outorgada pelo constituinte aos advogados, trata-se de hipótese
de imunidade material, ou seja, o causídico, no exercício da sua função, não pode ser penalizado,
tanto civil, quanto criminalmente, por atos e manifestações, nos termos da lei.
Trata-se de norma de aplicabilidade contida, haja vista poder ser limitada por lei
infraconstitucional. A Lei que trata do assunto é o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil
– Lei 8.960/1994.
É obvio que essa prerrogativa não é absoluta e deve guardar estrita razoabilidade,
proporcionalidade e estrita ligação com o exercício da advocacia.
DEFENSORIA PÚBLICA
Nos termos do Art. 134 da CF, a Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime
democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a
defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma
integral e gratuita, aos necessitados.
A DP exerce uma função importantíssima para a materialização do acesso amplo à justiça
para aqueles que não têm condições de arcar com as despesas de honorários de advogado
privado, com atuação no âmbito judicial e extrajudicial (em processos administrativos, por
exemplo).
Trata-se de materialização do direito fundamental entabulado no inciso LXXIV do Art. 5º:
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita
aos que comprovarem insuficiência de recursos;
A Defensoria Pública tem atuação em âmbito Federal por meio da Defensoria Pública da
União (DPU), que oficia junto a todos os ramos da Justiça Federal, seja ela comum ou
especializada, e em âmbito Estadual por meio das Defensorias Estaduais (DPE). O §1º do Art.
134 prescreve as normas gerais sobre as Defensorias e seus membros:
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e
do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais
para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos,
na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos,
assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e
vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
Apesar de determinar que as normas gerais sejam estabelecidas por meio de Lei, veja que
o constituinte determina que o ingresso na carreira seja realizado por meio de concurso público
de provas e títulos, e ainda garante a inamovibilidade, bem como veda o exercício da advocacia
privada pelos seus membros.
A inamovibilidade é a garantia de não ser removido da sua comarca de atuação de maneira
arbitrária, evitando assim punições disfarçadas de remoções. É a mesma garantia que gozam os
membros da magistratura e do Ministério Público, como já estudamos anteriormente.
Chamo sua atenção ao fato de os defensores públicos não gozarem da garantia da
vitaliciedade.
Os §§2,3 e 4 trazem importantes garantidas da instituição:
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, §
2º (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).

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§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União


e do Distrito Federal (Incluído pela Emenda Constitucional nº
74, de 2013).
§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade,
a indivisibilidade e a independência funcional, aplicando-se
também, no que couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96
desta Constituição Federal (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 80, de 2014).
Aqui temos princípios que já estudamos anteriormente e são aplicados de maneira
integral às DPs.
A DP (Estadual e da União) também goza de autonomia administrativa e financeira e pode
propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos, a remuneração. Além disso
pode, por iniciativa própria, prover os cargos e realizar sua organização administrativa.
Ademais, a DP pode elaborar sua própria proposta orçamentária, observados os
parâmetros legais, em especial a Lei de Diretrizes Orçamentária.
Já com relação aos princípios institucionais, quais sejam, unidade, indivisibilidade e
independência funcional, aplica-se integralmente o que já estudamos com relação ao Ministério
Público.
ATENÇÃO: A Defensoria Pública do DF é mantida e organizada, ao contrário do MPDFT e
do Poder Judiciário do DF, pelo próprio Distrito Federal, desde a alteração realizada pela
EC 69/2012. Não caia em pegadinhas!

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