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Aplicação da eletroquímica na indústria.

Responsável por estudar as modificações que ocorrem entre material e meio, a


eletroquímica é aplicada em vários processos industriais tais como a produção de
sensores, cromagem de peças, produção de semi joias, produtos sanitizantes como
cloro e soda, na purificação de metais e até na produção de combustível como o
hidrogênio.
A eletroquímica divide-se basicamente em dois ramos opostos, o das pilhas e
baterias e a eletrólise ambos com vastos usos industriais. A pilha, também chamada
de célula eletroquímica, é um sistema onde ocorre a reação de oxirredução. Ela é
composta por dois eletrodos e um eletrólito, que em conjunto produzem energia
elétrica. Se conectarmos duas ou mais pilhas, forma-se uma bateria., é muito usada
em técnicas de proteção contra a corrosão de metais como por exemplo a proteção
catódica que é muito usada em oleodutos e cascos de navios, também está
presente, como o próprio nome diz, em pilhas e baterias de eletrônicos que usamos
constantemente, porém no caso de baterias recarregáveis há também um processo
de eletrólise.
A característica mais importante de uma pilha é que as reações para produzir
energia são espontâneas, ou seja, ocorrem sem a ação de um agente externo.
Podemos também fornecer energia na forma de corrente elétrica para um sistema
eletroquímico para forçar uma reação, a princípio não espontânea, a ocorrer. Nesse
caso temos um processo de eletrólise, que ao contrário do que ocorre numa pilha,
depende da adição de energia ao sistema para ocorrer. Podemos enxergar a
eletrólise como o inverso de uma pilha.
A eletrólise é um processo útil e presente no nosso dia a dia. A bateria de nossos
celulares, como dito antes, funciona como uma pilha, porém quando a recarregamos
estamos realizando uma eletrólise. Existem dois tipos mais comuns de eletrólise: a
eletrólise em soluções aquosas, onde os reagentes e produtos estão imersos em
água podendo ela participar da reação, e temos a eletrólise ígnea, onde corrente
elétrica atravessa um sólido fundido para produzir os produtos desejados. A
eletrolise em solução aquosa, apesar de ter um custo menor, possui uma grande
desvantagem em relação a eletrólise ígnea pois a água pode participar do processo
e assim a substancia final pode ser diferente da que se queria inicialmente, por
exemplo, não é possível realizar a eletrólise em solução aquosa do cloreto de sódio
para obter sódio metálico e cloro gasoso, isso porque o hidrogênio da água é
reduzido e o oxigênio da água é oxidado, logo os produtos dessa eletrólise serão
hidrogênio e oxigênio gasoso. Utilizando a eletrólise ígnea, o cloreto de sódio é
fundido e então a corrente que passa através do líquido ígneo produz gás cloro e
sódio metálico. Por outro lado a desvantagem do processo ígnea é o seu alto custo
energético envolvido não só com a corrente elétrica utilizada, mas também com o
calor necessário para fundir o material sólido.
A eletrólise ígnea é aplicada na indústria de cloro e soda cáustica, onde sais de
cloro fundidos são submetidos a eletrólise para produção de diversos produtos como
hidróxido de sódio, cloro, hipoclorito de sódio e hidrogênio. O alumínio metálico
também é produzido por eletrólise ígnea, nesse caso alumina pura (óxido de
alumínio Al2O3) num banho de criolita (Na3AlF6) fundida é utilizado na produção do
metal.
Como mencionado, a eletrolise também pode ser usada para a obtenção de
metais, mas não apenas isso, a eletroquímica encontra na metalurgia um vasto
campo de atuação como por exemplo a purificação de metais por meio do
eletrorrefino e a obtenção dos próprios pelo processo de eletrobtenção.
O eletrorrefino envolve a purificação de um metal obtido de algum processo
extrativo anterior. É tipicamente empregado para o cobre. Numa célula eletroquímica
o material a purificar é utilizado como ânodo enquanto um cátodo é usado para
depositar o metal puro. A diferença de potencial aplicada na célula faz, portanto, que
o metal em questão se dissolva no ânodo, juntamente com as impurezas que forem
menos nobres que ele. No cátodo controla-se o potencial de tal modo a permitir
somente a deposição do metal puro. Os metais menos nobres ficarão dissolvidos,
uma vez que o potencial do cátodo é controlado de modo a que fique em um valor
acima do potencial de equilíbrio dessas impurezas não permitindo sua redução. Se
por acaso o metal a purificar possuir também como impurezas elementos mais
nobres que ele, o correto controle do potencial do ânodo não permitirá a sua
dissolução. Esses elementos ficarão, portanto sob a forma metálica, caindo no fundo
da célula sob a forma de uma “lama anódica” de onde poderão posteriormente ser
retirados.
A eletrobtenção consiste nos mesmos processos anteriormente descritos para
obtenção de substancias que consiste na obtenção de um metal com ajuda de uma
célula eletroquímica, a partir do minério convenientemente concentrado. Também
pode usar tanto soluções aquosas como não aquosas.
Outros muitos processos eletroquímicos se utilizam no meio industrial. Um deles é
a pintura eletroforética em que as tintas são aplicadas em banhos onde as partículas
da tinta são carregadas eletricamente e migram em um campo elétrico em direção
ao cátodo se forem positivas ou em direção ao ânodo se forem negativas. Nesses
eletrodos estarão conectadas as peças que se quer pintar. Outros processos
importantes podem ser citados: 1. Obtenção de cloro a partir de soluções de cloretos
em que o cloro é liberado no ânodo: Cl- + e = ½ Cl2 Em geral, pode-se obter no
mesmo processo, soda pela concentração de Na+ e OH_ na região do cátodo onde
acontece a liberação de H2. 2. Eletrólise da água para obtenção de H2 e O2. 3.
Eletrodiálise para purificação de soluções, etc.
Referencias:
http://www.senaipr.org.br/conheca-as-aplicacoes-da-eletroquimica-2-31193-316124.shtml

https://www.infoescola.com/quimica/eletrolise-ignea/

http://www.ufrgs.br/lapec/wa_files/processos_20eletroqu_c3_admicos_20em_20metalurgia

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