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SOCIOLOGIA URBANA

ARQUITETURA E URBANISMO
1°SEMESTRE
ARTHUR LEMOS MUNIZ DE OLIVEIRA
R.A.2011514437

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SOCIOLOGIA URBANA

O Homem tem a necessidade de interação e comunicação desde os primórdios de sua


existência, logo, torna se verdadeira a frase de Aristóteles ‘’O Homem é um animal social’’ a
diferença dentre os outros animais é a capacidade Racional. Formamos então convenções
para estabelecer uma certa ordem entre nossas relações formando assim a sociedade.
A partir de então, temos a Sociedade como objeto a ser estudado e compreendido. Com isso
surge a primeira forma de explicação do Mundo que se dá através de mitos, fantasia, deuses
etc... essa forma limitada de visão de mundo, onde não se tem o embasamento cientifico
perde força quando surge a Filosofia Clássica Grega onde se produzia reflexões sobre a
Natureza, fins da sociedade e do início da democracia Grega.
Há a partir de então o surgimento de grandes filósofos gregos, como Platão com sua teoria
das formas (onde existiria o mundo das ‘ideias’) Aristóteles que entre muitas outras coisas
afirma a natureza humana como sendo uma natureza social onde a fala seria uma função
social. Por mais que tivessem um pensamento mais racional essa filosofia ainda tinha fortes
influencias religiosas, visto que, na época da idade antiga até final da idade média a igreja
tinha poder político e religioso. Depois de séculos na chamada ‘‘Idade das trevas’’ temos o
renascimento.
O Renascimento na idade moderna foi o marco para a sociologia, pois os grandes pensadores
da Europa começaram aos poucos a se aproximar a pensamentos sociológicos. temos nesse
momento a implantação de métodos científicos como o empirismo (Francis Bacon) e uma
forte preocupação em tratar fenômenos sociais em nível realista, nessa mesma época temos
John Locke como um dos idealizadores do contrato social e que defendia a liberdade e
tolerância religiosa entre outros. Com o iluminismo que veio através da revolução cientifica
onde os iluministas buscavam uma explicação da realidade baseada no modelo natural. Além
de estudar as instituições da época mostrando o quão injustas erram e o quão impediam a
liberdade humana, assim o Iluminismo cria palco pra revolução Industrial (1750) e
posteriormente Revolução Francesa (1789).
A revolução Industrial foi uma mudança na estrutura econômica, social e cientifica com a
invenção da máquina a vapor. E a revolução francesa é um movimento impulsionado pela
Burguesia com participação dos camponeses e das massas urbanas que viviam na miséria,
esse movimento marca uma mudança política. Essas duas revoluções marcam o início da
Idade contemporânea. A revolução industrial que acontecia na Inglaterra, traz consigo
mudanças na sociedade como um todo, as maquinas agora produzem mais em um tempo
menor arruinando os artesãos da época, camponeses sem terra para trabalhar voltam as
cidades e formam uma nova classe social o Proletariado. Basicamente a sociedades passa a
ser dividida em duas classes os burgueses e o proletariado. E assim a sociedade antes de
maioria rural passa agora a viver nas cidades próximas as industrias onde trabalhavam. Mas
com esse crescimento exponencial aparecem vários problemas de sociais, sanitários e
espaciais mesmo as cidades não estavam prontas para receber tantas pessoas.

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Nesse momento temos o desenvolvimento da Sociologia para estudar o comportamento social
dos grupos e interações humanas. Desse período advém três linhas mestras explicativas: a
positivista-Funcionalista, fundada por Auguste Comte e apoiada por Émile Durkheim onde o
conhecimento cientifico é o único conhecimento verdadeiro, onde a partir desse saber
podemos explicar coisas práticas como as leis da física, das relações sociais e da ética, essa
linha possui duas orientações a Cientifica que busca efetivar uma divisão a ciência, e a
psicológica que é teórica da sociologia na qual se investiga toda a natureza humana
verificável.
A Dialética de Karl Marx onde apoia se que uma ideia (tese) de ter uma antítese pra só assim
se tornar um conceito. foi com o seu pensamento que a sociologia despertou a vocação crítica
da sociedade
A Compreensiva de Max Weber onde sua grande preocupação era compreender o indivíduo e
suas ações. Foi aqui que a sociologia passou a ter uma reputação científica. baseia-se na ideia
de considerar a motivação dos indivíduos e grupos diante das ações sociais que praticam,
levando em conta a sociedade em que vivem. A realidade social, portanto, é o resultado das
formas de relação entre os sujeitos.
Deste contesto da sociedade e da sociologia após revolução industrial, aparece o primeiro
sociólogo urbano Georg Simmel que foi o fundador da teoria Formal, onde defende a
chamada Sociação, onde, a sociedade é produto da interação entre atores sociais (indivíduos).
Sua visão de sociedade é diferente dos demais sociólogos pois para Simmel uma sociedade
forma se a partir do momento em que os atores sociais criam relações de interdependência ou
estabelecem contatos e interações sociais de reciprocidade, sendo assim ele estabelece que os
limites da sociedade são transitórios. Dito isso ele estabeleceu as principais formas de
Sociação
Determinação quantitativa do Grupo, no qual relaciona os números de indivíduos com a
quantidade de interações sociais.
Dominação e subordinação onde destaca a obediência do grupo a um indivíduo, a dominação
do grupo ou dominação de regras impessoais.
Pobreza onde o indivíduo acha se na dependência de outros, evidenciando a necessidade de
assegurar o socorro social.
Individualidade onde todos tem a mesma dignidade formal, ou seja, são iguais, mas todos
possuem a necessidade de da singularidade, sua personalidade, o que os diferenciam dos
demais atores.
Conflito são partes da constituição da sociedade com a função positiva de superação das
divergências.
Nós podemos entender a trajetória da sociologia desde o começo incrustada na filosofia dos
clássicos gregos, percebendo a mudança brusca da sociedade com o passar do tempo, até o
começo da sociologia como Ciência, com métodos científicos e com uma visão mais
examinada das interações do indivíduo na criação da sociedade. Descobrindo várias formas
de interação e o não menos importante que essas relações que dão vida a sociedade.

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