Você está na página 1de 8

FSG – CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

ESTRADAS INTELIGENTES

por

Ismael Filipe De Nardi

Trabalho científico para o curso de


Engenharia Civil da FSG – Centro
Universitário da Serra Gaúcha, como
uma das avaliações na disciplina de
Construção Civil.

Caxias do Sul, 29 de novembro de 2018


Área de Tecnologia e Inovação – Experimentação

RESUMO

Estradas inteligentes, que vão desde recarregar carros elétricos, brilharem no escuro
até fornecer energia elétrica para uso doméstico serão, muito em breve, uma realidade,
pois com o aumento da população e por conseguinte a maior demanda energética, faz-
se necessário diversificar as formas de obtenção da mesma, o que inclui aproveitar
potenciais geradores que não eram considerados até poucos anos atrás, e aliando
essa demanda x oferta de maneira mais sustentável possível.

PALAVRAS-CHAVE: estrada, inteligente, solar, elétrico, sustentabilidade.

ABSTRACT

Smart Highways ranging from recharging electric cars, roads shining in the dark to
providing electricity for domestic use will soon be a reality, as with the increase of
population and therefore the greater energy demand, it becomes necessary to diversify
the forms which includes taking advantage of potential generators that were not
considered until a few years ago, and combining this demand and supply in a more
sustainable way.

KEYWORDS: highway, smart, solar, electric, sustainability.

2
Área de Tecnologia e Inovação – Experimentação

ÍNDICE

Deverá listar, a partir da página 1, todos os capítulos, subcapítulos e


apêndices do Trabalho. Exemplo:

Pág.

1.

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................
1
2

OBJETIVOS .....................................................................................................................
2
3 REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................ 3
4

METODOLOGIA ...............................................................................................................
7
4.1 Método
Axx .......................................................................................................................8
4.1 Método
Byy .....................................................................................................................10
5 ...............................................................
6 RESULTADOS E
DISCUSSÃO.......................................................................................12
7.

CONCLUSÕES ..............................................................................................................
14
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................................15

3
Área de Tecnologia e Inovação – Experimentação

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho disserta sobre estradas que, ao invés do asfalto comum, tenham
em sua banda de rodagem painéis fotovoltaicos, a fim de aproveitar a grande área de
exposição para converter energia solar em energia elétrica, podendo usar para iluminar
a estrada, recarregar carros elétricos e até gerar energia elétrica disponível para o
consumo da população. Tais estradas são chamadas de Estradas Inteligentes, ou
Smart Highways.

Para que isto aconteça existe muito trabalho e não é um trabalho fácil, envolve muito
estudo, projetos, pesquisas e discussões que adentram ao campo social, financeiro e
principalmente político, haja vista o tamanho da indústria da construção pesada e
geração de energia e a grande perda a médio e longo prazo que teriam com essas
estradas que necessitam de menos manutenção e que geram energia elétrica de
maneira sustentável, barateando o custo para o consumidor final.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Estudo visando a utilização de painéis solares fotovoltaicos (PV) em estradas, calçadas


e lugares que tenham tráfego, afim de utilizar essas grandes áreas de exposição ao sol
para gerarem energia elétrica através do efeito fotovoltaico. As células fotovoltaicas são
constituídas por um material semicondutor – o silício – ao qual são adicionadas
substâncias, ditas dopantes, de modo a criar um meio adequado ao estabelecimento
do efeito fotovoltaico, isto é, conversão direta da potência associada à radiação solar
em energia elétrica.
Quando as partículas da luz solar (fótons) colidem com os átomos desses materiais,
provocam o deslocamento dos elétrons, gerando uma corrente elétrica, usada para
carregar uma bateria.

A célula é o elemento mais pequeno do sistema fotovoltaico, produzindo tipicamente


potências eléctricas da ordem de 1,5 W (correspondentes a uma tensão de 0,5 V e
uma corrente de 3 A). Para obter potências maiores, as células são ligadas em série
e/ou em paralelo, formando módulos (tipicamente com potências da ordem de 50 a 100
W) e painéis fotovoltaicos (com potências superiores).

2.1. SEMICONDUTORES
4
Área de Tecnologia e Inovação – Experimentação

A condutividade elétrica dos materiais semicondutores não é tão elevada quanto a dos
metais, entretanto eles apresentam características elétricas especiais destinadas a
certos propósitos.
Os materiais semicondutores podem ser tratados quimicamente de diferentes maneiras
de forma a alterarem as suas características. A combinação de semicondutores com
diferentes tipos de dopagens faz emergir propriedades elétricas não observáveis
quando separados, propriedades muito úteis sobretudo no controlo de correntes
elétricas.

2.2. SILÍCIO

O silício é um elemento químico de símbolo Si de número atômico 14 (14 prótons e 14


elétrons) com massa atómica igual a 28 u. O silício é o segundo elemento mais
abundante da face da terra, perfazendo 25.7% do seu peso. O Si é uma molécula
tetravalente, ou seja, faz 4 ligações químicas.

Se um átomo de impureza com cinco elétrons de valência for adicionado a estrutura


constituída por átomos de silício, então somente quatro dos cinco elétrons de valência
dos átomos de impurezas podem participar no processo de ligação.

Fica então um elétron ao redor do átomo de impureza com fraca atração eletrostática.
Este elétron é facilmente removido do átomo de impureza tornando-se elétron livre ou
de condução.

2.3. JUNÇÃO P-N

Quando uma junção P-N é formada, ocorre uma difusão de elétrons do cristal tipo N ao
P e dos buracos (ou lacunas) do cristal tipo P ao N. Portanto, o material do tipo N que
era inicialmente neutro, começa a ficar com uma deficiência de elétrons e
consequentemente com carga positiva. O mesmo raciocínio vale para o lado P da
junção, que começa a ficar com carga negativa. Tal junção permite fluxo de elétrons,
ou corrente elétrica.

2.4. EFEITO FOTOVOLTAICO

A conversão da energia solar em energia elétrica é realizada através do efeito


fotovoltaico observado por Edmond Bequerel em 1839. Foi observada uma diferença
de potencial nas extremidades de uma estrutura semicondutora, quando incidia uma
luz sobre ela.

Materiais semicondutores (como o silício) têm a peculiaridade de apresentar um


comportamento diferente à eletricidade. O comportamento dos semicondutores
depende se uma fonte externa de energia os excita ou não. Esta fonte de energia seria
a radiação solar.

5
Área de Tecnologia e Inovação – Experimentação

O cristal de silício puro não possui elétrons livres e, portanto é mal condutor elétrico.
Para alterar isto acrescentam-se porcentagens de outros elementos. Este processo
denomina-se dopagem. A dopagem do silício com o fósforo obtém-se um material com
elétrons livres ou materiais com portadores de carga negativa (silício tipo N).

Realizando o mesmo processo, mas agora acrescentado Boro ao invés de Fósforo,


obtém-se um material com características inversas, ou seja, falta de elétrons ou
material com cargas positivas livres (silício tipo P). Fig.1.

Fig.1 – Célula fotovoltaica

Ao serem unidas, na região P-N, forma-se um campo elétrico devido aos elétrons livres
do silício tipo N que ocupam os vazios da estrutura do silício tipo P.

O efeito fotovoltaico começa no momento em que um fóton atinge um elétron da última


órbita de um átomo de silício. Este último elétron é chamado de elétron de valência e
recebe a energia com a qual o fóton viajou. O fóton não é outra coisa senão uma
partícula de luz radiante.
Os movimentos de elétrons liberados ou espaços que deixam para trás é o que é
chamado de cargas elétricas Fig. 2.

Fig.2 – Efeito fotovoltaico – cargas elétricas

6
Área de Tecnologia e Inovação – Experimentação

2.5. PAINEL FOTOVOLTAICO

Os painéis fotovoltaicos são geralmente confundidos com painéis solares, mas


funcionam de outra maneira. Ao contrário dos sistemas solares térmicos, que são
usados para produzir água quente, os painéis fotovoltaicos captam a energia do sol e a
convertem em eletricidade.

Painéis fotovoltaicos consistem em pequenas células solares que são conectadas


juntas. Células fotovoltaicas são feitas de material semicondutor, sendo o silício o mais
comumente usado Fig.3. Quando o sol brilha sobre as células, um campo elétrico é
criado. Quanto mais forte o sol, mais energia elétrica é produzida. No entanto, as
células não precisam de luz solar direta para funcionar e ainda podem produzir
eletricidade em um dia nublado.

Fig.3 – Painel fotovoltaico

3. ESTRADAS INTELIGENTES

O conceito de estradas inteligentes não é novo, em 2014, a Solar Roadways lançou um


vídeo que anunciava um sistema de geração de energia de painéis solares modulares
embutidos em uma superfície de estrada e que trazia a ousada ideia de substituir os
pisos de estacionamentos, calçadas, garagens, aeroportos e estradas por painéis
solares inteligentes.

Infelizmente a iniciativa não foi bem aceita por alguns setores, que classificaram o
empreendimento como uma ideia maluca e fadada ao fracasso.

Em 2017, o Departamento de transportes do Missouri, nos Estados Unidos, adotou um


projeto-piloto de estradas solares e a Federal Highway Administration concedeu US $
750.000 para desenvolvimento e teste.

7
Área de Tecnologia e Inovação – Experimentação

A empresa holandesa SolaRoad, que testou uma ciclovia solar em Amsterdã, também
está esperançosa. Em sua opinião, à medida que as tecnologias melhoram, os custos
diminuem e as estradas solares podem se pagar dentro de 15 anos.

A empresa francesa Colas está trabalhando em parceria com o Instituto Nacional de


Energia Solar para construir a Wattway, uma estrada solar de 600 milhas na
Normandia que deve gerar energia suficiente para iluminar uma cidade de 5.000 nos
próximos cinco anos. O sistema Wattway também está sendo testado no oeste rural da
Geórgia, nos Estados Unidos, como parte de uma pesquisa financiada por doações de
tecnologias renováveis.

Você também pode gostar