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Índice

1. Introdução ...................................................................................................................1

2. Objetivos .....................................................................................................................1

3. Tirístor ........................................................................................................................2

4. SCR (Silicon Controlled Rectifier) – Retificador controlado de Silício.........................4

5. DIAC (Díodo de Corrente Alternada) ..........................................................................6

6. TRIAC (Tríodo de Corrente Alternada) .......................................................................7

7. Aplicações do Tirístor .................................................................................................9

8. Foto transístor...........................................................................................................10

9. Aplicações do foto transístor.....................................................................................12

10. Conclusão..............................................................................................................13

11. Referencias Bibliográficas .....................................................................................14


Índice de Figuras

Figura 1: Estrutura simplificada do tirístor. ...........................................................................3

Figura 2: Simbologia e camadas de semicondutores. ..........................................................4

Figura 3: Símbolo e camadas de semicondutores. ...............................................................4

Figura 4: Caracteristica do SCR. ..........................................................................................6

Figura 5: Símbolo do DIAC. ..................................................................................................6

Figura 6: Curva característica do DIAC indicando a sua condução nos I e III quadrantes. ..7

Figura 7: Símbolo do TRIAC. ................................................................................................8

Figura 8: Estrutura do TRIAC. ..............................................................................................8

Figura 9: Curva característica do TRIAC indicando a sua condução nos I e III quadrantes. 9

Figura 10: Símbolo do foto transístor..................................................................................10

Figura 11: Estrutura do foto transístor. ...............................................................................11

Figura 12: Curva característica do foto transístor. ..............................................................12


1. Introdução

Os materiais semicondutores são elementos ativos que estão presentes desde as


situações mais simples como a produção de dispositivos eletrónicos, aos mais avançados
circuitos integrados e no desenvolvimento de sistemas eletrónicos industriais.

Nessa perspetiva o presente trabalho insere-se no capítulo dos semicondutores,


especificando:

O tirístor, que engloba uma família de dispositivos semicondutores que operam em


regime chaveado, tendo em comum uma estrutura de 4 camadas semicondutoras numa
sequência P-N-P-N, apresentando um funcionamento biestável e, o foto transístor é um
dispositivo de junção PN, semicondutor cuja região de operação é limitada pela região de
polarização reversa e caracteriza-se por ser sensível à luz.

2. Objetivos
O êxito de um trabalho de pesquisa depende da objetividade e clareza na definição
dos objetivos a alcançar. Para o presente trabalho pretende-se alcançar:

2.1. Objetivo geral


 Estudar o Tirístor e o Foto transístor

2.2. Objetivos específicos


Abordar sobre:
 Funcionamento e aplicações do Tirístor;
 Funcionamento e aplicações do foto transístor.

1 Tirístor e Foto transístor


3. Tirístor
É um dispositivo de quatro camadas e membro da família dos semicondutores que
tem dois estados estáveis de operação: um estado apresenta corrente aproximadamente
igual a zero e o outro tem uma corrente elevada, limitada apenas pela resistência externa.
Também é considerado uma chave unidirecional que substituí, com vantagens, por
exemplo, contactores e relés de grande capacidade.

3.1. Componentes do tirístor

O tirístor possui os seguintes componentes: quatro camadas semicondutoras,


alternadamente P-N-P-N, possuindo 3 terminais, que são: ânodo e cátodo, pelos quais flui
a corrente, e a porta (ou gate G) que a uma injeção de corrente faz com que se estabeleça
a corrente anódica.

3.2. Princípio de funcionamento

Se entre ânodo e cátodo tivermos uma tensão positiva, as junções J1 e J3 estarão


diretamente polarizadas, enquanto que a junção J2 estará inversamente polarizada, não

haverá condução de corrente até que a tensão Vak se eleve a um valor que provoque a

ruptura da barreira de potencial na juncão J2. Se houver uma tensão V gk positiva,

circulará uma corrente através da junção J 3, com portadores negativos indo do cátodo

para a porta G. Por construção, a camada P ligada à porta é suficientemente estreita para

que parte destes eletrões que cruzam a junção J 3 possuam energia cinética suficiente

para vencer a barreira de potencial existente na junção J2, sendo então atraídos pelo

ânodo.

2 Tirístor e Foto transístor


Figura 1: Estrutura simplificada do tirístor.

Desta forma, a junção inversamente polarizada tem sua (ddp) diferença de


potencial diminuída e estabelece-se uma corrente I entre ânodo e cátodo, que poderá

persistir mesmo na ausência da corrente de porta IG. Quando a tensão Vak for negativa, a

juncão J1 e J3 estarão inversamente polarizadas, enquanto que a juncão J2 estará

diretamente polarizada, porque a junção J3 é intermediária à regiões de alta dopagem, ela

não é capaz de bloquear tensões elevadas, de modo que cabe à junção J1 manter o

estado de bloqueio do componente.

Para que o tirístor deixe de conduzir é necessário que a corrente que flui por ele
caia abaixo do valor mínimo de manutenção (I H), permitindo que se restabeleça a barreira

de potencial na juncão J2. Para realizar a comutação do dispositivo não basta, pois, a

aplicação de uma tensão negativa entre ânodo e cátodo, tal tensão inversa apressa o
processo de bloqueio por deslocar nos sentidos adequados os portadores na estrutura
cristalina, mas não garante, sozinha, o bloqueio.

3 Tirístor e Foto transístor


Figura 2: Simbologia e camadas de semicondutores.

4. SCR (Silicon Controlled Rectifier) – Retificador controlado de


Silício

O SCR (tirístor) é um componente eletrônico semicondutor que trabalha de forma


semelhante a um díodo, ou seja, permite a passagem da corrente em um único sentido,
mas no início de sua condução é regulado por um eletrodo especial, que recebe o nome
de gate G (porta).

O SCR é formado por uma estrutura de 4 regiões semicondutoras PNPN. Se dividirmos


essa estrutura em duas partes, veremos que cada uma delas forma um transistor.

Figura 3: Símbolo e camadas de semicondutores.

4.1. Funcionamento

Aplicando-se uma tensão E [(+)] no ânodo e E[(-)] no cátodo veremos que o


transístor PNP e NPN não conduzem porque ainda não circula a corrente no circuito.
Aplicando agora um pulso positivo na porta (gate) em relação ao cátodo, (o pulso deve ter

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amplitude maior do que 0,7 V, pois entre a porta e o cátodo existe uma juncão PN
formando um díodo), fazendo circular corrente no circuito que fará o transístor NPN entrar
em condução.

Com isso haverá também uma corrente circulando e fará com que o transístor PNP
conduza, assim sendo, o pulso na porta (gate) não é mais necessário pois o transístor
PNP mantém o NPN conduzindo e vice-versa e, esse estado de condução permanecerá
indefinidamente e a única maneira de desligar o SCR é fazer a tensão entre o ânodo e
cátodo ser igual a zero.

4.2. Correntes IL e IH

Existem dois parâmetros associados à corrente de ânodo do SCR que merecem


consideração:

A primeira delas é IL (Latching Current), denominada Corrente de engatamento ou


tranca, como no seu funcionamento é disparado um SCR com pulsos no gate G,
necessitamos saber o tempo mínimo de duração destes pulsos (Time of Turn On – Tempo
de ligar On).

Pode-se zerar a corrente no gate G apenas quando a corrente anódica for maior ou
igual que IL (IA ≥ IL), a segunda corrente é IH (Holding Current), denomina-se Corrente de
Manutenção e esta corrente possui o menor valor que deve fluir no ânodo sem que o SCR
bloqueie.

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4.3. Curva característica

Figura 4: Caracteristica do SCR.

5. DIAC (Díodo de Corrente Alternada)

É um gatilho bidirecional, ou díodo que conduz corrente apenas após a tensão de


disparo ser atingida, e para de conduzir quando a corrente elétrica cai abaixo de um valor
característico, chamada corrente de corte.

Possui três camadas semicondutoras, como ocorre no transístor bipolar, porém se


diferencia do transístor devido ao facto de que as concentrações de dopagem em volta
das duas juncões devem ser iguais.

Figura 5: Símbolo do DIAC.

5.1. Funcionamento

O DIAC conduz quando a tensão em seus terminais excede o valor de Breakover


( ) em qualquer sentido, após o inicio da condução a tensão passa de um valor para
um valor inferior , que se mantem enquanto o DIAC conduz. Após conduzir, a única
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forma de leva-lo ao corte é por meio de uma redução de corrente, reduzindo-a abaixo de
um valor especificado.

O DIAC equivale a dois díodos zener ligados em oposição e em serie, onde é


aplicada a tensão ao DIAC, no sentido direto do díodo D1, a corrente será a pequena
corrente de fuga inversa do díodo D2 e, com o aumento da tensão haverá somente um
ligeiro aumento na corrente até que a tensão de ruptura do díodo D2 seja alcançada.

5.2. Curva característica

Figura 6: Curva característica do DIAC indicando a sua condução nos I e III quadrantes.

6. TRIAC (Tríodo de Corrente Alternada)

É um componente eletrónico equivalente a dois retificadores controlados de silício


(SCR) ligados em antiparalelo e com terminal de disparo (ou gatilho – gate) ligados juntos.
Este tipo de ligação resulta em uma chave eletrónica bidirecional que pode conduzir a
corrente nos dois sentidos, o TRIAC faz parte da família dos tirístores.

Contem nos três terminais dois de potência (A1 e A2) e um de controle (GATE), que pode
receber tanto pulsos positivos como pulsos negativos para o tirístor entrar em condução.

7 Tirístor e Foto transístor


Figura 7: Símbolo do TRIAC.

Figura 8: Estrutura do TRIAC.

Onde: MT2 - Terminal principal 2 (Main Terminal 2), MT1 - Terminal principal 1 (Main
Terminal 1) G - Gate ou porta.

6.1. Funcionamento

Quando o TRIAC recebe uma tensão na porta (G), permite a condução de corrente
alternada entre A2 e o A1, o seu disparo pode ser feito tanto com pulso positivo quanto
negativo.

O disparo do TRIAC independe do quadrante de operação I ou III, ele pode ser


disparado por pulsos positivos ou negativos no seu gatilho de controle, até que seja
aplicado um sinal no gate G, o TRIAC permanece em estado de bloqueio desde que a

8 Tirístor e Foto transístor


tensão entre seus terminais de potência não ultrapasse a tensão de disparo discreto VBO
(Tensão Break Over).

Quando a tensão VBO é ultrapassada o TRIAC entra em condução sendo a


corrente através dele limitada somente pela impedância do circuito e realizando-se a
variação da corrente do gate G pode-se variar a tensão VBO, isto é, a tensão de disparo
do TRIAC e desta maneira pode-se regular a sua condução.

6.2. Curva característica

Figura 9: Curva característica do TRIAC indicando a sua condução nos I e III quadrantes.

7. Aplicações do Tirístor

7.1. SCR (Silicon Controlled Rectifier) – Retificador controlado de Silício

 Controles e proteção de reles e motores;


 Fontes de tensão reguladas;
 Choppers (variadores de tensão CC);
 Inversores CC-CA;
 Carregadores de bateria;
 Controle de iluminação de aquecedores e controle de fase;
 Na conversão e controle de grande quantidade de potência em sistema CC e CA,
utilizando apenas uma pequena potência para o controle, isso deve-se a sua ação
de chaveamento rápido;

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 Inversores de CC-CA e ciclo - conversores (variadores de frequência).

7.2. DIAC (Díodo de Corrente Alternada)

 Usados em circuitos de disparo dos TRIAC.

7.3. TRIAC (Tríodo de Corrente Alternada)

 Revisão – relé eletromecânico;


 Relé de estado sólido;
 Controle de iluminação;
 O TRIAC assim como o SCR são eficientes controladores de potência no
acionamento de cargas resistivas como lâmpadas incandescentes, resistências de
fornos, ebulidores e outras, como também em cargas indutivas como motores
universais, de indução, sistemas de proteção, alarmes, etc.

8. Foto transístor

É um transístor bipolar encapado em uma capa transparente que permite que luz
possa atingir a base coletora da junção, ele equivale a uma combinação de dois díodos de
junção, porém, associado ao efeito transístor aparece o efeito fotoelétrico. Em geral,
possui apenas dois terminais acessíveis, o coletor e o emissor, sendo a base incluída
apenas para eventual polarização ou controle elétrico (para efeitos de regulação).

Figura 10: Símbolo do foto transístor.

10 Tirístor e Foto transístor


Figura 11: Estrutura do foto transístor.

8.1. Funcionamento

Como nas outras células fotocondutivas, a incidência de luz (fotões) provoca o


surgimento de lacunas na vizinhança da junção BC (Base-Coletor), esta tensão conduzirá
as lacunas para o emissor, enquanto os eletrões passam do emissor para a base. Isso

provocará um aumento da corrente de base IB, o que por consequência implicará numa

variação da corrente de coletor IC beta vezes maior (lembrando que, para IB sendo a

corrente da base e IC a corrente do coletor, temos a relação):

Onde: é o ganho do transistor (fornecido pelo fabricante), sendo essa variação


proporcional à intensidade da luz incidente, como a base está normalmente desconectada,
a corrente que circula por ela dependerá apenas do fluxo luminoso incidente. Assim, na

ausência de luz, a corrente de base IB será zero e o foto transístor estará cortado,

resultando na tensão do coletor igual à tensão de polarização VCC.

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Figura 12: Curva característica do foto transístor.

9. Aplicações do foto transístor

 Interruptor (enquanto não á luz incidindo no foto transístor, não haverá uma
corrente no emissor, e a tensão de saída será zero, estando ele em corte);
 Acoplador óptico (estes componentes são capazes de isolar com total segurança
dois circuitos eletrônicos, mantendo uma comunicação ou controle entre ambos, o
isolamento é garantido porque não há contato elétrico, somente um sinal luminoso);
 Acopladores ópticos possuem diversas vantagens sobre outros tipos de
acopladores: alta velocidade de comutação, nenhuma parte mecânica, baixo
consumo e isolamento total;
 (Interruptor ON-OFF) quando o LED está aceso, o foto transístor responde
entrando em condução, com o LED apagado o foto transístor entra em corte.
Sabendo que podemos alterar a luminosidade do LED, obtemos assim diferentes
níveis na saída e podemos também controlar o foto transístor através de sua base,
como se fosse um transístor normal.

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10. Conclusão

Com o término do trabalho subordinado ao tema, Tirístores e Foto transístor, concluiu-


se que:

 O funcionamento do tirístor depende da aplicação de uma polarização (tensão) em


seus terminais, porém só iniciará a condução de corrente quando a tensão entre o
ânodo e o cátodo atingir um valor capaz de vencer a barreira de potencial e deixará
de conduzir quando a corrente que por ele flui cair abaixo do valor mínimo de
manutenção (IH), permitindo que se restabeleça a barreira de potencial na juncão e,
ele possui diversas aplicações por permitir por meio da adequada ativação do
terminal de controle, o chaveamento do estado de bloqueio para estado de
condução;
 O funcionamento do foto transístor depende da incidência de luz (polarização), a
tensão gerada movimenta as lacunas da juncão BC (Base-Coletor) até o emissor e
os eletrões partem do emissor para a base e quando não há incidência de luz sobre
o foto transístor a corrente na base será igual a zero e, ele possui diversas
aplicações como interruptores em circuitos eletrónicos.

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11. Referencias Bibliográficas

[1] MALVINO, P. Albert. Eletrónica, Volume 1. 4ª Edição. São Paulo, Brasil. 467 Paginas.

[2] Parallel and Serie Connection of GTOs in Traction Applications

[3] Detemmerman, B. I European Conference on Power Electronics and Applications,


1985.

11.1. Sítios acedidos:

[1]
https://www.google.com/search?client=opera&hs=y84&ei=NxHUXK66NYqc1fAPh5KAiAQ
&q=tiristor+funcionamento&oq=tiristor+funcionamento&gs_l=psy-
ab.3..0i203j0i22i30l3j0i22i10i30l2j0i22i30l3.178967.182808..183070...0.0..2.778.7316.1j3-
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17.45 horas).

[2]
https://www.google.com/search?client=opera&hs=YRk&ei=tBDUXMmHCYiflwSTm7iwAQ&
q=tiristor+&oq=tiristor+&gs_l=psy-
ab.3..35i39j0i20i263j0j0i20i263j0l3j0i10l3.10824.10824..11649...0.0..0.286.286.2-
1......0....1..gws-wiz.yYIZjU6haas. (09.05.19 – 13.39 horas).

14 Tirístor e Foto transístor

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