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terça, 3 ago 2021, 15:36


Site: AVA - FACULDADE UNIDA
Curso: Introdução à Bíblia (Int.Bib.TEO-2021.2)
Glossário: Glossário
A
Aparato crítico*
Parte da edição crítica que contém a história do texto, anotações críticas de outras versões. No aparato são ainda registadas todas
as variantes, ainda que se trate de lições singulares. Relativamente às variantes de forma (gráfica e morfológica), é aconselhável
agrupá-las num apêndice ou, pelo menos, descrevê-las no prefácio. O aparato é colocado na parte inferior da página e não nas
margens laterais, como faziam os copistas medievais às suas notas. Pode ser um aparato crítico positivo ou um aparato crítico
negativo. Embora o primeiro seja mais claro e completo, o segundo é o mais usado por razões de economia. No aparato, as variantes
são acompanhadas da sigla do manuscrito de que fazem parte e aparecem sempre pela mesma ordem (com indicação de versos, se
for poesia, numeração por períodos, se for prosa). Deve também fazer parte do aparato uma descrição paleográfica de todas as
lições e não apenas das rejeitadas. Em caso de interesse, podem registar-se no aparato as conjecturas de editores precedentes ou as
lições divergentes adotadas noutras edições críticas. 

C
Cristológicos*
O termo que se refere a Cristo. O olhar cristológico seria o intermédio da teologia cristão para análise do mundo ou dos textos do AT.

Crítica Textual*
Ciência que trabalha com os manuscritos bíblicos. A Crítica Textual e parte das ciências Bíblicas que procura, comparando as fontes,
chegar as textos mais originais.

D
Diacrônico*
O conceito de diacrônico está relacionado à ideia de diacronia que, por sua vez, transmite a ideia de evento ou o conjunto de
fenômenos sociais, culturais, etc., que ocorrem e se desenvolvem através do tempo. A palavra tem origem composta, do vocábulo
grego diá+khrónos+ia, como fr diachronie.

E
Epigrafia*
É uma ciência auxiliar da história, na qual se estudam as inscrições antigas, ou "epígrafes", gravadas em matérias sólidas (tais como
a madeira, rocha, ossos, metal), visando obter a decifração, interpretação e classificação das inscrições. Embora também estude os
estilos epigráficos usados nas moedas e similares.
Escola de Tartú-Moscou*
Iuri Lótman foi um semioticista e historiador cultural soviético, da Estônia, que construiu sua carreia na Universidade de Tártu. Ele é
fundador da Escola de Tártu-Moscou de semiótica da cultura. Inserida no mundo das pesquisas soviéticas da década de 1960 em
diante, a Escola de Tártu recebeu influências do Círculo Linguístico de Moscou, OPOIAZ — Associação para o Estudo da Linguagem
Poética da Cibernética e Teoria da Comunicação e Informação. Na verdade, trata-se de uma escola semiótica que se configurou na
relação de dois centros científicos: Tártu, na Estônia, e Moscou. Aquele representado por pesquisadores importantes como Lótman,
B. Egórov, Z. Mints, I. Terchernov; este formado por pesquisadores proeminentes como V. Toporov, B. Uspiénski e outros.  Para Peeter
Torop, o conceito “escola” aplicado à escola semiótica de Tártu precisa ser dissecado, porque além das coletâneas esporádicas de
teses e artigos, foram publicados 25 volumes na principal série científica que a representa (TSS — Trabalhos Sobre Sistemas e
Signos)[1]. Os autores desses textos, que nos anos de 1960 estavam espalhados pela União Soviética, eram de diferentes lugares,
idades, convicções e formavam uma comunidade científica que tinha Lótman como eixo unificador. Assim, primeiramente essa seria
uma escola enquanto uma corrente científica. Como corrente científica pode ser chamada de Escola de Tártu e Moscou — ou melhor,
Tártu, Leningrado e Moscou: A Escola de Tártu também pode ser percebida como teoria. Como é comum a um grupo de
pesquisadores tão diversificado, Tártu não possui uma doutrina metodológica única, mas muitas personalidades e perspectivas.
Assim, ficaria difícil pensar uma metalinguagem que determinasse a gramática dos conceitos da Escola. Em suma, a Escola de Tártu-
Moscou se constituiu nos anos de 1960 na Universidade de Tártu, Estônia, como espaço de discussão entre pesquisadores ávidos
por compreender o papel da linguagem na cultura. Estava em jogo o diálogo da semiótica com as ciências da cultura. O que definiu,
desde o começo, o caminho diferente da abordagem da semiótica da cultura das demais ciências foi o questionamento das noções
de totalidade e de impregnação mútua. No lugar de totalidade colocou-se o de “traço”. Por essa razão, cultura e linguagem estão na
agenda da semiótica da cultura. Conceitos tais como semiosfera, sistemas modalizantes, texto, cultura, fronteiras, etc. foram se
estruturando nos encontros de pesquisadores da cultura de vários lugares da União Soviética

[1] TOROP, Peeter. A Escola de Tártu como escola. In: MACHADO, Irene. Escola de semiótica: a experiência de Tártu-Moscou para o
estudo da cultura. São Paulo: Ateliê Editorial; FAPESP, 2003, p. 69.

M
Manuscritologia*
Área científica que tem como objeto o manuscrito moderno autógrafo enquanto tal com marcas manuscritas ou não, que integram o
processo genético da escrita, rasura, reescrita ao longo da produção de um dado texto.

P
Paleografia*
Disciplina que estuda a história e a tipologia dos sistemas gráficos das escrita antigas, nomeadamente os aspectos que têm a ver
com a decifração; embora se aplique aos textos antigos, com o desenvolvimento dos estudos na área da crítica textual moderna e
genética o seu âmbito alargou-se aos manuscritos modernos e contemporâneos. 

Prescrutadas*
É uma flexão de prescrutar: apurar, averiguar, investigar, vasculhar com o olhar.

S
Semiótica da Cultura*
A Semiótica da Cultura (SC) é um referencial teórico desenvolvido por um grupo de pesquisadores da antiga União Soviética,
chamado Escola de Tártu-Moscou/ETM. Essa corrente abrange um legado de discussões, que se dobra sobre aspectos sociais,
filosóficos, tecnológicos que, de alguma forma, têm influência sobre a produção sígnica de determinada cultura e dão conta dos
processos de significação e de comunicação de um grupo social.

Sincrônico*
O conceito de sincrônico está relacionado à ideia de sincronia que, por sua vez, transmite a ideia de dois ou mais eventos que
ocorrem simultaneamente; coexistência, concomitância e simultaneidade. A palavra tem origem composta, do vocábulo grego
syn+khrónos+ia, como fr synchronie.

T
Texto Massorético*
A designação “Texto Massorético” (lat. Textus Masoreticus) é uma expressão criada e utilizada pelo mundo acadêmico. Tal
denominação refere-se a um grupo de manuscritos hebraicos da Bíblia, datados desde os primeiros séculos da Idade Média, sendo
que todos apresentam notáveis semelhanças entre si. Esses documentos possuem um padrão elevado de uniformidade textual
devido ao trabalho consistente e meticuloso dos escribas judeus do período medieval, conhecidos como massoretas, que elaboraram
um rígido sistema de preservação e de transmissão do texto da Bíblia Hebraica, sem corrupções e alterações significativas. Todas as
edições impressas da Bíblia Hebraica, como também as traduções modernas, são baseadas no Texto Massorético. Sua estrutura
consonantal remonta ao período do Segundo Templo (c. 520 a.C.-70 d.C.) e, desde 100, aproximadamente, todas as comunidades
judaicas adotaram-no como a forma textual definitiva e oficial das Sagradas Escrituras hebraicas. O texto bíblico hebraico, tanto de
judeus como de cristãos, baseia-se no Texto Massorético estabelecido desde muitos séculos pelos escribas judeus na época antiga
e, mais tarde, pelos massoretas durante o período medieval.

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