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2º ano e 3º ano - Ensino Médio

Problema e Ação - CHS

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

Desigualdades Relações sociais Políticas Públicas Projeto Utopia

1º Bimestre - Desigualdades
O componente curricular Problema e Ação possui um perfil voltado para teoria e
prática dos processos investigativos no qual levantamento de informações, dados e
problemas subsidiarão discussões que se desdobrarão em uma prática em cada bimestre.
Neste 1° bimestre, alguns dos indicadores urbanos que impactam diretamente o dia a dia e o
viver nas cidades deverão ser mobilizados, investigados e compreendidos pelos estudantes.
Importante: apesar de os subtemas e as práticas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se constituir muito amplos e/ou em quantidade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se justifica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações distintas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação científica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temáticas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento científico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

1º Bimestre - Problema e Ação


Desigualdades
Sugestão de subtemas:
➢ Indicadores urbanos
➢ Violência urbana
➢ Serviços básicos e essenciais: água, saneamento, transporte, lixo (internet)
➢ Fluxos migratórios
➢ Habitação precária

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2º ano e 3º ano - Ensino Médio

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Investigação Científica
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG08 - Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Investigação Científica
EMIFCHS01- Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.

EMIFCHS03- Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de
citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de
diferentes mídias.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS07- Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Explorar indicadores sociais a respeito de cada um dos subtemas descritos, como violência urbana,
acesso a serviços básicos (água, saneamento, transporte, etc) trabalho análogo à escravidão, fluxos
migratórios e habitação precária. Tais indicadores fomentarão o aprofundamento em cada um
desses subtemas a serem trabalhados em sala de aula. Os estudantes podem ser divididos em
grupos e efetuar pesquisas que contenham tabelas e gráficos que evidenciem os problemas de
ordem local, regional ou nacional. É importante que os professores se atentem à interpretação dos
dados colhidos pelos estudantes, dando a dimensão mais apropriada para a realidade ali
representada. Orientamos separar de duas a três aulas para os estudantes acessarem os sites,
vislumbrarem as informações ali disponíveis e fazerem a curadoria que acharem mais pertinente
(Caso a escola possua laboratório de informática com acesso a computadores, as aulas para busca
de dados em sites como IBGE, FGV, IPEA e outros podem ser usadas para orientação quanto às
buscas nesses sites).

2. Motivar que os estudantes pesquisem e discutam a partir de algumas perguntas motivadoras:


Quais são os tipos de violência urbana? Suicídio e automutilação se configuram como violência
urbana? Violência doméstica é uma violência urbana? Qual a dimensão de homicídios e crimes
afins em nível federal, regional e local? A sensação de insegurança é real ou potencializada pela
mídia? Quais as causas e consequências de alguns dos tipos de violência urbana pesquisados?

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2º ano e 3º ano - Ensino Médio

Existe bibliografia e estudos que apontem soluções? Quais seriam? O professor poderá, junto com
os estudantes, definir a melhor forma de apresentar tais pesquisas, que seja através de grupos que
façam uma breve exposição e/ou debates e rodas de conversa em que tais perguntas sejam
desenvolvidas discursivamente.

3. A construção de uma cidade cada vez mais sustentável perpassa pelo acesso a serviços básicos e
fundamentais à população. O acesso a serviços pode ser estudado e aprofundado por meio de
uma perspectiva analítica que considere como esse acesso está distribuído na população. Algumas
perguntas norteadoras poderão abrir espaço para discussão e argumentação entre alunos e
professores e alunos/alunos. Por exemplo: Internet é um serviço básico e essencial às pessoas?
Serviços básicos devem ser gratuitos? Se serviços básicos não forem gratuitos, como devem ser
financiados? Qual a importância para que cada cidadão tenha possibilidade de usufruir de água,
saneamento, iluminação, transporte e outros? Quais as possíveis consequências àquelas que não
possuem ou têm dificuldade de acesso a tais serviços? Quais as possíveis soluções para esse e
outros problemas gerados a partir dele?

4. Compreender as dinâmicas do fluxo migratório e seus impactos na organização social, econômica e


política de uma cidade e/ou região. Este subtema se conecta com os demais subtemas acima
descritos, como violência urbana, trabalho análogo à escravidão e disponibilização e acesso a
serviços básicos à população residente. Concomitantemente, a migração possui relações de causa
e efeito com o subtema seguinte, habitação precária: Quais são os motivos principais associados à
migração de pessoas? Há políticas que controlam a migração de pessoas? O que produção e
economia tem a ver com isso? São algumas das perguntas norteadoras para serem discutidas em
sala de aula. A exibição do filme “Era o Hotel Cambridge” (2016), de Eliane Caffé e a série “Ser
Brasil - migrantes e refugiados”, que está dividida em pequenos episódios curtos (cerca de 3 min
cada), podem compor um material importante para compreender não apenas as temáticas
envolvidas com migrações, mas aproximar o olhar dos estudantes com alguns personagens reais e
suas histórias, tornando o estudo mais real, empático e humano (o 1º vídeo de “Ser Brasil” está
disponível em:
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/proteja/videos/serie-ser-brasil-migrant
es-e-refugiados-1o-video ).

5. Dados recentes do IBGE a partir da publicação Síntese de Indicadores Sociais - Uma análise das
condições de vida da população brasileira (disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101760.pdf) afirma que 1 em cada 5 pessoas
vivem em condições precárias no Brasil. Recentemente, o mundo chegou aos 8 bilhões de pessoas,
dados mostram que 1 bilhão de pessoas vivem em habitações precárias
(https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/11/no-mundo-de-8-bilhoes-de-habitantes-1-bilhao-
vive-em-favelas-e-moradias-precarias.shtml). O que significa situação precária de moradia? Por
que a questão da moradia é importante para uma cidade sustentável? Apenas moradias precárias
impactam na sustentabilidade? A precariedade das moradias impactam apenas o meio ambiente
ou a organização social de determinada região? São algumas das perguntas norteadoras para a
construção do aprofundamento, seja ele através de discussões em sala com apresentações de
dados, como para as pesquisas que poderão ser realizadas em conexão com com os dados dos
demais indicadores sociais como consta na 1º proposição de estratégia de ensino aprendizagem
deste bimestre.

6. Ao tratar sobre desigualdades, é possível construir uma mostra fotográfica virtual que aborde o
tema a partir da visão do estudante. Os estudantes produzirão uma série fotográfica que

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evidenciem algumas das desigualdades discutidas e, no momento da apresentação, comentarão


sobre suas escolhas fotográficas, relacionando suas fotografias com o que estudaram no bimestre.

Propostas de Avaliação

A avaliação no Itinerário Formativo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento


da metacognição, acentuando sua natureza processual e formativa. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do Itinerário Formativo não significa que estes não devam ser avaliados.
Deve-se garantir preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à
apropriação de habilidade’.
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.
Avaliar a participação dos estudantes no processo de aprofundamento, análise de dados, produção
e participação. Se o bimestre terminar com a construção da mostra fotográfica, sugerimos um peso maior
na avaliação desta construção, podendo avaliar o envolvimento e aprendizagem tanto no processo de
criação da mostra quanto na sua apresentação.
Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu compreender os temas trabalhados ao longo do bimestre?
➢ Compreendeu que ao idear uma mostra fotográfica você está fazendo um recorte de vários temas
pensado e optando por problematizar um deles? Encontrou dificuldade nessa etapa ou em outro
momento dessa proposta?
➢ Como você avalia a sua participação e interesse?

2º Bimestre - Relações sociais

No 2° bimestre de Problema e Ação, procura-se pensar a cidade sob o aspecto do


acesso aos espaços e serviços, as desigualdades que se configuram no trânsito de pessoas e
grupos inteiros. A noção de diferença, pluralidade e marcadores sociais se faz de grande
importância neste momento. Parte-se do pressuposto que uma cidade sustentável inclui,
não exclui.
Importante: apesar de os subtemas e as práticas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se constituir muito amplos e/ou em quantidade maior do que

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2º ano e 3º ano - Ensino Médio

é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se justifica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações distintas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação científica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temáticas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento científico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

2º Bimestre - Problema e Ação


Relações sociais
Sugestão de subtemas:
➢ Espaços de convivência
➢ Jovens e a cidade
➢ Minorias e a cidade
➢ Justiça social e
➢ Inclusão e acessibilidade
➢ Serviços de saúde
➢ Saúde mental
➢ Filosofia sobre as cidades
➢ Ética nas relações cotidianas
➢ Filosofia da diferença

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Investigação Científica
EMIFCG01 - Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
EMIFCG03 - Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar
ou propor soluções para problemas diversos.
Processos Criativos
EMIFCG05 - Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG08 - Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Investigação Científica
EMIFCHS03 - Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar

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2º ano e 3º ano - Ensino Médio

as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS07 - Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.
EMIFCHS08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Quais são os espaços frequentados pelos jovens? O que chama atenção nesses espaços? Quais as
características destes lugares? O quão importantes são para a construção das identidades juvenis e
por quê? Essas e outras perguntas podem orientar uma breve levantamento dentro da sala de aula,
considerando marcadores sociais como sexo, idade, etc. O objetivo é procurar traçar um olhar para
além do espaço escolar: partindo do pressuposto que somos seres sociais, e construídos a partir das
relações que mantemos durante a vida, entender como outros espaços - que não a escola - nos
influenciam. Essas questões devem ser tratadas e trabalhadas em sala junto aos estudantes para que
possam expor suas experiências e possam repensar sobre a importância social na consolidação de
seus valores pessoais.

2. Demonstrar o conceito de minorias (reforçando quais são e que não necessariamente coincidem com
conceito numérico). Imaginando uma cidade sustentável e acolhedora, em que seus espaços de
convivência e trânsito deveriam ser comuns e seguros a todos: como podemos analisar a nossa
cidade/região hoje em dia? Ela é segura para mulheres? O racismo estrutural influencia o acesso e
o trânsito das pessoas não brancas? Os aparelhos públicos são de acesso à população mais
empobrecida? Em que locais ficam os espaços de leitura e lazer (bibliotecas, parques, museus,
teatros…) e como isso influencia o acesso por parte de estratos populacionais de classes distintas?
E o acesso a hospitais públicos e demais espaços envolvidos com a saúde da população? Propomos
a construção de um mapa em sala de aula no qual estes e outros pontos geográficos importantes
(parques, espaços de convívio e cultura,etc) sejam registrados espacialmente e, a partir deles,
identificar como seria o fluxo das pessoas considerando tempo e valor de deslocamento, levando em
consideração marcadores sociais. O objetivo da construção do mapa é oferecer uma construção
visual sobre como uma mesma região pode oferecer facilidades e dificuldades de acesso a depender
das diferentes características presentes na população (por exemplo: quanto tempo e quanto custa o
deslocamento de quem mora em região mais empobrecida para acessar determinados pontos
geográficos que propiciam cultura, lazer, saúde, em comparação com quem possui condição social
mais privilegiada e condições de morar em regiões mais centrais) .

3. Para trabalhar justiça social e inclusão, alguns índices podem ser aprofundados neste momento,
como o GINI e o IDH. Além de recordar/reforçar o que esses indicadores buscam representar
numericamente (já explorados na FGB), o importante aqui é que eles sejam efetivamente
aprofundados em sala de aula a partir de análises mais pormenorizadas, incluindo dados nacionais,
estadual (MG) e do município/região em que a escola está situada. Propomos trabalhar com esses
índices através de uma perspectiva espacial. Para isso, sugerimos a exibição do vídeo BH Vista de
cima, com aproximadamente dois minutos e apresenta de forma muito visual algumas discrepâncias

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gritantes entre bairros de uma mesma cidade. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=F161PwDa--U). Além do vídeo, sugerimos trabalhar marcadores
sociais e espacialidade através de informações visuais como a dos três links abaixo que trazem mapas
e tabelas sobre a frequência dos estudantes na USP (Universidade de São Paulo) e o número de leitos
(UTI) em Minas Gerais. A partir dos dados, discutir possíveis respostas para o por quê isso acontece e
quais soluções ou como reagir a fatos assim. Os links são:
a. Gênero:
https://desigualdadesespaciais.wordpress.com/2016/02/18/distribuicao-por-genero-nos-c
ursos-da-usp/
b. Raça:
https://desigualdadesespaciais.wordpress.com/2015/12/09/onde-estao-os-negros-na-usp
/
c. Saúde (além de MG, há mapas separados por microrregiões mineiras):
https://www2.ifmg.edu.br/santaluzia/noticias/estudo-desenvolvido-pelo-ifmg-revela-que-
90-das-cidades-mineiras-nao-tem-leitos-de-uti

4. Propõe-se discutir o que é entendido como Saúde Mental. Saúde Mental é a ausência de qualquer
doenças ou enfermidades? Como o bem-estar físico, mental e social se configuram como essenciais para a
manutenção da saúde mental das pessoas? O que seria uma cidade acolhedora? O objetivo deste subtema
perpassa por compreender como as circunstâncias socioeconômicas e o meio ambiente em que o indivíduo
vive impactam no seu bem-estar como um todo. Para este momento, orienta-se trabalhar com a expressão
escrita: peça aos estudantes escreverem duas situações pelo qual passaram, uma boa e outra ruim, e como
lidam com aquelas situações (Importante: a situação não precisa ser descrita/narrada/contada, apenas
quais as sensações/sentimentos envolvidos e como lidou com elas e, se o professor julgar adequado, escrita
de forma anônima). Abaixo, algumas possibilidades de abordagens teóricas e, em ambas, sugere-se um
retorno em forma de escrita pessoal:
1. Ansiedade e depressão são cada vez mais comuns nas vidas dos jovens e, neste sentido,
investigar como as novas relações sociais (redes sociais, relações de trabalho, condições e
possibilidades - presente e futuro) afetam a juventude e como lidam com isso. Quanto
tempo você passa nas redes sociais? O que você prevê para seu futuro? Onde estará e o
que estará fazendo? Como tem lidado com as incertezas diante das possibilidades que
estão à sua frente? Qual caminho seguir?
2. Por se tratar de um aprofundamento, abordagens como a pós-modernidade (vários
autores), sociedade líquida (Bauman), Foucault (Vigiar e punir, A ordem do discurso) e
outros podem ser pontuados (mesmo que de maneira mais simplificada) para oferecer
uma perspectiva teórica sobre o mundo atual e suas idiossincrasias a partir de um
questionamento filosófico: Qual mundo estamos construindo? Para onde estamos indo
enquanto coletivo?

5. Após as escritas, o professor pode propor uma roda de conversa trazendo os pontos mais sensíveis ou
mais comentados para que cada estudante dê outras perspectivas sobre o que ficou mais evidente entre
aquilo que os afeta mais individualmente. Não se trata, obviamente, de um debate comum, pois estarão
sendo tratados pontos sensíveis relatados pelos estudantes. Assim, o professor deve avaliar a forma mais
respeitosa e a condução mais apropriada para uma conversa que, apesar de franca, seja confortável.

6. O que são relações éticas? As minhas ações são baseadas na ética, na moralidade social ou são
egoístas? São algumas perguntas norteadoras para a organização deste subtema. Após conceituar a
diferença entre ética e moral, propomos uma dinâmica em sala de aula: solicitar aos alunos apontarem dois
comportamentos que acreditam mais representativos de ações éticas entre a lista abaixo (outras podem ser
incluídas):

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a. Respeito ao próximo
b. Ser educado
c. Conduta moral
d. Bom caráter
e. Honestidade
f. Agir de maneira correta
g. Bom comportamento na forma de falar ou agir
h. Uma pessoa correta
Diante das respostas, propor perguntas sobre o cotidiano: Colar na prova é antiético? Sentar em
assento preferencial quando se está cansado é ético? Comprar uma roupa que você acha cara e
perceber que o troco devolvido foi a mais e não devolver, é ético? Pedir para uma pessoa com
direito a fila preferencial fazer as coisas no seu lugar é ético? Consumir produtos que
sabidamente envolvem trabalho análogo à escravidão em outro país é ético? Os alunos
podem ser estimulados a refletirem sobre as ações mais cotidianas presente em seu dia a dia
frente aos comportamentos mais representativos indicados na dinâmica inicial.

7. Após as respostas às perguntas acima, propomos outras perguntas: Vocês concordam que ética tem a
ver com respeito ao próximo? Quais são os meus referenciais éticos? Quais são os referenciais éticos
dos outros? Quem me influencia a adotar esses referenciais éticos? Como ponto de culminância deste
tema, a produção de um texto (modelo ENEM ou menor, com cerca de 8 a 10 linhas, sempre a critério do
professor) com o título: “Caminhos para a construção de uma sociedade ética''. Também sugerimos um
material de apoio (incluindo outras atividades como esta) oferecido pelo projeto Ética para Jovens,
disponível neste link: https://www.eticaparajovens.com.br/home-atividades/

8. Identificar o que vem a ser “diferença” (vivências e experiências) e como a vida em uma sociedade cada
vez mais globalizada e plural nos exige lidar com diferenças que antes não estávamos acostumados. Lidar
com culturas distintas, pessoas com outras visões de mundo, outras soluções, outras formas de se organizar
e viver a vida faz parte do mundo atual. Sugerimos o vídeo “Filosofia da diferença”, com Franklin Leopoldo e
Silva (https://www.youtube.com/watch?v=6Her0PEsMao) para uma abordagem que caminha mais para a
compreensão do conceito filosófico sobre o tema. Após a abordagem conceitual, propomos a análise
(escrita ou oral, estimulada pelo professor) do curta de animação Balance, de Wolfgang & Christoph
Lauenstein, (disponível em https://www.youtube.com/watch?v=Wc2v-Jg3MpI). Muitas músicas possuem
potência para serem trabalhadas em sala de aula. Como sugestão de dinâmica, a escuta da melodia
acompanhado da letra e uma posterior análise feita em conjunto (toda a sala envolvida ou separados em
grupos de trabalho) e posterior organização de Sarau (poesia e encontro musical) com estas e/ou outras
letras de músicas (autorais ou não) que os estudantes escolherem como representativo do tema. Como
ponto de apoio para o trabalho em sala, algumas músicas:
a. “Diferenças”, de Criolo
b. “Diversidade”, de Lenine
c. “Não recomendado”, de Caio Prado
d. “Paratodos”, de Chico Buarque
e. “Tolerância Zero”, de Romero Ferro
f. “Alucinação”, de Belchior
g. “Rap da felicidade”, de Cidinho e Doca

Propostas de Avaliação

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2º ano e 3º ano - Ensino Médio

Avaliar a participação dos estudantes na análise escrita ou oral e também no momento de escuta e
conversa sobre músicas mote. O docente pode avaliar o envolvimento e aprendizagem em momentos
diversos dessa proposta, sendo ela escrita ou oral.

Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu compreender os temas trabalhados ao longo do bimestre?
➢ Você considera que usar músicas em sala ajuda a refletir sobre o tema trabalhado?
➢ Acredita que a música possui potencial de despertar ideias sem análise da letra?
➢ Como você avalia a sua participação e interessante nessa proposta?

3º Bimestre - Políticas públicas

O 3° bimestre de Problema e Ação aborda caminhos e ações populares que podem


ser mobilizados para a melhoria das cidades a partir da participação ativa dos seus cidadãos.
O que é uma política pública, como mobilizar, quais projetos podem inspirar, modelos de
habitação, moradia, transporte, entre outros, podem e devem inspirar propostas e
desenvolver olhar crítico sobre a realidade vivida pelos estudantes.
Importante: apesar de os subtemas e as práticas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se constituir muito amplos e/ou em quantidade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se justifica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações distintas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob

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maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação científica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temáticas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento científico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

3º Bimestre - Problema e Ação


Políticas Públicas
Sugestão de subtemas:
➢ Política pública (distributivas, redistributivas, regulatórias,constitutivas)
➢ Mobilização popular
○ Diretas já
○ O movimento dos cara pintadas
○ As Jornadas de junho de 2013
➢ Projetos sustentáveis
○ Habitações sustentáveis
○ Mobilidade sustentável

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Processos Criativos
EMIFCH06 Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou
cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global

Mediação e Intervenção Sociocultural


EMIFCG07 Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Mediação e Intervenção Sociocultural


EMIFCH07 Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas.
EMIFCH08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental
EMIFCH09 Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza
sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, relacionados às
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Subsidiar os estudantes com textos, revistas e artigos e criar uma oficina de leitura sobre o papel
das políticas públicas, suas características e como elas afetam a vida dos cidadãos. Apresente o

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2º ano e 3º ano - Ensino Médio

conceito de política pública sustentável, observando a necessidade da permanência das políticas


públicas entre mandatos (é necessário destacar a diferença entre políticas de Estado e de
governo). Para essa discussão sugere-se a apreciação do vídeo : O que é sustentabilidade na
política pública? | Nexo Políticas Públicas disponível em <<
https://www.youtube.com/watch?v=n8K1wSFllQ0 >>.

2. Proponha um estudo sobre movimentos populares. Sugerimos três grandes movimentos que
ocorreram em diferentes períodos, mas que se assemelham em seus objetivos: o exercício da
cidadania, a expressão democrática e a busca por direitos e deveres sociais.
i. Diretas já
ii. O movimento dos caras pintadas
iii. As Jornadas de junho de 2013
Como ponto de apoio, sugere-se a utilização de documentários como “Senado Documento -
Diretas Já - O grito das ruas - Bloco 1” (disponível em: <<
https://www.youtube.com/watch?v=1DE4ttIIgh0 >>) e outros que abordem as mobilizações,
para que sejam exibidos e discutidos com intuito de responder questionamentos como: Quais
fatores contribuíram com a mobilização da sociedade civil? Como essas mobilizações eram
vistas pelas demais parcelas da sociedade? Havia pessoas responsáveis por fomentar o
movimento?

3. Dividir a turma em 4 equipes que apresentarão, na próxima aula, Projetos sustentáveis em


execução a partir de políticas públicas que abordem itens como habitação, mobilidade, consumo
de energia, consumo de água entre outros. Os estudantes devem ser orientados a apresentarem
um ou mais projetos de políticas sustentáveis e alguns de seus pontos positivos e negativos,
ressaltando os possíveis impactos ao meio ambiente e, caso houver, formas de minimizar tais
prejuízos ambientais. Esta apresentação pode culminar em uma feira/mostra de sustentabilidade
para que outras turmas (se aberta, também a comunidade) possam conhecer.

4. Diante da necessidade de repensar e criar hábitos sustentáveis para a longevidade do planeta,


desde 1970, alguns órgãos ambientais fazem a medição do índice de sobrecarga da Terra. Essa
medida avalia quanto a humanidade consome de recursos naturais em comparação com o que o
planeta é capaz de regenerar por ano.Estudos indicam que estamos cada vez mais próximos do
esgotamento de recursos naturais, por isso, a necessidade de apresentar e relacionar diferentes
tipos de projetos sustentáveis dando ênfase para a compreensão de que eles são um conjunto de
práticas que tem o objetivo de causar o mínimo de impacto no meio ambiente. Discuta sobre
ações individuais como a substituição de sacolas plásticas de supermercado por ecobags, ou por
plástico biodegradável ou o uso de cosméticos em barra entre outros pequenos hábitos podem
se encaixar ou não no conceito de projetos sustentáveis. A partir desta discussão, proponha aos
estudantes um projeto de mudanças de hábitos simples que envolvam o:
● Despertar para a consciência ambiental;
● Experimentar a liberdade e a autonomia de mudar hábitos;
● Desenvolver habilidades em trabalhos manuais alternativos;
● Fazer a sua parte cuidando do nosso planeta.
Tais mudanças deverão ser descritas em um diário de bordo com a prática realizada, dia, hora. Essa
prática deve ser relacionada com mudanças sustentáveis que podem variar dentro da imensidade
de ações sustentáveis. Dê aos estudantes alguns exemplos dessas práticas como; cultivar uma mini
horta em garrafas pets, usar sacolas e garrafas reutilizáveis, separar latas para o descarte do lixo,
banhos rápidos, atenção ao uso de energia elétrica, escolhas por materiais biodegradáveis no
mercado entre outras. Obs.: alguns exemplos de diário de bordo podem ser vistas aqui:
https://www.exempl.com.br/exemplo-diario-de-bordo/)

37 Estado de Minas Gerais - 2024


2º ano e 3º ano - Ensino Médio

Propostas de Avaliação

Avaliar a participação dos estudantes nas apresentações, participação geral, postura em sala de
aula e a partir dos registros do diário de bordo .
Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu compreender os temas trabalhados ao longo do bimestre?
➢ Acredita que a feitura de um diário de bordo auxilia a prática de reflexão sobre o tema
estudado? Explique como essa experiência o auxiliou?
➢ Como você avalia a sua participação e interessante nessa proposta?

4º Bimestre - Projeto Utopia


O 4º Bimestre desta Unidade Curricular, traz a proposta de um trabalho integrado
entre os quatro componentes curriculares: “Projeto Utopia”. Essa proposta tem como
objetivo principal a construção imaginada de uma Cidade Utópica Sustentável, os temas
trabalhados nos bimestres anteriores servirão de subsídio para a elaboração da proposta.
Algumas perguntas norteadoras do projeto que ponderam os componentes referentes às
Ciências da Natureza e suas Tecnologias podem ser: “O que uma cidade precisa ter para ser
sustentável?”; Onde esta possível cidade está localizada? Quais as condições climáticas e
ambientais?”; “Como seria o processo de obtenção de energia dessa cidade, de modo a
impactar menos possível o ambiente?”; “O descarte de resíduos sólidos se dá de qual
modo?”; “Como o uso da tecnologia contribui para a sustentabilidade dessa cidade?”; “Há
tratamento de esgoto? Como é feito?”; “Quais práticas sustentáveis são utilizadas pela
população dessa cidade?”; “Há reaproveitamento de água? Como é feito?”; “O que é feito
para diminuir as desigualdades dessa comunidade?”Qual a base econômica dessa cidade? É
uma economia sustentável?”

38 Estado de Minas Gerais - 2024


2º ano e 3º ano - Ensino Médio

Já as questões que guiarão as problematizações que se referem aos componentes das


Ciências Humanas e Sociais Aplicadas abarcarão desde os pilares da sustentabilidade como
“Precisamos de tudo que queremos?”, “O que nos faz querer algo?”, “Precisamos de tudo
que temos?” “Quanto empregamos de recursos naturais para a produção de objetos que
nem sempre valorizamos?” ou em temas complexos como a produção; como os processos
de produção impactam (ou podem impactar) a vida dos indivíduos? Refletir sobre a
produção e a geração de empregos, perpassando temas comuns a CNT como produção de
alimentos sustentáveis e como economia e sustentabilidade se comunicam, bem como
dialogar sobre violências e formas de moradias precárias que compõem o cenário de
desigualdade e perpassam os obstáculos para se alcançar uma cidade sustentável.
É muito importante que os professores de todos os quatro componentes planejem o
bimestre coletivamente, para que as atividades não fiquem repetitivas, sobrepostas ou com
prevalência em um ou outro componente curricular, entendendo que não é preciso
necessariamente trabalhar todas as habilidades elencadas no quadro. As habilidades terão
relação com a situação-problema definida para cada grupo de trabalho. Dessa forma, a cada
aula dos quatro componentes curriculares deste Aprofundamento, no 4º bimestre, os
professores irão organizar os estudantes nos grupos (que se mantêm ao longo das aulas) e
dar suporte às etapas do projeto em que cada um se encontra. É essencial que a cada aula o
professor consulte os grupos para saber se estão conseguindo avançar nas etapas e
direcione a produção do Projeto para o tempo da aula, evitando demandas para a casa.

4º Bimestre - Construção coletiva nos diversos espaços - CHS


Projeto Utopia
Etapas do Projeto
- Etapa Identificar: A partir da necessidade e entendimento, definir a situação-problema.
- Etapa Aproximar: Observar o macro e o micro da situação-problema, conhecer, sentir, investigar,
definir escopo, elaborar pauta e compreender.
- Etapa Propor: Definir critérios para a solução da situação-problema: Imaginar, Idear, desenvolver
hipóteses e soluções.
- Etapa Criar: Desenvolver um projeto integrado para prototipar e/ou construir um modelo para
apresentar a solução;
- Etapa Validar e Aprimorar: Testar, experenciar, avaliar, prever e validar.

39 Estado de Minas Gerais - 2024


2º ano e 3º ano - Ensino Médio

- Etapa Comunicar, implementar e aprender: Compartilhar, executar, implementar, agir, lançar,


produzir versão final4.

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Investigação Científica
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar
ou propor soluções para problemas diversos.
Processo Criativo
(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
Empreendedorismo
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e
adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e
produtivos com foco, persistência e efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e
futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que
orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes das Áreas de
Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Investigação Científica
(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais, utilizando
procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
Processos Criativos
(EMIFCNT04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica
sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de dispositivos
e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros)
(EMIFCNT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados às Ciências da
Natureza para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando e contrapondo diversas
fontes de informação.
(EMIFCNT06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais,
considerando a aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias digitais, programação e/ou

4
Adaptado - BRUNO, G. S. e CAROLEI P. Contribuições do Design para o Ensino de Ciências por Investigação.Revista
Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências 2018, Disponível em:
https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4832 . Acesso em 06 de Ago. de 2022

40 Estado de Minas Gerais - 2024


2º ano e 3º ano - Ensino Médio

pensamento computacional que apoiem a construção de protótipos, dispositivos e/ou equipamentos, com o
intuito de melhorar a qualidade de vida e/ou os processos produtivos.

Empreendedorismo
(EMIFCNT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências da Natureza
podem ser utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas
tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais.
(EMIFCNT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza
para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.
(EMIFCNT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências da Natureza e suas
Tecnologias para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.
Processos Criativos
EMIFCHS05 - Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

EMIFCHS06 - Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

Mediação e Intervenção Sociocultural


EMIFCHS08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

Empreendedorismo
EMIFCHS11 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem para o Projeto Integrado, que serão desenvolvidas em todas as
aulas dos quatro componentes.

1. Apresentar aos estudantes as possibilidades de temas estruturantes que abrangem uma cidade
sustentável associado às necessidades identificadas durante pesquisa, visita guiada e observação ao
longo do bimestre, como por exemplo: Local e Infraestrutura, Economia Solidária, Energia e
Mudanças Climáticas, Resíduos, Água, Transporte, Educação, Governança, Cultura e Lazer;
2. Agrupar os estudantes e propiciar um momento de reflexão para que possam, a partir de algumas
questões norteadoras, definir e investigar a tema/ situação-problema, tais como: Qual o problema
identificado? (o que de fato aconteceu ou está acontecendo?) Quais as possíveis causas? (quais os
fatores que influenciaram para que a situação ocorresse?) Quem foi impactado? (quais as pessoas
ou grupos foram impactadas direta ou indiretamente pela situação? Quais as consequências?(quais
foram os efeitos observáveis e mensuráveis nas pessoas impactadas), para que possam definir e
investigar a tema/ situação-problema;

3. Analisar o tema/situação-problema, assegurando por meio de momentos de reflexão e discussão a


melhor compreensão e construção do tema/situação-problema. Neste momento, o professor
identifica qual o nível de compreensão dos estudantes em relação ao tema/situação-problema
definido;

41 Estado de Minas Gerais - 2024


2º ano e 3º ano - Ensino Médio

4. Subsidiar os estudantes com materiais de apoio como livro, artigos, jornais, revistas, pesquisas em
ferramentas de busca, vídeos, podcast, para que possam realizar uma pesquisa e, ao mesmo
tempo, orientá-los como realizar a curadoria destes recursos, para que possam buscar por fontes
confiáveis;

5. Propor atividades de investigação, exploração, problematização, argumentação e assimilação de


conceitos, como clube de debates, oficinas, quizz ou outros jogos, de acordo com os temas
escolhidos pelos estudantes; e bom repertório teórico para fazerem as proposições;

6. Promover um momento em que os estudantes possam sugerir possibilidades de projetos


integrados a partir do que foi vivenciado ao longo dos bimestres;

7. Estabelecer um cronograma com datas, definindo cada etapa do modelo/projeto a partir do


tema/situação-problema decidido pelos estudantes para apresentar a solução;

8. Dividir as tarefas, conforme a escolha do projeto, propiciar um diálogo coletivo entre os estudantes
e guiar os estudos e propostas para que os jovens possam desenvolver e elaborar as primeiras
possibilidades da proposta do modelo/projeto;

9. Fomentar o pensamento crítico e criativo dos estudantes, por meio de rodas de conversa, debates
para verificar as melhores possibilidades de desenvolvimento do projeto dentro das propostas
feitas pelos estudantes;Mediar os estudantes nas possíveis explicações ou soluções apresentadas
para o projeto integrado e discutir quanto à viabilidade de resolução do problema;

10. Agrupar os estudantes e agir como facilitador do processo para que os estudantes possam fazer
uma imersão nas pesquisas com o foco na resolução do problema;

11. Levantar possíveis estratégias para solução ou amenização para o problema escolhido e debatê-las
por meio de atividades incubadoras, simulados, laboratórios, atividades práticas em ambientes
livres da escola ou da comunidade escolar;

12. Elaborar um mapa mental com os estudantes para decomposição da situação-problema alinhada a
proposta da solução definidora do modelo/projeto;

13. Planejar o projeto com ações, cronograma, divisão de responsabilidades, atores envolvidos,
recursos e materiais que serão necessários para que os estudantes possam apresentar as possíveis
proposições para o modelo/ projeto selecionado pelos estudantes;

14. Propor um momento de reflexão e elaboração dos elementos essenciais do modelo do projeto/ou
modelo de protótipo: nome e versão, nível do projeto/modelo (conceito e se funciona como real),
ideias que sustentam a proposta, por que (qual o desafio que motivou a criação do
projeto/modelo), para quem se destina o projeto/modelo, o que é (como o protótipo se
materializa, quais os impactos e resultados se espera após a apresentação/implementação)5;

15. Selecionar materiais e ferramentas para tornar o projeto/modelo em uma realidade;

16. Vivenciar as etapas do projeto/modelo, tais como: testar, experienciar, avaliar, prever) para futuros
aprimoramentos da proposta de solução;

17. Planejar as etapas da exposição do trabalho final: formato da apresentação, local, nome, público e
montagem;

18. Divulgar o projeto elaborado pelos estudantes.

5
Adaptado: Narcizo, R. Curso Design Thinking - Módulo - Transição

42 Estado de Minas Gerais - 2024

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