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A “cidade dos estudantes que moram nos arredores da Escola Estadual Luisa Vidal

Borges Daniel”: um estudo etnográfico

Nome do proponente: Vladimir Eiji Kureda

Instituição: EE Luísa Vidal Borges Daniel

Município: Campo Grande – MS

Quantidade de bolsistas: 3

Área de pesquisa do projeto: Cidades inteligentes

Diretrizes nas quais o projeto está vinculado:


- Desenvolvimento humano e social;
- Cultura, esporte e lazer.
1. Objetivos

Objetivo geral:

 Verificar se os estudantes da EE Luísa Vidal Borges Daniel que moram no entorno da


instituição exercitam o “direito à cidade” a partir de suas experiências urbanas.

Objetivos específicos:
 Analisar as formas de uso da cidade e seus equipamentos pelos estudantes que moram
no entorno da escola;
 Produzir uma análise do planejamento urbano dos bairros próximos a escola;
 Investigar as experiências societárias dos estudantes em seus trânsitos nos bairros que
circundam a escola;
 Compreender como se constitui o “mapa da cidade” para os estudantes que moram nas
proximidades da escola em termos de lazer, cultura, saúde etc.;
 Decodificar as estratégias utilizadas como forma de efetivação de direitos pelos
estudantes que moram na circunvizinhança da escola;

2. Justificativa do problema a ser abordado

A cidade e o modo de vida urbano tem sido alvo de constantes debates. Seja na esfera
governamental, empresarial ou no âmbito da sociedade civil, as discussões sobre o uso dos
equipamentos urbanos, a mobilidade, transporte, acesso à cultura, lazer, segurança etc, tem
germinado de forma significativa mobilizando cientistas, governos, empresas e cidadãos de forma
global1.
Ressalta-se que as cidades brasileiras vem enfrentando inúmeros desafios presentes em escala
internacional. A poluição, violência urbana, pobreza, falta de mobilidade, o desmatamento, ausência
de estrutura de lazer para a população etc, se fazem presentes em cidades brasileiras de grande,
mas, também, nas de médio porte. A cidade de Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do
Sul, enquadra-se nesse quadro, mesmo tendo uma formação societária sincrética, isto é, por conter
elementos do mundo urbano e rural (ATTIANESI, PASSAMANI, 2018) através da presença da
diversidade cultural e da heterogeneidade típica dos grandes centros urbanos (WIRTH, 1967), bem
como da presença de traços socioculturais 2 relacionados ao campo.
Apesar disso, Campo Grande carrega em seu quadro social algumas situações-problemas em
sua vida urbana, tais como: má distribuição dos equipamentos de lazer, a precariedade dos serviços
de transporte público, presença de periferias e até o aumento significativo de pessoas em situação de
rua nos últimos anos (Kureda, 2020).

1 A Organização das Nações Unidas (ONU) na sua Agenda 2030, trata a vida urbana como um dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável.
2
Guilherme Passamani e Daniel Attiaanesi (2018) nos apresentam considerações importantes sobre a presença
do agronegócio e sua influência econômica, mas também cultural, na construção do lazer na cidade.
Esse cenário de formação da vida urbana em seus aspectos macrossociais, impacta diretamente
a vida dos citadinos, principalmente, no que diz respeito ao “direito à cidade” (Harvey, 2014), isto é, a
forma que esses sujeitos conseguem usar e reinventar a cidade de acordo com seus interesses e
subjetividades. Esse ponto de intersecção, entre as estruturas sociais da vida urbana e a forma como
os citadinos vivem e agem sobre essa realidade, que se constitui como cerne dessa pesquisa.
Feita essa abordagem, cabe ressaltar que o objeto de investigação dessa pesquisa são os
estudantes da Escola Estadual Luísa Vidal Borges Daniel, situada no bairro Bom Jardim, que moram
no entorno da mesma, ou seja, nos bairros adjacentes que são considerados periféricos3, como, por
exemplo, o Jardim São Conrado e o bairro Santa Emília.
Destaca-se que apesar de haver uma heterogeneidade social no quadro dos estudantes da
escola, a escolha metodológica em torno dos estudantes que moram nas proximidades da instituição,
tem como objetivo visibilizar aspectos societários que envolvem de forma (in)direta a vida escolar,
potencializando, então, possibilidades de entendimento das dinâmicas sociais nas quais esses
sujeitos fazem parte e trazem, em certa medida, para o universo escolar 4.
Assim, tendo em vista, o imaginário de pobreza, ausência e precariedade em que os bairros
periféricos são corriqueiramente associados, esta pesquisa tem a preocupação de verificar se os
estudantes que moram no entorno da escola conseguem exercitar o “direito à cidade” em seu
cotidiano. Pretende-se, então, visibilizar como parte da comunidade escolar da Escola Estadual Luísa
Vidal Borges Daniel usa ou não seu local de moradia como espaço de lazer, saúde, cultura e/ ou de
sociabilidades outras.
Para tanto, é de fundamental importância apreender os espaços urbanos que conformam a
cidade em sua materialidade através do estudo do planejamento urbano dos bairros, pois permite
uma classificação social e tipológica (HANNERZ, 2015; PARK, 1967) do meio urbano e de seus
sujeitos5. Contudo, essa perspectiva não tem como finalidade conceituar e fazer análises finais sobre
os processos subjetivos que envolvem os sujeitos e a cidade, mas, apenas, revelar, do ponto de vista
urbanístico e social, as condições materiais dos espaços urbanos e de seus moradores.
Nesse sentido, o principal movimento teórico-epistemológico sobre a cidade a ser adotado nesse
projeto, é aquele que prioriza as experiências dos estudantes da escola que moram na periferia, pois
permite apreender tanto as fragilidades e potencialidades das estruturas urbanas locais identificada
pelos sujeitos da pesquisa em seu deslocamento pela cidade, suas formas de uso dos equipamentos
e relações com os espaços urbanos, quanto as formas de inventidade (CERTEAU, 1994) que eles
desenvolvem em suas experiências societárias no meio urbano.
Por fim, essas duas abordagens que podem ser reveladas pela pesquisa antropológica, visa,
justamente, colaborar de forma pontual com as discussões sobre as cidades inteligentes, que tem
como foco, segundo a agenda 2030 da ONU, tornar a vida urbana sustentável e inclusiva em sua

3
In: https://www.campograndenews.com.br/lado-b/diversao/para-comunidade-se-apropriar-da-cultura-grupo-leva-
arte-para-periferia. Acesso no dia 06 de julho de 2023.
4
Percepções cotidianas sobre a comunidade externa que se relaciona com a instituição, onde a presença de
grupos sociais que moram em bairros próximos, no final do expediente ou em eventos da escola, são
corriqueiros.
5
A leitura da ecologia humana, corrente teórica desenvolvida pela Escola Sociológica de Chicago no início do
século XX, apregoava que a cidade e seus habitantes podem ser classificados através da observação das
condições sociais e estruturais dos bairros e seus moradores que revelavam o caráter moral e cultural do lugar.
diversidade, pois, ela permite apreender e revelar “ a cidade do ponto de vista dos seus nativos”
(AGIER, 2011), oferecendo, então, possibilidades de pensarmos uma cidade que faça sentido para
seus sujeitos, inclusive, periféricos.

3. Descrição da infraestrutura para a realização das atividades de pesquisa do bolsista

Os bolsistas terão acesso aos seguintes recursos na Escola Estadual Luísa Vidal Borges Daniel:
1) Sala de informática composta por computadores com acesso à internet;
2) Salas de aula desocupadas que poderão servir como espaço de estudo, debate e
desenvolvimento da pesquisa;
3) Biblioteca com livros didáticos da área de Ciências Humanas e Sociais como material
teórico-metodológico para estudo;
4) Espaço recreativo para o bolsista lanchar quando estiverem produzindo a pesquisa
na escola;

4. Metodologia

Esta pesquisa antropológica tem como base metodológica o uso de técnicas qualitativas de
pesquisa. Nesse sentido, destaca-se como carro chefe o método etnográfico6 e o uso de entrevistas
semiestruturadas para o levantamento de dados empíricos e a construção do projeto.
Como ponto de partida, os estudantes-bolsistas do projeto terão uma formação inicial nos
estudos antropológicos e nos métodos de pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. Esse momento
será fundamental para inseri-los no campo científico da área, debatendo os procedimentos teórico-
metodológicos da Antropologia e das Ciências Sociais.
Em seguida, os estudantes-pesquisadores irão iniciar a pesquisa empírica. Em um primeiro
momento, eles deverão realizar uma análise documental nos materiais administrativos escola, para
identificar a quantidade de estudantes matriculados que moram nos bairros adjacentes da instituição.
Após a identificação dos potenciais participantes da pesquisa, será realizado uma tentativa de
aproximação com os mesmos de maneira informal e, posteriormente, será apresentado os objetivos
da pesquisa. Após o aceite do estudante em colaborar com a pesquisa, será formulado o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) pelos pesquisadores, para ser assinado pelos
interlocutores.
A partir da formalização dos participantes da pesquisa, os pesquisadores passarão a realizar o
trabalho etnográfico através de registros sistemáticos das trocas intersubjetivas7 (OLIVEIRA, 1996)
que constituem o fazer qualitativo na pesquisa. Para tanto, os diálogos e o estabelecimento de

6
Se constitui como um conjunto de procedimentos e técnicas utilizadas no trabalho de campo para produzir
dados empíricos que posteriormente serão analisados sob lentes teóricas específicas (OLIVEIRA, 1996;
MAGNANI, 2002).
7
Segundo Roberto Cardoso de Oliveira, essa relação fundamentada no diálogo, consiste justamente em uma
situação onde: “[...] o pesquisador possa ouvir o nativo e por ele ser igualmente ouvido, encetando um diálogo
‘entre iguais’, sem receio de estar, assim, contaminando o discurso do nativo com elementos do seu próprio”
(OLIVEIRA, 1996, p.21).
vínculos de confiança serão fundamentais para que os participantes da pesquisa se sintam à vontade
para expor suas narrativas sobre seus olhares e experiências vivenciadas no meio urbano.
Portanto, os registros dos percursos urbanos, usos dos equipamentos urbanos e das relações
societárias descritas pelos interlocutores na cidade, será minuciosamente investigada e registrada.
Para tanto, o trabalho de campo poderá estender-se para além do espaço institucional da escola,
podendo deslocar-se para os contextos de interação urbana dos participantes da pesquisa 8. Além
disso, será feito um estudo urbanístico dos bairros e equipamentos descritos pelos interlocutores,
com o intuito de evidenciar as estruturas urbanas e os elementos materiais que constituem ou se
fazem ausentes na vida social dos sujeitos da pesquisa.
Além disso, será elaborada e aplicada entrevistas semiestruturadas com o objetivo de apreender,
de maneira profunda, a percepção dos sujeitos sobre suas formas de uso do meio urbano, a
concepção de cidade e o campo semântico em torno das sociabilidades desenvolvidas. Além disso,
através dos dados apreendidos na entrevista, a pesquisa passa assumir contornos mais precisos ao
descortinar os processos subjetivos que orientam o comportamento dos sujeitos e suas relações,
que, inclusive, pode redirecionar questões e, consequentemente, mudar os caminhos teórico-
metodológicos da mesma (SALEM, 1978).
Ressalta-se que os estudantes que participarem da pesquisa terão seu anonimato garantido
através da utilização de codinomes, sobretudo no cuidado com a publicização de seus dados no
relatório final e em eventos públicos da comunidade científica, pois o exercício da descrição densa,
pode por si só, revelar a identidade dos sujeitos pesquisados (FONSECA, 2008).
Em suma, esse conjunto de procedimentos metodológicos orientado pela lente teórica das
Ciências Sociais que culminará no trabalho etnográfico como produto final. A composição desse
trabalho consistirá em dois níveis analíticos: o primeiro voltado para a identificação das
potencialidades e fragilidades das estruturas urbanas apontadas pelos sujeitos das pesquisas; já o
segundo, com as formas nas quais os sujeitos concebem, classificam e produzem uma semântica
particular em sua vida citadina. Ambas as esferas de análise serão fundamentais para a produção de
um olhar sobre o urbano que tenha como centralidade os próprios citadinos e que poderão colaborar
na construção política da cidade.

5. Atividades e cronograma de execução

Período/ 2023 2024 2024 2024


Atividades Out/Nov/Dez Jan/Fev/Mar Abr/Mai/Jun Jul/Ago/Set
Levantamento
Bibliográfico, fichamento X X
comentado e produção
de ensaios teóricos

8
Dependendo da autorização dos responsáveis envolvidos, a pesquisa de campo poderá ser realizada nos
espaços de lazer, cultura e sociabilidades diversas.
Início da pesquisa:
- Identificação dos
potenciais participantes X
da pesquisa.
- Confecção e aplicação
do TCLE com os
participantes da
pesquisa.
Trabalho de campo:
- Estudo urbanístico dos
bairros próximos à
escola; X X X
- Produção de dados
etnográficos;
- Registro em caderno
de campo.
Elaboração e aplicação
de entrevistas semi
estruturadas X X
Transcrição das
entrevistas e
organização dos dados X X
levantados
Sistematização e análise
do material empírico X X X
Elaboração do relatório
final X
Reuniões de orientação
junto ao bolsista X X X X

6. Plano de trabalho individualizado e sucinto para o bolsista

O primeiro bolsista irá:


1) Realizar a leitura e apresentação de textos de Antropologia Urbana;
2) Fazer o levantamento do planejamento urbanístico do Jardim São Conrado;
3) Confeccionar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido;
4) Realizar a observação participante e registro em diário de campo;
5) Elaborar o roteiro das entrevistas a ser aplicado junto aos interlocutores;
6) A partir dos dados coletados nas observações participantes e nas entrevistas aplicadas,
realizar a tabulação dos dados coletados;
7) Analisar, sob supervisão do professor-orientador, o material levantado;
8) Elaborar, com a assistência direta do professor-orientador, o relatório final;

O segundo bolsista irá:


1) Realizar a leitura e apresentação de textos das teorias nas Ciências Sociais;
2) Fazer o levantamento do planejamento urbanístico do bairro Santa Emília;
3) Aproximar-se dos estudantes que moram nos bairros circunvizinhos que podem vir a
fazer parte da pesquisa enquanto interlocutores;
4) Registrar em diário de campo os dados produzidos a observação participante;
5) Realizar a entrevista junto aos interlocutores;
6) A partir dos dados coletados nas observações participantes e nas entrevistas aplicadas,
realizar a tabulação dos dados coletados;
7) Analisar, sob supervisão do professor-orientador, o material levantado;
8) Elaborar, com a assistência direta do professor-orientador, o relatório final;

O terceiro bolsista irá:


1) Realizar a leitura e apresentação de textos relacionados ao método etnográfico;
2) Fazer o levantamento dos estudantes matriculados na escola que moram nos bairros
circunvizinhos;
3) Aplicar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido com os estudantes que aceitarem
participar da pesquisa;
4) Registrar em diário de campo os dados produzidos a observação participante;
5) Transcrever as entrevistas;
6) A partir dos dados coletados nas observações participantes e nas entrevistas aplicadas,
realizar a tabulação dos dados coletados;
7) Analisar, sob supervisão do professor-orientador, o material levantado;
8) Elaborar, com a assistência direta do professor-orientador, o relatório final;

7. Resultados esperados, produtos e avanços

Essa proposta de pesquisa nasce das observações realizadas desde o ano passado, ao
exercitar a docência na Escola Estadual Luísa Vidal Borges Daniel. O contato cotidiano com os
estudantes, a escuta atenta em relação ao seus espaços de lazer e moradia, bem como aos seus
anseios e formas de ressignificação mediante as situações econômicas e estruturais que estes
enfrentam, que motivou a elaboração deste projeto.
Em um primeiro momento, cabe destacar que o produto final dessa pesquisa é a elaboração
de um trabalho etnográfico, que, por sua vez, se constitui como um material científico
fundamental na orientação de políticas públicas em esfera federal9. Nesse sentido, do ponto de
vista urbanístico e social, o trabalho produzido poderá ser utilizado para incentivar o poder público
a desenvolver políticas de acessibilidade cultural para os bairros que situam-se na
circunvizinhança da instituição escolar, através da construção de equipamentos de lazer e
elaboração de projetos socioculturais voltados para a juventude.
Considerando que o estudo antropológico ao constituir-se a partir da análise do ponto de vista
do sujeito (GEERTZ, 2009), a perspectiva a ser abordada irá tornar tangível os aspectos
subjetivos inerentes ao universo simbólico das formas de sociabilidade desenvolvidas pelos
estudantes que moram nos arredores da instituição, potencializando, assim, laços de
pertencimento dos referidos estudantes com a escola através de práticas pedagógicas,
desenvolvidos pela equipe gestora, que dialoguem com seus referenciais socioculturais.
Além disso, a iniciação científica à estudantes bolsistas que forem contemplados auxiliará
tanto no processo de formação de jovens cientistas, desenvolvendo-os intelectualmente e
cognitivamente através do fazer científico, quanto no desenvolvimento social dos envolvidos na
medida em que estes ao se depararem com universos socioculturais variados, farão,
consequentemente, o exercício da alteridade10.
Por fim, salienta-se que apesar dessa pesquisa se constituir como um estudo de caso com
um recorte empírico bem delimitado, seu potencial encontra-se tanto em fornecer informações
relevantes para a compreensão da vida social e de aspectos societários de uma parte da
comunidade escolar, quanto na visibilidade das fragilidades e potencialidades das estruturas
urbanas que estes sujeitos utilizam enquanto citadinos que ocupam e usam a cidade.

8. Referências bibliográficas

AGIER, Michel. Antropologia da cidade: lugares, situações e movimentos. São Paulo:


Terceiro Nome, 2011.

ATTIANESI, Daniel; PASSAMANI, Guilherme. Um urbano pra lá de rural: as particularidades


políticas, históricas e culturais que transformaram Campo Grande de arraial a capital. In:
Cadernos do Lepaarq, vol.15, nº30, 2018.

CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis – RJ: EdVozes, 1994.

FONSECA, Claudia. O anonimato e o texto antropológico: dilemas éticos e políticos na


etnografia ‘em casa’. Revista Teoria e Cultura, nº 39, 2008.

9
O método etnográfico se constitui como um procedimento teórico-metodológico fundamental na avaliação e
colaboração da produção de políticas públicas, ao produzir evidências sobre determinada realidade social
(MINAYO, 1991).
10
Segundo Roque de Barros Laraia (1986), o exercício da alteridade através da compreensão do outro, isto é, a
diferença, é fundamental para a harmonia social.
GEERTZ, Clifford. Saber Local. Rio de Janeiro: EdVozes, 2009.

HANNERZ, Ulf. Explorando a cidade: em busca de uma antropologia urbana. Petrópolis- RJ:
EdVozes, 2015.

HARVEY, David. Cidades rebeldes: do direito à cidade à revolução urbana. São Paulo: Ed.
Martins Fontes, 2014.

KUREDA, Vladimir. Estar em situação de rua na “cracolandia campo-grandense”: relações


ético-morais nas imediações da antiga rodoviária de Campo Grande – MS. Dissertação de
mestrado. FACH/UFMS. 2020.

LARAIA, Roque. Cultura: um conceito antropológico. - Rio de Janeiro: Zahar, 1986

MINAYO, M. C. D. S. Abordagem antropológica para avaliação de políticas sociais. Revista


de Saúde Pública, v. 25, p. 233-238, 1991.

OLIVEIRA, Roberto Cardoso. O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir e escrever. Revista de


Antropologia, vol 39, nº 1, 1996.

PARK, Robert. A cidade: sugestões para a investigação do comportamento humano no meio


urbano. In. VELHO, O. (org.). O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

SAHLEM, Tania. Entrevistando famílias: notas sobre o trabalho de campo. In: NUNES, E. O
(Org.) A aventura sociológica. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 1978.

VELHO, Gilberto. Individualismo e cultura: notas para uma Antropologia da Sociedade


Contemporânea. Rio de Janeiro: Ed Zahar, 1999.

WIRTH, Louis. O urbanismo como modo de vida. In. VELHO, Otavio (org.). O fenômeno
urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

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