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MATERIAL DE

APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

1º Ano Ensino Médio


3º Bimestre
Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas
VOLUME 3
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE EDUCADORES
SUMÁRIO

GEOGRAFIA................................................................................................ pág. 1
Planejamento 1: Ética socioambiental da atualidade............................ pág. 1
Planejamento 2: Democracia, Igualdade e equidade social..................pág. 7
Planejamento 3: Identificando as formas de violência........................ pág. 15

HISTÓRIA ..................................................................................................pág. 19
Planejamento 1: A formação das nações e impérios europeus
na Idade Moderna..............................................................................pág. 20
Planejamento 2: Relações de trabalho em África, América e Europa.... pág. 24
Planejamento 3: A escravidão moderna e as juventudes....................pág. 28
Planejamento 4: As diferentes formas de interpretar o mundo...........pág. 32
Planejamento 5: Discurso Colonizador...............................................pág. 36
Planejamento 6: Liberalismo..............................................................pág. 41

FILOSOFIA................................................................................................pág. 45
Planejamento 1: Como o trabalho pode levar o ser humano
a se humanizar..................................................................................pág. 45
Planejamento 2: Trabalho e sociedade...............................................pág. 48
Planejamento 3: Trabalho e alienação................................................pág. 56
Planejamento 4: Trabalho como humanização na sociedade
pós-industrial....................................................................................pág. 59
Planejamento 5: Trabalho, alienação, tecnologia e tecnocracia..........pág. 63
Planejamento 6: Desemprego estrutural e desemprego conjuntural..... pág. 66
Planejamento 7: Uma perspectiva de tempo e lazer...........................pág. 70

SOCIOLOGIA............................................................................................. pág. 73
Planejamento 1: Consumo e consumismo.......................................... pág. 73
Planejamento 2: Indústria Cultural e Meio Ambiente.......................... pág. 76
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
1 o ano – 3 o Bimestre Ensino Médio 2022

COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO


Geografia Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIA

Competência Específica 05: Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito


e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os
Direitos Humanos.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO HABILIDADE(S)
OBJETO (S)
HABILIDADE (S):
DE CONHECIMENTO:

Problematização da segrega- (EM13CHS502) Analisar situações da vida cotidiana (estilos de


ção socioespacial, fragilidade
socioambiental no mundo
atual.
MATERIAL DE
vida, valores, condutas, etc.), desnaturalizando e problematizando
formas de desigualdade e preconceito, e propor ações que promo-
vam os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às diferen-
ças e às escolhas individuais.

APOIO PEDAGÓGICO
PLANEJAMENTO

PARA APRENDIZAGENS
TEMA DE ESTUDO: Ética socioambiental da atualidade
DURAÇÃO: 4 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
A estrutura para desenvolver esta aula constitui-se em pesquisas literárias científicas como artigos,
reportagens, monografias, livros, filmes, depoimentos, registros oficiais do governo e de ONGS, entre
outros meios de comunicação e informação.
É importante registrar que o tema “Ética socioambiental da Atualidade” visa complementar o conhe-
cimento do estudante sobre sustentabilidade ambiental e social, e dar outro passo para o processo de
formação da vida em sociedade.
Para compreender a forma de como está sendo realizado o processo de ocupação do espaço geográfico,
torna-se imprescindível o estudo entre os componentes curriculares filosofia, sociologia, geografia e
história, com o intuito do estudo e análises das práticas sociais e ambientais anteriores com as atuais.
Os estudantes terão como material didático casos reais (relevantes) com aspectos ambientais ou
sociais ocorridos de preferência no Brasil (análise de casos).
O estudo de caso passa a ser uma estratégia de pesquisa científica que permite analisar o contexto real
e as variáveis de um fenômeno antrópico relacionado com o tema ética ambiental da atualidade.

1
Tendo como referência fatos reais e acontecimentos registrados do passado, assim, através do
histórico dos impactos sociais ou ambientais negativos, os estudantes poderão pesquisar, anali-
sar, comparar, diagnosticar e entender os erros do passado relacionados com a ocupação humana,
com o desenvolvimento das atividades humanas e na exploração dos recursos naturais.
O processo deste estudo possui o intuito de facilitar a compreensão interdisciplinar ambiental e
social dos fatos, explicações biológicas, ecológicas, geográficas, econômicas, históricas, sociais e
étnicas de forma consciente, científica e crítica, cujas bases possam fortalecer a responsabilidade
individual e coletiva dos estudantes.

B) DESENVOLVIMENTO
1ª ETAPA
Exibição do estudo de caso – 1984 - Vazamento em Bhopal - um vazamento em uma fábrica de
agrotóxicos despejou no ar da cidade de Bhopal, na Índia, mais de 40 toneladas de gases tóxicos.

→ Como nuvem letal matou mais de 8 mil pessoas em 72 horas – Disponível em: https://www.
bbc.com/portuguese/noticias/2014/12/141203_gas_india_20anos_rp. Acesso: 24 mai. 2022.
→ Maior crime industrial da história soma 600 mil vítimas e afeta 3ª geração na Índia. – Disponível
em: https://www.brasildefato.com.br/2020/03/19/maior-crime-industrial-da-historia-
-soma-600-mil-vitimas-e-afeta-3-geracao-na-india#:~:text=O%20maior%20crime%20
industrial%20da,3%20de%20dezembro%20de%201984. Acesso: 24 maio 2022.

MATERIAL DE
Apresentar o tema “1984 vazamento em Bhopal” e realizar a interdisciplinaridade, trabalhando com
relações diretas e outros aspectos pertinentes, relacionando:

APOIO PEDAGÓGICO
→ Sociologia - Questões sociais e econômicas da população atingida.
→ Geografia - Questões ambientais, políticas e humanas do período do fato ocorrido.
→ Química - Questões dos efeitos desses gases na atmosfera, sua composição e as conse-
quências para a saúde.

PARA APRENDIZAGENS
→ Biologia - Questões relacionadas ao meio ambiente sobre contaminação da fauna e flora.

2ª ETAPA
Para a segunda etapa dessa aula, seguir as orientações levando em consideração a tabela de
Estudos de Casos informada abaixo.
Dividir a turma em equipes de quatro ou cinco pessoas, no máximo.
As equipes irão criar nomes sugestivos para representá-las de acordo com criatividade, crítica,
ciência, imaginação e interação com o meio ambiente natural.
Como por exemplo equipe com o nome de lugares, cidades, animais, etc.:
• Equipe lobo-guará – Equipe Rio Doce e Paraopeba – Equipe nações indígenas do Amazonas, etc.

Em seguida, distribuir os estudos de casos com as diversas situações-problema que já ocorreram


e que servem como aprendizado.

Cada equipe deverá escolher um estudo de caso diferente e realizar a seguinte proposta:
• Identificar a causa do problema.
• Relatar o acontecimento, o momento exato, e registrar as consequências.
• Contextualizar os fatos para a sociedade através das mídias de comunicação e o tempo de
reação.

2
• Encontrar possíveis erros cometidos.
• Conclusão do estudo realizado.
Materiais e recursos que deverão ser disponibilizados para os estudantes:

1. Tema de abertura com introdução sobre conceito de ética ambiental.


2. Opções de estudo de caso para serem trabalhados pelos estudantes.
3. Materiais de estudo e demais ferramentas para realização da apresentação.
4. Orientação motivacional aos estudantes para trabalharem o tema escolhido com pensa-
mento crítico, vocabulário científico ou técnico, com coerência, sensatez e segurança nas
palavras.

→ INFORMAÇÕES ADICIONAIS - SITES DE SUGESTÕES PARA OS ESTUDOS DE CASOS:

EXEMPLO E
OPÇÕES DE DISPONÍVEL EM:
ESTUDO DE CASO

Como nuvem letal matou mais de 8 mil pessoas em 72 horas. BBC News,
1984 – Vazamento
03 dez. 2014. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noti-
em Bhopal
cias/2014/12/141203_gas_india_20anos_rp. Acesso: 24 maio 2022.

MATERIAL DE
PIRES, Fernando. “Vale da Morte” foi o símbolo de Cubatão. Valor
1980 – O vale da Econômico, [s. l.], 15 mar. 2012. Disponível em: https://valor.globo.com/
morte brasil/noticia/2012/03/15/vale-da-morte-foi-o-simbolo-de-cubatao.
ghtml. Acesso em: 24 maio 2022.

1984 – Vila Socó APOIO PEDAGÓGICO


Cubatão de antigamente: Vila Socó (A). Novo Milênio, [s. l.], 22 fev. 2014.
Disponível em: https://www.novomilenio.inf.br/cubatao/cfoto039.htm.
Acesso em: 24 maio 2022.

2015 –
Rompimento
PARA APRENDIZAGENS
Há 3 anos, rompimento de barragem de Mariana causou maior desastre
ambiental do país e matou 19 pessoas: Tragédia de Mariana aconteceu
no dia 5 de novembro de 2015. G1, São Paulo, 25 jan. 2019. Disponível em:
da barragem de https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2019/01/25/ha-3-anos-
Mariana -rompimento-de-barragem-de-mariana-causou-maior-desastre-am-
biental-do-pais-e-matou-19-pessoas.ghtml. Acesso em: 24 maio 2022.

Tiros durante operação na Cracolândia deixam dois feridos em SP:


Moradores de rua estavam aglomerados no Centro na hora dos disparos.
Disparo foi dado por policial militar após agressão, segundo secretaria.
2015 – G1, São Paulo, 29 abr. 2015. Disponível em:
Cracolândia / SP
https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/04/tiros-durante-opera-
cao-na-cracolandia-deixam-dois-feridos-em-sp.html . Acesso em: 22
maio 2022.

3
EXEMPLO E
OPÇÕES DE DISPONÍVEL EM:
ESTUDO DE CASO

CAMPELO, Lilian. Cerrado perde metade da vegetação nativa; agrone-


2017 – Cerrado
gócio acelera o processo. A região já perdeu 50% de sua vegetação; a
perde metade da
extensão do desmatamento se compara ao território da Bélgica. Brasil
vegetação nativa;
de Fato, Belém (PA), 08 fev. 2017. Disponível em: https://www.brasilde-
agronegócio ace-
fato.com.br/2017/02/08/cerrado-perde-metade-da-vegetacao-nativa-a-
lera o processo
gronegocio-acelera-o-processo . Acesso em: 22 maio 2022.

ALVES, Luana; MARIA, Morganti; MARFAN, Paulo Victor. Dez anos após a
ocupação do Complexo do Alemão, moradores ainda lamentam a violên-
cia na região. Promessa do Governo de Estado de oferecer policiamento
2020 – Ocupação e serviços públicos durou por um curto período. Ex-comandante das
do complexo do UPPs fala em falta de recursos. Uma década depois, região sofre com
Alemão completa tiroteios; teleférico, símbolo de esperança para quem vive na região,
10 anos. segue abandonado. G1, Rio de Janeiro, 27 nov. 2020. Disponível em:
https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/11/27/dez-anos-
-apos-a-ocupacao-do-complexo-do-alemao-moradores-lamentam-re-
torno-da-violencia.ghtml. Acesso em: 22 maio 2022.

2020 – Raio X do
saneamento no
MATERIAL DE
VELASCO, Clara. G1, ECONOMIA. Raio X do saneamento no Brasil: 16%
não têm água tratada e 47% não têm acesso à rede de esgoto. Índices
do setor apontam que a universalização dos serviços ainda está distante.

APOIO PEDAGÓGICO
Brasil: 16% não
Novo marco legal do saneamento básico deve ser votado nesta quarta-
têm água tratada
-feira (24) pelo plenário do Senado. G1, [s. l.], 24 jun. 2020. Disponível em:
e 47% não têm
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/06/24/raio-x-do-sanea-
acesso à rede de
mento-no-brasil-16percent-nao-tem-agua-tratada-e-47percent-nao-

PARA APRENDIZAGENS
esgoto
-tem-acesso-a-rede-de-esgoto.ghtml. Acesso em: 22 maio 2022.

Obs.: O planejamento para elaboração dos trabalhos foi pensado para quatro aulas dentro das
dependências da escola, contudo, fica a critério do professor estabelecer um prazo limite e recur-
sos utilizados, assim como o convite de colaboração e participação dos outros componentes.

Objetivo geral para cada equipe:


Os estudantes deverão apresentar, para a turma, o estudo de caso escolhido dentro de um período
de 15 minutos, no máximo.

Orientações para os estudantes quanto a apresentação da aula pelas equipes:


Enfatizar para os estudantes a importância da interpretação cronológica dos acontecimentos,
levando-os a realizarem, principalmente, as seguintes etapas:
• Explicação sobre o conceito de ética ambiental.
• Exposição do estudo de caso ou situação-problema.
• Considerar a interpretação correta do fato ocorrido.
• Utilização da argumentação dos estudantes. (Pensamento crítico).
• Metodologia de apresentação utilizada pela equipe. (Criatividade).
• Conclusão.

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3ª ETAPA
Trabalhar junto às equipes, nas dependências da escola, para a elaboração do trabalho, orientando
os estudantes.
Sugerir aos estudantes, e de concordância com os demais professores e equipe pedagógica, a
apresentação dos resultados do trabalho em outras turmas.

RECURSOS:
Quadro, projetor multimídias, computador, acesso à internet e laboratório.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Ao longo das apresentações dos estudantes, algumas ações devem ser consideradas:
• Apresentação dos trabalhos realizados pelas equipes.
• Material, metodologia e recursos utilizados para a apresentação do estudo de caso.
• Interpretação dos fatos e acontecimentos e a explicação realizada para os demais colegas.
• Crítica consciente e a formação de opinião apresentada pela equipe.
• Resultado do trabalho ou a mensagem apresentada para os demais colegas.

ATIVIDADES
MATERIAL DE
1 - Trabalho em equipe de no máximo cinco estudantes:

APOIO PEDAGÓGICO
→ Escolher um estudo de caso sobre impacto negativo no meio ambiente ou social.
→ Escolher o nome da equipe para apresentação da aula com o resultado final.
→ Fazer a pesquisa sobre os acontecimentos “motivo, causas e consequências”.
→ Defender uma opinião crítica sobre os fatos gerados, principalmente sobre os erros come-
tidos na ação.
PARA APRENDIZAGENS
→ Elaborar a apresentação de forma organizada e objetiva.
→ Obedecer o limite de tempo fornecido.
→ Utilizar equipamentos de mídia e internet para apresentação.
→ A equipe deve trabalhar e utilizar da cooperação, empatia, criatividade, argumentação, cole-
tividade e formação de opinião, para sensibilizar os demais ouvintes sobre a importância do
caso estudado.
→ Todos os componentes da equipe devem participar da apresentação do trabalho.

REFERÊNCIAS

COMO nuvem letal matou mais de 8 mil pessoas em 72 horas. BBC News, [s. l.] 3 dez. 2014. Disponível
em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/12/141203_gas_india_20anos_rp. Acesso:
24 maio 2022.
GIOVANAZ, Daniel. Maior crime industrial da história soma 600 mil vítimas e afeta 3ª gera-
ção na Índia. Brasil de Fato, Bhopal (Índia), 19 mar. 2020. Disponível em: https://www.bra-
sildefato.com.br/2020/03/19/maior-crime-industrial-da-historia-soma-600-mil-vitimas-e-
-afeta-3-geracao-na-india#:~:text=O%20maior%20crime%20industrial%20da,3%20de%20
dezembro%20de%201984. Acesso: 24 maio 2022.

5
MARTINS, G. A. Estudo de caso: uma reflexão sobre a aplicabilidade em pesquisa no Brasil.
Revista de Contabilidade e Organizações, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 9-18, 2008. DOI: 10.11606/rco.v2i2.34702.
Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rco/article/view/34702. Acesso em: 2 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.

MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

6
COMPETÊNCIA

Competência Específica 05: Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito


e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os
Direitos Humanos.

OBJETO (S)
HABILIDADE (S):
DE CONHECIMENTO:

Reconhecimento das insti- (EM13CHS501) Compreender e analisar os fundamentos da


tucionalizações dos direi- ética em diferentes culturas, identificando processos que
tos humanos no processo contribuem para a formação de sujeitos éticos que valorizem
de igualdade e respeito à a liberdade, a autonomia e o poder de decisão (vontade).
diversidade.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Democracia, Igualdade e equidade social


DURAÇÃO: 4 Aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: MATERIAL DE
O tema sobre democracia, além da política, trabalha os aspectos da diversidade cultural e a ideo-

APOIO PEDAGÓGICO
logia coletiva ou individual, buscando perpetuar a liberdade de expressão a igualdade e equidade.
Dentro do âmbito acadêmico permite aos estudantes do ensino médio a oportunidade de conhecer
e entender a atualidade deste pensamento que contempla a grande maioria das sociedades do
mundo.

PARA APRENDIZAGENS
Entendendo que os estudantes do 1º ano do ensino médio, iniciam a participação com voto direto
para a escolha de seus representantes, passa a ser importante a elucidação, conscientização sobre
as principais características relacionadas com os deveres e direitos dos cidadãos, entendendo a
própria participação dentro do sistema democrático.
Vários são os modelos e teorias que tentam caracterizar e descrever os sistemas democráticos,
mas, como referência e sendo o mais atual para ser trabalhado com os estudantes, o modelo com-
posto por Robert Dahl (1915 – 2014) que lista as condições necessárias para que os processos de
escolha representem ao máximo a vontade das pessoas, seguindo o pensamento sobre “Poliarquia”
de 1971.

1. Objetivo geral:
Explicar e caracterizar para os estudantes o conceito apresentado, abaixo:
De acordo com Lincoln, conforme menciona o próprio José Afonso da Silva (2000, p. 130), “demo-
cracia é governo do povo, pelo povo e para o povo”. Tal definição retrata bem a democracia direta e
pode-se dizer que essa seria uma concepção ideal de democracia. (MACEDO, 2008)

2. Objetivo específico:
Compreender o que é a poliarquia.

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Explicar e apresentar para os estudantes as características que envolve uma poliarquia:
• Liberdade de formar e aderir a organizações.
• Respeito às minorias e busca pela equidade.
• Liberdade de expressão.
• Direito de voto.
• Elegibilidade para cargos públicos.
• Direito de líderes políticos disputarem apoio e, consequentemente, conquistarem votos.
• Garantia de acesso a fontes alternativas de informação.
• Eleições livres, frequentes e idôneas.
• Instituições para fazer com que as políticas governamentais dependam de eleições e de
outras manifestações de preferência do eleitorado.

Exemplo com gráficos e índices sobre o grau de democracia no Brasil


O conceito, em resposta às diversas críticas sobre a não-soberania da democracia plena nas
nações, procura classificar em diferentes graus os “níveis de democratização” das sociedades
industriais desenvolvidas.
Com este tipo de dados, é possível expor para os estudantes, o grau de desenvolvimento político
estabelecido, definido como conscientização e participação na política.
Lembrando sobre o tema que a poliarquia procura promover uma análise mais realística baseada

MATERIAL DE
em uma classificação de quão democrático os Estados são.
Para a maioria dos brasileiros, a democracia é a melhor forma de governo. Segue abaixo dados de 2020.
“Para mais da metade dos brasileiros (58%), a democracia é sempre a melhor forma de governo.

APOIO PEDAGÓGICO
Por outro lado, 17% acreditam que, em algumas situações, um governo autoritário é melhor. E 15%
dizem que tanto faz um governo democrático ou autoritário. Os dados fazem parte de amplo levan-
tamento sobre assuntos ligados a política, economia e atitudes sociais realizado pelo DataSenado
junto à população brasileira”. (DataSenado, 2020)

PARA APRENDIZAGENS

8
Fonte: SENADO FEDERAL. Para a maioria dos brasileiros, a democracia é a melhor forma de governo. Senado Federal, [s. l.], 17 jan. 2020.

MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS
Fonte: SENADO FEDERAL. Para a maioria dos brasileiros, a democracia é a melhor forma de governo. Senado Federal, [s. l.], 17 jan. 2020.

Informe aos estudantes que “foram entrevistados 5.001 brasileiros distribuídos por todas as unida-
des da Federação, por meio de ligações para telefones fixos e móveis realizadas no período de 26 de
novembro a 17 de dezembro de 2019. O delineamento amostral foi do tipo estratificado, totalmente
probabilístico, com alocação uniforme entre as cinco Regiões do Brasil e proporcional entre as uni-
dades da Federação de uma mesma Região. As margens de erro de cada estimativa foram calcula-
das com nível de confiança de 95% e considerando o delineamento amostral (Anexo 1 do relatório
completo). Os valores percentuais foram arredondados de maneira que a soma dos percentuais de
alguns gráficos e tabelas pode ser diferente de 100%, para mais ou para menos”. (DataSenado, 2020)

B) DESENVOLVIMENTO:
Aula expositiva com explicação em torno dos fatos e acontecimentos reais do passado e do pre-
sente com fontes oficiais.
• Explicação do conceito e do tema de abertura com introdução sobre Democracia e a
Poliarquia, dando ênfase para a importância do sistema democrático para as escolhas de
seus representantes públicos.

9
• Apresentação de mapas, gráficos, índices locais, regionais ou globais sobre a participação
popular no governo. Podendo utilizar dados de sites governamentais ou não.
• Relacionar a atualidade da equidade social da população com os projetos políticos atuais no
Brasil.
• Relatar a conquista do voto direto com o fim da ditadura em 1985.
• Conhecer a constituição brasileira de 1988 e seus direitos e deveres como cidadão brasileiro.
• Rever os históricos de impeachment de políticos brasileiros nas principais CPIs já compostas.
• Estudar e analisar os movimentos populares após 1985 como, por exemplo, os caras-pinta-
das, etc.
• Conhecer biografia de pensadores e cientistas políticos e personalidades que lutaram por
justiça, igualdade e equidade social.
• Finalizar com a atividade individual em sala de aula, em dois momentos.

Exemplos para abordagem do tema:

MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

10
MATERIAL DE
Fonte: MATTOS, Alessandro Nicoli de. O que é democracia? Aprenda agora em até 10 minutos. Politize, [s. l.], 05 jan. 2017.

APOIO PEDAGÓGICO
Diante do contexto, explicar os caminhos para democracias plenas: Os principais aspectos para
serem explicados estão dentro das sociedades com tendências maiores para tornarem poliarquias,
pois o sistema poliárquico depende do conjunto de características econômicas, sociais e culturais.

PARA APRENDIZAGENS
Segundo Robert Dahl (1971 - Poliarquia: Participação e Oposição).
Estágio de desenvolvimento da economia: Quando a economia de uma sociedade for desenvol-
vida, maiores as chances do país se tornar uma poliarquia. Isso porque uma economia de alto nível
precisa de indivíduos livres e motivados, trabalhando por opção e não por coerção.
Relação de custos: Para um grupo que controla o governo de forma hegemônica, permitir a com-
petição e a contestação traz o risco de perder o poder.
Ausência de grandes desigualdades: A desigualdade econômica, por exemplo, costuma concen-
trar na mão de poucos os recursos não só financeiros, mas também políticos, o que impede a com-
petição e a contestação plenas.
Diferenças culturais, religiosas e étnicas: Segundo Dahl, essas diferenças também dificultam o
surgimento de uma ordem mais democrática. Isso aconteceria porque os grupos se sentiriam amea-
çados uns pelos outros, as rivalidades levariam a crises e o sistema iria “[…] muito provavelmente, se
dissolver numa guerra civil, ou será substituído por uma hegemonia, ou ambos” (página 111).
Crenças de líderes e ativistas políticos: Quanto mais as lideranças políticas acreditam na legiti-
midade dos valores democráticos e consideram um governo desta natureza mais eficaz, maior as
chances de seguirem esse caminho. Por outro lado, quando essas pessoas têm uma relação de
muito respeito com a autoridade e enxergam os adversários políticos de maneira apenas competi-
tiva, e não cooperativa, essas chances diminuem.

11
DESENVOLVIMENTO COM SOCIOLOGIA E HISTÓRIA:
Aula expositiva com explicação em torno das ideias de igualdade, equidade e liberdade com apre-
sentação de personalidades que são referência democráticas.

Exemplos para abordagem do tema:

Maria Quitéria Chiquinha Gonzaga Harriet Tubman Tia Ciata

Fonte: FUKS. eBiografia, 2021.


Fonte: AIDAR. eBiografia,
Fonte: FUKS. eBiografia, 2021. Fonte: AIDAR. eBiografia, 2022. 2022.

Zilda Arns Maria da Penha Marta Greta Thunberg

MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
Fonte: FUKS. eBiografia, 2021.

Fonte: FUKS. eBiografia, 2021. Fonte: AIDAR. eBiografia,


2022.
Fonte: Conferências Nacionais
de Saúde, 2016.

Betinho
PARA APRENDIZAGENS
Ayrton Senna Antônio Ermírio de
Moraes

Fonte: CURY. TPH, 2020.

Fonte: HEBERT. In: Wikipédia,


2022. Fonte: SAMOR. Brazil Journal,
2014.

Obs.: As personalidades citadas acima são sugestões. O importante é que sejam trabalhados per-
sonalidades que demonstrem aspectos que estejam ligados à democracia e seus princípios.

Diante do contexto das personalidades apresentadas, explique os caminhos para democracias


com igualdade e equidade social:
Importante lembrar que estamos em uma época em que a geração Y, constitui e trazem as novas
tendências sociais (trabalho, lazer, família, educação, etc.) e estão em busca de mais informações
e conhecimento com espírito inovador e participativo.

12
Surgem assim novas lideranças com ideias democráticas e políticas, normalmente inspiradas em
fatos que foram ao encontro de seus estudos acadêmicos levados pelos docentes, seja no ensino
médio ou na graduação, é evidente esta influência das características sociais e principalmente
culturais.
Portanto, torna-se imprescindível a explicação de como é ser um líder melhor, por meio de algumas
ações:

1. Ter inteligência emocional: É manter o equilíbrio das emoções e que saibam gerenciar os
sentimentos frente às adversidades, tanto os seus quanto os dos outros.
2. Ser empático: Ser compreensivo, saber ouvir e acima de tudo, se colocar no lugar do outro
e entender aquele ponto de vista.
3. Ser inspirador: É ser inspirador e influenciar outras pessoas ao seu redor.
4. Saber dar e receber feedbacks: Sabe-se que críticas construtivas são sempre uma forma
de evoluir profissionalmente e também pessoalmente.
5. Tomar decisões baseadas em dados e percepção: Capacidade analítica da inteligência
coletiva, com equidade e igualdade.
6. Saber resolver conflitos: Manter um comportamento pacífico e diplomático para amenizar
situações de conflitos de uma forma benéfica para todos os lados.
7. Saber se comunicar: É importante para transmitir com clareza o que deve ser feito, além
disso, uma boa comunicação também inspira confiança e segurança no que está sendo dito.
8. Ter poder de persuasão: Persuasão em nada tem a ver com a manipulação. Persuasão é

fluida e clara. MATERIAL DE


uma forma de convencer o outro do seu ponto de vista, também têm uma linha de raciocínio

9. Ser curioso: É o não cansar de aprender, isso faz com que a bagagem cultural e técnica seja

APOIO PEDAGÓGICO
vasta, influenciando diretamente em decisões mais assertivas e inovadoras.
10. Estar por dentro das tendências: Esse networking e o constante contato com novas ten-
dências faz com que seja mais fácil resolver problemas com mais agilidade e assertividade.

PARA APRENDIZAGENS
RECURSOS:
Quadro, projetor multimídias, revistas diversas, mapas, computador, reportagens, acesso à inter-
net e demais livros.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Os estudantes irão explicar o tipo de democracia existente em determinadas regiões (países) e
relacioná-la à atualidade existente naquela região, dando referência para o tema de democracia,
igualdade e equidade social. (Comparação entre os países desenvolvidos, subdesenvolvidos e
emergentes).

ATIVIDADES

1 - Fazer análises comparativas entre países ricos e pobres, e relatar as igualdades ou desigualda-
des sociais existentes.

a) Escolher um país desenvolvido e explicar o funcionamento da democracia com igualdade,


equidade social, participação popular e a transparência do governo.
b) Escolher um país subdesenvolvido ou emergente e explicar o funcionamento da democra-
cia, com igualdade, equidade social, participação popular e a transparência do governo.

13
c) Escolher uma personalidade nacional e relatar suas contribuições para o Brasil.

REFERÊNCIAS

10 características de um líder de sucesso. Unit, [s. l.] 11 ago. 2021. Disponível em: https://www.unit.
br/blog/caracteristicas-de-um-lider-de-sucesso . Acesso em: 01 jun. 2022.
AIDAR, Laura. 26 mulheres importantes que fizeram história. eBiografia. [s. l.], 31 mar. 2022.
Disponível em: https://www.ebiografia.com/mulheres_importantes_historia/. Acesso em: 02 jun.
2022.
ANDREASSA, Luiz. O que é uma Poliarquia?. Politize, [s. l.], 12 set. 2019. Disponível em: https://
www.politize.com.br/poliarquia/. Acesso: 31 maio 2022.
Conferências Nacionais de Saúde. Zilda Arns, a humanista incansável, [s. l. 2016]. Disponível em:
http://www.ccs.saude.gov.br/cns/zilda-arns.php. Acesso em: 02 jun. 2022.
CURY, Guilherme. 15 frases marcantes do Ayrton Senna. Tudo para Homens, [s. l.] 03 abr. 2020.
Disponível em: https://tudoparahomens.com.br/15-frases-marcantes-do-ayrton-senna/. Acesso
em: 02 jun. 2022.
FULKS, Rebeca. A biografia das 20 pessoas mais importantes para a história do Brasil. eBiografia.

MATERIAL DE
[s. l.], 08 fev. 2021. Disponível em:
HERBERT JOSÉ DE SOUSA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation,
2022. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_Jos%C3%A9_de_Sousa. Acesso em:
02 jun. 2022.

APOIO PEDAGÓGICO
https://www.ebiografia.com/pessoas_importantes_brasil/. Acesso em: 02 jun. 2022.
MATTOS, Alessandro Nicoli de. O que é democracia? Aprenda agora em até 10 minutos. Politize, [s.
l.], 05 jan. 2017. Disponível em: https://www.politize.com.br/democracia-o-que-e/ . Acesso em 01
jun. 2022.
PARA APRENDIZAGENS
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
SAMOR, Geraldo. O legado de Antônio Ermírio. Brazil Journal, [s. l.], 25 ago. 2014 Disponível em:
https://braziljournal.com/o-legado-de-antonio-ermirio . Acesso: 01 jun. 2022.
SENADO FEDERAL. Para a maioria dos brasileiros, a democracia é a melhor forma de governo.
Senado Federal, [s. l.], 17 jan. 2020. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/institucional/
datasenado/materias/pesquisas/para-a-maioria-dos-brasileiros-a-democracia-e-a-melhor-for-
ma-de-governo. Acesso em: 02 jun. 2022.

14
COMPETÊNCIA

Competência Específica 05: Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito


e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os
Direitos Humanos.

OBJETO (S)
HABILIDADE (S):
DE CONHECIMENTO:

Identificando as formas de (EM13CHS503) Identificar diversas formas de violência (física,


violência. simbólica, psicológica etc.), suas causas, significados e usos
políticos, sociais e culturais, avaliando e propondo mecanis-
mos para combatê-las, com base em argumentos éticos.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Identificando as formas de violência


DURAÇÃO: 2 Aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
MATERIAL DE
Nesta proposta os professores (as) envolvidos trazem para a sala de aula informações sobre o coti-
diano de muitos brasileiros que convivem com a violência em seus mais variados tipos e formas.

APOIO PEDAGÓGICO
Fatos que devem ser expostos e estudados de forma interdisciplinar e em conjunto com todos os
conteúdos, pois passam a ser questões sociais que atingem diretamente a vida do estudante e
seus familiares do convívio social em comunidades, vindo a interferir de forma negativa no desen-

PARA APRENDIZAGENS
volvimento acadêmico, intelectual, cultural, social e profissional dos jovens estudantes.
Para este contexto, as mídias televisivas, internet, revistas, reportagens e demais veículos de infor-
mação tornam-se suficientes para o estudo e entendimento das causas e consequências. Assim os
professores (as) devem se apropriar destes fatos negativos e ao associar com o conteúdo corres-
pondente passa a explicar os aspectos relevantes de combate a violência.

Exemplo 01: Formas de violência Urbana


Violência urbana é o conjunto de ações que infringem a lei e a ordem pública nos centros urba-
nos e metrópoles. Assassinatos, assaltos, brigas generalizadas, tráfico de drogas e armas, furtos,
sequestros, estupros, violência doméstica, feminicídio, misoginia, são algumas das principais
formas de violência que estão mais presentes nas cidades.
Cabe explicar para os estudantes a origem ou que pode levar as pessoas a cometerem algum tipo
de violência ou seja devido a qual ou quais motivações.
Essa associação normalmente apresenta fatores como localização, a falta de infraestrutura pública
para as famílias vulneráveis, emprego e renda familiar, moradia, saneamento e dignidade humana,
discriminação social.
Nessa estatística o conceito geral demonstra que o crescimento urbano desorganizado e a falta
de infraestrutura para os moradores das cidades, passam a estar entre as principais causas que
levam ao caos social urbano relacionado com a violência.

15
A partir deste princípio e após a explicação geral, o professor responsável, conduz o tema para
os estudantes utilizando de uma única forma de violência atual. “Como explicado abaixo no
desenvolvimento”.

B) DESENVOLVIMENTO:
Violência contra a mulher

1. Explicar as formas de violência mais comuns nas grandes cidades ou no campo contra
mulheres.
2. Principais motivos e tipos de violência contra a mulher (Física, psicológica, sexual, patrimo-
nial, moral).

Quadro 01: Dados da violência contra a mulher no Brasil (Adaptado)

A cada 2 minutos, duas mulheres são espancadas.

A cada hora, 503 mulheres são vítimas de agressão.

A cada 2 horas, 1 mulher é assassinada.

A casa 11 minutos, 1 mulher é estuprada.

MATERIAL DE
Fonte: Violência Contra a Mulher: Entenda os tipos de violência contra mulher. Significados, [s. l.], 01 out. 2019.

1. Prevenção da violência contra a mulher.

APOIO PEDAGÓGICO
As origens da violência contra as mulheres no Brasil passam por processos históricos que podem
ser superados e combatidos através e com:

PARA APRENDIZAGENS
Quadro 02: Prevenção da violência contra a mulher (Adaptado)

As leis para prevenir, proteger a mulher.

As leis com condenações mais rígidas aos agressores de mulheres.

Sociedade e cultura unidas para desconstruir as desigualdades de


gênero e as discriminações.

Políticas educacionais para os jovens nas escolas e toda a sociedade.

Políticas públicas para garantir a igualdade de oportunidade, respeito


aos direitos das mulheres.

Incentivar a denúncia para combater o silêncio da violência


doméstica.

Fonte: Violência Urbana: O que é a violência urbana. Significados, [s. l.], [28 maio 2017].

16
Quadro 03 – Exemplo de tipos de violência urbana e os atos mais comuns.

Violência doméstica: Agressões dentro de casa entre os familiares.

Violência por privação ou abandono: contra jovens, crianças e idosos.

Violência física: Maus tratos com agressões com golpes, ferimentos,


puxões, empurrões, imobilização, etc.

Violência psicológica: Intimidações, ameaças verbais, Ameaças, humi-


lhações, Intimidações.

Violência sexual: Abusos, assédio, estupro, exposição à nudez, prática


de atos sexuais indesejados.

Violência econômica: Retenção de bens ou capital, roubo, furto

Violência social: Discriminação, segregação, intolerância, etc.

Violência Moral: Calúnia, Difamação, Injúria.

Fonte: MENEZES, Pedro. Violência. O que é violência. Significados, [s. l.], [21 set. 2012].

MATERIAL DE
O objetivo desta atividade é o de retratar e reconhecer os acontecimentos dos tipos de violência.
O estudante irá realizar uma pesquisa para a produção de um texto (breve) sobre o assunto da sua
escolha relacionado com a violência do cotidiano existente na sociedade. Assim, irá abordar o

APOIO PEDAGÓGICO
assunto em uma folha apenas, (frente e verso) no caderno, não é para colocar o nome nessa folha.
(Apenas o relato sobre a violência, ou seja, o que aconteceu).
O estudante poderá realizar sua pesquisa no laboratório de informática, caso seja necessário,
dispor de conexão com internet para pesquisar.

PARA APRENDIZAGENS
Após os estudantes terem realizado a atividade, o professor a recolhe e em seguida, passa a distri-
buí-las de forma aleatória entre os estudantes, não podendo o estudante ficar com o próprio texto.
Nesse momento cada estudante poderá relatar a pesquisa do outro, surgindo o debate de forma
espontânea entre os estudantes, tendo como mediador o professor para intervir e ajudar nas inter-
pretações sobre o assunto.
De forma sucinta, a cada leitura de relato realizada pelos estudantes e com o reconhecimento da
violência praticada, a folha com o texto será fixada na parede da sala em qualquer local, o estudante
que leu irá escrever em uma tira de cartolina a palavra que se aproxima daquele acontecimento
ocorrido no relato, por exemplo: ódio, raiva, injustiça, covardia, xenofobia, preconceitos, imoral,
intolerante, vingança, etc.
Ao final da proposta com todos ou a maioria tendo participado, todas as tiras com as palavras
encontradas serão descartadas no cesto de lixo da sala de aula (rasgadas ou queimadas pelos estu-
dantes). As histórias pesquisadas serão retiradas da parede no final do turno.

RECURSOS:
Quadro, projetor multimídias, computador conectado, reportagens, revistas ou jornais para recorte
que aborde o tema de violência contra as mulheres, cartolinas, uma tesoura sem ponta, duas cane-
tas (pincel).

17
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Ao longo das apresentações dos estudantes, algumas ações devem ser consideradas:
• Apresentação dos trabalhos realizados.
• Material, metodologia e recursos utilizados para a apresentação do trabalho.
• Resultado do trabalho ou a mensagem apresentada para os demais colegas.

ATIVIDADES

1 - Produzir um texto pequeno que relata alguma forma de violência do cotidiano.


O texto deverá ser um relato real tirado extraído de fonte confiável como reportagem, sites, jornais,
revistas, etc.
A produção deste texto deverá seguir o seguinte:

1. Contar o acontecimento de fato.


2. Não pode ter imagens de pessoas.
3. Colocar nomes fictícios no lugar dos nomes reais das vítimas e dos agressores.
4. Não poderá identificar no texto a localização do acontecimento.
5. Deve ser feito no caderno em uma única folha (frente e verso).
6.
MATERIAL DE
Não é para colocar o seu nome na folha.

REFERÊNCIAS
APOIO PEDAGÓGICO
MENEZES, Pedro. Violência. O que é violência. Significados, [s. l.], [21 set. 2012]. Disponível em:
https://www.significados.com.br/violencia/. Acesso: 02 jun. 2022.

PARA APRENDIZAGENS
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
VIOLÊNCIA Urbana: O que é a violência urbana. Significados, [s. l.], [28 maio 2017]. Disponível em:
https://www.significados.com.br/violencia-urbana/. Acesso: 02 jun. 2022.
VIOLÊNCIA Contra a Mulher: Entenda os tipos de violência contra mulher. Significados, [s. l.], [01
out. 2019]. Disponível em: https://www.significados.com.br/violencia-contra-a-mulher/ . Acesso:
01 jun. 2022

18
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
1 o ano – 3 o Bimestre Ensino Médio 2022

COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO


História Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIAS

Competência Específica 01: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e cultu-
rais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de
procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO
-se criticamente HABILIDADE(S)
em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões
baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.
Competência Específica 02: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e
espaços, mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o

MATERIAL DE
papel geopolítico dos Estados-nações.
Competência Específica 06: Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes
posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liber-

APOIO PEDAGÓGICO
dade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

A formação dos Impérios e


Estados Nacionais.
PARA APRENDIZAGENS
(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor
argumentos relativos a processos políticos, econômicos, sociais,
ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematiza-
ção de dados e informações de natureza qualitativa e quantitativa
(expressões artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos
históricos, gráficos, mapas, tabelas etc.).
(EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das
mercadorias e do capital nos diversos continentes, com destaque para a
mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função
de eventos naturais, políticos, econômicos, sociais e culturais.
(EM13CHS204) Comparar e avaliar os processos de ocupação do espaço
e a formação de territórios, territorialidades e fronteiras, identificando o
papel de diferentes agentes (como grupos sociais e culturais, impérios,
Estados Nacionais e organismos internacionais) e considerando os con-
flitos populacionais (internos e externos), a diversidade étnico-cultural e
as características socioeconômicas, políticas e tecnológicas.
(EM13CHS603) Compreender e aplicar conceitos políticos básicos
(Estado, poder, formas, sistemas e regimes de governo, soberania
etc.) na análise da formação de diferentes países, povos e nações e de
suas experiências políticas.

19
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A formação das nações e impérios europeus na Idade Moderna
DURAÇÃO: 4 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Na transição do medievo europeu para a modernidade, o sistema feudal foi dando lugar às monar-
quias centralizadas. Com a centralização política, as nações ibéricas, principalmente, avançaram
por territórios além-mar e constituíram grandes impérios coloniais. Dentro da Europa, o Sacro
Império Romano-Germânico (SIRG) e o Império Russo se formaram, no centro-leste europeu, no
mesmo período que as monarquias europeias ocidentais. A expansão marítima permitiu, também,
o contato dos países da Europa com administrações políticas centralizadas na América e África
(Impérios Asteca e Inca, Império Mali, Reino de Gana, dentre outros).

B) DESENVOLVIMENTO:
Professor(a), inicie a primeira aula interrogando os estudantes se conhecem os conceitos
de monarquia e império. Espere pela participação discente. Após isso, reforce os conceitos:
monarquia (governo de uma pessoa. Poder centralizado. Governo de reis e rainhas); império

MATERIAL DE
(governo centralizado em reis e rainhas que dominam, controlam, vários reinos). Após isso,
você pode projetar em sala de aula (ou usar mapas dos livros didáticos e ou xerocados) mapas
do processo de formação das monarquias europeias entre os séculos XIV e XVI. (vide seção
recursos). Após a exploração dos mapas para construção da análise das dinâmicas territoriais,

APOIO PEDAGÓGICO
sugerimos que, nos momentos finais dessa primeira aula, elenque as motivações que levam à
centralização política da Europa feudal (aliança da monarquia com a burguesia; reorganização
do poder nobiliárquico, constituição de exércitos permanentes, renascimento comercial e cul-
tural [caso ache producente, consulte o texto desse sítio web: https://www.coladaweb.com/

PARA APRENDIZAGENS
historia/monarquia-absolutista]).
Na segunda aula desta sequência, sugere-se que se foque nos teóricos do absolutismo, ou seja,
nos pensadores que produziram as bases doutrinárias e ideológicas da formação dos estados
nacionais europeus. Thomas More (A Utopia), Jean Bodin (Os seis livros da República), Jacques
Bossuet (Política retirada da Sagrada Escritura), Maquiavel (O Príncipe) e Thomas Hobbes (Leviatã).
Busque trechos dos pensamentos desses teóricos e reproduza-os em sala de aula como forma de
aprimorar a habilidade 603 nos(as) discentes. Sugere-se que, junto aos trechos que você selecio-
nar, que apresente um retrato de cada teórico.
Na terceira aula, apresente as organizações imperiais e monárquicas existentes na América, Ásia
e África. Trace paralelos com a forma de organização política e econômica das monarquias e impé-
rios da Europa. Demonstre, também, como a expansão marítima permitiu a dissolução dessas
organizações territoriais na América, Ásia e África por meio da intensificação da colonização das
nações europeias, pautadas na exploração comercial e justificadas pela expansão religiosa.
Na quarta e última aula, professor(a), aplique uma avaliação qualitativa/quantitativa. Indicamos
duas possibilidades: reprodução das atividades disponíveis após a seção “procedimentos de ava-
liação” ou a confecção de um jogo com os pensadores da centralização política moderna na Europa.
(como elaborar o jogo, leia na seção “recursos”).

20
RECURSOS:
Mapas das formações das monarquias centralizadas:

→ Formação Espanha:
MATOS, Carlos. Formação das Monarquias Nacionais. Coladaweb, [s. l.], [07 jan. 2021]. Disponível
em: https://www.coladaweb.com/historia/a-formacao-das-monarquias-nacionais. Acesso em: 15
jul. 2022.

→ Formação Portugal:
BARDINE, Renan. Formação de Portugal. Coladaweb, [s. l.], [12 fev. 2017]. Disponível em: https://
www.coladaweb.com/historia/formacao-portugal. Acesso em: 15 jul. 2022.

→ SIRG:
Sacro Império Romano Germánico. Historia Universal. In: Pinterest, [s. l.], [s.d.]. Disponível em:
https://br.pinterest.com/pin/601582462717538760/. Acesso em: 15 jul. 2022.

→ Império Russo:
Império Russo. GOV CIV guarda, [s. l.], [s.d.]. Disponível em: https://gov-civ-guarda.pt/russian-
-empire. Acesso em: 15 jul. 2022.

MATERIAL DE
Jogo dos teóricos: Professor(a), para elaborar esse jogo, você precisará de folhas A4 de seis cores
diferentes. Imprima retrato dos cinco teóricos selecionados nessa sequência didática (Thomas
More, Thomas Hobbes, Maquiavel, Jean Bodin e Jacques Bossuet).

APOIO PEDAGÓGICO
Cole as imagens em cinco folhas A4 de uma mesma cor. Em seguida, selecione trechos das obras
dos autores e os redija nas outras folhas. (Para facilitar a sua observação, professor(a), utilize uma
cor para cada teórico e reproduza os trechos nessas folhas). Selecione trechos suficientes para
que cada discente receba uma carta/trecho.

PARA APRENDIZAGENS
No dia do jogo em sala, coloque os retratos dos teóricos pregados no quadro. Pegue cinco mesas
e coloque abaixo de cada retrato. Distribua os trechos para cada estudante(a) e peça que eles(as)
leiam as frases e coloquem-nas na mesa abaixo do pensador que eles(as) julgam ser o autor da
frase que recebeu.
Após isso, vá pegando uma carta de cada vez e faça a leitura em voz alta. Peça que a sala de aula
confirme ou refute a seleção inicial, ou seja, se a frase lida pertence, ou não, ao teórico da mesa
correspondente. (Recoloque as frases lidas nas mesas de acordo com a seleção dos(as) estudan-
tes. Ao final, ao observar as mesas, verifique se as cores das folhas. Caso haja cores selecionadas
diferentemente, explique o erro à sala de aula).
O objetivo desse jogo é aprofundar os pensamentos políticos. Ao colocar a mesma cor para cada
teórico, facilita, para o(a) docente, identificar os trechos atribuídos erroneamente a cada filósofo.
A avaliação não tem caráter individual, mas coletivo. Pontue a sala de participação.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observação da participação discente durante as aulas. Avaliação qualitativa/quantitativa.
Gamificação.

21
ATIVIDADES
1 - O pensador político inglês John Locke (1632 – 1704) escreveu a seguinte frase: “Considero poder
político o direito de fazer leis para regular e preservar a propriedade”.
Levando em consideração esse pensamento, responda:

a) Qual a relação dessa ideia com a acumulação de capital durante o período moderno?
b) Qual a função do Estado para o inglês John Locke?

2 - (UEMS) A formação do Estado Moderno foi resultado de um complexo de causas, entre as quais
avulta o aparecimento de uma aristocracia comercial que havia tomado parte ativa nos movi-
mentos de emancipação das cidades e que, em seu próprio interesse, reagia contra o feudalismo
apoiando a realeza. As instituições que deram ao Estado Moderno suas características foram:

a) A injustiça real, que sobrepujou o direito de julgar dos antigos senhores; a moeda real, que
substituiu a pluralidade de moedas cunhadas pelos nobres feudais. 
b) A justiça real, que deu o direito de não julgar dos antigos senhores; a moeda real que não
foi mais cunhada e que substituiu a pluralidade de moedas cunhadas pelos nobres feudais. 
c) A justiça real, que sobrepujou o direito de julgar dos antigos senhores; a moeda real, que

MATERIAL DE
substituiu a pluralidade de moedas cunhadas pelos nobres feudais.
d) A justiça real, que sobrepujou o direito de julgar dos antigos senhores; a moeda real, que não
substituiu a pluralidade de moedas cunhadas pelos nobres feudais.

APOIO PEDAGÓGICO
3 - Relacione a centralização do poder político na Europa Moderna com as transformações cultu-
rais, de pensamento, nessa região (Renascimento cultural e Reforma Protestante).

4 - Observe a imagem:

PARA APRENDIZAGENS

Fonte: Império Russo. GOV CIV guarda, [s. l.], [s.d.].


Império Russo Expansão da Rússia na Ásia. Encyclopædia Britannica, Inc.

22
a) Identifique o período de maior expansão do Império Russo.
b) Identifique quais os principais eventos políticos, econômicos e sociais ocorriam, nesse
momento, na parte ocidental da Europa.

REFERÊNCIAS

FLORENZANO, Modesto. Sobre as origens e o desenvolvimento do estado moderno no ocidente. Lua


Nova: Revista de Cultura e Política [online]. 2007, n. 71, pp. 11-39. Disponível em: https://www.scielo.
br/j/ln/a/LypXK3NPB5PXvG3CvBvbLvn/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 16 de maio de 2022.
IMPÉRIO Russo. Gov CIV Guarda.[s. l.], 2022. Disponível em: https://gov-civ-guarda.pt/sion .
Acesso em: 16 de maio de 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: <https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf>. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível

MATERIAL DE
em:< https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view>. Acesso
em: 05 jun. 2022.
SILVA, D. M. da. Thomas Hobbes e a violência do Estado: Possibilidades de resistência e o duplo

APOIO PEDAGÓGICO
sentido do medo e do poder. v. 14 n. 159 (2014): Revista Espaço Acadêmico, 159, agosto de 2014.
Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/24453.
Acesso em: 16 maio de 2022.

PARA APRENDIZAGENS

23
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA

Competência Específica 01: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e


culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da plu-
ralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreen-
der e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e
tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.
Competência Específica 02: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes
tempos e espaços, mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territo-
rialidades e o papel geopolítico dos Estados-nações.
Competência Específica 06: Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferen-
tes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida,
com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

As concepções e as diver- (EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e


sas relações de trabalho em compor argumentos relativos a processos políticos, econômicos,
transformação na socie- sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na

MATERIAL DE
dade europeia. sistematização de dados e informações de natureza qualitativa e
As relações de trabalho e quantitativa (expressões artísticas, textos filosóficos e socioló-
as tecnologias dos Astecas, gicos, documentos históricos, gráficos, mapas, tabelas etc.).
Incas e Maias. (EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das popu-
O trabalho dos povos indí-
genas no Brasil no período
colonial.
APOIO PEDAGÓGICO
lações, das mercadorias e do capital nos diversos continentes,
com destaque para a mobilidade e a fixação de pessoas, grupos
humanos e povos, em função de eventos naturais, políticos,
econômicos, sociais e culturais.

PARA APRENDIZAGENS
As concepções de trabalhos
nas tribos da África. (EM13CHS204) Comparar e avaliar os processos de ocupação do
espaço e a formação de territórios, territorialidades e frontei-
ras, identificando o papel de diferentes agentes (como grupos
sociais e culturais, impérios, Estados Nacionais e organismos
internacionais) e considerando os conflitos populacionais
(internos e externos), a diversidade étnico-cultural e as carac-
terísticas socioeconômicas, políticas e tecnológicas.
(EM13CHS603) Compreender e aplicar conceitos políticos bási-
cos (Estado, poder, formas, sistemas e regimes de governo,
soberania etc.) na análise da formação de diferentes países,
povos e nações e de suas experiências políticas.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Relações de trabalho em África, América e Europa


DURAÇÃO: 4 aulas

24
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), nessa sequência didática, trabalhar-se-á com o conceito de trabalho e seus desdobra-
mentos. Observe como os(as) estudantes entendem o labor nos dias de hoje e construa o conceito
de trabalho no período entre os séculos XIV e XVII, na transição feudo-capitalista europeia. Verse,
também, sobre como a ideia de trabalho, para os europeus, afetará as relações laborais dos povos
africanos e americanos ao momento da expansão marítima. É também producente que demons-
tre como as tecnologias desenvolvidas por esses povos foram utilizadas no processo colonizador
(astronomia, arquitetura, dentre outras) e como as diferenças ideológicas sobre a ideia de trabalho
irão criar tensões entre os povos africanos e americanos com os invasores/colonizadores europeus.

B) DESENVOLVIMENTO:
Na primeira aula desta sequência didática comece indagando os(as) estudantes(as) sobre o que eles
entendem por trabalho. Por meio das respostas, observe o que eles(as) entendem por trabalho e
busque já construir alguns desdobramentos da ideia de trabalho, como, por exemplo: trabalho braçal,
trabalho intelectual, alienação e divisão do trabalho. Na sequência, introduza as mudanças nas rela-
ções laborais na transição feudo-capitalista europeia. Demonstre à sala de aula como o mundo euro-
peu foi transformando as relações de trabalho de subsistência, típicas do feudalismo, para relações
mais impessoais, em que a venda da força produtiva foi tornando-se cada vez mais comum.

MATERIAL DE
Na segunda aula, foque nas relações de trabalho das “grandes civilizações pré-colombia-
nas da América: Astecas, Incas e Maias”. Esses povos possuíam relações de trabalho ligadas
à agricultura e ao comércio. Mas, as grandes construções arquitetônicas (canais de irriga-
ção, pirâmides, templos, dentre outros), também consumiam mão de obra livre e escravizada.

APOIO PEDAGÓGICO
Se possível, apresente à sala de aula, imagens e vídeos com as tecnologias desses povos.
(Consulte a seção recursos para obtenção e seleção de imagens).
Na penúltima aula, estabeleça as relações laborais nas populações indígenas do território bra-

PARA APRENDIZAGENS
sileiro e de povos africanos caçadores-coletores. Demonstre aos(às) estudantes como a ideia
dos(as) indígenas como inaptos(as) ao trabalho é consequência da visão colonizadora que impunha
um processo de exploração, subordinação e escravização desses povos. Para mais argumentos
sobre esse assunto e seleção de trechos para construção do arcabouço teórico discente, acesse:
https://www.cafehistoria.com.br/povos-indigenas-trabalho-brasil-colonial/. Sobre as relações
de trabalho entre populações “tribais” africanas, verse sobre a participação masculina e feminina
na agricultura. A participação masculina na caça. O trabalho feminino na organização da aldeia.
A participação masculina e feminina nas atividades religiosas. Faça um paralelo demonstrando a
extrema semelhança nessas divisões de trabalho entre as organizações sociais africanas e indíge-
nas brasileiras. (Um desdobramento é discutir com a sala sobre divisão de gênero/sexual do traba-
lho atualmente).
Por fim, na última aula, aplique exercícios de verificação da construção das habilidades e compe-
tências por meio desse objeto de conhecimento.

RECURSOS:
Tecnologias maias, incas e astecas.
ANTONELLI, Diego. Antes dos europeus: o desenvolvimento e as habilidades das civilizações pré-
-colombianas. Aventuras na História, 08 abr. 2022. Disponível em: https://aventurasnahistoria.
uol.com.br/noticias/desventuras/antes-dos-europeus-o-desenvolvimento-e-habilidades-das-ci-
vilizacoes-pre-colombianas.phtml. Acesso em: 15 jul. 2022.

25
Digite o nome das civilizações em navegadores de buscas.

→ Acesse:
AZTECAS. National Geographic, [s. l.], [2022]. Disponível em: https://historia.nationalgeographic.
com.es/temas/aztecas. Acesso em: 15 jul. 2022.
MAYAS. National Geographic, [s. l.], [2022]. Disponível em: https://historia.nationalgeographic.
com.es/temas/mayas. Acesso em: 15 jul. 2022.
INCAS. National Geographic, [s. l.], [2022]. Disponível em: https://historia.nationalgeographic.
com.es/temas/incas. Acesso em: 15 jul. 2022.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Participação em sala de aula. Objeto de verificação qualitativo/quantitativo da apreensão de com-
petências e habilidades desenvolvidas através dos objetos de conhecimento.

ATIVIDADES

1 - Conceitue, com suas palavras, trabalho.

MATERIAL DE
2 - Quais as principais tecnologias desenvolvidas por Astecas, Incas e Maias?

3 - “Assoladas por guerras, escravidão e doenças, as populações ameríndias da costa do Brasil

APOIO PEDAGÓGICO
foram drasticamente reduzidas ou tiveram que migrar para o interior ainda no século XVI, fato
que, além da tragédia humana que representou, exerceu uma forte pressão sobre o mundo dos
engenhos de açúcar, que dependia do fornecimento constante de braços para funcionar ade-
quadamente e responder à crescente demanda europeia pelo “ouro branco””. 

PARA APRENDIZAGENS
Fonte: CHAVES JUNIOR, José Inaldo. Os povos indígenas e a questão do trabalho no Brasil colonial. Café História, 18 nov. 2019.

Qual a principal consequência, para os povos africanos, da dizimação das populações nativas da
colônia americana portuguesa?

4 - “De forma geral, a economia se organizava em torno da posse coletiva das terras. Um chefe
tribal ordenava a distribuição de lotes de terras mediante o pagamento de uma determinada
tributação.”
Fonte: SOUSA, Rainer Gonçalves. África pré-colonial. Brasil Escola, [s.l.], [2022].

A organização “tribal” africana pautava-se na coletividade. Como funcionava a participação de


homens e mulheres nas atividades produtivas dos povos africanos?

REFERÊNCIAS

ANTONELLI, Diego. Antes dos europeus: o desenvolvimento e as habilidades das civilizações pré-co-
lombianas. Aventuras na História. [s.l.], 2022. Disponível em:< https://aventurasnahistoria.uol.com.
br/noticias/desventuras/antes-dos-eur opeus-o-desenvolvimento-e-habilidades-das-civilizacoes-
-pre-colombianas.phtml>. Acesso em: 18 de maio de 2022.

26
CHAVES JUNIOR, José Inaldo. Os povos indígenas e a questão do trabalho no Brasil colonial. Café
História, [s.l.], 18 nov. 2019. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/povos-indigenas-tra-
balho-brasil-colonial /. Acesso em: 18 mai. 2022.
ETGES, Norberto Jacob. Conceito do trabalho, construção do conceito e trabalho do conceito.
UFSC. Perspectiva. v. 10 n. 17 (1992). Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspec-
tiva/article/view/9151. Acesso em 18 de maio de 2022.
GONZÁLEZ, Carolina. El mundo precolombino: la civilizaciones inca, maya y azteca. [s.l.], [2022].
Disponível em: http://www.secst.cl/colegio-online/docs/19032020_1123am_5e73aa912ad30.pdf.
Acesso em: 18 de maio de 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
RODRIGUES, Lucas de Oliveira. Conceito de Trabalho. Prepara Enem. [s.l.], [2022]. Disponível em:<

MATERIAL DE
https://www.preparaenem.com/sociologia/conceito-trabalho.htm#:~:text=O%20conceito%20
de%20trabalho%20%C3%A9,forma%20de%20obten%C3%A7%C3%A3o%20de%20subsist%-
C3%AAncia.&text=O%20trabalho%20%C3%A9%20definido%20por,meios%20para%20o%20
seu%20sustento . Acesso em: 18 de maio de 2022.

APOIO PEDAGÓGICO
SOUSA, Rainer Gonçalves. África pré-colonial. Brasil Escola, [s.l.], [2022]. Disponível em: https://
brasilescola.uol.com.br/historiag/africa-precolonial.htm. Acesso em 15 de julho de 2022.

PARA APRENDIZAGENS

27
COMPETÊNCIAS

Competência Específica 02: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes


tempos e espaços, mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territo-
rialidades e o papel geopolítico dos Estados-nações.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

A escravidão moderna e seus (EM13CHS205) Analisar a produção de diferentes territoria-


impactos nas relações políti- lidades em suas dimensões culturais, econômicas, ambien-
cas e no mundo do trabalho. tais, políticas e sociais, no Brasil e no mundo contemporâ-
A constituição dos valores cons- neo, com destaque para as culturas juvenis.
truídos pela cultura juvenil.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: A escravidão moderna e as juventudes


DURAÇÃO: 3 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
Com o início da colonização/exploração das terras do “Novo Mundo” pelas nações europeias, haverá
a crescente necessidade de mão de obra sujeita ao modelo produtivo mercantilista. A enorme mor-
tandade das populações nativas aliado ao processo de relações comerciais com populações africa-
nas, permitiu o desenvolvimento da atividade econômica escravagista. Nações como a Inglaterra

PARA APRENDIZAGENS
viram, nesse comércio de humanos, a rentabilidade mercantilista que imperava como doutrina.
O intenso tráfico de humanos escravizados para a América construiu o arcabouço econômico de
famílias e nações. Como resultado, devido ao processo étnico/racial desse comércio de pessoas,
os desdobramentos da escravização moderna determinarão as organizações socioeconômicas
dos séculos XX e XXI (no Brasil e na maioria das nações da América) e delineará as construções das
identidades juvenis atuais conforme as consequências étnicas, sociais, políticas e econômicas.

B) DESENVOLVIMENTO:
Essa sequência didática está dividida em três partes. Na primeira, conversar com a sala de aula
sobre o que foi a escravização moderna, o impacto dessa atividade econômica para as populações
africanas e para a construção da nação/sociedade colonial brasileira e os aspectos de resistência
dos(as) afetados(as) no cotidiano. É possível usar imagens e textos da época sobre os quilombos e
sobre o cotidiano colonial (Carlos Julião, Albert Eckhout, Debret, dentre outros).
Na segunda aula, converse sobre como a escravização moderna impactará na formação do
racismo institucional/estrutural das sociedades na América, em especial no Brasil e nos Estados
Unidos. (Professor(a): você pode usar trechos dos objetos textuais selecionados para te auxiliar
na exposição sobre o tema. Esses objetos estão na seção “RECURSOS” dessa sequência didática).
No final dessa segunda aula, solicite aos(às) estudantes que tragam, para a próxima aula, músicas
que retratem a realidade racial brasileira. A lista disponível nesse link: https://www.hypeness.com.
br/2020/12/15-musicas-que-falam-sobre-o-que-e-ser-negro-no-brasil/ são norteadoras para a
discussão da última aula dessa sequência didática.

28
Na última aula, peça aos(às) estudantes(as) que digam quais músicas selecionaram. Pergunte
se eles(as) conheciam, previamente, os(as) cantores(as)/autores(as), ou se passaram a conhe-
cer devido às aulas, ou se são consumidores(as) costumazes desse tipo musical/cultural juvenil.
Selecione uma ou duas músicas para debater com a sala de aula sobre essa realidade. Se possível,
professor(a), apresente dados sobre o ser negro(a) no Brasil atual e sobre políticas sociais de cotas
que buscam reverter esse processo histórico de discriminação como forma de fechar os temas.

RECURSOS:

→ Texto sobre Racismo Estrutural:


SIQUEIRA, Isabela Campos Vidigal Takahashi de et al. O que é racismo estrutural? Politize, [s. l.], 22
jun. 2021. Disponível em: https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/o-que-e-racismo-es-
trutural/. Acesso em: 15 jul. 2022.

→ Vídeos sobre Racismo Estrutural:


O QUE É racismo estrutural? Silvio Almeida. [s. l.: s. n.], [3 set. 2016]. 1 vídeo (10min). Publicado pelo
canal TV Boitempo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PD4Ew5DIGrU. Acesso
em: 15 jul. 2022.
RACISMO estrutural AD Junior. [s. l.: s. n.], 18 jun. 2019. 1 vídeo (13min). Publicado pelo canal TEDx
Talks. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_cCqIYediyg. Acesso em: 15 jul. 2022.

MATERIAL DE
QUAL O LUGAR do branco na luta antirracista? | Lia Vainer Schucman. [s. l.: s. n.], 3 abr. 2020. 1
vídeo (19min). Publicado pelo canal TEDx Talks. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?-
v=q6tSIHzpFTc. Acesso em: 15 jul. 2022.

APOIO PEDAGÓGICO
O BRASIL depois da abolição da escravatura. [s. l.: s. n.], 10 fev. 2021. 1 vídeo (13min). Publicado pelo
canal Canal Nostalgia. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kaD2kBpWuV0. Acesso
em: 15 jul. 2022.

PARA APRENDIZAGENS
→ Seleção musical:
15 músicas que falam sobre o que é ser negro no Brasil. Hypeness, [s. l.], 21 dez. 2020. Disponível
em: https://www.hypeness.com.br/2020/12/15-musicas-que-falam-sobre-o-que-e-ser-negro-
-no-brasil/. Acesso em: 15 jul. 2022.

→ Sobre ser negro(a) no Brasil:


JUNQUEIRA, Gabriela. O que é ser negro no Brasil, um país racista, em números. Capricho, [s. l.],
3 jun 2020. Disponível em: https://capricho.abril.com.br/comportamento/o-que-e-ser-negro-no-
-brasil-um-pais-racista-em-numeros/. Acesso em: 15 jul. 2022.
OLIVEIRA, Fátima. Ser negro no Brasil: alcances e limites. Estudos Avançados [online]. 2004, v. 18, n. 50
, pp. 57-60. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ea/a/CQmMqSJDwGS3vnSRPVZG66H/?lang=pt.
Acesso em: 15 jul. 2022.
BRITO, Débora. Cotas foram revolução silenciosa no Brasil, afirma especialista. Agência Brasil,
[s. l.], 27 maio 2018. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2018-05/
cotas-foram-revolucao-silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 15 jul. 2022.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Participação discente em sala. Avaliação qualitativa/quantitativa de verificação de apreensão de
habilidades e objetos de conhecimentos trabalhados.

29
ATIVIDADES
1 - A imagem mostra uma mulher protestando contra o sistema de cotas raciais / sociais adotado
pelas Instituições de Ensino Superior no Brasil. Analisando a imagem, responda:

a) Qual a importância do sistema de cotas para a


diminuição da desigualdade socioeconômica sis-
têmica brasileira?
b) Qual a importância do sistema de cotas para o
combate ao racismo estrutural no Brasil?

MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
Fonte: File: Protesto contra o sistema de cotas.jpg.
(2020, September 4). Wikimedia Commons, the free
media repository.

2 - Na obra “Coroação de um negro nos festejos de reis”, de Carlos Julião, a população escravizada

PARA APRENDIZAGENS
no Brasil é representada.

Descreva a imagem destacando o que é repre-


sentado e as simbologias de resistências à
escravização.

Fonte: File: Coroação de um rei negro no festejo de Reis. Obra de


Carlos Julião.png. (2020, October 16). Wikimedia Commons, the free
media repository.

3 - “A carne mais barata do mercado é a carne negra”.


Fonte: A CARNE. Elza Soares. Letras, [s. d.].

Escreva um parágrafo explicando a crítica social e econômica feita por Elza Soares à sociedade
brasileira por meio da frase destacada de sua canção.

30
REFERÊNCIAS
15 músicas que falam sobre o que é ser negro no Brasil. Hypeness. [s.l.], 2022. Disponível em:
https://www.hypeness.com.br/2020/12/15-musicas-que-falam-sobre-o-que-e-ser-negro-no-
-brasil/ . Acesso em: 23 de maio de 2022.
A CARNE. Elza Soares. Letras, [s. d.]. Disponível em: https://www.letras.mus.br/elza-soa-
res/281242/. Acesso em: 23 maio 2022.
ALBERT Eckhout. Escritório da Arte. [s.l.], [2022]. Disponível em: https://www.escritoriodearte.
com/artista/albert-eckhout . Acesso em: 23 de maio de 2022.
BRITO, Débora. Cotas foram revolução silenciosa no Brasil, afirma especialista. Agência Brasil,
[s. l.], 27 maio 2018. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2018-05/
cotas-foram-revolucao-silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 15 jul. 2022.
CARLOS Julião. Escritório da Arte. [s.l.], [2022]. Disponível em: https://www.escritoriodearte.
com/artista/carlos-juliao . Acesso em: 23 de maio de 2022.
CHAVES, F. C. M. Os impactos da escravidão moderna à sociedade e aos direitos humanos. Portal
Jus. [s.l.], 2019. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/77597/os-impactos-da-escravidao-mo-
derna-a-sociedade-e-aos-direitos-humanos/2. Acesso em: 23 de maio de 2022.
FILE: COROAÇÃO de um rei negro no festejo de Reis. Obra de Carlos Julião.png. (2020, October

MATERIAL DE
16). Wikimedia Commons, the free media repository. Disponível em: https://commons.wikimedia.
org/wiki/File:Coroa%C3%A7%C3%A3o_de_um_rei_negro_no_festejo_de_Reis._Obra_de_Carlos_
Juli%C3%A3o.png . Acesso em: 23 maio 2022.

APOIO PEDAGÓGICO
FILE: PROTESTO contra o sistema de cotas.jpg. (2020, September 4). Wikimedia Commons, the
free media repository. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Protesto_con-
tra_o_sistema_de_cotas.jpg >. Acesso em: 23 maio 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:

PARA APRENDIZAGENS
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
OLIVEIRA, Fátima. Ser negro no Brasil: alcances e limites. Estudos Avançados [online]. 2004, v. 18, n. 50
, pp. 57-60. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ea/a/CQmMqSJDwGS3vnSRPVZG66H/?lang=pt.
Acesso em: 15 jul. 2022.
SIQUEIRA, Isabela Campos Vidigal Takahashi de et al. O que é racismo estrutural? Politize, [s. l.], 22
jun. 2021. Disponível em: https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/o-que-e-racismo-es-
trutural/. Acesso em: 15 jul. 2022.

31
COMPETÊNCIAS

Competência Específica 01: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e


culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da plu-
ralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreen-
der e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e
tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.
Competência Específica 02: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes
tempos e espaços, mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territo-
rialidades e o papel geopolítico dos Estados-nações.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

As concepções de tempo e (EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e


espaço, processos civiliza- compor argumentos relativos a processos políticos, econô-
tórios, nômades e sedentá- micos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com
rios do período de transição base na sistematização de dados e informações de natureza
da Idade Média para a Idade qualitativa e quantitativa (expressões artísticas, textos filosó-
Moderna. ficos e sociológicos, documentos históricos, gráficos, mapas,
tabelas etc.).

MATERIAL DE
As concepções de mundo
dos povos pré-colombianos. (EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das popu-
lações, das mercadorias e do capital nos diversos continentes,
com destaque para a mobilidade e a fixação de pessoas, grupos

APOIO PEDAGÓGICO
humanos e povos, em função de eventos naturais, políticos,
econômicos, sociais e culturais.
(EM13CHS206) Compreender e aplicar os princípios de localiza-
ção, distribuição, ordem, extensão, conexão, entre outros, rela-

PARA APRENDIZAGENS
cionados com o raciocínio geográfico, na análise da ocupação
humana e da produção do espaço em diferentes tempos.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: As diferentes formas de interpretar o mundo


DURAÇÃO: 2 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Processos civilizatórios distintos levam a concepções diferenciadas de tempo e espaço. Porém, a
relação do ser humano com o tempo e o espaço, tendo como referência a transição feudo-capita-
lista, é bem parecida nas diversas sociedades nos diversos continentes. A observação dos astros,
a presença do dia e da noite, as estações do ano, dentre outros, são elementos determinantes no
ritmo de organização das sociedades, sejam elas caçadoras-coletoras, sejam agrícolas ou comer-
ciais. O renascimento comercial na Europa Ocidental vai introduzir uma nova relação com o tempo
e o espaço: cada vez mais pessoas irão deixar o ritmo de vida pautado pela natureza nas áreas
rurais e irão vivenciar o ritmo citadino e do trabalho nas oficinas e comércios (tempo esse pautado

32
pelo relógio, pela produtividade, pelo trabalho braçal). Deve-se lembrar, também, que populações
africanas, americanas e asiáticos, no mesmo período, também viviam essas relações: povos nati-
vos da América de organização caçador-coletora e povos com estados organizados e cidades den-
samente povoadas, como Maias, Astecas, Ganeses, Congoleses, dentre outros.

B) DESENVOLVIMENTO:
Na primeira aula, professor(a), resgaste com a sala de estudantes, os conceitos de tempo e
espaço. Relembre-os(as) que o conceito de tempo está relacionado às observações astronômicas
e ao ritmo da natureza, uma vez que as populações humanas foram transitando do nomadismo
para o sedentarismo e necessitavam desse controle do tempo, e do espaço, para a sobrevivência.
Pontue, também, que os processos civilizatórios são distintos e que povos caçadores-coletores
coabitam os continentes como povos com organizações citadinas (cidades-estados) ou estados
organizados. Disserte sobre como, tanto na América quanto na África e Ásia, populações caça-
doras-coletoras viviam próximas aos grandes reinos e impérios desses continentes, locais onde
a ideia de tempo e espaço são diferentes. Na Europa do fim da Idade Média, a população, cada vez
mais urbana, passa a ter uma nova relação com o tempo, mais ligada ao trabalho e aos processos
produtivos manufatureiros do que ao tempo da natureza vivenciado nas áreas rurais/feudais. Você
pode finalizar essa aula, professor(a), solicitando uma breve pesquisa sobre os diferentes calendá-
rios produzidos pelos seres humanos e que, na pesquisa, sejam pontuados os marcos regulatórios
desses calendários.

MATERIAL DE
Na segunda e última aula, professor(a), busque com os(as) estudantes(as) questionamentos sobre
a pesquisa anterior (diferentes calendários). Explique que os calendários, pautados pelas obser-
vações astronômicas, têm importância religiosa, social e econômica (festividades, matrimônios,
colheita, plantio) e que, por isso, diversos povos do mundo construíram suas marcações de tempo.

APOIO PEDAGÓGICO
Em seguida, explique como a observação astronômica era importante para os povos pré-colombia-
nos, em especial Astecas, Maias e Incas. O sacerdócio e o governo estavam associados aos astros
que se associavam às divindades. Logo, os calendários se associam à própria cosmovisão desses
povos. Se tiver recursos técnicos, exiba um vídeo sobre a cosmovisão maia e as construções na

PARA APRENDIZAGENS
cidade maia de Chichen Itzá (https://www.youtube.com/watch?v=gYJL7Ot1Qh8 e https://www.you-
tube.com/watch?v=bQXSla3E_V4). Também podem ser selecionados e transmitidos aos(às) estu-
dantes(as) trechos sobre a criação do mundo pela ótica desses povos (Consulte a seção RECURSOS
nessa sequência didática). Após versar sobre a cosmovisão desses povos, finalize a aula demons-
trando as contribuições dos conhecimentos astronômicos desses povos para a sociedade atual.
Professor(a): se achar interessante e que caso os(as) discentes tenham recursos para isso, busque
produzir tabuleiros de xadrez trocando as peças do jogo por elementos da cosmovisão asteca,
maia ou inca.

RECURSOS:

→ Pesquisa sobre calendários:


GOIÂNIA. Secretaria Municipal de Educação de Goiânia. História – Culturas diferentes, calendários
diferentes! Conexão Escola, Goiânia, [2021]. Disponível em: https://sme.goiania.go.gov.br/cone-
xaoescola/ensino_fundamental/historia-culturas-diferentes-calendarios-diferentes/ . Acesso
em: 23 de maio de 2022.

→ Texto sobre cosmovisão pré-colombiana:


NAVARRO, Alexandre Guida. A observação astronômica na América pré-colombiana. ComCiência,
Campinas, n. 123, nov. 2010 . Disponível em: http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_art-
text&pid=S1519-76542010000900007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 23 de maio de 2022.

33
→ Mito de criação asteca:
TEODORO, Viviane. Mitologia Asteca: A mitologia asteca envolvia diversas divindades que se rela-
cionavam com os elementos da natureza. Escola Educação, [s. l.], 05 nov. 2020. Disponível em:
https://escolaeducacao.com.br/mitologia-asteca/. Acesso em: 23 de maio de 2022.

→ Religião Inca:
SOUSA, Rainer Gonçalves. Religião inca. História do Mundo, [s. l.], [2022?]. Disponível em: https://
www.historiadomundo.com.br/inca/religiao-inca.htm. Acesso em: 23 de maio de 2022.

→ Mitologia Maia:
BIANEZZI, Matheus. Como é a mitologia maia? SuperInteressante, [s. l.], 24 out. 2016. Disponível
em:https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-e-a-mitologia-maia/. Acesso em: 23 de
maio de 2022.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Participação discente em sala e avaliação escrita.

ATIVIDADES

MATERIAL DE
1 - “Na verdade, a palavra tempo pode designar, em português, coisas diferentes, desde o clima
ao tempo histórico, o tempo cultural. O tempo, como produção humana, é uma ferramenta da
História, visível em instrumentos como o calendário e a cronologia. Cronologia é a forma de

contagem do tempo”. APOIO PEDAGÓGICO


representar os acontecimentos históricos no tempo, o que exige um calendário e uma noção de

Fonte: TISOTT, Maria de Lourdes. Conceito Histórico, Tempo Espaço; e o tempo na Idade Média. In: BRASIL ESCOLA. Meu

PARA APRENDIZAGENS
Artigo, [s. l.] 8 jun. 2013.

Quais os diferentes tipos de tempos um ser humano experiencia em sua vida?

2 - “Os judeus, por exemplo, contam o tempo com base no criacionismo, ou seja, a partir da criação do
universo, que para eles ocorreu há cerca de seis mil anos. Já os muçulmanos usam como referên-
cia o ano em que Maomé saiu de Meca e foi para Medina, 622 anos após o nascimento de Cristo”.
Fonte: SANTANA, Ester. Contagem do tempo na história.Educa Mais Brasil, [s. l.], 15 fev. 2021.

Qual a função dos calendários para a ideia de tempo e espaço?

3 - “Os astecas praticavam sacrifícios humanos, tirando os corações das pessoas, na intenção de
agradar aos deuses e obter prosperidade na agricultura. Além disso, o sacrifício era visto como
forma de manter o Sol brilhando e a vida na Terra”.
Fonte: BORGES, Dayane. Astecas, quem foram? História, cultura, religião, economia e contribuições. Conhecimento
Científico, [s. l.], 13 out. 2019.

Qual a relação dos sacrifícios humanos com a concepção de mundo dos astecas?

34
REFERÊNCIAS

BARROS, J. D’A. História e memória – uma relação na confluência entre tempo e espaço. MOUSEION,
vol. 3, n.5, [s.l.], 2009. Disponível em: https://revistas.unilasalle.edu.br/documentos/documentos/
Mouseion/Vol5/historia_memoria.pdf. Acesso em: 23 de maio de 2022.
BORGES, Dayane. Astecas, quem foram? História, cultura, religião, economia e contribuições.
Conhecimento Científico, [s. l.], 13 out. 2019. Disponível em: https://conhecimentocientifico.
com/astecas/#:~:text=De%20fato%2C%20os%20sacrif%C3%ADcios%20podiam,na%20medici-
na%2C%20praticada%20pelos%20sacerdotes . Acesso: 23 maio 2022.
CHICHÉN Itzá e o espetáculo do Equinócio. [s. l.: s. n.], [23 set. 2014]. 1 vídeo (1min). Publicado pelo
canal Neno. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gYJL7Ot1Qh8. Acesso em: 23 maio
2022.
EQUINÓCIO: Kukulcán Desce à Terra. [s. l.: s. n.], [28 set. 2020]. 1 vídeo (10min). Publicado pelo canal
National Geographic Portugal. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bQXSla3E_V4 .
Acesso em: 23 maio 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/

MATERIAL DE
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de

APOIO PEDAGÓGICO
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
NAVARRO, Alexandre Guida. A observação astronômica na América pré-colombiana. ComCiência,

PARA APRENDIZAGENS
Campinas, n. 123, nov. 2010 . Disponível em: http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_art-
text&pid=S1519-76542010000900007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 23 de maio de 2022.
SANTANA, Ester. Contagem do tempo na história.Educa Mais Brasil, [s. l.], 15 fev. 2021. Disponível
em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/contagem-do-tempo-na-historia .
Acesso: 23 maio 2022.
SANTOS, E. N. dos. Histórias e cosmologia indígenas no Popol vuh, livro maia-quiché. Revista
USP, n. 125. 2020. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/173081/162385.
Acesso em: 23 de maio de 2022.
TISOTT, Maria de Lourdes. Conceito Histórico, Tempo Espaço; e o tempo na Idade Média. In: BRASIL
ESCOLA. Meu Artigo, [s. l.] 8 jun. 2013. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/
historia/conceito-historico-tempo-espaco-tempo-na-idade-media.htm . Acesso: 23 maio 2022.

35
COMPETÊNCIA

Competência Específica 06: Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferen-
tes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida,
com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Os princípios civilizatórios do (EM13CHS601) Relacionar as demandas políticas, sociais e cul-


colonizador. turais de indígenas e afrodescendentes no Brasil contempo-
A resistência dos coloniza- râneo aos processos históricos das Américas e ao contexto de
dos, os movimentos negros e exclusão e inclusão precária desses grupos na ordem social e
os quilombos no Brasil. econômica atual.

Diáspora africana e suas con- (EM13CHS603) Compreender e aplicar conceitos políticos bási-
sequências na composição da cos (Estado, poder, formas, sistemas e regimes de governo,
população latino-americana. soberania etc.) na análise da formação de diferentes países,
povos e nações e de suas experiências políticas.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Discurso Colonizador


MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
DURAÇÃO: 4 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:

PARA APRENDIZAGENS
O funcionamento do discurso do colonizador parte da designação do sujeito colonizado pelo sujeito
colonizador. Pode-se elencar quatro formações discursivas: o outro como bárbaro, como cordial,
como exótico e/ou como igual. Essas formações se ancoram em diferentes discursos (extermínio,
religioso, científico, jurídico) e fazem parte de uma mesma formação ideológica: a colonialista. O colo-
nialismo é marcado pelo eurocentrismo e pelo efeito de superioridade do europeu sobre os demais e
controla os sentidos desse sujeito não-europeu, não-branco e não-cristão até os dias de hoje.

B) DESENVOLVIMENTO:
Professor(a), na primeira aula, comece a versar sobre o que é colonialismo e seus principais desdo-
bramentos para a realidade da América: dependência econômica, excessiva desigualdade socioe-
conômica, racismo estrutural. Explique que o colonialismo foi uma importante arma ideológica
no processo de dominação e ocupação de povos e territórios na América a partir do século XVI.
Portugueses e espanhóis, num primeiro momento, registravam as informações e as transmitiam
para suas metrópoles: era a chamada Literatura de informação (selecione trechos para exemplifi-
car a sala de aula. Locais de seleção são indicados na seção RECURSOS). Essa literatura também
era formada pela literatura de catequese jesuítica.
Na segunda aula, demonstre o discurso religioso sobre a colonização: a literatura de catequese e
as justificativas religiosas para o trabalho escravizado de indígenas e africanos. (Selecione trechos
para exemplificar à sala de aula. Locais de seleção são indicados na seção RECURSOS).

36
Na terceira aula, professor(a), apresente elementos visuais que promoveram o discurso coloni-
zador (pinturas, relatos de naturalistas, etc). (Selecione trechos para exemplificar à sala de aula.
Locais de seleção são indicados na seção RECURSOS).
Na última aula, após as anteriores que motivaram a construção do entendimento sobre o discurso
colonizador, faça uma roda de conversa e questione à sala de aula sobre as manutenções desses
discursos na atualidade. Como as pessoas não-brancas e não-cristãs são vítimas desse olhar dife-
rente que foi construído no processo de dominação/colonização e como esse discurso atinge a
construção das identidades e oportunidades de acessos aos meios educacionais, laborais, de
saúde, culturais, políticos e econômicos.

RECURSOS:
Cópias de diversos tipos de gêneros textuais, projetor multimídias, vídeos e folhas de papel A4.

Literatura de DIANA, Daniela. Literatura de Informação. Toda Matéria, [s. l.], 2022. Disponível
informação em: https://www.todamateria.com.br/literatura-de-informacao/. Acesso em:
27 maio 2022.
DIANA, Daniela. Características do Quinhentismo. Toda Matéria, [s. l.], 2022.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/caracteristicas-do-quinhen-
tismo/. Acesso em: 27 maio 2022.

MATERIAL DE
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. A literatura de informação. Portugês, [s.
l.], 2022. Disponível em: https://www.portugues.com.br/literatura/aliteratu-
rainformacao.html. Acesso em: 27 maio 2022.

Religião e
colonização
APOIO PEDAGÓGICO
DIANA, Daniela. Literatura de Catequese. Toda Matéria, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://www.todamateria.com.br/literatura-de-catequese/. Acesso em: 27
maio 2022.

PARA APRENDIZAGENS
PEREIRA, Tulio Augusto de Paiva. A igreja católica e a escravidão negra no
Brasil a partir do século XVI. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento. Ano 03, Ed. 05, Vol. 05, pp. 14-31, Maio de 2018. Disponível em:
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/historia/igreja-catolica. Acesso
em: 27 maio 2022.
BARTOLOMEu de Las Casas. Arquidiocese de São Paulo, [s. l.], [2015?]. Disponível
em: https://arquisp.org.br/liturgia/santo-do-dia/bartolomeu-de-las-casas.
Acesso em: 27 maio 2022.
GOMES, Roberto dos Santos. CULLETON, Alfredo Santiago. Bartolomeu de Las
Casas na colonização espanhola na América, a voz que o inquieta: não mais a
dominação escravagista, o direito é de todos. Revista Científica Multidisciplinar
Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 09, Vol. 03, pp. 39-51, Setembro de 2018.
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/filosofia/coloniza-
cao-espanhola. Acesso em: 27 maio 2022.

37
Arte e IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Arte Colonial. História das Artes, [s. l.],
colonização 2022. Disponível em:https://www.historiadasartes.com/nobrasil/arte-no-se-
culo-16/arte-colonial/. Acesso em: 27 maio 2022.
EJA CANAL Seduc - P14: Arte Colonial no Brasil. Canal Educação, [s. l.], 25 ago.
2020. Disponível em: https://www.canaleducacao.tv/images/slides/42734_4d-
1f9425b71c71f999b08d55966417e7.pdf. Acesso em: 27 maio 2022.
GUIDO, Ligia Guido. Julião, um italiano no Brasil do século 18. Traje Brasilis, [s.
l.], 2022. Disponível em: http://trajebrasilis.com/carlos-juliao-um-italiano-no-
-brasil-do-seculo-18/. Acesso em: 27 maio 2022.
ARCURI, Chris. Albert Eckhout. Nutrição Visual, [s. l.], 20 jul. 2020. Disponível
em: https://nutricaovisual.art.br/historia/albert-eckhout/. Acesso em: 27 maio
2022.

Naturalistas LEITE, Miriam L. Moreira. Naturalistas viajantes. História, Ciências, Saúde-


Manguinhos [online]. 1995, v. 1, n. 2, pp. 7-19. Disponível em: https://www.scielo.
br/j/hcsm/a/B9zhVQTcwBy8NWRQ5SxZwXf/?format=pdf&lang=pt Acesso em:
27 maio 2022.
KURY, Lorelai. Viajantes-naturalistas no Brasil oitocentista: experiência, relato
e imagem. História, Ciências, Saúde-Manguinhos [online]. 2001, v. 8, n. suppl,

MATERIAL DE
pp. 863-880. Disponível em: https://www.scielo.br/j/hcsm/a/grhQqtzkqm3FRh-
dYhZWY94k/?lang=pt Acesso em: 27 maio 2022.

APOIO PEDAGÓGICO
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Participação em sala. Análise dos gêneros textuais selecionados. Objeto de verificação das habili-
dades trabalhadas por meio dos objetos de conhecimento.

PARA APRENDIZAGENS
ATIVIDADES

1 - “Assim, questionários, descrições, histórias eclesiásticas, histórias naturais, manuais de con-


versão, gramáticas e dicionários de línguas indígenas, além de documentação oficial e corres-
pondências em geral, foram produzidos durante o século XVI novo-hispano, visando, especial-
mente, a implementação da colonização e a eficácia da evangelização, duas facetas da mesma
estratégia política espanhola na América”.
ALVIM, M. H. http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1364779822_ARQUIVO_TrabalhoCompletoAnpuh_
MARCIAALVIM.pdf. Acesso em: 27 mai. 2022.

• Como a evangelização católica foi utilizada no domínio colonial espanhol?

2 - “É em nome da moral cristã que os católicos [...] vêem os índios como iguais a eles, portanto,
semelhantes a eles, e tentam assimilá-los a si mesmos. Com as mesmas referências em mente,
os protestantes, ao contrário, apontam as diferenças e isolam suas comunidades das indígenas
quando se encontram em situação de contato. Em ambos os casos, nega-se a identidade do
outro: quer seja no plano da existência, como no caso dos católicos; ou no plano dos valores,

38
como os protestantes; é um tanto derrisório procurar saber qual dos times é o recordista na via
da destruição do outro”. (TODO ROV, 1991, p. 189ss).
Fonte: RENDERS, Helmu. A Alteridade Negada: O “Descobrimento” das Américas Segundo o Discurso Imagético de Selos
Europeus de 1992. Contexto Internacional [online]. 2015, v. 37, n. 2, pp. 597-628.

• Quais são as referências citadas pelo autor que fazem católicos e protestantes criarem
estratégias de convivência com as populações nativas da América?

3 - “em 1537 foram editadas duas bulas papais por Paulo III – Veritas ipsa e Sublimis Deus – que con-
denavam de forma explícita a escravidão humana em todas as suas formas, assim dizendo: “os
mesmos índios e todas as demais gentes que vierem à notícia dos cristãos, ainda que estejam
fora da fé de Cristo, não serão privados, nem devem sê-lo, da sua liberdade, nem do domínio de
seus bens e não devem ser reduzidos à escravidão”.
Fonte: PEREIRA, Tulio Augusto de Paiva. A igreja católica e a escravidão negra no Brasil a partir do século XVI. Revista
Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 05, Vol. 05, pp. 14-31, Maio de 2018.

• Mesmo com a proibição religiosa, elenque motivos que possam justificar a ocorrência da
escravização de negros(as) e indígenas na América.

4 - Observe a imagem e descreva os elementos


de argumentos para a colonização europeia
dos territórios da América.
MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

Fonte: ÍNDIA Tarairiu (Tapuia). In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural


de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022.
Índia Tarairiu (Tapuia), 1641
Albert Eckhout
Óleo sobre tela, c.i.d.
165,00 cm x 272,00 cm

39
REFERÊNCIAS
ALVIM, Márcia Helena. A compreensão do Novo mundo, sua inserção na cultura renascentista e
o discurso colonizador sobre a natureza americana – Nova Espanha, século XVI. XXVII Simpósio
Nacional de História. Conhecimento histórico e diálogo social, ANPUH Brasil Natal, RN, Jul.
2023. Disponível em: http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1364779822_ARQUIVO_
TrabalhoCompletoAnpuh_MARCIAALVIM.pdf. Acesso em: 27 maio 2022.
BARROCAS, Júlio Lens Rodrigues. O discurso colonial e a mímica colonial. Brasil Escola, [s. l.],
[2022]. Disponível em: <https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia-geral/o-discurso-co-
lonial-mimica-colonial.htm>. Acesso em: 27 de maio de 2022.
CESAIRE, A. Discurso sobre o Colonialismo. Disponível em: https://antropologiadeoutraforma.
files.wordpress.com/2013/04/aime-cesaire-discurso-sobre-o-colonialismo.pdf. Acesso em: 27 de
maio de 2022.
GOMES, R. dos S.; CULLETON, A. S. Bartolomeu de Las Casas na colonização espanhola na América,
a voz que o inquieta: não mais a dominação escravagista, o direito é de todos. Revista Científica
Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 09, Vol. 03, pp. 39-51, Setembro de 2018.
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/filosofia/colonizacao-espanhola.
Acesso em: 27 de maio de 2022.

MATERIAL DE
ÍNDIA Tarairiu (Tapuia). In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú
Cultural, 2022. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra24485/india-tarairiu-ta-
puia. Acesso em 15 de jun. 2022.
KURY, L. Viajantes-naturalistas no Brasil oitocentista: experiência, relato e imagem. Hist. cienc.

APOIO PEDAGÓGICO
saude-Manguinhos 8 (suppl) • 2001. Scielo Brasil, [s. l.], [2002]. Disponível em: https://www.scielo.
br/j/hcsm/a/grhQqtzkqm3FRhdYhZWY94k/?lang=pt. Acesso em: 27 de maio de 2022.
LETE, M. L. M. Naturalistas viajantes. Hist. cienc. saude-Manguinhos 1 (2) • Fev 1995. Scielo Brasil, [s. l.],

PARA APRENDIZAGENS
[1995]. Disponível em: https://www.scielo.br/j/hcsm/a/B9zhVQTcwBy8NWRQ5SxZwXf/?lang=pt.
Acesso em: 27 de maio de 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
PEREIRA, Tulio Augusto de Paiva. A igreja católica e a escravidão negra no Brasil a partir do século
XVI. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 05, Vol. 05, pp. 14-31,
Maio de 2018. Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/historia/igreja-catolica
. Acesso em: 27 maio 2022.
RENDERS, Helmu. A Alteridade Negada: O “Descobrimento” das Américas Segundo o Discurso
Imagético de Selos Europeus de 1992. Contexto Internacional [online]. 2015, v. 37, n. 2, pp. 597-
628. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cint/a/szPctPncH4JT4xVpybj6PQk/?lang=pt . Acesso
em: 27 maio 2022.

40
COMPETÊNCIA

Competência Específica 01: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e


culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da plu-
ralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreen-
der e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e
tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

A política liberal o papel do (EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e


estado e do cidadão. compor argumentos relativos a processos políticos, econô-
As políticas dos governos em micos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com
relação ao meio ambiente e base na sistematização de dados e informações de natureza
os movimentos de organiza- qualitativa e quantitativa (expressões artísticas, textos filosó-
ções não governamentais na ficos e sociológicos, documentos históricos, gráficos, mapas,
luta para a preservação do tabelas etc.).
meio ambiente.

TEMA DE ESTUDO: Liberalismo


MATERIAL DE
PLANEJAMENTO

DURAÇÃO: 3 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: APOIO PEDAGÓGICO
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:

PARA APRENDIZAGENS
O liberalismo é o arcabouço teórico para o desenvolvimento do sistema socioeconômico capitalista.
Por meio das críticas ao Antigo Regime (Absolutismo), foi-se tecendo as ideias que sustentarão
as teorias política e econômica liberais. Os teóricos políticos, como John Locke e Jean-Jacques
Rousseau, e os econômicos, como Adam Smith, delinearam a doutrina que a burguesia, entre os
séculos XVIII e XX colocará em prática no mundo. Os resultados da aplicação do modelo liberal,
iniciados nas revoluções inglesa, francesa e industrial, forja o atual mundo competitivo e altamente
informatizado. Porém, é um mundo também que vem acelerando seu processo de degradação, o
que faz, portanto, necessário, ações governamentais e não-governamentais de promoção de polí-
ticas ambientais de preservação do planeta.

B) DESENVOLVIMENTO:
Professor(a), na primeira aula, pergunte aos(às) discentes se sabem o que é teoria liberal e seus
desdobramentos. Após essa indagação, construa as alegações gerais de críticas ao sistema abso-
lutista e como essas críticas iam de encontro aos interesses de participação política da classe
burguesa. Posto isso, elenque as características gerais do iluminismo, seu marco temporal e seus
principais teóricos (utilize a lista disponível na seção RECURSOS dessa sequência didática).
Na segunda aula, demonstre como a teoria iluminista foi sendo adotada, paulatinamente, na reali-
dade europeia a partir do século XVII. Apresente os elementos iluministas principais que permeiam
as revoluções inglesas (puritana e gloriosa) e francesa. Verse sobre como a ascensão política liberal

41
na Inglaterra permitirá o início do processo industrial, o liberalismo econômico. Finalize comen-
tando sobre o processo industrial e as necessárias ações contemporâneas de preservação do meio
ambiente. Antes de finalizar essa aula, entregue à sala de aula, as informações sobre a construção
do jogo sobre a Agenda 2030 (caso você, professor(a), for utilizar o método de gamificação. Caso
não for utilizar o jogo, a última aula dessa sequência fica reservada para avaliação de verificação da
apreensão das habilidades trabalhadas por meio do objeto de conhecimento selecionado).
As instruções do jogo estão na seção RECURSOS.
Na última aula da sequência didática, aplique o jogo sobre a Agenda 2030.

RECURSOS:
Livro didático e cópias de textos de gêneros diversificados.
Teóricos iluministas:
BORGES, Gessica. Os principais filósofos iluministas e suas ideias mais polêmicas. eBiografia,
[s. l.], 04 jul. 2018. Disponível em: https://www.ebiografia.com/principais_filosofos_iluministas_
suas_ideias_mais_polemicas/. Acesso em: 27 maio 2022.

JOGO AGENDA 2030


Para acessar os objetivos gerais da Agenda 2030, acesse: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs.

MATERIAL DE
Cada objetivo geral (são 17 ao total) possui uma série de objetivos específicos.
Divida a sala em grupos de 5 a 6 discentes. Cada grupo deve seguir as etapas de confecção do
Jogo Agenda 2030.
A construção do jogo deve usar recursos reutilizados e/ou reciclados.

APOIO PEDAGÓGICO
Construa um tabuleiro com um início e um fim. O percurso deve ser composto por quadrantes
marcando, em cada um deles, um dos 17 objetivos. Cada quadrante terá um objetivo e, no per-
curso, cada objetivo deve aparecer 3 vezes. Ou seja, o percurso é composto por 51 quadrantes

PARA APRENDIZAGENS
(17x3 = 51). Logo, o tabuleiro terá 53 quadrantes (início/partida, 51 quadrantes com os 17 objeti-
vos gerais aparecendo 3 vezes cada, fim/chegada). Em um dos cantos do tabuleiro deve constar
a lista com os 17 objetivos gerais da Agenda 2030.

1 Erradicação da Pobreza. 10 Redução das Desigualdades.


2 Fome Zero. 11 Cidades e Comunidades Sustentáveis.
3 Saúde e Bem Estar. 12 Consumo e Produção Responsáveis.
4 Educação de Qualidade. 13 Ação Contra a Mudança Global do Clima.
5 Igualdade de Gênero. 14 Vida na Água.
6 Água Potável e Saneamento. 15 Vida Terrestre.
7 Energia Limpa e Acessível. 16 Paz, Justiça e Instituições Eficazes.
8 Trabalho Decente e Crescimento Econômico. 17 Parcerias e Meios de Implementação.
9 Indústria, Inovação e Infraestrutura.

42
Construa pinos para marcar os(as) jogadores(as). Aconselhamos um mínimo de 4 pinos e máximo
de 6.
Produza cartas para cada um dos objetivos específicos de cada um dos 17 objetivos gerais.
Na carta, para facilitar, deve vir o número do objetivo específico e sua redação. (Exemplo: 5.2
Eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas
e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos.). Serão um total de 124
cartas.

Construa um dado de numeração 1 a 6.


Regras do jogo: Todos(as) jogadores(as) começam na posição inicial. O jogo deve ter um(a)
comandante, que será o(a) ledor(a) das cartas. Para classificar a ordem dos(as) jogadores(as),
sugere-se: jogar o dado e ir do maior para o menor número ou por ordem alfabética crescente.
Os pinos que representam os(as) participantes serão colocados no quadrante início/partida.
Estabelecida a ordem de participação dos(as) jogadores(as), o(a) comandante deve retirar uma
carta do montante. O(A) comandante irá ler o objetivo específico da carta, em voz alta, para a
primeira pessoa classificada para jogar. Se a pessoa acertar o objetivo geral a qual pertence o
objetivo específico, esse(a) jogador(a) deve jogar o dado e andar a quantidade de casas explícita
no dado. Se errar, permanece na mesma posição.

MATERIAL DE
Após passar por todos(as) os(as) jogadores(as), volta-se ao(à) primeiro(a) jogador(a), iniciando a
segunda rodada.
A evolução no tabuleiro dar-se-á por meio da resposta certa e o número retirado no dado.

APOIO PEDAGÓGICO
Vence o jogo o(a) participante que chegar primeiro ao quadrante fim/chegada.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Participação de em sala. Construção, desenvolvimento e participação no processo de gamificação.

PARA APRENDIZAGENS
ATIVIDADES

1 - (ENEM, 2000) O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas características de uma
determinada corrente de pensamento:
Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da
sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa
liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer
outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito,
a utilização do mesmo é muito incerta e está constantemente exposto à invasão de terceiros
porque, sendo todos senhores tanto quanto ele, todo o homem igual a ele e, na maior parte,
pouco observadores da equidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse
estado é muito inseguro e muito arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma
condição que, embora livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é sem razão que
procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem
unir-se para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamo de propriedade.
(Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991.)

43
Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar:

a) A existência do governo como um poder oriundo da natureza.


b) A origem do governo como uma propriedade do rei.
c) O absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana.
d) A origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos.
e) O poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da propriedade.

2 - “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o
direito de você dizê-las.” (Voltaire).
Fonte: VOLTAIRE. Toda Matéria, [s. l.], [24 jul. 2014].

Qual(is) princípio(s) iluminista(s) está(ão) expresso(s) na frase de Voltaire?

3 - Por que a Revolução Gloriosa marca o fim da implantação da política liberal na Inglaterra?

REFERÊNCIAS

MATERIAL DE
AGENDA 2030. Nações Unidas Brasil, [s.l], [2022]. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/
sdgs. Acesso em: 27 maio 2022.
CORRADINI, R. Revolução Francesa. Politize! [s.l], 2019. Disponível em: https://www.politize.com.
br/revolucao-francesa/. Acesso em: 27 maio 2022.

APOIO PEDAGÓGICO
MEDEIROS, A. M. Iluminismo. Sabedoria Política, [s.l.], 2020. Disponível em: https://www.sabe-
doriapolitica.com.br/filosofia-politica/filosofia-moderna/iluminismo/. Acesso em: 27 maio 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino

PARA APRENDIZAGENS
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022.
Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20
Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://
drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em: 05 jun. 2022.
REVOLUÇÕES Inglesas e os princípios do Liberalismo. Fundação Roberto Marinho. [s.l], 2022.
Disponível em: < http://glo.bo/38Ruwtq>. Acesso em: 27 maio 2022.
SILVA, D. N. Revolução Industrial. História do Mundo, [s.l], 2022. Disponível em: https://www.his-
toriadomundo.com.br/idade-moderna/revolucao-industrial.htm. Acesso em: 27 maio 2022.
SILVA, E. B.; PINHEIRO, J. G. R. Afinal, qual o valor educativo ou formativo de um conteúdo como as
revoluções inglesas do século XVII para os estudantes da educação básica? Metáfora Educacional,
ISSN-e 1809-2705, Nº. 8, 2010, pág. 4. Dialnet, [s.l], [2022]. Disponível em: https://dialnet.unirioja.
es/servlet/articulo?codigo=3741920. Acesso em: 27 maio 2022.
VOCÊ sabe como foi o processo de consolidação do Liberalismo? Descomplica, [s.l], 2022.
Disponível em:< https://descomplica.com.br/artigo/voce-sabe-como-foi-o-processo-de-consoli-
dacao-do-liberalismo/43l/>. Acesso em: 27 maio 2022.
VOLTAIRE. Toda Matéria, [s. l.], [24 jul. 2014]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/
voltaire/. Acesso em: 27 maio 2022

44
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
1 o ano – 3 o Bimestre Ensino Médio 2022

COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO


Filosofia Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIA

Competência Específica 04: Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes ter-
ritórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolidação e
transformação das sociedades.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO HABILIDADE(S)
OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Trabalho como condição (EM13CHS402). Analisar e comparar indicadores de emprego,


humana.
MATERIAL DE
trabalho e renda em diferentes espaços, escalas e tempos,
associando-os a processos de estratificação e desigualdade
sócio econômica.

APOIO PEDAGÓGICO
PLANEJAMENTO

DURAÇÃO: 1 aula
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
PARA APRENDIZAGENS
TEMA DE ESTUDO: Como o trabalho pode levar o ser humano a se humanizar

A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Nesta sequência didática, abordaremos como o trabalho é um elemento fundamental para que o ser
humano se construa como ser humano.
O ser humano, dos seres da natureza, é o único que está em constante construção. Somos seres aber-
tos a possibilidades e nossas escolhas formam a nossa história individual e colaboram na formação da
história coletiva.
Nessa perspectiva, podemos dizer que somente o ser humano trabalha, afinal, ele é o único que tem uma
ação transformadora da natureza. Os demais animais, ao agirem em conformidade com seu instinto ou
quando agem por imposição do ser humano, não têm consciência e intencionalidade da sua ação; repe-
tem o que a natureza estabeleceu na sua consciência instintiva e, portanto, não alteram a natureza.
O ser humano, ao contrário, não se limita a agir conforme a predeterminação da natureza, mas apre-
senta novas soluções para os problemas do cotidiano e, juntamente com a linguagem, transformam o
mundo material e seu mundo interno. Ao construir as coisas, o ser humano constrói a si mesmo, relacio-
na-se com os outros, estabelece instituições, conhecimentos, transforma sua percepção de si mesmo
e do mundo.

45
Desta forma, o trabalho é elemento fundamental para a constituição do ser humano como humano
e da sociedade. Por esse motivo, também as condições e valorização do trabalho mexem na digni-
dade do ser humano.

B) DESENVOLVIMENTO:
1º momento - (5 minutos): Após as saudações iniciais, não apresente o tema ainda. Faça isso no
final da atividade. Divida a sala em grupos em torno de 5 estudantes. A partir de agora, chame os
grupos de equipe. Distribua o kit de material para cada equipe e explique a tarefa que eles deverão
executar: “Fazer uma caixa de presente que seja atraente e valorize o produto que ficaria dentro
dela.” Diga que eles terão 20 minutos para executar e quando terminar o tempo, deverão interrom-
per o trabalho.

2º momento - (20 minutos): peça às equipes que executem a tarefa atribuída a eles.

3º momento - (15 minutos ou tempo restante): cada equipe deverá apresentar seu produto e fazer
um breve relatório sobre o trabalho. Sugerimos que eles comentem os seguintes pontos:
• Eles planejaram antes de executar ou fizeram aleatoriamente? Se planejaram, como foi o
planejamento?
• Houve divisão de funções e se houve, como fizeram?
• Quem ficou SATISFEITO com o resultado do seu trabalho e o que o (a) fez se sentir assim?

MATERIAL DE
• Quem ficou INSATISFEITO com o resultado do seu trabalho e o que o (a) fez se sentir assim?
• Qual a diferença do trabalho que realizaram e da ação da abelha numa colmeia (ou outra
ação animal)?

APOIO PEDAGÓGICO
OBSERVAÇÃO: conforme as respostas, você pode improvisar outras questões, por exemplo, se
pensaram em qual tipo de objeto essa caixa de presente seria usada; se pensaram no tipo de cliente
que iria comprá-la, etc. Complemente os pontos acima com seus próprios itens que acha perti-

PARA APRENDIZAGENS
nente observar no pensamento dos estudantes ou que ache necessário destacar para evidenciar o
trabalho como elemento humanizador. Neste momento, é importante enfocar a relação trabalho e
humanização. Posteriormente, trabalharemos os aspectos do trabalho que obstam a realização do
ser humano.

RECURSOS:
Cartolina; papel Color 7 de cores diferentes; cola; fita Crepe; tesoura escolar; cola escolar; outros
itens que achar pertinente.

Observação: Se for muito dispendioso um kit para cada equipe, você pode entregar uma cartolina
por equipe e os demais materiais ficam num local comum. Neste caso, é necessária uma quanti-
dade de material suficiente para a atividade.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observe, nas respostas dos estudantes, se conseguiram compreender o trabalho como elemento
constituinte do ser humano e se eles conseguem distinguir a diferença da ação transformadora do
ser humano e da ação animal.

46
ATIVIDADES
1 - Do ponto de vista das Ciências Humanas e Sociológicas Aplicadas, podemos conceituar traba-
lho como:

a) o resultado da atuação de uma força ao longo de um deslocamento.


b) a ação transformadora do homem sobre a natureza ou a sociedade.
c) a ação instintiva dos animais na natureza.
d) a transformação constante dos elementos inanimados da natureza.

2 - A partir do conceito de trabalho utilizado pelas Ciência Humanas e Sociais Aplicadas, assinale
os itens abaixo que podem ser considerados exemplos de trabalho.

a) Jogar futebol.
b) O vento movendo o moinho.
c) O leão, na Savana, caçando sua presa.
d) Um bebê chorando.
e) Escrever um livro.
f) Construir uma ponte.
g) As abelhas produzindo mel.
h)
i)
j)
k)
MATERIAL DE
Nômades coletando alimento na vegetação natural.
Pássaros bicando frutas maduras na árvore.
Agricultores planto o campo.
Um influencer digital criando um vídeo.
l)
APOIO PEDAGÓGICO
Um empresário gerenciando a empresa.

REFERÊNCIAS
PARA APRENDIZAGENS
CORDI, Cassiano e outros. Para Filosofar – São Paulo: Scipione, 2000. p. 195 a 222.
VASCONCELOS, José Antônio. Reflexões: Filosofia e Cotidiano. São Paulo: Edições SM, 2016. p. 284
a 311.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. 3ª ed. Revisada.
São Paulo: Moderna, 2005. p. 41 a 61
_______ . Filosofando – Introdução à Filosofia. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 53 a 66.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.

47
COMPETÊNCIA

Competência Específica 04: Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes


territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolida-
ção e transformação das sociedades.
Competência Específica 01: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e
culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da plu-
ralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreen-
der e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e
tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Da primeira revolução agrícola (EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos,


à quarta revolução industrial: grupos e classes sociais diante das transformações técnicas,
O conceito de trabalho como tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho
instrumento de mudança da ao longo do tempo, em diferentes espaços e contextos.
realidade. (EM13CHS403) Caracterizar e analisar processos próprios da
Trabalho e dignidade humana. contemporaneidade, com ênfase nas transformações tecno-

MATERIAL DE
Trabalho como atividade lógicas e das relações sociais e de trabalho, para propor ações
essencialmente humana. que visem à superação de situações de opressão e violação
dos Direitos Humanos.
(EM13CHS105) Identificar, contextualizar e criticar as tipolo-

APOIO PEDAGÓGICO
gias evolutivas (como populações nômades e sedentárias,
entre outras) e as oposições dicotômicas (cidade/campo,
cultura/natureza, civilizado/bárbaros, razão/sensibilidade,
material/virtual, etc.), explicitando as ambiguidades e a com-

PARA APRENDIZAGENS
plexidade dos conceitos e dos sujeitos envolvidos em diferen-
tes circunstâncias e processos.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Trabalho e sociedade


DURAÇÃO: 1 aula
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Inicialmente, os estudantes pensaram o trabalho como elemento primordial para a construção do
ser humano. É possível que naquele contexto, a dimensão individual tenha se destacado. De fato, o
trabalho que fazemos contribui para a construção dos diversos elementos que constituem nossa
identidade pessoal. Porém, assim como acontece com o indivíduo, na dimensão social, o modo de
produção também determina a organização social e histórica.
Nesta sequência didática, vamos servir-nos dos conhecimentos desenvolvidos especialmente
pelos outros componentes curriculares como História, Geografia e Sociologia para que os estu-
dantes identifiquem, caracterizem e analisem as transformações sociais em relação às mudanças
no modo de produção material.

48
B) DESENVOLVIMENTO:
1º momento - (20 minutos): Inicie com o jogo de Dominós sobre modos de produção que está na seção
“Recursos”. Ele ajudará os estudantes a relembrarem os conceitos sobre os modos de produção.

REGRAS DO JOGO
Organize os estudantes em trios: 2 jogadores e 1 juiz.
O juiz deverá dividir as peças em igual quantidade para cada jogador.
Os jogadores devem encaixar o lado do título (escrito com todas as letras maiúscu-
las e negrito) com o lado do conceito (lado escrito em caracteres comuns, normal-
mente, uma frase completa).
O juiz deverá acompanhar o jogo e verificar se a peça encaixada está correta ou não.
Caso não esteja, advertir o jogador a substituir a peça equivocada pela correta.
O jogador que colocar a peça equivocadamente, após corrigir a peça, passa a vez
para o outro jogador.
O jogador que acertar de primeira, poderá colocar nova peça, a cada vez. Neste
caso, independente de acertar ou não, deverá passar a vez para o outro jogador após
a segunda peça.

MATERIAL DE
Quem acabar as peças primeiro é o vencedor.

Caso tenha tempo, o grupo deverá recomeçar o jogo trocando o estudante que fará o papel de juiz.

APOIO PEDAGÓGICO
2º momento - (20 minutos ou o tempo restante): Apresente, aos estudantes, um vídeo sobre a 4ª
revolução industrial e outro sobre as desigualdades no Brasil. Na seção “Referências” sugerimos
alguns, mas caso você tenha outros que mais lhe aprazem, pode ser uma boa ideia substituí-los. Se
na sua escola você tiver dificuldade para apresentar os vídeos, uma alternativa seria substituir os

PARA APRENDIZAGENS
vídeos pelo texto “O que é a 4ª revolução industrial - e como ela deve afetar nossas vidas” da Valéria
Perasso. O link deste texto está na seção “Referências”.

→ Peça que eles observem as seguintes questões:


Quais impactos positivos e negativos a 4ª revolução industrial pode gerar nas relações de
mercado e emprego?
Como a 4ª revolução pode afetar a esfera dos valores (sociais, morais, etc)?
As transformações da 4ª revolução industrial estarão acessíveis a todos? Explique seu ponto
de vista sobre isso.

RECURSOS:
Vídeos e Instrumentos para apresentar os vídeos (notebook, cabos, pen-drive, projetor multimídea etc.).
Textos impressos (caso opte por essa atividade).
Kits de Dominós sobre Modos de Produção (sugerimos imprimi-los em folha de maior gramatura e
verificar a quantidade de peças que achar conveniente em relação ao tempo que quer utilizar da
aula. A página 1 do jogo também serve como gabarito, portanto, você deve imprimir uma página 1
extra por kit.

49
MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

50
MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

51
MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

52
MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

53
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observe o que os estudantes pensam e, principalmente, como se veem em relação às mudanças da
4ª revolução industrial. Quais são as expectativas a respeito da profissão que pretendem exercer?
Como estão se preparando para se inserirem no mercado de trabalho? Eles conseguem relacionar
o acesso à tecnologia, educação formal, emprego, salário e dignidade? Pelas respostas, observe se
a habilidade desta aula foi desenvolvida. Anote suas impressões para fazer alguma intervenção nas
sequências didáticas que virão.

ATIVIDADES

1 - Crie, no seu caderno, um quadro comparativo dos modos de produção trabalhados acrescen-
tando informações que você pesquisou.

2 - Pesquise e acrescente ao seu quadro o modo de produção asiático e procure saber quais são as
características atuais do modo de produção nos países asiáticos.

3 - Redija um pequeno parágrafo apresentando seu ponto de vista sobre como será o acesso da
população brasileira às mudanças da 4ª revolução industrial e qual o impacto dessa fase nas
questões de trabalho e emprego.
MATERIAL DE
REFERÊNCIAS
APOIO PEDAGÓGICO
CORDI, Cassiano e outros. Para Filosofar – São Paulo: Scipione, 2000. p. 195 a 222.
CURADO, Adriano. Revolução Agrícola: contexto histórico, causas e características. Conhecimento

cola/. Acesso em: 26 maio 2022. PARA APRENDIZAGENS


Científico, [s.l.], 02 jun. 2022. Disponível em https://conhecimentocientifico.com/revolucao-agri-

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. 3ª ed. Revisada.
São Paulo: Moderna, 2005. p. 41 a 61
_______ . Filosofando – Introdução à Filosofia. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 53 a 66.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
PERASSO, Valéria. O que é a 4ª revolução industrial - e como ela deve afetar nossas vidas. BBC News
– Brasil, [s.l.], 22 out. 2016. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-37658309.
Acesso em: 26 maio 2022.
VASCONCELOS, José Antônio. Reflexões: Filosofia e Cotidiano. São Paulo: Edições SM, 2016. p. 284 a 311.

54
VÍDEOS
Sobre A 4ª Revolução Industrial:
O QUE é Indústria 4.0 e quais os seus impactos no futuro? [s. l.: s. n.], 19 out. 2018. 1 vídeo (8:58).
Publicado pelo Canal Canaltech. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=f37piMKrI-
J8&ab_channel=Canaltech. Acesso em 29 maio 2022
QUARTA Revolução Industrial.[s. l.: s. n.], 27 fev. 2018. 1 vídeo (6:55 min). Publicado pelo canal
Educação Holística. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jTLpqipsw0g&ab_chan-
nel=EDUCA%C3%87%C3%83OHOL%C3%8DSTICA. Acesso em 29 maio 2022.

Sobre As Desigualdades Socioeconômicas:


4 DADOS que mostram por que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. [s. l.: s. n.], 05
jan. 2022. 1 vídeo (4:27 min). Publicado pelo Canal BBC News Brasil. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=KPzfMAsAzmA&ab_channel=BBCNewsBrasil. Acesso em 29 maio 2022.
DESIGUALDADE Global - Capítulo 5: Brasil. [s. l.: s. n.], 19 de ago. de 2019. 1 vídeo (25:12 min).
Publicado pelo Canal Folha de São Paulo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PGg-
VZAZJKwY&ab_channel=FolhadeS.Paulo. Acesso em 29 maio 2022.
VIVA a África – Os contrastes africanos. [s. l.: s. n.], 27 mar. 2018. 1 vídeo (4:27 min). Publicado pelo
Canal Jornalismo TV Cultura. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xX7eg7T5uNk.

MATERIAL DE
Acesso em 29 maio 2022.

APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

55
COMPETÊNCIA

Competência Específica 04: Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes


territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolida-
ção e transformação das sociedades.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Trabalho e alienação. (EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos,


grupos e classes sociais diante das transformações técnicas,
tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho
ao longo do tempo, em diferentes espaços e contextos.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Trabalho e alienação


DURAÇÃO: 1 aula
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
MATERIAL DE
Ao longo deste caderno, temos observado e analisado o trabalho como elemento humanizador e
as condições que o transformam em obstáculo para essa realização. Ao longo da história ociden-

APOIO PEDAGÓGICO
tal, encontramos divisões de trabalho que constituíram também como forma de dividir as classes
sociais. Nas sociedades pré-capitalistas, de modo geral, encontramos a divisão se ancorando na
dicotomia trabalho braçal /trabalho intelectual.

PARA APRENDIZAGENS
No modo de produção capitalista, além da divisão básica capitalista/proletariado, encontramos o
elemento “alienação”. Inicialmente, no sistema capitalista, a alienação se dá na produção através
do processo fabril no qual, ao final do trabalho, o produtor não se identifica com o produto, princi-
palmente porque o produto não é do trabalhador, mas do dono da fábrica e porque o trabalhador
não executou todas as fases de produção do produto, mas executou apenas uma função. A aliena-
ção da fábrica se desdobra nas outras dimensões da vida em forma de alienação social, alienação
no consumo ou consumismo entre outras.
Nesta sequência didática, os estudantes são convidados a pensar nos diversos modos de aliena-
ção, em especial, na alienação do trabalho.

B) DESENVOLVIMENTO:
1º momento - (10 minutos): Organize a turma em grupos pequenos, três ou quatro pessoas. A cada
grupo entregue o texto que está na seção “Recursos”. Esse texto deverá ter sido recortado nas ares-
tas de forma que em cada ficha fique uma letra e um parágrafo. Peça aos estudantes para lerem os
parágrafos e colocarem em ordem. Após conferir se os grupos colocaram o texto em ordem, caso
esteja na ordem correta, permita que os estudantes tirem foto do texto, se achar conveniente, para
que possam voltar a ele nos seus estudos pessoais. Se não achar conveniente no momento, você
poderá enviar o texto a eles posteriormente.
2º momento - (5 minutos): Converse com os estudantes sobre o que leram no texto.
3º momento - (25 minutos ou o tempo restante): Distribua a cada estudante dois cartões do tama-
nho de ¼ do papel A4, um verde e outro vermelho. Elabore algumas afirmações sobre o tema desta

56
sequência didática. Leia, para os estudantes, uma afirmação. Dê 20 segundos para pensarem e
peça para eles levantarem o cartão vermelho, caso considere a afirmação “falsa” e o cartão verde,
se considerarem “verdadeira”. Após os 20 segundos, peça para que eles levantem o cartão. Peça ao
estudante que levantou o cartão vermelho e outro que levantou o cartão verde para comentarem
sua escolha. Repita o procedimento com as demais afirmações. Você pode fotografar cada res-
posta do grupo para analisá-las posteriormente.
Sugerimos abaixo algumas afirmações que você pode usar ou tomar como base para elaborar a
suas afirmações:

→ O trabalho dignifica o homem.


→ O trabalho alienado é exclusivo das sociedades capitalistas.
→ O trabalho alienado tem relação direta com o consumismo.
→ Vencer na vida é ostentar poder e bens materiais.
→ Quem trabalha com o que gosta não sente o peso do trabalho.
→ O capitalismo é o sistema econômico da liberdade.
→ Se quiser enriquecer, é só trabalhar mais.

RECURSOS:
Textos recortados; cartões verdes e vermelhos; ficha com as afirmações.

MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

57
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observe os cartões que foram levantados durante as afirmações que você fez. Observe também o
comentário e as reações dos estudantes aos comentários. Com essas observações você conse-
guirá ter uma noção consistente se a habilidade esperada para essa sequência didática foi atingida.

ATIVIDADES

No caderno, escreva um pequeno parágrafo para cada uma das questões abaixo, expondo suas
ideias:

1. O consumismo pode ser visto como uma forma de alienação?


2. Qual relação existe entre cidadania e trabalho?
3. Como o ser humano se torna uma coisa através do trabalho alienado?

REFERÊNCIAS

CORDI, Cassiano e outros. Para Filosofar – São Paulo: Scipione, 2000. p. 195 a 222.

MATERIAL DE
VASCONCELOS, José Antônio. Reflexões: Filosofia e Cotidiano. São Paulo: Edições SM, 2016. p. 284
a 311.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. 3ª ed. Revisada.

APOIO PEDAGÓGICO
São Paulo: Moderna, 2005. p. 41 a 61
________ . Filosofando – Introdução à Filosofia. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 53 a 66.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas

PARA APRENDIZAGENS
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.

58
COMPETÊNCIA

Competência Específica 04: Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes


territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolida-
ção e transformação das sociedades.

OBJETO(S) DE CONHECI-
HABILIDADE(S):
MENTO:

Trabalho: humanização ou (EM13CHS403). Caracterizar e analisar processos próprios da


tortura na era digital? contemporaneidade, com ênfase nas transformações tecnoló-
A sociedade pós-industrial gicas e das relações sociais e de trabalho, para propor ações
e as novas configurações do que visem à superação de situações de opressão e violação dos
trabalho. Direitos Humanos.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Trabalho como humanização na sociedade pós-industrial


DURAÇÃO: 1 aula
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
Comece observando você mesmo(a), seus sentimentos em relação ao trabalho como professor.
Lembre-se de algumas vezes em que você se sentiu desanimado ou mesmo que esteve infeliz com
seu trabalho. Esses sentimentos, a princípio, contrastam com a ideia de que o trabalho é elemento
primordial para o ser humano se realizar, se humanizar. Você consegue identificar os motivos

PARA APRENDIZAGENS
dessa perspectiva ruim do seu trabalho? Muito possivelmente a resposta esbarra nas condições
materiais de trabalho, na questão salarial, nas vezes que teve que cumprir uma ordem que não é
resultado de uma discussão democrática – o que popularmente é chamado de “cumprir uma ordem
vinda de cima”.
Agora, relembre as vezes em que você se sentiu muito realizado (a) no seu trabalho de professor. O
mesmo trabalho, algumas vezes inclusive em condições semelhantes. Apesar disso, você se sentiu
feliz. O que fez a diferença nos sentimentos? É possível que isso tenha acontecido quando você
criou uma aula inovadora na qual os estudantes deram uma boa resposta, quando você interagiu
com os colegas e suas ideias foram ouvidas, quando um ex-estudante retorna à escola e lhe agra-
dece pelo aprendizado que teve. Situações semelhantes a essas lhe fizeram encontrar um sentido
para o seu trabalho, você se identificou com o trabalho realizado.
Ao pensar o trabalho como realização ou tortura, o estudante é convidado, assim como você fez
rapidamente, a pensar sobre as condições de trabalho nos nossos tempos e identificar o que pode
fazer o trabalho ser humanizador ou desumanizador, o que faz o trabalhador realizado ou infeliz.
As questões e perspectivas são múltiplas, mas alguns pensadores que estudaram as relações de
trabalho no sistema capitalista conseguiram encontrar alguns elementos em comum. Vamos con-
vidar os nossos estudantes a pensarem um pouco sobre isso e quem sabe, conseguirem se orientar
futuramente para suas escolhas a respeito do trabalho.

59
B) DESENVOLVIMENTO:
1º momento - (5 minutos): Após os cumprimentos iniciais da sala de aula, apresente o tema a ser
trabalhado: “Trabalho como humanização ou tortura”. Pergunte se algum estudante tem algum tra-
balho. Caso tenha algum, peça para ele comentar como ele se sente em relação ao trabalho; se
gosta ou não; se tem perspectivas futuras em relação ao trabalho; etc.

2º momento - (10 minutos): Apresente algumas imagens previamente selecionadas de trabalhado-


res de áreas diferentes. Seria boa ideia, imprimir essas imagens do tamanho de meia folha de papel
A4 e faça um mini cartaz com cada uma delas. Disponha essas imagens de forma que os estudantes
possam ver todas, por exemplo, colocá-las na lousa ou espalhá-las pelo chão. Peça aos estudantes
para observarem e se organizarem em torno da foto que mais lhe desperta a atenção. Para que se
tenha diversidades das formas de trabalho, indique quantos estudantes podem escolher determi-
nada foto conforme a quantidade de estudantes presentes.
Sugerimos os trabalhos seguintes:

• Empregada doméstica. • Empresário. • Blogueiro.


• Cozinheira empreendedora. • Enfermeiro. • Professor.
• Artista. • Trabalhador do campo • Policial.
• Jogador de futebol. (produtor familiar). • Trabalhador do campo
• Trabalhador da indústria. (empregado do agronegócio).

MATERIAL DE
OBSERVAÇÃO: Em vez dessa lista que sugerimos, você pode perguntar aos estudantes previamente
quais profissões eles têm intenção de exercer. A partir delas, você pode acrescentar outras comple-
mentares. Importante que tenha trabalhos ligados à tecnologia da informação e ao uso da internet.

APOIO PEDAGÓGICO
3º momento - (10 minutos): Conforme a quantidade de estudantes que você tenha na turma e a
quantidade de imagens que você tenha selecionado, talvez de forme grupos de 3 estudantes ou
duplas. Peça para os componentes desses grupos conversarem entre si e identificarem possíveis

PARA APRENDIZAGENS
condições de trabalho (uso do tempo, envolvimento na execução, remuneração, status social, pro-
priedade do produto, possibilidade de ser criativo, etc.)

4º momento - (5 minutos): Enquanto os estudantes discutem sobre o que foi proposto, distribua
duas fichas de papel e peça para eles escreverem em cada uma delas, usando poucas palavras (em
torno de 3 palavras), uma característica que pode ajudar o trabalhador a se realizar e outra que
pode transformar o trabalho num sofrimento. Dê 5 minutos.

5º momento - (5 minutos): Divida a lousa em duas partes “trabalho como realização” e “trabalho
como tortura”. Peça aos estudantes para fixarem suas fichas na lousa conforme o que pensaram
sobre as fotos.

6º momento - (10 minutos ou o tempo restante): Leia as fichas que eles fixaram, observe se tem
fichas semelhantes, complemente com suas próprias fichas (você pode levar algumas previamente
escritas para garantir que alguns elementos importantes não fiquem de fora). Ao ler, converse com
os estudantes e vá alinhavando as ideias para que os estudantes consigam fazer uma síntese do
que foi trabalhado. Se houver tempo, peça para que eles escrevam um parágrafo pequeno para
registrar as ideias trabalhadas na aula. Se possível, ouça algumas ideias.

OBSERVAÇÃO: permita que os estudantes tirem fotos da lousa no final da aula. Eles podem criar
um álbum de fotos no celular e voltar a elas posteriormente.

60
RECURSOS:
Mini cartazes com imagens; fichas de papel (1 folha de A4 dividida ao meio na horizontal formam 2
fichas); papel ou caderno para anotar; caneta hidrocor ou pincel atômico; fita crepe.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observe como foi a participação e envolvimento dos estudantes na atividade. Pelo que falarem
durante a atividade, você conseguirá perceber se o tema foi bem trabalhado ou não. Se possível,
ouça o que eles acharam da aula. Neste momento, é importante uma avaliação qualitativa.

ATIVIDADES

Peça para os estudantes fazerem uma entrevista sobre as condições de trabalho com três traba-
lhadores de setores diferentes. Eles deverão criar as questões conforme o interesse deles ou con-
forme o que eles julgarem importante mostrar sobre os trabalhos escolhidos. Você pode sugerir
algumas questões básicas que deverão estar em todas as entrevistas de forma que sirvam como
uma comparação. Sugerimos algumas questões como ponto de partida:

1. Qual é a formação exigida para seu tipo de trabalho?

MATERIAL DE
2. Qual é a remuneração mensal?
3. Qual é a perspectiva do seu trabalho em relação aos avanços tecnológicos atuais?
4. Como você se sente em relação ao resultado do seu trabalho e retorno dos clientes?
5. O seu trabalho lhe permite ser criativo(a)? Como é o emprego da sua criatividade na execu-

APOIO PEDAGÓGICO
ção do seu trabalho?
6. Qual é o tempo que você tem para o lazer e descanso? Como seu trabalho influencia o seu
tempo de lazer e descanso?
Após fazer as entrevistas, os estudantes devem criar uma apresentação sobre elas. Organize essa

PARA APRENDIZAGENS
apresentação conforme a realidade da sua escola. Sugerimos um mural concreto feito com as
entrevistas impressas ou um varal de profissões. Uma boa ideia seria fazer um blog ou um perfil
provisório nas redes sociais e os estudantes postarem as entrevistas. Em todas as formas de
apresentação é bom primar pela qualidade estética do material produzido. Neste ponto, você deve
aproveitar o material e criar uma interdisciplinaridade com Artes ou com os professores que traba-
lham com a Tecnologia de Informação da sua escola. Fique atento(a) também às exigências legais
para o uso de imagem e de produção intelectual.

REFERÊNCIAS

CORDI, Cassiano e outros. Para Filosofar – São Paulo: Scipione, 2000. p. 195 a 222.
VASCONCELOS, José Antônio. Reflexões: Filosofia e Cotidiano. São Paulo: Edições SM, 2016. p. 284
a 311.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. 3ª ed. Revisada.
São Paulo: Moderna, 2005. p. 41 a 61
_______ . Filosofando – Introdução à Filosofia. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 53 a 66.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:

61
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.

MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

62
COMPETÊNCIA

Competência Específica 04: Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes


territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolida-
ção e transformação das sociedades.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Trabalho e alienação na era (EM13CHS404) Identificar e discutir os múltiplos aspectos do


da tecnocracia. trabalho em diferentes circunstâncias e contextos históricos
Os impactos da técnica no e/ou geográficos e seus efeitos sobre as gerações, em espe-
mundo do trabalho. cial, os jovens e as gerações futuras, levando em considera-
ção, na atualidade, as transformações técnicas, tecnológicas e
informacionais.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Trabalho, Alienação, Tecnologia e Tecnocracia


DURAÇÃO: 2 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
Até aqui os estudantes já puderam fazer várias observações a respeito do mundo do trabalho.
Seguramente, reviram conceitos trabalhados em Geografia e História sobre a evolução do traba-
lho e como as mudanças afetaram a organização socioeconômica das sociedades. Jogamos luzes
sobre as mudanças atuais relacionadas à 4ª Revolução Industrial, analisaram essas mudanças e

PARA APRENDIZAGENS
relacionaram ao mercado de trabalho. Provavelmente, pensaram também sobre o que querem para
o futuro, em especial sobre qual profissão querem seguir.
Nesta sequência didática, vamos aproveitar os conceitos já trabalhados e refletir sobre a aliena-
ção, tecnocracia e os impactos da técnica no mundo do trabalho. Organizamos esta sequência
didática para 100 minutos mas, talvez, seja interessante realizá-la em parceria com outras áreas
como Matemática, Projeto de Vida ou Introdução ao Mundo do Trabalho, se você conseguir.

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª AULA – 1º momento - (10 minutos): Conte aos estudantes o mito de Dédalo e Ícaro. Se tiver recur-
sos na sua escola, em vez de contar o mito, você pode apresentar o vídeo sobre o mito. Ao narrar
ou após o vídeo, destaque o conselho de Dédalo “não voe alto demais, nem baixo demais!” Por ser
um mito, várias interpretações podem ser feitas a respeito da lição que o mito quer transmitir. No
caso desta sequência didática, vamos interpretar o mito direcionando para os aspectos positivos e
negativos da técnica. Dédalo representa a sabedoria e o bom uso da técnica que o levou a um lugar
seguro, a atingir seus objetivos e alcançar a liberdade. Ícaro representa a imaturidade e o mau uso
da técnica que o conduziu à morte, o impediu de atingir seus objetivos.

2º momento - (10 minutos): Peça aos estudantes que escolham um recurso tecnológico atual e
escrevam um bom uso e um mau uso desse recurso.

63
3º momento - (5 minutos): Apresente os conceitos de técnica, tecnologia, tecnocracia, alienação.
Aqui abaixo, sugerimos alguns conceitos, mas fique à vontade para substituí-los.

TÉCNICA: “Conjunto dos procedimentos bem definidos e transmissíveis, destinados a produ-


zir certos resultados considerados úteis”. [LALANDE, André. Vocabulário técnico e crítico da
Filosofia. In: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia.
3ª ed. Revisada. São Paulo: Moderna, 2005. p. 42]
TECNOLOGIA: É a junção das ciências e engenharias para melhorar as técnicas já existentes.
TECNOCRACIA: “A submissão de uma organização social ao poder da técnica e dos técnicos”
[ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. 3ª ed.
Revisada. São Paulo: Moderna, 2005. p. 47]
ALIENAÇÃO: O trabalhador perde a posse dos instrumentos e do produto, não decide mais
sobre o horário, ritmo e valor do seu trabalho.

4º momento - (10 minutos ou o tempo restante): Peça aos estudantes para pensarem novamente
nas profissões que pesquisaram e outras que eles conhecem e observe como elas se relacionam
com os quatro conceitos apresentados: Quais envolvem mais técnicas? Quais envolvem mais tec-
nologias? Em quais as tecnologias de ponta impactam mais? Quais são geridas pelo próprio traba-
lhador e quais são geridas por tecnocratas? Em quais se percebe maior alienação do trabalho?

MATERIAL DE
2ª AULA – 1º momento - (10 minutos): Organize a sala em grupos de 5 pessoas e entregue uma
folha cartolina dividida em quatro colunas: técnica, tecnologia, tecnocracia, alienação e pincéis
atômicos. Peça para organizarem as profissões conforme elas demandem mais técnica, tecnolo-

APOIO PEDAGÓGICO
gia, sejam geridas por tecnocratas ou favoreçam a alienação do trabalho. Explicite que algumas
poderão estar em mais de uma coluna.

PARA APRENDIZAGENS
2º momento - (20 minutos): Peça para os estudantes apresentarem seus pontos de vista.

3º momento - (10 minutos ou o tempo restante): Converse com os estudantes sobre a questão da
remuneração de profissões que envolvem mais a tecnologia; observe as facilidades ou dificuldades
para a formação profissional nessas áreas e o acesso das pessoas mais pobres à essa formação;
pense, juntamente com os estudantes, alternativas para superar as dificuldades, etc. (recomenda-
mos, para embasar seus argumentos e questionamentos, que você faça uma pesquisa prévia que
lhe ofereça dados atuais concretos sobre as condições trabalhistas relacionadas ao tema desta
sequência didática).

RECURSOS:
Cartolina e pincéis atômicos.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observe se os estudantes conseguiram diferenciar os conceitos e observá-los na prática das
profissões. Observe também se ainda se lembram de conceitos trabalhados anteriormente como
“alienação no trabalho” e “4ª revolução industrial”. Observe também o resultado dos gráficos que
sugerimos que fizessem como atividade.

64
ATIVIDADES
1 - A partir das profissões apresentadas nas aulas, faça uma pesquisa sobre a média salarial e a
formação profissional para exercer a profissão. Com a ajuda do(a) professor(a) de Matemática,
construa gráficos que o ajudem a relacionar formação profissional e salário.

2 - Quais profissões correm o risco de não existirem ou perderem a importância com a 4ª revolução
industrial?

3 - Quais profissões são mais promissoras em relação às inovações tecnológicas da 4ª revolução


industrial?

REFERÊNCIAS

CORDI, Cassiano e outros. Para Filosofar – São Paulo: Scipione, 2000. p. 195 a 222.
VASCONCELOS, José Antônio. Reflexões: Filosofia e Cotidiano. São Paulo: Edições SM, 2016. p. 284
a 311.

São Paulo: Moderna, 2005. p. 41 a 61 MATERIAL DE


ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. 3ª ed. Revisada.

_______. Filosofando – Introdução à Filosofia. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 53 a 66.

APOIO PEDAGÓGICO
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
PARA APRENDIZAGENS
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.

Sobre O Mito De Dédalo E Ícaro


Dédalo. Britânica Escola. [s. l.], [2022]. Disponível em: https://escola.britannica.com.br/artigo/
D%C3%A9dalo/481098. Acesso em: 31 maio 2022.
O Voô de Ícaro e Dédalo - Mitologia Grega em Quadrinhos. [s. l.: s. n.], 10 jul. 2020. 1 vídeo (5:06 min).
Publicado pelo canal Foco na História. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xVnc-
F5dGoUI&ab_channel=FocanaHist%C3%B3ria. Acesso em: 31 maio 2022.

65
COMPETÊNCIA

Competência Específica 04: Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes


territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolida-
ção e transformação das sociedades.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

As novas tecnologias e o (EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos,


desemprego estrutural. grupos e classes sociais diante das transformações técnicas,
tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho
ao longo do tempo, em diferentes espaços e contextos.
(EM13CHS404) Identificar e discutir os múltiplos aspectos do
trabalho em diferentes circunstâncias e contextos históricos
e/ou geográficos e seus efeitos sobre as gerações, em espe-
cial, os jovens e as gerações futuras, levando em considera-
ção, na atualidade, as transformações técnicas, tecnológicas e
informacionais.

MATERIAL DE
PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Desemprego estrutural e desemprego conjuntural


DURAÇÃO: 1 aula
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: APOIO PEDAGÓGICO
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:

PARA APRENDIZAGENS
Na sua escola, os estudantes dos 3ºs anos do Ensino Médio têm o costume de fazer camisa de
formandos? Se têm, eles costumam escrever a profissão que querem exercer ou o curso que pre-
tendem fazer, caso sejam aprovados em alguma seleção para o curso superior? Observe o que eles
registram em suas camisas. Caso esse não seja o costume da sua escola, faça uma sondagem entre
eles sobre qual curso pretendem fazer ou qual profissão pretendem exercer.
É possível que as profissões tradicionalmente vistas como melhores, como Psicologia, Direito,
Engenharias, Veterinária, etc. apareçam em maior proporção. Observe se o curso de Medicina (que
no imaginário da população – e possivelmente, na realidade – está atrelado à ideia de um curso
caro e inacessível à classe mais pobre) aparece com frequência. Alguém quer ser professor? As
profissões e cursos ligados à Tecnologia da Informação e outras novas tecnologias são apontados
pelos estudantes?
Dependendo do poder aquisitivo das famílias dos estudantes, essas profissões e cursos podem
variar. Se você puder, relacione, ainda que superficialmente, os dados sobre a condição socioeco-
nômica e as profissões que os estudantes almejam. Encontramos casos individuais que contrariam
as estatísticas e expectativas sobre a relação condição socioeconômica/profissão. Mas, de modo
geral, as escolhas profissionais são feitas dentro de um espectro que é fortemente influenciado
pelo aspecto socioeconômico. Indivíduos com condições mais precárias terão muito mais difi-
culdade para ter acesso à tecnologia e à superação da pobreza. Iniciativas como distribuição de
bolsas e sistema de cotas, tentam amenizar essas diferenças socioeconômicas, mas será que têm
tido efeito significativo? Se não, por quais motivos?

66
Converse com os estudantes e procure saber o que eles pensam sobre essa temática. Quais ele-
mentos mais se destacam na influência da escolha profissional de alguém? Como eles se veem
nesse contexto? Se o contexto deles não é tão promissor, o que eles pensam como forma de supe-
rar isso? Qual a relação entre a 4ª revolução industrial e o desemprego estrutural?

B) DESENVOLVIMENTO:
1º momento - (5 minutos): Após as saudações iniciais, apresente o tema da aula.

2º momento - (10 minutos): Faça dois cartazes (tamanho de uma cartolina), um com o conceito de
desemprego estrutural e outro com o conceito de desemprego conjuntural e fixe-os na lousa.
Organize a sala em trios e distribua mini cartazes, cada um com uma característica do desem-
prego estrutural ou conjuntural. Cada dupla deve receber pelo menos um mini cartaz. No final desta
seção, indicamos os conceitos que você pode usar para fazer os cartazes. Evidentemente, você
pode usar outros conforme a sua realidade escolar.
Peça às duplas para conversarem entre si e pensarem uma situação concreta do cotidiano deles
ou notícias que leram ou viram na TV e peça para relacionarem o seu mini cartaz a um dos cartazes
que está fixado na lousa e para prepararem uma justificativa oral para a sua escolha. Informe que
cada dupla terá de a 30 a 40 segundos para falar.

MATERIAL DE
3º momento - (20 a 25 minutos): Cada trio, agora, do seu próprio lugar da sala deverá ler o seu mini
cartaz e apresentar sua justificativa. Após cada dupla fazer sua apresentação, peça a um dos estu-
dantes da dupla para fixar seu mini cartaz junto ao cartaz que está na lousa.

APOIO PEDAGÓGICO
4º momento - (5 minutos ou o tempo restante): Faça uma breve consideração sintetizando o que
os estudantes falaram com os conceitos que fizeram parte do tema desta sequência didática.
Aproveite o momento para ajustar algum mini cartaz que esteja relacionado de forma equivocada.
Para isso, você deve chamar os estudantes à participação. Recomendamos, relacionar também o

PARA APRENDIZAGENS
tema desta sequência didática com conceitos trabalhados nas sequências anteriores, especial-
mente, à questão da 4ª revolução industrial.
Neste momento, você pode permitir que os estudantes tirem foto do quadro para registrem as
informações no seu álbum de fotos para estudo pessoal.

Conceitos para os Cartazes (tamanho de cartolina)


• Desemprego Estrutural: motivado pela introdução de novas tecnologias e mudanças nos
processos de produção.
• Desemprego Conjuntural: motivado por crises econômicas que levam à diminuição do con-
sumo, das exportações e da produção.

Frases para os mini cartazes de DESEMPREGO ESTRUTURAL


• As habilidades que os trabalhadores podem oferecer não é compatível com as habilidades
que os empregadores precisam.
• Avanços tecnológicos tornam diversos trabalhos obsoletos.
• Implantação de robôs no processo industrial.
• Serviços bancários pela internet, comércio eletrônico e outros serviços online.
• Os “trocadores” de ônibus que perderam suas vagas porque o uso de cartão para pagar o
transporte público aumentou significativamente é um exemplo desse tipo de desemprego.

67
• A melhoria no maquinário agrícola diminuiu o número de vagas para trabalhadores do campo.
• Trabalhadores não conseguem empregos por não ter a especialização ligada à tecnologia
exigida pelas empresas.

Frases para os mini cartazes de DESEMPREGO CONJUNTURAL


• O tipo de profissão continua existindo, mas as empresas cortam vagas de emprego para
conter as despesas num cenário de crise econômica.
• Trabalhadores do setor de restaurantes perderam o emprego por conta do fechamento do
comércio durante uma fase da pandemia de COVID 19.
• Trabalhadores da área de educação foram demitidos por conta do alto índice de inadimplên-
cia e evasão nas escolas das redes privadas.
• O aumento da inflação e, consequentemente, a diminuição do poder aquisitivo da população
brasileira está relacionada ao alto índice de desemprego.
RECURSOS:
2 folhas de cartolina; vários mini cartazes de tamanho de folha de papel A4; fita crepe; lousa
ou mural.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A partir do que os estudantes apresentarem, você conseguirá perceber se compreenderam bem os con-

MATERIAL DE
ceitos e se a habilidade esperada para esta sequência didática foi atingida. Registre suas impressões.

ATIVIDADES
APOIO PEDAGÓGICO
Assista o vídeo “Tipos de Desemprego” com o professor Rodrigo Rodrigues (link na seção
“Referências) e responda o seguinte:

PARA APRENDIZAGENS
1. O que pode causar o desemprego conjuntural?
2. O que pode causar o desemprego estrutural?
3. Qual a relação entre o nível tecnológico da sociedade e o tipo de desemprego mais comum
nessa sociedade? Exemplifique.
4. Qual sua expectativa em relação à sua formação intelectual-formal (estudos) e à profissão
que deseja exercer?

REFERÊNCIAS

CORDI, Cassiano e outros. Para Filosofar – São Paulo: Scipione, 2000. p. 195 a 222.
VASCONCELOS, José Antônio. Reflexões: Filosofia e Cotidiano. São Paulo: Edições SM, 2016. p. 284
a 311.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. 3ª ed. Revisada.
São Paulo: Moderna, 2005. p. 41 a 61
_______ . Filosofando – Introdução à Filosofia. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 53 a 66.
BRASIL. Desemprego. IBGE, [s.l.], [2022]. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/desem-
prego.php. Acesso em 29 maio 2022.

68
BRASIL, Cristina Índio. Taxa de desemprego fica estável no primeiro trimestre, aponta IBGE.
Agência Brasil, [s.l.], [2022]. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noti-
cia/2022-05/taxa-de-desemprego-fica-estavel-no-primeiro-trimestre-aponta-ibge. Acesso em:
29 maio 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.

VÍDEOS
DESIGUALDADE Global - Capítulo 5: Brasil. [s.l.],19 de ago. 2019. 1 vídeo (25:12min). Publicado pelo
Canal da Folha de São Paulo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PGgVZAZJK-
wY&ab_channel=FolhadeS.Paulo. Acesso em: 29 maio 2022.
O CRESCIMENTO das cidades e a periferização. [s.l.], 01 de jun. 2015. 1 vídeo (13:01min). Publicado

MATERIAL DE
pelo Canal Futura. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=puIh8Hr8tX4&ab_chan-
nel=CanalFutura. Acesso em: 29 maio 2022.
TIPOS de Desemprego. Geobrasil. [s.l.],14 de set. 2021. 1 vídeo (08:32min). Publicado pelo Canal

APOIO PEDAGÓGICO
Geobrasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=y5JugJcGnl0&ab_channel=Geobra-
sil. Acesso em: 29 maio 2022.

PARA APRENDIZAGENS

69
COMPETÊNCIA

Competência Específica 04: Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes


territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolida-
ção e transformação das sociedades.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

A filosofia do ócio: Uma pers- (EM13CHS402) Analisar e comparar indicadores de emprego,


pectiva de tempo e lazer trabalho e renda em diferentes espaços, escalas e tempos,
associando-os a processos de estratificação e desigualdade
sócio econômica.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Uma perspectiva de tempo e lazer


DURAÇÃO: 1 aula
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
MATERIAL DE
Ao falar de trabalho, faz-se necessário também considerar como o trabalhador usa o seu tempo
livre. O tempo de descanso é fundamental para a manutenção da saúde do trabalhador e para o

APOIO PEDAGÓGICO
sentido da sua existência. No seu tempo livre, o trabalhador pode criar outras atividades que o
ajudem a realizar-se como ser humano, recuperar as energias físicas, refletir sobre aspectos da
sua existência e desenvolver o pensamento crítico. Todavia, o tempo livre pode ser “roubado” por
atividades que apenas descansam fisicamente, mas que não o ajudam na realização pessoal. No

PARA APRENDIZAGENS
sistema capitalista, a cultura também é transformada em produto para ser comercializada, é esva-
ziada do conteúdo capaz de desenvolver o senso crítico e oferecida a “preços populares”.
É interessante observar que o lazer, na sociedade capitalista, também é usado para favorecer a
dominação socioeconômica através do fortalecimento da ideologia das classes dominantes e da
exploração econômica do tempo livre. A Indústria Cultural oferece a cultura de massa amplamente
consumida pela classe trabalhadora e sistematicamente estimulada pelas propagandas cuja
função principal é criar uma demanda artificial de consumo dos produtos desse tipo de indústria,
tal como acontece com os produtos da indústria alimentícia entre outras.
O lazer ativo não precisa, necessariamente, ser caro e também não quer dizer que o lazer passivo
seja sempre barato. Mas, é possível que alguns estudantes apresentem, no seu imaginário, a ideia
de que é mais barato o lazer passivo e mais caro o ativo. Apesar disso, algumas pessoas prefe-
rem atividades que configuram lazer passivo apesar de, às vezes, serem mais dispendiosas e não
se interessam por atividades relacionadas ao lazer ativo, algumas vezes, gratuitas. Por que isso
acontece? Seria apenas uma questão de gosto ou existe uma relação com as relações de trabalho
e consumo da sociedade capitalista atual? Como as propagandas e programas de TV influenciam
nessas escolhas? Como o lazer pode ser usado para manter os trabalhadores dominados?

B) DESENVOLVIMENTO:
1º momento - (5 minutos): Ouça as respostas dos(as) estudantes sobre as atividades da aula ante-
rior relacionadas ao vídeo “Tipos de Desemprego” com o professor Rodrigo Rodrigues.

70
2º momento - (5 minutos): Apresente o tema desta sequência didática e ouça o que os(as) estudan-
tes pensam sobre isso, o que eles fazem no seu tempo livre, etc.

3º momento - (10 minutos): Distribua, a cada estudante, uma ficha (sugerimos o tamanho de um
quarto de folha de papel A4). Peça que o estudante escreva em uma palavra a atividade que ele
mais pratica como forma de lazer. Prepare algumas fichas com as atividades que sugerimos abaixo
(você pode acrescentar outras que achar interessante conforme a realidade dos seus estudantes).
Organize a sala em um grande círculo e peça para os estudantes apresentarem, colocando no chão,
dentro do círculo, sua ficha cada um. Conforme o que eles colocarem ou não, acrescente as fichas
que você preparou.

4º momento - (5 minutos): Diga aos estudantes o conceito de lazer ativo e lazer passivo. Com a
ajuda dos estudantes, organize as fichas em Lazer ativo e Lazer passivo.

5º momento - (5 minutos): Agora, com a ajuda dos estudantes, organize as fichas dentro de cada
divisão anterior (Lazer ativo e Lazer passivo) pela ordem de custos para praticar a atividade.
Terminado este momento, se achar conveniente, permita aos estudantes fotografarem o material
como forma de registro no seu álbum de fotos pessoal para estudo posterior.

6º momento - (10 minutos ou o tempo restante): Converse com os estudantes sobre as questões

MATERIAL DE
seguintes ou outras que achar interessante conforme as respostas que surgirem e a realidade da
sua turma:
• O lazer ativo está vinculado a gastos elevados para ser realizado?
• O que classifica lazer ativo ou passivo está ligado ao gosto de quem pratica? Explique e cite
um exemplo que confirme.
APOIO PEDAGÓGICO
• Dormir pode ser considerado um tipo de lazer? Explique sua resposta.
• A população tem sido mais estimulada ao lazer ativo ou passivo? Qual relação entre o tipo de
lazer e a dominação ideológica e social?

RECURSOS: PARA APRENDIZAGENS


Fichas de papel; pincéis atômicos.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observe se os estudantes conseguiram associar o conceito de lazer ativo e passivo com as ati-
vidades que eles praticam no tempo livre. Observe também se eles conseguiram associar o lazer
passivo com formas de exploração socioeconômicas das classes trabalhadoras. Pelas respostas,
você conseguirá ter uma noção se as habilidades dessa aula foram alcançadas. Caso tenha tempo,
é possível fazer oralmente a atividade proposta na seção “Atividades”. Ela os ajudará a pensarem
melhor o conhecimento trabalhado nesta sequência didática.

ATIVIDADES

1 - Classifique as alternativas abaixo com “A” para Lazer Ativo ou “P” Lazer Passivo.

1. ( ) assistir a TV.
2. ( ) assistir jogo de futebol.

71
3. ( ) assistir um concerto.
4. ( ) assistir um show de música sertaneja universitária.
5. ( ) ir ao cinema.
6. ( ) jogar futebol.
7. ( ) corrida de rua.
8. ( ) jogos de tabuleiro com os amigos.
9. ( ) treinar na academia de musculação.
10. ( ) ler um livro.
11. ( ) dormir.
12. ( ) assistir um filme em casa.
13. ( ) caminhada na praça.
14. ( ) ir ao culto religioso.
15. ( ) encontro com os amigos numa lanchonete.
16. ( ) jogar videogame.
17. ( ) dançar nas aulas de zumba na academia.
18. ( ) aprender uma nova língua.

2 - Quais critérios você usou para fazer a classificação acima?

3 - Você considerou alguma das atividades como não sendo forma de lazer? Se sim, qual(ais) e por quê?

MATERIAL DE
REFERÊNCIAS

APOIO PEDAGÓGICO
CORDI, Cassiano e outros. Para Filosofar – São Paulo: Scipione, 2000. p. 195 a 222.
VASCONCELOS, José Antônio. Reflexões: Filosofia e Cotidiano. São Paulo: Edições SM, 2016. p. 284
a 311.

PARA APRENDIZAGENS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. 3ª ed. Revisada.
São Paulo: Moderna, 2005. p. 41 a 96.
________ . Filosofando – Introdução à Filosofia. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 53 a 66.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
SANTANA, Ana Lúcia. Lazer. Infoescola, [s. l.], [2022]. Disponível em: https://www.infoescola.
com/sociologia/lazer/. Acesso em: 30 maio 2022.

72
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
1 o ano – 3 o Bimestre Ensino Médio 2022

COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO


Sociologia Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIA

Competência Específica 03: Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos
e sociedades com a natureza (produção, distribuição e consumo) e seus impactos econômicos e
socioambientais, com vistas à proposição de alternativas que respeitem e promovam a consciên-
OBJETO(S)
cia, a éticaDE CONHECIMENTO
socioambiental HABILIDADE(S)
e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.

OBJETO(S) DE CONHECIMEN-
HABILIDADE(S):
TO:

As relações entre cultura e


ideologia na compreensão dos
padrões de consumo.
MATERIAL DE
(EM13CHS303) Debater e avaliar o papel da indústria cultural e
das culturas de massa no estímulo ao consumismo, seus impac-
tos econômicos e socioambientais, com vistas a uma percepção
crítica das necessidades criadas pelo consumo.

APOIO PEDAGÓGICO
O poder dos meios de comuni-
cação de massa na indução do
consumo.
As relações entre a sociedade
de consumo dentro do modo
PARA APRENDIZAGENS
de produção capitalista e os
impactos sociais e ambientais.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Consumo e consumismo


DURAÇÃO: 02 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Comece apresentando o conceito de consumo como uma ação que tem por objetivo de sanar uma necessi-
dade vital à sobrevivência. E em contrapartida o consumismo é uma ação mobilizada e mediada pelos meios
de comunicação de massa que induzem a um comportamento de consumo que vai além da necessidade.

B) DESENVOLVIMENTO:
1º momento: De forma dialógica realizar uma abordagem sociológica a partir de um processo de his-
tórico, demonstrando a passagem do consumo como uma necessidade para a sobrevivência para um
processo de alienação ideológica na sociedade, que passa a privilegiar o ter, ao invés do ser.

73
2º momento: Cada estudante receberá em uma folha de papel A4 onde haverá uma proposta de
atividade.

PARABÉNS! VOCÊ ACABOU DE GANHAR UM VALE COMPRAS NO VALOR DE R$50 000,00.


LISTE NA TABELA ABAIXO, OS PRODUTOS QUE VOCÊ DESEJA COMPRAR JUSTIFICANDO A
SUA NECESSIDADE.

PRODUTO JUSTIFICATIVA

MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
3º momento: Cada estudante apresentará a sua tabela individual.

4º momento: Promover um debate com a turma sobre o que é necessário e o que é supérfluo.

PARA APRENDIZAGENS
5º momento : Revisão de sua tabela individual.

RECURSOS:
Cópias da atividade e folha de papel A4.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação ocorrerá por meio de participação e relevância do engajamento dos estudantes nas
atividades e discussões propostas.

ATIVIDADES

1 - Participação da exposição dialógica com o professor.


2 - Realização da atividade de preenchimento individual da tabela.
3 - Apresentação da atividade individual.
4 - Participação do debate sobre o que é supérfluo e o que é necessário.
5 - Revisão da tabela individual.

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REFERÊNCIAS
BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de
Janeiro: Zahar, 2007, 199 p.
BARBOSA, Lívia. Sociedade de Consumo. São Paulo, Jorge Zahar Editor, 2004.
LOPES, Veridiana. Entenda a diferença entre consumo e consumismo. Serasa, [s. l.], 27 mar. 2022.
Disponível em: https://www.serasa.com.br/limpa-nome-online/blog/diferenca-entre-consumis-
mo-e-consumo/. Acesso em: 25 maio 2022.
LIPOVETSKI, Giles. O Império do Efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. São
Paulo, Companhia das Letras, 1989.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:

MATERIAL DE
05 jun. 2022.

APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

75
COMPETÊNCIA

Competência Específica 03: Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos
e sociedades com a natureza (produção, distribuição e consumo) e seus impactos econômicos e
socioambientais, com vistas à proposição de alternativas que respeitem e promovam a consciên-
cia, a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

As relações entre cultura e (EM13CHS303). Debater e avaliar o papel da indústria cultural


ideologia na compreensão dos e das culturas de massa no estímulo ao consumismo, seus
padrões de consumo. impactos econômicos e socioambientais, com vistas a uma
O poder dos meios de comuni- percepção crítica das necessidades criadas pelo consumo.
cação de massa na indução do
consumo.
As relações entre a sociedade
de consumo dentro do modo
de produção capitalista e os
impactos sociais e ambientais.

MATERIAL DE
PLANEJAMENTO

APOIO PEDAGÓGICO
TEMA DE ESTUDO: Indústria Cultural e Meio Ambiente
DURAÇÃO: 3 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
PARA APRENDIZAGENS
Apresentar o tema de estudo. Elucidar brevemente os conceitos: Indústria Cultural, Cultura de
Massa, Mídias, Sistema Econômico Capitalista, Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente.

B) DESENVOLVIMENTO:
1º Momento: O professor deverá usar o quadro para apresentar o tema usando o brainstorming
(tempestade de ideias) fazendo as intervenções que forem necessárias de forma dialógica.

IDEIAS - CONCEITOS - SUPOSIÇÕES - JÁ OUVIU FALAR?

INDÚSTRIA CULTURA DE MÍDIAS SISTEMA DESENVOLVIMENTO MEIO


CULTURAL MASSA ECONÔMICO SUSTENTÁVEL AMBIENTE
CAPITALISTA

76
2º Momento: A sala será dividida em 06 grupos e cada grupo receberá:
• 01 folha de papel Kraft.
• 04 folhas de papel A4 com as atividades impressas.
• 01 vidro de cola.
• 02 canetas esferográficas.
• 01 rolo de fita crepe.
Os grupos orientados pelo professor deverão montar o cartaz de acordo com o modelo abaixo.

MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
1º atividade
PARA APRENDIZAGENS
Relacione as colunas de acordo com o significado dos termos:

( ) As inovações tecnológicas a serviço do pro-


cesso de homogeneização e alienação cultural.
( ) É uma proposta de desenvolvimento econô-
1- INDÚSTRIA CULTURAL mico, social e político que preserva o equilíbrio
2- CULTURA DE MASSA com o meio ambiente.
3 - MÍDIAS ( ) Produção e distribuição de itens de cultura
4 - SISTEMA ECONÔMICO CAPITALISTA com vistas à obtenção de lucro.

6 - DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ( ) Padronização dos indivíduos com seus desejos


e vontades em prol do lucro.
( ) Produto elaborado e distribuído pela Indústria
Cultural para atingir e moldar as massas.

77
2ª atividade
Responda levando em conta todas as opiniões do grupo.
1 - Como o consumo pode afetar o meio ambiente?
2 - Vocês acham que o desenvolvimento sustentável é possível?
3 - Como os meios de comunicação afetam o consumo de vocês?
4 - Para vocês o que é real e verdadeiro na crise ambiental mundial?

3ª Atividade: Após a leitura dos trechos musicais, o grupo deverá criar um texto dissertativo-argu-
mentativo de 15 linhas.
O tema será desenvolvido de acordo com a temática das músicas abaixo:

A) Trecho da canção: B) Trecho da canção: C) Trecho da canção: Eles


Passarinhos - Autor: Absurdo - Autora: Vanessa não tão nem aí. Autor: Rael.
Emicida da mata
“Mas a tendência da indústria
“No pé que as coisas vão, jão “Desmatam tudo e reclamam é crescer
Doidera, daqui a pouco, resta do tempo Mas pra que acontece a terra
madeira nem pro caixão Que ironia conflitante ser tem que aquecer
Era neblina, hoje é poluição
Asfalto quente queima os
pés no chão
MATERIAL DE
Desequilíbrio que alimenta
as pragas
Alterado grão, alterado pão
Nos noticiários que se vê na
TV
A regra é muito clara e muito

APOIO PEDAGÓGICO
Carros em profusão, Sujamos rios, dependemos fácil entender
confusão das águas Que o comércio compra mas
Água em escassez, bem na Tanto faz os meios violentos também quer vender

PARA APRENDIZAGENS
nossa vez Luxúria é ética do perverso Guerra de faz de conta só pra
Assim não resta nem às vivo nego tremer
barata Morto por dinheiro” Carro tem gasolina e você
Injustos fazem leis e o que pode correr
resta pro ceis? Queimar várias família não
Escolher qual veneno te tem o que comer”
mata”

Desenvolvimento
Ao comando do professor a 1ª atividade deverá ser feita.
Ao comando do professor a 2ª atividade deverá ser feita.
Ao comando do professor a 3ª atividade deverá ser feita.

OBS: Caberá ao professor o controle do tempo.

3º momento
Apresentação dos trabalhos em grupo mediadas pela intervenção dialógica do professor .

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RECURSOS:
Papel Kraft, folha de papel A4, fita crepe, cola, caneta esferográfica.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Empenho, participação e organização do trabalho e apresentação.
Caso o professor queira, a avaliação poderá ocorrer por etapas de comando.

ATIVIDADES

Trabalho em grupo com atividades por etapa.

REFERÊNCIAS

A Escola de Frankfurt: história, desenvolvimento teórico, significação política. Tradução de Lilyane


Deroche-Gurgel e Vera Azambuja Harvey. Rio de Janeiro: Difel, 2002.
ADORNO, T. W. A indústria cultural. E: Sociologia. Gabriel Cohn (org.); Florestan Fernandes (coord.).
São Paulo: Ática, 2000.
MATERIAL DE
BAUDRILLARD, Jean. A Sociedade de Consumo, São Paulo: Rocco, 1990.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. 6.ed. São Paulo: Perspectiva, 2009.

APOIO PEDAGÓGICO
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/

PARA APRENDIZAGENS
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
ROSA, B. de O., & Antunes, E. W. (2019). INDÚSTRIA CULTURAL: MITOS SOBRE A NATUREZA. Revista
Sergipana De Educação Ambiental, 6(1), 61 a 68.

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